Tópicos | Mea culpa

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu fazer um mea-culpa por ter criticado o projeto da ferrovia Norte-Sul quando era deputado federal constituinte, na década de 80. Em vídeo publicado nas redes sociais ao lado do ex-presidente José Sarney, Lula agradece ao também ex-senador por ter dado início à obra em 1987, enquanto titular do Palácio do Planalto.

Junto ao ministro dos Transportes, Renan Filho, Lula e Sarney iriam hoje ao município de Rio Verde, em Goiás, para entregar a Norte-Sul, concluída após quatro décadas. A ferrovia vai ligar o Maranhão ao Porto de Santos, para escoamento da produção nacional. A viagem, porém, foi cancelada de última hora pelo mau tempo em Rio Verde, que impediria o pouso do avião presidencial. Lula e Sarney chegaram a esperar a autorização para decolagem por 1 hora e 20 minutos na base aérea de Brasília, o que não ocorreu.

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"Convidei Sarney para ir comigo a Rio Verde porque quando ele anunciou a ferrovia Norte-Sul, eu era deputado federal constituinte, muito jovem e ousado. E eu fiz críticas à Norte-Sul", diz Lula no vídeo ao lado de Sarney. O presidente afirma que os governos do PT fizeram 90% da obra, agora entregue. "Obrigado pela ideia de ter construído a ferrovia Norte-Sul", acrescenta o petista a Sarney.

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O ex-presidente, filiado ao MDB, também comemorou a conclusão da construção da ferrovia. "Ainda estou vivo assistindo o senhor fazer essa grande obra para o Brasil", acrescenta o ex-senador, que tem 93 anos.

A viagem de Lula e sua comitiva a Rio Verde será remarcada oportunamente, informou o governo pela manhã.

Eleito senador pelo Ceará, Cid Gomes (PDT) não poupou críticas ao PT e à falta de uma mea culpa diante da situação do país durante um evento que abriu a campanha do candidato à Presidência, Fernando Haddad (PT), no segundo turno no Estado. No palanque ao lado do governador Camilo Santana (PT), o irmão de Ciro Gomes (PDT) disse na noite dessa segunda-feira (15) que tinha “zero problema” em votar no petista, mas os correligionários deveriam usar os discursos para pedir desculpas ao país.

Neste momento, a plateia composta por filiados e simpatizantes ao PT reagiu com vaias e Cid revidou no discurso. "Não admitir o mea culpa, os erros que cometeram, isso é para perder a eleição e é bem feito", disparou o ex-governador do Ceará.

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"Eu conheço o Haddad, é uma boa pessoa. Tenho zero problema de votar nele, mas aí fica para algum companheiro do PT que me suceda aqui na fala: se quiser fazer um exemplo para o País, tem de fazer um mea culpa. Tem de pedir desculpas, tem que ter humildade e reconhecer que fizeram muita besteira", disse Cid, pouco antes do início da discussão.

Durante uma fala que inflou os militantes, o pedetista culpou o PT de construir a figura política de Jair Bolsorado (PSL), adversário de Haddad na corrida presidencial.

“Vão perder feio porque fizeram muita besteira, aparelharam as repartições públicas, porque acharam que eram donos de um país e o Brasil não aceita ter dono. O Brasil é um país democrático, quem criou Bolsonaro foram essas figuras que acham que são donos da verdade, acham que podem fazer tudo e que os fins justificam os meios”, alfinetou. Assista:

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Entre um disparo e outro de Cid, a plateia começou a gritar o nome de Lula e o pedetista rebateu: “O Lula tá preso, babacas. E vai fazer o quê?”.

A fala foi essencial para que o evento fosse curto, já que Cid foi o primeiro a discursar. Logo depois, Camilo Santana falou aos presentes, mas não seguiu o conselho do antecessor ao microfone. "Nosso objetivo aqui não é fazer uma análise política… Eu entendo tudo que o Cid falou aqui. Cada um tem a liberdade de se expressar, mas o Cid tomou a decisão de vir pra ajudar a construir a grande vitória do Haddad no Ceará. Esse é o momento de nos unirmos", considerou o petista reeleito.

A postura de Cid acende um alerta maior para a campanha de Fernando Haddad que cobrou, nessa segunda, mais empenho do PDT no segundo turno. O partido, contudo, não aparenta estar muito satisfeito em precisar pedir voto para o petista.  

Por 61 votos a favor e 20 contrários, Dilma Rousseff (PT) teve o mandato de presidente da República destituído pelo Senado Federal. A culminância do impeachment, nesta quarta-feira (31), foi motivada em tese pelas famosas pedaladas fiscais e a edição de decretos para créditos suplementares sem a autorização do Congresso Nacional, considerados crimes de responsabilidade, entretanto, o processo de impeachment contem, em si, uma série de ações políticas da agora ex-presidente ou até mesmo a falta delas.

