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O corpo do cantor Tales Volpi Fernandes, de 25 anos, conhecido como MC Reaça, foi sepultado nesta segunda-feira, 3, no Cemitério Parque dos Indaiás, em Indaiatuba, cidade do interior de São Paulo. Compositor de músicas de apoio à campanha eleitoral do presidente Jair Bolsonaro, MC Reaça foi encontrado morto no sábado, dia 1º, na margem da rodovia D. Pedro I, em Valinhos. O caso foi registrado pela Polícia Civil como "possível suicídio" - ele estava pendurado por uma corda em uma árvore.

Horas antes, a família de uma jovem com quem o cantor teria um relacionamento extraconjugal (ele era casado) o acusou formalmente de agressão. A vítima, uma agente de viagens de 28 anos, continuava internada nesta segunda-feira no Hospital Augusto de Oliveira Camargo, em Indaiatuba, com ferimentos no rosto e fratura em dois pontos do maxilar.

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Conforme um familiar da vítima, que pediu para não ser identificado, o músico a agrediu violentamente após ser informado de que ela estava grávida. O próprio cantor teria ligado para o seu pai e para sua madrasta relatando o episódio.

O caso foi registrado na Polícia Civil de Indaiatuba. A assessoria do hospital informou que a jovem deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas permanecia internada, em observação - não estava descartada a possibilidade de ela ter de passar por uma cirurgia. O hospital não confirmou se a jovem está grávida.

Repercussão

O presidente Jair Bolsonaro, seus filhos e aliados publicaram mensagens no Twitter, no domingo (2), em que lamentaram a morte de MC Reaça, e exaltaram suas qualidades e o papel do músico na campanha do então presidenciável do PSL. Não houve, no grupo, entretanto, quem comentasse a agressão à agente de viagens.

"Tales Volpi, conhecido como MC Reaça, nos deixou no dia de ontem (sábado). Tinha o sonho de mudar o País e apostou em meu nome por meio de seu grande talento. Será lembrado pelo dom, pela humildade e por seu amor pelo Brasil. Que Deus o conforte juntamente com seus familiares e amigos", diz mensagem publicada por Bolsonaro no domingo.

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) publicou uma foto em que aparece ao lado do músico, fazendo o gesto de "arma" com as mãos, durante um ato de campanha em Campinas (SP), no ano passado. "Fica a imagem de um homem alegre, trabalhador, gente fina e criativo. A sua força deu resultado! Vai com Deus Tales Volpi 'MC Reaça'", escreveu.

Já o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), o filho "02", divulgou um vídeo em que MC Reaça defende, recitando versos, a eleição de Bolsonaro. "Obrigado sempre pela força. Descanse em paz", afirmou o vereador.

Parlamentares de oposição, por outro lado, criticaram o presidente. "MC Reaça e o machismo cotidiano. Fez músicas em que classificava mulheres de 'cadelas' e que deveriam ser alimentadas 'com ração'. Recebeu honrarias de Bolsonaro e Flávio compartilhava vídeos com estas baixarias. Agrediu a amante grávida e se suicidou. O feminismo é necessário", escreveu o deputado Ivan Valente (PSOL-RJ).

A Polícia Civil de Valinhos informou que as circunstâncias da morte do músico serão investigadas. O laudo preliminar sobre a causa do óbito deve ser entregue nesta semana. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Jair Bolsonaro lamentou, na manhã deste domingo (2), a morte do DJ Tales Volpi, conhecido como MC Reaça. Em sua conta no Twitter, Bolsonaro desejou conforto para a família e amigos. MC Reaça morreu neste sábaro (1), em São Paulo. A causa da morte não foi divulgada.

Na postagem, o presidente afirma que MC Reaça tinha "vontade de mudar o país". O cantor ganhou projeção nacional quando, em 2018, compôs jingles para a campanha do então presidenciável. A música que mais recebeu fama foi a "Funk do Bolsonaro", em que Reaça atacava as feministas. 

