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Os agentes do FBI investigam 14 traders do Barclays que estão no centro do escândalo envolvendo a manipulação de taxas de empréstimo, reportou o Sunday Times. Agentes em Washington conduzem um inquérito junto a funcionários do banco acusados, na semana passada, de distorcerem artificialmente a taxa London Interbank Offered Rate (Libor), uma das principais referências de juro no mundo.

A Libor, referência de juro no mercado interbancário em Londres, é usada para financiamentos de imóveis e automóveis, dívida corporativa e derivativos. A Libor é calculada pela Thomson Reuters, sob a supervisão da Associação de Banqueiros Britânicos e é baseada em dados enviados diariamente por 16 bancos. A Libor mede as taxas que os grandes bancos emprestam entre si. Outro índice que está sendo investigado é Euribor, taxa semelhante a Libor definida por um grupo de cerca de 43 bancos.

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Segundo o Sunday Times, o Departamento de Fraudes Sérias do Reino Unido está conduzindo o inquérito entre os envolvidos, mas os Estados Unidos têm a missão de levar o caso para a Justiça.

Nenhum porta-voz do Barclays comentou a notícia. O executivo-chefe do Barclays, Bob Diamond, diz manter o apoio dos investidores, citando uma lista de seus 20 principais acionistas, sem dar seus nomes, diz o Sunday Times.

Já o Sunday Telegraph reportou que dois dos principais acionistas do Barclays pediram a saída de Diamond e Marcus Agius, o presidente do banco, com base em informações de acionistas. Um dos 20 maiores acionistas do Barclays acusou o conselho do banco de agir como agentes do executivo, ao invés de governar o grupo e pediu a susbstituição de ambos, diz o Telegraph, que descreveu sua fonte como um "nome respeitado na cidade de Londres".

Outro acionista disse ser inevitável a saída de Diamond, uma visão partilhada por uma das mais graduadas figuras de um dos principais rivais do Barclays, afirma o Sunday Telegraph.

Diamond, entretanto, comenta em seu círculo privado que está determinado a permanecer e melhorar a imagem do banco em consequência dessa crise, acrescenta o jornal. As informações são da Dow Jones.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quarta-feira que a redução das taxas dos financiamentos, a queda da taxa básica de juros da economia, a Selic, e a desvalorização do real têm resultado importante sobre a economia.

"Os custos em dólar estão caindo e a produção brasileira se torna mais barata e competitiva. Isso já está afetando as contas externas brasileiras e os produtos nacionais passam a custar menos no exterior", avaliou.

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Para Mantega, a indústria, que vinha tendo dificuldade para exportar, deve ser beneficiada pelo novo cenário. "Tanto a queda dos juros quanto a do câmbio vão continuar e isso vai provocar uma mudança importante na estrutura brasileira. Este é um processo que ainda não terminou, está apenas iniciando."

O ministro aproveitou para avaliar que IPCA de junho será menor do que o de maio, que a inflação cairá e que a confiança do consumidor no crescimento da economia está em alta. Outro dado apontado por Mantega é a queda da taxa de desemprego. "Estamos com o menor nível desde que a série histórica começou.

Os investidores seguem pessimistas em relação ao encontro de cúpula da União Europeia nesta semana, ainda mais após a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, dizer, em referência aos eurobônus, que não haverá compartilhamento de dívida na zona do euro enquanto ela estiver viva. A informação de que o governo brasileiro anunciará, na quarta-feira, um pacote de estímulos à economia foi importante, na leitura de alguns profissionais, para afastar as taxas das mínimas no período vespertino, gerando, inclusive, recuperação discreta da parte longa da curva. Um operador ponderou, no entanto, que houve uma zeragem de posições no fim do dia em reação à queda das taxas de segunda-feira.

Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 (257.545 contratos) marcava 7,65%, de 7,66% no ajuste. O DI janeiro de 2014 (279.520 contratos) estava em 7,94%, de 7,95% na segunda-feira. Nos vértices mais longos, a taxa projetada pelo DI janeiro de 2017 (67.265 contratos) era de 9,33%, de 9,31% na véspera, enquanto a taxa do janeiro de 2021 (2.960 contratos) indicava 9,96%, de 9,92% no ajuste. Todas as taxas citadas terminaram nas máximas.

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Além de Merkel, o presidente do Banco Central da Alemanha (Bundesbank), Jens Weidmann, afirmou que a criação de uma "união de dívida" na zona do euro adiará as muito necessárias reformas e quebrará, finalmente, promessas feitas ao povo alemão, quando o euro foi lançado. Ou seja, as autoridades alemãs parecem irredutíveis em relação à busca por um maior ajuste fiscal no Velho Continente, o que promete travar as discussões na cúpula da UE.

Por aqui, chamou a atenção, ainda que sem fazer preço, o fato de o Banco Central ter injetado, pela primeira vez neste ano, R$ 4,420 bilhões em sua operação de calibragem de liquidez do sistema financeiro. Até então, a autoridade monetária geralmente enxugava recursos do sistema. Nenhum profissional soube explicar o exato motivo desta mudança, mas a avaliação geral é de que isso não traz qualquer tipo de preocupação pois o mercado está líquido e não há sinais de que algum participante esteja encontrando dificuldade para conseguir recursos.

