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A apresentação de duas "múmias" descritas como corpos de seres não humanos no Congresso do México, na terça-feira (12), causou espanto e fez com os memes se multiplicassem em todo o mundo. Os dois "espécimes", que o ufólogo e jornalista mexicano Jaime Maussan disse terem sido encontrados no Peru, eram de estatura pequena e cor calcária; cada um tinha mãos com três dedos e o que pareciam ser cabeças encolhidas ou ressecadas.

"É a rainha de todas as evidências", disse Maussan. "É isso: se o DNA está nos mostrando que eles são seres não humanos e que não há nada parecido com isso no mundo, nós deveríamos considerar isso como tal." Mas ele alertou que ele ainda não queria se referir aos corpos como "extraterrestres".

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Os corpos aparentemente dessecados teriam sido encontrados no subsolo do arenoso deserto costeiro peruano de Nazca. A área é conhecida por figuras gigantescas e enigmáticas escavadas na terra e vistas apenas de uma perspectiva aérea. A maioria atribui as Linhas de Nazca a antigas comunidades indígenas, mas as formações capturaram a imaginação de muitos.

Em 2017, Maussan fez alegações semelhantes no Peru, e um relatório do Ministério Público do país concluiu que os corpos eram, na verdade, "bonecos fabricados recentemente, que foram cobertos com uma mistura de papel e cola sintética para simular a presença de pele".

O relatório acrescenta que as figuras são quase certamente feitas pelo homem e que "não são restos mortais de alienígenas ancestrais que tentaram apresentar". Os órgãos não foram divulgados publicamente na época, por isso não está claro se são os mesmos apresentados ao congresso do México.

Universidade nega

Durante sua apresentação, o ufólogo e comunicador do México afirmou que os dois corpos encontrados no Peru tinham mais de mil anos segundo pesquisa realizada pelo Laboratório Nacional de Espectrometria de Massa com a Universidade Nacional Autônoma do México. No entanto, o laboratório afirmou posteriormente em comunicado que o trabalho de datação por carbono-14 naquele laboratório "visa apenas determinar a idade da amostra que cada utilizador traz e em nenhum caso tiramos conclusões sobre a origem das referidas amostras".

O laboratório universitário que realizou os testes "desassocia-se de qualquer uso, interpretação ou subsequente deturpação dos resultados que fornece", disse o instituto. "Em nenhum caso tiramos conclusões sobre a origem dessas amostras."

Na quarta-feira (13), Julieta Fierro, uma pesquisadora do Instituto de Astronomia da Universidade Nacional Autônoma do México, estava entre aqueles que expressaram ceticismo, dizendo que muitos detalhes sobre as figuras "não fazem sentido".

Da mesma forma, como o laboratório da universidade, ela acrescentou que as alegações dos investigadores de que a sua universidade endossou a sua suposta descoberta eram falsas, e observou que os cientistas precisariam de tecnologia mais avançada do que os raios X que alegavam usar para determinar se os corpos alegadamente calcificados eram "não humanos".

"Maussan fez muitas coisas. Ele diz que conversou com a Virgem de Guadalupe", disse ela. "Ele me disse que os extraterrestres não falam comigo como falam com ele, porque eu não acredito neles." A cientista acrescentou que pareceu estranho que eles extraíram o que certamente seria um "tesouro de uma nação" do Peru sem convidar o embaixador peruano.

No mesmo sentido, Antígona Segura, uma das principais astrobiólogas do México, questionou as afirmações de Maussan. "Estas conclusões simplesmente não são apoiadas por evidências", disse o Dr. Segura, que colabora com o Nexus for Exoplanet System Science, uma iniciativa da Nasa para procurar vida em mundos distantes. "A coisa toda é muito vergonhosa."

(Com agências internacionais)

A Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa) apresentará nesta quinta-feira (14) um estudo independente sobre fenômenos anômalos não identificados (UAP), encomendado em 2022. A apresentação será transmitida ao vivo, às 11 horas, horário de Brasília, diretamente da seda da agência em Washington, nos Estados Unidos. É possível conferir pela TV Nasa, App Nasa e pelo site da agência.

Segundo a Nasa, o objetivo do relatório é oferecer informações sobre possíveis dados que poderiam ser coletados no futuro para esclarecer a natureza e a origem dos OVNIs. "O relatório não é uma revisão ou avaliação de observações anteriores não identificáveis", afirma a agência.

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A Nasa define UAP como observações de eventos no céu que não podem ser identificados como aeronaves ou fenômenos naturais conhecidos do ponto de vista científico. "Atualmente, há um número limitado de observações de alta qualidade de OVNIs, o que torna impossível tirar conclusões científicas firmes sobre sua natureza", disse a agência.

