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De acusá-los de mentir a denunciar uma "guerra contra Meghan", o príncipe Harry e sua esposa, Meghan, aumentaram o tom sobre a família real britânica na segunda e última parte de seu documentário na Netflix.

Após o sucesso dos três primeiros episódios, nos quais o duque e a duquesa de Sussex criticaram principalmente os tabloides britânicos pelo tratamento dado à ex-atriz, o casal agora parece ter como alvo o Palácio de Buckingham e o príncipe William — herdeiro do trono e irmão mais velho de Harry — para justificar sua surpreendente saída da monarquia em 2020.

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Em dois novos trailers divulgados nos últimos dias, Meghan diz: "Não só me jogaram aos lobos, me usaram para alimentar os lobos".

Sua advogada Jenny Afia insiste neste ponto, dizendo que "houve uma verdadeira guerra contra Meghan" e que viu "provas de que havia informações vindas do palácio contra Harry e Meghan para o benefício de outras pessoas".

"Parece normal para eles mentir para proteger meu irmão, mas não estavam dispostos a dizer a verdade para nos proteger", diz o príncipe, referindo-se a William, de 40 anos.

O duque de Sussex, de 38 anos, que deve publicar seu livro de memórias "Spare" em janeiro, também se filma com seu celular ao deixar o Reino Unido e denuncia o "roubo da liberdade".

Estes novos episódios podem ser explosivos para a realeza, três meses após a morte da rainha Elizabeth II e a ascensão de Charles III ao trono.

"Como esperávamos desde a semana passada, as luvas foram sacadas", escreveu a correspondente real do Daily Mail, Rebecca English.

Para seu colega da ITV, Chris Ship, "este trailer sugere que (Harry) vai culpar seu irmão, ou pelo menos aqueles ao seu redor, por algumas das histórias sobre os Sussex que saíram na imprensa. Esta é uma escalada considerável", acrescentou.

Resposta de Buckingham? 

Até o momento, o palácio não fez comentários sobre o conteúdo do documentário. Mas, se as acusações feitas na última parte forem sérias, Buckingham pode ser forçado a quebrar o silêncio desta vez.

Charles III, a rainha Camilla, William e sua esposa, Catherine, participam juntos do concerto real de Natal na Abadia de Westminster, nesta quinta-feira, que será exibido na televisão durante as festas de fim de ano.

E, na terça-feira (13), a assessoria de imprensa de Catherine e William publicou uma foto do casal queridinho dos tabloides britânicos, vestindo jeans, sorrindo e relaxados, enquanto caminhavam com seus filhos pela propriedade real de Sandringham.

Os três primeiros episódios da série produzida pela Netflix totalizaram 81,55 milhões de horas de exibição, o maior número de um documentário em sua primeira semana de lançamento, segundo a plataforma de streaming.

No Reino Unido, porém, a popularidade de Harry e Meghan voltou a cair pouco antes do lançamento do documentário, apesar de já serem os membros da realeza mais impopulares depois do príncipe Andrew, envolvido em um escândalo sexual nos últimos anos.

Após os primeiros episódios, a imprensa britânica acusou-os de "indecência" e de "atacar o legado da rainha" Elizabeth II, em particular ao criticar a Commonwealth, à qual ela demonstrou grande apego durante seus 70 anos de reinado.

Alguns jornais já consideram "um ponto sem volta" o afastamento de Harry de Charles III e William. Uma reconciliação agora parece improvável, seis meses antes da coroação oficial de seu pai.

O príncipe Harry, filho mais novo do rei Charles III, e sua esposa, Meghan, criticam o "contrato não escrito" entre a família real e uma imprensa britânica que a "explora" em um polêmico documentário, que também denuncia o racismo.

"Não tínhamos permissão para contar nossa história porque eles não queriam", afirma a ex-atriz americana, de 41 anos, em um dos três primeiros episódios da série documental "Harry & Meghan", lançada pela Netflix.

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Ambos explicam como todas suas declarações e comportamentos, desde a primeira entrevista conjunta em 27 de novembro de 2017, após o anúncio do noivado, foram "um reality show orquestrado" pelo palácio.

Há, "essencialmente, um ramo estendido das relações públicas da família real, um acordo que existe há mais de 30 anos", afirma Harry, de 38 anos.

O filho da princesa Diana ainda responsabiliza a mídia sensacionalista pela morte de sua mãe enquanto era perseguida por paparazzi, em 1997.

"'Esta família é nossa para explorar, seus traumas são nossas histórias e controlamos a narrativa'", pensam os meios de comunicação britânicos sobre o "contrato não escrito", segundo o príncipe.

Ele destaca uma campanha de propaganda negativa contra eles por resistirem ao assédio, que foi estendido para seus amigos e familiares de Meghan nos EUA.

- "Preconceitos inconscientes" -

A série começa com a história de amor entre o príncipe e a atriz, uma fervorosa feminista criada em Hollywood, e avança pelos três primeiros capítulos até a véspera de seu casamento, em maio de 2018.

Os três episódios seguintes, que entram na plataforma no dia 15 de dezembro, provavelmente serão mais nocivos para a família real. Vão detalhar os motivos que levaram o casal ao abandono da monarquia, em 2020, para viver na Califórnia.

Mal recuperada da morte de Elizabeth II em setembro, a realeza se prepara para acusações potencialmente explosivas e em um momento que busca modernizar sua imagem, impulsionada pelos novos monarcas Charles III e Camilla, e seus herdeiros William e Catherine.

O Palácio de Buckingham não emitiu comentários antes da estreia da série. Entretanto, fontes do palácio real, citadas pelo jornal Daily Mail, asseguraram noe fim de semana que os monarcas estão "um pouco fartos" dos constantes ataques.

Já nesta primeira parte da série, Meghan faz alusão ao racismo que denuncia ter sofrido, desde o broche com uma cabeça negra, usado pela esposa de um primo de Elizabeth II no primeiro jantar de Natal com a atriz, em 2017, até imagens e comentários sobre o passado colonial do império britânico.

"Há um altíssimo nível de preconceitos inconscientes", afirma Harry. Segundo o príncipe, ele teve que corrigir a educação que recebeu quando era criança.

- "Ganhar muito dinheiro e dar sua versão" -

O documentário chega no pior momento para a família real britânica, atingida na semana passada por um escândalo de racismo. A madrinha de William foi dispensada como dama de honra após fazer comentários ofensivos a uma convidada negra no Palácio de Buckingham.

