O encontro com o ex-presidente Lula, nesta sexta-feira (25), deixou o candidato às prévias petistas, Maurício Rands, ainda mais “animado e estimulado”.  De acordo com Rands, Lula espera, assim como a executiva nacional, que os espíritos dos candidatos sejam desarmados e que se chegue a um desfecho bom para o partido - dando a entender que este resultado seria a sua vitória no próximo dia 3. 

Em relação as declarações do prefeito João da Costa à imprensa, de que a conversa com Lula não significa apoio a seu opositor, Rands retrucou quastinonando: “Então porque ele não vai conversar com Lula?”. Sobre o conteúdo da conversa, Rands disse que isto cabe ao ex-presidente revelar.

Já sobre as eleições internas do último dia 20, Rands avalia que apesar de João da Costa ter obtido 51,9% dos votos da militância, foi sua a vitória “política e democraticamente”. “No dia 3 (de junho) iremos vencer novamente, pois este é o desejo da cidade, que é manter o PT na administração e a aliança com a Frente Popular, o governo federal e estadual. Mas com o atual prefeito a cidade não pretende continuar, nem a Frente Popular. Já com a minha candidatura, a Frente pode voltar a se unir. A cidade está descuidada e minha vontade é mudar essa situação”, disparou.

Diferente das primeiras prévias, Rands disse que seguirá a recomendação da Executiva Nacional de “desarmar os espíritos e discutir a cidade”. “Vi que o prefeito mal chegou à cidade e tratou de descumprir o que se comprometeu com a Executiva, fazendo ataques. Eu acho lamentável que ele esteja agindo assim”, ponderou, emendando que irá discutir a cidade.

As propostas que tem para a cidade são as de priorizar a educação, mobilidade urbana e cuidados com a manutenção dos equipamentos. “Vou fazer escolas integrais e mais creches, além de promover a manutenção das já existentes. Para o trânsito, cuidarei de acelerar as obras em parceria com o governo estadual e federal, além de qualificar a engenharia de trânsito. Também irei ter maior cuidado com os nossos equipamentos, tais como as praças, promovendo manutenção nas existentes e construindo outras; promoverei a manutenção necessária nos calçamentos, que estão descuidados”, assegurou. 

Para mobilizar novamente a militância e viabilizar sua vitória nas urnas, no segundo capitulo das prévias do PT, Rands intensificará os encontros com a militância e as reuniões com os aliados. Neste sábado (26), Rands já começa a se mobilizar neste sentido.

*Com informações de Thabata Alves

São Paulo - Após uma tarde de reuniões, o Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores, em São Paulo, decidiu, por 10 votos a 3, anular a prévia realizada no último final de semana na cidade do Recife e marcar uma nova data. No dia 3 de junho, os candidatos João da Costa e Maurício Rands voltam a se enfrentar nas urnas do PT recifense. Segundo a assessoria do partido, a Direção Nacional do partido é quem irá coordenar o processo das prévias no Recife.

A informação da nova data já havia sido adiantada pelo vereador Luiz Eustáquio, que também fez parte da reunião. Ainda segundo a assessoria, esse encontro preliminar serviu para que a Executiva Nacional tomasse conhecimento dos fatos ocorridos nas prévias recifenses e ouvisse os argumentos do prefeito João da Costa e do deputado federal Maurício Rands.

Após sair bastante irritada da sessão, a primeira-dama Marília Berreza retornou ao recinto e não quis tecer comentários sobre o que tem causado sua indignação. Limitou-se apenas a dizer que seu marido, o prefeito do Recife, era quem iria se pronunciar perante à imprensa. Nesta quinta-feira, a Executiva Nacional do PT ainda deve apreciar outros casos, como o das cidades de Mossoró, no Estado do Rio Grande do Norte, e Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.

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Por volta de 12h30, o prefeito João da Costa chega à sede nacional do PT acompanhado da primeira-dama, Marília Bezerra, mas não cruza com o seu opositor das prévias do PT realizadas no Recife, no último domingo (20), Maurício Rands. O prefeito disse estar confiante de que sua vitória será homologada pela executiva do partido na tarde desta quinta-feira (25).

