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A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) classificou o corte da taxa básica de juros, para 8,5%, como positiva, mas afirmou que o governo precisa tomar medidas adicionais para recuperar a competitividade da indústria brasileira.

"A queda nos juros e o equilíbrio cambial são positivos, mas não podem ser as únicas iniciativas", disse em nota Paulo Skaf, presidente da entidade, após a decisão nesta quarta-feira do Comitê de Política Monetária (Copom). Segundo ele, o momento pede ações mais eficientes para redução de custos de produção.

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A Fiesp pede medidas que reduzam a carga tributária, o custo de energia elétrica e a burocracia, além de iniciativas que possam melhorar a infraestrutura e logística no País.

A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) comemorou a queda na taxa básica de juros (Selic), para 8,5%, anunciada na noite desta quarta-feira pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. "Se o dólar é a mãe de todos os males, o juro é o pai. Por isso, qualquer redução é louvável", disse o diretor secretário da Abimaq, Carlos Buch Pastoriza.

Segundo ele, apesar da queda, o governo precisa seguir pressionando as instituições privadas a baixarem suas taxas de financiamento. "Para o tomador de empréstimos, os juros ainda chegam entre 80% e 100% ao ano, o que é um absurdo", afirmou Pastoriza.

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Na opinião dele, o governo não precisa temer uma alta na inflação, o que poderia levar o Copom a encerrar a série de queda na Selic. "É bom lembrar que temos um cenário de queda nos preços das commodities, que ajuda a segurar a inflação, e uma limitação na alta de preços, como ônibus e salários de funcionalismo, por conta do ano eleitoral."

O presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, disse nesta quarta-feira, após participar de cerimônia no Palácio do Planalto que, se o Comitê de Política Monetária (Copom) voltar a reduzir a taxa Selic, a Caixa poderá dar prosseguimento à política de redução de juros. "Vamos continuar fazendo isso", afirmou. "Se tiver espaço, essa semana ainda a gente vai fazer alguma coisa. Vamos tentar. Vamos ver quais são os produtos que permitem alguma redução e qual o reflexo dessa baixa da Selic nas nossas especificações. Tem de fazer conta".

Segundo ele, a Caixa foi a instituição financeira que mais baixou os juros até agora. Disse que em alguns produtos a redução chegou a ficar acima de 70% e que nos principais produtos o corte dos juros, em média, foi de 40%. "Vamos ver o que é que o Banco Central vai fazer e a gente vai estar sempre atrás, sempre que for possível, baixando os juros", disse.

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Na terça-feira, o presidente da Caixa esteve no Palácio do Planalto, onde se reuniu com a presidente Dilma e com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para discutir outras iniciativas por parte da instituição, dentro da determinação da presidente de redução dos juros e de tarifas bancárias. Ainda na tarde desta quarta-feira, Dilma se reúne com o presidente mundial do Citigroup, Vikram Pandit, e o assunto deve girar em torno da redução de juros, já que o governo entende que os bancos privados, embora já tenham dado alguma contribuição, ainda têm muito o que fazer nesta direção.

O Banco do Brasil anunciou nesta segunda-feira redução dos juros para o financiamento de veículos de micro e pequenas empresas. Os cortes chegam a 21,3% e o BB pode financiar 100% do carro com taxas a partir de 0,77% ao mês, segundo comunicado à imprensa da instituição. As novas taxas valem a partir de hoje.

Desde que o BB começou a baixar juros para pequenas empresas, no começo de abril quando foi lançado o programa Bompratodos, foram liberados R$ 9,9 bilhões para o segmento, segundo o comunicado. Comparado a março, quando ainda não havia corte nos juros, houve expansão de 18,4% nos volumes liberados. Na linha "BB Giro Empresa Flex", principal produto de capital de giro para as micro e pequenas empresas do banco, o volume liberado cresceu 38% e ficou em R$ 2,1 bilhões.

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O prazo de financiamento pode chegar a 60 meses e só vale para veículos novos, de acordo com o BB. A linha é direcionada às empresas com faturamento bruto anual de até R$ 60 milhões.