Veja quem serão os participantes da apresentação:

Bill Nelson, administrador da Nasa.

Nicola Fox, administradora associada da diretoria de Missões Científicas, na sede da Nasa, em Washington.

Dan Evans, vice-administrador associado assistente de pesquisa e da diretoria de Missões Científicas da Nasa.

David Spergel, presidente da Simons Foundation e presidente da equipe de estudo independente de OVNIs da Nasa.

"Nós não estamos sozinhos, e as autoridades dos Estados Unidos estão escondendo evidências", declarou nesta quarta-feira (26) um ex-funcionário de inteligência dos Estados Unidos perante um comitê do Congresso.

David Grusch testemunhou que acredita "absolutamente" que o governo possui um fenômeno aéreo não identificado, ou UAP, na sigla em inglês que substituiu Objetos Voadores Não Identificados (Ovni) na terminologia oficial, bem como restos de suas operações não humanas.

"Durante o exercício de minhas funções oficiais, fui informado sobre um programa de várias décadas para recuperar restos de acidentes envolvendo UAPs e realizar engenharia reversa", disse Grusch.

"Com base nos dados que coletei, tomei a decisão de relatar essa informação a meus superiores e a vários membros da inspeção geral, tornando-me um denunciante", explicou.

Quando pressionado para fornecer detalhes durante a audiência, Grusch reiterou várias vezes que não poderia comentar em um ambiente público devido à classificação sigilosa das informações.

Ele afirmou que o governo dos Estados Unidos está ocultando informações sobre UAPs não apenas do público, mas também do Congresso, e que pessoalmente entrevistou pessoas com conhecimento direto sobre naves não humanas.

"Meu depoimento é baseado em informações que venho recebendo de indivíduos com uma longa trajetória de legitimidade e serviço a este país, muitos dos quais também compartilham evidências convincentes, como fotografias, documentação oficial e depoimentos orais classificados", disse Grusch aos legisladores.

O representante norte-americano Tim Burchett apoia a ideia de que o governo tem ocultado informações e disse no início da audiência (na qual dois ex-funcionários da Marinha também testemunharão sobre avistamentos de UAPs) que "o que está encoberto será descoberto".

- "Não temos respostas" -

"Este é um assunto de transparência governamental. Não podemos confiar em um governo que não confia em seu povo", disse.

Questionado sobre a existência de vida além da Terra, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, afirmou que não possui uma posição definitiva sobre o assunto.

"O que acreditamos é que existem fenômenos aéreos inexplicados que foram relatados e informados por pilotos da Marinha e da Força Aérea", disse ele, acrescentando: "Não temos respostas sobre o que são esses fenômenos".

Sean Kirkpatrick, chefe do escritório do Pentágono criado para identificar os UAPs que representam potenciais ameaças, informou aos legisladores no início do ano que não havia identificado sinais de atividade alienígena.

O Escritório de Resolução de Anomalias em Todos os Domínios (AARO, sigla em inglês) "não encontrou até agora evidências críveis de atividade extraterrestre, tecnologia de fora deste mundo ou objetos que desafiem as leis conhecidas da física", testemunhou Kirkpatrick em abril.

Entretanto, o governo dos Estados Unidos começou a levar o assunto dos UAPs mais a sério nos últimos anos.

A Nasa realizou sua primeira reunião pública sobre o assunto em maio e instou a abordagem científica mais rigorosa para esclarecer a origem de centenas de avistamentos misteriosos.

O Pentágono também começou a prestar especial atenção ao tema após uma série de avistamentos inexplicáveis por parte de pilotos da Marinha e da Força Aérea.

A preocupação central foi que esses avistamentos poderiam se tratar de tecnologia de vigilância aérea usada pela China para coletar informações de inteligência sobre defesas dos Estados Unidos.

Não há evidência convincente de vida extraterrestre associada a objetos voadores não identificados (óvnis). Essa foi a conclusão apresentada pela Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa), na primeira reunião pública sobre o tema, realizada na quarta-feira (31). Um dos obstáculos para isso ainda é a falta de informações de qualidade, problema que pode ser amenizado com a colaboração da população, segundo a agência.

No encontro, que antecipou os principais pontos de um relatório que será publicado pela Nasa possivelmente em julho, os cientistas da agência dedicados a pesquisar fenômenos anômalos não identificados ("UAPs", em inglês), os populares óvnis ou UFOs, explicaram ainda há escassez de dados úteis e de qualidade sobre os avistamentos.

