Tópicos | perito

O perito criminal aposentado Roberto Nunes de Araújo, preso em flagrante por atirar na esposa, teve a liberdade provisória autorizada. Suspeito de uma tentativa de feminicídio, Roberto Nunes passou por audiência de custódia nesta sexta-feira (21) e o ganhou o direito de responder à acusação em liberdade.

A soltura foi concedida pelo juiz Pedro Odilon de Alencar, apesar do posicionamento contrário do Ministério Público de Pernambuco. Medidas cautelares foram aplicadas contra o perito, como não se aproximar da vítima e não se ausentar da comarca por mais de oito dias sem autorização judicial, além disso o porte de arma dele foi suspenso.

##RECOMENDA##

Segundo a Polícia Civil, Roberto Nunes atirou no peito da esposa, Maria das Graças Tavares da Silva, nessa quinta-feira (20). Em nota, a Polícia apontou o caso como uma tentativa de feminicídio. Maria das Graças está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital da Restauração, no Derby, Centro do Recife.

A Justiça do Rio recebeu nesta quinta-feira (19) a denúncia do Ministério Público estadual na ação penal contra os sargentos Manoel Vitor Silva Soares e Bruno Santos de Lima, o cabo Daris Fidelis Motta e o pai do sargento Bruno, Lourival Ferreira de Lima. Os quatro são acusados pela morte do perito da Polícia Civil Renato Couto de Mendonça, executado a tiros no dia 13 deste mês, no interior do ferro velho explorado por Lourival e Bruno, pai e filho, na Avenida Radial Oeste, na Praça da Bandeira, zona norte do Rio de Janeiro. A denúncia foi recebida pelo juiz Alexandre Abrahão, da 3ª Vara Criminal da Capital.

Bruno era chefe do Serviço de Transportes do 1º Distrito Naval e foi para o local usando carro oficial da Marinha, acompanhado dos outros dois militares.

##RECOMENDA##

De acordo com a denúncia “o crime foi cometido por motivo torpe, praticado por vingança porque a vítima ameaçou fechar o ferro velho explorado pelos denunciados Bruno e Lourival, caso não fosse ressarcida pelos bens subtraídos de sua propriedade e que teriam sido receptados pelo ferro velho”. O homicídio foi ainda praticado por asfixia, visto que a vítima foi jogada no Rio Guandu pelos denunciados Bruno, Daris e Manoel, depois de ter levado dois tiros de Bruno e colocado no carro da Marinha, depois foi atirado ainda com vida no rio. No meio do caminho, o perito papiloscopista ainda implorou que fosse levado para o hospital e que era policial civil". Os quatro acusados confessaram o crime quando foram presos pela Polícia Civil.

Segundo o juiz Alexandre Abrahão, “a materialidade do crime ficou comprovada pelo laudo de exame em local e nas demais provas até aqui colhidas. Consta ainda a qualificação dos denunciados e a precisa tipificação dos crimes imputados. Há, portanto, justa causa para a admissão da acusação. Por essas razões, recebo a denúncia”, escreveu o magistrado.

O juiz também manteve a prisão preventiva dos acusados, convertida na ocasião da audiência de custódia. “A prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva pelo Juízo das Custódias. Destaco, nessa toada, que nada de novo existe para motivar a modificação, a qual mantenho por seus reais e legais fundamentos. A prisão, tal como lá externado, faz-se necessária ante a ótica concreta de lesão a garantia da ordem pública, especialmente avalizada as testemunhas que futuramente ouvidas na presente relação processual. Destarte, vê-se aqui o perigo gerado pelo estado de liberdade dos imputados.”, escreveu em outro trecho o juiz Abrahão. 

A caminhada da família da menina Beatriz, que deixou o Sertão para encontrar o governador Paulo Câmara (PSB), na tarde dessa terça-feira (29), no Palácio do Campo das Princesas, gerou a demissão do perito que atuou no caso. Após receber os pais da criança, o gestor apoiou a federalização das investigações.

Sócio de uma empresa de segurança contratada na época pelo Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, o perito criminal Diego Costa prestava consultoria à escola e depois participou da investigação do assassinato ocorrido em 2015. 