No mais, o BC também informou que o saldo total de crédito atingiu R$ 2,13 trilhões em maio, uma expansão de 1,7% na margem. Com esse avanço, o crédito atingiu patamar inédito de 50,1% do Produto Interno Bruto (PIB), ante 49,6% em abril. O que preocupa, no entanto, é que a inadimplência com crédito livre ficou em 6% no mês passado, maior nível desde o início da série histórica do BC, iniciada em junho de 2000.

No que diz respeito à arrecadação de tributos anunciada pela Receita Federal, o montante somou R$ 77,971 bilhões em maio, com um crescimento real de 3,82% em relação a igual mês de 2011. No acumulado de janeiro a maio, a arrecadação totalizou R$ 427,448 bilhões, valor 5,83% superior em relação aos cinco primeiros meses de 2011. No âmbito da inflação, o IPC-Fipe ficou em 0,21% na terceira quadrissemana de junho, ante 0,25% na segunda prévia do mês.

Os contratos futuros de juros apontam taxas próximas ao ajuste desta quarta-feira, sem nenhuma direção clara até cerca de 11h desta quinta-feira. Os investidores alternam as atenções entre o IPCA-15 de junho, que apontou uma desaceleração mais forte do que a esperada da inflação corrente, para 0,18%, o que naturalmente daria viés de baixa para as taxas futuras. Mas a queda da taxa de desemprego para 5,8% em maio, o menor nível para o mês desde 2002, sinaliza um quadro resistente do mercado de trabalho, o que puxaria as taxas futuras para cima. No exterior, as commodities em baixa poderiam ser o vetor de desempate, afiançando o viés de baixa na curva doméstica de juros. Mas o dia tem um leilão importante do Tesouro Nacional, o que rende suporte para as taxas futuras.

Às 10h23, o contrato futuro para janeiro de 2013 indicava 7,72%, de 7,73% no ajuste. O contrato para janeiro de 2014 projetava 8,08%, reproduzindo o ajuste de ontem. Nos longos, a taxa do janeiro de 2021 indicava 10,13%, de 10,15%.

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Dentro do IPCA-15, a principal contribuição veio do grupo Transportes, que aprofundou a deflação de 0,25% para 0,77%. O IBGE considera que com a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), a partir de 21 de maio, os preços dos automóveis novos caíram 3,50%, com impacto de -0,12 ponto porcentual, o mais baixo no mês. Os preços dos automóveis usados, que recuaram 2,62%, com impacto de -0,04 ponto também ajudaram.

Além disso, os preços do etanol (-1,51%), por causa da baixas cotações da cana-de-açúcar, e da gasolina (-0,37%) também exerceram contribuições favoráveis para o índice. Mas os outros grupos de preços pesquisados também foram positivos. Apenas a alta de preços do grupo Alimentos, de 0,66% em junho, superou a variação de maio, de 0,62%, entre os grupos que compõem o IPCA-15.

Em relação ao mercado de trabalho, a taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do País, de 5,8% em maio, ante 6% em abril, ficou abaixo do piso do esperado pelos analistas consultados pelo AE Projeções (5,9% a 6,2%), mas o indicador é considerado defasado, retratando uma situação econômica anterior. O dia, porém, reserva a divulgação do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que é considerado mais confiável para se balizar a situação do mercado de trabalho. O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) informa o dado nesta quinta-feira, às 14h.

Se os dados domésticos oferecem empate, o exterior reforçaria o viés de baixa, já que o petróleo opera em baixa e na casa de US$ 80. Grãos como soja, milho e trigo recuam e também poderiam fortalecer a queda das taxas futuras de juros locais.

Mas nesta quinta-feira há o tradicional leilão do Tesouro Nacional de títulos públicos. De acordo com cronograma referente ao mês de junho, serão ofertadas Letras do Tesouro Nacional (LTN) para os vencimentos de 1/10/2012, 1/7/2014 e 1/1/2016; e Notas do Tesouro Nacional - série F (NTN-F) para os vencimentos de 1/1/2018 e 1/1/2023. Os dois títulos são prefixados.

A melhora do ambiente internacional, onde os investidores aguardam com otimismo o resultado da reunião do Federal Reserve, na quarta-feira, passou ao largo do mercado de juros futuros. Enquanto as taxas de curto prazo ficaram estacionadas ao redor do ajuste, à espera de sinais e ações que possam desencadear a melhora efetiva da economia, os juros longos cederam sensivelmente. Nesse caso, segundo profissionais do mercado, a queda do dólar e um movimento técnico de suavização da inclinação (flattening) da curva favoreceram a devolução de prêmios.

Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 (241.615 contratos) estava em 7,71%, nivelado ao ajuste. O contrato para janeiro de 2014 (250.355 contratos) apontava 8,03%, de 8,05% na véspera. Entre os longos, o DI janeiro de 2017 (99.160 contratos) cedia para 9,63%, de 9,72% ontem, enquanto o DI janeiro de 2021 (5.955 contratos) recuava para 10,13%, de 10,29% no ajuste.