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Foi encontrado morto, neste sábado (1), o DJ Tales Volpi, mais conhecido como MC Reaça. O músico ganhou projeção nacional quando, nas eleições de 2018, compôs jingles em apoio ao então candidato Jair Bolsonaro. A causa da morte não foi divulgada pela família.

No perfil oficial do cantor, uma nota informa que o velório será realizado neste domingo (2), enquanto o enterro está programado para esta segunda-feira (3), em Indaiatuba, São Paulo.

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Tales fazia composições de funks com intensos posicionamentos políticos, muitas vezes alinhados ao presidente. Sua música que mais ganhou fama foi o "Proibidão do Bolsonaro". A letra ataca feministas e enaltece a candidatura a presidência de Jair Bolsonaro. 

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Coletivos feministas, instituições de direitos humanos e movimentos sociais pernambucanos vão entrar com uma representação no Ministério Público de Pernambuco (MPPE), nesta quinta-feira (27), contra os organizadores da “Marcha da Família com Bolsonaro", realizada no último domingo (23) no Recife, e o MC Reaça, autor do ‘Funk do Bolsonaro’, que chama as mulheres feministas de cadelas.  A música foi trilha sonora da marcha e recebeu o repúdio de organizações como a Ordem dos Advogados do Brasil seccional Pernambuco (OAB-PE)

Trecho da música reproduzida durante o ato dos ‘bolsonaristas’ diz: “Dou para CUT pão com mortadela e para as feministas ração na tigela, as minas de direita são as top mais belas, enquanto as de esquerda têm mais pelo que cadela”.

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Segundo as entidades que assinam a representação, "essa manifestação de desrespeito reafirma o machismo e o discurso construído na base do ódio, violência e desvalorização das pessoas, neste caso, das mulheres feministas e do movimento de esquerda. Invisibilizam e deturpam um movimento histórico de luta pela igualdade de direitos, direitos estes que compreendem desde o direito ao trabalho e a participação política, o direito à educação e profissionalização, abarcando conquistas a todas as mulheres, de todas as raças e classes, sejam militantes feministas ou não." 

De acordo com a advogada e assessora jurídica do PSOL, Maria Helena Villachan, a intenção é que o MPPE “investigue e repudie as diversas violações de direitos e discurso de ódio incitadas pelas canções da marcha e por seus apoiadores e apoiadoras”.

Maria Helena argumenta que a incitação ao ódio, que atinge principalmente as mulheres dentro do contexto que Pernambuco tem mais pessoas do gênero que morrem por feminicídio, além da difamação de uma categoria inteira, no caso as feministas, pode gerar responsabilidade civil e criminal aos responsáveis pela Marcha e ao MC Reaça. Segundo ela, a representação tem “fundamentação na Constituição e existe uma analogia com a Lei 7.716/89”. 

Em segundo lugar nas pesquisas de intenções de votos para a Presidência da República, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) ganhou uma homenagem o MC Reaça. O funk foi compartilhado, nesta quarta-feira (11), pelo deputado estadual do Rio de Janeiro e filho do presidenciável, Flávio Bolsonaro, que aproveitou para agradecer pela música.

O funk exalta Jair Bolsonaro como capitão da reserva e não poupa críticas aos adversários políticos do deputado, às mulheres que são feministas e a partidos de esquerda. “Dou para CUT pão com mortadela e para as feministas ração na tigela, as minas de direita são as top mais belas, enquanto as de esquerda têm mais pelo que cadela”, diz trecho da música.

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As deputadas federais Maria do Rosário (PT), Jandira Feghali (PCdoB), Luciana Genro (PSOL) e o deputado Jean Wyllys (PSOL) são citados no funk. Além deles, o também presidenciável Ciro Gomes (PDT) é chamado de “zé ruela” e a deputada Manuela D'Ávila pré-candidata pelo PCdoB é apontada como alguém que “paga de comuna e mente a vera, mas vai para Nova York quando pode”. 

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