Em uma importante entrevista concedida no ano passado para a estrela da televisão americana Oprah Winfrey, Harry e Meghan acusaram um membro da família real de se preocupar com a cor da pele que teriam seus futuros filhos, sem citar quem.

Com testemunho de amigos do casal e colaboradores, mas sem nenhum crítico, a série explica, por exemplo, como a ex-colônia britânica da Jamaica foi o centro de um lucrativo comércio de escravos, cujos navios foram financiados durante séculos pelos reis ingleses e seus benefícios permitiram construir o "maior império que o mundo já viu".

A impopularidade do duque e da duquesa de Sussex no Reino Unido, onde são acusados de tirar vantagem financeira da monarquia sem participar de suas obrigações, não parece melhorar com este documentário.

"Eles são hipócritas, por um lado dizem que querem privacidade e, por outro, vejam o que publicam", disse à AFP o comentarista real Richard Fitzwilliams, que trabalhou para agências como a britânica BBC e a CNN nos Estados Unidos.

Na opinião de Fitzwilliams, “fazem por duas razões: ganhar muito dinheiro e dar sua versão, como forma de vingança”. Contudo, não se dirigem ao público britânico, mas “ao mundo inteiro com os Estados Unidos no centro”, considera.

A morte da rainha Elizabeth II pode ajudar a iniciar uma reconciliação do príncipe Harry e sua esposa Meghan com o resto da família real, após um suposto afastamento e sua mudança para os Estados Unidos.

O casal, que estava no Reino Unido quando a rainha morreu na quinta-feira, se juntou ao irmão de Harry, William, e sua esposa, Catherine, no Castelo de Windsor, no sábado. Foi a primeira aparição pública dos quatro juntos desde 2020.

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Vestidos de preto, eles observaram as flores deixadas pela morte da rainha, e cumprimentaram o público, sem transparecer o estado da relação entre os casais.

Mas a decisão de aparecerem juntos diante das câmeras sugeriu um avanço na reconciliação.

Segundo a imprensa especializada em realeza britânica, William, o herdeiro do trono, procurou o irmão mais novo, que critica a família desde que abandonou os deveres reais.

Dois dias antes, a situação era bem diferente: Harry, 37 anos, chegou sozinho em um veículo a Balmoral, na Escócia, pouco depois da morte da rainha. William e outros familiares, exceto Catherine, chegaram antes em um único carro.

Richard Fitzwilliams, especialista em realeza, disse na quinta-feira que o fato de os irmãos chegarem separadamente mostra que eles estão "afastados".

Harry e Meghan são vistos como causa de "muitos danos à família real nos últimos meses" com seus comentários, acrescentou.

"Para o futuro, a bola está em campo e depende de como eles querem jogar", acrescentou.

- Caminhos diferentes -

Após a morte de Diana, a mãe dos príncipes, em um acidente de trânsito em Paris em 1997, os irmãos comoveram o mundo ao caminharem atrás de seu caixão no cortejo fúnebre. William tinha 15 anos e Harry apenas 12.

Como adultos, eles pareciam muito próximos e isso continuou depois que William se casou com sua namorada de longa data, Kate Middleton, em 2011. Mas após o casamento de Harry em 2018 com Meghan, uma atriz americana, o relacionamento começou a estremecer.

Harry disse em uma entrevista de 2019 que ele e seu irmão estavam seguindo “caminhos diferentes”. Um ano depois, ele e Meghan anunciaram sua mudança para os Estados Unidos.

Em uma entrevista explosiva do casal a Oprah Winfrey, em março de 2021, Meghan garantiu que Catherine a fez chorar. Eles também alegaram que um membro da realeza, que não identificaram, especulou sobre a cor da pele do futuro filho do casal, já que Meghan é afrodescendente.

William reagiu dizendo que a família real "não é nada" racista. As relações entre os irmãos estavam claramente distantes quando eles se encontraram novamente no ano passado para inaugurar uma estátua de sua mãe. Também não se encontraram para o Jubileu de Platina da Rainha em junho.

Recentemente, Meghan disse à revista The Cut que agora se sente "livre" para contar sua própria história, que alguns viram como uma ameaça disfarçada à monarquia.

A família real britânica se reuniu nesta sexta-feira (3) para uma missa de ação de graças pelos 70 anos de reinado de Elizabeth II, sem a presença da monarca, cansada após o primeiro dia de festejos, mas com Harry e Meghan, que concentraram todos os olhares.

A rainha de 96 anos, com crescentes problemas de mobilidade, sentiu um "certo mal-estar" depois de aparecer duas vezes de pé na quinta-feira na sacada do Palácio de Buckingham, quando começaram os quatro dias de celebrações do "jubileu de platina".

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Líder da Igreja da Inglaterra e muito religiosa, a monarca decidiu não comparecer ao evento devido ao longo a partir do Castelo de Windsor, onde mora, até a catedral de St. Paul em Londres e "a atividade necessária para participar na missa", explicou a Casa Real.

Entre os curiosos que esperavam desde o início da manhã diante da catedral, Stephanie Stitt, organizadora de eventos de 35 anos, se declarou "um pouco" decepcionada com a ausência da rainha.

"Mas é compreensível porque tem 96 anos", acrescentou, antes de afirmar que "é agradável celebrar algo e não lembrar da crise pelo custo de vida" que, com uma inflação histórica, impõe sacrifícios a muitos britânicos.

Harry e Meghan

Também não estava presente, por ter contraído Covid-19, o príncipe Andrew, de 62 anos, considerado por muitos "o filho predileto" da monarca, mas afastado da vida pública devido a acusações de agressão sexual contra uma menor de idade nos Estados Unidos.

Os que apareceram, pela primeira vez em público no Reino Unido em dois anos, foram o príncipe Harry e suas esposa Meghan.

Entre gritos de apoio e algumas vaias, o neto da monarca, de 37 anos, chegou vestido de fraque e gravata cinza, usando todas as suas condecorações, que ele mantém apesar de, desde que deixou a monarquia em 2020, não ser autorizado a usar o uniforme militar.

Sorridente, mas tensa, a ex-atriz americana, de 40 anos, estava a seu lado.

