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O Mineirão já está lotado para a partida entre Brasil e Alemanha, pela semifinal da Copa do Mundo. Para conter a ansiedade, os torcedores cantam músicas de apoio, principalmente para a seleção brasileira. 

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Torcedores alemães até vieram tentar impulsionar o seu time contra o Brasil, na partida da semifinal da Copa do Mundo de 2014, em Belo Horizonte, mas é difícl encontrá-los nos meio e tantos brasileiros, que desde cedo percorrem os arredores do estádio do Mineirão.

Vestido com as cores da bandeira brasileira, os torcedoresd ensaiam cânticos e gritos de "eu acredito" que serão entoados durante a partida que tem iníco as 17h. 

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Será a primeira vez que o time do técnico Luiz Felipe Scolari terá pela frente uma seleção que já venceu uma Copa do Mundo. A Alemanha chegou a este mundial como uma das favoritas ao título e tem na força do seu conjunto a maior arma para tentar vencer o Brasil na semifinal, que será disputada na próxima terça-feira (3), em Belo Horizonte.

Essa é quarta vez seguida, e a décima terceira na história, que os alemães chegam a essa fase da Copa. Para os brasileiros, a lembrança é positiva. Da única que vez que se encontraram em mundiais, os brasileiros venceram, e logo na final da Copa de 2002, no Japão.

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Para o próximo confronto o Brasil estará desfalcado de duas das suas principais peças. Neymar está fora da Copa por conta de uma fratura na vértebra e Thiago Silva terá que cumprir suspensão por ter levando o terceiro cartão amarelo na competição. 

Os jogadores brasileiros sabem da força do time adversário, mesmo apesar das baixas no elenco, confiam em uma boa atuação dentro do Mineirão. “É um time forte, que tem uma disposição tática invejável. Vimos um pouco da partida deles contra a França, mas a maioria dos jogadores, por jogar na Europa, já se conhecem”, afirmou o lateral direito Maicon, que ganhou a posição de titular na partida contra a Colômbia.

O Brasil enfrenta neste sábado (28) um antigo adversário em Copas do Mundo que nunca costumou dar trabalho nos confrontos pelo mundial. Porém, em 2014, muitos consideram esta geração de jogadores chilenos uma das mais fortes de todos os tempo. Quando subirem ao gramado do Mineirão, as 13h, a seleção brasileira terá o tabu ao seu favor, enquanto o Chile tentará entrar para a história e estragar a festa dos anfitriões.

Em toda as história foram 68 confrontos entre as duas equipes, com uma larga vantagem para os brasileiros. Em 48 oportunidades o Brasil saiu vencedor das partidas. Houve 13 empates e Chile venceu apenas sete vezes. Se amostragem for reduzida apenas para Copas do Mundo, a supremacia brasileira aumenta. A seleção verde e amarela venceu todos os três jogos que fizeram contra os andinos. Por coincidência todas as partidas foram em fase eliminatórias.

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Em 1962, o time comandado por Garrincha estragou a festa dos, então, donos da casa com uma vitória por 4x2. Em 1998, os brasileiros aplicaram outra goleada, desta vez por 4x1. O último encontro em mundiais foi em 2010 com outro placar elástico: 3x0.

Para aumentar a vantagem estatística, o Brasil nunca perdeu para o Chile jogando em seu território. Mas números não entram em campo e próprio técnico Luiz Felipe Scolari faz questão de lembrar. O treinador brasileiro há muito tempo elogia o futebol andino, que segundo ele avançou muito desde que Jorge Sampaoli assumiu o time. Por diversas vezes, inclusive antes do início da Copa, Felipão assumia que não gostaria de enfrentar o chilenos nas fases eliminatórias.

As palavras do comandante brasileiro mostram o tamanho do seu respeito pelo adversário. “Desde a chegada de Sampaoli a equipe deles tem uma performance melhor. Os jogadores foram adaptados aos sistema que ele achou melhor. Hoje eles estão em um patamar muito maior que antes”.

A condolência é recíproca, pois Sampaoli faz questão de enaltecer as qualidades do time brasileiro. “O Brasil com certeza tem um dos melhores meio campos do mundo, Neymar está jogando muito e é um grande diferencial”,

Amenidades a parte, o chilenos querem entrar para história do futebol mundial e estragar a festa dos brasileiros em pleno Mineirão. “Eles ganharam cinco mundiais e eu respeito muito isso. Ganhar do Brasil é muito difícil estatisticamente para qualquer seleção. Estamos aqui para mudar a história com valentia e convicção”.

Seja qual for o resultado, o vencedor do jogo deste sábado terá outra equipe sul-americana pela frente. Avançado de fase, Brasil ou Chile enfrentarão Uruguai ou Colômbia nas quartas de final.

FICHA DO JOGO

BRASIL

Júlio César; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luís Gustavo, Fernandinho e Oscar; Hulk, Neymar e Fred. Técnico: Luiz Felipe Scolari

CHILE

Bravo; Medel, Silva e Jara; Isla, Aránguiz, Díaz e Mena; Vargas, Vidal e Sanchez. Técnico: Jorge Sampaoli

Arbitragem: Howard Webb (ING)

Assistentes: Michael Mullarkey e Darren Cann (ING)

Local: Mineirão (Belo Horizinte-MG)

Horário: 17h

 

O senador Aécio Neves, candidato do PSDB à Presidência, disse ontem em São Paulo, onde assistiu ao jogo do Brasil, que ainda não decidiu se verá a partida das oitavas contra o Chile no Mineirão, em Belo Horizonte, sua terra natal. "Estou pensando nisso, mas até agora não consegui ingresso", justificou. Aécio viu a vitória de ontem contra Camarões no Sindicato dos Metalúrgicos, ao lado do deputado Paulinho da Força (SDD), seu aliado.