Na semana passada, o BB anunciou redução nos juros do financiamento de veículos para pessoas físicas, com taxa mínima de 0,77%. O corte ocorreu logo após o governo soltar um pacote de medidas para estimular o mercado automotivo, com redução de tributos para a compra de carros e mudanças no compulsório.

Os investidores em juros futuros decidiram tirar um pouco do "exagero" de quinta-feira e houve queda de taxas ao longo de toda a curva a termo nesta sexta-feira. Segundo profissionais do mercado, trata-se de uma correção técnica, mas a queda do dólar, influenciada por mais uma atuação do Banco Central na ponta vendedora, também contribui para que os agentes, por enquanto, fechem posição em torno de uma Selic 0,5 ponto porcentual menor, a 8,50% depois do encontro da próxima semana do Comitê de Política Monetária (Copom). A sexta-feira teve agenda fraca. Entre os dados conhecidos, no entanto, trouxe preocupação a nova alta da inadimplência em abril.

Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 (370.195 contratos) estava em 8,04%, de 8,07% no ajuste. A taxa projetada pelo DI janeiro de 2014 (323.165 contratos) cedia para 8,52%, de 8,62% na véspera. Entre os vencimentos longos, o DI janeiro de 2017 (45.955 contratos) recuava para 9,81%, de 9,92% ontem, enquanto o DI janeiro de 2021 (11.110 contratos) caía para 10,34%, de 10,44% no ajuste.

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O Banco Central vendeu nesta sexta-feira 14 mil contratos de swap cambial com dois vencimentos, num total financeiro de US$ 698,2 milhões. O resultado corresponde à venda de 34,91% da oferta de até 40 mil desses contratos, equivalente a US$ 2 bilhões.

Entre os indicadores domésticos, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela Fipe, subiu 0,41% na terceira quadrissemana de maio. O número representa uma desaceleração em relação à segunda prévia do mês, quando apresentou 0,48%. O resultado ficou abaixo da mediana de 0,44% do AE Projeções.

O relatório de crédito divulgado pelo BC mostrou dados divergentes no que diz respeito ao aumento das concessões, mas trouxe preocupação sobre a inadimplência. O estoque das operações de crédito do sistema financeiro cresceu 1,2% em abril, na comparação com março, para R$ 2,1 trilhão. A média diária de oferta de crédito cresceu 6% em abril na comparação com março, mas na parcial de maio, até dia 14, o chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Túlio Maciel, afirmou que a média de concessão aumentou apenas 0,3% na comparação com abril. A concessão de novos financiamentos para pessoas físicas caiu 4,1% em maio ante abril, após ter disparado 8,1% no quarto mês do ano.

A taxa média de juros dos empréstimos com crédito livre recuou de 37,3% ao ano em março para 35,3% ao ano em abril, o menor nível registrado desde dezembro de 2010 (35,0%). A queda dos juros, porém, ainda não resultou na queda da inadimplência, como defendeu o ministro da Fazenda, Guido Mantega, recentemente. O calote da pessoa física voltou a subir em abril, depois da queda registrada em março em relação ao mês anterior. O Banco Central informou que o porcentual de empréstimos das famílias com atraso superior a 90 dias passou de 7,4% em março, para 7,6% no mês passado.

A Caixa Econômica Federal anunciou nesta quarta-feira mais uma rodada de corte de juro nos financiamentos para a compra de veículos. A medida beneficia a aquisição de carros novos e usados.

Segundo o banco, o juro mínimo para veículos novos caiu de 0,89% para 0,75% ao mês. Já a taxa máxima passou de 2,25% para 1,65% mensal. Para os carros usados, a maior taxa diminuiu de 2,25% para 1,75%. As novas condições valem a partir da sexta-feira, 25.

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Em nota, a instituição pública afirma que o porcentual do carro que pode ser financiado pelo banco não foi alterado e pode chegar a 100% no caso de carros zero quilômetro.

Também não foi alterado o prazo desses empréstimos, que pode chegar a 60 meses para carros com até cinco anos da data de fabricação. Para veículos de até 10 anos, o máximo é de 48 meses.

A Caixa afirma que o corte de juros beneficia todos os clientes, como quem tem crédito imobiliário, empréstimo consignado ou com conta salário na instituição.