O casal abalou a monarquia há dois anos, quando decidiu abandonar o Reino Unido e morar na Califórnia, de onde criticaram a família real, chegando a acusar de racismo um de seus integrantes, que não foi identificado.

Desde então, eles encontraram a rainha poucas vezes e em particular. A filha mais nova do casal, Lilibet, que completa um ano no sábado, não conhecia a bisavó famosa até agora.

Os dois viajaram a Londres para as festividades do jubileu, mas na quinta-feira ficaram longe da imprensa - a pressão dos tabloides foi uma das razões alegadas para abandonar o Reino Unido.

Sucessão

Dentro da majestosa catedral anglicana, quase 2.000 pessoas acompanharam a cerimônia, incluindo 400 profissionais da saúde, convidados pelos serviços prestados durante a pandemia. Também estavam presentes familiares da rainha, o primeiro-ministro Boris Johnson e líderes políticos e sociais, além de representantes de outras religiões.

Entre os vários pronunciamentos, o arcebispo de York, Stephen Cottrell, falou diretamente para a rainha, assumindo que ela assistia a missa pela televisão. Ele brincou com o amor da soberana pelos cavalos e a agradeceu por "permanecer na sela".

A cerimônia, de quase uma hora, agradeceu pela vida e reinado do monarca mais longeva da história do Reino Unido.

Elizabeth II tinha 25 anos quando, em 1952, sucedeu o pai, o rei George VI. Setenta anos depois, ela é a única monarca conhecida pela maioria dos britânicos e a única na história a celebrar um "jubileu de platina".

Devido aos problemas de saúde, ela voltou a ser representada nesta sexta-feira por seu filho mais velho, Charles, o herdeiro do trono de 73 anos, que aos poucos assume funções em uma transição progressiva que preocupa dada sua baixa popularidade em um momento em que a realeza é questionada.

Um total de 62% dos britânicos afirmam que continuam favoráveis à monarquia, mas os mais jovens estão divididos: 33% a favor e 31% contra.

Uma pesquisa do instituto YouGov publicada esta semana mostra que apenas 39% dos entrevistados acreditam que o país ainda terá um monarca dentro de 100 anos.

Iniciadas na quinta-feira com um grande desfile militar, as celebrações do "jubileu de platina" prosseguirão até domingo, com um show de música pop, corridas de cavalos e dezenas de milhares de piqueniques e refeições ao ar livre.

O príncipe Harry e sua esposa Meghan visitaram a rainha Elizabeth II nesta quinta-feira(14) a caminho da Holanda, onde participam de uma competição esportiva para feridos de guerra, informou um porta-voz do casal.

Vários meios de comunicação britânicos indicaram que a reunião foi no Castelo de Windsor, a cerca de 40 km de Londres.

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A visita acontece poucos dias após o aniversário de 96 anos da soberana, que perdeu o marido, o príncipe Philip, há um ano.

O casal foi criticado pelos tabloides ingleses por não comparecer a uma missa em memória do avô de Harry, realizada na Abadia de Westminster, em 29 de março.

Harry, 37 anos, e sua esposa Meghan Markle, 40 anos, decidiram há dois anos se distanciar da família real britânica e morar na Califórnia. Desde então, não voltaram para o Reino Unido juntos.

O casal seguia para Haia, onde participa dos Jogos Invictus.

Após seu afastamento da família real, o governo britânico retirou a proteção da polícia pública do duque e da duquesa de Sussex em suas visitas ao Reino Unido, uma decisão que Harry contestou no tribunal.

Meghan Markle e seu marido, o príncipe Harry, associaram-se à empresa Ethic, a qual promove investimentos que respeitam critérios ambientais, sociais e de governança.

Além de investir recursos na empresa, o casal se torna um "sócio de impacto", informou a Ethic em seu site nesta terça-feira, sem dar detalhes sobre o papel do casal.

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O príncipe Harry e Meghan "compartilham diversos valores conosco e, suspeitamos, com muitos de vocês", apontou a empresa. "Ao trabalharmos juntos, esperamos informar, educar e inspirar uma ação generalizada em torno de alguns dos problemas mais importantes e determinantes da nossa era."

Em entrevista ao jornal "New York Times", o casal explicou que deseja democratizar a ideia de investir, e de fazê-lo em empresas responsáveis. “No mundo de onde venho, não se fala em investir, certo? Não temos o luxo de poder investir, parece algo tão elegante”, ressaltou Meghan. “Meu marido me diz há anos: 'Você não gostaria que existisse um lugar alinhado com nossos valores onde pudéssemos investir nosso dinheiro?'", comentou, explicando que amigos comentaram com o casal sobre a Ethic.

A rainha Elizabeth II respondeu nesta terça-feira (9) às explosivas alegações de racismo feitas por seu neto, o príncipe Harry, e a esposa dele, Meghan, expressando profunda preocupação e compadecendo-se de seus problemas com a vida na realeza.

"A família inteira está triste ao saber o quanto os últimos anos foram desafiadores para Harry e Meghan", afirmou a soberana em um comunicado.

"As questões levantadas, principalmente as que dizem respeito à raça, são preocupantes. Embora algumas lembranças possam variar, elas são levadas muito a sério e serão tratadas pela família em particular", acrescentou.

"Harry, Meghan e Archie sempre serão membros muito queridos da família", destacou a rainha na nota.

O Palácio de Buckingham está sob crescente pressão para responder às afirmações feitas em uma entrevista do casal a Oprah Winfrey, transmitida pela primeira vez no último domingo, e que gerou uma crise não vivenciada desde a época da mãe de Harry, Diana, na década de 1990.

As declarações desencadearam um turbilhão de especulações sobre a identidade do membro da família real que teria questionado o quão escura seria a pele do filho do casal antes dele nascer.

Meghan, filha de mãe negra e pai branco, também abordou o fato de que teve pensamentos suicidas, mas não recebeu qualquer apoio durante o período em que viveu com a família real.

Winfrey ficou boquiaberta com a alegação de racismo, que supostamente deixou o palácio em alvoroço e analisando a melhor maneira de lidar com a situação.

O príncipe Charles, pai de Harry e herdeiro do trono, antes ignorou uma pergunta sobre o que teria achado da entrevista, ao fazer sua primeira aparição pública desde o início da crise.

Em pesquisa realizada pelo YouGov com 4.656 pessoas depois da entrevista transmitida na televisão britânica na segunda-feira mostrou que quase um terço dos espectadores (32%) sentiu que o casal foi tratado injustamente, na mesma proporção daqueles que pensaram o contrário.

Mas as pessoas mais velhas foram mais propensas a ficar do lado da família real, sugeriu a pesquisa.

A polêmica arrastou outras figuras públicas conhecidas no Reino Unido, como o apresentador de televisão Piers Morgan, que teve que deixar seu programa matinal na ITV após criticar duramente Meghan Markle.

Morgan, que conhece a duquesa de Sussex desde o tempo em que ela era atriz, declarou ao vivo que não achou que Markle estava falando sério quando mencionou o suicídio em sua entrevista, o que gerou uma avalanche de protestos dos telespectadores.

- 'Bombardeando sua família' -

As afirmações de Harry e Meghan foram comparadas a uma bomba jogada sobre a família mais famosa do Reino Unido e uma das instituições mais reverenciadas do país.

Têm sido feitas tentativas para um comentário do primeiro-ministro Boris Johnson, tendo sido ele próprio acusado de racismo durante a sua época como colunista de jornal.

Porém ele se recusou a fazer comentários, mesmo em um momento em que os apelos políticos aumentavam para que houvesse uma investigação completa, e após a Casa Branca e a ex-secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, terem se manifestado.

No entanto, Zac Goldsmith, político aliado próximo de Johnson, afirmou que o ex-capitão do Exército Harry estava "bombardeando sua família".

O porta-voz de Johnson se recusou a dizer se Goldsmith estava falando em nome do governo.

Esse nível de crise sobre a realeza não é visto desde os anos 1990, durante o colapso público do casamento dos pais de Harry.

Sua mãe, a princesa Diana, colaborou com o autor Andrew Morton em uma biografia reveladora, de 1992, e deu uma entrevista bombástica para a BBC em 1995.

Nela, Diana contou que tanto ela quanto o príncipe Charles foram infiéis, sobre ele ser inadequado para ser rei e como ela se sentia isolada, lutando contra a automutilação e a bulimia.

Morton disse que as afirmações de Harry e Meghan "estremeceriam através das gerações da mesma forma que Diana".

Por sua vez, o pai de Meghan, Thomas Markle, defendeu a realeza, dizendo que esperava que o comentário sobre o tom de pele tivesse sido "apenas uma pergunta idiota".

"Pode ser simples assim, pode ser que alguém tenha feito uma pergunta estúpida, em vez de ser um racista total", argumentou ele à ITV britânica.

- Milhões de visualizações -

Pouco mais de 17 milhões de telespectadores assistiram à entrevista de duas horas de Oprah com Harry e Meghan na emissora americana CBS na noite do último domingo.

Mais de 11 milhões de pessoas sintonizaram para assisti-la na íntegra na ITV no Reino Unido, anunciou o canal.

O casal deixou a vida real para trás no ano passado e agora mora na Califórnia com seu filho, Archie, enquanto espera a chegada de uma filha.

Harry, de 36 anos, admitiu que a morte de sua mãe em Paris em 1997 - em um acidente de carro em alta velocidade enquanto tentava fugir de paparazzi - afetou sua saúde mental e alterou sua visão da mídia.

Ele e Meghan, de 39 anos, acusaram jornais de estereotipagem racial, criticando particularmente a cobertura sobre a cunhada de Harry, Kate, que é branca.

Mas seus comentários sobre as sufocantes obrigações da vida real e reivindicações por atitudes inabaláveis têm consequências mais amplas para a própria monarquia - e o que ela representa.

Os protestos do movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam) no ano passado geraram pedidos de uma reavaliação do legado do Império Britânico liderado pela rainha e seus ancestrais.

- Impacto global? -

Nem a rainha, agora com 94 anos, nem seu marido, o príncipe Philip, de 99, fizeram o comentário racista, informou Winfrey à CBS.

Mas ainda pode ser prejudicial para eles, já que a monarca é a chefe da Commonwealth, um grupo que compreende 54 ex-colônias britânicas, muitas delas na África, e 2,4 bilhões de pessoas.

A imigração em massa transformou o Reino Unido desde que a rainha subiu ao trono em 1952, com um número crescente de pessoas que se definem como britânicos-asiáticos, negros-britânicos ou mestiços.

O historiador David Olusoga escreveu no The Guardian que as afirmações de Harry e Meghan eram "não apenas uma crise para a família real - mas para o próprio Reino Unido".

O próprio Harry usou um insulto racista contra um ex-colega militar e uma vez foi fotografado vestindo um uniforme de soldado nazista em uma festa à fantasia.

No entanto, ele afirma que o encontro com Meghan o fez enfrentar a questão, e agora defende projetos para combater o racismo.

O casamento da americana divorciada e mestiça Meghan Markle com o príncipe Harry despertou em 2018 a esperança de uma modernização da monarquia britânica. Mas as acusações de racismo, que a rainha Elizabeth II prometeu levar a sério, enfureceram muitos membros da comunidade negra britânica.

Confira a seguir alguns depoimentos colhidos pela AFP em Brixton, bairro popular do sul de Londres onde muitos entrevistados preferiram não se identificar com o nome completo.

- David Perry -

"Disse ao meu filho: você sabe que a monarquia, os reis e rainhas desses países discriminaram durante séculos, saquearam outros países, colonizaram".

"Não disfarcemos o fato de que (o racismo) nunca poderá ser totalmente erradicado e quem pensar isso, tanto esta monarquia quanto na sociedade, é um bobo".

"O que faz é lançar luz ao que acontece no mundo. E este ano tem sido um ano traumático".

"Tudo veio à tona (...) Vejam Trump, vejam o Brexit, tudo o que as pessoas pensavam que estava sob a superfície, mas que na verdade continuava ali, agora está exposto".

- "Rroutes" -

"Continuo sendo eu mesma uma mestiça, tenho observado Meghan desde o começo, assim como a maioria dos membros da nossa comunidade: negros, brancos e indiferentes".

"Assim, não fiquei totalmente surpresa com a entrevista, fico feliz de que a verdade tenha vindo à tona e acho que demorou tempo demais".

- "Ras" -

"Esta acusação não vem de uma pessoa de fora. O que é muito interessante é que esta acusação, ao contrário, vem de um deles".

