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Na manhã desta terça-feira (27), o ministro das Cidades, Bruno Araújo, e o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, assinaram a autorização para o início das obras da segunda etapa da Via Metropolitana Norte. O investimento do governo federal é de R$ 22,9 milhões e compreende a construção de um viaduto sobre a PE-15 e a implantação de 1,4 quilômetros de extensão das vias marginais ao Canal do Fragoso, em Olinda. O prazo para conclusão deste trecho da obra é de 12 meses. 

Apontado por moradores do bairro de Jardim Atlântico e Jardim Fragoso, em Olinda, como responsável por grandes enchentes, o projeto da Via Metropolitana Norte só deve ser concluído por completo em dezembro de 2018. De acordo com a Secretaria de Habitação do Estado, o novo sistema viário está sendo executado em duas etapas, sendo a primeira denominada Fragoso II, com 60% de execução já concluída. A entrega desta fase está prevista para dezembro de 2017. 

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Já a segunda parte da obra, denominada Via Metropolitana Norte, foi dividida em dois trechos e a verba federal liberada nesta terça é referente apenas à primeira fase. O Ministério das Cidades não informou quando o próximo recurso será disponibilizado. Segundo Bruno Araújo, nesse momento, o contrato com a gestão estadual é para parte da obra apenas. "Sabemos que é uma construção fundamental para aumentar a qualidade de vida dos moradores de Olinda e a tendência é a parceria continuar nos próximos anos", contou.

Em maio deste ano, moradores da região onde parte do Canal do Fragoso foi alargado foram vítimas de uma das maiores enchentes do município de Olinda nos últimos anos. Na época, eles se reuniram para cobrar uma atitude do poder público alegando que não foi feito o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental, conhecido como EIA/RIMA, no local por onde a obra passaria. O projeto é considerado pelo atual prefeito de Olinda, Renildo Calheiros, como a principal solução para os problemas de alagamento e de mobilidade do município.

Apesar de enxergar a liberação da verba com esperança, Alexandre Miranda, um dos membros da comissão dos moradores da região afetada pelas cheias, reclama da falta de diálogo do governo de Pernambuco e da Prefeitura de Olinda com os moradores dos bairros afetados pela obra. "Nós queremos saber quando quando todos os problemas do canal alargado serão resolvidos. Não adianta fazer uma parte da obra e o resto ficar faltando. Quando o fluxo de água das chuvas chegar no inverno, vai alagar tudo de novo e prejudicar muitas famílias", lamentou. 

Morador da região há mais de 35 anos, Alexandre conta que quando chove, mesmo pouco, os moradores se reúnem em grupos de WhatsApp para checar se todos estão bem. "É um pânico, quem viveu a enchente em maio deste ano, sabe o quão assustador é perder praticamente tudo e não ter respostas oficiais de futuras soluções", explicou. Para ele, há uma ligação direta entra a demora para conclusão da obra e a potencialização dos danos da chuva. 

Sem plano de ação para o inverno

Presente na cerimônia de assinatura do recurso, o secretário de Habitação de Pernambuco, Marcos Baptista, explicou que não há um plano de ação para o próximo inverno nos bairros mais afetados em Olinda. Ele argumentou que os alagamentos são problemas históricos da região e só devem ter fim com a conlusão total da obra, apenas em dezembro de 2018. "A construção não é causadora, nem potencializadora das enchentes", afirmou o secretário.

Para amenizar problema, o secretário conta que foi criado um grupo de discussão com a comunidade, sobretudo no período de inverno, para atuar em questões emergenciais. "Do ponto de vista da rotina, a ideia é o municipio realizar a limpeza do canal no trecho que ainda não trabalhamos", disse. Bapstista averiguou o cenário do alagamento em maio como um "detalhe" por causa do alto volume de chuvas no município naquele período. "Se metade da obra resolvesse o problema, já estaria solucionado". 

Em nove de setembro de 2013, o Governo e a Prefeitura de Olinda deram o pontapé inicial e assinaram a ordem de serviço da Via Metropolitana Norte. Com prazo de 30 meses para execução da obra, a construção deveria ficar pronta em março de 2016. Apesar dos atrasos e de muitas complicações estruturais, Paulo Câmara garantiu que o calendário da Via para 2017 não será afetado. "Já temos o contrato assinado e a garantia da verba do Ministério das Cidades, além de já termos nos planejados enquanto governo estadual", concluiu.