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Por aqui, a inflação segue mostrando sinais de arrefecimento. A segunda prévia do IGP-M ficou em 0,63%, ante avanço de 1,00% em igual prévia de maio. O resultado ficou levemente acima da mediana encontrada pelo AE Projeções, de 0,60%. Mas mereceu destaque a desaceleração de um dos componentes do índice cheio, o IPC-M, que registrou variação positiva de 0,14% na segunda prévia de junho, ante 0,41% em igual prévia de maio. O IPC-Fipe, que mede a inflação da cidade de São Paulo, registrou 0,25% na segunda quadrissemana de junho, de +0,28% na primeira prévia do mês. Tais números confirmam a expectativa positiva sobre o IPCA-15, que será divulgado na quinta-feira.

Lá fora, os mercados se movimentam em torno de expectativas. Termina neta terça-feira o encontro de líderes do G-20 e a tentativa principal é fazer a Alemanha aceitar também a implementação de medidas de estímulo ao crescimento, e não apenas a busca pela austeridade. No México, a chanceler Angela Merkel defendeu ações de estímulo, mas ponderou que "crescimento não é apenas dinheiro". "A tarefa agora é assegurar que os recursos que temos para crescimento sejam usados de maneira eficaz".

Expectativa maior se dá em relação ao fim da reunião do Fed, amanhã. As esperanças são de que a autoridade monetária norte-americana anuncie novas medidas de estímulo à economia. E a cada indicador negativo do país, tais esperanças crescem. O dado ruim de hoje ficou por conta das construções de moradias, que caíram 4,8% em maio na comparação com abril. Por outro lado, em relação a maio do ano passado houve aumento de 28,5%.

A taxa média de juros bancários para empréstimo pessoal subiu 0,07 ponto porcentual em junho na comparação com maio, para 5,50% ao mês (90,16% anuais), informou nesta terça-feira a Fundação Procon-SP. No cheque especial, os juros médios cobrados tiveram recuo de 0,10 ponto, passando de 8,46% ao mês em maio para 8,36% na sondagem realizada no dia 4 de junho, o que significa uma taxa de 162,17% ao ano. A pesquisa foi realizada em sete instituições financeiras: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, HSBC, Itaú, Santander e Safra (que, contudo, não informou suas taxas).

Três bancos reduziram em junho as taxas cobradas em empréstimo pessoal. O Banco do Brasil alterou seus juros de 4,31% ao mês em maio para 4,28% em junho. No Bradesco houve redução de 6,31% para 6,27% e no Itaú os juros foram de 6,70% para 6,66%, maior taxa cobrada para este tipo de empréstimo entre as instituições pesquisadas. A Caixa possui os menores juros (3,88%) nesta modalidade.

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No caso do cheque especial, os recuos ocorreram no Banco do Brasil (de 8,31% ao mês em maio para 8,27% em junho), Bradesco (de 8,90% para 8,86%), Itaú (de 8,89% para 8,85%) e Santander (de 9,99% para 9,95%). A maior taxa é do HSBC (9,98% ao mês) e a menor, da Caixa (4,27% mensais).

De acordo com a fundação, o aumento das taxas médias em junho se deve à redução da mostra, já que o Banco Safra não informou os juros cobrados, segundo o Procon-SP.

Para o Procon-SP, apesar do cenário favorável - a taxa básica da economia (Selic) está no mínimo histórico de 8,5% ao ano -, os juros bancários seguem altos. "O consumidor deve manter a cautela e os empréstimos só devem ser tomados em caso de necessidade, para que não se transformem em armadilha para quem já está com o orçamento comprometido", orienta a instituição.

Como se não bastassem as incertezas geradas pela eleição na Grécia neste fim de semana, os indicadores de atividade da zona do euro e dos Estados Unidos seguem decepcionando. Esse conjunto já seria suficiente para derrubar os ativos de risco e indicar chance maior de que o afrouxamento monetário terá prosseguimento por aqui. Mas, além disso, as palavras do ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao jornal O Globo, de que é possível rever as medidas que inibem a entrada de dólares no Brasil, trouxeram duas leituras: indicam preocupação com o quadro externo e mostram que o governo não quer o câmbio elevado a ponto de prejudicar a inflação. O resultado direto disso foi recuo das taxas futuras de juros em todos os vértices da curva a termo.

Pouco antes do início da sessão estendida na BM&F, a presidente Dilma Rousseff reforçou ainda mais o viés de baixa para os juros. Em solenidade no Palácio Guanabara, no Rio, ela afirmou que "não há razão técnica para manter os juros altos". Em suas palavras, o "Brasil é País que sabe controlar a inflação" sem deixar de investir.

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Ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 (98.795 contratos) estava em 7,71%, de 7,73% no ajuste. O DI janeiro de 2014, com movimento de 197.835 contratos, recuava para 8,00%, de 8,04% na véspera. Entre os longos, o DI janeiro de 2017 (46.530 contratos) indicava taxa de 9,70%, ante 9,75% ontem, enquanto o DI janeiro de 2021 (apenas 265 contratos) recuava para 10,31%, de 10,36% no ajuste.