"Do meu ponto de vista, não estão me dizendo nada que já não saiba. Porque tenho visto estas coisas durante muito tempo. O colonialismo é racismo".

- Mercy -

"Nasci aqui e a Inglaterra é um país institucionalmente racista, queiram ou não aceitá-lo ou admiti-lo. Ou talvez seja preciso ser de uma determinada raça para ver o racismo, não sei".

"Mas acho que é muito triste que apareça assim. (Meghan) é mestiça, é uma mulher negra... Se não foi um problema para ele se casar com ela, por que sua descendência seria?".

O príncipe Harry e sua mulher, Meghan Markle, completaram sua cisão da família real britânica na sexta-feira, 19, após informarem à rainha Elizabeth II que não serão mais membros ativos da monarquia, informou o Palácio de Buckingham.

Com a decisão, o príncipe Harry foi destituído de seus títulos militares honorários e nomeações, informou a Casa Real, consolidando a profunda divisão que se abriu entre o príncipe e a família quando ele e sua mulher, Meghan, anunciaram que queriam se afastar de suas funções oficiais.

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Meghan também desistirá de suas nomeações, disse o palácio em um comunicado, acrescentando que a rainha Elizabeth dividirá os títulos e nomeações entre outros membros da família. A decisão foi anunciada após conversas entre Harry, que agora mora na Califórnia, e sua avó, a rainha.

"Ao se afastar do trabalho da família real", disse o palácio sobre Harry e Meghan, "não é possível continuar com as responsabilidades e deveres que vêm com uma vida de serviço público".

"Embora todos estejam tristes com a decisão deles, o duque e a duquesa continuam sendo membros muito amados da família", diz o comunicado.

Por meio de um porta-voz, Harry e Meghan disseram que continuarão comprometidos com o serviço. "Todos nós podemos viver uma vida de serviço. O serviço é universal", disse o porta-voz. "O duque e a duquesa de Sussex continuam comprometidos com seus deveres e serviços ao Reino Unido e ao redor do mundo, e têm oferecido seu apoio contínuo às organizações que representam, independentemente de seu papel oficial."

Sob um acordo negociado pela rainha no ano passado, o casal se livrou dos deveres reais, mas teve de concordar em não usar a palavra "real" em sua marca. A rainha permitiu que o casal mantivesse os títulos de duque e duquesa de Sussex, um de seus últimos privilégios reais.

O acordo, que foi firmado em janeiro de 2020 na propriedade da rainha, permitia uma revisão depois de um ano - uma cláusula que alguns membros da família esperavam que permitisse ao casal repensar sua decisão de partir, de acordo com pessoas ligadas ao Palácio.

Para Harry, desistir de seus títulos militares será doloroso, disseram pessoas próximas da família real. Ele serviu como piloto de helicóptero no Afeganistão e reverencia seus laços com os militares. Mas a rainha nunca demonstrou intenção de aceitar o acordo "meio dentro, meio fora" que Harry e Meghan propuseram no ano passado.

A decisão do casal de deixar a família real e buscar uma nova vida do outro lado do Atlântico foi um dos maiores acontecimentos reais em décadas.

Harry e Meghan pretendem quebrar o silêncio sobre a separação com a família real em uma entrevista com Oprah Winfrey, que será feita no próximo mês.

No domingo, eles anunciaram que estavam esperando seu segundo filho. Foi uma boa notícia para o casal após Meghan ter sofrido um aborto espontâneo em julho passado, sobre o qual ela escreveu para o jornal The New York Times. (Com agências internacionais)

Meghan Markel está grávida de seu segundo filho com o príncipe Harry da Inglaterra, anunciou o porta-voz do casal à mídia britânica na noite deste domingo (14).

"Podemos confirmar que Archie", o primeiro filho do duque e da duquesa, "será irmão mais velho", disse o porta-voz do casal, que deixou seus deveres reais em março do ano passado. "O duque e a duquesa de Sussex estão muito felizes em esperar seu segundo filho", acrescentou.

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Meghan revelou que sofreu um aborto espontâneo em julho passado, em uma coluna de novembro no The New York Times.

O casal postou uma foto em preto e branco mostrando-os sorrindo ao pé de uma árvore. Meghan, 39, está com a mão na barriga.

A notícia chega poucos dias depois de Meghan ganhar um processo contra um tabloide britânico, que ela denunciou por invasão de privacidade depois de publicar uma carta endereçada a seu pai. As ações judiciais foram contra o grupo Associated Newspapers, editor do jornal Daily Mail, sua versão de domingo Mail on Sunday e o site Mail Online.

O príncipe Henry, 36, sexto na ordem de sucessão à coroa britânica, denunciou repetidamente a pressão da mídia sobre a esposa.

Henry e Meghan citaram essa pressão como o principal motivo para sua chocante saída da família real, anunciada em janeiro de 2020.

Desde que o casal abandonou suas obrigações como parte da família real e se mudou para a Califórnia, eles assinaram contratos com plataformas de conteúdo como a Netflix.

Após terem assinado um importante contrato com a Netflix recentemente, o príncipe Harry e sua esposa, Meghan, se associaram por vários anos com o Spotify para produzir um podcast denominado "Archewell Audio", anunciou a plataforma nesta terça-feira (15).

A primeira edição do podcast, um "especial de férias", previsto para as próximas semanas, promete "histórias de esperança e compaixão" com "convidados inspiradores para comemorar o Ano Novo", anunciou a gigante sueca de música online, que não informou o montante do contrato firmado com o casal britânico.

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Embora Harry e Meghan agora morem na Califórnia, "o poder de suas vozes reside em sua condição de cidadãos globais", disse a diretora de conteúdo, Dawn Ostroff, em um comunicado, explicando que vão tentar ouvir "as vozes menos representadas".

"O que gostamos dos podcasts é que nos lembram de tomarmos um momento para ouvir realmente, para nos conectarmos uns com os outros sem distrações", afirmaram os duques de Sussex.

"Com os desafios de 2020, isto nunca foi tão importante porque quando nos ouvimos e ouvimos as histórias dos demais, nos lembramos do quão interconectados estamos", acrescentaram.

Harry, de 36 anos, neto da rainha Elizabeth II, e Meghan, uma ex-atriz americana, de 39, deixaram oficialmente seus papéis como membros da realiza britânica em abril, após terem expressado seu desejo de independência.