##RECOMENDA##

A criança de seis anos desapareceu durante uma festa no colégio particular e foi encontrada sem vida ainda nas dependências da escola com 42 facadas.

O governador recebeu os pais da menina e garantiu que vai levar o caso para as autoridades federais. “Estamos totalmente solidários ao sofrimento da família e somos favoráveis à federalizacão do caso. Vamos prestar toda a colaboração necessária, ciente que cabe à Procuradoria-Geral da República ou ao Ministério da Justiça avaliar se estão presentes os requisitos legais para a referida federalização", assegurou.

Sobre os pedidos da mãe Lucinha Mota para ter acesso à investigação e repassar para uma empresa privada norte-americana, a Secretaria de Defesa Social aponta que o serviço não tem vínculo com o Governo dos Estados Unidos ou suas representações diplomáticas e essa cooperação não encontra respaldo na legislação brasileira.

LeiaJá também

--> Caso Beatriz: mãe alega violência e omissão do governo

--> Mães de Beatriz e Miguel se encontram em caminhada na RMR

--> Caso Beatriz: novo retrato falado do suspeito é divulgado

O inquérito policial tem 24 volumes, 442 depoimentos, sete tipos diferentes de perícias, 900 horas de imagens e 15 mil chamadas telefônicas analisadas. Todo o material foi remetido ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) o último dia 13.

Os autos haviam sido enviados ao MPPE ainda em 2019 e novas diligências foram cumpridas pela Força-Tarefa criada para apurar o caso. Quatro delegados revisaram o material.

A Secretaria de Defesa Social (SDS) de Pernambuco decidiu punir um perito papiloscopista por beliscar uma aluna durante o Curso de Formação Profissional de Agente de Polícia Civil. O caso ocorreu em 4 de dezembro de 2019, mas a punição só foi divulgada no último sábado (11).

Segundo a portaria da SDS, o perito participava do curso como instrutor secundário. Na ocasião, estava sendo ministrada a disciplina de Armamento, Munição e Tiro, realizada na sede do Bope, no Recife.

##RECOMENDA##

O beliscão teria sido dado após a aluna comentar que não havia garrafa de água na mesa, mas apenas em um garrafão de 20 litros. O perito, então, teria reagido aos gritos e a beliscado na região da cintura, o que, segundo a SDS, gerou constrangimento. 

Após receber o beliscão, a aluna da Polícia Civil disse que aquela seria a última vez que o instrutor a tocaria. Em tom jocoso, ele teria comentado que seria assim que se beliscava bandido.

O perito foi punido com dois dias de suspensão. A pena deverá ser convertida em multa.

Um sargento da Polícia Militar e um guarda municipal estão sendo procurados pela Polícia Civil de Pernambuco pelos crimes de extorsão e ameaça. A Operação Efusão, deflagrada pelo Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri) nesta quinta-feira (4), resultou na prisão de um perito papiloscopista e de um segundo suspeito.

De acordo com a Polícia Civil, a organização criminosa forjava ações policiais contra "pessoas que agiam na marginalidade", subtraindo das mesmas bens lícitos ou ilícitos com emprego de violência e uso de arma de fogo.

##RECOMENDA##

As investigações tiveram início em outubro de 2019, após roubo praticado contra dois mexicanos que se passavam por turistas, mas estavam traficando uma droga conhecida como óleo mexicano. O óleo seria repassado a um traficante norueguês com atuação em Pernambuco, porém os mexicanos tiveram a droga e os bens subtraídos.

A Receita Federal publicou o edital de um novo concurso público, no Diário Oficial da União (DOU). A seleção oferece 56 vagas temporárias para peritos no aeroporto de Viracopos, em Campinas, São Paulo. Poderão participar candidatos com formação em farmácia, medicina, engenharia de alimentos, odontologia, entre outros cursos. 

De acordo com o edital, além de possuir curso superior, os participantes devem comprovar experiência mínima de dois anos na área de especialização pretendida, entre outros requisitos especificados no edital da seleção.

