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Estão abertas as inscrições do programa Elas na Tech, uma iniciativa da ONG Junior Achievement (JA) em parceria com a Grupo CCR, por meio do Instituto CCR. Ao todo, o programa reúne 2.200 vagas para o curso gratuito virtual que visa formar mulheres nas áreas de programação e desenvolvimento web.  

O curso terá cinco horas de aula por semana e, além do conteúdo técnico, ajudará a desenvolver habilidades empreendedoras para que as alunas possam se posicionar no mercado tecnológico. As aulas acontecerão entre maio e outubro deste ano.  

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Para participar, é necessário ter, no mínimo, 18 anos, e participar dos aulões e mentorias ao vivo ao longo da formação. As interessadas podem se inscrever no site até o dia 30 de abril.

 

Durante a pandemia da covid-19, Pernambuco colocou em operação 1,7 mil novos leitos, sendo 545 deles distribuídos pelo interior do estado. De acordo com o Governo do Estado, o hospital Mestre Vitalino (HMV), localizado em Caruaru, no Agreste, deve atingir um total de 100 leitos. Atualmente, a estrutura conta com 10 leitos de UTI e 20 de enfermaria, ativos.

“Desde o início da pandemia, temos um compromisso com a abertura de leitos para garantir a assistência aos pacientes com a Covid-19. Com este que já é o maior esforço sanitário, logístico e de mobilização de recursos humanos da história de Pernambuco”, ressalta o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo.

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A oferta também está sendo ampliada no Unidade Pernambucana de Atendimento Especializado (UPAE) de Garanhuns, que recebeu, nesta semana, novos 10 leitos de enfermaria. Já o Hospital João Murilo, em Vitória de Santo Antão, ganhou mais 4 leitos.

De acordo com o governo estadual, a curva de contágio da doença está sendo reduzida graças às medidas de isolamento social adotadas desde o início da pandemia. A ocupação média dos leitos dedicados à Covid-19, que já foi de 91%, agora está abaixo de 60%. Especificamente as unidades de terapia intensiva, que já tiveram lista de espera com mais de 300 pacientes, agora têm taxa de ocupação entre 80 e 83%, havendo tendência de queda.

De acordo com o Governo de Pernambuco, um total de 13.613 profissionais de saúde do Estado, das redes pública e privada, já foram contaminados pela Covid-19, havendo mais 148 casos em investigação. Até este sábado (13), já foram testados 28.885 trabalhadores com sintomas de gripe.

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Também neste sábado, o Estado confirmou 799 novos casos (211 graves e 588 leves) e 90 vidas perdidas (sendo 46 homens e 44 mulheres) para o novo coronavírus. Com isso, Pernambuco totaliza 44.671 casos já confirmados (16.919 graves e 27.752 leves) da Covid-19 e 3.784 óbitos em decorrência da Covid-19. Outras 27.903 pessoas já se recuperaram da doença.

Dentre os óbitos agora divulgados, 53 óbitos (58,9%) ocorreram entre os dias 10 de abril e 09 de junho e 37 (41,1%) foram registrados últimos três dias. Os pacientes tinham idades entre 17 e 98 anos, além de um recém-nascido do sexo feminino. Dos 90 pacientes que faleceram, 31 apresentavam comorbidades confirmadas: diabetes (15), doença cardiovascular (14), hipertensão (10), doença respiratória (4), doença renal (3), obesidade (2), hipotireoidismo (1), doença neurológica (1), câncer (1), anorexia (1), imunossupressão (1), doença pulmonar (1) e doença arterial obstrutiva periférica (1) - um paciente pode ter mais de uma comorbidade. Os demais casos ainda estão em investigação. As faixas etárias são: 0 a 9 (1), 10 a 19 (1), 20 a 29 (2), 30 a 39 (1), 40 a 49 (5), 50 a 59 (8), 60 a 69 (23), 70 a 79 (16), 80 ou mais (33). 

A taxa de ocupação das 711 vagas de UTI é de 94%, enquanto a dos 873 leitos de enfermaria é de 58%. Assim, a taxa média de ocupação da rede pública do estado é de 72%.