Os cortes nos juros promovidos por bancos públicos em abril foram seguidos pelas instituições privadas e provocaram uma redução generalizada nas taxas das operações de crédito ao consumidor e à pessoa jurídica, mostra uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac).

As reduções para o cheque especial, por exemplo, vão de 0,16% a 56,12% do valor das taxas anuais. Mas, mesmo com grande parte da concorrência aderindo ao processo de diminuição dos juros, algumas taxas foram elevadas entre as duas datas de coleta dos valores comparados na pesquisa - 30 de março e 30 de abril.

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"Por conta da forte competição que se iniciou com o anúncio de redução de juros pelos bancos públicos, houve quedas de juros nas operações de crédito nas principais instituições financeiras", afirma a Anefac, em nota distribuída à imprensa.

A pesquisa refere-se às taxas médias cobradas em cada modalidade de crédito e avalia os juros oferecidos por seis instituições: Banco do Brasil, Caixa, Itaú, Bradesco, Santander e HSBC.

No caso do cheque especial, a maior redução foi verificada na Caixa, onde os juros do cheque especial baixaram de 151,54% para 66,50% ao ano (uma redução de 56,12%), chegando à menor taxa entre os bancos analisados. A menor queda (-0,16%) foi registrada no HSBC, que levou sua taxa anual de 217,98% em março para 217,63% em abril. O Santander foi o único banco que aumentou os juros do cheque especial, de 224,62% para 225,68% (uma alta de 0,47%).

A Caixa também promoveu a maior redução nos juros de empréstimo pessoal (queda de 18,62%), o que baixou sua taxa de 31,68% para 25,78% ao ano. Entre os bancos privados, o maior corte foi feito pelo Itaú - de 62,15% para 55,91% ao ano (recuo de 10,04%).

Os cortes de juros da linha CDC Financiamento de Veículos não foram constatados em todas as instituições consultadas. O HSBC elevou essa taxa de 21,41% para 23,58% ao ano. Nesse tipo de operação, porém, quem detém a maior taxa é a Caixa: 24,16%, ante 24,31% em março.

A linha de crédito de CDC-Bens Diversos para pessoa física teve cortes no Banco do Brasil (de 29,23% para 23,73% ao ano), Caixa (de 101,68% para 99,63%) e Bradesco (de 47,98% para 38,96%). Santander (de 52,69% para 56,99% ao ano) e HSBC (de 62,33% para 64,97%) aumentaram os juros nesse tipo de operação. O Itaú não teve suas taxas de CDC-Bens Diversos informadas.

Pessoa jurídica

Nas operações para empresas, houve cortes de todos os seis bancos para a linha de capital de giro e as maiores reduções ocorreram na Caixa (de 23,43% para 13,62% ao ano) e no HSBC (de 34,65% para 20,13%). No caso de desconto de duplicatas, enquanto a Caixa promoveu o maior corte (de 33,70% para 30,76% ao ano), o HSBC elevou os juros de 33,70%para 35,91% ao ano.

O HSBC também aumentou as cobranças em conta garantida, de 176,66% para 180,65% ao ano, e foi seguido do Bradesco, que elevou as taxas de 54,65% para 55,55% ao ano. Nessa linha de crédito, o maior corte foi feito pelo Banco do Brasil, que rebaixou os juros de 91,42% para 80% ao ano.

A presidente Dilma Rousseff voltou a criticar o nível atual das taxas de juros finais praticadas pelos bancos. Ela afirmou nesta terça-feira que os juros elevados estão entre os três principais entraves ao crescimento econômico brasileiro. "Temos taxas de juros finais incompatíveis com aquelas praticadas internacionalmente e isso compromete o crescimento do País", disse durante o evento da Marcha dos Prefeitos, na capital federal.

Dilma citou ainda a questão da taxa de câmbio, visto como um dos principais "desafios" macroeconômicos do País. "Nós tivemos ainda nos últimos dias vários fatores que têm de ser considerados; mas nós tivemos taxas de câmbio extremamente sobrevalorizas até recentemente", disse.

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A presidente também falou da questão dos impostos como um terceiro entrave e afirmou que quer para o País um ritmo de crescimento constante e equilibrado, com inflação sob controle.

A Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-SP), órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, vai notificar os bancos Bradesco, HSBC Bank Brasil, Itaú Unibanco, Santander, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil pela divulgação de informações conflitantes com relação à redução de suas taxas de juros. A constatação é de um levantamento do órgão de defesa do consumidor sobre anúncios de redução de juros feitos por estas instituições bancárias.

O Procon-SP entende que as informações, além de confusas, são insuficientes para que o consumidor consiga escolher a melhor opção entre as oferecidas pelas instituições. Por isso, o diretor executivo do Procon-SP, Paulo Arthur Góes, reitera que as instituições serão notificadas para provar a veracidade das informações colhidas nos sites e notas enviadas à imprensa.

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"A orientação para o consumidor é que ele pesquise para escolher melhor, mas é obrigação das instituições financeiras informarem de forma clara e didática tudo sobre o produto que está sendo adquirido, incluindo dados sobre possíveis riscos e perdas", diz Góes, em nota distribuída à imprensa. O diretor do Procon explica ainda que "as reduções divulgadas amplamente na mídia, acabam beneficiando apenas o grupo de correntistas que optem por pacotes de serviços ou sejam privilegiados por receberem o salário no banco."

Dentre as várias falhas na comunicação dos bancos sobre as taxas de juros, o levantamento do Procon-SP identificou a ausência da informação sobre a taxa máxima oferecida. Essa informação, na avaliação do órgão, é importante já que o fato de informar a taxa mínima não significa necessariamente que o consumidor terá acesso fácil a ela.

O levantamento das divulgações feito nos sites dos bancos indica que há confusão também na nomenclatura dos produtos oferecidos pelos bancos, o que pode dificultar a comparação que o consumidor deve fazer.

"A portabilidade de crédito - quando o consumidor transfere sua dívida com o banco para outra instituição com taxas mais atrativas, mantendo o número de parcelas a pagar - também está sendo confundida com o refinanciamento, que amplia o número e reduz o valor da parcela, porém tem um custo total a pagar maior do que a dívida original", mostra o levantamento do Procon-SP.

Para Góes, as informações divulgadas pelos bancos ainda estão muito confusas, por isso o consumidor deve ter o máximo de cuidado para trocar a instituição e renegociar sua dívida. "É preciso muita pesquisa e cautela, pedindo sempre informações claras e precisas do banco, até que se tenha a total compreensão e certeza para o próximo passo", aconselha.

O juro real vem caindo fortemente no Brasil por causa da conjuntura interna e externa, que oferece uma oportunidade histórica de se jogar para níveis mais baixos todo o ciclo de altas e quedas da taxa básica, que caracteriza a política monetária em qualquer economia de mercado. A afirmação é do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, que conversou com o jornal O Estado de S. Paulo na sexta-feira.

Ele reafirmou que o BC mantém a sua autonomia e, se tiver de aumentar a Selic, a taxa básica, no futuro, o fará sem qualquer constrangimento. "A Selic vem caindo, levando à significativa redução do juro real, por causa de uma combinação muito específica de fatores internos e externos, e não para agradar à presidenta Dilma", disse Tombini.

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"Os ciclos econômicos sempre existirão", ele continua, mas acrescentando que um eventual novo movimento de alta da Selic iria se dar a partir de níveis bem mais baixos de juro real. Tombini endossa a visão de que na economia pode haver mais de um equilíbrio em termos de juro real e de indicadores que importam para a política monetária, como crescimento da economia, inflação e emprego.

Nessa visão, o Brasil permaneceu preso durante décadas num equilíbrio em que as taxas de juros reais eram muito altas. Assim, para Tombini, aproveitar a oportunidade para a redução mais substancial dos juros, que pode levar a economia a um equilíbrio melhor, pode trazer benefícios para o País - desde que, ressalta, todo esse movimento esteja ancorado na autonomia do BC e no bom funcionamento do sistema de metas de inflação.

Ele nota que a leitura dominante no início do ano - presente, por exemplo, num encontro de bancos centrais, fundos de pensão e fundos hedge em Hong Kong, em fevereiro, da qual participou - era de que a economia global estava reaquecendo. Os sinais positivos eram o desempenho melhor da economia americana e os efeitos tranquilizadores das operações de refinanciamento de bancos pelo Banco Central Europeu (BCE).