Questionado se não teme ser vaiado se aparecer no estádio, o tucano desconversou: "Até agora sempre fui muito aplaudido".

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Na abertura da Copa, em São Paulo, a presidente Dilma Rousseff foi vaiada e hostilizada por parte da torcida na Arena Corinthians. Embora o jogo de ontem fosse em Brasília, ela decidiu não ir. De manhã foi ao Amapá entregar unidades do Minha Casa Minha Vida e só voltou pouco antes do início da partida. Sua filha, Paula, e seu genro, Rafael, no entanto, assistiram ao jogo no Mané Garrincha. A presidente só deve voltar aos estádios na partida final da competição, em 13 de julho, no Maracanã, no Rio. O ex-governador Eduardo Campos, que vai ser oficializado candidato do PSB à Presidência da República no sábado, viu o jogo ao lado de familiares em Gravatá, interior pernambucano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O confronto entre Sport e Cruzeiro, na noite desta quarta (21), marcou o jogo de número 500 do goleiro rubro-negro Magrão. E nem foi por culpa do arqueiro que o Leão sofreu os dois gols da equipe comandada por Marcelo Oliveira e foi derrotado por 2 a 0. Ainda assim, nesta sexta rodada do Campeonato Brasileiro da Série A, o ídolo leonino deixa o campo do Mineirão sem ter o que comemorar.

As duas equipes voltam a campo no próximo domingo (25) pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro. O Sport recebe o Corinthians na Ilha do Recife, às 16h. Já o Cruzeiro briga contra o Internacional pela liderança às 18h30.

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Leão melhor: 0 a 0

 

Marcação encaixada, volume de jogo, contra-ataque veloz e dribles de efeito. Assim foi o primeiro tempo do Sport. O que faltou? O gol. Leonardo até mandou a bola para as redes. Durval cruzou, a bola passou por Ferron e o atacante chutou de pé direito para fazer 1 a 0. Mas o árbitro Felipe Gomes da Silva assinalou falta de Ferron sobre Bruno Rodrigo.

As únicas ofensivas do Cruzeiro foram aos quatro minutos, com Marcelo Moreno, e aos 19, com Éverton Ribeiro. Magrão defendeu ambas.O Leão tentou com Renan Oliveira, Leonardo, Neto Baiano e Augusto César. Faltou pontaria em alguns lances. Sorte em outros.

 

Raposa melhor: 2 a 0

 

A chance para o Sport vencer foi “dada” no primeiro tempo. E os rubro-negros não aproveitaram. Com apenas cinco minutos da etapa final o Cruzeiro mostrou como se faz. Em cruzamento de Dagoberto, Ricardo Goulart subiu para cabecear, desviou meio sem jeito, mas acertou o canto esquerdo e abriu o placar do jogo: 1 a 0.

Aos 16 minutos, Éverton Ribeiro cruzou da esquerda, Marcelo Moreno saltou sozinho e cabeceou. A bola acertou o travessão e saiu pela linha de fundo. O centroavante ainda acertou o poste novamente aos 32. Mas na segunda vez foi sem perdão. Recebeu cruzamento de William e testou. A bola bateu no travessão e quicou na grama antes de encontrar as redes.

 

Ficha de jogo

 

Cruzeiro 2

 

Fábio; Mayke, Léo, Bruno Rodrigo e Egídio; Willian Farias, Henrique, Éverton Ribeiro (William) e Ricardo Goulart; Dagoberto (Luan) e Marcelo Moreno. Técnico: Marcelo Oliveira

Sport 0

 

Magrão; Patric, Ferron, Durval e Renê; Rithely, Rodrigo Mancha, Augusto César (Mike) e Renan Oliveira (Felipe Azevedo); Leonardo (Aílton) e Neto Baiano. Técnico: Eduardo Baptista

Local: Mineirão (Belo Horizonte)

 

Árbitro: Felipe Gomes da Silva

Assistentes: Bruno Boschilia e Rafael Trombeta

Cartões amarelos: nenhum 

 

Gols: Ricardo Goulart (aos oito do 2°T) e Marcelo Moreno (32 do 2°T) - CRUZEIRO

A campanha de marketing do Sport ao utilizar uniformes das seleções do Japão, Alemanha e México tem atraído patrocínios ao clube. Nesta quarta-feira (21), no duelo contra o Cruzeiro, o Leão vestirá a camisa em homenagem aos alemães e terá um patrocinador do mesmo país. A concessionária Mardisa Mercedes-Benz estampará sua marca no padrão rubro-negro no Mineirão.

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“São patrocínios pontuais que aumentam a receita do clube. Porque ainda estamos fechando o nosso patrocinador máster para o resto do Campeonato Brasileiro”, explicou o vice-presidente de marketing do Sport, Gabriel Freire.

Até a Copa do Mundo, a ideia da diretoria rubro-negra é repetir a ação que já foi realizada antes. “Já tínhamos feito algo semelhando na final da Copa do Nordeste. Isso só mostra o sucesso da campanha. Além da repercussão nacional que tivemos ao lançar o projeto, mostra que o clube está aberto a outras parcerias pontuais como esta”, disse o executivo de marketing, Sid Vasconcelos.

O Sport terá uma dura missão pela sexta rodada da Série A do Brasileiro. O Rubro-negro vai encarar o Cruzeiro, na próxima quarta-feira (21), no Estádio Mineirão. Nos dez últimos confrontos entre os adversários, o time pernambucano perdeu oito, venceu um e empatou outro. Quem conhece bem o clima da equipe Celeste é o meio-campista Renan Oliveira, que jogou no Atlético-MG.