Para ajudar na devolução de prêmios, alguns indicadores de inflação também começam a mostrar um cenário de arrefecimento de preços. O IPC, divulgado pela Fipe, registrou alta de 0,28% na primeira quadrissemana de junho, com desaceleração em relação ao fechamento de maio, quando apresentou 0,35%. E apesar de o coordenador do índice, Rafael Costa Lima, manter sua projeção de 0,25% para a inflação na capital paulista no fechamento de junho, ele disse estar propenso a revisar sua estimativa para o indicador no fechamento de 2012, que atualmente está entre 5,00% e 5,50%, mas "mais perto de 5,00%". "Estou quase revisando para abaixo de 5%", afirmou o economista.

Lá fora, o clima segue bastante negativo. A produção industrial da zona do euro caiu 0,8% em abril ante março, a maior queda em quatro meses. Com isso, o nível de produção foi o mais fraco desde setembro de 2010. Nos EUA, as vendas no varejos caíram 0,2% em maio ante abril. Para piorar, o dado de abril foi revisado para queda de 0,2%, da leitura inicial de ganho de 0,1%.

Os dados ruins, sobretudo na Europa, somam-se às tensões que envolvem a eleição na Grécia. E, além disso, há notícias de que os bancos do país helênico têm enfrentado um aumento significativo de retiradas de depósitos. Segundo uma fonte do setor bancário grego, as retiradas podem chegar a 1,5 bilhão de euros na sexta-feira.

No mercado futuro de juros, as taxas curtas dão prosseguimento à sinalização de que há mais espaço para cortes da taxa Selic. Neste ponto da curva, a devolução de prêmios teve aceleração durante o período vespertino, acompanhando o recuo das bolsas no exterior. Os vértices longos mostram leve alta em uma combinação formada por movimento técnico, após o recuo na última semana, e reflexo de alguma apreensão dos agentes financeiros em relação à percepção de que os estímulos à economia possam se transformar, no longo prazo, em pressão inflacionária.

Ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 (280.620 contratos) estava em 7,75%, ante 7,80% do ajuste da sexta-feira, enquanto o DI janeiro de 2014 (270.915 contratos) marcava 8,09%, de 8,14% da sexta. O DI janeiro de 2017, com giro de 66.280 contratos, apontava 9,83%, de 9,70% do ajuste, e o DI janeiro de 2021 (2.220 contratos) indicava 10,47%, de 10,32%.

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O declínio das taxas projetadas pelos DIs curtos acompanha, em grande medida, o movimento da última semana guiado pelo IPCA em maio e pela ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Em sua maioria, as taxas curtas embutem probabilidade de um corte de 0,50 ponto porcentual da Selic em julho e um corte residual, possivelmente de 0,25 pp, em agosto.

Tal perspectiva parece estar refletida nas projeções do chamado Top 5, analistas que mais acertam as estimativas na pesquisa Focus, uma vez que os números foram revisados de 8% para 7,75%. No entanto, prevalece na Focus a aposta de Selic em 8% para o fim de 2012. Para 2013, a mediana das expectativas caiu de 9,38% para 9%. Quanto ao IPCA em 2012, as expectativas recuaram de 5,15% para 5,03%. Para 2013, as previsões se mantiveram em 5,60% pela terceira semana seguida. Para um economista, os resultados captados na Focus ilustram a percepção dos agentes financeiros de que a inflação não é um problema para a política monetária no curto prazo.

Para o PIB, a pesquisa Focus mostra projeções caindo de 2,72% para 2,53% em 2012 e recuando de 4,50% para 4,30% para 2013. O desempenho fraco do PIB no primeiro trimestre continua pesando sobre as avaliações do mercado, cita um profissional, e reforça que o ciclo de redução do juro não chegou ao fim.

O cenário externo prossegue nebuloso. A animação com os planos para resgate dos bancos espanhóis se esvaiu ao longo da tarde no mercado internacional. O avanço da aversão ao risco, com o ceticismo dos investidores sobre os esforços para restaurar a confiança na Espanha, fez com que os índices acionários em Nova York testassem as mínimas e provocou recuo dos juros dos Treasuries. Em torno das 16 horas, o juro da T-Note de 10 anos estava em 1,599% ante 1,684% no início do dia e 1,639% no fim da tarde de sexta-feira. Para os agentes internacionais, ainda há incertezas sobre como a ajuda será estruturada.

O principal destaque da ata da última reunião do Copom, divulgada nesta sexta-feira, foi o que o Banco Central não disse. Ao excluir do documento o trecho que mencionava um impacto da crise internacional no Brasil equivalente um quarto do verificado em 2008 e 2009, a autoridade monetária abriu espaço para uma queda generalizada nas taxas dos DIs. A interpretação do mercado é de que, como sugere o documento, a crise na Europa é um sério golpe na economia mundial e o Brasil não ficará imune, restando ao Copom continuar com o ciclo de afrouxamento monetário. A preocupação com Grécia e Espanha, principalmente, dão respaldo a esse movimento de redução de prêmios, em especial na parte longa da curva.