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"Os esforços atuais de coleta de dados sobre UAPs são assistemáticos e fragmentados em várias agências, muitas vezes usando instrumentos não calibrados para coleta de dados científicos", disse David Spergel, que lidera o grupo de trabalho da Nasa formado em 2022 para examinar as informações existentes sobre os fenômenos.

Spergel ainda afirmou que o grupo "sente que muitos eventos permanecem não relatados". Uma das possíveis explicações para isso é o estigma que ronda o assunto. Desconfiança, deboche e teorias da conspiração, muitas vezes, acabam impedindo ou dificultando um diálogo sobre UAPs com a seriedade que a ciência exige.

"Os pilotos comerciais, por exemplo, relutam muito em relatar anomalias. E um de nossos objetivos, e ter a Nasa desempenhando um papel, é remover o estigma e obter dados de alta qualidade", disse o cientista. A partir do painel realizado, o grupo também quis encorajar os pilotos de linhas aéreas e militares se manifestarem quando virem um objeto não identificado, sem temer constrangimento.

App

Outra forma de fomentar os dados sobre os aparecimentos seria incentivando a própria população a compartilhar os seus relatos. A sugestão de Spergel seria um aplicativo de celular, que permitiria a coleta de dados.

"Existem de três a quatro bilhões de telefones celulares no mundo", disse Spergel. "Os telefones celulares não gravam apenas imagens, estamos todos acostumados com câmeras de celulares, mas eles medem o campo magnético local, são gravitômetros, medem som, codificam uma quantidade enorme de informações sobre o ambiente ao seu redor", argumentou o cientista.

"Se você tem algo visto por vários telefones celulares, com bons dados de registro de data e hora, em vários ângulos, pode inferir a localização e a velocidade desse objeto", disse Spergel. "Na maioria das vezes, isso dirá que é um avião, é um balão, seja o que for. E se for algo novo, você tem dados de alta qualidade e uniformemente selecionados que podem ser usados.", complementou.

Com a ferramenta, os dados podem ser combinados com informações coletadas pelos radares oficiais e dados obtidos a partir de outros sensores, para poder filtrar o que realmente é importante, eliminando o que pode ser normal, como um balão, por exemplo. Assim, a agência conseguiria ter acesso a um número muito maior de dados, com potencial para novas descobertas.

Na primeira reunião pública da Nasa sobre "objetos voadores não identificados", conhecidos como óvnis, os cientistas pediram, nesta quarta-feira (31), uma abordagem científica mais rigorosa para esclarecer a origem de centenas de avistamentos misteriosos.

No ano passado, a agência espacial anunciou que estava analisando observações no céu que não podem ser identificadas como fenômenos aéreos ou naturais, um tema que fascina o público há bastante tempo, mas foi rejeitado pela ciência convencional.

Uma equipe independente de 16 cientistas deve apresentar suas conclusões em um relatório no final de julho. A reunião de trabalho desta quarta será um fórum para suas deliberações finais.

"Os dados atuais e os relatórios de testemunhas não bastam por si só para proporcionar provas conclusivas", declarou o astrofísico David Spergel, presidente do estudo, em declarações transmitidas ao vivo.

"Uma das lições que tiramos é a necessidade de mais dados de alta qualidade e de dados medidos com instrumentos bem calibrados, múltiplas observações e a necessidade de uma conservação de dados de alta qualidade", acrescentou.

Ao longo de 27 anos foram reunidos mais de 800 eventos, dos quais entre 2% e 5% são considerados possivelmente anômalos, explicou a jornalista científica Nadia Drake, participante do estudo.

Estes são definidos como "qualquer coisa que não seja facilmente compreensível pelo operador ou pelo sensor" ou "que está fazendo algo estranho".

Um exemplo de fenômeno inexplicável é um globo metálico voador avistado por um drone MQ-9 em um lugar não revelado do Oriente Médio, afirmou Sean Kirkpatrick, diretor do escritório de Resolução de Anomalias em Todos os Domínios do Pentágono, ao reproduzir um vídeo exibido pela primeira vez ao Congresso dos EUA no mês passado.

"Este é um exemplo típico de uma coisa que vemos a maioria das vezes. Vemos isso por todo o mundo, fazendo manobras aparentes muito interessantes", acrescentou.

Enquanto as sondas e os exploradores da Nasa rastreiam o sistema solar em busca de fósseis de micróbios antigos, e seus astrônomos buscam sinais de civilizações inteligentes em planetas distantes, esta é a primeira vez que a Nasa investiga fenômenos inexplicáveis nos céus da Terra.

A postura da agência no passado era "desacreditar" tais avistamentos, o que reforçava o estigma sobre a busca por vida extraterrestre.

