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Um dia depois de atingir o mais baixo nível da história, o Rio Negro, um dos principais rios amazônicos, continua baixando. Na manhã desta terça-feira (17), o rio chegou à marca de 13,49 metros, dez centímetros a menos do que na manhã de segunda, em Manaus, capital do Amazonas. É o nível mais baixo em 121 anos, desde que o monitoramento começou a ser feito.

As chuvas esparsas que vêm caindo na região de Manaus já ajudaram a melhorar a qualidade do ar na capital, mas não detiveram a queda no nível dos mananciais. A seca deste ano é a pior da história no Estado.

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O monitoramento é feito diariamente pela administração do porto de Manaus. A medição do fim de semana mostrou queda de 13 cm no sábado, menos 9 cm no domingo e menos 10 cm na segunda. A queda se repetiu na manhã desta terça. No último dia 10, o Rio Negro tinha cota de 14,29 m, indicando baixa de 80 centímetros em uma semana. A previsão é de que as chuvas abundantes caiam apenas no final do mês de outubro.

Embora poucas, as chuvas dos últimos dias melhoraram o cenário das queimadas no Estado. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), do dia 2 ao dia 8 de outubro, o Estado registrou 1.978 focos de incêndio. Do dia 9 ao dia 15, o número total de focos no estado caiu para 856, uma redução de quase 60%. Nesta segunda, foram registrados apenas 11 focos de queimadas no Estado.

O ar de Manaus, que na semana passada foi considerado um dos piores lugares do mundo para se respirar devido à fumaça das queimadas, também está mais respirável. Segundo o monitoramento de qualidade internacional World's Air Polution, a qualidade do ar saiu da classificação de "perigosa" para "moderada" e "boa", conforme a região da capital. Nos últimos três dias, choveu média de 30,8 milímetros na capital amazonense.

O Rio Negro registrou neste sábado 30 metros na capital amazonense, a maior marca desde 1902, ano em que o nível do rio passou a ser monitorado pelas autoridades. O recorde anterior foi superado no dia 2 de junho, após subir acima de 29,98 metros, ultrapassando em 1 centímetro o nível recorde registrado em 2012.

De acordo com o Serviço Geológico do Brasil, o nível do rio poderia alcançar 30 metros, o que se confirmou neste sábado, podendo subir mais dois centímetros até o final do período.

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O boletim de monitoramento hidrometeorológico da região publicado na sexta aponta que, em Manaus, o rio segue em processo de enchente severa subindo a uma média de 1 cm por dia na última semana.

O Rio Solimões também preocupa. Na cidade amazonense de Manacapuru o rio atingiu neste sábado a marca de 20,82 metros, nível que também representa a maior cheia da série histórica Até então o recorde havia sido registrado em 2015. Os registros em Manacapuru têm 49 anos.

Em Itacoatiara, a cheia do Rio Amazonas é a segunda maior, tendo atingido 15,20 metros. O recorde é 16,04 metros, observado em 2009.

Segundo dados da Defesa Civil do Estado do Amazonas, dos 62 municípios do Amazonas, 58 estão alagados, e 414.371 pessoas estão afetadas.

Conforme divulgado pelo Serviço Geológico, o que determina a magnitude dessas cheias é a chuva que ocorre em todas as bacias que drenam para essa região, como a bacia do Negro, do Solimões e todos os seus afluentes (Purus, Juruá, Japurá, Jutaí e etc), incluindo suas áreas externas ao Brasil, na Colômbia, Peru e Equador.

A Bacia Hidrográfica do Amazonas é a maior bacia hidrográfica do mundo.

O telefone toca na prefeitura de São Gabriel da Cachoeira até cair. Ninguém atende também na Câmara e na Delegacia. São 16 horas. O silêncio toma conta da cidade em razão do toque de recolher decretado pela prefeitura. Ele começa às 15 horas e se estende até as 6 da manhã seguinte.

Barreiras do Exército na Ilha das Flores, no Rio Negro, impedem o tráfego de voadeiras, as lanchas rápidas que desafiam as águas em direção às terras indígenas da fronteira com a Venezuela e dos seus afluentes - Rios Uapés e Içana -, que vão até a Colômbia. Todo o esforço é parte da estratégia das autoridades para proteger os 45 mil habitantes do município - 95% dos quais índios de 23 etnias -, ameaçados pela Covid-19.

