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Sem tempo para entregar obras que diminuam o risco de novas enchentes em Pernambuco, mais uma vez, o governo do estado se apega a medidas de prevenção e prepara a Defesa Civil para casos emergenciais. Preocupado com a insuficiência do sistema de macrodrenagem do estado, desenvolvido na década de 60, o secretário de Recursos Hídricos Almir Cirilo estuda um “plano ambicioso” com a construção de novas barragens. Sem a expectativa de resultados a curto prazo, a previsão de chuvas acima da média pode fazer de 2023 um ano de novas tragédias. 

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Há 100 dias no comando da pasta, o secretário informou que drones vêm detectando locais de risco em morros e nas regiões baixas da Região Metropolitana do Recife (RMR) e das Zonas da Mata Norte e Sul para traçar ações emergenciais ainda neste ano. Com mais um inverno rigoroso pela frente, Almir afirmou que o início de obras de grande porte depende de negociações e seus efeitos só serão percebidos a médio e longo prazo. 

"Não dá para concluir obras. O governo acabou de começar. Nós revisamos projetos de barragens, revisamos orçamentos, estamos em tratativas possíveis para antecipar contratações. Então, o que é possível fazer, nós estamos lutando. Mas não temos como ter obras de porte significativo para esse momento", explicou. 

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A solução defendida pelo governo passa pela construção de novas barragens. Considerado "um plano ambicioso" pelo próprio idealizador, a intenção é iniciar a construção de 19 barragens. Um pacotão voltado à infraestrutura hídrica foi submetido ao Governo Federal na espera pelo aporte necessário para realizar essas e outras obras da pasta. Almir também destacou o esforço da governadora Raquel Lyra por empréstimos para estimular as intervenções.  

A solução passa pela construção de novas barragens

Um dos responsáveis pelo processo de conclusão da barragem de Serro Azul, na Mata Sul, o secretário apontou que o equipamento evitou uma nova catástrofe na cidade de Barreiros. Em menos de um ano após a inauguração, a barragem reteve 40% do volume de água que ia chegar aos municípios da região, segundo o gestor.

"Ela efetivamente salvou as cidades da Mata Sul de uma catástrofe sem precedentes. A enchente que aconteceu em 2017, seis meses depois da conclusão de serro azul, foi pior que a de 2010, aquela grande catástrofe que está nas mentes de todos nós", recordou. 

LeiaJá também: O que as prefeituras têm feito para evitar os alagamentos?

A princípio, a ideia é entregar duas barragens que não foram concluídas e que já contam com recursos. Uma das prioridades é o Rio Cotunguba, um dos principais afluentes da margem direita do Rio Capibaribe na porção do Agreste.

Almir explicou que o equipamento terá a finalidade de acumular a água das enchentes e abastecer as cidades da região com carência de água. Esse modelo de "multiuso" deve se repetir na escolha das cidades que vão receber novas barragens. 

A importância da microdrenagem na Região Metropolitana Recife

“Há um estudo que nós já iniciamos e deverá se transformar em obra em um futuro próximo com a construção de mais algumas barragens aqui na Mata Norte e na própria bacia do Rio Capibaribe”, anunciou.

Sobre a possibilidade dessa mobilização ser atraída à RMR, como nas bacias dos rios Beberibe e Tejipió, o secretário apontou a dificuldade de tocar obras em regiões com densidade populacional elevada. Ele enfatizou o papel das prefeituras em intensificar a resposta ao assoreamento das calhas fluviais através da coleta dos resíduos sólidos lançados pela população. 

Três semanas após o pico da cheia histórica dos rios Negro e Solimões, no Amazonas, milhares de pessoas continuam desalojadas ou desabrigadas de suas casas. A vazante dos rios ocorre de forma lenta e os efeitos da inundação, classificada pela Defesa Civil como severa, estão longe de serem resolvidos.

Pelo menos 14 escolas em oito municípios seguem interditadas e mais de 17 mil famílias tiveram suas produções agrícolas afetadas, o que impacta diretamente na oferta de alimento nas comunidades ribeirinhas e também na capital Manaus.

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A maior cheia do Rio Negro em 119 anos, quando teve início a medição a partir do Porto de Manaus, e a maior da história registrada do Solimões, em 49 anos de monitoramento, atingiu cerca de 455 mil pessoas em 52 municípios do Estado, sendo que 26 permanecem em situação de emergência.

Nas comunidades mais afetadas, os moradores que permanecem nas regiões inundadas enfrentam dificuldades para conseguirem alimentos. As principais culturas afetadas são da banana, mandioca, hortaliças e o mamão. Segundo dados da Defesa Civil estadual, foram 17. 699 propriedades produtivas afetadas. As perdas ainda são contabilizadas.

Pelo menos 3.504 pessoas estão desabrigadas e 11.404 foram desalojadas pela Defesa Civil, totalizando 14.908 pessoas retiradas de suas casas. O maior número de pessoas removidas foi em Careiro da Várzea, com mais de 7 mil desalojados.

Apesar do processo de vazante ter começado há mais de três semanas, o ritmo de escoamento das águas é lento. As famílias que conseguiram preservar os imóveis e seguem nas moradias enfrentam problemas de comunicação e de acesso a praticamente todo tipo de serviço público ou privado.

O Rio Negro, que atingiu 30,02 metros em 16 de junho, no pico da cheia, maior marca registrada desde 1902, estava 29,80 metros acima do nível nesta quinta-feira, 8, e registrou uma vazante de apenas três centímetros nas últimas 24 horas.

Na região urbana de Manaus, onde os igarapés adentram a cidade, o acúmulo de lixo nas águas só tornou a situação ainda mais crítica, além de contribuir com a disseminação de doenças por causa da poluição com esgoto nessas partes da cidade.

A situação também impacta a gestão da pandemia, dificultando o acesso das comunidades a atendimentos e a vacinação. A Defesa Civil dos municípios juntamente com as prefeituras e o estado têm realizado força-tarefa para chegar até as comunidades mais distantes.

A principal referência para medição do nível da água no Amazonas, o Porto de Manaus, que é monitorado desde 1902, mostra que metade dos recordes de cheias ocorreram na última década: 2011, 2012, 2014, 2015 e 2013.

Distribuição de sementes e ampliação do crédito rural

 

De janeiro a junho deste ano, o governo do Estado já investiu mais de R$ 9,2 milhões em crédito rural para o setor primário. Desse total, R$ 6,9 milhões em projetos foram financiados por meio da linha de crédito emergencial, criada para apoiar famílias rurais afetadas pela cheia dos rios e para diminuir os impactos causados pela pandemia de covid-19.

O Rio Negro registrou neste sábado 30 metros na capital amazonense, a maior marca desde 1902, ano em que o nível do rio passou a ser monitorado pelas autoridades. O recorde anterior foi superado no dia 2 de junho, após subir acima de 29,98 metros, ultrapassando em 1 centímetro o nível recorde registrado em 2012.

De acordo com o Serviço Geológico do Brasil, o nível do rio poderia alcançar 30 metros, o que se confirmou neste sábado, podendo subir mais dois centímetros até o final do período.

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O boletim de monitoramento hidrometeorológico da região publicado na sexta aponta que, em Manaus, o rio segue em processo de enchente severa subindo a uma média de 1 cm por dia na última semana.

O Rio Solimões também preocupa. Na cidade amazonense de Manacapuru o rio atingiu neste sábado a marca de 20,82 metros, nível que também representa a maior cheia da série histórica Até então o recorde havia sido registrado em 2015. Os registros em Manacapuru têm 49 anos.

Em Itacoatiara, a cheia do Rio Amazonas é a segunda maior, tendo atingido 15,20 metros. O recorde é 16,04 metros, observado em 2009.

Segundo dados da Defesa Civil do Estado do Amazonas, dos 62 municípios do Amazonas, 58 estão alagados, e 414.371 pessoas estão afetadas.

Conforme divulgado pelo Serviço Geológico, o que determina a magnitude dessas cheias é a chuva que ocorre em todas as bacias que drenam para essa região, como a bacia do Negro, do Solimões e todos os seus afluentes (Purus, Juruá, Japurá, Jutaí e etc), incluindo suas áreas externas ao Brasil, na Colômbia, Peru e Equador.

A Bacia Hidrográfica do Amazonas é a maior bacia hidrográfica do mundo.

O governador do Acre, Gladson Cameli (PP), afirmou que solicitou ajuda ao governo federal para evitar um colapso na saúde do Estado. Segundo ele, os recursos para manutenção durante a pandemia da Covid-19 só são suficientes para os próximos três meses.

“Só tenho recursos para, no máximo, três meses para manter a estrutura, e olhe lá. Eu tenho um saldo na conta hoje de R$ 42.597.948,63 no caixa do Covid-19. Por mês, são de R$ 12 a R$15 milhões com os gastos”, disse ao UOL.

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O Acre enfrenta diversas crises desde o começo deste ano, na última terça-feira (16) o governador decretou estado de emergência. A decisão foi tomada devido aos problemas com a lotação de leitos de UTI para pacientes com Covid-19, cheia dos rios que desabriga mais de 150 famílias, surto de dengue e a crise migratória na fronteira do com o Peru.

Assim como outros Estados do Brasil, o Acre também lida com a falta de vacinas para atender a demanda populacional. O governador pede que seja dada prioridade a eles na distribuição de novas remessas do imunizante, e cita o caso do Amazonas.

“Se você contar, são 400 mil munícipes [do Amazonas] que dependem da nossa saúde pública, e não vamos negar atendimento. O que é pouco para outras regiões, para cá é muito: temos uma população de 900 mil habitantes. E, se você olhar, temos aqui a fronteira com Amazonas, com Rondônia, com Peru e com Bolívia, além a situação dos haitianos. Tudo isso nos traz ainda mais preocupação pela Covid-19", afirma Cameli.

Enquanto Veneza enfrenta repetidas inundações desde o início da semana passada, o mau tempo que se abate sobre a Itália ligou o alerta em outra região turística do país, a Toscana.

As chuvas iniciadas na noite do último sábado (16) provocaram a cheia do Rio Arno, o segundo maior da Itália peninsular e que atravessa cidades como Florença e Pisa. Na capital toscana, o nível do curso d'água atingiu 4,8 metros e superou o primeiro patamar de alerta.

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A cidade registrou 62,6 milímetros de chuva em 24 horas e rajadas de vento de até 76 quilômetros por hora, o que provocou o fechamento dos Jardins de Boboli, uma das principais atrações turísticas de Florença. O Rio Sieve, afluente do Arno, transbordou em Pontassieve, na região metropolitana da capital toscana.

"Estamos acompanhando a situação com máxima atenção", disse a vice-prefeita de Florença, Cristina Giachi. No entanto, segundo o governador da Toscana, Enrico Rossi, a cheia não comporta riscos para a capital, já que as autoridades ainda não acionaram um piscinão situado nos arredores da cidade.

No centro histórico de Florença, turistas e moradores se aglomeraram nas pontes e nas margens do Arno para assistir à torrente do rio.

Pisa

Já em Pisa, a 80 quilômetros de Florença, a Prefeitura ordenou o fechamento de todas as atividades comerciais entre 18h30 deste domingo e o meio-dia desta segunda-feira (18).

"A situação está sob controle, mas, de qualquer maneira, pedimos para as pessoas não saírem de casa para não alimentar o tráfego e deixar as ruas o mais livre possível", disse o prefeito Michele Conti.

O pico da cheia do Arno na cidade está previsto para esta noite.

Mau tempo

Além de Veneza e da Toscana, o mau tempo na Itália também provoca transtornos na Província de Bolzano, no extremo-norte do país, onde comunidades inteiras foram isoladas por nevascas.

Já a Emilia-Romagna, no norte, registrou inundações e deslizamentos de terra. Tempestades também atingiram a região da Campânia, no sul do país, e causaram danos em plantações.

Da Ansa

A cidade santa hindu de Benarés, norte da Índia, teve de suspender as tradicionais incinerações às margens do rio Ganges por causa das inundações causadas por fortes chuvas de monção. Mais de 100.000 pessoas tiveram de abandonar suas casas nos últimos dias nos estados de Uttar Pradesh e de Bihar por culpa de chuvas que já causaram a morte de vinte pessoas.

Com a cheia do Ganges, os "ghats", escadas de acesso ao rio, e as plataformas onde são feitas as cremações foram submersas, obrigando as famílias a incinerar os corpos de seus parentes nos telhados do imóveis. Benarés, ou Varanasi, é considerada pelos fiéis hindus um lugar privilegiado para incinerar seus mortos, cujas cinzas são jogadas no Ganges.

Também foram suspensas as incinerações em outra cidade santa de Uttar Pradesh, Alahabad, onde foram acesas fogueiras que levam ao rio.