O trabalho da Nasa, que se baseia em material não classificado, é independente de uma investigação do Pentágono, embora haja coordenação entre ambos em questões de aplicação de ferramentas e métodos científicos.

"Até o dia de hoje, na literatura científica arbitrada, não há provas conclusivas que sugiram uma origem extraterrestre para os objetos voadores não identificados", resumiu a jornalista Nadia Drake.

O registro e posterior derrubada de objetos voadores não identificados (óvnis) nos Estados Unidos e Canadá têm chamado a atenção nos últimos dias. A aparição desses objetos em espaços aéreos nacionais, no entanto, não é de hoje.

No Brasil, de 1952 até 2016, houve um total de 743 registros sobre a aparição de óvnis. A informação é de um relatório do Ministério da Justiça, divulgado em 2018, que reuniu relatos, áudios, fotos e vídeos guardados pela Força Aérea Brasileira (FAB) e enviados ao Arquivo Nacional (AN).

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Por mais que a palavra óvni pareça remeter imediatamente a extraterrestres, a sigla é usada para se referir a qualquer objeto no céu do qual não se sabe a "origem natural". Logo, pode ser um drone, uma estrela, um satélite ou um balão meteorológico, por exemplo.

No Arquivo Nacional, o primeiro documento sobre a aparição de um óvni é de um registro na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, em 1952. Deste evento, há nove fotos. Em uma delas, o objeto é comparado à nave DC-5, porém, as outras fotografias mostram que ele tinha formato de disco, lembrando um prato.

Os documentos mais famosos são de algumas décadas depois, em 1986, quando ocorreu, em 19 de maio, a "Noite Oficial dos Óvnis". Nessa data, foram detectados cerca de 21 objetos voadores não identificados. Jatos da FAB foram enviados para persegui-los, mas nenhum obteve sucesso, conforme o relatório de 2018.

"Tudo começou quando o operador da torre do Aeroporto de São José dos Campos, São Paulo, observou pontos luminosos que mudavam de cor, com a predominância da tonalidade vermelha, e perguntou ao piloto Alcir Pereira se ele estava vendo a mesma coisa", diz o relatório.

"Após a confirmação de Alcir, a Torre de Controle de São Paulo captou sinais sem identificação e o Cindacta I, em Brasília, detectou óvnis nos radares de Goiás, de São Paulo e do Rio de Janeiro. Por causa da velocidade dos objetos, o Centro de Operações de Defesa Aérea (CODA) decidiu enviar os caças para persegui-los e interceptá-los", afirma.

Em novembro do ano passado, pilotos relataram terem visto luzes "não identificadas" enquanto sobrevoavam Porto Alegre. Segundo as descrições dos profissionais, eram luzes que "se cruzavam" ao sul da capital gaúcha. As conversas que vieram a público foram gravadas por um canal do YouTube que registra a comunicação da Central de Controle do Aeroporto Salgado Filho.

"Por gentileza, só por curiosidade, tem algum ‘reporte’ de algum objeto na posição de 10 para 11 horas, praticamente sobre Porto Alegre, um pouquinho ao sul?", questiona o piloto, que se identifica como responsável pelo voo 3406 da Latam. Ele recebeu resposta negativa da atendente.

Questionado pela controladora, um outro piloto, do voo 4657, da Azul, responde: "ah, ia informar vocês, mas iam falar que estou louco. Na verdade, estamos vendo essas luzes desde lá de Confins (Belo Horizonte). São três luzes girando em espiral entre elas, bem forte", afirmou.

O voo da Azul partiu de Belo Horizonte por volta das 21h25, com chegada em Porto Alegre às 23h42. Já o voo Latam 3406 deixou o Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, às 21h55, e pousou em Porto Alegre às 23h31. Na época, por meio de nota, ambas as companhias disseram que qualquer eventualidade é reportada de forma imediata por seus tripulantes.

Os Estados Unidos admitiram na segunda-feira que ainda não identificaram os três misteriosos objetos voadores abatidos nos últimos dias - e que viraram alvos de todo tipo de especulações -, ao mesmo tempo em que negaram espionar a China com balões, como acusa Pequim.

A incerteza é tanta que a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, considerou necessário esclarecer no início de sua entrevista coletiva diária que o governo "não tem indícios de extraterrestres ou atividades extraterrestres".

O governo do presidente Joe Biden, por meio de John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, admitiu que muitas dúvidas permanecem.

"Não temos certeza se tinham capacidade de vigilância ou não, mas não podemos descartar essa possibilidade", afirmou Kirby sobre os "objetos" abatidos na sexta-feira sobre o Alasca (noroeste), no sábado sobre o Yukon, no noroeste do Canadá, e no domingo sobre o lago Huron, no norte dos EUA.