##RECOMENDA##

As inscrições poderão ser realizadas no período de 13 a 19 de janeiro de 2021, mediante envio de mensagem para o e-mail peritos.sp.alfvcp@rfb.gov.br, solicitando no corpo da mensagem a abertura de dossiê digital para junção da documentação relativa à inscrição no processo seletivo para credenciamento de peritos informando nome, CPF e área de atuação pretendida.

O método de seleção será feito por meio de avaliação do tempo de atuação como perito credenciado pela unidade local: um ponto a cada dois anos, limitado a cinco pontos; e a participação em cursos diretamente relacionados à área de atuação. 

Quanto ao salário, o edital esclarece que a remuneração pelos serviços prestados, em todos os casos, é de inteira responsabilidade do importador, exportador, transportador ou depositário interessado e deve obedecer aos limites e condições estabelecidos nos artigos 34 a 40 da IN RFB nº 1.800 de 21 de março de 2018, que trazem um valor inicial de R$ 3.088,85.

Além disso, as entidades privadas candidatas ao credenciamento deverão formalizar a inscrição dos profissionais constantes do seu quadro de funcionários ou de dirigentes, que realizarão as perícias, para serem credenciados nos termos do concurso.

A Procuradoria Federal ofereceu denúncia de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa contra o perito judicial Charles Fonseca William e de corrupção ativa contra os empresários José Carlos Lavouras, Jacob Barata Filho e João Augusto Monteiro, do setor de ônibus no Estado do Rio de Janeiro, por propinas de R$ 5,9 milhões. Charles Fonseca William foi preso preventivamente pela Polícia Federal, no começo do mês, na Operação Expertus.

Os procuradores afirmam que, entre 2012 e 2015, os empresários teriam pago R$ 1 milhão na compra de uma casa em Búzios e R$ 4,9 milhões em propinas entregues pela frota da transportadora de valores Transexpert, que ocultava valores para a organização criminosa liderada pelo ex-governador Sérgio Cabral (MDB-RJ).

##RECOMENDA##

Os acusados passam a responder por esses crimes após a 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro receber a denúncia. No documento, os 11 procuradores da Lava Jato/RJ narraram à Justiça que Charles William fazia perícias favoráveis às empresas de ônibus, atendendo aos fins da organização de Cabral. Entre maio de 2012 e maio de 2015, Lavouras, Barata Filho e Monteiro providenciaram 22 pagamentos, somando R$ 4,9 milhões, para o perito praticar atos em benefício de suas empresas, como em processos relativos ao rebaixamento das tarifas intermunicipais.

Além de fazer laudos a favor das empresas, Charles William se articulava com terceiros para ser nomeado no maior número possível de ações, o que demonstra sua grande influência no Tribunal de Justiça (TJ-RJ), em prejuízo até mesmo da confiança no sistema de justiça. O MPF já encaminhou informações para a Corregedoria Geral de Justiça do TJ tomar eventuais medidas cabíveis no caso.

"Há prova inequívoca da realização de atos de ofício praticados por Charles Fonseca William, em favor das empresas de ônibus", afirma a Lava Jato/RJ na denúncia. "Como visto, Charles William se valeu de sua função de perito judicial, gozando da confiança de diversos magistrados, para se locupletar ilicitamente, aproveitando-se de sua influência em demandas judiciais que poderiam ensejar resultados desfavoráveis para as empresas de ônibus."

A equipe da força-tarefa chegou até Charles William após a colaboração premiada com o ex-presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Rio de Janeiro (Fetranspor) Lélis Teixeira. Segundo ele, Charles tinha 'boas relações com alguns dos juízes' que julgavam as ações da federação.

A reportagem busca contato com a defesa dos denunciados. O espaço está aberto para manifestação.

O médico legista Osvaldo Raffo, responsável por um relatório que questionou a versão de suicídio para o promotor público Alberto Nisman, foi encontrado morto nesta segunda-feira, 18, em sua casa em Buenos Aires, na Argentina, segundo o diário La Nación.

Ao lado do corpo de Raffo, de 84 anos, foram encontrados um revólver e uma nota atribuída a ele na qual ele reclamava de "dores".