Apontada por moradores do bairro de Jardim Atlântico e Jardim Fragoso, em Olinda, como responsável por grandes enchentes, o projeto da Via Metropolitana Norte terá recurso financeiro liberado. O ministro das Cidades, Bruno Araújo, vai assinar, nesta terça-feira (27), a autorização para o início de obras da 2ª etapa da via que vai integrar as rodovias PE-15 e PE-01, entre os municípios pernambucanos de Olinda e Recife. Operação terá recursos de R$ 22,9 milhões do governo federal.

Em maio deste ano, moradores da região onde parte do Rio Fragoso foi alargado foram vítimas de uma das maiores enchentes do município de Olinda nos últimos anos. Na época, eles se reuniram para cobrar uma atitude do poder público alegando que não foi feito o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental, conhecido como EIA/RIMA, no local por onde a obra passaria. 

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A obra prevê a construção de um viaduto sobre o Terminal da rodovia PE-15, que fará ligação com a II Perimetral, e a implantação de 1,4 quilômetros de extensão de vias marginais ao canal do Fragoso, do seu trecho já alargado. A cerimônia para assinatura do projeto será realizada no Palácio do Campo das Princesas, às 11h.

Há pouco mais de três anos, em nove de setembro de 2013, o Governo e a Prefeitura de Olinda deram o pontapé inicial e assinaram a ordem de serviço da Via Metropolitana Norte. O projeto integra um contrato firmado com o governo do estado que envolve duas fases, sendo a primeira executada no Canal do Fragoso, com a construção de 840 unidades habitacionais do Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), bem como alargamento e revestimento de 2,3 km do Fragoso e oito pontes sobre o canal.

De acordo com o Ministério das Cidades, os moradores da região terão uma alternativa para circulação do tráfego oriundo dos bairros de Maria Farinha, Pau Amarelo, Janga, Rio Doce e Jardim Atlântico, em direção aos municípios de Recife e Paulista, sem a utilização da Estrada dos Bultrins e do Largo do Varadouro, que se encontram bastante congestionados. Estima-se que a Via facilitará a vida de pelo menos 70 mil motoristas e usuários de ônibus na região.

Para minimizar os estragos das próximas chuvas, os moradores de Jardim Fragoso, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR), ganharam o Escritório Avançado de Apoio à Comunidade. O bairro de Jardim Fragoso foi um dos mais atingidos com as fortes chuvas de maio, com a provável influência das obras da Via Metropolitana Norte.

Segundo a Secretaria de Habitação de Pernambuco (SecHab), o objetivo do escritório é realizar um conjunto de ações de forma preventiva, envolvendo todos os órgãos competentes. A iniciativa envolve a Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab), Secretaria da Casa Civil de Pernambuco, Coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco e Prefeitura Municipal de Olinda. 

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Entre as ações do Escritório Avançado de Apoio à Comunidade de Jardim Fragoso estão:

- Alertar e acompanhar os índices pluviométricos da localidade durante o período de inverno, que inicia no próximo dia de 20 de junho;

- Reunir, em local a ser definido, representantes das instituições envolvidas para facilitar as ações que serão adotadas pelos órgãos competentes em caso de necessidade;

- Colocar à disposição trabalhadores e máquinas para a limpeza do Canal do Fragoso e realizar demais serviços que facilitem o escoamento das águas;

- Intensificação de acompanhamento por parte do Setor de Monitoramento do Projeto da Via Metropolitana Norte da SecHab, com dados oficiais da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac);

- Colocar em plantão uma equipe técnica da SecHab e dos órgãos envolvidos composta por engenheiros, arquitetos, assistentes sociais e profissionais da empresa responsável pela obra;

- Ouvidoria para dar informações sobre o Projeto da Via Metropolitana. O telefone é o (81) 3182-7574, de segunda a sexta, das 9h às 12h e das 14h às 17, ou pelo email ouvidoria@cehab.pe.gov.br

TCE – O Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE), após inspeção técnica, detectou que obra está sendo realizada da montante (parte onde nasce o rio) para a jusante (parte onde se dirige a corrente de água), ou seja, “na contramão do que rezam as boas práticas de engenharia referentes à execução de obras de macrodrenagem”.

