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Há 25 anos, o então tesoureiro da campanha de Fernando Collor, Paulo César Farias, foi encontrado morto na própria cama, ao lado da namorada Suzana Marcolino, em sua casa de praia no bairro de Guaxuma, Litoral Norte de Maceió, em Alagoas. Mesmo com a grande repercussão do caso, o autor do duplo homicídio não foi identificado e o caso foi encerrado pela Justiça sem acusados.

A irmã da companheira de PC, Ana Luiza Marcolino, lembra que Suzana chegou a ser apontada como a assassina em uma perícia feita de forma errada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). "Aquilo nos abalou demais, foram os piores dias das nossas vidas. A gente nunca acreditou naquela versão, sabia que ela não faria isso, mas acabamos sendo tratados, muitas vezes, como uma família de assassinos", relatou ao Uol.

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Uma nova perícia realizada em abril de 1997 constou a versão. O Ministério Público de Alagoas (MP-AL) reabriu o caso com o pedido de uma nova investigação e, só depois de dois anos, um novo laudo da Unicamp assumiu que errou nas medições da altura da mulher e descartou a possibilidade de suicídio. Também não foram localizados resíduos de partículas metálicas que indicassem a possibilidade dela ter efetuado um disparado de arma de fogo naquela noite.

Ainda em 1999, o então deputado e irmão de PC Farias, Augusto, foi indiciado por esquematizar as mortes. No decorrer do inquérito, quatro policiais militares que faziam a segurança da casa de praia foram apontados como autores e coautores materiais do crime.

Embora parecesse que o caso havia tido um desfecho, o Supremo Tribunal Federal (Supremo Tribunal Federal) decidiu arquivar a acusação contra Augusto Farias após o Ministério Público Federal (MPF) apontar que não havia provas contra ele. Em 2002, o caso foi encaminhado ao MP-AL, que denunciou os policiais contratados para proteger a residência.

Em abril de 2011, o ministro do STF Joaquim Barbosa descartou o último recurso da defesa e transferiu o caso novamente para a Justiça alagoana. Só em 2013, após cinco dias de julgamento, o júri popular reconheceu o duplo homicídio, no entanto, pediu pela absolvição dos militares.

Seis anos após os recursos da decisão, o juiz John Silas da Silva determinou a absolvição do quarteto policial e encerrou o caso. Após 25 anos do crime, a Justiça assume que há falhas na investigação e acredita que os verdadeiros criminosos jamais serão identificados.

O ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE), em delação premiada na Operação Lava Jato, afirmou que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), fez "campanhas eleitorais com recursos arrecadados por PC Farias" - em referência a Paulo César Farias, ex-tesoureiro da campanha presidencial de Fernando Collor (PTC-AL).

"Renan fez suas campanhas com o dinheiro arrecadado por PC Farias", registra o Anexo 51, um resumo da delação de Corrêa fechada com a Procuradoria-Geral da República sobre Renan Calheiros. O presidente do Senado é investigado por suposto envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras. Os dois primeiros delatores da Lava Jato, o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef, mencionaram a existência de acordo com Renan e membros da cúpula do PMDB que teria beneficiado o senador em R$ 6 milhões em propinas, em 2006.

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A acusação de Corrêa remonta à década de 1990. PC foi tesoureiro da campanha presidencial de Collor, em 1989, e pivô do impeachment, em 1992. Anteriormente adversários, Renan, já deputado federal, foi primeiro líder do governo Collor na Câmara. E durante o escândalo que resultou no impeachment, Renan acusou PC de comandar "um governo paralelo" no Palácio do Planalto.

Corrêa afirmou que em todos eles recebeu propina de empresários beneficiados por indicados por ele, em cargos estatais, por contratos públicos. No caso do elo entre Renan e PC, o ex-deputado diz que conhecia o ex-tesoureiro desde a infância.

Defesas

Por meio de nota, a assessoria de Renan reitera que o presidente do Senado "nunca manteve relações políticas ou pessoais com Pedro Corrêa". O texto afirma que todas as doações às suas campanhas foram legais e aprovadas pela Justiça e ele que não foi candidato em 2006. Fernando Collor também nega irregularidades. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O promotor de Justiça Marcos Mousinho, que atuou no julgamento dos quatro seguranças acusados de envolvimento na morte de Paulo César Farias e da namorada dele, Suzana Marcolino, voltou a pedir nesta sexta-feira a anulação do julgamento. Desta vez, ele alegou que ficou constatada a quebra da incomunicabilidade entre os jurados, o que fere diretamente a legislação.

Na terça-feira, 14, ele já havia entrado com um pedido no Tribunal de Justiça de Alagoas, alegando que o Conselho de Sentença tomou decisão contrária às provas que constavam nos autos da ação penal. Depois de cinco dias de júri, os jurados absolveram, por maioria de votos, na sexta-feira, 10, os seguranças Adeildo Costa dos Santos, Reinaldo Correia de Lima Filho, Josemar Faustino dos Santos e José Geraldo da Silva, todos policiais militares.

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Entretanto, os jurados concordaram que Suzana e Paulo César Farias foram assassinados no dia 23 de junho de 1996, na casa de praia do ex-tesoureiro de campanha do ex-presidente Fernando Collor de Mello. Em entrevista coletiva realizada na manhã desta sexta-feira, Mousinho explicou que ouviu os sete jurados que compuseram o Tribunal de Júri. "Eles foram convocados para prestar depoimento após o Ministério Público Estadual ter sido informado que um familiar de uma das pessoas que fazia parte do Conselho de Sentença teria sido ameaçado", ressaltou o promotor.