##RECOMENDA##

O caso será investigado pela promotora Fabiana Ruiz. O legista aposentado vivia sozinho, mas contava com a ajuda de uma cuidadora, que o encontrou já sem vida na banheira do apartamento.

O promotor Alberto Nisman foi encontrado morto no banheiro de sua residência de Buenos Aires com um tiro na cabeça em 18 de janeiro de 2015, quatro dias depois de ter apresentado uma denúncia contra a ex-presidente argentina Cristina Kirchner (2007-2015) por encobrimento de terroristas.

Ele estava investigando o atentado com um caminhão-bomba contra a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia). organização judia de Buenos Aires, no qual morreram 85 pessoas em 1994.

O advogado do presidente Michel Temer, Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, entregou nesta quarta-feira (5), à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, a defesa do mandatário contra a acusação de corrupção passiva feita pelo Ministério Público Federal.

As alegações foram protocoladas já no segundo dos 10 dias de prazo que o peemedebista tinha para se defender na CCJ, que dará agora cinco sessões parlamentares para o relator do caso, deputado Sergio Zveiter (PMDB-MG), apresentar seu parecer.

##RECOMENDA##

Pelas declarações do advogado de Temer, a defesa deve seguir na linha de questionar a gravação feita pelo empresário Joesley Batista, dono do frigorífico JBS, de uma conversa com o presidente no Palácio do Jaburu, em março passado.

O áudio é o pilar da denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que acusa o peemedebista de ser o destinatário dos R$ 500 mil dados pela JBS ao ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures. Segundo Mariz, a gravação é "tecnicamente duvidosa" e "ilícita". Uma perícia encomendada pela Polícia Federal não encontrou indícios de edição no áudio.

Depois de votado na CCJ, o relatório de Zveiter será debatido em plenário, onde precisará do apoio de dois terços dos deputados para ser aprovado. O objetivo do Palácio do Planalto é concluir essa etapa o mais rapidamente possível, para evitar que fatos novos diminuam os votos do governo no Congresso.

Em seguida, a denúncia seguiria para o Supremo Tribunal Federal (STF), onde os 11 ministros decidiriam se Temer deve virar réu.

Se isso acontecer, o peemedebista ficará afastado da Presidência da República por até 180 dias, sendo substituído interinamente pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Caso Temer seja condenado pelo STF, Maia terá até 30 dias para convocar eleições indiretas. 

[@#galeria#@]

Atividades minuciosas e precisas são realizadas incansavelmente por profissionais que estão sempre na trilha de criminosos, mas que, muitas vezes, passam despercebidos pela população. Apesar do ambiente escuro, dividido em salas antigas, os agentes da perícia criminal trabalham concentrados e cientes de que seu desempenho pode conduzir os rumos de uma investigação policial. A precisão das atividades desempenhadas nos 365 dias do ano pode ser resumida na frase de um dos funcionários: "perito não pode achar, tem que ter certeza". 

##RECOMENDA##

Além da análise de substâncias, os peritos também examinam objetos, armas, documentos e até mesmo vozes de suspeitos dos crimes. No prédio do Instituto de Criminalística (IC), no bairro de Campo Grande, na Zona Norte do Recife, há salas específicas para o teste de projéteis de armas e até mesmo de identificação fonética – para auxiliar as investigações dos mais diversos tipos de delitos. 

Engenheiros civis, biólogos, biomédicos e farmacêuticos compõem o quadro de profissionais que atuam no segmento forense, atualizado através de concurso público. Apesar da abrangência de áreas que podem atuar na perícia, o gestor do IC, Luiz Carlos Soares, reclama do quadro escasso. "Em todos os setores, temos poucos profissionais. Diariamente, temos três duplas para ir aos locais de crime, fazer as coletas de materiais, preparar os croquis que indicam a localização dos crimes ou acidentes, tirar fotografias... Se tivéssemos pelo menos mais um perito nessas equipes, seria melhor", explica, indicando a possibilidade de entrada de novos profissionais com a abertura de um certame em 2015. 