As chuvas de outono elevaram em até três metros o nível do Rio Tietê, e as águas invadiram áreas urbanas em quatro cidades do interior paulista. Em Tietê, grande parte da Avenida Fernando Costa, na beira do rio, foi alagada. Casas e estabelecimentos comerciais foram tomados pelas águas. A maioria dos moradores trancou o imóvel e se refugiou em casas de parentes. Uma indústria de flocos de arroz deu folga aos funcionários.

"Estamos parados desde a tarde de ontem (terça-feira, 7) e não sabemos quando vamos voltar", disse o mecânico industrial Valdemar Zamuner.

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Segundo ele, essa é a terceira enchente do ano - as duas anteriores foram em janeiro -, mas a primeira no mês de junho desde 1983. Toda a parte baixa do rio, que corta o centro da cidade, estava alagada.

A conferente Natália Domingues arregaçou a calça e enfrentou a inundação para chegar em casa, na Rua Tenente Gelás. As águas cobriram a ponte que liga a cidade ao bairro Santa Cruz. "Do lado de lá, tem muita gente ilhada, pois essa é a única ligação com o centro", disse.

No bairro São Pedro, castigado pela enchente, duas residências foram interditadas e as famílias removidas para a casa de parentes. Na zona rural, moradores do bairro Manessununga estavam ilhados.

Outras cidades

Em Salto, o Rio Tietê cobriu parte da Rua 24 de Outubro, interditando o acesso ao estádio do Avenida. Algumas famílias se negaram a sair das casas e permaneciam ilhadas. De acordo com o aposentado Bruno Pavani, na terça-feira a Defesa Civil alertou os moradores sobre o risco de inundação. O complexo turístico da cachoeira, onde fica o Memorial do Rio Tietê, estava interditado. As águas passavam sob a Ilha dos Amores, uma das atrações.

Em Porto Feliz, a água atingiu ruas e casas do Jardim Vante, na área ribeirinha. Em Barra Bonita, a abertura das comportas da hidrelétrica de mesmo nome elevou o nível do rio e as águas invadiram a Avenida Pedro Ometto, na orla do Tietê.

Quatro idosos morreram, nesta terça-feira (3), no nordeste da Espanha quando o centro geriático em que viviam foi atingido por uma enchente.

Depois de um dia de intensas chuvas na zona, o rio Sió transbordou durante a madrugada inundando as casas próximas do povoado de Agramunt, noroeste de Barcelona.

Nove aposentados que viviam no primeiro andar do centro geriátrico da localidade foram surpreendidos pela inundação e apenas cinco conseguiram sobreviver.

Com "hipotermia severa", dois dos sobreviventes foram internados no Hospital Arnau de Vilanova de Lleida, mas os quadros clínicas não são graves. 

Uma cidade da região leste do Japão sofreu nesta quinta-feira uma grande inundação depois da cheia de um rio que destruiu casas e carros, ao mesmo tempo que os moradores desesperados pediam ajuda.

As dramáticas cenas exibidas ao vivo pelo canal público NHK mostraram a água procedente do Rio Kinugawa invadindo a cidade de Joso, de 65.000 habitantes. A cheia foi provocada pelas chuvas torrenciais desta semana no país.

De acordo com informações preliminares, várias pessoas estão desaparecidas, enquanto as equipes de emergência tentam resgatar as pessoas em zonas inundadas após a passagem do tufão Etau.

As intensas chuvas agravaram um problema vinculado às águas contaminadas da central nuclear acidentada de Fukushima, depois que provocaram o transbordamento das bombas de drenagem do local, o que jogou água contaminada com radiação no oceano.

"A chuva tem uma escala que nunca havíamos registrado antes", disse a meteorologista Takuya Deshimaru.

O primeiro-ministro Shinzo Abe declarou que o governo está em alerta máximo.

"O governo permanecerá unido e fará todo o possível para lidar com este desastre. As pessoas são as nossas prioridades", disse.

Em Joso, as casas e os veículos foram arrastados junto com postes de energia elétrica, enquanto oficiais do exército eram enviados à região para ajudar no resgate.

"Por favor, continuem pedindo ajuda. Por favor, não percam a esperança", afirmou um apresentador da NHK em uma mensagem supostamente dirigida aos habitantes da região.

O tufão Etau, que atingiu o Japão na quarta-feira, se deslocou para o Mar do Japão, mas as chuvas intensas ainda afetam o país.

Mais de 10 pessoas ficaram feridas, incluindo uma mulher de 77 anos que fraturou a perna ao cair em consequência dos fortes ventos.

