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Um empresário foi preso no Recife, nesta terça-feira (14), dentro da Operação Máfia Capital, do Rio Grande do Norte. A ação apura fraudes na contratação de veículos, maquinário e pessoal para coleta de lixo na cidade de Caicó-RN.

O alvo no Recife foi identificado como Luiz Guilherme Salzano Leite, proprietário da empresa Viacon, que atua no ramo da construção civil, limpeza urbana, drenagem, infraestrutura urbana e outros. Contra ele, foi cumprido um mandado de prisão temporária. Mais três mandados de busca são cumpridos na empresa e contra funcionários no Recife e em Jaboatão dos Guararapes.

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São investigados na operação os crimes de organização criminosa, fraude a licitações, peculato e corrupção ativa e passiva. Além dos mandados no Rio Grande do Norte e Pernambuco, também foram expedidos mandados para São Paulo. Outro empresário e um ex-secretário municipal de Caicó foram presos.

A Operação Máfia Capital é capitaneada pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) e conta com o apoio do Ministério Público de Pernambuco através do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de Pernambuco (Gaeco-PE). A investigação é desdobramento das operações Cidade Luz, que investigava contrato de iluminação pública da Prefeitura de Natal; e Blackout e Tubérculo, responsáveis por apurar fraudes no contrato de iluminação pública da Prefeitura de Caicó. O LeiaJá procurou a Viacon, mas as ligações não foram atendidas.

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) e do Rio Grande do Norte (MPRN) deflagraram na manhã desta quinta-feira (5) uma operação para o cumprimento de um mandado de busca e apreensão na cidade de Sousa, Sertão da Paraíba.

De acordo com informações da assessoria do MPPB, a operação tem o objetivo de combater os crimes de lavagem de dinheiro e corrupção. A informação de que um delegado seria o alvo da operação não foi confirmada pelo MPPB. Por volta das 8h15 desta manhã o mandado tinha sido cumprido e a ação que conta com o apoio da Polícia Civil do Rio Grande Norte tinha sido encerrada na cidade de Sousa.

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O promotor Samuel Miranda Colares, da cidade de Sousa, disse que o mandado foi cumprido numa residência e foi expedida pela justiça do Rio Grande do Norte, da comarca de Apodi, e que outras informações serão dadas apenas com autorização do Ministério Público e da polícia do Rio Grande do Norte.

 

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) ofereceu denúncia contra dois ex-secretários de estado, um representante do Comitê Organizador Local (COL), um arquiteto proprietário de uma empresa de consultoria e ainda servidores públicos potiguares, por fraude em contrato relativo à Arena das Dunas, estádio construído em Natal que recebeu quatro jogos da Copa do Mundo de 2014. Na denúncia, a Promotoria de Defesa do Patrimônio Público pede ainda que seja reparado o total de R$ 2.674.822,85 aos cofres públicos. A denúncia foi acatada pelo juiz da 6ª vara Criminal de Natal.

A denúncia é resultado de um inquérito civil instaurado para apurar a regularidade da contratação, pela Secretaria de Turismo do Rio Grande do Norte (Setur), da empresa Stadia Projetos Consultoria e Engenharia Ltda para a prestação dos serviços especializados no desenvolvimento dos projetos básicos complementares relativos à Arena das Dunas. Essa contratação foi realizada mediante inexigibilidade de licitação em razão de uma suposta notória especialização da empresa, o que se mostrou direcionada, principalmente pelo fato de a Stadia ter sido constituída havia menos de um ano.

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O ex-titular da Setur Múcio Gurgel de Sá, o ex-secretário extraordinário para Assuntos Relativos à Copa do Mundo (Secopa) Fernando Fernandes de Oliveira, a ex-coordenadora da Assessoria Jurídica da Setur Adriana Andrade Sinedino de Oliveira, o principal sócio da empresa Stadia, Danilo Roberto de Carvalho, e ainda Carlos de La Corte, que foi membro do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo 2014 (COL), foram denunciados pelo crime de inexigibilidade indevida, previsto no artigo 89 da Lei de Licitações.

Apesar da cláusula décima terceira do contrato colocar a subcontratação total ou parcial como causa para rescisão unilateral do acordado, foi constatado que a Stadia utilizou-se desse expediente na quase totalidade dos serviços a que se obrigou, com a anuência da Comissão de Recebimento dos trabalhos, composta por Adriana Oliveira, Carlos Alexandre Varella Duarte e Túlio Fernandes de Mattos Serejo. Por essa razão, eles e Danilo Roberto de Carvalho foram denunciados pelo artigo 92 da mesma Lei de Licitações.

Para o MPRN, Fernando Fernandes e Adriana Oliveira também cometeram o crime de falsidade ideológica, previsto no artigo 299 do Código Penal. Fernando Fernandes, por declarar que a Stadia era a única empresa apta ao serviço a ser contratado, a despeito de sua curta existência no mercado e do fato de haver outras firmas gabaritadas ao serviço. Adriana Oliveira, por declarar que as ressalvas da Procuradoria-Geral do Estado, que à época alertava para a necessidade de preenchimento de requisitos prévios à contratação, haviam sido cumpridas, sem que tal correspondesse à realidade.

Na denúncia, a Promotoria de Defesa do Patrimônio Público frisa que a documentação coletada no inquérito civil, juntamente com os autos de uma Tomada de Contas instaurada no âmbito do Tribunal de Contas do Estado (TCE) leva à conclusão de que os denunciados forjaram uma situação de excepcionalidade visando exclusivamente proceder à contratação direta da Stadia, o que decorreu de antiga parceria mantida entre Carlos de La Corte, representante do COL, e Danilo Roberto de Carvalho, sócio da empresa contratada.