“Os clássicos contra o Cruzeiro marcaram a minha carreira, mas era uma situação diferente. Agora, precisamos ter um cuidado redobrado. O time foi eliminado da Copa Libertadores e apostarão todas as fichas no Campeonato Brasileiro”, afirmou Renan Oliveira.

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Apesar de saber das dificuldades, o meio-campista acredita que o Sport pode encarar o adversário de igual para igual. “Estamos muito bem. Nossa equipe vem demonstrando um bom futebol fora de casa. Hoje em dia, os times estão bem nivelados e vamos entrar em campo focados nisso”, admitiu.

Além disso, o atleta analisou alguns pontos nos quais o Sport precisa anular durante a partida. “Temos que tomar cuidado com as bolas paradas. E a intenção é focar na marcação para evitar as melhores jogadas do Cruzeiro”, disse. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A chuva com vento forte, neste sábado (1°) em Belo Horizonte, provocou estragos na cobertura do Mineirão, um dos 12 estádios que serão utilizados na Copa do Mundo. Algumas placas de metal do teto caíram no gramado e nas cadeiras, mas não deixaram feridos - apesar do Cruzeiro enfrentar o Minas Boca no local agora à tarde, pelo Campeonato Mineiro, os torcedores ainda não tinham chegado quando aconteceu o acidente.

A informação inicial é de que algumas tampas das calhas da cobertura se desprenderam com o vento forte e acabaram caindo. Funcionários do estádio rapidamente retiraram as peças do gramado, liberando o campo para a realização do jogo. Mesmo assim, o acidente deixou alguns buracos na membrana que reveste a cobertura.

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Inaugurado no ano passado, após uma longa reforma, o Mineirão já foi utilizado como sede da Copa das Confederações, em junho. E receberá seis jogos da Copa do Mundo: Colômbia x Grécia, Bélgica x Argélia, Argentina x Irã e Costa Rica x Inglaterra, além de um das oitavas de final e outro das semifinais.

O Cruzeiro ficou no 0 a 0 com o Santos nesta tarde domingo (11), no Mineirão, mas chegou aos 25 pontos e voltou a ocupar a liderança do Campeonato Brasileiro. O Botafogo, que no último sábado empatou por 1 a 1 com o Goiás, tem a mesma pontuação, mas é vice-líder nos critérios de desempate. Já o Santos soma apenas 14 pontos e segue próximo à zona de rebaixamento da tabela.

Os mineiros entraram dispostos a vencer, mas a falta de criatividade nas jogadas e as finalizações ineficientes impediram o time de ter melhor sorte. A equipe chegou a balançar as redes duas vezes, mas ambos os lances estavam impedidos.

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O time paulista havia se fortalecido com o empate com o Corinthians, na última quarta-feira, na Vila Belmiro, e agora planejava dar mais um passo para encurtar a distância que o separa dos concorrentes que estão entre os líderes da classificação do campeonato. Para isso, teria de retomar o caminho das vitórias - após dois empates e uma derrota na competição - o que não deu certo. No fim das contas, o resultado ainda foi positivo, visto que, não fossem as boas defesas de Aranha, o time poderia ter tomado dois ou três gols.

O JOGO - Apesar de equilibrado, o primeiro tempo foi morno - sobraram esbarrões e tropeços e faltaram criatividade e finalizações eficientes. O Cruzeiro chegou a balançar as redes, aos 27, com Vinícius Araújo, e aos 41 minutos, com Ricardo Goulart, mas ambos estavam em posição de impedimento, o que invalidou os gols. Fora estes, lances sem perigo dominaram a primeira metade da partida, e nenhum dos times conseguiu mostrar a que veio.

Por parte do Santos, Montillo, que reencontrou seu ex-time, foi o que teve atuação mais destacada, movimentando-se bem e fazendo os laterais jogarem. No entanto, o poder de finalização fez falta para o time paulista. O atacante Henrique, que não vinha ganhando oportunidades de jogar, foi o escolhido para substituir o suspenso Willian José, o que foi surpresa na escalação. Ele até apareceu um pouco no começo, quando a equipe estava mais ligada, mas não conseguiu finalizar com sucesso. Também parece ter mexido com o time a saída de Arouca logo aos 7 minutos, por conta de lesão.

Já o Cruzeiro pecou na criação de jogadas e na troca de passes antes da finalização, ficando na dependência das jogadas aéreas. A falta que o atacante Everton Ribeiro, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, faz na equipe também ficou evidente. Fora ele, apenas Dagoberto e Júlio Baptista não estavam à disposição. O primeiro foi liberado do departamento médico, mas ainda está em fase de transição entre o DM e a preparação física. Já Júlio Baptista, contratado recentemente, aprimora a parte física. Martinuccio, que deveria ser o principal armador, ficou apagado no meio.

O segundo tempo começou mais quente, ambos os times pareceram ter levado uma injeção de ânimo no intervalo. Aos 2 minutos, Ricardo Goulart já chutou de frente para o gol, mas mandou a bola por cima, desperdiçando a chance de abrir o placar para os donos da casa. Aos 9 minutos foi a vez de o Santos aparecer: Montillo passou bonito por Egídio e cruzou rasteiro para Neilton, mas Mike chegou e tirou a bola a tempo.

Não demorou muito para os donos da casa chegarem na área santista mais uma vez. Em uma recuperada de bola, aos 17 minutos, Borges fez o giro na entrada da área e chutou de esquerda, obrigando Aranha a praticar uma boa defesa. O goleiro, aliás, se destacou na segunda fase da partida, à medida em que o Cruzeiro invadia cada vez mais a área adversária. Aos 31 minutos, Borges ajeitou de cabeça para Ricardo Goulart, que bateu para o gol. Mas a bola não saiu forte e Aranha caiu bem para fazer a defesa.