Ameaça

"A ameaça de fato aconteceu, entretanto, não podemos afirmar que ela partiu de alguém interessado na absolvição dos réus", explicou. Marcos Mousinho disse ainda ter havido uma perseguição ao marido de uma das juradas, na noite da quarta-feira, 8 - um dos dias em que foi realizado o julgamento. "Após esse episódio, quando em contato com a mulher, no dia seguinte, a vítima contou sobre o ocorrido e tal situação causou pânico a ela", disse Mousinho.

De acordo com o promotor, a jurada, assustada com a ameaça feita ao marido, teria compartilhado a informação com alguns integrantes do Conselho na mesma noite em que recebeu a notícia. "Ela contou para dois dos jurados sobre o que aconteceu ainda na noite da quinta-feira e, na sexta, no trajeto para o Fórum, disse para os demais colegas", revelou. "Por conta desse gesto, houve a quebra da incomunicabilidade entre os membros do Tribunal do Júri, um procedimento que não é permitido por lei", ressaltou o promotor, que concede nova entrevista coletiva na próxima segunda-feira, 19.

O promotor de Justiça Marcos Mousinho vai pedir a anulação do julgamento que absolveu os quatro seguranças de envolvimento na morte de Paulo César Farias e da namorada dele, Suzana Marcolino, encerrado na última sexta-feira, 10, no Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, na capital alagoana. O júri considerou que os dois, Suzana e Paulo Cesar Farias, foram assassinados.

O promotor, que atuou como representante do Ministério Público Estadual na acusação dos policiais militares José Reinaldo Correia de Lima Filho, Adeildo Costa dos Santos, Josemar Faustino dos Santos e José Geraldo da Silva, disse no fim da tarde desta terça-feira que vai recorrer da decisão na 8a Vara Criminal da capital. O prazo dado pelo juiz Maurício Brêda, que presidiu o Tribunal que inocentou, por clemência, os quatro acusados, termina na próxima sexta-feira, 17.

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Segundo Marcos Mousinho, o próprio júri considerou que Suzana Marcolino foi assassinada e não cometeu suicídio depois de matar Paulo César Farias, como defendeu o advogado dos quatro seguranças. "O Conselho de Sentença entendeu que os seguranças não cometeram o crime, mas não fizeram nada para impedi-lo", ressaltou o promotor.

Suzana Marcolino e Paulo César Farias foram encontrados mortos no dia 23 de junho de 1996, em circunstâncias que até hoje não ficaram claras. Na época do crime, peritos da polícia alagoana chegaram à conclusão de crime passional - Suzana teria matado PC Farias e depois cometido suicídio. Durante o julgamento, que durou cinco dias, Marcos Mousinho sustentou que as investigações dos peritos foram direcionadas para crime passional desde o primeiro momento em que os corpos foram encontrados, horas depois do crime.

Ele ressaltou que há a possibilidade de um novo julgamento, caso seu pedido seja acatado em todas as instâncias, já que há a possibilidade de o advogado José Fragoso Cavalcante, que defendeu os policiais militares, recorrer de uma decisão favorável ao pedido do MP. Nesse caso, o processo será remetido ao Supremo Tribunal Federal, ao qual compete a decisão final.

MACEIÓ (AL) - Chegando ao fim o quinto dia de julgamento do caso PC Farias, na noite desta sexta (10), o promotor Marcos Mousinho iniciou o direito a réplica sobre o descuido dos delegados e da perícia. “Não se pode afirmar nada, porque os dados coletados não foram coletados. Fazer os exames residuográficos nas pessoas que lá estavam, era o básico a ser feito”, afirmou. O promotor questiona se foi estupidez ou esperteza dos delegados não terem feito essas coletas.

Demonstrando exaltação, Musinho volta a questionar sobre o revólver que não apresentava impressões digitais. “A arma já estava limpa, não tinha mais nada a se fazer a não ser afirmar que não havia impressões digitais nela”, disse. Sobre não ter respingamento de sangue da arma, a acusação indaga a não realização dos testes de perícia para que fosse afirmado que não tinha sangue na arma.

Na manhã de quinta-feira (9), o promotor informou aos jurados que a arma utilizada no crime teria sumido durante uma reforma feita no fórum entre 2008 e 2010. Já na manhã de hoje, o juiz Maurício Breda negou o sumiço da arma e disse que ela apenas não estava no prédio, mas que já mandou que a localizassem.

Acerca da altura de Suzana Marcolino, onde a defesa insiste em argumentar, o promotor relata que já foi dito que é irrelevante. “A defesa teima em falar da altura de Suzana, mas o próprio perito Badan Palhares que defende a tese de homicídio seguido por suicídio, afirma que isso é irrelevante”, contesta.

Marcos Mousinho fala sobre o fato de os peritos Daniel Muñoz e Domingos Torcchetto não terem interesse algum em analisar o crime ocorrido, apenas fizeram para contribuir. “Os peritos Muñoz e Torcchetto sempre afirmaram não ter nenhum interesse a não ser o de contribuir, ao estudar e fazer testes sobre o homicídio de Paulo Cesar e constatar que é possível a ocorrência de duplo homicídio no dia 23 de junho de 1996”, afirma.