Segundo os técnicos do tribunal, obras dessa natureza devem partir da localização mais próxima ao deságue do curso d’água e não contrário, evitando que o fluxo sofra estrangulamento antes de chegar ao seu destino final. Da forma como o revestimento está sendo feito, os técnicos garantem que haverá barramento do curso d’água em dias de chuva, com transbordamento do canal e alagamentos dos bairros de Jardim Fragoso, Jardim Atlântico e Casa Caiada, em Olinda. 

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Moradores do bairro de Jardim Atlântico e Jardim Fragoso, no município de Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR), reclamam da omissão do poder público em avaliar os danos causados pelo impacto direto das chuvas que caíram sobre a capital pernambucana no último dia 9 de maio. Reunidos, os moradores alertam que, em toda a história da região, essa foi a primeira vez que a enchente provocou graves danos materiais e psicológicos a muitas famílias, chegando a invadir as casas em até dois metros de altura. Para eles, o transtorno tem nome e responsável: a obra da Via Metropolitana Norte, do Governo do Estado de Pernambuco. 

Há pouco menos de três anos, em nove de setembro de 2013, o Governo e a Prefeitura de Olinda deram o pontapé inicial e assinaram a ordem de serviço da Via Metropolitana Norte. Orçada inicialmente em R$ 123 milhões, a obra promete criar duas pistas marginais com 10,5 metros de largura, com três faixas de rolamento cada, uma ciclovia ao longo da pista oeste (com 2,5 metros de largura) e um viaduto sobre a PE-15. Serão 6,1 km ligando a PE-15 e a PE-01, entre os bairros de Rio Doce, em Olinda, e do Janga, em Paulista.  Para tornar o projeto realidade, era preciso que o canal por onde passa o Rio Fragoso fosse alargado em até 45 metros e um total de 2.000 imóveis fossem desapropriados.

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Com prazo de 30 meses para execução da obra desde 2013, a construção em maio de 2016, em um trecho no bairro de Jardim Atlântico, encontra-se inerte. Sem avanços, a Via cede lugar a entulhos de mais de 30 metros de altura que seguem o curso do que restou do Rio Fragoso. Para Alexandre Miranda, morador da região há 35 anos, não houve um estudo sobre os impactos que a obra poderia causar. “A gente acredita que essa intervenção em um rio é a causa do agravamento da enchente. Esse foi o maior alagamento da história desse local. Até a remoção dos sedimentos do rio é feita de forma irregular e às vezes nem é feita”, lamentou. O morador conta que perdeu boa parte dos móveis do quarto do seu filho e sofreu danos irreparáveis que vão além do valor material.

Com um olhar apreensivo, a bióloga Laíz Muniz, moradora do bairro de Jardim Fragoso, onde choveu 225 milímetros no último dia 9, se diz assustada com a chegada do inverno no próximo dia 1 de junho, em que geralmente não há pausa nos dias chuvosos. “Antigamente, a água entrava no terreno da minha casa, mas dessa vez, ela entrou na minha casa, o meu sofá ficou boiando. Com a obra toda irregular, espera-se o pior porque a gente nem chegou no inverno e já estamos nessa situação”, contou.  De acordo com a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), no fatídico dia choveu 185 milímetros, o esperado para 18 dias.

Histórico

Essa não é a primeira vez que a construção da Via é colocada em xeque pela população e pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE). Em abril de 2015, a promotora de Justiça do Meio Ambiente, Patrimônio Histórico, Habitação e Urbanismo de Olinda, Belize Câmara, conseguiu interditar a obra pela falta de um Estudo de Impacto Ambiental na área. Na época, a promotora acusou a Prefeitura de Olinda, o Governo do Estado e a Construtora Ferreira Guedes de irregularidades.  O MPPE explicou que a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) autorizou a intervenção sem que fossem apresentados os laudos ambientais. “A juíza concedeu a liminar, mas o Estado de Pernambuco, a CPRH, a Cehab, o município de Paulista, de Olinda e a Construtora Ferreira Guedes entraram com um recurso e conseguiram voltar com a obra”, afirmou a promotora Belize.