Elber ainda bateu de fora da área e tentou o ângulo esquerdo de Aranha aos 36 minutos; a bola passou perto, mas o atleta não conseguiu balançar as redes. Daí para frente, o Cruzeiro deu tudo de si, intensificando a pressão a cada minuto. Tudo o que o time não fez ao longo do jogo, tentou fazer nos acréscimos, dando bastante trabalho para o goleiro santista. Apesar do esforço, os mandantes não conseguiram marcar, e o Santos ficou apenas na defesa.

FICHA TÉCNICA

CRUZEIRO 0 x 0 SANTOS

CRUZEIRO - Fabio; Mayke, Bruno Rodrigo, Dede e Egidio; Nilton, Souza, Ricardo Goulart e Martinuccio (Elber); Luan (Lucca) e Vincius Araújo (Borges). Técnico: Marcelo Oliveira.

SANTOS - Aranha; Cicinho, Edu Dracena, Durval e Mena; Alison (Leandrinho), Arouca (Alan Santos), Cícero e Montillo; Neilton (Thiago Ribeiro) e Henrique. Técnico: Claudinei Oliveira.

ÁRBITRO - Paulo Godoy Bezerra (Fifa/SC).

CARTÕES AMARELOS - Alison, Edu Dracena, Mena, Thiago Ribeiro e Leandrinho (Santos), Martinuccio e Vinícius Araújo(Cruzeiro).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte (MG).

O presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, ainda não engoliu o fato de a Conmebol ter vetado o Independência - onde o time ostenta uma série de 38 jogos invicto - e ter levado a final da Libertadores para o Mineirão, estádio onde o time disputou apenas três jogos este ano e perdeu dois deles. Nesta quarta-feira, horas antes da final contra o Olimpia, o dirigente aproveitou uma entrevista coletiva promovida por um dos patrocinadores do torneio para cobrar publicamente o presidente da entidade sul-americana, Eugenio Figueiredo, que estava sentado ao seu lado, e disparar contra a CBF.

"A decisão de levar a decisão para o Mineirão foi unilateral. Não houve normalidade nem critério. Procurei o presidente da Conmebol e me disseram que ele estava na Turquia acompanhando o Mundial Sub-20. Tentei ir na sede da Conmebol e me avisaram que nem adiantava ir porque a decisão já estava tomada. O presidente da Conmebol tem de dar uma explicação e a CBF foi muito fraca nessa questão", afirmou.

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Visivelmente constrangido, Figueiredo disse que decidiu levar a decisão para a Mineirão por questões de segurança. "Os clubes têm os seus interesses, mas eu tenho de pensar nas 10 confederações. O presidente da CBF, José Maria Marin, estava internado, me ligou, mas a segurança é prioridade e o Mineirão é um estádio da Copa do Mundo de 2014 que oferece todas as condições para o jogo desta noite. A partida será exibida em 200 países e será a imagem do Brasil para o Mundial de 2014."

A bronca de Kalil é porque o regulamento da Libertadores determina que para receber um jogo de final o estádio tem de ter capacidade para, no mínimo, 40 mil torcedores e, no Defensores Del Chaco, palco do primeiro jogo da decisão, cabem no máximo 32 mil. Como a Conmebol abriu essa brecha para o Olimpia, ele esperava que o mesmo acontecesse com o Atlético-MG. "Fomos recebidos a pedradas lá no Paraguai e os fatos devem ser colocados no seu devido lugar", criticou Kalil.

Perguntado pela reportagem sobre os motivos de o regulamento não ter sido cumprido no primeiro jogo da final, Figueiredo disse que não entendeu a pergunta e, na sequência, encerrou a entrevista coletiva.

A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) frustrou nesta terça-feira (16) o desejo do Atlético Mineiro de sediar a segunda partida da final da Copa Libertadores contra o Olimpia no Independência e confirmou que o palco da decisão, no dia 24 de julho, será o Estádio do Mineirão, como já havia sido marcado anteriormente. A confirmação foi feita através de nota oficial publicada no site da Conmebol, com uma correspondência remetida a José Maria Marin, presidente da CBF. O dirigente apoiava o pleito do Atlético-MG para que o duelo fosse realizado no Independência e inclusive realizou um pedido formal solicitando a alteração do local da finalíssima da Libertadores.

O regulamento do torneio continental exige que os estádios da final da Libertadores possuam capacidade para 40 mil espectadores. O Atlético e a CBF, porém, alegavam que a regra foi quebrada para o jogo de ida, nesta quarta-feira, marcada para o Defensores del Chaco. A Conmebol, porém, explicou que a Associação Paraguaia de Futebol lhe garantiu que o estádio tem capacidade para 40.759 espectadores, mesmo que apenas 32 mil ingressos tenham sido colocados à venda. Assim, o Defensores del Chaco está dentro do regulamento da Libertadores, ao contrário do Independência, que pode receber apenas 23 mil pessoas.

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Com isso, o Atlético-MG terá de mudar de palco para a finalíssima da Libertadores, pois disputou todos os seus seis jogos, com cinco vitórias e um empate, como mandante na competição no Independência, local onde manda as suas partidas desde a sua reabertura em abril de 2012. No Mineirão, reformado para sediar a Copa do Mundo de 2014, o Atlético-MG só disputou três partidas desde a sua reinauguração, no início deste ano, por não ter chegado a um acordo com os administradores do estádio. Essas três partidas foram válidas pelo Campeonato Mineiro, sendo apenas uma como mandante, contra o Villa Nova (2 a 1), pois o Independência estava indisponível.