Ao término da negociação normal na BM&F, a taxa do contrato futuro de juros com vencimento em janeiro de 2013 (447.560 contratos) marcava 7,80%, ante 7,89% do ajuste de quarta-feira. Já a taxa do contrato de janeiro de 2014 (327.065 contratos) estava em 8,14%, ante 8,28% do ajuste. Na ponta mais longa da curva, o DI para janeiro de 2017 (38.845 contratos) marcava 9,70%, ante 9,95% de quarta-feira, e o DI para janeiro de 2021 (3.400 contratos) estava em 10,32%, ante 10,60% do anterior.

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Por enquanto, a curva segue precificando um corte de 0,50 ponto porcentual da Selic na reunião do Copom de 10 e 11 de julho. Para o encontro seguinte, em 28 e 29 de agosto, a curva a termo reflete uma divisão nas apostas, entre estabilidade e novo corte de 0,25 ponto. Porém, entre economistas de bancos e corretoras, crescem as previsões de que possam ocorrer mais dois cortes da taxa básica de juros, ambos de 0,50 ponto, com a Selic encerrando o ano em 7,5%.

"Lá fora o cenário não é tranquilo. A ata deixa a porta aberta para mais cortes", afirmou Flávio Serrano, economista-sênior do Besi Brasil. A instituição mantém a previsão de apenas mais um corte da Selic, de 0,50 ponto em julho, mas Serrano admite que o cenário externo "está pesando bem". Nesta quinta-feira, segundo ele, as taxas longas dos DIs recuaram de forma consistente também em função dos receios com a Grécia, a Espanha e a zona do euro como um todo.

"A ata, em termos gerais, confirma a percepção de que o BC vai continuar reduzindo os juros, com parcimônia", afirmou Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da TOV Corretora. Ele prevê mais dois cortes de 0,50 ponto porcentual na Selic justamente porque o exterior não ajuda. "A Europa, com suas políticas, encomendou um segundo semestre ruim para a economia em termos de nível de atividade. Mesmo que a Espanha consiga alinhavar um pacote de ajuda para seus bancos no fim de semana, isso pode ter um efeito parecido ao que vimos no início do ano, quando a expectativa dos mercados foi impulsionada sem que houvesse correspondência no lado real da economia", analisou.

No documento desta sexta-feira, o Copom observou que aumentaram as evidências de que a transmissão da crise externa para a economia brasileira ocorre por diversos canais. Entre eles estão a moderação da corrente de comércio, do fluxo de investimentos e as condições de crédito mais restritivas. "Também constitui canal de transmissão de grande importância a repercussão sobre a confiança de empresários", informou o texto que, porém, destacou que a confiança dos empresários brasileiros segue elevada.

O Banco da Inglaterra (BOE) manteve a taxa básica de juros em 0,5% e deixou o programa de compra de ativos inalterado em 325 bilhões de libras, após sua reunião de dois dias. Como de costume, o BOE não divulgou um comunicado para explicar sua decisão, o que deve ser feito pela ata da reunião, a ser publicada em 20 de junho.

A decisão já era esperada e segue-se a movimentos similares feitos por outros bancos centrais importantes, como o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco do Canadá. O Federal Reserve, dos EUA, fará sua reunião nos dias 19 e 20 de junho.

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Já o crescimento do setor de serviços do Reino Unido, que é o principal da economia britânica, se manteve estável em maio, segundo dados da Markit e do Chartered Institute of Purchasing and Supply (CIPS). O índice dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) do setor permaneceu em 53,3 em maio, marcando o 17º mês seguido de leitura acima de 50, o que indica expansão da atividade. As informações são da Dow Jones.

O Banco do Povo da China (PBOC, banco central do país) cortou as taxas básicas de juros sobre empréstimos e depósitos e agiu para permitir que as taxas oscilem mais livremente, em uma tentativa de dar suporte para o crescimento da economia e de avançar na reforma do sistema financeiro local.

Em um comunicado publicado em seu site, o PBOC informou que reduziu a taxa de empréstimos de um ano e a taxa de depósitos de um ano em 0,25 ponto porcentual, com efeito a partir de sexta-feira. A taxa de empréstimos diminuiu de 6,56% para 6,31% e a taxa de depósitos recuou de 3,50% para 3,25%.

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Além disso, o PBOC vai permitir que as taxas de depósitos subam para 110% da taxa de referência e que as taxas de empréstimos caiam para 80% da taxa de referência. O PBOC havia elevado as taxas de juros três vezes no ano passado, sendo a última vez em 6 de julho. As taxas haviam sido elevadas duas vezes em 2010. As informações são da Dow Jones.

O Itaú anunciou nesta segunda-feira uma nova redução de juros para pessoas físicas em linhas como cheque especial e crédito pessoal. A iniciativa do banco acompanha a redução de 0,5 ponto porcentual ao ano na taxa básica (Selic), anunciada na semana passada pelo Banco Central, que corresponde a 0,04 ponto porcentual ao mês.

