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Investigado por envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras, o ex-deputado federal Pedro Corrêa (PP) foi transferido, nesta segunda-feira (13), para Curitiba, no Paraná, onde estão concentradas as investigações da Operação Lava Jato. Ele embarcou em um vôo de carreira no Aeroporto dos Guararapes, no Recife, por volta das 5h40, antes dos outros passageiros, sem algemas e escoltado por três agentes da Polícia Federal de Pernambuco.
A aeronave decolou às 6h20 e a previsão é de que ele desembarque na capital paranaense por volta das 13h, antes disso o vôo fará uma conexão no Rio de Janeiro. O ex-parlamentar já cumpre pena por envolvimento no processo do Mensalão, desde janeiro de 2014, no Centro de Ressocialização do Agreste, em Canhotinho, a 170 km de distância do Recife. O mandado de prisão contra o progressista foi expedido na última sexta-feira (11), pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido do juiz Sérgio Moro, responsável pelo caso.
De acordo com o assessor de imprensa da Polícia Federal de Pernambuco, Giovanni Santoro, a operação de transferência do progressista foi realizada em conjunto com a Secretaria de Ressocialização do Estado (Seres) e a 1ª Vara de Execuções Penais, que é responsável pelo cumprimento da pena de Pedro Corrêa, pelo processo do Mensalão em regime semiaberto.
Ainda segundo Santoro, outros agentes da PF, desta vez de Curitiba, estarão aguardando o vôo fazer a escala no Rio de Janeiro para seguirem a Curitiba. “No Rio uma nova equipe vai escoltá-lo até Curitiba. Ao chegar a capital paranaense, o Pedro Corrêa vai seguir para uma unidade carcerária da Polícia Federal e lá ficará à disposição da Justiça”, informou.
A Polícia Federal de Pernambuco não tem detalhes de quando vai acontecer a coleta do depoimento do ex-deputado. Ele é acusado pelo ex-diretror da Petrobras, Paulo Roberto Costa, de ter recebido R$ 5,3 milhões desviados de contratos da estatal.
Na última sexta-feira, além de receber o mandado de prisão para o ex-deputado, a PF cumpriu três mandados de busca e apreensão e duas conduções coercitivas. Um para a nora de Pedro Corrêa, Márcia Danzi Corrêa de Oliveira, e outro para o ex-funcionário do progressista, Jonas Aurélio de Lima Leite, que já foram liberados pela Polícia Federal (PF). Eles foram levados as sedes da PF no Recife e em Caruaru, respectivamente, para prestar esclarecimentos sobre o envolvimento do pernambucano com as irregularidades da estatal. Os dois são vistos como "laranjas" de Corrêa, segundo as investigações da Operação Lava Jato.