O presidente nacional do PT, Rui falcão e o secretário-geral do PT, Elói Pietá, além do presidente estadual do PT, Pedro Eugênio, estiveram na sede do Partido no final da manhã desta quinta-feira. Segundo Rui Falcão, as partes envolvidas no julgamento das prévias, leia-se o grupo de Maurício Rands e de João da Costa serão ouvidos e a decisão tomada logo em seguida.

Pedro Eugênio pontua que a decisão levará em conta a judicialização das eleições internas e o tempo de filiação dos militantes que votaram (a partir de um ano). Para ele, o julgamento deverá se ater ao cancelamento ou a manutenção da votação. Em relação ao nome do senador Humberto Costa, que vem sendo cogitado como novo elemento da disputa eleitoral do Recife, Pedro Eugênio acredita que será avaliado posteriormente ao julgamento. A terceira opção não deve ser deliberada na reunião desta quinta-feira.

Já o prefeito João da Costa não cogita ficar fora da disputa de outubro. “Não vou tratar sobre hipóteses. Espero que prevaleça a escolha da militância, que é a minha vitória. Como vou dizer aos mais de sete mil filiados que votaram em mim que vou apoiar Humberto”, disparou.

Por outro lado, Maurício Rands rebate a afirmação de João da Costa sobre a validação da votação e reforça que a judicialização do processo das prévias pode custar muito para seu opositor.

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Depois de ataques, declarações, acusações e discursos inflamados, eis que está chegando o dia das prévias do Partido dos Trabalhadores (PT). Este domingo (20) será decisivo. Além do jogo de cintura é necessário fazer política como os grandes estadistas, reunir e conquistar a militância. Os 24.623 filiados em dia com a anuidade do partido poderão escolher entre o atual prefeito do Recife, João da Costa, e o secretário estadual do governo, Maurício Rands, como candidato do Partido dos Trabalhadores.

Na intenção de manter o controle de três mandatos consecutivos na capital, o PT acabou se dividindo e ocasionando fissuras irreparáveis que, talvez, só o tempo e o desenrolar do período pré-eleitoral poderá determinar o cenário que será montado no Recife.

O Diretório Estadual do partido pende para um lado, enquanto o Municipal oscila para outro. Resultado: companheiros divididos. Alguns militantes acusam o prefeito João da Costa, nas redes sociais, de “controlador, perseguidor, traidor e que não sabe organizar e coordenar o Recife, pois o desenvolvimento do município não acompanha a requalificação e reestruturação de Pernambuco. Enquanto o governo anda a passos largos, a prefeitura não consegue sair do lugar nas áreas de saneamento, mobilidade urbana e qualidade de vida".

“O problema de João da Costa é que ele é internista, só conversa com o seu grupo ao redor. Como eu respeito os autistas, não vou dizer que ele é autista, mas João da Costa é meio caramujo. Para que se tenha uma ideia, ele não conversa com o presidente da Câmara dos Vereadores. Quando eu for prefeito do Recife, vou conversar com Renildo, em Olinda, com o prefeito de Paulista, de Jaboatão. Sou da política, dialogar é como beber água de coco para mim”, ironizou Rands, ao dar entrevista a um blog recifense.

Já os defensores de João da Costa acusam que Rands é um candidato que está “sem proposta e está sabotando a atual gestão do município e desconstruindo o legado do PT", coisa que afetaria os demais partidos da frente popular. Nas prévias, ele tem atitudes iguais a oposição e não ajuda a unir o partido ao final do processo.  

Segundo o presidente municipal do PT de Recife, Oscar Barreto, o cenário que foi montado “é muita pirotecnia. Atacar a gestão e o prefeito o tempo todo é um erro grave, é uma burrice sem tamanho. Rands não percebe que está fechando portas. Ele ainda fica plantando notícias de que tem o apoio do ex-presidente Lula (PT), do governador Eduardo Campos (PSB), da executiva nacional do PT e dos demais partidos. Ninguém declarou esse apoio. Rands está constrangendo todo mundo, não pode fazer isso”, atacou Barreto em entrevista a um jornal da cidade.

Todas as possíveis coligações estão esperando o correr da carruagem. Quem irá acompanhar ou tomar novos rumos, isto fica para o próximo capítulo da novela "eleições". A luta continua, o jogo está só começando com essa partida interna.