O casal já tinha assinado em setembro um contrato multimilionário com a plataforma de audiovisual Netflix para produzir filmes, inclusive uma série documental sobre a natureza e uma série animada sobre mulheres com destinos notáveis.

Após seu rompimento com a família real, seus críticos os acusaram de tentar capitalizar sua fama. O casal insistiu no desejo de trabalhar em causas humanitárias, em particular através de sua nova fundação, Archewell, nome inspirado em seu filho, Archie.

A mulher do príncipe Harry, Meghan, considera ter sido deixada "indefesa" pela família Real, que a "proibiu de se defender", ao ser atacada pelos tabloides britânicos durante sua gravidez - apontam documentos legais citados pela imprensa local nesta quinta-feira (2).

Esses documentos foram apresentados à Alta Corte de Londres no âmbito do processo movido por Meghan Markle, de 38 anos, duquesa de Sussex, contra o MailOnline (site do jornal britânico "Daily Mail"), contra sua versão dominical "Mail on Sunday" e contra a empresa proprietária de ambos, a Associated Newspapers.

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Meghan acusa o jornal de violação de privacidade e reivindica direito de proteção de dados e de copyright, após a publicação de trechos de uma carta dirigida a seu pai, Thoms Markle, em agosto de 2018.

Ela acusa o veículo de "agir de forma desonesta", modificando a carta.

Parte da acusação da duquesa foi desconsiderada pela Justiça no início de maio.

O grupo de mídia rejeita as acusações e mantém que a publicação era de interesse público e se deu com base na liberdade de expressão.

Citados pela rede BBC e pela agência de notícias Press Association, os documentos fazem referência a uma entrevista, sob anonimato, dada por cinco amigos de Meghan Markle à revista americana especializada em celebridades "People", em fevereiro de 2019, na qual denunciavam os ataques contra ela.

Segundo os mesmos documentos judiciais, Meghan não estava envolvida na entrevista.

Meghan Markle "se transformou em objeto de um grande número de matérias falsas e prejudiciais nos tabloides britânicos, particularmente o acusado, que lhe causaram uma imensa angústia emocional e alteraram sua saúde mental", acrescentam os papéis.

"Seus amigos nunca a viram assim antes e se preocupavam, com razão, com seu bem-estar, particularmente por estar grávida", completa o texto.

A "instituição" da monarquia fracassou em protegê-la das acusações, e ela foi "proibida de se defender", ainda segundo a mesma fonte.

Os documentos indicam também que o casamento supermidiatizado, em maio de 2018, de Meghan com o príncipe Harry, de 35 anos, neto da rainha Elizabeth II, contribuiu para gerar mais de 1 bilhão de libras (em torno de US$ 1,3 bilhão) em receita de turismo.

Hoje instalado na Califórnia junto com a esposa e com seu filho, Archie, o príncipe denunciou várias vezes a pressão impiedosa da imprensa sobre o casal.

Esta foi, segundo ambos, a razão principal de sua decisão de abandonarem suas funções como membros da realeza britânica. O anúncio foi feito em janeiro passado e se tornou efetivo no início de abril.

O príncipe Harry, da Inglaterra, e sua mulher, Meghan Markle, puseram em uma lista negra quatro grandes tabloides do Reino Unido, os quais acusam de terem publicado histórias "tendenciosas, falsas e invasivas muito além do razoável".

Em uma dura carta dirigida aos editores do The Sun, Daily Mail, Mirror e Express, o casal anunciou que não haverá, da parte deles, "nenhuma colaboração" com estes veículos, informa o jornal The Guardian nesta segunda-feira (20).

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"Com esta política, não se trata de evitar as críticas, nem de calar o debate público, ou censurar informações fielmente contrastadas", afirmam, de acordo com a carta, compartilhada no Twitter pelo especialista em mídia do Financial Times, Mark Di Stefano.

O neto da rainha Elizabeth II e sua esposa disseram não querer serem usados como "uma moeda em uma economia de 'clickbait' e distorção".

"O duque e a duquesa de Sussex viram as vidas de pessoas próximas - assim como de completos estranhos - totalmente destruídas apenas para que fofocas obscenas aumentassem a receita publicitária", diz um trecho publicado pelo The Guardian.

O jornal descreve a carta como um "ataque sem precedentes a uma grande parte da imprensa".

O casal ressalta que sua decisão não se refere a todos os veículos e que continuará trabalhando com os jornalistas.

Harry, de 35 anos, sexto na ordem de sucessão ao trono, e Meghan, de 38, anunciaram em janeiro passado seu desejo de se afastarem dos deveres reais e serem financeiramente independentes.

Sua saída - apelida de "Megxit" pela imprensa britânica - foi precedida de informações, segundo as quais Meghan não era feliz com a vida na realeza, e ambos se queixaram da invasão dos jornais.

Após uma breve passagem pelo Canadá, Harry e Meghan se instalaram na Califórnia no mês passado.

O príncipe Harry, da Grã-Bretanha, e sua esposa Meghan distribuíram refeições para pessoas doentes em Los Angeles, em sua primeira atividade pública desde que se mudaram para a Califórnia, no início do bloqueio de coronavírus no estado americano.

O casal, que deixou formalmente o cargo de membro sênior da família real britânica, foi voluntário no Project Angel Food no último domingo (12), entregando comida nas casas dos necessitados.

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"Eles estavam aqui no domingo de Páscoa e depois nos surpreenderam na quarta-feira", disse a gerente de comunicações Anne-Marie Williams. "Eles entregaram a 20 de nossos clientes e alegraram seus mundos".

Um comunicado da organização sem fins lucrativos indicou que o casal "continuou silenciosamente entregando refeições para aliviar nossos motoristas sobrecarregados de trabalho", que enfrentam um aumento na carga de trabalho desde o início do bloqueio do coronavírus no mês passado.

O casal se mudou para a Califórnia no mês passado, depois de anunciar em janeiro que pretendia deixar a vida real e "trabalhar para se tornar financeiramente independente". Eles não revelaram onde estão morando, mas há relatos que estariam vivendo em Malibu.

Na semana passada foi divulgado que eles planejam lançar uma organização sem fins lucrativos nos Estados Unidos chamada Archewell. A instituição incluirá grupos de apoio emocional, um centro educacional multimídia e um site sobre bem-estar.