Nos laboratórios, o trabalho dos profissionais consiste no recebimento de substâncias dos locais de crime, levá-las para análises detalhadas e produzir relatórios a respeito do conteúdo encontrado. O trabalho pode ser descrito de forma simples, mas exige resultados precisos e detalhados. “Nosso objetivo aqui é montar um quebra cabeça. Temos que materializar o crime para dar o norte à investigação da Polícia e da decisão da Justiça”, explica o perito Gilberto Pacheco. 

O chefe do setor laboratorial do IC ainda revela que são poucas as substâncias que não conseguem ser identificadas em um curto espaço de tempo. “Não chega a ser feito CSI [seriado americano de TV sobre investigações forenses], em que o resultado das análises surge depois de dez segundos, mas também não é tão devagar. Levamos mais ou menos dois minutos para identificar, com detalhes, uma substância nas máquinas mais refinadas”, conta.

Pacheco refere-se ao Cromatógrafo Gasoso com Detector de Massas, popularmente chamado de CGMS. O equipamento é o mais moderno na identificação de substâncias líquidas e é capaz de fazer um exame minucioso da massa química dos componentes do líquido analisado. “Com essa máquina, podemos trabalhar com microlitros. É tão preciso que se o suspeito deixar cair apenas uma gota do líquido, nós podemos dizer exatamente o que é que está sendo analisado”, explica o perito.

Antes de chegar ao CGMS, na sede do Instituto, o trabalho dos peritos tem início no próprio local do crime. Após a coleta de substâncias, testes colorimétricos – utilizando sprays e outras substâncias reconhecidas internacionalmente para procedimentos forenses – podem ajudar a detectar, de forma rápida, qual o tipo de substância ilegal em questão. Assista ao vídeo em que os profissionais demonstram a detecção de crack, na amostra azul, e maconha, na amostra vermelha:

[@#video#@]

Em todas as outras áreas do IC, há equipamentos de comparação de trajetórias de projéteis e de caligrafia em documentos falsificados. O maquinário ajuda na hora de dar precisão aos laudos, mas o trabalho pode ser dificultado pela própria sociedade.

“Quando chegamos aos locais de crime, muitas vezes há um lençol sobre a vítima. Para identificar a pessoa que faleceu, as próprias pessoas costumam colocar a mão no bolso da vítima para encontrar documentos e isso não deve ser feito”, explica Soares, ressaltando a importância da preservação do local do crime. “Em alguns casos, nosso trabalho pode até ser comprometido e as investigações da Polícia podem tomar um rumo errado caso as pessoas mexam na cena. Essa cultura de deixar os locais intocados já foi adquirida nos Estados Unidos e estamos lutando para que as pessoas façam isso por aqui também”, conta o gestor do IC.

Apesar da imensa responsabilidade, a categoria tem orgulho do trabalho e luta para que o Instituto de Criminalística seja separado da Polícia Civil. “Teríamos mais autonomia e independência financeira”, explica um dos profissionais, esperançoso em relação à aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que transforma a perícia criminal num órgão independente no que diz respeito à segurança pública. O texto já foi aprovado por uma comissão especial e aguarda leitura e aprovação da Câmara e do Senado. 

Uma semana após a morte do jornalista Marco Aurélio Azevedo Alcântara, de 77 anos, o Instituto de Criminalística (IC) concluiu o laudo pericial sobre o caso. O resultado diz que a morte do idoso se deu por homicídio de estrangulamento. Marco Aurélio foi encontrado morto dentro da casa onde morava, no bairro do Derby, área central da região.

Quando a polícia se deparou com o corpo da vítima, o mesmo estava com os pés e as mãos amarradas. Marco também tinha sinais de agressão no corpo. “As evidências do local e as condições em que o corpo dele (Marco Aurélio) se encontrava indicam que ele foi vítima de estrangulamento. O exame realizado no IML (Instituto de Medicina Legal) também comprovou o resultado”, disse o perito Antônio Neto. 

##RECOMENDA##

O corpo do jornalista foi encontrado na manhã da última quarta-feira (24) por uma das empregadas domésticas que trabalhava no local. O cadáver estava estirado no corredor do imóvel. Uma versão investigada é de que o idoso estava vendendo a casa onde morava, e no dia anterior de sua morte teria recebido uma parcela no valor de R$ 60 mil. No dia que o caso veio à tona, testemunhas afirmaram que viram dois homens entrando no imóvel na noite anterior a do crime.  