Presidente distribui cargos para o "centrão", com o objetivo de evitar a abertura de um processo de impeachment. (Marcos Correa/PR)

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Antes de assumir a presidência, Bolsonaro prometia reduzir em 30% a quantidade de cargos de administração pública. Nem no Planalto, contudo, o presidente vem conseguindo transformar seu discurso em prática. Só no “Gabinete do Ódio”, conforme ficou conhecida a assessoria especial da presidência, liderada por Carlos Bolsonaro, o presidente já contratou 23 funcionários, mais assessores do que tinham os ex-presidentes Michel Temer (13) e Dilma Rousseff (17). Os dados foram levantados pelo jornal O Estado de São Paulo.

Localizado no terceiro andar do planalto, o “Gabinete do Ódio”, ao lado da sala de Bolsonaro, funciona de forma independente, não aceitando nenhum tipo de interferência da Secretaria de Comunicação (Secom). A assessoria é acusada de elaborar e disparar fake news que manipulam a opinião pública a favor do presidente e contra seus desafetos. Atualmente, o Gabinete do Ódio está na mira da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Fake News.

Com o intuito de barrar as dezenas de pedidos de impeachment de seu mandato, Bolsonaro também passou a distribuir cargos para o chamado “centrão”, bloco de partidos antes criticados por ele e tratados como herança da “velha política”. Alguns dos nomeados já até ocuparam cargos em governos de oposição, a exemplo de Fernando Marcondes de Araújo Leão, que trabalhou no Governo de Pernambuco, sob gestão do Partido Socialista Brasileiro (PSB).

Conceição das Crioulas possui 4.300 habitantes e fica a 45km de Salgueiro, no sertão pernambucano. (Ricardo Moura/Fundarpe/Divulgação)

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Duas comunidades quilombolas de Pernambuco já registram, cada uma, um caso do novo coronavírus. A informação foi dada ao LeiaJá pelo coordenador executivo da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais (Conaq), Antônio Crioulo. A organização emitiu nota, na última quinta-feira (18), com as suas principais reivindicações de enfrentamento à pandemia da Covid-19, dentre as quais estão o acesso imediato aos equipamentos de proteção individual (EPI's), anistia de dívidas contraídas pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e a compra de toda a produção da agricultura familiar dos quilombolas, cujo o escoamento foi comprometido.

“A renda das nossas comunidades é principalmente a que vem da agricultura. O excedente da produção sempre foi comercializado na cidade, para complementar a alimentação, ou seja: a gente planta feijão, milho, abóbora e melancia, vendendo para complementar a própria mesa com outros produtos. Quando você não consegue fazer a troca com a cidade, há perdas tanto na questão alimentar quanto econômica”, explica Antônio Crioulo.

O escoamento dos produtos, por sua vez, é dificultado pelas atuais condições de mobilidade das comunidades. Morador de Conceição das Crioulas, comunidade quilombola com 4.300 moradores, localizada a 45 km de Salgueiro, no Sertão de Pernambuco, Crioulo afirma que diversas prefeituras têm se recusado a fazer a manutenção das estradas no atual período, que é de chuva em algumas regiões. “Além disso, nosso principal meio de transporte para a cidade é o pau-de-arara, que pode ser apreendido ao chegar no destino, devido à pandemia. Assim, muitos quilombolas não estão conseguindo sequer fazer o saque do auxílio de R$ 600 do governo federal, porque não conseguem chegar às agências”, acrescenta Crioulo.

Isolamento social

Baseadas em fortes laços sanguíneos, territoriais e afetivos, as comunidades quilombolas lutam para obedecer ao isolamento social. Sem os tradicionais cumprimentos de mãos e pedidos de bênção aos mais velhos, responsáveis por guardar os saberes do quilombo, mas também mais suscetíveis às formas graves da Covid-19. “Depois de um mês de isolamento, posso dizer que tivemos momentos diferentes no processo de isolamento. Inicialmente, o povo permaneceu nas comunidades, recebendo visitas. Depois que apareceram mais casos, pararam de aceitar a circulação de pessoas de fora”, comenta Crioulo.