Tombini revelou que o BC brasileiro não ficou imune a essa visão. Assim, a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de março, com referência à alta probabilidade de que a Selic caísse a um nível ligeiramente acima do mínimo histórico (o que foi interpretado pelo mercado como 9%) e lá permanecesse, foi escrita à luz daquela percepção.

As perspectivas globais, porém, já mudaram de novo. A recente indicação, inclusive por meio da mudança das regras da poupança, de que a Selic pode cair mais do que a sinalização da ata de março decorre, entre outros fatores, da piora no cenário americano e europeu. O Brasil também é afetado, especialmente pelo canal do comércio. "Mas o crescimento virá", diz Tombini, acrescentando que o PIB deve crescer mais no segundo semestre do que no primeiro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Montadoras tentam desovar parte dos estoques de veículos que está nas fábricas e nas revendas com ofertas, a partir desse fim de semana, com juro zero para vários modelos. O valor da entrada, porém, continua elevado - metade do preço do carro -, em razão da alta inadimplência registrada nos últimos meses. Bancos privados também reduziram taxas para financiamento de veículos.

Revendas e fabricantes encerraram abril com 366,5 mil veículos em estoque, o equivalente a 43 dias de vendas, maior nível desde o fim de 2008, no auge da crise financeira global. Esse quadro está levando várias montadoras a reduzirem a produção com férias coletivas ou redução de jornada de trabalho.

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A francesa Renault oferece a partir de hoje a maioria dos modelos da marca com juro zero, em 36 parcelas, e entrada de 50% do valor do carro (Logan) e 60% para os demais (Sandero, Symbol, Mégane, Fluence e Duster). Para Clio, Kangoo e Master, o juro é de 0,99% ao mês na compra em 24 parcelas (com entrada de 50%) e de 1,19% em 60 meses e entrada de 40%. A promoção vale até o fim de maio.

A Volkswagen inicia campanha para todos os modelos da linha Gol, vendidos em 12 prestações sem juros e entrada de 50% do valor do produto. O banco da montadora também oferece modelos em 60 vezes sem entrada, mas nesse caso o juro é de 1,23% ao mês.

A Peugeot vende o modelo 207 com taxa mensal de 0,49% - são 36 parcelas de R$ 498,70, mais entrada de R$ 18 mil (55% do valor do carro). A Honda cobra 0,99% de juro para modelos da marca, também com entrada de 50% e o resto em 24 parcelas.

Ontem, a Caixa Econômica Federal e o PanAmericano anunciaram uma linha de crédito promocional para veículos novos com taxas a partir de 0,97% ao mês e prazos de até 60 meses. A linha é oferecida em todas as concessionárias que operam com essas instituições e não é necessário ser cliente de uma delas.

"A iniciativa tem o mérito de apoiar o segmento para alavancagem das vendas que se mostram menos vigorosas nos últimos meses", diz nota assinada pelo presidente do PanAmericano, José Luiz Acar Pedro.

O diretor da revenda Volkswagen Amazon, Marcos Leite, diz que os bancos continuam restritos na aprovação do crédito e só liberam "as fichas boas" - de cliente que não têm histórico de inadimplência e nem boa parte da renda já comprometida, por exemplo com compras no cartão de crédito. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo

O Itaú Unibanco divulgou relatório nesta quinta-feira revisando seu cenário macroeconômico de curto prazo e já projeta a Selic em 7,75% ao ano no final de 2012. Segundo a equipe de economistas do banco, chefiada pelo economista Ilan Goldfajn, os dados mais recentes apontam para uma recuperação econômica mais moderada neste ano, a despeito da renda do trabalhador e dos gastos públicos estarem subindo e o câmbio estar mais depreciado.

Esse cenário de expansão moderada aliado à mudança na regra do rendimento da caderneta de poupança, de acordo com o Itaú Unibanco, dará ao Banco Central condições de reduzir a taxa básica de juros abaixo do nível esperado anteriormente, que era 8,5% ao ano. A previsão atual contempla dois cortes de 0,5 ponto porcentual que o Comitê de Política Monetária (Copom) faria em maio e julho e outro corte de 0,25 ponto porcentual na reunião do colegiado em agosto. "Tendo em vista a visão do BC sobre inflação e atividade, acreditamos que a Selic será reduzida para 7,75% , indo além dos 8,5% que projetávamos anteriormente", escrevem os economistas no relatório.

