Tópicos | Martin Luther King

Há exatos 95 anos, nascia o lendário norte-americano Martin Luther King Jr. Ele se tornou um dos mais importantes líderes mundiais da luta contra a discriminação racial nos Estados Unidos e recebeu o prêmio Nobel da Paz, em 1964, quatro anos antes de ser assassinado na sacada de um hotel onde estava hospedado na cidade de Memphis, no estado do Tennessee.

O leitor deve estar se perguntando o que King e sua história tem a ver com o esporte? O LeiaJá relembra alguns fatos marcantes do ativista, que não foi atleta, mas sabia da importância prática esportiva na luta por igualdade e paz.

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Paixão pelo beisebol

Ainda quando era adolescente, Martin Luther King foi testemunha ocular do ingresso de Jackie Robinson nos Brooklyn Dodgers, sendo assim o primeiro negro a atuar na liga principal do beisebol americano, acontecimento que quebrou a barreira racial em um esporte tão popular no país.

Dez anos depois, já em fim de carreira, Robinson passou a ser porta da voz da luta por direitos civis. Impulsionado por King, ele fez excursões no sul dos EUA para dar palestras. Em uma de suas frases mais célebres, dizia.

“Se eu tivesse que escolher amanhã entre o Hall da Fama de Beisebol e plena cidadania para o meu povo eu escolheria a cidadania plena uma e outra vez.”

Braço direito de Muhammad Ali

Martin Luther King também foi importante em apoiar Muhammed Ali (à época Cassius Clay) para que ele pudesse para que pudesse ser declarado muçulmano sem sofrer perseguições pelos Estados Unidos. Os dois foram flagrados juntos uma vez em uma manifestação pela habitação justa na cidade natal de Ali, Louisville.

Ainda na década de 1960, mais precisamente em 1967, King invocou o pugilista em um de seus discursos, dizendo: “Como Muhammad Ali coloca, somos todos pobres vítimas do mesmo sistema de opressão.”

Os panteras negras

No ano seguinte, em 1968, os Estados Unidos se encontravam no auge da luta contra o racismo. Malcolm X havia sido assassinado há três anos e Martin Luther King meses antes dos Jogos Olímpicos da Cidade do México. Os dois assassinos teriam cometido o crime por vieses racistas.

O americano Tommie Smith venceu os 200 metros rasos, sendo o primeiro atleta a correr abaixo dos 20 segundos, e John Carlos ficou com o bronze na mesma prova. No pódio, ao invés de olharem para a bandeira e cantarem o hino, os atletas abaixaram a cabeça e ergueram o punho fechado, sinal do Movimento Panteras Negras, organização criada para combater a violência policial nos bairros negros.

Até hoje, o gesto no pódio é uma das imagens mais emblemáticas da história do esporte mundial.

Referência: “MLK wasn’t an athlete, but he understood importance of sports”. Artigo de Dave Zirin, 18/1/2010. Revista Sports Illustrated.

 

O lateral direito Eduardo fez um forte desabafo na coletiva de imprensa desta terça-feira (11), lamentando as recentes cenas de violência no futebol brasileiro. A morte da palmeirense Gabriela Anielli, de 23 anos, a oitava do futebol brasileiro em 2023, fez o jogador do Sport se manifestar.

“Nós atletas ficamos muito tristes, porque a gente faz parte, indiretamente, desse cenário. E os torcedores, que não são maioria, se envolvem em brigas e atritos que levam a algumas consequências trágicas. O que me leva a entender que só quem paga são as pessoas que não tem nada a ver”, disse. 

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Eduardo citou o medo das famílias de frequentar os estádios como exemplo e até afirmou que entendia que isso estava diminuindo. “Agora vem de novo esse surto de violência e é muito triste, porque o estádio era pra ser um um local de diversão, de ir com a família. Os pais ficam com medo de levar, em certas ocasiões, com razão. É devido a essas pessoas de má índole que vão pra pra brigar”, criticou.

“E quem faz parte disso (do futebol) tem que se levantar, tem que falar mesmo do assunto, porque ‘o meu medo não é do barulho dos maus, né? E sim do silêncio dos bons’. Martin Luther King falou isso e é uma uma coisa muito inteligente”, completou.

 A editora Veneta anunciou que já estão disponíveis para pré-venda no Brasil a premiada história em quadrinhos “King”, que conta a biografia do pastor e ativista político norte-americano Martin Luther King (1929 – 1968). A obra foi lançada originalmente nos Estados Unidos, é escrita e ilustrada pelo cartunista Ho Che Anderson e foi venceu em três categorias diferentes o  Harvey Award, premiação que reconhece obras e autores de histórias em quadrinhos.

O cartunista iniciou a pesquisa para a obra em 1991, quando decidiu mergulhar no mundo dos quadrinhos, a fim de fazer com que uma história complexa fosse contada de uma forma leve e diferenciada, e não apenas em formato do tradicional texto escrito. Segundo a sinopse da obra de Anderson, o livro em quadrinhos foi finalizado neste ano, após 20 anos de criação, resultando em um profundo relato sobre a trajetória de King.

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De acordo com as considerações do portal britânico The Guardian sobre a obra de Anderson: “Ao mesmo tempo impressionante e comovente, King retrata a política vibrante do período e uma figura icônica cujas ambições morais desafiavam não apenas uma sociedade inteira, mas também o próprio homem.”. A biografia em quadrinhos tem formato capa dura, no tamanho de 21 x 28 cm e 256 páginas. A edição já está em pré-venda na Amazon por R$ 109,90 e será lançada oficialmente a partir de 26 de julho.

Martin Luther King teve um espaço marcado na história, por ser uma das figuras mais populares no que se diz respeito às lutas antirracistas. Um de seus momentos mais lembrados foi a Marcha sobre Washington em 1963, onde reuniram-se aproximadamente 250 mil pessoas, que escutaram o famoso discurso “I Have a Dream”, sobre um futuro utópico no qual a sociedade poderia viver com igualdade racial. Por conta de seus movimentos pacíficos, no ano seguinte, o ativista recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1964.

Link para compra da história em quadrinhos “King”: https://www.amazon.com.br/King-Ho-Che-Anderson/dp/6586691389?&linkCode=sl1&tag=uhqnews-20&linkId=63d6ebb43b6e4794b7fed4cde5a78dc1&language=pt_BR&ref_=as_li_ss_tl

Por Thaiza Mikaella

Após falar um termo considerado pejorativo contra os negros e gerar revolta por parte dos telespectadores e até da prefeita de Rochester (cidade de Nova York), Lovely Warren, que é negra, o meteorologista Jeremy Kappell acabou perdendo o seu emprego no canal americano WHEC-TV.

A "injúria racial" aconteceu durante uma transmissão ao vivo na noite desta última sexta-feira (4), em Nova York. Na ocasião, Jeremy falava sobre o tempo no Parque Memorial Martin Luther King Júnior, no centro de Rochester.

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Quando o meteorologista pronunciou o nome do parque, ele inseriu a palavra "coon", considerada uma ofensa racial contra os negros. "Parecia cinzento Martin Luther coon King Jr. Park", falou Kappel. Segundo reportagem do The Washington Post, nesta segunda-feira (7), o gerente geral do News10NBC, Richard Reingold, anunciou no ar que Kappell não trabalhava mais para a emissora de TV.

O meteorologista afirma que não tinha maldade na sua fala e que “infelizmente, falei um pouco rápido demais quando fiz referência ao Dr. Martin Luther King Jr”, disse em vídeo publicado nas suas redes sociais.

Essa não é a primeira vez que um meteorologista é demitido por pronunciar palavras consideradas ofensivas contra o povo preto. Em 2005, um meteorologista de Las Vegas chamado Rob Blair foi demitido quando disse: “a previsão seria em meados dos anos 60 sobre Martin Luther coon King Jr. Day".

 A morte do pastor e ativista norte-americano Martin Luther King Jr. completa 50 anos nesta quarta-feira (4). Nascido na cidade de Atlanta, nos Estados Unidos, Luther King foi doutor em Teologia e pastor da Igreja Batista, onde iniciou sua luta pela igualdade de direitos para negros e brancos no país.

A dedicação na luta pelos direitos civis transformou Luther King em um dos maiores símbolos desta causa, sendo relembrado até os dias de hoje. Algumas das suas reivindicações foram o direito ao voto e o acesso de pessoas negras ao mercado de trabalho.

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Luther King ficou conhecido internacionalmente após o seu famoso discurso "I Have a Dream", em 1963, na qual falou para mais de 250 mil pessoas em uma manifestação em Washington D.C. O combate contra a desigualdade social sem usar a violência, rendeu ao ativista o Prêmio Nobel da Paz, em 1964.

Momentos antes de uma marcha, no dia 4 de abril de 1968, em Memphis, no Tennessee, Luther King foi assassinado por um atirador enquanto estava na sacada de um hotel.

Acusada de racismo por ter publicado no Facebook fotos dos ícones negros Nelson Mandela e Martin Luther King numa montagem polêmica, cobrindo seus rostos com cordas pretas, a cantora americana Madonna fez questão de rebater as críticas de internautas. Nessa sexta-feira (2), a diva do pop publicou na rede social imagens de Mandela, King e outras personalidades manipuladas no Photoshop para imitar a capa do seu novo disco, "Rebel Heart" (coração rebelde).


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"Cada vez mais baixo na escala do mau gosto", comentou um usuário do Facebook. Madonna alegou que as imagens tinham sido enviadas por fãs, e negou estar se comparando a Mandela, King, ou qualquer outra personalidade que aparece nas montagens, como John Lennon ou a falecida princesa Diana.

"Desculpe, não estou me comparando a ninguém. Admiro e reconheço seus corações rebeldes. Não é nenhum crime, nem um insulto racista", rebateu a cantora, numa mensagem cheia de erros de ortografia.

"Fiz a mesma coisa com Michael jaclson (ela se referia ao cantor Michael Jackson), frida khalo (Frida Kahlo) e marilyn monroe... Estou dizendo que sou como eles? Não. Estou dizendo que também são corações rebeldes. Espero fazer um dia um centésimo do que fizeram", afirmou.

"Eu apenas compartilhei estas fotos enviadas por fãs, mas eles, tampouco, são racistas. Pode me colocar na mesma categoria, agradeço", completou.

 

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Uma missa com representantes de várias religiões foi realizada nesta quarta-feira (28), em Washington para comemorar o aniversário de 50 anos do famoso discurso conhecido como "Eu tenho um sonho", proferido pelo pastor norte-americano Martin Luther King, que se tornou um marco na luta pela igualdade racial nos EUA. Quem conduziu o evento foi a filha mais nova de Luther King. Em todo país, os sinos das igrejas resoaram como parte das comemorações. O presidente Barack Obama também realizou uma homenagem no Lincoln Memorial em Washington, D.C no mesmo lugar onde King falou sobre seu sonho de igualdade entre negros e brancos.

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Em seu discurso na cerimônia em comemoração ao 50° aniversário da Marcha de Washington, o presidente Barack Obama citou os pioneiros dos direitos civis. Na primeira marcha ocorrida décadas atrás, Martin Luther King fez o famoso discurso "Eu tenho um sonho", presenciado por cerca de 250 mil pessoas que foram até o Lincoln Memorial pedir por igualdade racial.

Nesta quarta-feira, centenas de pessoas lotaram o Memorial, onde o primeiro presidente negro dos EUA discursou um pouco depois das três horas da tarde (horário de Brasília), mesma hora que King fez seu discurso encantador.

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A primeira marcha aconteceu no início dos turbulentos anos 1960, quando ainda existia no Sul banheiros, escolas e carreiras separadas para negros e brancos, e o racismo dominava o país. Nos primeiros dois anos após a marcha, o presidente Lyndon Johnson assinou o Ato de Direitos Civis e o Ato do Direito ao Voto para banir a discriminação e King recebeu o Prêmio Nobel da Paz.

"Casais enamorados não puderam se casar. Soldados, que lutaram pela liberdade no exterior, não puderam encontrá-la em casa", disse Obama, retornando ao sobre o passado. "A América mudou para vocês e para mim", acrescentou logo depois.

Ainda assim, Obama pontuou as disparidades econômicas do país em meio às evidências de que as esperanças de King ainda não foram realizadas.

O nome original da marcha era Marcha de Washington por Emprego e Liberdade. Obama afirmou que King é uma das duas pessoas que ele admira "mais do que qualquer outra na história americana." A outra é Abraham Lincoln. Centenas de pessoas ouviram o discurso do presidente embaixo de uma chuva fina.

Dois ex-presidente, Bill Clinton e Jimmy Carter, também falaram sobre o legado de King e os problemas que ainda não foram resolvidos. "A marcha e aquele discurso mudaram a América", declarou Clinton.

Carter citou os esforços de King para ajudar não apenas os negros americanos, mas "na verdade, ele ajudou a libertar todas as pessoas."

Oprah Winfrey, Forest Whitaker e Jamie Foxx estavam entre as celebridades presentes na comemoração.

Winfrey disse que King forçou a nação a "acordar, olhar para si mesmo e eventualmente mudar."

Comemorações internacionais tiveram lugar na Trafalgar Square, em Londres, no Japão, Suíça, Nepal e

Libéria. O prefeito de Londres, Boris Johnson afirmou que o discurso de King ressoou em todo o mundo e continua a inspirar pessoas como um dos maiores discursos já realizados.

Em 28 de agosto de 1963, quando terminava seu discurso, Kind citou uma canção popular nacionalista, "My Country ‘Tis of Thee" (Meu País é de Vocês", na tradução livre) e pediu à audiência que deixasse o sino da liberdade soar.

"Quando nós permitirmos o sino da liberdade soar, quando deixarmos ele soar em cada cidade e cada vilarejo, em todo estado e em toda cidade, seremos capazes de acelerar o dia em que todas as crianças de Deus, homens negros e brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão dar as mãos e cantar nas palavras do velho negro espiritual, "Livres afinal, livres afinal, agradeço a Deus todo poderoso, somos livres afinal", finalizou King.

O líder dos direitos civis foi assassinado cinco anos mais tarde. Fonte: Associated Press.

A "Marcha de Washington", comemorada esta semana nos Estados Unidos, terá seu ponto alto nesta quarta-feira, quando o presidente Barack Obama fará um discurso no local onde, há 50 anos, Martin Luther King pronunciou a histórica frase "Eu tenho um sonho".

Obama, ocupado nos últimos dias com questões relacionadas ao suposto ataque químico contra civis sírios (que, ao que tudo indica, provocará uma intervenção militar contra o regime de Bashar al-Assad), deve falar às 15h05 na escadaria do "Memorial a Lincoln", no centro de Washington, onde são esperadas milhares de pessoas.

Seguindo os passos do defensor dos direitos civis - uma de suas referências pessoais -, o primeiro presidente negro dos Estados Unidos pretende "celebrar o que todas essas pessoas pelas quais estamos aqui hoje conseguiram", disse Obama em uma rádio na terça-feira.

Mas, diante da vastidão do "Mall", no outro extremo de onde Obama foi empossado presidente, o líder também vai lembrar que "há muito a ser feito."

O discurso de Luther King, em 28 de agosto de 1963, reuniu cerca de 250 mil pessoas e sua famosa frase "I have a dream" ("Eu tenho um sonho") expressava seu desejo de ver as diferentes comunidades reconciliadas.

Estas palavras estão gravadas no lugar exato da escadaria em que King fez o seu discurso, antes da promulgação da legislação de direitos civis, em 1964 e 1965.

Nesta entrevista concedida ao programa de rádio apresentado por Tom Joyner, Obama avisou que seu discurso "não será tão bom" quanto o pastor de Atlanta.

O texto de Luther King talvez seja "um dos cinco maiores discursos da história americana. As palavras que ele disse naquele momento - quando os desafios eram enormes -, a forma como ele alimentou as esperanças e os sonhos de uma geração inteira, na minha opinião, são incomparáveis ", argumentou o presidente.

Desigualdades persistem

Martin Luther King, assassinado por um branco em 1968, aos 39 anos, "ficaria maravilhado com o progresso que alcançamos" desde a época da segregação, afirmou Obama, referindo-se à "igualdade perante a lei, ao acesso ao serviço judicial e aos milhares de representantes negros em todo o país".

Porém, o presidente também reconheceu que importantes desigualdades econômicas entre as minorias raciais e a maioria branca persistem. A taxa de desemprego entre os negros, por exemplo, é de 12,6%, quase o dobro da média.

King "diria que nós não avançamos muito neste aspecto e que ter um presidente negro não é o suficiente", disse Obama, que, desde a sua campanha eleitoral em 2008, é cauteloso sobre a espinhosa questão das relações interraciais.

A reação do presidente no caso Trayvon Martin, um adolescente negro morto em fevereiro de 2012 na Flórida por um segurança branco que foi absolvido, ganhou destaque. "Há 35 anos, eu poderia ter sido Trayvon Martin", disse Obama há algumas semanas. Comovido, o presidente falou de uma "história não esclarecida" e disse que, no passado, havia sido discriminado e estigmatizado por causa da sua cor de pele.

Dezenas de milhares de pessoas já participaram no sábado dos eventos que comemoraram a "Marcha de Washington", nos quais o filho de Luther King e a mãe de Trayvon Martin falaram. "O trabalho não acabou, a viagem não está encerrada", disse Martin Luther King III há alguns dias.

Os ex-presidentes democratas Jimmy Carter e Bill Clinton também devem discursar nesta quarta-feira.

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