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As equipes de resgate ainda buscam sinais de vida em uma mina de carvão no noroeste da Turquia, após retirarem 22 corpos de seu interior na madrugada deste sábado (15, noite de sexta em Brasília), após uma explosão que deixou dezenas de trabalhadores presos.

O acidente ocorreu às 18h15 locais de sexta-feira (12h15 em Brasília) na mina de Amasra, no litoral do Mar Negro, e deixou pelo menos 22 mortos, anunciou o ministro da Saúde da Turquia, Fahrettin Koca, no Twitter.

"Perdemos 22 de nossos cidadãos na explosão que ocorreu em uma mina [...] Estamos fazendo o melhor para garantir que os feridos se recuperem o mais rápido possível", escreveu Koca.

Outro funcionário do governo, o ministro do Interior Suleyman Soylu, disse aos jornalistas que se deparou com "um panorama realmente triste" ao comparecer ao local da tragédia ao lado do ministro de Energia.

As equipes de salvamento não estão poupando esforços para resgatar os trabalhadores, que estão presos em galerias subterrâneas situadas a entre 300 e 350 metros abaixo do nível do mar.

Segundo Soylu, 49 trabalhadores ainda estariam no interior da mina, de um total de 110 que trabalhavam no local no momento da explosão.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, anunciou que estava cancelando sua agenda para viajar ao local do acidente neste sábado. "Nosso desejo é que a perda de vidas não seja maior e que nossos mineiros possam sair sãos e salvos", tuitou.

Imagens da televisão local mostravam centenas de pessoas, muitas delas em prantos, reunidas diante de um edifício branco danificado perto da entrada da mina.

"De acordo com as primeiras observações", a explosão teria sido provocada pelo acúmulo de grisu, um gás comum em minas subterrâneas composto essencialmente por metano, informou o ministro de Energia, Fatih Donmez.

O Afad, órgão público responsável pela gestão de desastres da Turquia, anunciou inicialmente no Twitter que um transformador defeituoso tinha sido a causa da explosão, mas depois corrigiu essa informação e afirmou que se tratava de gás metano que explodiu por razões "desconhecidas".

- O resgate continua -

"Não sei o que aconteceu. Houve uma pressão repentina e não consegui ver mais nada", disse à agência estatal Anadolu um operário que conseguiu sair sozinho dos túneis.

Imagens difundidas pela televisão turca mostravam paramédicos dando oxigênio aos operários que conseguiram sair e depois sendo levados para hospitais próximos.

A governadora local afirmou que uma equipe de mais de 70 socorristas tinha conseguido chegar a um ponto situado a cerca de 250 metros de profundidade.

"Os esforços de resgate continuam", disse a governadora provincial. Ainda não está claro se as equipes conseguirão se aproximar mais dos trabalhadores e o que estaria bloqueando sua passagem.

O prefeito de Amasra, Recai Cakir, assinalou que "quase metade dos trabalhadores foram retirados", citado pela emissora turca NTV. "A maioria está a salvo, embora existam alguns seriamente feridos", acrescentou.

Os trabalhos de resgate continuam madrugada adentro, apesar da dificuldade adicional da falta de luz.

A promotoria local disse que estava tratando o ocorrido como um acidente e que havia aberto uma investigação formal.

Os acidentes de trabalho são frequentes na Turquia, onde o forte desenvolvimento econômico da última década veio muitas vezes em detrimento das normas de segurança, especialmente na construção e na mineração.

O país sofreu seu desastre mais mortal na mineração em 2014, quando 301 trabalhadores morreram em uma explosão na cidade de Soma (oeste).

Ao menos seis pessoas morreram e 49 estão desaparecidas após um acidente nesta quinta-feira (25) em uma mina de carvão na Sibéria, de causas ainda desconhecidas, informou o governador da região de Kemerovo, Sergei Tsivilev.

O governador afirmou que 285 pessoas estavam na mina no momento do acidente e 49 permanecem dentro do local, "sem comunicação".

As autoridades não divulgaram informações sobre as causas do acidente.

O ministério russo de Emergências afirmou que dezenas de trabalhadores foram retirados e que pelo menos 45 pessoas ficaram feridas. De acordo com algumas fontes, vários mineiros foram "afetados pela fumaça tóxica".

A polícia local afirmou que a fumaça começou a ser observada na mina às 8H35 locais.

Um canal de televisão público exibiu imagens das equipes de resgate e da polícia na área da mina, dominada pela neve.

A mina, que começou a operar em 1956, registrou um acidente em outubro de 2004, quando uma explosão de metano deixou 13 mortos. Em 1981, outra explosão matou cinco pessoas.

Os acidentes em minas da Rússia, assim como em outras regiões da ex-União Soviética, frequentemente são relacionados à falta de respeito às normas segurança, má gestão ou deterioração das instalações.

O acidente mais grave dos últimos anos deixou 91 mortos e mais de 100 feridos em maio de 2010 na mina Raspadskaya, também na região de Kemerovo, que tem muitas minas de carvão.

Onze anos após um desastre em uma mina da Nova Zelândia que provocou 29 mortes, os investigadores anunciaram que localizaram os restos mortais de pelo menos duas vítimas, mas uma operação para recuperar os corpos não parece provável.

O desastre da mina de carvão Pike River de 2010 foi um dos mais graves da Nova Zelândia e motivou diversas tentativas de recuperação dos corpos, assim como uma investigação criminal.

As autoridades acreditam que o desastre foi provocado por uma explosão após um acúmulo de metano.

Apenas dois dos 31 trabalhadores que estavam na mina sobreviveram à tragédia.

Os esforços de resgate foram interrompidos após vários colapsos de túneis, mas ao fazer uma perfuração os especialistas conseguiram obter imagens das partes mais profundas da mina.