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O banco informa ainda que reduziu a sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano de 3,5% para 3,1%, mas manteve a expansão prevista de 5,1% para o ano que vem. Para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação brasileira, os economistas do Itaú Unibanco elevaram a projeção para este ano de 5,1% para 5,2% e, para 2013, de 5,6% para 5,7%.

No que se refere ao câmbio, o banco projeta o dólar fechando o ano cotado a R$ 1,85 e a R$ 1,87 no ano que vem. "Reavaliamos a tendência dos determinantes da taxa de câmbio de equilíbrio no Brasil e consideramos o impacto, no curto prazo, das intervenções do Banco Central e da queda da taxa de juros. Como resultado, ajustamos nossas projeções da taxa de câmbio para R$ 1,85 no final de 2012 e R$ 1,87 em 2012. Antes esperávamos R$ 1,75 para os dois anos", dizem os economistas do Itaú Unibanco.

O Banco do Brasil espera crescimento de 25% a 35% em maio nas linhas de crédito para micro e pequenas empresas em que reduziu os juros, na comparação com os desembolsos de março, quando as taxas não haviam sido cortadas, de acordo com o diretor do segmento no BB, Adilson Anísio, que participa de teleconferência com a imprensa para comentar mais uma redução dos juros para pessoas jurídicas, anunciada na manhã desta quarta-feira.

Em abril, primeiro mês com juros menores, as linhas de crédito para micro e pequenas empresas com cortes tiveram desembolsos 20% a 25% maiores na comparação com março. O BB já desembolsou R$ 4,4 bilhões nas linhas em que houve corte de juros, que incluem capital de giro, cheque especial, desconto de cheques e cartão de crédito.

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O vice-presidente de Agronegócios e Micro e Pequenas Empresas do Banco do Brasil, Osmar Fernandes Dias, disse que a instituição tem 2,1 milhões de empresas de menor porte como clientes e a meta desse programa de corte de juros e outros incentivos é aumentar essa fatia. O BB tem 28% das pequenas empresas existentes no País como clientes. No banco, uma companhia é considerada de menor porte quando fatura até R$ 25 milhões por ano.

Dentro de incentivos oferecidos para empresas que querem levar suas dívidas de outros bancos para o BB, Dias diz que já foram atraídas 6,582 mil pequenas empresas, em operações de empréstimo que somam R$ 400 milhões. Algumas destas operações estão dentro da portabilidade (quando um cliente transfere a dívida para outro banco) e outras são companhias que tomam empréstimo no BB com juro menor e quitam a dívida que tinham em outra instituição financeira.

O diretor de Administração do Banco Central (BC), Altamir Lopes, afirmou nesta quarta-feira que espera uma redução dos juros cobrados aos tomadores de empréstimos. "A expectativa é, de fato, a redução da taxa média do sistema", disse o diretor do BC, na saída de um encontro reservado nesta manhã na presidência da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados.

Lopes disse acreditar que está havendo uma estabilização na inadimplência dos consumidores e uma perspectiva de redução ao longo dos anos. O movimento, ressaltou, está sendo observado pelo Banco Central.

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Sem entrar em detalhes, o diretor do BC disse que, durante o encontro com os deputados, foi discutida a recente mudança nas regras de remuneração da caderneta de poupança.

Lopes também não quis comentar se a tendência da autoridade monetária é mesmo reduzir novamente a taxa básica de juros, atualmente em 9% ao ano, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). "Sobre Selic, não se discute. Selic se discute no Copom", disse.

Cerca de 100 pessoas, com cartazes de protesto e carro de som, interditam duas das seis faixas da Avenida Brigadeiro Faria Lima, em frente à sede dos cartões Visa na manhã desta quarta-feira. De acordo com a Polícia Militar, o grupo seria formado por membros da União Geral dos Trabalhadores (UGT) que pedem por redução dos juros nos cartões de crédito.

Os manifestantes começaram a se reunir por volta das 9h30, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), há duas faixas da Avenida Brigadeiro interditadas no sentido Pinheiros. Às 10h20 o grupo permanecia na altura do número 3.729, em frente à sede dos cartões Visa.