Um dos dois casos de que a Conaq tem conhecimento nos quilombos de Pernambuco é o de um rapaz de Conceição das Crioulas, que após sofrer um acidente de moto, contraiu a Covid-19 em uma unidade hospitalar de Salgueiro. Ele está internado em UTI, em estado grave. De acordo com Crioulo, a comunidade pernambucana que registrou a outra ocorrência prefere não se identificar. “A grande maioria das comunidades quilombolas não têm água encanada, sistema de saneamento básico. A limpeza é muito precária e, sem acesso à cidade, há um déficit muito grande de produtos higienização. Até agora não houve nenhum apoio governamental para que os quilombolas disponham de álcool gel ou equipamentos de proteção, uma necessidade urgente”, lamenta Crioulo.

Obedecendo ao isolamento social, Conceição das Crioulas é uma das comunidades quilombolas com caso confirmado da Covid-19. (Incra/Reprodução)

Demanda por políticas específicas

Pernambuco possui 196 territórios quilombolas, nos quais existem mais de 500 comunidades, que somam uma população de cerca de 250 mil pessoas. Em levantamento realizado com urgência, a Coordenação Estadual de Articulação das Comunidades Quilombolas de Pernambuco constatou que 17.008 famílias quilombolas necessitam urgentemente do fornecimento de cestas básicas e materiais de primeira necessidade. A Fundação Cultural Palmares, contudo, comunicou que considerável parcela dessa população não será incluída no Programa de Segurança Alimentar e Nutricional (ADA).

Por meio de ofício emitido na última sexta (17), a Defensoria Pública da União (DPU) solicitou informações a respeito da possível ausência de medidas específicas para socorrer as comunidades quilombolas do estado durante a pandemia. No documento, a instituição comunica que instaurou um Procedimento de Assistência Jurídica (PAJ), através do qual “se pretende apurar as razões para a manutenção do desabastecimento e verificar a existência de iniciativas no âmbito do Governo do Estado de Pernambuco voltadas especificamente para a assistência a essas comunidades tradicionais de Pernambuco no período de crise”.

Questionada pela reportagem do LeiaJá, a assessoria de imprensa do Governo de Pernambuco enfatizou a criação do programa “Compra Local”, que investirá R$ 1 milhão na aquisição de produtos de associações e cooperativas rurais. O projeto foi lançado na última terça-feira (14), por meio de parceria entre a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico e a Agência Pernambucana de Desenvolvimento Econômico (AD Diper). “Apesar de termos feito diversas provocações ao governo do estado, principalmente através da Coordenadoria de Igualdade Racial, infelizmente houve um rompimento do diálogo com as comunidades quilombolas. Aguardamos ainda as manifestações sobre que tipo de apoio será dado a essas populações”, conclui Antônio Crioulo.

Confira, na íntegra, as reivindicações das comunidades quilombolas de Pernambuco, oficializadas na nota pública da Conaq:

1. Instalação Imediata de um comitê de crise estadual em decorrência do novo Coronavírus junto as Comunidades Quilombolas;

2. Acesso imediato aos Equipamentos de Proteção Individual- EPI produzidos no estado com incentivo estatal em decorrência das necessidades impostas pelo novo Coronavírus e outras doenças.

3. Seja garantido acesso imediato à água para uso doméstico e potável nas comunidades quilombolas, com abastecimento por carros pipas, abertura de poços artesianos e construção de cisternas nas comunidades que ainda não os tem.

4. Reedição do Plano Pernambuco Quilombola, Garantindo fundo orçamentário para efetivação das politicas públicas destinadas ao publico Quilombola.

5. Isenção dos quilombolas por 1 (um) ano de todos dos impostos (IPTU), quando for o caso, e energia elétrica e água por um período.

6. Compra de toda a produção da agricultura familiar dos quilombolas, cujo escoamento foi prejudicado em função do COVID-19, para distribuição em comunidades não produtoras;

7. Que todos os quilombolas que estejam na fila de espera para acessar o benefício do Programa Bolsa Família sejam contemplados e a fila seja zerada. Ad (sic) estados e municípios façam a busca ativa em todos os Territórios quilombolas certificados pela Fundação Cultural Palmares para sua inclusão no Cadastro Único e posterior inclusão no Programa Bolsa Família e programas de renda mínima. Sabemos que há comunidades que não contam com nenhuma assistência social e se enquadram no perfil de beneficiário.

8. Que todos os quilombolas sejam anistiados das dívidas contraídas pelo PRONAF, Ampliação do atendimento e dobre os valores de acesso aos recursos do PRONAF em todas as linhas para os quilombolas.