Os outros dois jogos foram clássicos contra o Cruzeiro e em ambos o time perdeu por 2 a 1, na reinauguração do Mineirão e na finalíssima do Campeonato Mineiro - apesar dessa derrota, o time assegurou o bicampeonato estadual. Agora, no dia 24 de julho, o Atlético receberá o Olimpia e tentará conquistar no estádio o mais importante título da sua história.

O presidente da CBF, José Maria Marin, saiu nesta sexta-feira em defesa do Atlético-MG, às vésperas da final da Copa Libertadores. O dirigente mandou um ofício para a Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) apoiando o pedido do clube de transferir o segundo jogo da decisão, do Mineirão para o Estádio Independência, ambos em Belo Horizonte. O jogo de ida contra o Olimpia será disputado em Assunção, no Paraguai.

Na avaliação da CBF, o pedido é "legítimo e amparado pelo senso de justiça". "A CBF não quer polemizar com a Conmebol, a entidade a qual é filiada e tem as melhores relações, mas, sim, lutar por um pleito que entende ser legítimo. Por isso, vamos exigir o direito de o Atlético disputar o segundo jogo da final na sua casa, o Estádio Independência. Essa é uma pretensão que consideramos justa e dela não nos afastaremos", registrou Marin, em nota publicada no site da entidade.

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O Atlético disputou todos os seus jogos como mandante nesta Libertadores no Independência. Mas a Conmebol vetou a final no local porque o estádio não tem a capacidade mínima de 40 mil lugares para receber um jogo deste porte. A arena pode receber somente 25 mil torcedores - o Mineirão tem capacidade para 65 mil.

A CBF argumenta que a exigência é injusta porque a Conmebol vai permitir ao Olimpia jogar no Estádio Defensores del Chaco, que comporta apenas 36.000 pessoas. "O Independência, repito, é a casa do Atlético e é no seu estádio que ele tem de disputar a final da Libertadores. Assim como o Olimpia vai jogar na sua casa, o Defensores del Chaco, que também não tem capacidade para 40 mil pessoas, o Atlético tem o direito de exercer o seu mando de campo", justificou Marin.

Confiante em uma decisão favorável da Conmebol, o presidente da CBF disse que estará presente no primeiro jogo da final, na próxima quarta, em Assunção. "Na quarta-feira, estarei no Defensores del Chaco para torcer pelo Atlético, e estou certo de que não haverá problema algum. Pelo mesmo raciocínio, pelo cumprimento do princípio da igualdade, estarei no dia 24 de julho na casa do Atlético, no Independência".

As dificuldades são grandes, mas o Náutico só tem uma alternativa: pontuar. Na lanterna da Série A com apenas quatro pontos, os alvirrubros têm a obrigação de recuperar os pontos perdidos em casa contra a Ponte Preta, no último sábado. O problema é que o Cruzeiro, adversário deste domingo, às 18h30, no Mineirão, ainda não perdeu como mandante e está na 6° posição com nove pontos.

Ciente das barreiras que terá de enfrentar diante da Raposa, o técnico Zé Teodoro montou um esquema que ele considera eficiente. Independente das peças, ele quer o time atuando de forma compacta e trocando passes rápidos.

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“Temos que fechar os espaços e neutralizar as principais jogadas do Cruzeiro. Eu vi o jogo deles pela Copa do Brasil e notei que o Atlético-GO deu muita liberdade. Um time qualificado como o deles tem que marcar em cima. Já sei que tem gente lá que não gosta de marcação individual”, disse o comandante alvirrubro. “Vamos agrupar o máximo para impedir a subida dos laterais e dos volantes”, completou.

Comparado ao último jogo, o Náutico tem quatro mudanças. O goleiro Ricardo Berna e o atacante Olivera vão estrear, e o zagueiro João Filipe e o meia Marcus Vinícius retornam à equipe.  Gideão, Rodrigo Souto e Jonatas Belusso ficam no banco. Enquanto o zagueiro Luiz Eduardo nem viajou para Belo Horizonte.

Cruzeiro

A Raposa quer subir na tabela e chegar ao tão sonhado G4 do Campeonato Brasileiro da Série A. Para isso, conta com os três pontos em casa na noite deste domingo. E para facilitar a vida dos mineiros, o técnico Marcelo Oliveira vai ter apenas um desfalque. Suspenso, Luan não enfrenta o Náutico e será substituído por Ricardo Goulart.

O restante do time não vai sofrer alterações. Mesmo com a especulação da saída de Diego Souza para a Ucrânia, ele deve jogar diante do Timbu. 

Ficha técnica

Cruzeiro

Fábio; Mayke, Dedé, Bruno Rodrigo e Egidio; Nilton, Souza, Everton Ribeiro e Diego Souza; Ricardo Goulart e Vinícius Araújo. Técnico: Marcelo Oliveira

Náutico

Ricardo Berna; Maranhão, João Filipe, William Alves e Eltinho; Auremir, Derley, Magrão e Marcus Vinícius; Rogério e Olivera. Técnico: Zé Teodoro

Local: Mineirão

Horário: 18h30

Árbitro: Márcio Chagas da Silva (RS)

Assistentes: Altemir Hausmann e Rafael da Silva Alves (RS)

Na próxima rodada da Série A, o Náutico tem uma parada dura pela frente. O adversário será o Cruzeiro, domingo, às 18h30, no Mineirão. A equipe mineira é a quinta colocada com nove pontos e ainda não perdeu em casa. Foram três jogos, duas vitórias e um empate. Ainda assim, o volante Derley acredita que é possível superar a Raposa.

“Temos que ter a mentalidade de vencer fora de casa o Cruzeiro e somar o maior número de pontos. Basta acreditar. Vamos ter mais uma semana de treinamento, coisa que não tivemos antes. Na intertemporada só jogamos e treinamos pouco. Faltou tempo para o Zé Teodoro armar a equipe da melhor maneira possível”, explicou o jogador alvirrubro.

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Na lanterna da Série A, o Náutico tem a necessidade em somar pontos a cada rodada para não se prejudicar mais à frente. “A luz tem que estar acesa desde a primeira rodada. Não podemos deixar para depois. Serve de alerta. Temos que nos concentrar mais e ficar mais ligados nos jogos. A atenção tem que ser redobrada”, concluiu Derley.

Japão e México fizeram neste sábado (22) um jogo coerente com a condição de coadjuvantes na Copa das Confederações. Eliminadas de forma antecipada, as duas seleções disputaram uma partida morna, na qual pesou o brilho de Chicharito Hernandez. Com dois gols, o atacante garantiu a vitória mexicana por 2 a 1 sobre os japoneses, que contaram com maior apoio da torcida presente no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte.

Chicharito, que chegou a perder um pênalti nos acréscimos, garantiu a despedida honrosa do México e ainda garantiu o emprego do técnico José Manuel de la Torre, ameaçado pelos fracos resultados do time mexicano nas últimas partidas das Eliminatórias da Concacaf para a Copa do Mundo de 2014. No Brasil, a equipe perdeu as duas primeiras partidas - para Brasil e Itália.

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Xodó da torcida mineira neste sábado, o Japão encerrou a sua participação com três derrotas em três jogos. Mesmo assim, deixa o Brasil com moral depois da grande partida contra a Itália, na rodada passada. Os japoneses haviam sido derrotados por 4 a 3 no melhor jogo da Copa das Confederações até agora.

Com os resultados deste última rodada, o Japão terminou na quarta e última colocação do Grupo A. O México ficou em terceiro, com três pontos. A liderança da chave coube ao Brasil, com nove pontos e 100% de aproveitamento. A Itália, derrotada por 4 a 2 pelos brasileiros, terminou a primeira fase com seis pontos.

O JOGO - Japão e México fizeram um primeiro tempo morno no Mineirão, graças principalmente à eficiência dos mexicanos em neutralizar a velocidade dos rivais. Sem demonstrar cansaço depois da dura batalha com a Itália, na rodada passada, o time asiático tentou surpreender no início e mostrou bom volume de jogos nos primeiros minutos.

Aos 4, Kagawa entrou na área e bateu na saída do goleiro Ochoa, que fez boa defesa. Quatro minutos depois, Endo bateu de longe e Okazaki, dentro da área, desviou para as redes. O árbitro, contudo, assinalou impedimento duvidoso.

Apático em campo, o México se segurou na defesa e logo conteve o ímpeto ofensivo dos japoneses. Aos poucos, passou a cadenciar a partida no meio de campo e controlava a posse de bola sem fazer maior esforço. Em uma evolução gradual, levou perigo somente aos 39 minutos. Guardado, livre de marcação, cabeceou firme e acertou a trave.

Depois do tímido primeiro tempo, o México voltou do intervalo disposto a se impor em campo. E, aproveitando o cansaço evidente dos japoneses, cercou a área adversária. Aos 6 minutos, Jimenez cabeceou com perigo dentro da pequena área, mas Kawashima fez grande defesa à queima-roupa.

Na sequência, o goleiro japonês nada pôde fazer quando Guardado levantou na área e Chicharito se antecipou à zaga para cabecear para o gol, aos 9 minutos: 1 a 0. O mesmo atacante ampliou, em nova cabeçada, aos 20, após cobrança de escanteio na área e desvio de Mier na primeira trave.

O lance praticamente sacramentou a vitória mexicana. Sem esconder o abatimento, o recuado Japão restringia suas investidas no ataque em lances de contragolpe. Na única boa jogada no segundo tempo, o time asiático descontou aos 40 minutos, em finalização de Okazaki, em posição duvidosa, após cruzamento de Endo.

Nos acréscimos, o México teve chance de ampliar o marcador. Mas Chicharito desperdiçou grande oportunidade aos 46 minutos. Em cobrança de pênalti sofrido por ele mesmo, parou na defesa de Kawashima. No rebote, dentro da pequena área, mandou no travessão.

FICHA TÉCNICA

JAPÃO 1 x 2 MÉXICO

JAPÃO - Kawashima; Sakai (Uchida), Kurihara, Konno e Nagatomo (Nakamura); Hosogai, Endo, Okazaki, Honda e Kagawa; Maeda (Yoshida). Técnico: Alberto Zaccheroni.

MÉXICO - Ochoa; Mier, Reyes, Moreno e Torres; Torrado, Zavala, Guardado (Salcido), Giovani dos Santos (Barrera); Jimenez (Aquino) e Chicharito Hernández. Técnico: José Manuel de la Torre.

GOLS - Chicharito Hernández, aos 8 e aos 20, e Okazaki, aos 40 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Sakai (Japão); Ochoa (México).

ÁRBITRO - Felix Brych (Fifa/Alemanha).

RENDA - Não disponível.

PÚBLICO - 52.690 pagantes.

LOCAL - Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte (MG).

Cerca de dez mil manifestantes, segundo estimativa da Polícia Militar (PM), deixaram no início da tarde deste sábado a Praça Sete de Setembro, no Centro de Belo Horizonte, em direção à região da Pampulha, onde será realizado durante a tarde o jogo entre Japão e México pela Copa das Confederações. O trecho na capital mineira é de aproximadamente 10 quilômetros (10 km). A concentração teve início no fim da manhã e o objetivo dos manifestantes é se aproximar do Estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão, onde será realizada a partida, mas o governo mineiro informou que o grupo não terá acesso à arena.