Em entrevista ao Portal LeiaJá, mais de um ano depois de embargar a obra por alguns dias, Belize Câmara explicou que a ação judicial constatava irregularidades na obra pela falta de Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) na área. “Eles acabaram com a vegetação do leito do rio, que freava as enchentes, o alargamento do leito, 2.000 desapropriações, a derrubada de mais de 1.000 árvores, tudo isso sem uma análise”, cravou. Ela diz que a enchente que atingiu os bairros de Jardim Atlântico e Jardim Fragoso não a surpreende.  “É de interesse do poder público realizar as obras sem que a população conteste, por isso eles não procuram diálogo. Se houvesse o mínimo de cuidado com a área, isso não teria acontecido”.

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Impactos

Vanda Ferreira, conhecida na região como Dona Vanda, que também dá nome ao bar de que é proprietária, conta que nunca viu uma enchente tão drástica desde que mora e trabalha nas redondezas. No seu pequeno comércio, as consequências foram grandes. A geladeira, que parou de funcionar depois da enchente, agora dá lugar a maços de cigarros e materiais de venda do seu estabelecimento.  “No dia da cheia caiu muita coisa dentro do bar. Eu saí do bar e fui pra minha casa, mas ela também estava muito alagada, foi muita água”, contou. 

Em nota, a assessoria de comunicação da Secretaria de Habitação de Pernambuco (SecHab) afirmou que possui toda a documentação, estudos e projetos na área ambiental conforme exigidos pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) para a execução do Projeto da Via Metropolitana Norte. O geógrafo e morador Diogo Galvão questiona o fato de o projeto não ser público e de fácil acesso para os moradores que estão sendo diretamente afetados com o trecho da obra. Para a bióloga Laís, não há uma explicação do que vai ser feito para suprir toda a vegetação que foi retirada do local.

De acordo com a CPRH, nem sempre há uma real necessidade de ser realizado o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental, conhecido como EIA/RIMA, mas que outros estudos foram realizados. Em nota, a Agência Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco informou que a obra da Via Metropolitana Norte foi licenciada após estudos de impactos ambientais que analisaram a documentação fornecida pelo empreendedor, cumprindo assim todos os ritos legais. Para a promotora Belize, há uma motivação clara para a negação de realizar o EIA/RIMA na área da Via Metropolitana Norte.

“Nesse estudo, é preciso que haja uma audiência pública com a comunidade para debater e explicar a obra e eles não querem isso. A entidade também tem que possuir saídas alternativas, como um traçado da Via que não prejudicasse tanto a vegetação, por exemplo. Esse é um estudo mais completo das consequências dessas intervenções e não foi feito”, cravou.  A CPRH explicou que pode haver uma ligação da obra estar atrasada com a enchente, mas que há uma decisão do próprio Tribunal de Justiça de Pernambuco, de 2015, autorizando a realização da mesma.

Atuando na região há 13 anos na região, a Creche Escola Bartolomeu Aroucha (Ceba), que atende a 80 crianças carentes diariamente, se encontra cercada de entulhos de mais de trinta metros de altura.  "Tivemos muita chuva e todos esses entulhos que estão por trás da creche, a gente acredita que foi a principal motivação da água ter entrado aqui. Eu fiz o ofício para a Cehab e falei que toda a água que entrou aqui era devido ao entulho”, lamentou Dora Pereira, diretora da creche. Ela argumenta que antes da obra não havia nenhum entulho. “É um material sujo, que não pode ser colocado em qualquer local, ainda mais junto da creche porque temos muitas crianças aqui”.

Em nota, a Cehab não falou quando os entulhos serão retirados do local, mas afirmou que equipes técnicas do Governo do Estado e do Município de Olinda estão atuando nas áreas de intervenção da obra da Via Metropolitana Norte, para garantir o escoamento das águas das chuvas. “A limpeza e manutenção do Canal do Fragoso, de atuação da Prefeitura Municipal, é realizada em períodos mais frequentes já firmados. A SecHab e a Prefeitura de Olinda vem destacando a importância da conscientização da população em relação ao lixo acumulado nos canais e nas  margens do Canal do Fragoso. O acúmulo de lixo, entulho e outros detritos, somando às fortes chuvas no período atual, agravam a situação”, diz a nota. 