9. Abertura de novas compras pelo PAA e PNAE para os quilombolas, com menos burocracias, assegurando a infraestrutura necessária (estradas, barcos, pontes e acessos em geral) de acordo com cada região, para o escoamento da produção dos quilombolas;

10. Efetivação imediata da Educação escolar Quilombola. Em conformidade com as Diretrizes Estaduais de Educação Escolar Quilombola;

11. Incremento orçamentário para pagamento de imóveis em territórios quilombolas em regularização fundiária e para todos os processos abertos em conformidade com o decreto estadual 38.960 de 2012 de regularização fundiária que estão parados por falta de recursos técnicos e financeiros.

Estudantes realizaram um protesto na tarde desta quinta-feira (21) contra a correção da prova de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que serve também como meio de entrada na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A movimentação, chamada “Redação de volta para a Covest, já”, reuniu aproximadamente 100 participantes, que percorreram parte da avenida Conde da Boa Vista, Derby, e parte da avenida Agamenon Magalhães, todos os locais no Recife.

O movimento pede que a redação volte a ser corrigida pela Covest, na segunda fase do vestibular da UFPE. De acordo com uma das representantes do protesto, Laila Santiago, “os estudantes não querem que a prova de redação seja excluída do Enem, até porque há alunos que querem fazer o Sisu, mas, que haja uma segunda redação nas específicas da UFPE”, explicou. A ideia dos protestantes é que 60% da nota sejam atribuídos a redação da segunda fase da UFPE, 20% para as questões discursivas, e que 20% correspondam a nota da redação do Enem.

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Entre gritos de protestos, barulhos de apitos e trânsito parado nas vias, os estudantes reclamavam  que a correção da redação pelo Enem é feita sem critérios corretos de avaliação, com rapidez, e sem a atenção merecida. “É uma correção superficial, feita às pressas. Quem se prepara de verdade acaba se prejudicando na redação porque ela é mal corrigida. Eu conheço gente que fez a redação com fuga total do tema e tirou uma boa nota, outras, que sempre tiveram bons resultados no simulado, tiraram nota baixa e perderam de entrar na universidade”, critica a jovem Thaís Brandão (foto à direita).

Felipe Soares, que também participou do protesto, fez fortes críticas à correção do Enem. “A correção é um absurdo. Eles não avaliam corretamente. A Covest é um órgão preparado e sério que pode corrigir nossas provas. Queremos justiça e um futuro digno, e isso depende do ingresso na universidade. Não podemos ser prejudicados por causa de irresponsabilidade”, criticou com veemência o estudante.

Enquanto o protesto seguia pelas ruas em direção à sede da Covest, no bairro do Derby, os estudantes fechavam os cruzamentos das ruas atrapalhando o trânsito. Alguns engarrafamentos começaram a se formar e muitos motoristas reclamaram. Alguns alunos chegaram a discutir com os condutores, além disso, motoqueiros tentavam a todo custo passar pelo bloqueio dos estudantes.

Na espera por um ônibus, Dácio Silva criticou a ação dos estudantes. “Eu acho que não é correto atrapalhar quem quer trabalhar por causa do problema deles. Eles têm que reivindicar na UFPE e não atrapalhar nossa vida”, criticou. Já Marinalva Gomes, que também esperava condução, apoiou o movimento. “Eles estão certos. Se estão se sentindo prejudicados, precisam protestar”, disse.

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A caminho da Covest

Os estudantes seguiram para sede da Covest, onde finalizaram a caminhada. Lá, eles aguardaram o presidente da instituição, Armando Cavalcanti, que os atendeu por volta das 15h. Eles conversaram sobre a proposta da correção, entretanto, Cavalcanti explicou que deve ser feito um contato com a UFPE, que têm o poder de realizar as mudanças. “A gente faz o que a UFPE decide. Entendemos que todo o movimento é válido, mas, apenas a universidade pode realizar mudanças na correção da redação”, falou o presidente, que também elogiou a confiança dos alunos na Covest.

De acordo com os organizadores do movimento, a próxima ação será ir até a UFPE e se reunir com representantes da instituição de ensino. O objetivo é que o encontro ocorra já na próxima semana. O “Redação de volta para a Covest, já” teve início há um mês atrás por redes sociais na internet, e já possui mais de 40 mil pessoas no grupo virtual.

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