Com um perfil mais impopular que o antecessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Dilma adotou uma blindagem diante da base no Congresso Nacional se fechando ao diálogo com as bancadas e desencadeando a ampliação da crise política já instaurada na capital federal, travando, inclusive, projetos que serviriam para destravar a economia do país. 

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Durante sua passagem pelo Senado, na última segunda-feira (29), quando foi interrogada, a petista fez ‘mea culpa’ sobre sua relação com os parlamentares e pediu “desculpas” por não ter “atendido às expectativas” dos deputados e senadores. Apesar disso, segundo ela, a falta de diálogo e o famoso “conjunto da obra”, não poderiam basear o processo. Os argumentos não surtiram efeitos positivos diante dos juízes do impeachment. 

O agravamento da crise diante de Dilma Rousseff, sob a avaliação do doutor em ciência política e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Ernani Carvalho, passou a ter mais ênfase desde que o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), tornou-se seu “inimigo político número um”.  

Outro pecado, na avaliação dele, foi quando no primeiro mandato a petista adotou medidas frouxas para a economia, prometendo mantê-las após a eleição e depois voltando atrás com o ajuste fiscal.  “A presidente vive hoje o que chamamos na ciência política de tempestade perfeita, fruto das políticas adotadas em 13 anos de gestão petista”, analisou.  

A petista deixa o cargo um ano e oito meses depois de assumir o segundo mandato. Ela foi reeleita em outubro de 2014 por 51.65% dos votos deixando Aécio Neves (PSDB) em segundo lugar com 48.35% dos votos. Desde a redemocratização, ela é a segunda presidente a ser condenada ao impeachment. O primeiro foi o hoje senador Fernando Collor (PTC) em 1992.

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, afirmou que a falta de credibilidade e a instabilidade política do governo da presidente Dilma Rousseff (PT) impedem uma solução de curto prazo para a crise da economia brasileira. Segundo o tucano, o Brasil tem um "desgoverno" agravado ainda mais pelos desdobramentos da Operação Lava Jato. 

"Lamentavelmente vivemos uma política econômica extremamente grave e que, na verdade, impede uma solução de curto prazo pela absoluta instabilidade do governo. O Brasil tem um desgoverno. As coisas já não caminham minimamente na direção correta porque falta ao governo autoridade, falta ao governo credibilidade. E isso não se conquista com palavras vazias, com discursos de boas intenções. E as ações do próprio governo e das empresas do governo federal só agravam este descrédito", declarou o tucano após se reunir com a bancada nessa terça-feira (4). 

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Para o senador, a presidente precisa assumir sua responsabilidade pela grave crise na qual seu governo mergulhou o país. Sem isso, avalia, ela terá grandes dificuldades para governar. "A presidente Dilma tem que governar o Brasil, tem que assumir esse mandato e para isso é fundamental que ela faça mea culpa, que ela pare de dizer que a responsabilidade com o que ocorre no Brasil é responsabilidade da crise internacional ou é da seca do Nordeste", disse.

"Enquanto a presidente não olhar para os brasileiros e dizer a verdade, ela terá muitas dificuldades para recuperar aquilo que é essencial para quem governa: confiança, credibilidade. Momentos difíceis todos os governos passam por eles, mas se as pessoas olham para a presidente da República e não enxergam ali verdade, sinceridade no que diz, certamente a confiança vai se distanciar cada vez mais", acrescentou. 

Oposição quer saber se Petrobras mentiu para investidores nos Estados Unidos

Aécio Neves, afirmou ainda que a oposição vai solicitar acesso às informações prestadas pela defesa da Petrobras na ação coletiva movida por investidores estrangeiros contra a empresa na Corte de Nova York (EUA).  De acordo com reportagem publicada pelo jornal O Globo, o juiz distrital do tribunal federal de Manhatan, Jed Rakoff, relatou que a empresa sustentou em sua defesa que os comunicados enviados ao mercado eram "mera publicidade". A ação coletiva movida por investidores nos Estados Unidos busca reaver os prejuízos causados a eles pela corrupção e pela ingerência política na empresa.

"Houve uma cobrança por parte do juiz em relação aos comunicados que a Petrobras ao longo do tempo vinha fazendo sobre boas práticas de governança, sobre padrões de ética inquestionáveis, sobre a condução dos seus negócios com transparência e integridade, essas são algumas das informações que a Petrobras lançou ao mercado norte-americano. E a defesa da Petrobras, qual foi? O advogado da Petrobras, em nome da nossa maior empresa, disse que essas informações eram apenas peças de propaganda. Isso é absolutamente grave", criticou o senador Aécio Neves.

De acordo com o presidente do PSDB, o pedido de acesso às informações será feito pelo vice-presidente da CPI da Petrobras, deputado Antônio Imbassahy. "Se isso efetivamente se confirmar, é a constatação de que este governo, não satisfeito em mentir reiteradamente para os brasileiros, passa a mentir também para os estrangeiros, para aqueles que investem no país. E um governo que age desta forma cada vez se distancia mais do resgate da sua própria credibilidade", avaliou.