Vala aberta

Em um cenário que beira o abandono e o descaso, os moradores dos bairros de Jardim Atlântico e Jardim Fragoso continuam a se perguntar qual será o posicionamento do poder público e quais serão as providências tomadas pela possível relação da enchente com a obra. Para a Secretaria de Habitação de Pernambuco, as obras realizadas no Canal do Fragoso não tiveram relação com os transtornos e alagamentos ocasionados pelas chuvas no município de Olinda. A última grande chuva, considerada pela APAC uma das maiores dos últimos 30 anos, contribuiu com os transtornos ocasionados às famílias, somados ao histórico de alagamentos no município.  

Com atrasos no prazo inicial, a nova previsão de conclusão da primeira etapa do Projeto da Via Metropolitana Norte, denominada Fragoso II, é para o primeiro semestre de 2017. Apesar de prometer - na teoria - benefícios como a interrupção de constantes alagamentos registrados nas épocas de chuvas na região, a obra só trouxe, na prática, prejuízos irreparáveis aos moradores da região. Assim como Dona Vanda que deu um novo sentido a sua geladeira danificada com a enchente, os moradores tentam dar novos sentidos a realidade, na luta pelos seus direitos e na esperança de que algo possa ser feito pelo Governo do Estado. Ainda nesta terça-feira (24), um grupo se reúne em uma Audiência Pública na Câmara Municipal do Recife, às 19h, em busca de criar um canal de diálogo com os órgãos públicos da capital pernambucana.

Nesta quinta-feira (2), o Ministério Público Federal (MPPE) ingressou uma ação civil pública, no mês de abril, exigindo a suspensão da Via Metropolitana Norte. O pedido foi aceito pela juíza Luciana Maranhão, que decidiu suspender, dentro de 15 dias, as obras de adequação da II Perimetral Metropolitana e revestimento do rio Fragoso, que estão sendo realizadas em uma área compreendida entre os municípios de Olinda e Paulista, na Região Metropolitana do Recife.

De acordo com a decisão em caráter liminar da magistrada, cada um dos órgãos responsáveis pelas obras deverá cumprir as determinações específicas com o objetivo de resguardar as garantias impostas pela legislação ambiental, uma vez que a execução das obras inclui a supressão de vegetação em área de preservação permanente e a desapropriação de cerca de 2 mil famílias que vivem no entorno do rio Fragoso.

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A primeira determinação da Justiça foi a suspensão dos efeitos das licenças ambientais concedidas aos empreendimentos, segundo afirmou o MPPE na ação civil, sem a realização dos estudos exigidos por lei. “Os estudos ambientais delimitam a localização, instalação, operação e ampliação de uma atividade ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, consideradas efetivamente ou potencialmente poluidoras ou que possam causar degradação ambiental. A atividade do poder público deverá escolher, entre as várias soluções possíveis, aquela que não trará impacto negativo sobre o meio ambiente”, fundamentou a juíza Luciana Maranhão, segundo informações da assessoria de imprensa.

“É importante ressaltar que o Ministério Público não é contra a obra em si, mas a forma como ela está sendo feita, sem estudo. Hoje não podemos sequer apontar os possíveis impactos negativos desses empreendimentos porque não houve o respeito a uma etapa importante, que é a elaboração dos EIA/RIMAs”, ponderou a promotora de Justiça do Meio Ambiente, Habitação e Urbanismo de Olinda, Belize Câmara.

Endo assim, a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) deverá exigir a realização dos Estudos de Impacto Ambiental e dos Relatórios de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) para cada uma das obras, bem como promover audiências públicas antes e depois da aprovação dos estudos para dar ciência e ouvir as manifestações da sociedade sobre os projetos.

Já a Secretaria das Cidades de Pernambuco, responsável pelas obras viárias da II Perimetral e da Via Metropolitana Norte, e a Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab), a quem cabe a obra urbanística de revestimento do rio Fragoso, devem suspender os trabalhos e executar os EIA/RIMAs de seus empreendimentos. Os estudos devem ser apresentados à CPRH para a devida aprovação. Em caso de descumprimento das determinações judiciais, cada uma das partes está sujeita a multa diária de R$ 30 mil.