As taxas menores valem para quem aderir ao pacote MaxiConta Portabilidade Salário, destinado a clientes que já recebem ou que transferirem seu salário para conta corrente do Itaú. No crédito pessoal, os juros passaram de um intervalo de 1,99% a 4,94% ao mês para de 1,95% a 4,89% mensais.

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Já no cheque especial (LIS) as taxas máximas dentro desse pacote de serviços caem de 4,94% para 4,89% ao mês. Para os demais clientes, a taxa máxima do cheque especial recuou de 8,89% ao mês para 8,85% ao mês e, do crediário pessoal, de 6,70% ao mês para 6,66% ao mês.

No crédito consignado para aposentados e pensionistas do INSS, a taxa máxima que será cobrada dos clientes será de 2,10% mensais, abaixo dos 2,14% ao mês. determinados em conforme a resolução do Conselho Nacional de Previdência Social.

CORTE PARA EMPRESAS - O Itaú também informa, por meio de comunicado à imprensa, que a partir desta terça-feira, também estarão vigentes reduções em diversas linhas de crédito para clientes pessoa jurídica. Segundo o banco, serão reduzidas as linhas capital de giro (de 5,46% a.m. para 5,42% a.m.), descontos e antecipação (de 4,86% a.m. para 4,82% a.m.), e cheque especial, que, embora as máximas dependam do perfil do cliente, serão todas cortadas em 0,04 ponto porcentual ao mês.

O mercado de juros futuros enveredou por um expressivo movimento de recomposição de prêmios, sobretudo da parte intermediária para frente da curva a termo. Mas, na avaliação de operadores e analistas, não há nenhum fato relevante que justifique a alta das taxas futuras. No entanto, uma correção técnica à forte queda dos juros que se deu após a reunião de quarta-feira do Comitê de Política Monetária (Copom) e a fala da presidente Dilma Rousseff sobre uma "política pró-cíclica de investimentos" podem justificar parte da nova precificação do mercado.

Ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 (175.010 contratos) marcava máxima de 7,94%, ante 7,88% no ajuste. O DI janeiro de 2014, com giro de 343.450 contratos, subia a 8,39%, de 8,23% na sexta-feira. Entre os longos, o DI janeiro de 2017 (103.310 contratos) avançava para a máxima de 10,15%, de 9,79% antes, enquanto o DI janeiro de 2021 (3.615 contratos) saltava para a máxima de 10,81%, de 10,42% no ajuste.

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"A curva está abrindo com o mercado lá fora sem tendência muito clara. Por isso, pode ser uma correção técnica aliada à fala da presidente Dilma, ainda mais em um dia vazio como hoje", observou o economista chefe da CM Capital Markets, Darwin Dib.

Em Brasília, a presidente Dilma Rousseff, após encontro com sua equipe econômica, disse que diante do acirramento das crises e de processos recessivos na economia internacional, o Brasil está se preparando para ter uma política pró-cíclica de investimentos. Ela não foi além, mas deixou o mercado na expectativa de que novas medidas de estímulo à economia podem ser anunciadas em breve.

O comportamento das taxas futuras de curto prazo até ameaçou ser de queda no começo do dia. A pesquisa Focus mostrou que os analistas revisaram a previsão de expansão do PIB em 2012 de 2,99% para 2,72%, nível que se distancia cada vez mais das metas do governo, de "pelo menos 3%". O levantamento trouxe ainda projeções mais brandas de IPCA. A estimativa para a inflação oficial em 2012 caiu de 5,17% para 5,15% e seguiu inalterada em 5,60% para 2013.

E os recentes dados de inflação confirmam pressão menor. O índice de preços ao consumidor (IPC), que mede a inflação da cidade de São Paulo, apontou desaceleração para alta de 0,35% em maio, de 0,47% em abril. O resultado situou-se perto da mediana de 0,36% calculada pelo AE Projeções.

Lá fora, informações de que a Espanha e demais membros da zona do euro negociam uma recapitalização de bancos do bloco minimizaram o nervosismo. Além disso, uma autoridade da União Europeia afirmou nesta segunda-feira que a situação da Espanha vai ser "uma grande parte" da teleconferência que será realizada amanhã entre os ministros de Finanças do G-7. Por outro lado, os Estados Unidos continuaram emitindo sinais de que a recuperação do país é lenta, o que deixa o mercado cada vez mais esperançoso de que o Federal Reserve adote uma terceira rodada de afrouxamento quantitativo.

A China não pode descartar a possibilidade de corte de juros no primeiro semestre deste ano, se a inflação do país, indicadores industriais e de investimentos continuarem a cair em maio, afirmou em comentário hoje o jornal estatal China Securities. Também existe espaço para um ajuste fino nas políticas de aperto do mercado imobiliário, afirmou o jornal.

Os comentários foram divulgados após o índice de atividade industrial oficial (PMI) da China ter caído significativamente para 50.4 em maio, de 53.3 em abril, o que provavelmente deve adicionar preocupações no mercado com uma possível desaceleração na segunda maior economia do mundo. As informações são da Dow Jones.