 

 

No próximo domingo (21), a Polícia Federal de Pernambuco realiza as provas objetivas do concurso público em âmbito nacional. Os exames ocorrerão em todas as capitais e no Distrito Federal. O processo seletivo preencherá 600 vagas, em que dessas, 150 são para delegado, 350 para escrivão e 100 para o cargo de perito.

De acordo com a PF, a seleção teve mais de 166 mil candidatos inscritos. Para todas as funções, as provam iniciarão às 8h (horário de Brasília) e a orientação da organização do certame é que os concorrentes cheguem com pelo menos uma hora de antecedência.

##RECOMENDA##

Por meio da página virtual do concurso, os candidatos podem consultar os locais de prova, informando o número do CPF e a senha. A duração das provas de perito e escrivão é de cinco horas e a de delegado tem quatro horas. Os exames terão 120 perguntas, entre questões básicas e objetivas, além de teste discursivo com no máximo 30 linhas e ainda prova discursiva no mesmo dia às 14h para o cargo de delegado.

Os candidatos aprovados também serão submetidos a testes físicos (previstos para os dias 14 e 15 de setembro), médicos e avaliação psicológica. Todos os cargos exigem nível superior e carteira de habilitação na categoria “B”. Segundo a PF, o salário é R$ 7.514.33 para escrivão e de R$ 14.037,11 para os delegados e peritos criminais, já com o auxílio-alimentação de R$ 373.





[@#galeria#@]

MACEIÓ (AL) - O perito Daniel Muñoz, segundo depoente desta quinta-feira (09) e que integrava a equipe para constatar o laudo feito pela equipe de peritos e legistas alagoanos, disse que PC foi assassinado, mas Suzana não teria cometido suicídio. “Concordamos com os peritos que fizeram o primeiro laudo que afirma o homicídio de Paulo César Farias, mas discordamos que Suzana Marcolino tenha se suicidado, todas as provas levam a um homicídio”, esclarece Muñoz.

Assim como outros peritos esclarecedores do caso, Daniel Muñoz também comprovou o que falava através de fotos e estudo feitos na época. “Foram realizados vários testes e provados que, a única forma de ela estar sentada e o trajeto combinar seria se Suzana tivesse dois metros de altura; ela levou o tiro enquanto estava se levantando, ou seja, ela estava em um movimento dinâmico e não estático; e a bala produziu um aro esfumaçante que só é produzido quando o alvo não está encostado na arma disparada”, relata o perito

Indagado pela defesa acerca da reprodução da cena do crime criada pela equipe, Daniel Muñoz atenta para os testes feitos e os dados obtidos que, segundo ele, a arma do crime foi limpa para serem retiradas as digitais, ou seja, Suzana não teria como apagar as digitais já que havia morrido antes disto.



##RECOMENDA##

MACEIÓ (AL) - O quarto dia de júri do caso PC Farias - Suzana Marcolino é marcado pela contradição de dois laudos. No depoimento, o perito Domingos Tochetto afirmou que Suzana pegou na arma de fogo que produziu os tiros. Quatro policias estão em júri popular acusados pela morte do empresário Paulo Cesar Farias e sua namorada, Suzane Marcolino, nesta quinta-feira (9), no Fórum Desembargador Jairon Maia.

O laudo de Tochetto entra em conflito com o de Badan Palhares, que sustentou que Suzana havia atirado em PC e, em seguida, cometido o suicídio. “Encontraram mancha de sangue apenas na mão esquerda de Suzana que não justifica nenhuma forma de empunhadura da arma”, revelou Tochetto.

##RECOMENDA##

A defesa tentou questionar a veracidade dos laudos, levantando o fato de que a perícia feita foi quase um ano depois do crime, por tanto ele não teria como avaliar com certeza o que realmente teria ocorrido. “Você tem que certeza de que os criados-mudos estavam nas posições corretas? E a mancha de sangue como apareceu lá? Tem como saber de quem seria?”, indagou a defesa.