Confira os perfis dos dois candidatos:

João da Costa
Nasceu na cidade de Angelim, no Agreste de Pernambuco, onde estudou o ensino médio e trabalhou no mercadinho de seu pai (João da Costa Bezerra). Na adolescência veio morar na capital recifense e cursou administração na Universidade Federal de Pernambuco, juntamente com agronomia na Universidade Rural. Ao se interessar pela política estudantil, participou do Diretório Central dos Estudantes (DCE) nas duas instituições e acabou ocupando cargos como coordenador geral da Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil e diretor da União dos Estudantes (UNE).

Nos anos 1980, filiou-se ao Partido dos Trabalhadores e começou sua militância. Em 2001, assumiu a secretaria do Orçamento Participativo, criada no primeiro mandato de prefeito, do atual deputado federal João Paulo Lima e Silva. Em 2005, passa a coordenar a Secretaria de Planejamento Participativo. Com o apoio do então prefeito João Paulo, consegue se eleger o deputado estadual mais votado no Recife e o terceiro em Pernambuco.

Nas eleições de 2008, ficou conhecido como sucessor e afilhado político de João Paulo, venceu o pleito municipal com 51,54% dos votos. Atualmente, participa das eleições internas do PT e, caso ganhe, tentará se reeleger.

Maurício Rands
Começou sua vida política em 1981, quando filiou-se ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro. Formado em direito pela Universidade Federal de Pernambuco, no ano de 1982, militou em defesa do partido e sindicatos durante o curso. Fez doutorado sobre direito do trabalho na Universidade de Bari, na Itália, e na Universidade de Oxford, na Inglaterra. Assumiu a vice-presidência da Ordem dos Advogados do Brasil de Pernambuco (OAB-PE), de 1988 à 1989. No início dos anos 1990, trocou de partido e começou sua militância no PT. Em 2000 assumiu o posto de Conselheiro Federal da OAB e passou dois anos exercendo o cargo.

Na gestão de João Paulo, na Prefeitura do Recife, foi secretário de Assuntos Jurídicos criando o “Justiça Cidadã”, projeto que começou a prestar assistência judiciária nos bairros da periferia. Em 2002, se candidatou para Deputado Federal, ganhando com 107.741 votos. Em 2006 se reelegeu e chegou a ser líder do governo no congresso. À pedido do governador Eduardo Campos (PSB), se licenciou para assumir o cargo de secretário estadual do governo de Pernambuco.

Esta semana será decisiva para o Partido dos Trabalhadores (PT), em relação ao pleito municipal do Recife. Isto porque os candidatos às prévias do PT, o prefeito da cidade, João da Costa, e o secretário estadual de Governo, Maurício Rands, se enfrentarão nas urnas no próximo domingo (20). Vença quem vencer, ambos afirmam que após a divulgação do resultado procuraram as lideranças do partido, mesmo aquelas que permaneceram do “outro lado” nesta reta inicial das eleições 2012, na capital pernambucana.  

Até lá, João da Costa e Maurício Rands cumprirão a rotina estabelecida por ambos: reunir-se com a militância da sigla diariamente. Quanto ao único debate previsto entre os dois candidatos, o clima é de incerteza se de fato será ou não realizado, apesar da data e local confirmados. A justificativa para que o debate não seja realizado é a proximidade do encontro com o dia da votação, já que os candidatos ficarão frente a frente na próxima quinta-feira (17), três dias antes das eleições internas.

Com ou sem debate, João da Costa e Maurício Rands, cada um ao seu modo, têm se mostrado confiantes de que será o cabeça de chapa petista nas eleições municipais de outubro. Em cada anúncio de apoio de correntes da legenda ou nas plenárias com a militância, cada um dos candidatos afirmam categoricamente que sairá vencedor. No entanto, a decisão estará nas mãos dos mais de 26 mil filiados aptos a votar.

O prefeito do Recife, João da Costa (PT), diz que gostaria que fossem realizados 13 debates com os filiados do PT antes das prévias, um para cada zonal. "Um debate faltando três dias para as prévias não pode produzir muito resultado para definir as eleições internas”, ponderou o gestor, em entrevista a Rádio Folha.