Policiais mineiros e integrantes da Força Nacional de Segurança fazem bloqueios em cinco pontos de acesso ao estádio, dos quais só serão autorizados a passar pessoas com ingressos ou credenciadas para o jogo. Na última segunda-feira (dia 17), quando manifestantes tentaram se aproximar do Mineirão durante jogo entre Taiti e Nigéria houve confronto com a PM.

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O protesto deste sábado é o sétimo realizado na capital e, como nos demais, há uma série de reivindicações que inclui passe livre no transporte coletivo, melhoria na Saúde e Educação, pedidos para a saída de Renan Calheiros (PMDB) da Presidência do Senado, contra o chamado ato médico aprovado pela Casa, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 37 que restringe os poderes de investigação do Ministério Público e outras.

"Há problemas antigos que precisam ser resolvidos", afirmou Beatriz Cerqueira, presidente da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT-MG) e integrante do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação do Estado (Sind-UTE), que também participa do protesto.

A manifestação teve início em clima de festa, com a participação até mesmo de crianças. Enquanto aguardavam para iniciar a passeata, manifestantes promoverem roda de capoeira, oficina de confecção de cartazes e outras atividades. A caminhada teve início ao som de "Para não dizer que não falei das flores", de Geraldo Vandré, símbolo dos protestos contra o governo durante o período da ditadura militar.

Segundo a PM, até o início da tarde não havia registro de nenhuma ocorrência no protesto. Além da capital, também são realizadas manifestações em outros municípios mineiros, como Contagem, Betim e Santa Luzia, entre outras.

Violência. No fim da noite de sexta-feira (dia 21), dois policiais foram baleados quando tentavam impedir que manifestantes invadissem a sede da empresa Transimão, responsável pelo transporte público em Ribeirão das Neves, na região metropolitana da capital. Os dois militares permanecem internados. O suspeito de ter atirado não havia sido preso até o fim da manhã de hoje.

O presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG), desembargador Joaquim Herculano Rodrigues, decidiu liberar o uso do Estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão, mesmo sem uma série de obras de adaptação para garantir acessibilidade a portadores de deficiência na arena.

Nesta terça-feira, o magistrado atendeu pedido do governo do Estado e cassou liminar que previa a interdição da arena em 30 dias caso as alterações não fossem feitas. O Executivo é o proprietário do Mineirão, mas concedeu a administração do espaço por 25 anos ao consórcio Minas Arena, que é o responsável pelas obras de adaptação.

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A interdição do estádio foi pedida pelo Ministério Público Estadual (MPE), após os responsáveis pela arena descumprirem duas vezes prazos dados para que as adaptações fossem realizadas. Apesar de negar o fechamento imediato, a juíza Lílian Maciel Santos, da 2ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias da capital, deu prazo de 30 dias para que as obras fossem realizadas, com possibilidade de interdição em caso de novo descumprimento.

Porém, o governo recorreu ao TJ-MG alegando que não é o responsável pelas obras e que exerce "o poder fiscalizatório e punitivo", mas admitindo também a possibilidade de as adaptações não serem feitas no prazo. De acordo com o recurso, a interdição causaria "evidente imposição de prejuízo irreversível ao ente público e a toda a população mineira" pois o fechamento do estádio "importará no flagrante descumprimento dos acordos internacionais firmados pelo Estado de Minas Gerais, com danosos, imprevisíveis e certamente irreversíveis efeitos ao erário e à ordem pública e à economia popular".

Em sua argumentação, Joaquim Herculano em nenhum momento cita a questão da acessibilidade, mas lembra o acordo que prevê a disponibilização do estádio para "uso exclusivo" da Fifa entre 24 de maio e 3 de julho e alegou que a é "inegável a magnitude do impacto social, financeiro e econômico dessa interdição para a coletividade, sobretudo durante a realização de evento internacional, previamente agendado e em relação ao qual há enormes expectativas".

Para o desembargador, o fechamento do estádio, que poderia ser determinado em meio à Copa das Confederações, que começa no próximo dia 15, "tem potencial para provocar previsíveis distúrbios à ordem pública".

Totalmente reformado para sediar jogos da Copa das Confederações, de 15 a 30 de junho, e da Copa do Mundo de 2014, o Estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte, corre o risco de ficar subutilizado e de se tornar cenário apenas de partidas com expectativa de grande público. Nesta terça-feira, a direção do Cruzeiro notificou o Minas Arena, consórcio responsável pela administração do estádio, para a possibilidade de rescisão do contrato para o clube mandar suas partidas no local. O Atlético-MG já havia se recusado a assinar contrato com o consórcio por considerar "imorais" os termos do acordo e adotou o Estádio Independência, também na capital mineira, como sua "casa".

Em seu site oficial, o Cruzeiro acusa o Minas Arena de "diversas infrações" no contrato, como "falha na prestação de serviço ao torcedor, ausência de informação adequada, não concessão de vagas de estacionamento ao clube, falta de transparência, ausência de prestação de contas, inadimplência e atraso no pagamento de verbas estabelecidas, dentre tantas outras". A nota é assinada pelo presidente do clube, Gilvan de Pinho Tavares, que informa à torcida cruzeirense a possibilidade de o time atuar no Mineirão apenas nas partidas de "grande porte" e optar por outras arenas para jogos com expectativa de público menor.