- Capacidade dos radares -

Em 4 de fevereiro, os EUA derrubaram um balão chinês e acusaram Pequim de ter uma "frota" de dispositivos de espionagem em todo o mundo. Estas informações alimentaram todo tipo de especulações sobre uma operação de vigilância chinesa.

"Um dos motivos pelos quais estamos vendo mais dispositivos é porque estamos procurando mais", afirmou Kirby, explicando que, após o incidente do balão chinês, os EUA aperfeiçoaram a capacidade dos radares.

"É difícil detectar objetos que se movem lentamente em grandes altitudes", completou, informando que os objetos abatidos nos últimos dias pareciam mover-se com o vento, sem sistema de propulsão ou pilotagem.

Segundo o porta-voz, depois de serem destruídos por mísseis disparados por caças, os destroços caíram nas águas geladas do Alasca, em partes remotas do Canadá ou em um lago, dificultando sua recuperação.

Kirby também repetiu que esses objetos misteriosos não representavam uma "ameaça" militar, mas potencialmente colocavam em perigo o tráfego aéreo civil, motivo pelo qual o presidente Joe Biden ordenou que fossem derrubados.

- Octogonal -

Desde então, algumas informações vazaram. Os dois primeiros "objetos" destruídos voavam a 12 mil metros de altitude e eram do tamanho de um carro pequeno (enquanto o balão chinês tinha o tamanho de três ônibus). O dispositivo destruído em Yukon tinha uma forma "cilíndrica", de acordo com Ottawa. O Pentágono o descreveu como "octogonal" e disse que se movia lentamente a uma altitude de 6 mil metros.

Kirby preferiu não comparar esses "objetos" ao balão chinês abatido em 4 de fevereiro, do qual foram recuperados sensores importantes e peças eletrônicas, assim como grandes partes de sua estrutura, informou o exército americano.

"Sabíamos exatamente o que era. Vimos desacelerar, manobrar, tentando observar o que acreditamos serem instalações militares sensíveis", disse sobre o balão chinês.

Uma acusação falsa, afirma Pequim, que admitiu que o balão tinha origem chinesa, mas que o dispositivo era usado para observação meteorológica e teria violado o espaço aéreo americano involuntariamente.

A China fez a mesma afirmação em 6 de fevereiro sobre um balão que sobrevoava a América Latina.

E Pequim deu o troco nesta segunda-feira.

"Apenas no último ano, balões americanos sobrevoaram a China mais de 10 vezes sem qualquer autorização", acusou mais cedo o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Wang Wenbin.

- "Não é verdade!" -

"Isso não é verdade! Não fizemos isso!", afirmou nesta segunda Kirby, questionado sobre o assunto pela MSNBC.

Durante o fim de semana, a imprensa estatal chinesa informou que um objeto voador não identificado foi observado na costa leste do país e que o exército se preparava para derrubar o dispositivo.

Essa situação pode complicar as relações entre a China e os EUA, que competem pela hegemonia econômica, tecnológica e estratégica no planeta.

O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, cancelou uma viagem à China em 3 de fevereiro e Pequim rejeitou uma ligação entre o ministro da Defesa dos EUA e seu contraparte chinês.

"Não se deve deduzir que todas as comunicações foram cortadas e que a China e os Estados Unidos não se falam mais. Continuamos a ter uma embaixada lá, existe a possibilidade de conversar com altos funcionários chineses", concluiu Kirby nesta segunda.

O governo dos Estados Unidos examina 510 informes de avistamentos de óvnis, segundo seu relatório de 2022, divulgado nesta quinta-feira (12), mais que o triplo do número registrado no ano anterior, e embora muitos fossem drones ou balões, centenas continuam sem explicação.

O relatório do Diretor de Inteligência Nacional (DNI) indica que foram apresentados 247 informes de "fenômenos anômalos não identificados" (UAP, na sigla em inglês) desde junho de 2021, quando foram registrados 144 avistamentos de objetos aéreos suspeitos, que estão sendo analisados.

O documento acrescenta que voltaram a ser examinados outros 119 avistamentos que tinham sido arquivados nos últimos 17 anos, elevando a 510 o total de casos em análise.

A maioria dos novos relatos provém de pilotos da Marinha e da Força Aérea, ressalta o informe.

Deles, cerca de 200 eram balões, drones ou a chamada desordem aérea, que inclui pássaros, fenômenos meteorológicos e sacolas plásticas no ar.

Mas outros não têm explicação, segundo o DNI, uma versão não reservada de um relatório entregue ao Congresso.