Em entrevista ao Daily Telegraph disseram que queriam "fazer algo significativo, fazer algo importante", mas atrasaram a divulgação de todos os detalhes por causa da pandemia de coronavírus e farão um anúncio "quando for a hora certa".

A organização sem fins lucrativos Project Angel Food, de Los Angeles, que entrega alimentos sob medida médica para pessoas com doenças crônicas, parece ser a primeira instituição de caridade apoiada publicamente pelo casal desde sua mudança.

O príncipe Harry, da Inglaterra, e sua esposa, Meghan, encerram oficialmente nesta terça-feira (31) seus deveres como membros da realeza britânica, apesar de já terem iniciado uma controversa nova vida nos Estados Unidos em meio à pandemia de coronavírus.

O presidente Donald Trump foi rápido em enfatizar que não pretende financiar sua proteção. E o jornal britânico The Times denunciou em um editorial a indiferença do casal à crise que os britânicos vivem pela COVID-19.

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Harry, de 35 anos, sexto na linha de sucessão, e Meghan, 38, deixarão de ser membros ativos da família real na quarta-feira, menos de três meses depois de abalarem os pilares da instituição, anunciando que desejavam abandonar suas obrigações.

A partir de agora, não poderão mais usar o título de alteza real, nem representar a rainha oficialmente.

Depois de um tempo no Canadá, o casal se mudou na semana passada para a Califórnia, onde a atriz americana mantém contatos e onde vive sua mãe, Doria.

Segundo o jornal The Sun, o casal correu para se refugiar em Los Angeles antes do fechamento das fronteiras entre o Canadá e os Estados Unidos.

Na segunda-feira, os duques de Sussex disseram no Instagram que estavam se esforçando para "contribuir da melhor maneira" para a luta contra a pandemia.

"Talvez vocês não nos vejam mais aqui, mas nossas atividades continuam", disseram eles, anunciando que parariam de usar a conta oficial @sussexroyal, seguida por 11 milhões de internautas.

O Times criticou essa pressa, afirmando que "escolheram esse momento para mostrar sua riqueza e a liberdade que esta pode comprar". Já a escritora especializada na família real britânica Penny Junor considerou que eles podem contribuir para o desapego dos britânicos.

Agora, caberá à rainha Elizabeth II, a seu filho Charles e a seu neto William liderar o país nesses tempos difíceis, diz Junor.

"É um grande estímulo ter uma mensagem da rainha, ou de William, e ver seus filhos aplaudindo os trabalhadores da saúde. É importante", afirma.

"É exatamente disso que se trata a família real, e aqueles membros que se colocam à margem serão bastante irrelevantes", acrescenta.

Penny Junor lembrou que o príncipe Charles, de 71, experimentou ele mesmo a crise, ao testar positivo para a COVID-19 e permanecer em quarentena, encerrada na segunda-feira de acordo com o Palácio.

"Hipocrisia"

O príncipe Harry denunciou em muitas ocasiões a pressão implacável da mídia sobre o casal, assim com sua mãe, a princesa Diana, que morreu em um acidente de carro em 1997 enquanto era perseguida por paparazzi.

Esse foi o principal argumento usado para justificar sua retirada, afirmando que ele e Meghan queriam uma vida tranquila com seu filho, Archie. O pequeno comemora seu primeiro aniversário em maio.

Seu casamento em 2018 despertou uma certa esperança de modernização da monarquia com a chegada de Meghan: divorciada, afro-americana e atriz.

Agora, sua mudança para Los Angeles, coração da indústria do cinema e do entretenimento, reforça as críticas. Longe de se afastarem da mídia, "escolheram se estabelecer em Hollywood e plantar as bases para suas novas carreiras lucrativas, não muito longe dos projetores, mas sim no meio deles", observou o Times.

Na semana passada, a Disney anunciou que a duquesa de Sussex emprestou sua voz para um documentário dedicado à vida de uma família de elefantes africanos, com lançamento previsto para 3 de abril.

Como não recebem mais dinheiro público, os dois são livres para assinarem contratos comerciais e tirar proveito de sua fama.

Embora Meghan tenha dado sua voz em troca de uma doação para uma associação para a proteção dos elefantes, a imprensa britânica não hesitou em criticar este primeiro trabalho e denunciou a "hipocrisia" do casal que, segundo o Times, "tira proveito do status real" sem assumir as obrigações que o acompanham.

Outra questão que causou polêmica foram suas despesas de segurança.

"Os Estados Unidos não pagarão por sua proteção", tuitou Trump, "eles devem pagar!". Um problema que já gerou desconforto durante sua estada no Canadá.

Desta vez, Harry e Meghan garantiram que "organizaram sistemas de segurança financiados por meios privados", segundo seu porta-voz.

E, se o sonho americano não corresponder às expectativas, talvez o casal possa voltar à sua vida anterior, pois o acordo alcançado com a família real será revisto em um ano.

O presidente Donald Trump declarou, no domingo (29), que os Estados Unidos não vão pagar pela segurança do príncipe Harry e de sua mulher, Meghan, parecendo confirmar a mudança do casal para a Califórnia.

Segundo a imprensa local, Harry e Meghan voaram em um avião privado do Canadá para Los Angeles antes do fechamento da fronteira entre os dois países, devido à pandemia de coronavírus.

O casal, que morou vários meses no Canadá, abalou a família real no início deste ano com sua decisão de não representar mais a monarquia britânica e de seguir uma vida nova e independente.

"Sou um grande amigo e admirador da rainha e do Reino Unido", tuitou Trump.

"Foi informado que Harry e Meghan, que abandonaram o Reino, residiriam de forma permanente no Canadá. Agora foram do Canadá para os Estados Unidos, mas os Estados Unidos não pagarão por sua segurança. Eles devem pagar!", escreveu o presidente.

Mais tarde, um porta-voz do casal publicou um comunicado, afirmando que eles não têm a intenção de pedir ajuda de Washington, relatou a imprensa americana.

"Foram feitos acertos de segurança com recursos privados", diz a declaração, segundo o jornal "The Washington Post".

Meghan cresceu em Los Angeles, e sua mãe, Doria Ragland, ainda mora na cidade. Lá, a atriz conta com uma rede de amigos e de contatos de trabalho, que lhe permitiriam retomar sua carreira.