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O atrito com o consórcio - que levou a direção cruzeirense a notificar extrajudicialmente o Minas Arena - engrossou quando o hino atleticano foi executado no sistema de som do Mineirão no último domingo, quando o Atlético-MG, mesmo perdendo de 2 a 1 para o Cruzeiro, conquistou o título do Campeonato Mineiro - foi campeão porque tinha vencido o primeiro jogo da final, quando teve o mando no Independência, por 3 a 0. Segundo Gilvan de Pinho Tavares, o hino do rival foi veiculado "em exato momento em que a torcida do Cruzeiro demonstrava seu apoio à equipe" cantando o próprio hino.

Para a direção cruzeirense, o ato configurou "ataque frontal", "golpe vil" e "desrespeito à instituição que tem o Mineirão como sua casa". A notificação, dirigida ao presidente do Minas Arena, Ricardo Salles de Oliveira Barra, afirma ainda que o consórcio cometeu uma "afronta desmedida, impensada e inoportuna" e que, além de "aleivosia gratuita", o fato poderia ter desencadeado violência por parte da torcida "que teve seu brado contido no seu próprio lar".

O Mineirão foi reinaugurado em dezembro, após uma reforma que demorou mais de dois anos. E a primeira partida realizada no local, também entre Cruzeiro e Atlético-MG, no início de fevereiro, foi marcada por uma variedade de problemas. Torcedores não tinham como comprar alimentos ou bebidas porque os bares estavam fechados, não havia água nos bebedouros nem nos banheiros, que estavam sujos e sem iluminação, e faltou lugar para cadeirantes.

No início de maio, o Ministério Público Estadual (MPE) também entrou com ação judicial pedindo a interdição da arena por causa de uma série de problemas de acessibilidade. A Justiça negou a liminar pedida pelo MPE, mas deu prazo de 30 dias para o Minas Arena fazer as adaptações necessárias, com risco de o local ser interditado judicialmente em caso de descumprimento. A reportagem entrou em contato com a assessoria do consórcio, mas, até o começo da noite desta terça-feira, não houve retorno.

Enquanto o governo de Minas e os arquitetos que fizeram o projeto executivo do novo Mineirão saíram nesta quarta-feira em defesa da acessibilidade do estádio, o procurador do Ministério Público e presidente da Comissão da Copa do Mundo José Antonio Baeta, defendeu a interdição da arena. Na última terça-feira, o MP entrou com uma ação na Justiça com pedido de liminar para suspender o funcionamento do local até que problemas apontados no acesso a portadores de deficiência física fossem resolvidos.

Baeta afirmou que as dificuldades ficaram evidentes após os shows dos cantores Elton John e Paul McCartney, este realizado no último final de semana. "Se a Justiça entender que as normas da ABNT devem ser observadas, o Mineirão deve ser fechado até que as obras sejam concluídas", disse.

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Segundo ele, com a realização dos dois grandes eventos, ficou clara a violação aos direitos dessas pessoas. "Nas áreas mais caras, elas tiveram grande dificuldade de acesso. Não havia rampas. No show do Paul, tinha uma pessoa do meu lado com muleta e ela tinha grande dificuldade de locomoção", afirmou o procurador.

Para o governador de Minas, Antonio Anastasia, no entanto, a ação do MP foi "pouco razoável". "Foi uma ação pouco razoável porque, na realidade, a construção do Mineirão obedeceu não só aos encargos da Fifa, mas as normas técnicas de acessibilidade, que são muito importantes, como também a Lei Geral da Copa". Anastasia disse que o estado acompanha a ação porque é réu e está prestando os esclarecimentos à Justiça. Ele disse acreditar que a situação "vai se solucionar positivamente".

O arquiteto Marcelo Fontes, um dos autores do projeto executivo, questiona o relatório do MP. "Ele cita, por exemplo, que a Lei Municipal diz que os banheiros de deficientes tem que ser externos, e a norma diz que ele tem que ser dentro dos banheiros convencionais, para que as pessoas não sejam excluídas. Eu concordo com a prefeitura. Como um acompanhante homem vai ajudar uma cadeirante dentro do banheiro feminino?", pergunta o arquiteto. Segundo ele, os lugares para os cadeirantes são os melhores do estádio e contam com rampa.

Fontes critica também, entre outras coisas, a exigência de acesso direto do cadeirante ao campo. "Está previsto até, mas jamais será usado. O uso do campo é muito restrito, é só atleta", afirma. O arquiteto considera as ponderações do MP legítimas, mas diz que tratam de pequenos detalhes que em "nada impedem o uso por um cadeirante ou pessoa com mobilidade reduzida". Um exemplo que ele lista é a exigência de telefone público para os deficientes. "O estádio não tem telefone público nenhum, a lei não prevê isso, a tendência é de que os telefones públicos desapareçam", criticou.

As colocações do MP estão sendo analisadas pelo setor jurídico do governo de Minas, que tem até sexta-feira para apresentar suas justificativas à Justiça. A assessoria do Tribunal de Justiça informou que uma decisão sobre o caso só deve ser tomada na próxima semana. O promotor responsável pela ação, Rodrigo Filgueira, afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que está entrando de férias nesta quarta-feira e que, quando retornar, daqui a 15 dias, vai analisar também a possibilidade de entrar com uma ação contra o mesmo tipo de problema que segundo ele existiria no Estádio Independência, em Belo Horizonte.

Na última terça-feira, a Secretaria de Estado Extraordinária da Copa do Mundo solicitou à Fifa que seja adiado "ao máximo" a entrega do Independência para a Copa das Confederações, que será realizada em junho. O local será usado como centro de treinamento das equipes. A razão alegada, segundo a Secopa, é de que os clubes mineiros ficariam sem "casa" para jogar suas partidas com mando de campo pelo Brasileirão. A data prevista para "entrega" é no dia 25 de maio.

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