É nestes que o Pentágono, as agências de Inteligência e a Nasa concentram sua análise, não por preocupação de que se tratem de naves extraterrestres, mas capacidades de espionagem desconhecidas de países rivais.

"Os UAP continuam representando um risco para a segurança dos voos e representam uma possível ameaça de coleta (de Inteligência) por parte de adversários", indica o informe.

"Alguns destes UAP (...) parecem ter demonstrado características de voo ou capacidades de rendimento incomuns, e requerem uma análise mais profunda", ressalta.

O documento também assinala que vários destes avistamentos ainda sem explicação poderiam se tratar de fenômenos meteorológicos, sensores defeituosos ou análises equivocadas.

"Muitos informes carecem de dados suficientes para atribuir-lhes com certeza (a categoria) UAP", indica.

O documento do DNI foi elaborado após anos de pressões do Congresso para que a comunidade militar e de Inteligência levasse a sério o que antes se chamavam óvnis (objetos voadores não identificados).

Em 2020, o Pentágono publicou um vídeo gravado por pilotos da Marinha de objetos que se movimentavam a velocidades incríveis, giravam e desapareciam misteriosamente, algo ainda inexplicado.

"Levamos a sério os informes de incursões no nosso espaço designado, terra, mar ou espaços aéreos, e examinamos cada um", disse, em nota, o porta-voz do Pentágono, Pat Ryder.

A possibilidade de visitas extraterrestres à Terra está sendo levada cada vez mais a sério nos Estados Unidos: a Nasa anunciou nesta quinta-feira (9) o lançamento, no segundo semestre, de uma investigação sobre objetos voadores não identificados.

Não há evidência de que tais fenômenos tenham origem extraterrestre, ressaltou a agência espacial americana, mas o tema é nada mais nada menos importante, pois preocupa tanto a segurança nacional como o tráfego aéreo.

Depois que a comunidade de inteligência dos EUA divulgou um relatório sobre o tema no ano passado, agora é a vez da Nasa investigar a questão.

Além disso, a agência espacial deseja aproveitar a ocasião para desestigmatizar o tema. "Um dos resultados deste estudo seria fazer com que todos entendam [...] que o processo científico é válido para tratar de todos os problemas, inclusive deste", disse Thomas Zurbuchen, administrador associado da Nasa, em coletiva de imprensa.

O responsável acrescentou que ele mesmo decidiu iniciar essa investigação, dirigida por renomados cientistas e especialistas em aeronáutica.

Enquanto sondas e rovers percorrem partes do sistema solar em busca de fósseis de micróbios antigos e astrônomos buscam as "assinaturas tecnológicas" em planetas distantes que indicariam a possível existência de civilizações inteligentes, esta é a primeira vez que a Nasa vai investigar fenômenos inexplicáveis nos céus de nosso próprio planeta.

Programados para começar no início do outono boreal, os trabalhos devem durar nove meses e produzir um relatório que deverá ser disponibilizado ao público.

Os objetivos são três: recolher dados que já existem, determinar os que faltam, qual é a melhor maneira de coletá-los, e decidir quais ferramentas serão necessárias para analisá-los no futuro.

"Hoje, temos um conjunto muito limitado destas observações", disse David Spergel, astrofísico que vai liderar o trabalho. "Isso dificulta na hora de tirar conclusões", considerou.

No entanto, segundo os especialistas da Nasa, existe uma montanha de dados de governos, empresas privadas, associações e inclusive indivíduos, mas que precisam ser reunidos. O orçamento destinado ao projeto não excederá os 100.000 dólares.

Em junho de 2021, a inteligência americana afirmou em um relatório que não havia evidência da existência de extraterrestres, mas reconheceu que dezenas de fenômenos presenciados por pilotos militares não podiam ser explicados.

De acordo com o Pentágono, os relatos de avistamentos de objetos não identificados nos céus aumentaram bastante nos últimos 20 anos.

"Não acredito que ninguém jamais olhou sistematicamente para fenômenos aéreos não identificados no passado", disse, nesta quinta, Daniel Evans, encarregado de coordenar a pesquisa para a agência espacial.

Contudo, "ao longo das décadas, a Nasa respondeu aos chamados para abordar alguns dos mistérios mais desconcertantes que conhecemos, e isso não é diferente".

As autoridades americanas não podem explicar certos fenômenos aéreos não identificados e indicam que não se trata de uma tecnologia secreta do Pentágono, de acordo com um relatório há muito aguardado, cujos detalhes foram revelados na quinta-feira (3) pelo New York Times, que entrevistou responsáveis com conhecimento deste documento.