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta sexta-feira que as taxas de juros da economia brasileira vão continuar caindo. "Eu garanto isso", disse Mantega, durante entrevista coletiva em que comentou a variação do PIB no primeiro trimestre de 2012.

O ministro disse ainda que o governo vai continuar a estimular os investimentos no País. "Hoje você já pode comprar máquinas a juro real próximo de zero. Isso é resultado de medidas que o governo vem adotando. O governo tem todo o interesse que o investimento retorne ao patamar de 2010". Segundo ele, os investimentos no País tem estado próximo de 20% e isso se deve aos estímulos que o governo tem dado à economia brasileira.

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Perguntado se não falta ao empresário brasileiro o chamado "espírito animal", já que aos primeiros sinais de crise ele reduz o investimento, Mantega disse que não. "Eu me reúno quase diariamente com os empresários e não vejo que falte neles o 'espírito animal'", afirmou o ministro, acrescentando que é natural os empresários se tornarem mais cautelosos em momentos em que a taxa de crescimento é menor.

Da parte do governo, Mantega ressaltou que há cobrança para que os empresários não diminuam investimentos. "Por exemplo, o último incentivo que nós demos foi para o setor de veículos, mas já tínhamos dado incentivo para o setor de linha branca e sempre cobramos como contrapartida a continuidade do investimento", disse o ministro.

Ele avalia que medidas como essas não podem ser consideradas ações de protecionismo, mas de defesa da indústria nacional. Segundo ele, as medidas foram tomadas porque países "adotaram medidas como manipulação cambial, e o que fizemos foi defender o setor automotivo de subsídios disfarçados".

Segundo o ministro, o País não pode esperar que Organização Mundial do Comércio (OMC) tome alguma decisão, o que justifica a adoção das medidas em maio. Mantega reiterou que a maior preocupação do governo quanto ao crédito é o spread cobrado pelos bancos privados" que se comprometeram a ter uma atitude menos restritiva".

O Banco do Brasil anunciará amanhã, dia 1º, nova redução de juros para pessoas físicas e jurídicas. Entre as reduções que devem ser anunciadas, estão linhas para o crédito imobiliário. O corte, segundo a assessoria de imprensa do banco, é reflexo da redução na Selic, que ontem baixou para 8,5% ao ano.

Bradesco e a Caixa anunciaram hoje corte de juros seguindo a redução da taxa Selic. O banco público cortou taxas em linhas como crédito consignado, cartões e financiamento de veículos.

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Desde abril, os bancos públicos e privados fizeram vários cortes nos juros, para pessoas físicas e empresas.

A Caixa Econômica Federal divulgou nesta quinta-feira, dentro do Programa Caixa Melhor Crédito, que promoveu mais uma redução - de até 66,89% - nas taxas de juros de suas operações de crédito. Conforme o comunicado, a medida foi influenciada pelo anúncio, na noite de quarta-feira, de corte da Selic em 0,50 ponto porcentual, para 8,50% ao ano, feito pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, .

O crédito consignado para funcionários públicos e empregados de empresas que possuem convênio com a Caixa teve redução da taxa máxima de 1,95% a.m. para 1,67% ao mês, o que representa queda de 15,69% na taxa anual. Para os aposentados e pensionistas do INSS a taxa máxima foi reduzida de 1,77% a.m. para 1,67% a.m., sendo a taxa mínima de 0,75% a.m.. No caso do INSS, a taxa máxima permitida pelo órgão é de 2,14% a.m.

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No Cartão Azul, destinado a clientes que recebem salário na Caixa, a taxa do parcelado com juros foi reduzida de 1,99% a.m. para 0,89% a.m. (redução de 57,94% na taxa anual). Para todos os demais cartões, as taxas que variavam de 4,85% a 1,99% foram reduzidas para uma taxa única de 1,90% a.m. (redução anual de até 66,89%).

A linha de parcelamento de fatura para todos os cartões de crédito, que já contava com taxas a partir de 1,95% a.m., teve seu prazo ampliado de 24 para 36 vezes.

As novas taxas para os cartões de crédito passam a valer a partir de sexta-feria, enquanto que para os demais produtos para pessoa física a vigência será a partir do dia 04 de junho.

Empresas

Ainda conforme o comunicado, as novas reduções de taxas de juros beneficiarão, também, todos os segmentos empresariais. No segmento micro e pequenas empresas, as taxas mínima e máxima para financiamento de veículos novos passaram de 1,47% a 1,88% a.m. para 0,75% a 1,61% a.m. (redução em até 50,99% na taxa anual). Para veículos usados, as taxas passam de 1,50% a 1,95% a.m. para 1,20% a 1,68% a.m. (redução em até 21,33% na taxa anual).

O segmento de médias e grandes empresas, para o qual as taxas de juros para financiamento de veículos novos estavam entre 1,23% a 1,86% a.m., teve suas taxas de juros reduzidas para a faixa de 0,72% a 1,60% a.m. (redução em até 43,10% na taxa anual). Veículos pesados, como ônibus e caminhões, passarão a ser financiados com taxa de 5,5% aao mês no programa BNDES FINAME PSI para empresas de todos os portes, sendo que a taxa anterior era de 7,7% a.a.