A denúncia já foi acatada pela Justiça do Rio Grande do Norte. No documento, o MPRN pede ainda que os réus sejam condenados ao pagamento de R$ 2.674.822,85 a título de reparação dos danos causados, com base em relatório do corpo técnico do Tribunal de Contas do Estado.

Fonte: Ministério Público do Rio Grande do Norte

Cinco pessoas foram presas em Pernambuco dentro da Operação Cidade Luz, do Rio Grande do Norte (RN), que investiga o desvio de mais de R$ 22 milhões da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos de Natal (Semsur). Os acusados foram detidos através de mandados de prisão temporária, que autoriza a reclusão por cinco dias.

Os presos no Estado são os empresários Alberto Cardoso Correia do Rego Filho, Epaminondas da Fonseca Ramos Júnior, Jorge Cavalcanti Mendonaça e Silva, Maurício Custódio Guabyra e Maurício Ricardo de Moraes Guerra. As prisões ocorreram no Recife, Jaboatão dos Guararapes e uma delas no Arquipélago de Fernando de Noronha. 

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Os investigadores da Operação Cidade Luz dizem ter elementos que apontam para a formação de um cartel com participação de empresas de Pernambuco que se relacionam entre si e se revezavam na prestação de serviços para a Semsur. “Era uma contratação reiterada de alguns serviços como a manutenção da iluminação pública da cidade, sem que nunca se concluísse a licitação, invariavelmente com esses serviços sendo prestados por empresas de Pernambuco, como se no Rio Grande do Norte e em nenhum outro estado da federação tivessem empresas com capacidade de realizar o serviço”, pontuou o titular da 35ª Promotoria de Justiça, Giovanni Rosado.

Há indícios de superfaturamento e pagamento de propinas relativos a contratos firmados entre as empresas e a Semsur não só para a prestação de serviços referentes à manutenção, mas também outros serviços como a decoração natalina e vias especiais.  O ex-secretário de Serviços Urbanos de Natal Raniere Barbosa foi afastado do mandato de vereador e do cargo de presidente da Câmara Municipal de Natal. Ele está proibido de ir à Câmara Municipal, à Semsur e à Controladoria do Município.

Dados da Controladoria Geral do Município de Natal demonstraram, segundo o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), que entre os anos de 2013 e 2017 as empresas Alclog, Ancar, Enertec, FGTech, Geosistemas, Lançar, Real Energy e Servilight, todas sediadas em Pernambuco, foram beneficiárias de pagamentos no montante de R$ 73 milhões. O MPRN estima superfaturamento médio de 30% no valor dos contratos celebrados.

Todos os empresários presos em Pernambuco, além dos demais presos Allan Emmanuel Ferreira da Rocha e Felipe Gonçalves de Castro, são acusados de se associarem em organização criminosa e monopolizar os contratos  de serviços de iluminação pública da Semsur pelo menos desde o ano de 2013, mediante controle de mercado, corrupção de agentes públicos, peculato, lavagem de capitais e fraudes nas licitações e contratações diretas. A investigação concluiu que eles se utilizam de firmas que participavam das licitações apenas para simular a ocorrência de disputa. Esses sete integrariam o “núcleo empresarial” do esquema.

Já os agentes públicos integram o chamado “núcleo administrativo”, sendo recrutados para viabilizar contratações e pagamentos em favor do esquema criminoso.  De acordo com o MPRN, ao assumirem o comando da Semsur em janeiro de 2013, o ex-secretário Raniere Barbosa, o secretário adjunto, Sérgio Emerenciano, e o diretor do Departamento de Iluminação Pública, Antônio Fernandes, foram cooptados para o núcleo administrativo da organização e passaram a atuar para assegurar a presença do cartel no domínio dos contratos se serviços de iluminação pública da secretaria.

Por Hana Dourado

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) entrou com pedido de liminar para anular a posse do prefeito em exercício, Ney Lopes Junior. O processo foi encaminhado na tarde de ontem (18) ao juiz Airton Pinheiro da 5ª Vara de Fazenda Pública de Natal.

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O Ministério Público questiona a renúncia do presidente da Câmara de Vereadores de Natal, Edivan Martins (PV), como prefeito de Natal após Paulinho Freire renunciar seu cargo devido a sua diplomação como vereador na última sexta-feira.

Na visão dos promotores, o presidente do Legislativo só poderia abrir mão do cargo de prefeito se ele renunciasse a sua função na Câmara Municipal. No caso em questão, o MPRN enxerga que Edivan Martins "por uma mera liberalidade, alegando questões particulares 'passou a vez', como se estivesse num jogo de dominó ou cartas”, pondo em xeque a institucionalidade da cidade.

"Não obstante tal fato, o vereador Edivan Martins Teixeira não assumiu a Prefeitura do Natal nem se afastou, por renúncia ou qualquer outra forma legal, do cargo de Presidente da Câmara, apenas declarando que não tinha interesse em assumir o cargo de Prefeito Municipal de Natal", reforçam os promotores Beatriz Azevedo de Oliveira, Afonso de Ligório, Giovanni Rosado e Flávio Sérgio Pontes na Ação Civil Pública.

A ação tem como réus o atual prefeito de Natal, Ney Lopes Júnior, o presidente da Câmara Municipal, vereador Edivan Martins (PV), a própria Câmara Municipal e a Prefeitura de Natal. Além do pedido de afastamento do prefeito da capital do Rio Grande do Norte, o Ministério Público pede a aplicação de multa diária e individual no valor de R$ 30 mil a ser custeada pessoalmente por Edivan Martins e Ney Lopes Júnior, caso haja o descumprimento da decisão judicial.

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