Entenda o caso – Em novembro de 2012 a CPRH emitiu uma licença de instalação para os empreendimentos de revestimento do rio Fragoso, adequação da II Perimetral e construção da Via Metropolitana Norte, que são um complexo de ações viárias voltadas para interligar as rodovias PE-15, em Olinda, e PE-01, em Paulista. Dentre as obras a serem realizadas estão o alargamento do canal do rio, com a desapropriação de 2 mil famílias que vivem em suas margens e a implantação e pavimentação de um corredor viário de 6 quilômetros de extensão.

Com informações da assessoria de imprensa

Nesta segunda-feira (9), o governador Eduardo Campos assina a ordem de serviço para as obras de construção da Via Metropolitana Norte, que vai ligar o Litoral norte de Olinda ao Recife. O sistema viário terá 6,1 quilômetros de extensão, ligando as rodovias PE-15 (início no Terminal PE-15) e PE-01 (limite entre Rio Doce, em Olinda, e o Janga, em Paulista). 

Serão duas pistas marginais com 10,5 metros de largura, com três faixas de rolamento cada, uma ciclovia ao longo da pista oeste com 2,5 metros de largura, faixa exclusiva para ônibus, um viaduto sobre a PE-15, além do revestimento de 2,3 quilômetros de canal em complementação aos outros 2,3 quilômetros que já estão em obras pela Companhia Estadual de Habitação (Cehab).

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A obra vai custar R$ 123 milhões e serão realizadas com recurso do PAC da Mobilidade. O prazo para conclusão é de 30 meses e vai beneficiar 70 mil motoristas e 60 mil usuários de ônibus que saem dos bairros de Maria Farinha, Pau Amarelo, Janga, Rio Doce e Jardim Atlântico.

Com informações da assessoria

Em janeiro do ano que vem, começa a ganhar forma a Via Metropolitana Norte, obra que deve desafogar o trânsito nas cidades de Olinda e Paulista. O anúncio do edital para a licitação das obras foi feito nesta quinta-feira (4), porém a assinatura da ordem de serviço só deve ser realizada no final de 2012, de acordo com o governador Eduardo Campos.

No projeto, uma nova via de 6,1km vai ligar as rodovias PE-15 e PE-01, entre os bairros de Rio Doce, em Olinda e Janga, em Paulista. “Essa obra é fundamental para o futuro de Olinda. Ela é uma alternativa para todos que moram em Jardim Atlântico, Rio Doce, no Janga, ao invés de vir pela Carlos de Lima e pela Getúlio Vargas ter agora essa nova via, com faixa exclusiva de ônibus, ciclovia, melhorando muito a vida das pessoas”, explicou o governador Eduardo Campos.

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A obra também prevê a drenagem do canal Fragoso localizado no decorrer da via e ainda a entrega de habitacionais para quem mora no local. “Ao longo deste canal, moram quase duas mil famílias em situação muito difícil. Em novembro, vamos entregar 300. No dia será assinada ordem de serviço para a construção de mais 800. Outras famílias estão preferindo receber indenização,” completou o governador.

Além da obra licitada hoje (4), está prevista a triplicação da II Perimetral, entre a Presidente Kennedy até a PE-15, com mais 4km de obras, que vai contar com ciclovia e faixa exclusiva para ônibus.

Via Metropolitana Norte – A obra está inserida no projeto de urbanização do Fragoso que envolve construção de habitacionais e pontes sobre o Rio Fragoso e da PE-15, beneficiando cerca de 12 mil famílias que moram no local, além de outros 70 mil motoristas e 60 mil usuários de transporte público que transitam pelas PE 01 e 15, diariamente. O investimento para a construção da via é de R$ 126 milhões, do PAC Mobilidade, com previsão de ser entregue em 2015. 

Veja como a obra vai ficar no vídeo abaixo:

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Uma audiência pública que irá discutir acerca do futuro do sistema viário nos municípios de Olinda e Paulista, ambos na Região Metropolina, ocorrerá a partir das 9h, no auditório Padre Lebret, sede da Secretaria das Cidades.

Obras como a II Perimetral/Via Metropolitana Norte, o corredor exclusivo de ônibus e a ponte sobre o Rio Fragoso estarão na pauta. O secretário responsável pela pasta, Danilo Cabral, é quem irá coordenar os debates.

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