Na linha de crédito para capital de giro parcelado, as médias e grandes empresas, quando contratarem operações superiores a R$ 1 milhão, terão suas taxas reduzidas de 1,28% a 4,01% a.m. para a faixa de 1,05% a 3,40% a.m. (redução de 19,01% na taxa anual). As operações de crédito de valores inferiores a R$ 1 milhão continuam sendo financiadas pela Caixa a uma taxa de juros de 0,94% a.m..

O Bradesco anunciou nesta quinta-feira um corte de 0,5 ponto porcentual nas taxas de juros das linhas de crédito para pessoa física e jurídica. De acordo com o comunicado, a medida acompanha a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de quarta-feira, que reduziu a taxa básica da economia, a Selic, em 0,50 ponto porcentual, para 8,5% ao ano. As novas condições valem a partir da próxima segunda-feira

Com a nova redução, a taxa mínima do capital de giro caiu de 2,43% para 2,39% ao mês, e a máxima, de 5,37% para 5,33% ao mês. Na antecipação de recebíveis de duplicatas, cheques e cartão de crédito, o juro recua de 2,09% para 2,05% ao mês na mínima, e de 4,58% para 4,54% ao mês na máxima. No crédito pessoal, a taxa mínima foi reduzida para a partir de 1,97% para 1,93% ao mês.

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No financiamento de veículos, a taxa mínima na linha CDC veículos recuou de 0,97% para 0,93% ao mês, e a máxima, de 2,95% para 2,91% ao mês. Já a linha de leasing de veículos passou a ter taxa mínima de 1,63% ao mês (era 1,67% antes), e a máxima de 2,96% ao mês (3% antes).

No financiamento de bens e serviços, a taxa mínima passa de 2,97% para 2,93% ao mês, e a máxima, de 4,91% para 4,87% ao mês.

O Bradesco explica que o pacote de cesta de serviços da Conta Fácil, lançado em 14 de maio segue inalterado, "já que havia tido quedas expressivas" no cheque especial (na ponta máxima caiu de 8,90% para 4,70% ao mês e na mínima, de 8,19% para 3,95%), no rotativo do cartão de crédito (máxima de 14,99% ao mês para 4,70% e mínima reduzida de 12,40% para 3,95%), e limites de crédito pessoal (a máxima caiu de 7,31% para 4,70%, e mínima de 4,81% para 3,95%).

Com a decisão de corte de 0,50 ponto porcentual na taxa Selic tomada nesta quarta-feira pelo Comitê de Política Monetária (Copom) e um comunicado com conteúdo idêntico ao da reunião de abril, a equipe da LCA Consultores reiterou sua estimativa de que o Banco Central repetirá a dose na reunião de julho do comitê.

Em comunicado divulgado à imprensa, a consultoria destacou que continua com a previsão de que o ciclo de reduções nos juros, iniciado em agosto de 2011, será encerrado exatamente no próximo encontro do Copom, quando a autoridade monetária deverá reduzir pela última vez a Selic, que fechará 2012 na marca de 8,00% ao ano.

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"Nosso cenário base antevê uma melhora gradativa do ambiente externo e uma retomada paulatina da atividade doméstica no decorrer do segundo semestre - contexto que nos parece condizente com a nossa projeção de que a taxa básica de juros será reduzida até 8% ao ano", escreveram os economistas da LCA.

Além de manter suas estimativas, que já haviam sido coletadas pelo AE Projeções na semana passada, a LCA avaliou que renovou o alerta de que parece relevante o "risco de frustração" das expectativas de uma continuidade de cortes ainda mais agressivos na Selic, além da marca de 8%.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avalia que a redução da taxa Selic de 9% para 8,5% ao ano "é essencial diante da crise internacional". De acordo com a entidade, o Copom adotou uma decisão acertada ao reduzir a taxa básica de juros em 0,5 ponto porcentual.

"O cenário externo adverso exige ações rápidas e estruturantes, e a redução dos juros é componente essencial nessas medidas. No campo interno, a inflação está em desaceleração, proporcionando ambiente positivo para uma política monetária mais ativa", avalia a CNI, em nota.

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A confederação destaca, ainda, que os indicadores prévios do Produto Interno Bruto (PIB) mostram desaceleração em relação a 2011, "ano em que a economia já não mostrou grande desenvoltura". Além disso, a entidade afirma que a indústria é a mais afetada pela queda na demanda externa e lembra que a produção industrial recuou 0,5% no primeiro trimestre em relação ao quarto trimestre de 2011. "O segmento de bens de capital, que sustenta o investimento, caiu 9% na mesma base de comparação", destaca o texto da CNI.

A CNI lembra que a queda de juros barateia o crédito e, em consequência, contribui para a retomada dos investimentos e o reaquecimento da demanda interna. "É importante que a essa redução se some maior austeridade nos gastos públicos, de forma a não prejudicar o atual cenário inflacionário benéfico", cita o comunicado.

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