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A informação da CET é de que não há congestionamento no local, apenas lentidão por aproximação. A Polícia Militar afirma que o movimento é pacífico e não há previsão de o grupo sair em passeata.

As recentes decisões da presidente Dilma revelam que ela não tolerará a redução do consumo no Brasil. Dilma, assim como o ex-presidente Lula, incentiva o consumo através da oferta de crédito e da redução dos juros, este último corresponde à cobrança do governo federal por juros mais baixos nos bancos públicos, forçando as instituições privadas a fazerem o mesmo para manterem a competitividade. Consideramos  meritórias as ações da presidenta. Entretanto, a política de inovação e a astúcia precisam fazer parte das suas decisões.

A  economia do país não se desenvolve apenas por meio do consumo desenfreado. O consumo consiste em uma  variável dependente de outras variáveis independentes.  Ou seja: ele não é o meio, mas o fim do desenvolvimento sustentável. Mas para tal ampliação ocorrer são necessárias melhorias e políticas inovadoras.

Faz-se necessário entender que as reformas e as políticas diferenciadas, as quais são variáveis independentes do desenvolvimento, devem possibilitar a redução dos custos da produção dos setores da indústria e dos serviços. A reforma trabalhista é necessária, e tem o objetivo não só de reduzir custos na relação laboral, mas de possibilitar que o setor produtivo adquira facilidade para realizar contratações formais.  E, claro, não se deve desprezar o investimento maciço em infraestrutura.

O desenvolvimento econômico sustentável não é possível sem mão de obra  qualificada.  A economia mundial se transforma a cada dia. Novos produtos e serviços surgem. Hoje, não  podemos mais falar,  apenas,  em sociedade do conhecimento.   Os profissionais de hoje e do futuro precisam ter, além de conhecimento, capacidade para inovar.  Estamos diante da sociedade do conhecimento e  da inovação.

Se o debate em torno da economia brasileira se restringir apenas à redução dos juros, certamente, em longo prazo, o mercado de consumo brasileiro poderá criar “bolhas de consumo”.  Estas bolhas surgem em virtude do forte gasto e da incapacidade adquirida por parte dos consumidores de honrar com as suas dívidas. As bolhas interrompem o crescimento econômico e não possibilitam o desenvolvimento sustentável.

Portanto, a presidenta Dilma precisa ofertar a sociedade brasileira, mesmo diante das dificuldades que poderão surgir no Congresso e nos movimentos sociais e sindicatos, ações inovadoras no âmbito da economia. Apenas a redução dos juros e o aumento da oferta de crédito não colocarão o Brasil nos trilhos do desenvolvimento sustentável. Inovação é preciso.   

Depois de eliminar a caderneta de poupança como empecilho para a redução da taxa básica de juros (Selic), o próximo passo do governo para diminuir o custo dos empréstimos será dar sequência às negociações com os bancos privados para reduzir o spread - diferença entre o que as instituições pagam para tomar recursos e o que cobram dos clientes.

As equipes técnicas do Ministério da Fazenda e dos bancos já discutem quais medidas podem ser adotadas. A base da discussão é a lista apresentada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) ao governo no mês passado. O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, disse que é preciso construir as condições para que a redução da Selic seja transmitida para toda economia. Ele antecipou que nos próximos dias será publicado um decreto que permitirá o funcionamento mais efetivo do Cadastro Positivo.

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O mecanismo, que também está na lista de pedidos da Febraban, permite que os clientes transfiram seus dados de uma instituição financeira para outra para negociarem juros mais baixos. Barbosa disse será possível avançar em alguns tópicos apresentados pelos bancos.

"O que vai acontecer provavelmente é que a gente vai chamar os bancos para discutir alguns pontos especificamente. Cada ponto merece uma reflexão. Alguns podem avançar, outros não. Mas uma grande reunião para discutir lista de lavanderia, de novo, acho que não, até porque fica improdutivo", afirmou. O secretário deixou claro, no entanto, que medidas com impacto fiscal têm menos possibilidades de ser adotadas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Banco do Brasil vai anunciar hoje novo corte de juros no crédito para pessoa física, dentro do programa Bompratodos, lançado em abril, informou ontem o vice-presidente de negócios de varejo do BB, Alexandre Abreu, ao comentar os resultados do primeiro trimestre da instituição.