De acordo com essas autoridades, o relatório, que analisa mais de 120 casos de avistamentos de objetos misteriosos, não menciona nenhuma evidência de que sejam veículos extraterrestres.

No entanto, a inteligência dos Estados Unidos continua incapaz de explicar certos movimentos desses objetos, incluindo sua capacidade de acelerar, mudar repentinamente de direção ou submergir.

Uma coisa é certa, segundo as autoridades entrevistadas pelo jornal: na maioria dos casos, não se trata de tecnologia americana secreta que Washington se nega a divulgar.

Segundo o New York Times, a inteligência americana teme que possa ser, pelo menos em alguns casos, tecnologia experimental de nações rivais, como Rússia ou China, que testariam, por exemplo, material supersônico.

Após décadas de sigilo em torno desses fenômenos inexplicáveis que entraram no imaginário coletivo sob a sigla de ovnis (para "objetos voadores não identificados"), o Congresso ordenou no ano passado que o executivo dos Estados Unidos informasse ao grande público sobre as atividades da unidade do Pentágono responsável por estudá-los.

A elaboração deste relatório foi confiada à Direção dos Serviços de Inteligência (DNI). Segundo o New York Times, espera-se que seja liberado ao Congresso americano em 25 de junho.

Deve incluir um anexo classificado como segredo de defesa, que não conterá mais elementos que comprovem a existência de ovnis, de acordo com os funcionários citados pelo jornal, mas que pode continuar a alimentar especulações.

O Pentágono divulgou no ano passado vídeos feitos por pilotos da US Navy mostrando encontros em voo com dispositivos estranhos.

Estamos sendo vigiados pelos extraterrestres? Espera-se uma resposta para esta intrigante pergunta em junho, quando chegará ao Congresso dos Estados Unidos um relatório sobre os arquivos secretos do governo sobre ovnis, após anos de avistamentos e vídeos que sugerem que, de fato, existem seres altamente avançados em outras partes do Universo.

O informe da Diretora de Inteligência Nacional, Avril Haines, que reúne arquivos militares confidenciais, pode frustrar muitas pessoas e não explicar dezenas de incidentes relatados durante décadas, envolvendo objetos voadores não identificados (ovnis).

Embora mantenham a tese alienígena sobre a mesa, os funcionários do Pentágono deixam claro que seu objetivo real está em se os ovnis - ou fenômenos aéreos não identificados (UAP, na sigla em inglês), na linguagem do Exército americano - representam uma ameaça real para a Terra.

À medida que se aproxima a data da apresentação, aumenta a expectativa com o relatório, ainda que, na verdade, vá ser tornada pública apenas uma versão reduzida do material. A versão mais detalhada continuará em segredo.

O programa "60 Minutes", da rede CBS, entrevistou pilotos da Força Aérea americana que disseram terem visto naves que voavam mais rápido e eram mais ágeis do que qualquer outra conhecida.

Os funcionários com acesso a material confidencial de Inteligência investigaram o mistério.

"O que é certo, e falo isso realmente a sério, é que há imagens e registros de objetos no céu que não sabemos exatamente o que são", disse o ex-presidente Barack Obama ao "The Late Late Show", em 17 de maio passado.

"Há muito mais avistamentos do que os que foram divulgados", disse John Ratcliffe, que foi diretor de Inteligência Nacional nos últimos oito meses do governo Donald Trump, em entrevista ao canal Fox News em março.

"Há casos em que não temos explicações para algumas das coisas que vimos", completou.

- Drones, balões de festa -

No ano passado, o Departamento americano da Defesa divulgou três vídeos em preto e branco, gravados por pilotos. Neles, ovnis parecem ser vistos. Os pilotos expressam assombro com o que veem e não dão nenhuma explicação.

Para o Departamento, não se trata de extraterrestres, mas de equipamentos tecnológicos criados por rivais dos Estados Unidos e desconhecidos dos pilotos.

Em agosto passado, o Pentágono criou uma força-tarefa "para detectar, analisar e catalogar os UAPs que poderiam representar uma ameaça à segurança nacional dos Estados Unidos".

O Exército não quer revelar os resultados de suas investigações internas, porque esperam proteger suas próprias atividades, assim como sua tecnologia e Inteligência.

Se os ovnis forem de um adversário em potencial, a força-tarefa não quer fornecer informações, para evitar dar detalhes do que já se conhece e do que ainda é desconhecido, explicou um funcionário do Pentágono.

Isso deixa muitos incidentes "inexplicáveis", pelo menos para o público.