A polícia informou que, desta maneira, conseguiu observar dois corpos e talvez um terceiro.

Porém, o ministro responsável pela operação de resgate, Andrew Little, comentou que "não é provável que (os corpos) sejam recuperados... Sei que algumas famílias gostariam de ir mais longe, mas não é possível".

O desabamento em uma mina de carvão na província de Shaanxi, na China, matou 21 trabalhadores. No momento do acidente, havia 87 mineiros estavam no local.

As equipes de resgate conseguiram retirar 66 mineiros. Especialistas afirmam que as condições de trabalho nas minas de carvão da China são inseguras e inadequadas.

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De acordo com dados oficiais, aproximadamente 400 mineiros morreram em acidentes em 2017 no país.

*Com informações da NHK, emissora pública de televisão do Japão

Os trabalhadores da mina de Prosper-Haniel, na bacia do Ruhr, vão descer o subsolo pela última vez, nesta sexta-feira (21), e fechar um capítulo da história da indústria alemã.

Após semanas de documentários e de programas especiais, todo país acompanhará pela televisão, a partir das 16h locais (12h em Brasília), o solene adeus à derradeira mina de carvão da Alemanha, na presença do presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e do chefe de Estado alemão, Frank-Walter Steinmeier.

Vestidos com seus capacetes e uniformes brancos, os mineiros lançarão um último "Glückauf Kumpel!" ('Boa sorte, camarada!'), sua frase ritual antes de perfurar um filão e diante do perigo onipresente.

Depois extrairão um último bloco de carvão, o "ouro negro" alemão, que caiu no esquecimento diante da hulha estrangeira de baixo custo, enquanto o coral da bacia de Ruhr entoará o "Steigerlied", o tradicional hino dos mineiros.

As galerias escavadas durante 150 anos, ou seja, por seis gerações de trabalhadores, serão seladas e vão-se afogar progressivamente nas águas dos rios.

Os 1.500 funcionários da mina de Prosper-Haniel, situada na cidade de Bottrop, estão há 11 anos se preparando para este fechamento, em uma zona que chegou a ter 600.000 mineiros no Pós-Guerra.

- Coesão operária -

Desde ontem, igrejas e catedrais da região celebram missas dedicadas à causa, enquanto os clubes de futebol da zona, liderados por Dortmund e Schalke, prestaram uma homenagem às suas raízes mineiras antes das partidas.

Os altos fornos erguidos nas colinas renanas desde o século XIX e as fossas de suas entranhas, de até 1.500 metros de profundidade, eram muito mais do que um elemento de trabalho.

Debaixo da terra havia uma sociedade operária e masculina, com jargão próprio, sua solidariedade, suas trocas sinceras e ásperas e sua paixão por futebol, que se estendia à igreja e ao "Kneipe" (bar operário).

"É esta coesão que faz a força na nossa região", disse emocionado Reinhold Adam, de 72 anos, aposentado há 25, que compareceu para uma última descida.

Por trás dessa solidariedade, havia um trabalho exaustivo e arriscado, a ameaça de explosão e a convivência com uma poeira que corrói os pulmões pouco a pouco.

O jornal "Bild" publicou, nesta quinta, o retrato da "última vítima das minas", Markus Zedler, um trabalhador de 29 anos que faleceu na segunda-feira durante as obras de desmontagem de uma mina de antracita em Ibbenbüren.

"A mina era sua vida. Também o matou", escreveu o jornal mais lido do país, que também publicou um caderno especial dedicado a esse fim de ciclo, com retratos dos mineiros e, na capa, um grande "Obrigado pelo carvão".

Uma explosão numa mina de carvão subterrânea na Região Autônoma da Mongólia Interior deixou 17 pessoas mortas e outras 10 presas, de acordo com a imprensa estatal da China. Quatro mineiros foram resgatados logo após a explosão, que aconteceu enquanto 31 pessoas estavam trabalhando no subterrâneo.

O acidente aconteceu algumas horas depois do governo confirmar as mortes de 21 mineiros que ficaram presos durante quatro dias após uma explosão atingir a mina ilegal onde eles trabalhavam. Quatro pessoas foram presas, suspeitas de terem conexão com o desastre.

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A indústria de carvão da China figura há muito tempo entre as mais perigosas do mundo, com os principais reguladores de segurança reconhecendo que algumas minas abrem mão de medidas de segurança devido a pressões financeiras. Fonte: Associated Press.

Manifestantes ambientalistas atacaram uma mina de linhito no oeste da Alemanha em protesto contra o uso do carvão, uma fonte de gases que provocam o efeito estufa.

Centenas de pessoas de um grupo autodenominado EndeGelaende - equivalente a "já se acabou" - atravessaram uma barreira policial em Garzweiler, a oeste de Colônia, e invadiram a mina.

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A polícia deteve o grupo com gás lacrimejante e os expulsou do lugar, segundo o porta-voz policial Anton Hamacher.

O porta-voz da empresa de energia RWE, Lothar Lambertz, disse que foi necessário interromper as operações da mina por razões de segurança. Fonte: Associated Press.

Xi'an, 16 (AE) - Uma explosão de gás em uma mina de carvão na província de Shaanxi, no noroeste da China, matou 11 pessoas, disseram autoridades locais, segundo a agência estatal de notícias Xinhua. No total, 21 mineiros estavam trabalhando no subsolo quando a explosão aconteceu na mina de Tianyu, na cidade de Tongchuan, e 10 conseguiram escapar com vida, de acordo com o porta-voz do governo da cidade. Autoridades locais investigam a causa do acidente, acrescentou ele. As informações são da Dow Jones. (Gabriela Mello)

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