Para João da Costa, Maurício Rands não vem apresentando projetos para a cidade, pois tem perdido tempo apenas fazendo ataques à sua gestão, postura que ele diz não ter adotado. “Tenho procurado ter uma postura que a gente permaneça com capacidade de diálogo. Tem gente que vai para o vale-tudo achando que o outro não tem importância política nenhuma”, alfinetou Costa.

Confiante de sair vencedor nas prévias, o prefeito disse que assim que sair o resultado, ligará para as lideranças do partido e da Frente Popular para pedir apoio. “Vou ganhar dia 20 (de maio) e vou ligar para todos os companheiros do partido, para o governador Eduardo Campos e para os representantes da Frente. Vamos repactuá-la (a Frente)”, afirmou o gestor.

Durante a entrevista, o prefeito frisou que não é “candidato a dissidente” e que tem sido, há três anos, “vítima de uma desconstrução política violenta”.

Os candidatos às prévias petistas, Maurício Rands e o prefeito João da Costa, já têm data certa para debater na presença dos filiados e militantes da legenda e dizer por que merecem ser o escolhido para disputar as eleições majoritárias do Recife. A data escolhida pelo Diretório municipal do PT, nesta quarta-feira, é 10 de maio. Apenas o local ainda será confirmado, mas a ideia é que seja na área central da cidade.

O debate terá o formato parecido com os realizados no período de campanha eleitoral pela TV, com a diferença que o tempo total estabelecido pelo partido será de duas horas.  No primeiro momento, João da Costa e Rands argumentarão o motivo da sua postulação. Depois eles serão questionados por alguns militantes, que serão escolhidos por sorteio. Os dois candidatos também farão perguntas entre si, momento que promete ser o mais quente do encontro, já que as trocas de farpas entre os grupos aliados a eles têm promovido constantes trocas de acusações.

Nesta quinta-feira (3) o clima de tensão no partido e, especialmente, entre Rands e o prefeito por causa das prévias eleitorais terá a intervenção do secretário-geral do PT, Elói Pietá. O secretário-geral do partido vem a capital pernambucana para se reunir com as lideranças locais do PT para tentar acalmar os ânimos dos representantes dos dois grupos.

O candidato às prévias eleitorais do PT no Recife, Maurício Rands (PT) é o entrevistado do programa Opinião Brasil desta segunda-feira (30). Comandado pelo jornalista Alvaro Duarte, o Opinião Brasil tem contado, para esta série de entrevistas com os pré-candidatos à Prefeitura do Recife, com a participação da jornalista de política do Portal LeiaJá Thabata Alves. No debate, Rands comenta sobre as polêmicas causadas pelas prévias petistas, avalia a gestão do atual prefeito do Recife João da Costa (PT) e defende que seu nome tem “grandes chances” de reunir a Frente Popular.

Rands argumenta, durante a entrevista, que foi “convocado” pela militância e pelas lideranças petistas para disputar as prévias, porque o “desempenho do prefeito João da Costa está aquém do que o PT, a Frente Popular e a cidade necessitam”. E reforçou que, ao contrário do prefeito, ele reúne “equilíbrio e capacidade de dialogar”. Maurício Rands também afirma que tem se reunido com a militância diariamente e que nessas ocasiões a população está discutindo “política com p maiúsculo”.

Em relação ao seu desempenho na quarta rodada da pesquisa “Os sentimentos do eleitor recifense”, realizada pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) neste mês de abril, Rands avalia como “natural”. Rands é incluído no cenário 4 da pesquisa, que é liderado pelo deputado Mendonça Filho (DEM), com 23%. Em segundo está o deputado Raul Henry (PMDB), com 12% e Rands aparece em terceiro, com 6%. O levantamento ainda revela que Rands é desconhecido de 33% dos entrevistados. Para o grupo que o desconhece, Rands destacou sobre sua formação, seu trabalho como advogado e militante junto aos sindicatos, além de comentar o trabalho que vem realizando na secretaria estadual de Governo.