O executivo preferiu não antecipar em que linhas haverá redução e em que magnitude serão os cortes. "É um aperfeiçoamento do programa Bompratodos", disse ele. As novidades no programa serão anunciadas às 11 horas, na sede do BB, em São Paulo.

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As linhas de crédito do banco tiveram aumento de cerca de 200% na liberação de novos empréstimos, quando se comparam os desembolsos de abril, em que o programa Bompratodos começou a valer, com março.

Para Abreu, só depois da consolidação dos números do programa Bompratodos de um período maior é que BB pode elevar as projeções para o desempenho da carteira de crédito este ano, por enquanto mantida na casa dos 17% a 21%.

"Ainda é prematuro mudar. São só 20 dias do programa", disse o executivo, destacando que a competição se acirrou no mercado, a partir do momento em que os bancos privados também reduziram algumas taxas de juros.

A continuidade da queda dos juros vai permitir que mais empresas brasileiras captem no mercado local de dívida, segundo Patrícia Moraes, chefe do banco de investimentos J.P. Morgan no Brasil. "O movimento de redução do custo de capital, estimulado pela queda da Selic, é saudável e possibilita que mais empresas acessem o mercado local", avaliou. "O Brasil está cada vez mais atrativo."

Questionada sobre a possibilidade de as empresas levantarem mais recursos no Brasil que no exterior, ela explicou que cada caso tem de ser analisado isoladamente. A executiva participou na quinta-feira do Prêmio Jovens Lideranças, promovido em parceria com o jornal "O Estado de S.Paulo".

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou na quinta-feira as novas regras de rentabilidade da poupança. Caso a taxa básica de juros caia abaixo de 8,5% ao ano, o retorno das cadernetas será 70% da Selic mais TR (Taxa Referencial). Como os juros atualmente estão em 9% ao ano, as regras permanecem iguais, de 0,5% ao mês mais TR.

A medida do Governo abre espaço para a continuidade da redução da Selic nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom). O retorno atual da poupança era apontado pelo mercado com um dos entraves para uma queda mais acentuada dos juros.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, saiu hoje em defesa do discurso feito ontem pela presidente Dilma Rousseff, onde ela atacou os altos juros cobrados pelos bancos privados. "A presidente Dilma respondeu à nossa reunião, feita há um mês, onde colocamos que ela tinha que ter mais ousadia com o sistema financeiro. Ela tinha de cobrar mais a redução do spread bancário e utilizar os bancos públicos para isso", disse o sindicalista, que participa da festa de 1º de Maio organizada pela central, na Capital.

O dirigente disse que a postura da presidente tende a encaminhar o País para uma grande reforma tributária, onde se privilegie os geradores de emprego e se puna os "especuladores". "Temos de continuar (com esses discurso) para fazer a reforma tributária e garantir que quem quer produzir e gerar emprego pague menos impostos e quem quer especular pague mais impostos. Essa é a nossa luta", emendou.

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Segundo Artur Henrique, o governo federal não está abrindo uma guerra contra o sistema financeiro, mas "é um grande desafio enfrentar este poder do sistema financeiro porque é necessário a responsabilidade social dos bancos privados com o desenvolvimento do País".

O presidente da CUT elogiou a indicação do deputado federal Brizola Neto(PDT-RJ) para ocupar o Ministério do Trabalho. Ele lembrou que o parlamentar já foi Secretário do Trabalho no Rio de Janeiro e que espera dele uma postura "republicana e igualitária em relação às centrais sindicais". De acordo com Artur Henrique, amanhã haverá uma conversa informal com Brizola Neto e na quinta-feira (03) pela manhã, as centrais devem se reunir com a presidente Dilma Rousseff. Na sequência, as centrais vão participar da posse de Brizola Neto.

Este ano, a bandeira de luta do 1º de maio da CUT é o fim do imposto sindical. Mas, outras reivindicações também estão em pauta, como a redução da jornada de trabalho para 40 horas, o fim do fator previdenciário e a luta pela redução dos juros.

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