Justin Bieber definitivamente não quer mais ser o menino rebelde de outrora. Em uma entrevista à revista Seventeen, ele disse que costumava ser muito convencido durante seu período de rebeldia.

"Eu estava me rebelando um pouco. Eu estava ficando cada vez mais convencido", disse o cantor.

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Na entrevista, Justin, que recentemente foi eleito o príncipe do pop, também chegou a se desculpar por suas atitudes. "Eu olho para trás e fico desapontado comigo mesmo. Você tem que assumir seus erros. Você tem que dizer: eu sinto muito se eu desapontei você", afirmou.

Lembrando que, no passado, Justin deixou muitos fãs decepcionados após uma série de episódios polêmicos. Em 2014, por exemplo, ele foi preso por dirigir sob o efeito de substâncias ilícitas.

“Hoje, eu apresento minha demissão”, foi assim que Cesare Prandelli iniciou a coletiva de imprensa após a derrota contra o Uruguai e, consequentemente a eliminação da Copa do Mundo, nesta terça-feira (24). Treinador da Itália desde 2009 e com contrato até 2016, o italiano admitiu erro em “projeto técnico” e assumiu culpa em eliminação.

“O projeto técnico é de minha responsabilidade. Se não tivemos chances de gol é porque, nas questões técnicas, estruturais, nós falhamos. E é responsabilidade minha”, disse Cesare Prandelli. O treinador ainda minimizou as críticas sob o atacante Balotelli e reafirmou a culpa: “Sou eu quem coloca ele em campo. O projeto técnico é meu e por isso eu peço demissão, porque nos mostrou que não é um projeto vencedor”.

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Uma das saídas para a reconstrução do futebol italiano é investir nas categorias de base, de acordo com Cesare Prandelli. “Nós temos um campeonato disputado, com bons jogadores, mas que dá pouco espaço para as revelações italianas. Acho que esse seria um bom início para uma renovação”, disse.

No momento do hino nacional da Itália, os próprios italianos vaiaram o hino, como lembrou Prandelli. Esse problema é apontado como um dos maiores da Azzurra. “O que nós fazemos exige amor. Não temos apoio dos próprios torcedores. Eram insultos, apitos e xingamentos contra nós mesmos”, disse. E desabafou: “Nos exigem carregar a pátria nas costas. Mas o que fazemos exige amor. Não podemos seguir dessa maneira.

Presidente da Federação Italiana também pede demissão

Giancarlo Abete, presidente da Federação Italiana de Futebol (FIGC), explicou como será feito o procedimento. “Vou convocar o conselho federal entre sexta e segunda-feira para tomarmos uma decisão. Espero que Prandelli não tome essa atitude. Fizemos tudo que poderia ser feito”. E afirmou que o treinador deverá permanecer no cargo: “Tenho certeza que a demissão não será aceita, porque sabemos que ele fez tudo o que poderia”.

Entretanto, é o presidente quem deve deixar a seleção. “Eu apresento também o meu pedido de demissão. E esse, digo, é irrevogável. Estou no meu sétimo Mundial, já havia tomado essa decisão mesmo antes do início da Copa”, disse.

Explicações, justificativas ou apenas o reconhecimento de que o adversário mereceu a vitória. É assim que são as entrevistas do pós-jogo do time que perdeu. E foi assim com a Croácia, que apesar de ter cantado que ganharia o jogo, acabou atropelado pelos “chicanos” no segundo tempo.

O brasileiro Eduardo da Silva passou direto pela maior parte da imprensa sem dar nenhuma declaração. Porém, o também brasileiro Sammir, mesmo não jogando falou. Ele lamentou a desclassificação. “Para mim foi uma experiência muito grande disputar a copa. Agora tenho que trabalhar mais para permanecer entre os convocados sempre”, disse ele.

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Sammir desvalorizou a influência da barulhenta torcida mexicana e opiniou sobre a tática do adversário. “A torcida não fez diferença, que fez foram os jogadores. Eles esperaram a jogada de bola parada e fizeram o gol. Depois disso nós caímos fisicamente e psicologicamente”, afirmou.

Um dos astros do time, o meia do Real Madrid, Luka Modric, havia falado na coletiva do dia anterior que a Croácia era melhor coletivamente e individualmente. Ele foi questionado sobre isso. “O que você esperava que eu dissesse. Eu não podia dizer que o México era melhor. Mas nós não mostramos isso no campo e eles mereceram passar de fase”, reconheceu o croata.

O camisa 10 croata falou também sobre as dificuldades da partida. “Foi muito difícil para criar espaços. O México mostrou um grande qualidade hoje. Nós sabíamos que eles eram um bom time, tentamos ser melhores, mas eles mostraram que são melhores do que nós”, disse.

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