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A chegada da doença está sendo avassaladora no último recanto do Amazonas ainda não completamente invadido pelo coronavírus. Em abril, o vírus se espalhou pelos municípios da calha do Rio Solimões, até Tabatinga, na tríplice fronteira. Ali estão cinco das dez cidades com o maior número de mortes por cem mil habitantes do País causadas pelo Sars-CoV-2. No Rio Negro, a doença subiu mais lentamente, mas não menos ameaçadora.

Desde que foi detectada em 26 de abril em São Gabriel da Cachoeira (a 872 km de Manaus), ela deixou 17 mortos, 15 na sede do município e dois em comunidades de índios tukanos - as mortes por cem mil habitantes são três vezes maiores do que as de São Paulo. Até ontem, havia 577 casos confirmados e outros 554 suspeitos. Há dez índios internados, quatro deles levados de avião para Manaus.

A chegada da doença trouxe uma série de desafios às autoridades, às organizações não governamentais, como o Instituto SocioAmbiental (ISA), e ao Exército, que convivem com os índios do rio e os da mata. No primeiro grupo estão os de fala tukano e arawak. No segundo, os do grupo linguístico maku, como os hupdas. "Cada um deles representou um desafio diferente", disse Juliana Radler, representante do ISA no Comitê de Crise de São Gabriel da Cachoeira. Um deles era como contar aos hupdas que uma doença grave chegaria naquelas terras e que eles deviam se proteger.

Os hupdas passaram por uma grande tragédia há 50 anos, quando a etnia foi dizimada por um surto de sarampo. Hoje, eles são 1.500 que vivem entre os Rios Papuri e Tiquié, na Cabeça do Cachorro, na fronteira com a Colômbia. "Tínhamos um grande receio de causar pânico e levar a um suicídio em massa da etnia", afirmou Juliana. O grupo preparou cartilhas. A dos hupdas diz: "Covid-19, Nig këy kem, ãh bab’ d’äh!", que em hup significa "Covid-19, toma cuidado, parente". Além de hup também foram feitas cartilhas em outras quatro línguas: tukano, baniwa, dâw e nheengatu. Foram 21 mil exemplares - 6 mil em português. Tudo antes de a doença chegar.

"Nosso primeiro paciente diagnosticado morreu três dias depois", afirmou Fábio Sampaio, secretário de Saúde de São Gabriel. Era o professor Antonio Benjamim, de 45 anos, da etnia baniwa. A morte deixou a cidade em polvorosa. Até então, as autoridades tinham dificuldade para fazer os moradores - cerca de 50% da população na sede do município - respeitarem o distanciamento social, ainda mais na fila da lotérica, único lugar onde os moradores podem receber benefícios, como o Bolsa Família. Nos dias de pagamento, de 500 a 1 mil pessoas são atendidas pelos dois caixas do lugar.

Dinheiro. "Muitos índios vêm das comunidades até São Gabriel para receber benefícios do governo e comprar mantimentos", disse Marivelton Barroso, da etnia baré, presidente da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro. Ao todo, há 750 comunidades na região - o município é o que tem a maior população indígena do País. O prefeito, Clóvis Saldanha (PT), de 48 anos, foi um dos primeiros atingidos pela doença - ele testou positivo em 1.º de maio. No dia 12, a Covid-19 matou o artista mais conhecido da cidade: Feliciano Lana, da etnia desana, tinha 83 anos. Suas pinturas e desenhos fazem parte de coleções de museus no Brasil e no exterior, como o British Museum.

Quando morreu, fazia oito dias que o município instituíra o lockdown (bloqueio total). Os homens da Polícia Militar e os 40 da Guarda Civil se uniram para fazer o decreto ser respeitado. Ao mesmo tempo, um comitê de crise foi formado com a participação do Exército, que administra o único hospital da cidade. Os militares instituíram uma barreira rio acima, na Ilha das Flores, para impedir a entrada de estranhos nas terras indígenas. "A doença chegou aqui pelo rio", disse Marivelton. Na comunidade tukano de Boa Esperança, os índios decidiram fechar o acesso. Perto da Capela de Santo Antônio, um cartaz foi pendurado em uma corrente que fecha a rua de terra: Ninguém entra. Nem parente ou amigo.

Mas, apesar do isolamento, o coronavírus, chegou ao lugar. "Dois índios que vieram buscar mantimentos se contaminaram na cidade", contou Marivelton. Um morreu na Boa Esperança. Outro, na comunidade Mercês. Os casos suspeitos nas aldeias estão sendo isolados pelos índios em casas ou sítios. Da sede do município acompanha-se o avanço da doença pelos radioamadores de 210 estações. No distrito de Taraquá, uma comunidade hupda na fronteira com a Colômbia, tudo foi fechado. "Eles não recebem visita", contou Marivelton.

Se antes as distâncias amazônicas atrasaram a chegada da doença, agora elas tornam mais difícil o socorro das vítimas. "Temos lugares, como São Joaquim, que ficam a três dias e meio de barco da cidade e uma hora de avião", disse o secretário. O Hospital de Guarnição de São Gabriel da Cachoeira (HGuSGC) tinha seis respiradores artificiais até ganhar mais oito, enviados de Brasília, ao mesmo tempo em que o Exército reforçou o pessoal do hospital, mandando mais duas médicas, uma fisioterapeuta, duas enfermeiras e seis técnicas em enfermagem. O lugar recebeu ainda equipamentos de proteção.

No começo da semana, o comitê de crise da cidade pediu ao governo do Amazonas mais equipamentos para o HGuSGC e a criação de seis enfermarias em áreas indígenas, além da abertura de um hospital de campanha em São Gabriel. Antes de receber uma resposta, o comitê decidiu prorrogar por mais 15 dias o lockdown e o toque de recolher no município. Aumentar o isolamento amazônico é ainda a aposta para proteger os índios.

Os pais de Elizângela da Silva Baré, de 36 anos, se lembram quando o sarampo chegou ao Alto Rio Negro. Casada e mãe de três filhos, ela sabe do cataclismo que se abateu sob as etnias do Alto Rio Negro. E, como no passado, mais uma vez foi na medicina tradicional que os povos indígenas foram buscar o lenitivo e a cura para um novo mal: a Covid-19.

Elizângela trabalha na campanha Rio Negro, Nós Cuidamos, uma iniciativa da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro. Seu trabalho lhe permite que em tempo de pandemia contatar as mais diversas comunidades da região. E testemunhar o interesse renovado dos índios de lascas da carapanaúba, com a qual se faz o banho e uma infusão, com propriedades anti-inflamatórias, ou ainda a saracura-mirá, cujo chá é tão conhecido como o do jambu ou o de mangarataia, misturado ao mel das abelhas e ao limão. Há ainda a folha de capeba. "Tudo isso tem funcionado. A medicina tradicional é como as comunidades estão tratando os doentes. E com sucesso", disse.

Elizângela mesmo adoeceu nos primeiro dias da chegada do Sar-Ciov-2 a São Gabriel da Cachoeira. "Eu estava na linha de frente com a comunidade." Ela ficou 15 dias afastada do trabalho e se tratou com os chás e com banhos de manhã. "Mesmo na cidade, os índios não aldeados estão recorrendo à medicina tradicional. Tem funcionado até como prevenção." Elizângela mora com a família na sede do município desde 2017 - ela nasceu na terra indígena Cuê-cuê Marabitanas, que reúne quase dois mil indígenas dos grupos linguísticos tukano e arawak.

A cidade cada vez mais atrai os índios das proximidades. A região do Rio Negro não tem pescado suficiente nem as roças garantem toda a subsistência. "Os povos criaram o hábito de vir até a cidade para levar mantimentos para as aldeias", afirmou Marivelton Barroso, presidente da Federação. É por isso que Elizângela e outros voluntários estão distribuindo cestas básicas para as comunidades da região.

"As pessoas vêm à cidade para receber o auxílio de 600 reais e voltam para as comunidades com o vírus", disse Elizângela. Não há como evitar aglomerações na cidade. "Às vezes o parente (índio) não entende português." Mas todos entendem a medicina tradicional . "Ela tem ajuda a superar a doença", diz Marivelton. Para uma doença que o homem branco não sabe como tratar, os índios apostam na proteção dos espíritos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Seis pessoas que se dizem albaneses foram detidas em um navio alemão no Porto de Suape, em Ipojuca, Região Metropolitana do Recife, na terça-feira (4). Eles estavam de forma clandestina na embarcação à procura de emprego.

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Os albaneses são Ledion Taka, de 37 anos; Permet Behluli, 25; Serjani Shaquir, 28; Feka Adnandi, 34; Kruja Rezart, 27; e Fekollari Erin, 26.  Em depoimento, eles contaram que o objetivo era ir ao Canadá.

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De acordo com a Polícia Federal (PF), os supostos albaneses disseram que nem todos se conheciam. Eles haviam feito uma pesquisa pela internet e obtido a informação de que o navio Rio Negro atracaria no Canadá, onde pretendiam buscar emprego. O grupo embarcou no navio na cidade portuária de Fos-Sur-Mer, na França, no dia 23 de setembro.

À PF, os estrangeiros contaram que passaram quatro dias escondidos no meio dos contêineres. Como havia acabado a comida que levavam, resolveram sair do local e ir à cozinha do navio, foi então que acabaram sendo descobertos, na noite do dia 27 de setembro. Naquele momento, o navio se encontrava na travessia da Espanha para o Brasil.

O consulado da Albânia já foi informado do ocorrido. A embaixada deverá confirmar se os estrangeiros são mesmos albaneses, já que não estão de posse de documentos oficiais. 

No momento, os seis clandestinos estão em um hotel no Recife, sob responsabilidade e escolta de segurança privada. As despesas no Brasil e de repatriação serão pagas pela empresa responsável pelo navio, sem nenhum ônus para o governo brasileiro. Não foi detectada nos estrangeiros nenhuma espécie de doença infectocontagiosa. 

O governador da província argentina de Río Negro (sul), Alberto Weretilneck, anunciou pelo YouTube a demissão de 170 de seus 340 funcionários como parte das medidas de austeridade.

Apesar de as redes sociais serem usadas com frequência pelas autoridades para anunciar suas decisões, esta é a primeira vez que o YouTube presta este tipo de serviço.

Weretilneck também notificou uma redução de 15% nos salários dos funcionários que continuarem em seus postos.

"Devemos ser os primeiros a dar mostras de austeridade e redução de gastos", afirmou o governador.

Río Negro é um distrito com 700.000 habitantes, situado em plena Patagônia argentina, com uma rica produção agrícola que o levou a ser um dos maiores exportadores de frutas da região, e um desenvolvido turismo, a exemplo da procurada Bariloche.

O hotel de selva mais popular da Amazônia, Ariaú Towers, retira neste sábado do Rio Negro o iate Ariaú Açú que virou na tarde de sexta-feira, a 15 quilômetros de Manaus. Em seis meses a embarcação estará apta a retornar às águas amazônicas. No momento do acidente, estavam a bordo, com destino a capital amazonense, 39 passageiros e seis tripulantes, mas não houve mortos, só feridos leves.

A assessoria do hotel informou neste sábado que a embarcação tem capacidade para levar 120 pessoas e afastou a acusação de superlotação. "O iate é muito seguro, havia coletes salva-vidas, por exemplo, sobrando. Mas ter uma embarcação em alto rio nos sujeita, eventualmente, a um acidente", disse o assessor do hotel, Ribamar Mendes.

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Ele detalhou, ainda, que o iate tem heliporto e é o modelo de embarcação ideal para navegar em rios amazônicos, que têm grandes extensões, e em rios internacionais. "O acidente não tem relação com o modelo ou capacidade da embarcação. A causa foi o que chamamos na aviação de 'vento de cauda' que empurra o avião para seu destino. No nosso caso o vento (chovia e ventava na hora do acidente) acabou tombando o iate", detalhou.

Ainda neste sábado o hotel e o Corpo de Bombeiros irão içar a embarcação. E, segundo Mendes, em seis meses o Ariaú Açú estará apto a retornar às águas amazônicas para fazer o transporte entre Manaus e o hotel de selva.

De acordo com a assessoria do hotel Ariaú, dos 39 passageiros, dois eram norte-americanos, o restante mora em Manaus e iriam passar o feriado de 7 de Setembro no hotel. Não houve vítimas e alguns tiveram pequenos cortes por causa de estilhaços de vidro do iate. Passageiros e tripulantes foram avaliados por médicos e tiveram alta.

O tenente do Corpo de Bombeiros, João Filho, acrescentou que na manhã deste sábado mergulhadores retomaram as atividades, vasculhando a área em busca de possíveis vítimas. "Estamos fazendo nosso trabalho. Embora, segundo o hotel, todas as vítimas já tenham sido retiradas", destacou.

Depois de atingirem o nível máximo da cheia deste ano no último dia 29, as águas do Rio Negro, no estado do Amazonas, começaram a baixar continuamente desde a semana passada, de acordo com informações do Serviço Geológico do Brasil (CPRM). Em maio, o nível máximo registrado foi 29,97 metros. Nesta quarta-feira, 6, as águas já batiam a marca dos 29,89 metros.

O CPRM alertou, entretanto, que a região do Alto Rio Negro, que engloba os municípios de Barcelos, Santa Izabel e São Gabriel da Cachoeira, pode ser afetada pelas enchentes, já que o rio ainda não atingiu o pico da cheia. Para as cidades de Manaus, Manacapuru, Manaquiri, Anama, Itacoatiara e Baixo Amazonas, a previsão é de que as águas só devam voltar ao nível normal nos próximos 20 dias.

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O último alerta de chuva emitido pelo Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) destacou que a previsão de chuva para o mês de junho é de normalidade para a Bacia do Rio Negro, afastando a possibilidade de uma nova subida brusca no nível das águas.

A Agência Nacional de Águas (ANA) confirmou a tendência de baixa do Rio Negro nos últimos dias, mas ressaltou que, desde a primeira quinzena de março, as águas vêm atingindo as maiores cotas diárias já registradas desde o início do século 20. A estimativa é de que o pico da cheia, que ocorre geralmente em junho, chegue a 30,27 metros. As informações são da Agência Brasil.

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A edição do Classificação Livre desta semana traz uma reportagem especial sobre um passeio pelo Amazonas. A nossa equipe acompanhou o encontro dos rios Negro e Solimões e conheceu os encantos da Floresta Amazônica, além de ter participado da pesca do Pirarucu, um dos maiores peixes de água doce do mundo.

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Você também confere uma matéria sobre a estreia do Bosque do Capibaribe, novo local de shows instalado na divisa entre o Recife e Olinda. Na festa de abertura do espaço, no último sábado (12), houve apresentações de Nando Reis, Seu Jorge e das bandas Lado B, Patusco e Santa Clara.

O Classificação Livre ainda traz os trailers dos filmes que estreiam na próxima sexta-feira (18) e a agenda cultural do fim de semana. O programa é apresentado por Binho Aguirre e Ingrid Resgala e exibido toda segunda-feira aqui, no portal LeiaJa.com. A produção é uma parceria com o Núcleo de Comunicação Social da Faculdade Maurício de Nassau.

 

O rio Negro superou nesta quarta-feira o marco histórico de cheia chegando aos 29,78 metros. A previsão do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) é que o Negro continue subindo. De acordo com o alerta de cheia da instituição, o nível do rio este ano pode chegar aos 30,13 metros. A última grande cheia em Manaus foi registrada em 2009, quando o rio chegou aos 29,77 metros, no dia 1º de julho.

Anterior a essa data, o fenômeno de maior cheia ocorreu no dia 9 de junho de 1953, quando o rio marcou pico de 29,69 metros. O curioso é que a maioria dos picos de cheia em Manaus acontece no mês de junho, 19% em julho e apenas 6% em maio. Em Manaus, assim como em outros 52 dos 62 municípios do Amazonas, a situação é de emergência. Ao menos 10 mil famílias foram afetadas na capital. No comércio, 140 lojas instaladas na zona central foram atingidas e 40 delas fecharam as portas.

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Na próxima semana, pelo menos 120 feirantes que trabalham na feira da "Manaus Moderna", na rua Coronel Jorge Teixeira, também no centro, serão transferidos para uma feira provisória na avenida Lourenço Braga, na mesma região, mas em uma parte mais alta.

A Prefeitura liberou verba emergencial no valor de R$ 626 mil para construção dos boxes da feira provisória. Em 2009, mais de 150 feirantes da Manaus Moderna tiveram que ser transferidos para uma feira provisória construída pela Prefeitura. O chefe de Hidrologia do CPRM, Daniel Oliveira, afirmou que o rio Negro continuará subindo nos próximos dias, pois vem recebendo a contribuição de chuvas que tem ocorrido na própria bacia no Negro. "Além disso, o que provoca a subida do Negro são as precipitações em toda a bacia hidrográfica, como nas calhas do Solimões, Purus e Juruá, causando represamento recorde".

O titular do Subcomando de Ações de Defesa Civil (Subcomadec), tenente-coronel Roberto Rocha, informou que subiu para 52 o número de municípios em situação de emergência. Os municípios do Careiro e Anamã devem elevar o alerta para calamidade. "Nestas cidades as aulas já foram suspensas, o serviço hospitalar é precário, faltará água e alimentação e haverá racionamento de energia. Estudamos a possibilidade de retirarmos os moradores destas cidades", declarou.

Em todo o Estado, mais de 75 mil famílias sofrem com a subida dos rios. Além disso, a economia regional, entre elas a agricultura, acumula perda de mais de R$ 34 milhões, tendo afetado produções em 36 municípios. A produção de mandioca, por exemplo, amarga prejuízo na ordem de R$ 13 milhões e o cultivo da banana mais de R$ 6 milhões. A Defesa Civil do Estado já distribuiu mais de 130 toneladas de ajuda humanitária entre cestas básicas, kits de higiene pessoal, de limpeza e medicamentos.

Circulando pelas estradas brasileiras, alguns fatos nos chamam a atenção. Percebe-se, por exemplo, um grande número de caminhões transportando todo tipo de carga, comprovando o que todos já sabem: o transporte da produção nacional se dá, majoritariamente, por via rodoviária. Mas na região Norte do país, mas especificamente na cidade de Manaus, a situação é um pouco diferente da realidade do restante do Brasil.

Cortada pelo rio Amazonas e seu afluentes, em praticamente todo o Estado do Amazonas não existem rodovias. A integração dos povos indígenas e ribeirinhos só consegue ser realizada através do transporte fluvial.

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Quem chega ao Porto de Manaus percebe, claramente, a dependência dos manauaras com esse tipo de modal. As embarcações abarrotadas de pessoas e suas mais diversas mercadorias (roupas, geladeiras, produtos, comida) seguem com destinos distintos que demoram (dependendo do local onde se pretende chegar) de seis a oito dias. Uma verdadeira babel concentrada às margens do Rio Negro.

E é esse mesmo Porto, também, que possibilita o desenvolvimento econômico da região. É de lá que, em um ritmo frenético, animais, verduras e produtos aportam e são distribuídos nos mercados públicos. Tudo gira em torno das águas e toda essa relação faz sentido: dos 8,5 mil quilômetros de rios navegáveis no país, 5 mil estão na região da Amazônia.

Essa utilização das vias navegáveis abrangentes foi o que possibilitou, desde o processo histórico de ocupação da região Norte, um importante papel de penetração, povoamento e ocupação do interior do Estado. Tudo isso por uma simples razão: é possível transportar muito mais carga navegando do que sobre trilhos, rodas ou até mesmo ar, sem falar que as embarcações desperdiçam bem menos energia - o que torna muito clara a eficiência do sistema hidroviário frente aos outros modais existentes.

 

Alternativa - Pegando carona na “onda” da navegabilidade e no modelo de transporte fluvial da União Europeia (que conseguiu diminuir o número de veículos no centro urbano) e a praticada no rio Amazonas, São Lourenço, Mississípi, Ohio, Orenoco, São Francisco e Paraguai, algumas capitais brasileiras começam a pensar num projeto multimodal. O Recife é uma delas.

Cidade cortada por rios e que ficou conhecida como a "Veneza brasileira", só agora é que o incentivo ao transporte fluvial começa a ser estudado pelo poder público. O atual atraso do Brasil na otimização da logística parece que tem sido vagarosamente percebido pelo governo. Algumas iniciativas têm sido tomadas para começar o processo de atualização das malhas multimodais e a implantação de novas delas. Os principais e mais significativos investimentos feitos nessa área são o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Plano Nacional de Logística e Transporte (PNLT).

Em recente apresentação pública, o secretário das cidades, Danilo Cabral, mencionou sobre o projeto de navegabilidade do Rio Capibaribe. “É a primeira vez que o rio está sendo visto como um meio de transporte público, integrado ao ônibus e ao metrô. Para isso, precisamos aproveitar a nossa favorável geografia”, declarou o secretário. O projeto da secretaria das cidades incluiu a navegabilidade no PAC da mobilidade urbana e já mapeou cinco pontos das futuras estações hidroviárias na zona oeste do Recife.

A publicação do projeto de lei de navegabilidade no Rio Capibaribe foi publicado no Diário Oficial da União no dia 31 de março, e terá um custo de 298 milhões para a construção de dois corredores fluviais nas zonas oeste e norte da cidade. Espera-se que as obras comecem já no segundo semestre deste ano e o tempo de execução para os dois corredores, que totalizam quase 14 quilômetros de navegação, é de 24 meses.

A expectativa é de que os dois corredores atendam cerca de 80 mil passageiros por mês. O corredor de maior utilização, o Fluvial Oeste, terá uma extensão de 11km e cinco estações integradas. Já o corredor Fluvial Norte terá 2,9km entre a Estação dos Correios, na Rua do Sol, e a Estação Tacaruna, na bacia do Beberibe, em Santo Amaro.

Adotar hidrovias como alternativa para desafogar vias de trânsito, impactar menos o meio ambiente e estimular o turismo (e, consequentemente, a economia do Estado), possui grandes vantagens na questão ambiental em relação a outros modais, como menor consumo de combustível, maior tempo de vida útil dos veículos, menores índices de acidentes fatais e menor contaminação do sítio ocupado.

Mas apesar das ditas vantagens, a implantação das hidrovias ainda é algo muito criticado pelas Organizações Não Governamentais (ONGs) de proteção dos mananciais, como a RIOVIVOS, situada no Rio de Janeiro, devido as obras de dragagem, alargamento dos rios, construção de eclusas (obra de nivelamento hidráulico para a passagem de embarcações), alagamentos de regiões e ainda a construção de canais.

Porém, não se pode prever uma continuidade estável aos investimentos planejados, já que esta é uma área que traz retornos um pouco mais a longo prazo, devido ao caráter gradual das vias de transporte. Há também o custo da viabilização de todas as obras planejadas, o que pode ocasionar diversos cortes no orçamento do PNLT e, consequentemente, a não conclusão de obras cruciais para a utilização por completo dos sistemas multimodais projetados.

Em suma: o futuro do transporte hidroviário, apesar de termos o exemplo da região Norte, é ainda obscuro e incerto para o País.

O governador da província argentina de Río Negro, Carlos Soria, foi morto na madrugada de domingo após uma "discussão familiar" com a esposa, disse o promotor Miguel Angel Fernández Jahde, em declarações à imprensa nesta segunda-feira, sem entrar em detalhes. O corpo de Soria, de 62 anos, foi sepultado na noite do domingo em cerimônia privada. Os legistas determinaram que o político morreu por causa de um tiro no rosto. A esposa do governador, Susana Freydoz, não foi acusada de homicídio, mas continua sob interrogatório e é suspeita, disse Jahde. Soria foi morto com um único disparo, contra a cabeça, efetuado com um revólver calibre 38.

"Nós sabemos que houve uma discussão familiar", disse Fernández Jahde. O promotor disse que Susana permanece como única suspeita no caso. Além de interrogada, ela passa por exames médicos e psicológicos. Os resultados não foram tornados públicos e Freydoz ainda precisa fazer uma declaração formal sobre o que aconteceu no quarto do casal na madrugada do dia 1º de janeiro.

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O corpo de Soria foi sepultado na noite de domingo na cidade de General Roca, na província patagônica de Río Negro. Cerca de 1.500 pessoas marcharam em homenagem ao falecido governador. Antes de ocupar o cargo em 10 de dezembro do ano passado, ele foi prefeito de General Roca durante oito anos.

Um documento oficial sobre a morte de Soria, divulgado na noite de domingo, deixou muitas questões sem respostas. "O doutor Carlos Soria foi vítima de um só tiro na cabeça, que o matou após alguns minutos", disse o juiz Emílio Stadler. "Neste momento, não existem provas, nem mesmo uma sugestão, indicando que alguém mais pode estar envolvido" na morte do governador. No domingo, o vice-governador de Rio Negro, Alberto Weretilneck, disse que apenas Soria e sua esposa Susana estavam na chácara da família, perto de General Roca, na hora do crime. Weretilneck sucederá Soria como governador da província.

As informações são da Associated Press.

O corpo da idosa Maria Lopes da Silva, de 65 anos, que estava na embarcação que naufragou ontem no rio Negro, em Manaus, foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros na manhã de hoje. A canoa saiu da comunidade do Tatu, próximo à praia de Tupe, e seguia para a comunidade de Paricatuba quando afundou.

De acordo com os bombeiros, a embarcação era frágil e chovia e ventava na hora do acidente. Havia cinco pessoas no barco. Um jovem de 18 anos, identificado como Luiz Romário, conseguiu nadar até a praia. Maria Nete, de 35 anos, Bruno da Silva Alves, de 4 anos, e Maysa, também de 4 anos, ainda estão desaparecidos. As buscas continuam no local. A canoa foi localizada a cerca de um quilômetro da margem.

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