“Quando fizemos a pericia tivemos o mínimo cuidado para colocar tudo no lugar, inclusive os criados mudos. E até me estranhou que após terem lavado tudo e quase um ano depois, ainda teria sangue nos móveis, mas isso não interfere na nossa conclusão do laudo", rebateu o perito.

Segundo Tochetto, o tiro disparado em Suzana foi próximo ao mamilo esquerdo, e não foi encostado na pele pela projeção que teve a bala. “É raríssimo uma pessoa que queira se suicidar escolha esse lugar e ainda não encoste a arma, pois você sempre escolhe um lugar vital para minimizar o sofrimento”, esclarece Tochetto.

Todas as perguntas feitas pelo Ministério Público mostraram que ele acredita na tese de duplo homicídio triplamente qualificado. Em seguida, o juiz chamou o médico legista, Daniel Munhoz, que participou da formação do segundo laudo.

Com a colaboração de Marcela Terra

[@#galeria#@]

A terceira pessoa a prestar esclarecimento na tarde desta quarta-feira (08), no terceiro dia do julgamento do caso PC Farias, foi o médico legista José Lopes da Silva Filho, que teve participação no laudo feito por Badan Palhares.

##RECOMENDA##

O legista relata que, até o momento em que participou do estudo do caso, em nenhuma circunstância houve discordância da equipe de Maceió. “Paulo César foi atingido à distância e Suzana Marcolino recebeu o tiro com a arma praticamente encostada nela. O estudo constatou que Suzana levou o disparo sentada na cama e logo em seguida caiu e a arma permaneceu distante de seu corpo”, esclareceu José Lopes.

Segundo o médico legista, o tiro que matou Suzana bateu na parede em que foi achado resíduos humanos compatíveis com o DNA de Suzana e logo depois tangeu uma cadeira que estava no local. Sobre a constatação de erros nos laudos, o perito respondeu ser improvável.“Existem provas demais nos laudos”, afirmou José Lopes.

Perita afirma que o local no crime não foi violado

Após José Lopes da Silva Filho, o quarto a depor é o médico legista Gerson Odilon, que participou do primeiro laudo do caso de PC Farias. Segundo ele, a jurisprudência da morte não é trabalho da medicina legal, mas sim do perito criminal, logo, não é trabalho dele constatar a maneira como ocorreu o crime.

Ao ser indagado sobre a não constatação de sangue na arma, já que a defesa alega que Suzana havia se suicidado com ela, o médico relata que é comum isso acontecer. “Não é sempre que resíduos de sangue ficam na arma após um suicídio, é comum a arma não estar suja de sangue”, explica Odilon.

A defesa perguntou ao médico se ele foi pressionado de alguma maneira a assinar o laudo, e Gerson Odilon respondeu que não. “Eu sou uma pessoa de raízes humildes e sempre a minha conduta é tomada de princípios adquiridos através de meus pais. Tenho a consciência tranquila hoje, da mesma maneira que tive na época”, explanou o médico.

O perito Osvaldo Negrini Neto é a quinta testemunha de acusação a depor no Fórum da Barra Funda, em São Paulo, nesta segunda-feira, 15. Neto disse que, nas primeiras celas que examinou, no corredor do segundo pavimento do Pavilhão 9, havia marcas de balas e sangue. "Tinha um poço de sangue que eu fiquei com sangue até as canelas", afirmou. A testemunha contou que a retirada dos corpos do presídio prejudicou a perícia. Ele mostrou aos jurados as fotos que tirou no presídio e o laudo que fez à época do massacre.

Já o ex-diretor da Divisão de Segurança do Complexo da Carandiru Moacir dos Santos, em entrevista na saída do Fórum Criminal da Barra Funda na noite desta segunda, afirmou que "foi uma coisa muito marcante, foi uma coisa terrível. Para mim isso aí foi uma covardia danada que fizeram com os presos".

##RECOMENDA##

Para ele, a invasão que resultou em 111 mortes em outubro de 1992 "acabou com a carreira" dele. Ele foi uma das testemunhas de acusação ouvidas no primeiro dia de julgamento dos 26 PMs acusados de matar 15 detentos no segundo pavimento do presídio.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando