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As Federações das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e do Estado de São Paulo (Fiesp) divulgaram nesta quinta-feira, 10, nota conjunta em que se dizem "perplexas com a inação do governo diante da deterioração crescente do quadro econômico do País". As entidades pedem um rigoroso ajuste fiscal, com cortes pesados das despesas e sem elevação da carga tributária.

"O País repudia com ênfase novos aumentos de impostos. Esta é a receita fácil de sempre, mas a sociedade não aguenta mais pagar a conta da incompetência do Estado", diz a nota, assinada pelo presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, e pelo presidente da Fiesp, Paulo Skaf.

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"A perda do grau de investimento por uma agência de rating internacional é o desfecho de uma série de hesitações, equívocos e incapacidade de lidar com os desafios de uma conjuntura econômica cujo esfacelamento é resultado de incontáveis erros cometidos ao longo dos últimos anos", afirmam as duas federações.

No dia 6 de agosto, Fiesp e Firjan já haviam divulgado nota conjunta em defesa da posição do vice-presidente Michel Temer (PMDB), então responsável pela articulação política do Palácio do Planalto. À época, as duas entidades afirmaram que o momento econômico e político brasileiro era "de responsabilidade, diálogo e ação para preservar a estabilidade institucional do Brasil", e que a indústria brasileira se associava "ao apelo de união para que o bom senso, o equilíbrio e o espírito público prevaleçam no Brasil".

Erros

Para as entidades, a sucessão de erros do governo foi "coroada" pelo envio de um projeto de Orçamento para 2016 com estimativa de déficit de R$ 30,5 bilhões. "Assim, o Poder Executivo abriu mão uma de suas prerrogativas mais básicas: a iniciativa de propor ao Legislativo o ordenamento das receitas e despesas públicas segundo suas prioridades. Com esse ato, o governo abriu mão de governar".

Fiesp e Firjan cobram ainda reformas estruturais de longo prazo, como a criação de um limite para despesas públicas e a adoção de um programa de venda de ativos públicos para engrossar o caixa do governo.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quinta-feira, 10, em Buenos Aires, que o corte da nota brasileira pela agência Standard & Poor's "não significa nada". "Isso não significa nada. Significa que apenas a gente não pode fazer o que eles querem. A gente tem que fazer o que a gente quer", destacou.

O ex-presidente, que participa do 3º Congresso Internacional de Responsabilidade, disse "achar muito engraçado" que a agência de risco tenha tomado essa decisão e criticou que essas agências não usam os mesmos critérios para "países quebrados da Europa". No início de seu discurso, ele criticou a estratégia de ajustes econômicos, que a seu juízo provocam recessão e desemprego.

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Em 2008, quando o Brasil foi classificado como grau de investimento pela S&P, o então presidente disse que isso era uma conquista do povo brasileiro. "Eu acho que houve uma combinação de esforços feita por todos os brasileiros que permitiu que nós pudéssemos, hoje, estarmos felizes porque é uma coisa importante para o Brasil (o grau de investimento), é uma vantagem extraordinária nesse mundo globalizado", disse Lula, à época.

O ex-presidente recorreu ainda a uma de suas tradicionais metáforas, comparando a figura de dois trabalhadores. Um deles é um homem comportado, que cuida da família, paga o aluguel e não tem vícios. "Esse é o investment grade", explicou Lula. O outro recebe o dinheiro, torra tudo em mesa de jogo ou bebe demais e está quebrado. "Então, era assim que era o Brasil. O Brasil estava quebrado, não tinha credibilidade. Todo mundo lembra quanta faixa tinha aqui, da dívida externa. Cada vez que ia em um lugar era: 'Fora FMI', Acabou isso. Acabou!".

Depois do rebaixamento da nota do Brasil pela Standard & Poor', a presidente Dilma Rousseff convocou para a manhã desta quinta-feira, 10, reunião com os ministros do Planejamento, Nelson Barbosa, e da Casa Civil, Aloizio Mercadante. Ainda não há informação oficial se o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, estará no encontro. A agenda dele cita apenas "despachos internos". Os três ministros formam a Junta Orçamentária.

O governo tem pressa para encontrar saídas que possam dar sinais de compromisso e de segurança com o equilíbrio fiscal e a retomada do crescimento. Também é preciso fechar logo o "adendo" ao Projeto de Lei do Orçamento Anual de 2016 que será enviado ao Congresso com soluções para o rombo de R$ 30,5 bilhões nas contas do ano que vem.

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Na quarta-feira, 9, , O Planalto disse que, embora já estivesse esperando, ter recebido com surpresa a decisão da S&P, que agora impõe, segundo disse Levy em entrevista ao telejornal Jornal da Globo, ação rápida do Executivo e do Legislativo. Para Levy, a lição do rebaixamento do rating do Brasil pela S&P é a de que os agentes estão entendendo a necessidade de fazer escolhas difíceis para que o País readquira o equilíbrio fiscal. "Não é só dizer que vai cortar ou pedir para a população assinar um cheque em branco para o governo", disse.

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"Precisamos nos decidir. A consequência (do rebaixamento) é olharmos para nós mesmos e decidirmos o que a gente quer. Não adianta empurrar o problema", afirmou. "Qual exatamente vai ser o imposto, quanto vai ser ou qual o tamanho do corte, o governo irá fazer isso nas próximas semanas com muita clareza. É um desafio para cada um de nós."

Para participar da reunião com Dilma, o ministro Barbosa cancelou participação em debate na manhã desta quarta na Câmara sobre Plano Plurianual e Orçamento.

Minha Casa Minha Vida

Ainda nesta quinta, Dilma deve se reunir com empresários da construção e movimentos sociais de moradia popular para detalhar algumas condições da terceira fase do Minha Casa Minha Vida. No entanto, as contratações da nova etapa de um dos programas vitrines de Dilma Rousseff só devem começar em 2016. Em vez de um anúncio oficial, como prometido pela presidente no Twitter, Dilma vai discutir os novos parâmetros do programa com o empresariado e representantes de movimentos sociais.

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O ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda Luiz Gonzaga Belluzzo diz que houve um erro na condução da política econômica. Na avaliação dele, um dos motivos que levou o Brasil a perder o grau de investimento foi a crença do governo federal de que o ajuste fiscal traria de volta a confiança do setor privado.

Questionado sobre a decisão tomada pela S&P, Belluzzo acredita que justamente a tentativa de impedir o rebaixamento acabou determinando a decisão da S&P. "Na verdade, a situação fiscal piorou depois do ajuste fiscal. A política monetária está contradizendo a tentativa de ajustar as contas porque piorou a relação da dívida/PIB. O déficit nominal também está piorando. Eu tenho muitas restrições em como as agências de risco se comportaram durante a crise (internacional). Elas se portaram muito mal. Cometeram barbaridades. Mas eu não tinha dúvida de que isso (o rebaixamento) iria ocorrer, pelos critérios das agências e pelo desajuste do ajuste", diz.

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Para o ex-secretário, o "desajuste do ajuste" nasceu da crença de que a confiança do setor privado seria recuperada com o ajuste fiscal. "Na verdade, foi produzido um efeito negativo sobre a expectativa do setor privado, sobre o comportamento dos balanços, das receitas esperadas, etc. E é claro que a economia teve uma recessão maior em relação àquilo que estava suposto na formulação do ajuste. A economia brasileira está caindo entre 2,5% e 3,0% e há uma dinâmica da dívida pública muito ruim, caminhando para mais de 70% do PIB (Produto Interno Bruto). É claro que os resultados apontavam para uma perda do grau do investimento", afirma.

Impactos

Questionado sobre os impactos do rebaixamento, o ex-secretário de Política Econômica da Fazenda diz que muito já estava refletido "na curva de juros e no comportamento do câmbio". "Vai haver um outro estresse no curto prazo, mas depois tudo deve se estabilizar. Vai haver uma estabilização numa situação ruim."

Detalhando essa 'estabilização ruim', Belluzzo prevê uma economia que continua a perder força e a "avançar na recessão", acrescida de "uma dinâmica fiscal perversa com aumento do déficit nominal".

"É preciso fazer um gesto. A questão da CPMF (imposto que o governo tenta recriar para financiar a saúde), por exemplo. Era o melhor imposto que se poderia criar porque tem um efeito muito fraco sobre a maioria dos contribuintes, mas o governo não preparou bem isso. Perdeu a oportunidade de fazer e isso poderia ajudar bastante a contornar a situação fiscal, que foi provocada sobretudo pelos equívocos das políticas monetária e fiscal", diz.

Na avaliação de profissionais do mercado financeiro ouvidos pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o rebaixamento da nota de risco do Brasil trará forte viés de alta para o dólar e para os juros nesta quinta-feira, 10, enquanto a BMF&Bovespa tende a cair num primeiro momento.

Ricardo Lacerda, fundador do banco de investimentos BR Partners, disse que a perda do grau de investimento do Brasil "é sem dúvida o maior retrocesso da economia brasileira dos últimos 20 anos". Segundo ele, muito do capital que costuma fugir nesses momentos de crise já saiu do País. "Mas creio que veremos pressão no câmbio e no juros. No médio e longo prazos, as consequências serão ainda piores. Como o próprio ministro da Fazenda (Joaquim Levy) antecipou, esse movimento vai gerar desemprego por muitos anos. Com isso, teremos um aprofundamento da recessão e uma dificuldade da retomada de crescimento. Basta analisar a importância do fluxo de capitais estrangeiros no último ciclo de crescimento, entre 2007 e 2013."

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Onda vendedora

Para Edwin Gutierrez, gestor para o Brasil da Aberdeen Asset Managers, em Londres, os mercados brasileiros reagirão nesta quinta-feira com uma onda vendedora. Ele acredita que o rebaixamento veio antes do esperado pelos investidores. Entretanto, a possibilidade de acontecer já vinha crescendo nos últimos dias. "Depois da entrega do Orçamento na semana passada, passamos a achar que os riscos de perder o grau de investimento ocorrer este ano havia aumentado."

Na avaliação do estrategista, a permanência do ministro Levy no cargo, mesmo após a perda do grau de investimento, faz diferença para os investidores. "Se ele sair, a onda vendedora (de ativos) será ainda mais dramática."

Queda

No início da noite de quarta-feira, 9, os fundos de índices (ETFs, na sigla em inglês) ligados ao Brasil despencaram no after market (operações após o fechamento do mercado) em Wall Street, refletindo o rebaixamento do rating brasileiro pela Standard & Poor’s (S&P).

Entre as carteiras listadas na plataforma Arca, da Bolsa de Valores de Nova York (Nyse), o Direxion Daily Brazil Bull 3X, da Direxion Investiments, despencava 20,1% por volta das 20h10 (horário de Brasília). Outro fundo de índice, o iShares MSCI Brazil Index, mais conhecido pela sigla que é negociado no mercado, EWZ, recuava 7%.

Para um operador de um banco de investimento em Nova York que investe em papéis brasileiros, a perda do grau de investimento era esperada, sobretudo após a redução das metas fiscais e a proposta de orçamento para o ano que vem com déficit, mas o momento da decisão da S&P acabou surpreendendo. A expectativa, disse ele, é que o corte da nota fosse vir no começo do ano que vem.

Aversão ao risco

Profissionais consultados após a decisão da S&P foram unânimes em afirmar que, apesar de precificado em parte, o efeito inicial da nota vai ser de forte aversão ao risco. Pode pesar negativamente nos ajustes de preços justamente a manutenção do outlook negativo pela agência.

Na BM&FBovespa, as avaliações são de que, apesar da tendência de baixa hoje, o principal índice à vista pode até exibir recuperação durante o dia. "Os investidores mais leigos entram vendendo e depois há uma correção natural. Achei a notícia ótima para a Bolsa. É um sinal de fundo para os preços", comentou Alexandre Wolwacz, diretor da escola de investimentos Leandro & Stormer.

Um gestor de investimentos disse que o efeito na BMF&Bovespa deve acontecer principalmente em cima de empresas mais endividadas, como CSN e Petrobrás. "Os bancos, que teoricamente cairiam mais, já tiveram fortes perdas recentes", disse. (Fabrício de Castro, Mônica Scaramuzzo)

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) foi a primeira a conceder ao Brasil o grau de investimento, em 2008. Agora, é também a primeira a retirá-lo. A crise econômica que o País atravessa foi, claro, o ingrediente fundamental. Mas a crise política - sem sinais de melhora diante das declarações recentes de lideranças do Congresso - teve peso importante para o rebaixamento.

"Os desafios políticos do Brasil continuam a aumentar, pesando sobre a capacidade e a vontade do governo em apresentar um orçamento para 2016 ao Congresso coerente com a correção política significativa sinalizada durante a primeira parte do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff", disse a agência no comunicado divulgado na quarta-feira, 9, no início da noite.

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A S&P rebaixou o rating do Brasil de BBB- para BB+ e manteve a perspectiva negativa da nota. A perda do grau de investimento é um duro golpe para o País, depois de um trabalho de mais de uma década para conseguir esse feito, já que o País carregou por muito tempo o estigma de ter pedido moratória da dívida externa na década de 80.

A agência prevê para o Brasil dois anos de retração da economia: para 2015, a projeção é de queda de 2,5% no PIB, e, para 2016, de 0,5%. Segundo a S&P, o Brasil só voltará a crescer, ainda que modestamente, em 2017.

"Acreditamos que o perfil de crédito do Brasil enfraqueceu ainda mais desde 28 de julho, quando revisamos a perspectiva do Brasil para negativa. Naquele momento, sinalizamos riscos maiores de execução para as mudanças políticas corretivas já em andamento, resultantes principalmente das dinâmicas fluidas no Congresso associadas ao alastramento dos efeitos das investigações sobre corrupção na estatal de energia Petrobrás. Nós agora vemos menos convicção, dentro do gabinete da presidente, sobre a política fiscal", diz o comunicado da S&P.

Orçamento

Para a agência, "a proposta de orçamento para 2016 apresentada em 31 de agosto incorporou mais uma revisão das metas fiscais do governo em um período curto de tempo. O orçamento proposto se baseia em um déficit primário de 0,3% do PIB, ao invés da meta revisada anteriormente de superávit de 0,7% do PIB, que havia sido anunciada em julho. Essa mudança reflete divergências internas sobre a composição e a magnitude das medidas necessárias para corrigir a derrapagem nas finanças públicas".

A preocupação é com o aumento do endividamento público. O relatório da S&P também diz que, "sem um desempenho inesperadamente melhor, a meta fiscal proposta no orçamento geraria três anos consecutivos de déficits fiscais primários e uma elevação contínua da dívida líquida geral do governo".

"Nós agora temos a expectativa de que o déficit geral do governo suba para uma média de 8% do PIB em 2015 e 2016, antes de declinar para 5,9% em 2017, versus 6,1% em 2014. Não temos a expectativa de um superávit primário em 2015 ou em 2016. Uma carga de juros elevada (e em declínio lento), tendo em vista taxas de juro elevadas e o impacto de um real mais fraco nos swaps cambiais em poder do mercado, contribui para o déficit grande", afirma.

A S&P previu que a dívida do governo, descontados os ativos líquidos (sem incluir as reservas internacionais), vá crescer para 53% do PIB neste ano e para 59% no próximo ano, de 47% em 2014. A agência disse ainda que as perspectivas de crescimento para o Brasil são inferiores às de países em um estágio semelhante de desenvolvimento, apesar dos esforços do governo com o ajuste fiscal e a aproximação dos setores produtivos.

"Nós não vemos que estas medidas tenham melhorado o sentimento empresarial. Parece agora que o Brasil está mais longe de uma mudança para um crescimento positivo até que algumas incertezas políticas sejam resolvidas", diz a agência.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou na quarta-feira, 9, em entrevista ao Jornal da Globo, que a lição do rebaixamento do rating do Brasil pela Standard & Poor's é a de que os agentes estão entendendo a necessidade de fazer escolhas difíceis para que o País queira readquirir o equilíbrio fiscal. "Não é só dizer que vai cortar ou pedir para a população assinar um cheque em branco para o governo", disse Levy durante entrevista ao vivo. "Precisamos nos decidir. A consequência (do rebaixamento) é olharmos para nós mesmos e decidirmos o que a gente quer. Não adianta empurrar o problema", afirmou.

O ministro evitou dizer quais serão os próximos passos do governo, mas reiterou que "sempre dá para cortar mais" e que é possível que a carga tributária aumente. "Qual exatamente vai ser o imposto, quanto vai ser ou qual o tamanho do corte, o governo irá fazer isso nas próximas semanas com muita clareza. É um desafio para cada um de nós."

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Levy defendeu o Orçamento do governo, lembrando que os cortes já feitos levaram os gastos discricionários ao nível nominal de 2013. Para ir além na redução das despesas, continuou, uma contribuição deve vir do próprio Executivo na melhora da gestão de programas sociais. Outras iniciativas dependerão da aprovação do Congresso, como a criação de uma idade mínima de aposentadoria, ideia que está em discussão no parlamento. "As pessoas precisam entender que, se não aprova, nossa dívida piora, o crédito diminui", disse.

O ministro também defendeu a presidente Dilma Rousseff, afirmando que ela não teve receio de colocar sua popularidade em risco ao tomar "as medidas certas e que já estão dando resultado", como a liberação dos preços represados e o ajuste do câmbio. Levy afirmou ainda que uma agenda que olhe para além da crise já existe, como as reformas do ICMS, do PIS/Cofins e outros itens da Agenda Brasil.

"O País tem maturidade e demonstrou várias vezes que consegue superar desafios", disse Levy. "Vamos voltar ao nosso lugar, entre os melhores."

O professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro José Oreiro acredita que a decisão da S&P de retirar o grau de investimento do País deve aprofundar ainda mais a recessão.

"Essa decisão eleva a pressão sobre os juros e, assim, o custo de oportunidade dos investimentos. Além disso, tem o efeito no câmbio, que no curto prazo é contracionista, porque muitas empresas têm divida em dólar e vão ter seus custos financeiros elevados", comentou em intervalo do XXI Congresso Brasileiro de Economia, promovido pelo Conselho Federal de Economia (Cofecon), em Curitiba.

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Ele também acredita que a decisão da S&P enfraquece ainda mais a posição do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. "Dado que ele tinha sido escolhido para evitar a perda do grau de investimento, fica difícil segurá-lo. A oposição a ele dentro do PT é muito forte e, mais recentemente, setores empresariais, como a Fiesp, vêm pedindo a cabeça dele", afirmou. Mesmo assim, Oreiro não vê relação direta entre a perda do grau e a possibilidade de a presidente não terminar o mandato. "É uma questão que não é só econômica, depende de haver uma alternativa viável para colocar no lugar de Dilma."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A agência de classificação de riscos Standard & Poor's elevou o rating da Grécia para CCC+, de CCC-. A perspectiva da nota é estável.

Segundo a S&P, o rating reflete a visão de que um calote da dívida grega "não é inevitável nos próximos 12 meses". A perspectiva estável indica que, para os analistas da agência, os riscos para a nota CCC+ estão balanceados. Os analistas avaliam ainda que há a possibilidade de a Grécia deixar a zona do euro, embora isso tenha sido reduzido nos últimos dias.

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"Nós avaliamos que a possibilidade de um Grexit é menor que 50% no nosso horizonte de projeções, que vai até 2018. Mas o risco de uma saída ainda é alto, principalmente se o governo não conseguir implementar com sucesso seu ambicioso programa de austeridade", diz o texto.

A agência de classificação de risco Standard & Poor's manteve os ratings global BBB- e local brAAA do Brasil, com perspectiva estável. Segundo a S&P, a manutenção da nota brasileira reflete a expectativa de que o ajuste fiscal em curso terá apoio da presidente Dilma Rousseff e do Congresso Nacional, apesar do cenário político e econômico desafiador.

"A perspectiva estável reflete a nossa expectativa de que a correção em andamento continuará a atrair o apoio da presidente Dilma Rousseff e, finalmente, do Congresso, que gradualmente irá restaurar a credibilidade política perdida, abrindo o caminho para perspectivas de crescimento mais forte em 2016 e nos anos seguintes", afirma a agência.

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Os analistas da S&P dizem que, apesar das dificuldades enfrentadas pelo governo, as sinalizações de política econômica neste segundo mandato da presidente Dilma Rousseff mudaram "consideravelmente", o que não estava no cenário base. No comunicado de sua decisão, a agência citou o esforço do governo para executar o ajuste fiscal e o aperto monetário por parte do Banco Central para conter a inflação.

"O governo ainda tem de detalhar uma agenda de crescimento a médio prazo, mas esperamos que as medidas no final do ano, com uma ênfase renovada sobre a participação do setor privado em projetos de infraestrutura. Este é um outro componente chave para impulsionar o sentimento empresarial, que foi danificado nos últimos anos por decisões políticas irregulares e, atualmente, por incertezas associadas com repercussões econômicas da Petrobras e os riscos de racionamento de água e energia", dizem os analistas.

A S&P afirmou ainda que a nota brasileira reflete a visão de que as instituições brasileiras são bem estabelecidas e que há um amplo compromisso com políticas que mantenham a estabilidade econômica. O texto diz que, apesar do escândalo da Petrobras, as investigações da Operação Lava Jato destacam "a força do quadro institucional do Brasil, incluindo a independência do Ministério Público".

A Standard & Poor's anunciou nesta sexta-feira (13) que manteve os ratings soberanos de longo e curto prazo da Grécia, classificados em B-/B, em observação com implicação negativa. A agência, portanto, não alterou o status dos ratings gregos em relação a sua última ação de rating, de 28 de janeiro.

O comunicado acontece em meio a uma série de reuniões sobre o programa de resgate grego, que parece não ter avançado desde que Atenas conseguiu, no final de fevereiro, uma extensão de quatro meses da ajuda. Hoje, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, declarou seu mal estar com o progresso feito desde então. "Não estou satisfeito com os acontecimentos das últimas semanas", disse Juncker antes de entrar em uma reunião com o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras.

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A Grécia, por sua vez, anunciou hoje que irá pagar 340 milhões de euros referentes a uma parcela do empréstimo de 1,5 bilhão de euros feito junto ao FMI. A primeira parte, de 310 milhões de euros, foi paga há uma semana.

Depois do aperto nos gastos e das novas medidas de ajuste fiscal, a equipe econômica está mobilizada para começar a receber, nesta semana, os representantes das agências internacionais de classificação de risco e evitar o rebaixamento da nota de crédito do Brasil.

Uma missão da agência Standard & Poor's desembarca nesta quarta-feira, 04, em Brasília para conversas com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e outras autoridades do governo federal.

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Será o primeiro teste do ministro Levy em relação ao rating soberano do País, depois da tentativa fracassada do governo para impedir a perda do grau de investimento da Petrobras na semana passada. Os representantes da agência Fitch terão reuniões entre os dias 16 e 20 de março, em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro.

Na estratégia para convencer as agências, a equipe econômica se antecipou ao corte do Orçamento, que só deverá ocorrer em abril, depois da aprovação da lei orçamentária, e divulgou um decreto para limitar os gastos no primeiro quadrimestre do ano. Segundo explicou uma fonte da área econômica, como as duas agências estariam no Brasil antes do anúncio do corte, a solução encontrada para mostrar o comprometimento do governo com a meta fiscal foi fazer um decreto temporário para os primeiros quatro meses, que limitou em R$ 75,2 bilhões as despesas no período. O aval da presidente Dilma Rousseff para o corte nas desonerações da folha de pagamentos das empresas e do programa Reintegra (que devolve tributos para as empresas exportadoras) foi dado também nesse contexto.

A maior preocupação agora da equipe econômica é mostrar para as agências que o governo será capaz de negociar as medidas com o Congresso e afastar o risco político de elas serem revertidas. O discurso será o de mostrar os efeitos das medidas no médio prazo. Embora o cenário de curto prazo seja muito difícil, o ministro quer que as agências olhem a "big picture" (fotografia ampla) do quadro econômico com as mudanças implementadas para a correção dos desequilíbrios.

O governo está confiante que conseguirá manter a nota da S&P, que rebaixou a nota do Brasil no ano passado, mas fixou uma perspectiva estável para o rating. Antes de um rebaixamento, as agências costumam mudar a perspectiva da nota para negativa. A Fitch tem a nota do Brasil dois degraus acima do grau especulativo, mas tem um perspectiva estável. O maior temor é com o movimento da Moody's, que tem a nota do Brasil em viés negativo. Ou seja, o seu próximo movimento poderá ser o rebaixamento. Não há previsão de reunião com a Moody's.

O analista sênior para rating soberano da Moody’s, Mauro Leos, manifestou em nota ontem que, nos vários cenários traçados para a economia do Brasil, mesmo o que considera algum apoio financeiro do governo à Petrobras, a dívida pública bruta não vai superar 70% do PIB.

"Esse nível (de dívida) continuará compatível com o rating atual do Brasil", que é de Baa2 - o segundo menor dentro da escala de grau de investimento da agência. "E isso nos manterá confiantes de que o governo vai responder com um plano crível para atingir a consolidação fiscal, a melhora das métricas da dívida e o fortalecimento dos investimentos e do crescimento", afirmou.

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De acordo com Leos, caso ocorresse um choque que elevasse os níveis da dívida para acima de 70% do PIB, isso poderia "certamente colocar pressão significativa" sobre o atual rating soberano. "Mas nossa avaliação sobre a força do crédito do Brasil poderá continuar sendo guiada pela nossa avaliação da credibilidade dos planos do governo e das perspectivas econômicas e fiscais do País para o médio prazo", completou.

Apesar de acreditar que, mesmo com um eventual apoio financeiro à Petrobras, a dívida do Brasil continuará num nível compatível com o rating atual, Leos havia dito, na semana passada, que há uma "interconectividade" alta da petroleira com a economia - ou seja, que uma piora na empresa poderia afetar a atividade do País, com consequente impacto na nota.

Ele havia ressaltado que as previsões para o Brasil este ano não eram nada animadoras, variando de estabilidade a queda de 1% no Produto Interno Bruto.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira, 25, que o rebaixamento da nota de crédito da Petrobras é "uma falta de conhecimento" do que está acontecendo na empresa, mas disse que a estatal tem "grande capacidade de se recuperar sem grandes consequências".

A presidente disse ainda que o governo sempre tenta evitar este tipo de rebaixamento, mas lamentou que não tenha ocorrido "correspondência" por parte agência. Questionada, a petista disse não acreditar que o downgrade sofrido pela Petrobras afete a nota de risco do País.

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O presidente nacional do PSDB, o senador Aécio Neves (MG), divulgou nota, nesta quarta-feira, 25, na qual diz que a retirada do grau de investimento da Petrobras, divulgada na terça-feira, 24, à noite pela agência internacional de risco Moody's, "é um desastre provocado pela incompetência do governo". "Uma empresa que até poucos anos era a que mais investia, hoje é a que tem o maior endividamento do mundo. Isso ocorreu pelo excessivo intervencionismo do governo e pelo aparelhamento da empresa, culminando com o maior escândalo de corrupção de nossa história", criticou o ex-presidenciável.

Para o tucano, o rebaixamento da estatal prejudica não somente a empresa petrolífera, uma vez que o custo de capitalização de todas as empresas brasileiras será, a partir de agora, maior. "É uma péssima sinalização", afirmou.

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Aécio avaliou ainda que, se o governo decidir socorrer a Petrobras, ajudando a pagar a dívida da empresa, o ajuste fiscal do País ficará ainda mais prejudicado. O senador mineiro concluiu a nota dizendo que uma empresa com um "corpo técnico competente, que é a empresa que mais investe em inovação, não merecia uma condução tão desastrosa, o que é exclusiva responsabilidade dos governos do PT".

A deterioração das contas públicas em agosto deve abrir margem para que as agências de classificação de risco fiquem ainda mais criteriosas em relação à situação fiscal do País, colocando em xeque a nota de crédito do Brasil. A avaliação é do economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, feita nesta terça-feira, 30, ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. "A trajetória da parte fiscal não é favorável. A arrecadação está menor por causa da atividade mais fraca. Isso é preocupante e deve deixar as agências de rating ainda mais ariscas em relação ao Brasil", disse.

De acordo com o Banco Central, o setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção da Petrobras e Eletrobras) apresentou déficit primário de R$ 14,460 bilhões em agosto. No ano, o superávit acumulado é de 0,30% e de 0,94% em 12 meses na proporção do Produto Interno Bruto (PIB). O resultado negativo apurado no oitavo mês deste ano veio mais expressivo que o piso das expectativas coletadas pelo AE Projeções, de déficit de R$ 12,400 bilhões. O teto era de um superávit de R$ 4,000 bilhões, com mediana negativa de R$ 5,000 bilhões.

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Para o economista da Gradual, o superávit primário fechado do ano deve atingir 1% do PIB ou até mesmo ficar abaixo dessa marca. Apesar de a taxa ser bem inferior à meta do governo, de 1,9% do PIB, Perfeito afirma que o número nem é tão ruim assim. "Superávit de 1% não é o fim do mundo. O problema é o governo se propor a entregar um resultado e não cumpri-lo, mas não é um desastre", afirmou.

A dívida pública líquida brasileira poderá ir a 48,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 se as contas não forem ajustadas a partir do próximo governo, ameaçando o grau de investimento do Brasil obtido pelas principais agências de classificação de risco. No ano passado, a dívida fechou em 33,6% do PIB.

O salto de mais de 10 pontos porcentuais será resultado da redução do superávit primário, o saldo positivo entre gastos e receitas do governo destinado ao pagamento de juros da dívida e foi estimado em estudo do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV) apresentado a técnicos e diretores do Banco Central (BC), em meados do mês passado e obtido pela reportagem.

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"O único cenário que garante a manutenção das notas do Brasil junto às agências de risco é uma mudança no rumo da política fiscal", diz Gabriel Leal de Barros, pesquisador do Ibre/FGV e autor do estudo.

Perder o grau de investimento teria um efeito prático: determinados investidores estrangeiros, como fundos soberanos e fundos de pensão, têm como política aplicar somente em ativos de países com grau de investimento. Em março, a Standard & Poor’s (S&P), uma das três agências globais, rebaixou a nota do Brasil, mas manteve o grau de investimento.

Barros estimou o avanço da dívida pública segundo três cenários possíveis para os rumos das contas públicas: a manutenção da atual política, com uso de estratégias de "contabilidade criativa" e baixo superávit; um "ajuste modesto" e uma "mudança de rumo".

Superávit primário

A variável fundamental é o superávit primário. No ano passado, a economia de recursos do governo ficou em 1,9% do PIB e, este ano, deverá ficar em 1,2%, segundo o estudo de Barros. No cenário em que a meta das contas públicas fica na casa de 1,5%, a dívida cresce e o PIB avança pouco. Se o superávit for a 2,2%, o endividamento fica controlado, com um pouco mais de crescimento econômico, inflação no centro da meta e juros mais baixos.

Para Francisco Luiz Lopreato, professor do Instituto de Economia (IE) da Unicamp, um cenário de elevação de mais de 10 pontos porcentuais da dívida pública em relação ao PIB é excessivamente pessimista. Isso porque a economia brasileira tem potencial para crescer acima de 1,5%, ritmo usado nas projeções do estudo do Ibre/FGV até 2020.

"Esse crescimento não é realista, como cenário", afirma Lopreato. Como comparação, o professor destaca que o crescimento econômico médio nas duas décadas de péssimo desempenho na história do País, os anos 1980 e 1990, ficou entre 2,4% e 2,7% ao ano.

Lopreato defende a estratégia da política fiscal do governo, de reduzir o superávit primário para incentivar a demanda, com aumentos reais no salário mínimo e desoneração de impostos sobre bens de consumo, mas critica a má comunicação sobre o tema. Com uma comunicação melhor, o governo poderia "assumir" de forma aberta que faz uma "política fiscal ativa", anunciando e cumprindo um superávit menor.

Na visão do professor da Unicamp, essa política ativa permitiu, nos últimos anos, "assegurar uma posição proeminente aos gastos sociais" no Orçamento, por exemplo, com os reajustes no salário mínimo. Por outro lado, a proposta de ajustar as contas públicas para dar confiança ao setor privado, que então investiria mais, resultando em maior crescimento econômico, não é garantida, segundo Lopreato.

Na campanha eleitoral, a oposição tem reforçado a importância de fazer ajustes. Um dos colaboradores do programa de governo do candidato a presidente Aécio Neves (PSDB), sobretudo para a política fiscal, Mansueto Almeida, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), teme por um rebaixamento das notas do Brasil ainda este ano.

"Num governo de oposição, tenho certeza que não haveria (a perda do grau de investimento). Na hipótese de reeleição, torço para que não venha, mas não tenho dúvida. Esse governo fez muita trapalhada na área fiscal e usa instrumentos que, a cada dia, aumentam as incertezas das contas públicas", diz Almeida. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Standard & Poor's elevou o rating de longo prazo da Romênia a grau de investimento, citando um progresso no equilíbrio das condições externas do país. A nota, em moeda estrangeira, subiu para BBB-, de BB+, com perspectiva estável.

Em comunicado, a agência de classificação de risco declarou esperar que a consolidação fiscal e a melhora na estabilidade do setor financeiro continuem. A S&P projeta um crescimento médio do Produto Interno Bruto (PIB) da Romênia de 3% entre 2014 e 2017.

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, negou nesta quarta-feira (14) qualquer mudança nos critérios de cálculo pela inflação do IPCA. "Eu desmenti a matéria", disse se referindo à publicação na imprensa sobre o assunto no mês passado. "Não havia nenhum estudo sobre mudança no cálculo do IPCA. Não há nenhuma mudança, embora alimentos estejam pressionando a inflação. É da vida", disse. O ministro afirmou que não sabe quem fez a especulação sobre mudança no cálculo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), mas que não é o pensamento do governo excluir os alimentos do cálculo.

Segundo o ministro, o crescimento da economia brasileira era maior no período pré-crise, entre 2003 e 2007, quando, diz ele, a média do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do País era de 4% ao ano. "De 2008 a 2013 o crescimento foi menor, como aconteceu com os demais países", afirmou. "Mas a média (de crescimento) é 3,1%, o que é razoável. Com a retomada da economia internacional o que se espera é que a gente possa voltar gradualmente a taxas maiores", avaliou durante participação em audiência na Câmara dos Deputados.

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Superávit primário - O ministro ressaltou que o objetivo do governo é produzir superávits primários cada vez maiores, de forma a voltar a patamares anteriores e reduzir a dívida pública em relação ao PIB. Ele lembrou que, até o ano passado, a meta cheia era de 3,1% com possibilidade de abatimento dos gastos com investimento. "Procurei não mudar a meta mesmo em momentos mais difíceis, de medidas anticíclicas, porque o referencial era cumprir uma meta mais forte. Mas, quando o crescimento é menor, também vai se arrecadar menos", afirmou.

"Agora, vislumbrando um período mais favorável, porque a economia vai crescer mais no mundo e no Brasil, podemos ambicionar aumentar a meta", disse. Ele destacou que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2015 aumenta a meta de superávit em relação a esse ano. A meta é de 2,5% do PIB, com abatimento de 0,5%. "Não pode ser menor do que 2%", disse.

Standard & Poor's - Mantega voltou a dizer que a agência de classificação de risco Standard & Poor's se equivocou ao reduzir o rating do Brasil, "embora tinha tido acesso a todas as informações das finanças públicas". Em resposta a parlamentares, o ministro disse que a avaliação da agência talvez tenha sido influenciada por um momento de turbulência, "em que todos os países emergentes sofreram problemas com câmbio".

"Isso se recompôs logo em seguida. Isso demonstrou solidez do Brasil", disse. "Nós continuamos recebendo fluxo de investimento externo direto, continuamos com investimento em título da dívida brasileira e há confiança do investidor no Brasil", defendeu. Por último, o ministro disse que a agência "tem direito" de acreditar que o governo não vai entregar um superávit primário de 1,9% este ano, embora o mesmo resultado tenha sido alcançado no ano passado. Em março, a Standard & Poor's anunciou o rebaixamento da nota de crédito do Brasil. O rating da dívida de longo prazo do País em moeda estrangeira foi rebaixado de BBB para BBB.

A Standard & Poor's reafirmou o rating de longo prazo da França em AA, assim como manteve a perspectiva estável. Em comunicado, a agência de classificação de risco afirmou que o governo francês deu sinais de que mudou em direção a políticas destinadas a reduzir o custo do emprego e os impostos corporativos.

A S&P projeta um crescimento real médio do PIB de 1,3% entre 2014 e 2017, superior à média de 1% entre 2010 e 2013. A agência projetou que o gasto do setor privado pode gradualmente substituir o consumo do setor público como o principal motor do crescimento econômico.

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Já o déficit orçamentário deve alcançar 3,8% do PIB neste ano e cair para 2,7% em 2017, com todos os níveis de governo contribuindo para uma consolidação fiscal. No entanto, a agência de classificação de risco não prevê força suficiente para o crescimento do emprego no país, uma vez que há um substancial gap de produção e um ainda elevado custo de emprego.

Em novembro do ano passado, a S&P de risco rebaixou o rating da França para AA, de AA+, devido a fracas perspectivas de crescimento econômico e limitações na política fiscal.

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