As eleições americanas em 2008 mostraram ao mundo que as redes sociais, se bem usadas, podem se transformar em poderosas ferramentas de marketing, sendo verdadeiras aliadas dos políticos durante a campanha. O então candidato Barack Obama fez uso, na medida certa, das mais diversas ferramentas, criou e atualizou bem suas contas do Twitter, Facebook, MySpace e Flickr, e os resultados acabaram sendo favoráveis em sua condução à Casa Branca.

No Brasil, a presidente Dilma Rousseff (PT), também investiu - enquanto candidata em 2010 - nas redes sociais e também colheu os resultados positivos da utilização das ferramentas. A sensação de proximidade, de contato mais íntimo com o político pode ser decisivo para o eleitor na hora do voto, conforme afirmam especialistas em marketing político.

Um recente estudo, intitulado “Influenciadores do G20”, divulgado pela agência de relações públicas Burson-Marsteller e pela empresa de análise de redes sociais Klout, revela que o perfil de Dilma no Twitter está em 2° lugar no ranking dos mais influentes em assuntos políticos no Brasil. O perfil da presidente só fica atrás do jornalista Lauro Jardim.

Para os especialistas, o fato é intrigante, uma vez que a presidente Dilma não utiliza a ferramenta desde 2010. “A falta de uso mostra uma total descontinuidade de relacionamento após o período eleitoral. Em 13 de dezembro de 2010 a já presidente eleita disse que o contato via Twitter seria mantido”, diz o estrategista de marketing digital, Gabriel Rossi.

Diante do estranhamento que o resultado do levantamento causou na Web, a agência Burson-Marsteller se apressou em soltar uma nota. “Foi feito com base na metodologia do Klout, que mede diversas variáveis do Twitter, não apenas a atividade dos posts e o número de seguidores. Entre elas estão o alcance, a amplificação e o impacto da rede de seguidores”, reforça o estrategista.

Apesar das explicações feitas pela Burson-Marsteller, Rossini diz que é um equívoco não mensurar a interação, completamente ausente no caso de Dilma. “É assim que medimos a satisfação dos internautas. A primeira mulher a assumir a presidência do Brasil poderia aproveitar sua popularidade e mudar esta postura, dando um exemplo para os governantes de todo o mundo, fazendo da rede social um importante canal de comunicação com a população que representa”, avalia.

Debate local - Mais uma disputa municipal se aproxima no País, com candidatos tentando se eleger, ou se reeleger, em cargos proporcionais ou majoritários. De olho no eleitorado da capital pernambucana, o pré-candidato à Prefeitura do Recife, pela corrente petista Construindo um Novo Brasil (CNB), Maurício Rands, mantém contas nas redes sociais. Rands diz que “gosta” do contato com a população através das ferramentas, mas que procura balancear esta relação com os contatos diretos e com os eleitores. “Faço uma analogia do contato através das redes sociais e contatos diretos com a democracia participativa e a democracia representativa: as duas são necessárias, se complementam”, frisa Rands.

O deputado federal peemedebista e pré-candidato à Prefeitura do Recife, Raul Henry, também procura não se manter “escravo” das redes sociais. “Procuro ter o contato com a população através delas, mas não quero me tornar um escravo. Vejo deputados que ficam o tempo todo no Twitter. Alguns ficam no Congresso trocando farpas com outros deputados que também estão no local, através do Twitter”, pontuou. Henry também lembrou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que proibe propaganda eleitoral via Twitter antes do dia 6 de julho. A desobediência pode acarretar em multa que varia de R$ 5 mil a R$ 30 mil.

Apesar desta perspectiva, o pouco uso das redes sociais por políticos brasileiros foi um dos dados apontados no estudo “Influenciadores do G20”.  Segundo o levantamento, alguns dos políticos mais importantes do Brasil não estão tirando proveito das redes sociais como ferramenta de comunicação estratégica. “Twitter e Facebook são vias de duas mãos. Ao mesmo tempo em que o candidato pode apresentar projetos e plataformas políticas nestas redes sociais, precisa enxergar a vantagem estratégica de utilizá-las como um termômetro dos anseios da população e de como melhorar sua imagem junto ao eleitorado. O segredo é entender bem o comportamento do cidadão na Web e desenvolver táticas específicas que maximizem seu potencial na internet”, complementa Gabriel Rossini.