Os funcionários disseram, no entanto, que muitos dos avistamentos de ovnis podem ser, na verdade, objetos que cada vez mais lotam o espaço aéreo: balões meteorológicos, balões de festa metálicos, drones amadores e profissionais.

Além disso, existem muitas variáveis que afetam o que os pilotos pensam que estão vendo: sua própria velocidade, reflexos do sol, o clima e outras circunstâncias.

Um piloto voando sobre o oceano pode pensar que um objeto está se movendo em velocidade extrema e, na verdade, está se movendo tão lentamente quanto um carro.

Além disso, os avistamentos também podem ser de experimentos e protótipos classificados do próprio Pentágono.

"O Departamento de Defesa leva muito a sério os relatos de incursões em nosso espaço aéreo - por qualquer aeronave, identificada ou não - e investiga cada uma", disse a porta-voz do departamento, Sue Gough.

"À medida que coletamos dados adicionais, esperamos preencher a lacuna entre os identificados e os não identificados e evitar surpresas estratégicas em relação à tecnologia do adversário", completou.

- 'Simplesmente não sabemos' -

A preocupação é que algum destes incidentes possa ser de uma tecnologia, da qual os Estados Unidos não dispõem, mas China, ou Rússia, sim.

"Se alguém estiver aí tentando identificar como treinamos e como combatemos, isso lhe dá uma vantagem", disse uma fonte do Pentágono.

Luis Elizondo, que trabalhou no Pentágono investigando ovnis, disse no programa "This Week", da ABC News, no domingo, que alguns dos objetos que foram avistados "podem superar qualquer coisa que tenhamos".

"Sabemos que, o que quer que esteja nos nossos céus, é real. A pergunta é: o que é?", afirmou.

"A conclusão é que simplesmente não sabemos", admitiu.

Após diversos pilotos de empresas aéreas relatarem a aparição de objetos luminosos não identificados se movendo em alta velocidade ao longo da costa sudoeste da Irlanda, a Autoridade de Aviação Irlandesa (IAA) abriu nesta terça-feira (13) uma investigação sigilosa para apurar o possível surgimento dos Ovnis.

O caso foi denunciado pela primeira vez na sexta-feira (9) por uma piloto da British Airways. De acordo com a BBC, às 6h47 ela entrou em contato com o controle aéreo de Shannon para saber se a luminosidade se tratava de um exercício militar. O controlador aéreo respondeu que não havia nada registrado nos radares e a piloto disse: “Ok, ele estava viajando tão rápido que você não pode mais vê-lo.”

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A piloto afirmou ao controle de tráfego aéreo que testemunhou "uma luz muito brilhante" no lado esquerdo da aeronave, que, então, "rapidamente desviou para o norte a uma velocidade muito alta". Ela voava de Montreal, no Canadá, para o aeroporto de Heathrow, em Londres.

Em seguida, um piloto da Virgin Airlines disse que também viu o Ovni afirmou que parecia haver vários objetos viajando todos na mesma direção. O segundo piloto especulou que as luzes brilhantes podem ter sido meteoros entrando na atmosfera. Segundo ele, a velocidade era "astronômica, algo como um Mach 2" – ou seja, duas vezes a velocidade do som.

"Seguindo os relatos de um pequeno número de aeronaves na sexta-feira, 09 de novembro, a respeito de atividade aérea incomum, a IAA apresentou um relatório. Este relatório será investigado sob o processo de investigação de ocorrências confidenciais normais", disse o comunicado.

Um homem diz ter encontrado local de aterrisagem de OVNI pelo Google Maps, aplicativo frequentemente utilizado para criar rotas e explorar o mundo sem sequer precisar sair de casa. O entusiasta dos OVNIs, o russo Valentin Degterev, encontrou o local cujas coordenadas são 80° 34′ 08,4″ S 30° 05′ 19,3″ W, informa o portal ‘Express’. 

De acordo com Valentin, o local é marcado pela presença extraterrestre. A região em questão mede quase 20 metros de largura e 70 metros de comprimento. As informações são do site Sputnik Brasil.

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A versão do russo, no entanto, é contrariada por pesquisadores, que não acreditam se tratar de algo do mundo alienígena. Para Andrew Fleming, do centro britânico de pesquisas da Antártica, a cratera pôde ter se formado pelo movimento do gelo. “Com certeza, não é um OVNI”, destacou em entrevista ao portal ‘MailOnline’.

A região encontrada por Valentin não é o único local na Antártica em que há teorias sobre formas de vida extraterrestres. Entusiastas acreditam que um bloco grande de gelo, que mede uns 500 metros, possa ser algo completamente diferente. O iceberg não corresponde a uma descrição de outros icebergs, e não pode ser caracterizado com padrão algum.

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