Finalizando, o promotor alegada: “Pelo fato de ter ocorrido um homicídio dentro da casa e por ser a vítima Paulo Cesar Farias, a quem tinham de ser mantido em segurança pelos quatro réus, eles são sim responsáveis pela morte dele”, afirmou.

Exercendo o seu direito a tréplica, o advogado José Fragoso volta a falar do perfil psicológico e psiquiátrico de Suzana, onde ele relata que para ser feito ele foram ouvidos familiares, amigos e conhecidos da namorada de PC.

Ele alega que houve desonestidade científica por conta dos peritos Daniel Muñoz e Domingos Torcchetto. “Após constatarmos no laudo feito pelo Dr. Torcchetto onde ele fala que 'os exames e testes que realizamos também não permitem afastar a possibilidades dessa causa jurídica de morte (homicídio seguido de suicídio)', o perito disse em seu depoimento que não teria possibilidade de Suzana ter se matado, mas em seu próprio laudo ele acredita ser possível, mesmo que ela seja mínima. Isso para mim é desonestidade científica” afirma Fragoso.

A defesa também fala sobre a arma relatando como Suzana adquiriu a arma, afirmando que a mesma não quis esperar os 15 dias para ter a arma licenciada. “Suzana foi informada que teria que esperar 15 dias para ter a licença da arma, ela tinha dito que queria a arma para dar de presente à mãe, mas a mesma afirma nunca ter sequer visto o revólver. Não querendo esperar, ela fala com Zélia, sua prima, e é informada que Zélia tem um conhecido que tem uma arma e pode vendê-la, Suzana então compra o objeto”, alegou o advogado.

Fragoso questiona o fato da acusação não afirmar quem matou PC Farias. “O Ministério Público não diz quem matou Paulo Cesar, mas quem poderia ter feito tal ato a não ser Suzana? Isso é uma injustiça com esses seguranças, a acusação criou toda uma ficção para atingir em cheio esses quatro homens. Eles não são responsáveis por tão ato”, afirmou.



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MACEIÓ (AL) - O último dia do julgamento do Caso PC Farias começou o debate entre a acusação e defesa, no Forum Desembargador Jairon Maia Fernandes, nesta sexta-feira (10). O promotor Marcos Mousinho deu início à sessão acusando os réus de omissão pela segurança de Paulo Cesar Farias.

Além disso, Mousinho falou sobre as perícia e disse que a equipe alagoana não aprofundou o seu estudo sobre o caso. “A primeira equipe de perícia fez seus trabalhos se baseando na afirmação de autoridades. A possibilidade de descobrir quem cometeu o crime foi sepultada a partir do momento em que eles começaram a trabalhar para provar esta tese que já era de conhecimento de todos. Já a segunda perícia fez testes e mais testes para chegar à conclusão que chegou”, afirmou a acusação.

Durante o julgamento, o promotor atentou para o fato de não ter sido feito os exames residuográficos nas pessoas que estavam na casa de praia de PC quando houve o homicídio. Ele criticou as investigações que foram feitas sobre a arma do crime, afirmando que as perícias de retiveram mais na origem da arma do que na motivação que teria levado Suzana a adquiri-lo.

“Suzana havia falado com as amigas que estava sendo seguida, e tinham dois detetives atrás dela. Baseado nisso era pra ter sido investigado a possibilidade de duplo homicídio no lugar na origem da arma”, explanou o promotor.

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Motivo da posse de arma

Entre as questões abordadas por Mousinho, está o motivo de Suzana Marcolino possuir uma arma já que era casado com PC Farias. Para ele, isso significa uma questão de segurança, já que a Suzana havia comentado com a amiga que estava sendo vigiada.

Mostrando exaltação, o promotor alega que o investigador contratado para fazer um levantamento da vida de Suzana Marcolino ainda não teria repassado as informações para PC e que os delegados não tomaram a frente das investigações. “A polícia não tomou conta de nada, absolutamente de nada. Não houve pulso do delegado que conduziu as investigações. Não lacraram a casa, estava cheia de gente. Mexeram na cena do crime”, afirmou.

Em seguida a acusação se defendeu alegando não estar acusando os réus. “Não estamos dizendo que eles mataram, mas que não impediram o crime porque não quiseram”, concluiu.

Defesa suspeita de terceira pessoa na cena do crimeDefendeo os réus Adeildo dos Santos, José Geraldo, Reinaldo Correia e Josemar Faustino, o advogado José Fragoso mostrou, em sua defesa, o perfil de Suzana. “Ela gostava de homens com posse. Além disso, a prima dela disse que ela vivia em um mundo de fantasias, de ilusão. Seu perfil psicológico e psiquiátrico alegam ser ela se alto risco”, afirma.

O advogado mostra as ligações feitas através do celular de Suzana às 3h56, no dia 23 de junho de 1996, para um dentista em São Paulo, onde ela fala: “Eu liguei para você... é Suzana... pra dizer que nunca vou esquecer você... tenho certeza que eu vou lhe encontrar … em algum lugar... te adoro... beijo. Espero um dia encontrar você nem que seja na eternidade... e você é tudo de mais profundo que eu já conheci”.

Fragoso apresenta o documento da lauda feita pela equipe de peritos de Daniel Muñoz e Domingos Torcchetto onde mostra que eles disseram que não há como verdadeiramente provar que havia uma terceira pessoa no local.

Mostrando extrema compaixão e sensibilidade dos réus a defesa conclui dizendo ter a consciência limpa. “Tenho certeza que de alguma maneira eu contribuí para evitar essa injustiça”, afirma José Fragos.

Com informações de Marcela Vale

MACEIÓ (AL) - O segundo réu a ser interrogado nesta quinta-feira (9), foi o policial militar aposentado José Geraldo da Silva, que estava na casa de praia no dia da morte de PC Farias e Suzana Marcolino. Seu depoimento segue a mesma linha de Adeildo Costa. “Eu tenho certeza que a D. Suzana  foi quem matou o Dr. Paulo e depois ela se suicidou”, afirmou o segundo réu.

Com o depoimento que durou cerca de 20 minutos, o ex-policial contou que escutou uma discussão dos dois. “Quando eu estava fazendo a segurança, eu escutei à noite uma discussão de dona Suzana e Dr. Paulo, mas não sei dizer o motivo, por conta da música que estava alta no local. Mas no horário da morte dos dois eu estava trabalhando na beira da piscina, mas não vi ou escutei nada”, relata o José Geraldo.

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Logo após José Geraldo, o terceiro réu a prestar depoimento foi o militar, Josemar Faustino dos Santos, que também se diz não ser responsável pela morte de Suzana e Paulo César. "Eu arrobei a janela a mando de Reinaldo Correia", afirmou o réu completando que após a janela arrombada, viu os corpos mortos. “Eu estava na minha residência quando o Dr. Paulo morreu e cheguei lá por volta das 8h30 no domingo”, revelou.

O policial apenas afirma ter ouvido falar através da mídia que haviam mexido nos corpos e que Augusto Farias poderia ser o mandante do assassinato, mas nega participação no crime e diz nunca ter escutado sobre o envolvimento de algum colega.

 

 

MACEIÓ (AL) - No quarto dia de julgamento do caso PC Farias, Adelino Costa é o primeiro réu a prestar depoimento na tarde desta quinta-feira (9). O policial militar fazia a segurança de Paulo César no dia do crime. “Eu não sou responsável pelo ocorrido. Por tudo o que nos foi mostrado até agora, eu acredito que tenha sido Dra. Suzana quem matou o Dr. Paulo”, afirma o réu durante seu depoimento.

Aparentando nervosismo e afirmando não manter muito contato com os outros réus após o crime, Adeildo Costa conta que estava presente na casa da praia de PC no momento em que ocorreu o assassinado. Além disso, o policial afirmou que mantinha uma bom relacionamento com o casal e falou que fez a segurança da casa do sábado para o domingo junto com José Geraldo da Silva.

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Ainda de acordo com Adelino, PC Farias havia saído da mansão para a casa de praia, localizada em Guaxuma, com os filhos por volta do 12h, enquanto Suzana chegava de São Paulo. "Na praia vi que o casal foi caminhar na praia com os filhos e depois de conduziram até a piscina e em seguida foram almoçar.", relatou.

Durante o depoimento, o réu contou que os filhos do casal foram embora e PC e Suzana receberam a visita de Augusto Farias, Cláudio Farias e uma outra mulher, que ele não soube identificar, por volta das 20h30. Após o jantar, que terminou de 1h do outro dia, Paulo César e a namorada se dirigiram ao quarto para dormir, mas antes disso, pediu ao Geraldo da Silva que o acordasse às 11h da manhã.

O juiz do caso, Marcelo Brêda, questionou sobre uma suposta briga ou discussão dentro da residência. “Não presenciei, nem escutei nenhuma discussão naquele dia, nem das visitas e nem do Dr. Paulo e Dra. Suzana”, afirmou Adeildo Costa. O réu, ao ser questionado pelo juiz acerca do assassinato, respondeu que houve rumores de que Suzana Marcolino havia matado Paulo César. “De maneira alguma alguém me pediu para matar um deles. Eu escutei falar que a Dra. Suzana tinha matado o Dr. Paulo, mas eu não sei”, assegurou o depoente.

No dia seguinte, após retornar para casa depois do homicídio, Adelino alegou que não sabia do crime e revelou que foir chamado, em sua residência, para comparecem com urgência na casa de praia. “Quando eu cheguei lá, já haviam várias pessoas como o deputado Augusto Farias, Marcos Maia (assessor de Augusto Farias), Márcio Lessa (amigo de Paulo Cesar), além de alguns funcionários, seguranças e familiares. Eu entrei na casa e fui até o quarto e vi os corpos lá, depois disso o deputado Augusto me perguntou o que havia acontecido, mas eu disse que não sabia. Jamais eu iria imaginar que aconteceria uma coisa dessas ali dentro”, falou o réu.

Sobre o desaparecimento do celular de Suzana da cena do crime, o depoente respondeu não saber da existência dessa aparelho. “Depois da perícia ter estado no local, eu e Geraldo entramos pela janela a mandado do Reinaldo Correia, e pegamos uns documentos como identidade e CPF da Dra. Suzana que estavam rasgados no banheiro da suíte em uma bolsa para ser entregue ao padastro de Suzana. Os corpos também foram retirados do local pela janela”, disse o policial encerrando seu depoimento.

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MACEIÓ (AL) - O perito Daniel Muñoz, segundo depoente desta quinta-feira (09) e que integrava a equipe para constatar o laudo feito pela equipe de peritos e legistas alagoanos, disse que PC foi assassinado, mas Suzana não teria cometido suicídio. “Concordamos com os peritos que fizeram o primeiro laudo que afirma o homicídio de Paulo César Farias, mas discordamos que Suzana Marcolino tenha se suicidado, todas as provas levam a um homicídio”, esclarece Muñoz.

Assim como outros peritos esclarecedores do caso, Daniel Muñoz também comprovou o que falava através de fotos e estudo feitos na época. “Foram realizados vários testes e provados que, a única forma de ela estar sentada e o trajeto combinar seria se Suzana tivesse dois metros de altura; ela levou o tiro enquanto estava se levantando, ou seja, ela estava em um movimento dinâmico e não estático; e a bala produziu um aro esfumaçante que só é produzido quando o alvo não está encostado na arma disparada”, relata o perito

Indagado pela defesa acerca da reprodução da cena do crime criada pela equipe, Daniel Muñoz atenta para os testes feitos e os dados obtidos que, segundo ele, a arma do crime foi limpa para serem retiradas as digitais, ou seja, Suzana não teria como apagar as digitais já que havia morrido antes disto.



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A terceira pessoa a prestar esclarecimento na tarde desta quarta-feira (08), no terceiro dia do julgamento do caso PC Farias, foi o médico legista José Lopes da Silva Filho, que teve participação no laudo feito por Badan Palhares.

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O legista relata que, até o momento em que participou do estudo do caso, em nenhuma circunstância houve discordância da equipe de Maceió. “Paulo César foi atingido à distância e Suzana Marcolino recebeu o tiro com a arma praticamente encostada nela. O estudo constatou que Suzana levou o disparo sentada na cama e logo em seguida caiu e a arma permaneceu distante de seu corpo”, esclareceu José Lopes.

Segundo o médico legista, o tiro que matou Suzana bateu na parede em que foi achado resíduos humanos compatíveis com o DNA de Suzana e logo depois tangeu uma cadeira que estava no local. Sobre a constatação de erros nos laudos, o perito respondeu ser improvável.“Existem provas demais nos laudos”, afirmou José Lopes.

Perita afirma que o local no crime não foi violado

Após José Lopes da Silva Filho, o quarto a depor é o médico legista Gerson Odilon, que participou do primeiro laudo do caso de PC Farias. Segundo ele, a jurisprudência da morte não é trabalho da medicina legal, mas sim do perito criminal, logo, não é trabalho dele constatar a maneira como ocorreu o crime.

Ao ser indagado sobre a não constatação de sangue na arma, já que a defesa alega que Suzana havia se suicidado com ela, o médico relata que é comum isso acontecer. “Não é sempre que resíduos de sangue ficam na arma após um suicídio, é comum a arma não estar suja de sangue”, explica Odilon.

A defesa perguntou ao médico se ele foi pressionado de alguma maneira a assinar o laudo, e Gerson Odilon respondeu que não. “Eu sou uma pessoa de raízes humildes e sempre a minha conduta é tomada de princípios adquiridos através de meus pais. Tenho a consciência tranquila hoje, da mesma maneira que tive na época”, explanou o médico.

 

MACEIÓ (AL) -A perita Anita Buarque de Gusmão, foi a primeira pessoa a depor na tarde desta quarta (8), no julgamento do caso PC Farias. Ela foi a primeira profissional da área a chegar no local afirmando que foi conduzida até a cena do crime e lá fez alguns levantamentos e fotos, onde seus relatos duraram mais de uma hora de depoimento. 

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Anita Buarque relata que o caso estava sendo estudado por 11 peritos e que sua equipe era formada por ela, Gerson Odilon, Nivaldo Cantuária e José Lopes Filho. A perita afirma que segundo os estudos feitos a defesa está certa em suas colocações. “Houve um homicídio seguido por um suicídio e não havia nada que pudesse seguir outra linha”, afirmou a profissional.

Indagada pela acusação, a perita relata que a arma do crime não foi estudada pela sua equipe, mas foi analisada em Salvador e apenas recebeu o laudo feito por eles, mas pode constatar que não havia digitais no objeto. “O laudo balístico foi feito em Salvador, mas nem digitais e nem sangue havia na arma”, esclareceu a perita.

A defesa perguntou sobre a cena do crime, se havia sido alterado ou não. “Pelo conhecimento que eu tenho de perícia, o local do crime estava preservado e isolado. Haviam vestígios que indicavam que nada tinha mexido na cena do crime, isso eu sei por meio da medicina legal.”, relatou Anita Buarque.

A perita também relata à defesa que não sofreu nenhuma pressão para assinar o laudo. “Em nenhum momento fui pressionada a nada, aliás fomos (a equipe) muito bem tratados pela equipe de São Paulo do perito Badan Palhares.” Disse a depoente.

Logo após Anita Buarque, o segundo da tarde a fazer esclarecimentos no julgamento foi o perito Nivaldo Cantuária, que foi o segundo perito a estar no local do crime e relata que um laudo mais sofisticado foi elaborado pela equipe de Campinas (SP).

Seguindo a linha de pensamento da perita Anita Muarque, Cantuária afirma que a conclusão do laudo foi a mesma. “Houve um homicídio seguido de um suicídio, o laudo da equipe de Campinas que não deu o mesmo resultado que o nosso eu não tive acesso para poder estudá-lo, apenas obtive a informação”, relatou o perito.

 

Considerado pela Justiça como a testemunha mais importante no segundo dia de julgamento dos quatro policiais militares acusados de participação na morte do empresário Paulo César Farias e sua namorada, Suzana Marcolino, o ex-deputado federal Augusto Farias, irmão de PC, revelou nesta terça-feira, durante depoimento no Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, em Maceió, que os delegados Alcides Andrade e Antônio Carlos Lessa - que investigaram a morte em 1996 - lhe fizeram uma proposta para entregar os quatro seguranças e escapar do indiciamento.

"E a minha consciência? Como é que eu vou dormir entregando quatro inocentes nas mãos de vocês dois?", teria dito o irmão de PC aos delegados. Em seu depoimento, o ex-deputado federal contou que é a primeira vez que ele revela o ocorrido. Procurado, os delegados ressaltaram que não se manifestariam sobre o episódio. Desde a segunda-feira, 6, Augusto Farias vem reafirmando a inocência dos quatro policiais e defendendo a tese de que Suzana Marcolino matou PC Farias e depois teria se matado.

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MACEIÓ (AL) - Na tarde desta terça-feira (7), o casal Mônica Aparecida Rodrigues Calheiros e José Jefferson Calheiros de Medeiros, depuseram no Tribunal do Júri da 8º Vara Criminal, em Maceió, revelando que a arma do crime utilizada para matar o empresário PC Farias tinha sido vendida pára Suzana Marcolino para praticar tiro ao alvo.

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O casal era proprietário de uma churrascaria em Atalaia, interior de Alagoas, lugar frequentado por Zélia de Souza, uma das testemunhas de defesa convocadas, mas não compareceu ao fórum do Barro Duro. O juiz, Maurício Brêda, expediu um mandado de condução coercitiva, com uso de força policial, se necessário, para que a testemunha preste depoimento.

De acordo com a defesa, a arma teria sido usada por Suzana para matar o empresário Paulo César Farias e se suicidar, no dia 23 de junho de 1996, na casa de praia de Guaxuma, litoral norte de Maceió.

Mônica, aparentado estar nervosa, afirmou ter sido ela quem vendeu a arma para Suzana Marcolino e que Zélia de Souza foi quem a procurou em sua churrascaria indagando que a prima estava a procura de uma arma de fogo para praticar tiro ao alvo. "Ganhei a arma do meu marido, mas como não saber usava, vendo por cerca de R$350,00", conta.

Em depoimento, Jefferson Medeiros relata que não frequentava muito o restaurante, que era administrado pela esposa, e afirma só saber depois que a arma teria sido vendida, além de nunca ter visto Suzana Marcolino.

 

 

 

MACEIÓ (AL) - Recomeça o julgamento sobre o caso do PC Farias, na tarde desta terça-feira (7), com o depoimento da quarta testemunha do dia, a empresária Cláudia Dantas. De acordo com a suposta futura namorada de PC, ele iria terminar o relacionamento com a Suzana Marcolin, na semana que aconteceu o crime. 

Ainda de acordo com a testemunha, ela se encontrou com Paulo César quatro vezes antes de sua morte, e durante os encontros ele explicitou para a empresária suas intenções de que eram de começar um novo relacionamento com ela. “Sempre deixei claro que para iniciar um relacionamento com PC ele tinha que acabar o namoro com Suzana”, relata Cláudia.

O juiz, Marcelo Brêdo, perguntou a testemunha se foi apresentada ao PC, porque o tio da empresária, Luiz Dantas, tinha uma dívida em dinheiro com o falecido. “Não gosto de comentar sobre esse assunto, isso é só uma invenção da imprensa”, argumenta, acrescentando que nunca encontrou Suzana e nem ninguém de sua família. “Ela não andava no meu mesmo circulo de amizades”.

O próximo depoente é o ex-assessor de Augusto Farias (irmão de PC), Marcio Fernando Lessa, e foi arrolado durante o julgamento pelo advogado de defesa dos quatro réus, José Fragoso.

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MACEIÓ (AL) - "Meu irmão já sabia que estava sendo traido por suzana", revelou o ex-deputado, Augusto Farias durante depoimento no segundo dia do julgamento dos quatro policiais acusados de envolvimento no crime. Além de afirmar que o irmão, PC Farias, tinha conhecimento sobre a traição, Augusto negou sua participação no crime. "Nunca imaginei vir a esta terra e ser imputado de matar meu ente querido", argumentou.

Durante o depoimento considerado mais importante do dia,o juiz Marcelo Brêda, interrogou Augusto sobre a suposta contratação de um detetive particular para investigar Suzana. “Caio Ferraz que contratou esse detetive e eu não fiquei sabendo de nada, só depois da tragédia, porque o próprio Caio veio me falar que usou o meu nome com o detetive durante as negociações”, afirma a testemunha.

Brêda rebateu a resposta da testemunha citando uma parte dos autos. “O detetive afirmou que você(Augusto) quem encomendou a investigação, queria saber se Suzana estava traindo PC”, relata o juiz. Em seguida, o irmão de PC revelou que Caio Ferraz tinha dito a Paulo César, uma noite antes do crime, que ele estava sendo traído por Suzana. “Caio falou para ele que Suzana o traia com um dentista em São Paulo, e que foi o mesmo que ela ligou na noite do crime, e meu irmão mesmo assim queria terminar coisas em uma boa”, contou o irmão.

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O juiz perguntou a Augusto em relação a Cláudia Dantas, e ele falou que PC já tinha lhe dito de suas intenções de acabar o namoro com Suzana. “Quando ele terminasse o relacionamento, já estava de caso pensado para pedir Cláudia Dantas em namoro”, explicou Augusto.

O julgamento do caso segue com a quarta testemunha do dia, Claúdia Dantas, a suposta futura namorada de PC Farias.







 

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MACEIÓ (AL) - O julgamento do caso PC Farias, que tenta apurar a morte do político e sua namorada, Suzana Marcolino continua, continua nesta terça-feira (7), no Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, localizado no bairro do Barro Duro, em Maceió. Está sendo interrogada a primeira testemunha Milane Valente de Melo, que era namorada do irmão de PC Farias, Augusto, à época do crime; seguida por Manoel Alfredo da Silva, ex-funcionário da casa dos Farias; e do Augusto Farias, irmão de PC. O julgamento do caso, que aconteceu em 1996, começou nesta segunda (6) e tem previsão de acabar na próxima sexta (10).

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O juiz responsável pelo caso, Mauricio Brêda, interrougou a primeira testemunha, a ex-namorada de Augusto Farias (irmão de PC), Milane Valente de Melo, que estava jantando com Paulo César, Suzane Marcolino e Augusto, na noite do crime. “Augusto Farias considerava o falecido irmão com um pai, sempre o consultava antes de tomar decisões” afirma Milene, que manteve o relacionamento com Augusto Farias por quatro meses após a morte de seu irmão.

Ainda de acordo com Milena, Augusto desde a primeira vez que falou sobre o ocorrido, acreditava que tinha sido homicídio seguido de suicídio. “Ele ficou muito abalado com o que tinha acontecido, e a mídia nos assediava. Fui chamada para ser capa da revista Caras, e eu era uma simples namorada, imagine pelo que a família não estava passando” relatou.

Durante a sessão, o juiz citou uma parte do depoimento de Eônia Bezerra, irmã de Elma Farias (Ex- esposa de PC) durante o interrogatório. “Eônia colocou em seu depoimento que Paulo César tinha sentimento pelo irmão Augusto, mas que a recíproca não era verdadeira, e eu pergunto se você concorda com essa afirmação?”, interrogou Brêda, sendo rebatido pela testemunha interrogada que afirmou que “sempre houve uma relação de respeito e admiração entre os dois”.

Em seguida, Mauricio Brêda pediu para que Milane Valente fosse a uma sala separada, sem conversar com ninguém, e esperasse que talvez fosse chamada para depor novamente para esclarecer algumas possiveis dúvidas que poderiam surgir no decorrer do júri. Após a saíde a primeira testemunha, Brêda chamou o ex-funcionário da casa dos Farias,Manoel Alfredo da Silva, segunda testemunha do dia.

Depoimento de Manoel Alfredo da Silva

Durante o depoimento, o juiz apontou uma contradição em seus dois testemunhos na época do crime. “No segundo você menciona Cláudia Dantas, uma moça de batalha, e no primeiro você não a citou. Você se lembra dessa moça?”, interrougou.

A segunda testemunha do dia, disse que não se lembrava de nenhuma moça de batalha, e o juiz questionou se ele tinha sido orientado sobre o que falar. “Não, não falei com ninguém, ninguém me pediu para falar nada”, rebateu Manoel. Em seguida, o juiz questionou se ele tinha sido orientado sobre o que falar. “Não, não falei com ninguém, ninguém me pediu para falar nada”, rebateu Manoel.





 

 

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MACEIÓ (AL) - O julgamento sobre a morte de PC Farias e Suzana Marcolino continua no Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, localizado no bairro do Barro Duro, em Maceió. O juiz Mauricio Brêda terminou há pouco de interrogar a primeira testemunha, Leonino Tenório de Carvalho, que trabalhou para PC como funcionário de serviços gerais.

Leonino, foi interrogado por mais de uma hora e foi questionado pelo juiz sobre o relacionamento de Paulo Cesar e sua então namorada, Suzana Marcolino. “Mal conhecia a senhora Suzana”, explica a testemunha.

O juiz Mauricio Brêda levantou o nome de Cláudia Dantas, perguntando se ele já tinha visto na casa de praia. “Eu já tinha visto ela, mas nunca vi os dois juntos e nem soube de nada relacionado sobre um caso amoroso”, esclarece Leonino.

Após muitas perguntas o juiz passou a palavra para o promotor do caso, Marcos Mousinho, que perguntou a Leonino se a falecida Suzana Marcolino tinha intenções de se matar. “Ouvi o garçom Genival da Silva França dizer que Suzana tinha tentando se matar, na água do mar que havia em frente à casa”, reponde a testemunha. Em seguida, o juiz permitiu que o advogado de defesa dos réus, José Fragoso Cavalcante, também questionasse a testemunha.

Leonino também falou que queimou o colchão e o travesseiro da cena do crime. Quando questionado pelo advogado, José Fragoso, disse que o ato tinha sido sua ideia, mas quando o juiz retomou a discussão, a testemunha se contradisse. “O colchão e o travesseiro estavam fedendo, aí liguei para o Flávio (outro segurança de PC Farias) e perguntei o que faria com aquilo, e ele disse que depois me retornaria com instruções, quando me ligou de volta disse para eu fazer uma limpeza geral, jogar fora para não ficar fedendo no quarto” completou a testemunha.

De acordo com os autos, o colchão utilizado na segunda perícia não era o mesmo da cena do crime, e o ex-funcionário de PC explicou que na verdade foi utilizado o colchão dos filhos do falecido. “O colchão que foi usado foi diferente do primeiro, visto que o primeiro era de casal e o segundo eram dois de solteiros, mas não sei explicar exatamente a diferença do primeiro colchão para o segundo”, ilustra Leonino.

Após o depoimento de Leonino Tenório Carvalho, o juiz chamou a próxima testemunha, Genival da Silva França, que trabalhou para PC Farias durante sete anos. Na época em que PC foi assassinado Genival trabalhava como garçom, função que exerceu durante quatro anos e antes disso trabalhou durante três anos como jardineiro da casa. 



 

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ALAGOAS - “Não vou ser leviano em dizer que houve manipulação na investigação, mas percebo certa ingenuidade da policia local na investigação e na não preservação da cena do crime” revelou o promotor do caso, Marcos Mousinh, rebatendo a tese da defesa de que PC Farias foi morto por Suzana Marcolino, sua então namorada, e em seguida Suzana se matou. O promotor chegou no Tribunal do Júri da 8º Vara Criminal de Maceió, por volta das 13h30.

Os procedimentos oficiais, como juramento e posicionamento dos réus, começaram com atraso, e o julgamento em si, que estava marcado para começar à 13h, teve início agora há pouco. A primeira testemunha, Leolino Tenório de Carvalho já foi anunciada, mas não foi chamada para depor. Os jurados ainda estão lendo o relatório do processo para que as atividades se iniciem.

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A testemunha, Marize Vieira de Carvalho, funcionaria da casa de PC, na época do crime, não irá comparecer para testemunhar, uma vez que encontra-se hospitalizada em estado grave.

RELEMBRE O CASO

Paulo César Farias, conhecido como PC Farias, foi tesoureiro durante as eleições para a presidência de Fernando Collor de Melo. Ele mantinha cargos importantes no governo Collor e foi pivô de alguns escândalos. Ficou preso entre 1994 e 1996, e mantinha durante esse período um relacionamento amoroso com Suzana Marcolino.

Em 23 de junho de 1996, no ano em que saiu da prisão, Suzana e PC foram encontrados mortos na residência do ex-tesoureiro. De acordo com os autos, antes do crime, Suzana e PC tinham ido jantar com o irmão de Paulo Cesar, Augusto Farias, e sua namorada da época, Milane Valente de Melo. 

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ALAGOAS - Após 17 anos da morte de Paulo Cásar Farias o caso finalmente vem a julgamento sob júri popular, e teve início na tarde desta segunda-feira (6), no tribunal do Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, localizado no bairro do Barro duro em Maceió.

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Ao todo, são acusados quatro policiais militares de terem cometido o assassinato de PC: Adeildo Costa dos Santos; Reinaldo Correia de Lima Filho, Josemar Faustino dos Santos; José Deraldo da Silva; que na época eram os seguranças do falecido.

O responsável pelo julgamento é o juiz, Mauricio Brêda, que prevê que o julgamento dure entre quatro a cinco dias. “Apesar da grande mídia que o caso implica os jurados não serão influenciados pela imprensa em sua decisão"”, esclareceu o juiz.

Também de acordo com Brêda não será possível saber quantas testemunhas serão ouvidas, por dia, e que os peritos irão esclarecer as dúvidas sobre o laudo redigido na época, e não irão acrescentar novos fatos aos autos. O promotor Marcos Mousinho fará as acusações.

Para o julgamento, os jurados chegaram ao fórum exatamente às 13h e não puderam ser fotografados e nem seus nomes revelados, já os réus também chegaram no mesmo horário previsto.

ALAGOAS - Inicia nesta segunda-feira (06) o julgamento dos réus no processo do caso PC Farias. O julgamento, que pode durar até 5 dias, será realizado pelo Tribunal do Júri da 8º Vara Criminal de Maceió, presidido pelo juiz Maurício Breda, a partir das 13h. O crime aconteceu no dia 23 de junho de 1996, onde foram encontrados mortos em seu quarto, em Guaxuma, litoral norte de Maceió, o empresário e tesoureiro da campanha presidencial de Fernando Collor, Paulo Cesar Farias, e a sua namorada, Suzana Marcolino.

Quatro militares que faziam a segurança particular de Farias vão ao júri popular, onde o Ministério Público pedirá a condenação dos réus Adeildo Costa dos Santos, Reinaldo Correia de Lima Filho, Josemar Faustino dos Santos e José Geraldo da Silva. A defesa acredita ter sido um crime passional, no qual Suzana teria atirado no empresário enquanto ele dormia e depois teria cometido suicídio com a mesma arma. O motivo seria porque PC romperia com a namorada, pois estava apaixonado por outra mulher, Claudia Dantas, que também prestará depoimento no julgamento.

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Já para a acusação, os réus são co-autores de duplo crime, sendo um deles por omissão, uma vez dito que eram pra fazer a segurança da vítima. Caso sejam condenados, a pena varia entre 12 e 30 anos para cada crime, podendo ser multiplicado por dois, já que a ação penal envolve duas vítimas.

A filha de PC Farias, Ingrid Farias, também irá depor esta semana em defesa dos réus. Segundo o seu advogado, José Fragoso, ela não acredita que eles sejam culpados de duplo homicídio.

O julgamento

Além do juiz Maurício Breda, que responde pela 8º Vara Criminal da Capital, estarão presentes 15 jurados convocados para compor o Conselho de Sentença, onde terão a presença confirmada pela juiz no início do processo e será feita a chamada das 27 testemunhas.

As testemunhas serão as primeiras a serem ouvidas e o Ministério Público Estadual acredita que esses depoimentos durem em médias dois dias. Logo em seguida, os peritos serão interrogados e , por último, os acusados.

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