Na última quinta-feira, a Disney anunciou que Meghan será narradora em um novo filme sobre uma família de elefantes africanos.

O duque e a duquesa de Sussex ficarão formalmente à margem de seus deveres reais a partir de 31 de março.

O príncipe Harry, neto da rainha Elizabeth II, e sua esposa Meghan, que em abril abandonarão oficialmente suas funções como membros da realeza britânica, se mudaram do Canadá para a Califórnia, informa o jornal The Sun.

No momento em que Canadá e Estados Unidos se preparavam na semana passada para fechar a fronteira comum, com o objetivo de combater a propagação do novo coronavírus, o casal embarcou em um avião particular com destino a Los Angeles, afirma o tabloide sensacionalista britânico.

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"Harry e Meghan deixaram o Canadá para sempre", afirmou ao The Sun uma fonte próxima ao casal. "As fronteiras fecharam e os aviões pararam de voar, eles tinham que partir", completou. A fonte, no entanto, revelou que "a mudança havia sido planejada há muito tempo".

Meghan, uma ex-atriz americana, nasceu na Califórnia e tem muitos amigos na região, onde mora sua mãe. Na quinta-feira (26), o estúdio Disney anunciou que a duquesa de Sussex é a narradora de um filme sobre a vida de uma família de elefantes africanos. O documentário estreará em 3 de abril, três dias depois do casal abandonar oficialmente as funções como membros da realeza.

O Palácio de Buckingham não comentou a informação do jornal The Sun. A família real britânica tem expressado solidariedade com os trabalhadores da área da saúde que lutam no país contra a pandemia de coronavírus.

O pai de Harry, o príncipe Charles, 71 anos, que contraiu a doença "mas está bem", segundo seu porta-voz, apareceu na quinta-feira no momento em que os compatriotas seguem até as janelas para aplaudir os profissionais da saúde pública.

O palácio publicou um vídeo no Instagram que mostra o herdeiro do trono aplaudindo médicos e enfermeiros no castelo de Balmoral, na Escócia.

O príncipe de Gales aparece de pé, enquanto sua esposa Camilla, que não está infectada pela Covid-19 e aparece a uma distância segura por precaução, aplaude de uma janela.

Os filhos do príncipe William - segundo na linha de sucessão -, George, Charlotte e Louis, também foram filmados aplaudindo e o vídeo foi publicado por seus pais no Instagram.

O príncipe Harry e sua esposa Meghan fazem, nesta segunda-feira (9), sua última aparição oficial como membros da realeza britânica, acompanhando a rainha Elizabeth II em um evento em Londres.

O duque e a duquesa de Sussex vão se juntar a outros membros da família real, incluindo o pai e o irmão mais velho de Harry, Charles e William, para uma missa por ocasião do Dia da Commonwealth na Abadia de Westminster.

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A rainha, de 93 anos, fará um discurso, no qual pedirá aos 54 países da organização que "prosperem ao mesmo tempo que protegem o planeta".

Após o evento, Harry, de 35 anos e sexto na linha de sucessão ao trono, retornará com sua esposa ao Canadá, membro da Commonwealth.

No final de março, o casal deixará de representar a rainha e começará uma nova vida financeiramente independente com seu filho Archie, de 10 meses.

Harry e Meghan, de 38 anos, sacudiram a monarquia britânica em janeiro, quando anunciaram que abandonariam suas obrigações oficiais como membros da família real.

Ambos manifestaram sua dificuldade em suportar a enorme pressão da imprensa britânica sobre a realeza.

Harry acusou os tabloides de assediar Meghan e denunciou comentários racistas contra a ex-atriz americana.

A princípio, sua decisão provocou indignação e consternação entre os partidários da realeza britânica.

Mas o casal foi calorosamente recebido em sua última rodada de compromissos oficiais no Reino Unido na semana passada.

Harry e Meghan foram recebidos com aplausos no início do show de uma banda militar no Royal Albert Hall, em Londres, no sábado. E a duquesa de Sussex provocou furor entre os estudantes de Dagenham, leste de Londres, quando fez uma visita inesperada à sua escola na sexta-feira.

Em uma visita para comemorar o Dia Internacional da Mulher, Meghan prestou homenagem às mulheres cuja greve na fábrica da Ford Motor em 1968 ajudou a pavimentar o caminho para a lei de igualdade salarial de 1970.

Harry é o filho mais novo do herdeiro do trono, mas a partir do final deste mês ele e sua esposa deixarão de usar o título de Altezas Reais e de coletar fundos públicos, exceto para sua segurança.

O príncipe, que serviu duas vezes como soldado no Afeganistão, também teve que abandonar seus deveres oficiais no exército.

No entanto, o casal manterá seus patrocínios privados. Assim, Meghan foi ao Teatro Nacional de Londres na quinta-feira para promover uma exposição.

O Canadá vai deixar de pagar a segurança do príncipe Harry e sua esposa, Meghan, a partir de março, informou nesta quinta-feira (27) o gabinete do Ministro da Segurança, Bill Blair.

Desde novembro, o duque e a duquesa de Sussex viveram parte do tempo em uma mansão ao lado do mar na província da Columbia Britânica, no oeste do país. No mês passado, ambos provocaram comoção ao deixar suas funções na família real britânica.

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A real polícia montada do Canadá assumiu a segurança do casal no país, sob a convenção internacional de pessoas protegidas. Mas isso terminará nas "próximas semanas, de acordo com a mudança do seu status", informou em um comunicado.

Os canadenses receberam com agrado os duques. Os simpatizantes locais da monarquia consultados pela AFP estão entusiasmados, enquanto empresas de turismo acompanham com atenção as perspectivas do crescimento da atenção mundial em torno do casal.

No entanto, uma pesquisa recente revelou que 77% dos contribuintes canadenses não estão dispostos a pagar seus gastos de segurança.

O príncipe Harry e sua mulher Meghan deixarão de utilizar a denominação "real" nos próximos meses, disse um porta-voz do casal nesta sexta-feira (21), depois de terem aberto mão das suas funções reais em março.

"Levando em consideração as regras específicas do governo britânico sobre o uso da palavra 'real', entrou-se em acordo que sua organização de caridade, quando for anunciada na primavera, não será chamada de Fundação Sussex Royal", informou.

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O casal já não podia usar o título de "alteza real".

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