Diante das fortes chuvas que não param de cair no estado do Acre, o governo federal decretou estado de calamidade pública sumária nas cidades de Rio Branco e Brasiléia. Com isso, a Defesa Civil, vinculada ao Ministério da Integração Nacional, assumiu o controle sobre o atendimento de apoio nas cidades atingidas.

Por determinação da presidente Dilma Rousseff, o ministro da Integração, Gilberto Occhi, está no Acre para verificar os problemas que assolam a região já que, desde ontem, a situação evoluiu - e muito - para pior. Segundo informações do Ministério, o Rio Acre hoje está 18,9 metros acima da normalidade e atingiu o maior nível dos últimos 45 anos. Mais de 85 mil pessoas foram atingidas pelas chuvas, pelo menos 32 áreas rurais estão com a produção comprometida, há três pontes interditadas e isso está provocando o desabastecimento de água potável em vários locais.

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A Defesa Civil está levando kits com colchões e cestas de alimento e água potável para atender os desabrigados. O governo federal também enviará kits de socorro para cidades do Amazonas que também estão enfrentando problemas com as chuvas.

O Exército vai reforçar o apoio logístico ao Acre, Estado que sofre com fortes cheias nos últimos dias. O reforço na atuação das tropas foi determinada nesta quarta-feira pelo ministro da Defesa, Jaques Wagner, após conversa por telefone com o governador Tião Viana. Serão enviados, imediatamente, mais 300 militares. Esse novo grupo vai se somar aos 350 homens do Exército que já estão na região desde que a capital acreana começou a sofrer os efeitos da enchente.

O Ministério da Defesa relata que as chuvas começaram a se intensificar em Rio Branco no dia 22 de fevereiro, quando o Rio Acre - que corta a cidade - transbordou. No dia seguinte, o rio atingiu a marca 14,60 metros de profundidade. Nesta terça (4), às 10 horas, o rio já atingia a marca de 18,11 metros. O governador Tião Viana sinalizou com a possibilidade de decretar estado de emergência.

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O Exército também está enviando 30 embarcações provenientes de Humaitá (AM) para o Acre. No local, as equipes de emergência já contam com 14 carros e 12 embarcações. Jaques Wagner está na região Norte, para uma visita ao Comando Militar da Amazônia. O ministro recomendou aos auxiliares que mantenham contato permanente com o governo acreano para caso de necessidade de ampliar o apoio logístico.

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A cidade de Rio Branco, no Acre, registra a maior cheia em 132 anos, com mais de 71 mil pessoas desalojadas e uma morte. Segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), o Rio Acre atingiu 18,01 metros. A cota de transbordamento na capital acreana é de 14 metros.

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O Corpo de Bombeiros de Rio Branco já faz apelos para mobilizar voluntários. Nas redes sociais, oficiais da corporação pedem barcos e pessoas com disposição para ajudar nas buscas de vítimas e desabrigados. A cheia supera a de 1997, quando o nível do rio chegou a 17,66 metros.

Já são 40 bairros atingidos e o prefeito decretou, no domingo, estado de calamidade pública. Junto com o governo do Acre, o município decretou também ponto facultativo para o funcionalismo público, para tentar diminuir o fluxo de pessoas e de veículos na região central da cidade.

As duas pontes centrais de Rio Branco foram interditadas por medida de segurança. Com essas ações, a rotina do rio-branquense foi completamente modificada. Engarrafamentos, trânsito lento e protestos comunitários foram registrados durante todo a segunda-feira, 2.

Morte

Uma servidora pública morreu eletrocutada enquanto entrava na casa da filha, alagada com água a quase 1 metro do chão. As aulas na rede pública de ensino também foram suspensas nas demais cidades em que houve problema de cheia do Rio Acre.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Rio Piracicaba estava com água até a borda na tarde desta quinta-feira (19), na área urbana de Piracicaba, e havia risco de transbordamento. A cidade entrou em alerta. A Defesa Civil mobilizou uma equipe com 20 funcionários para visitar as casas da região do Beira Rio e avisar os moradores sobre o risco de enchente. Com o alerta, as famílias protegem móveis e se preparam para a possível saída de casa. De acordo com o secretário da Defesa Civil, Carlos Alberto Razano, a vazão do Piracicaba oscila conforme as chuvas. Até a tarde, não havia registro de enchentes na cidade.

Depois de ter chegado ao pico de 483,67 metros cúbicos por segundo, na tarde de quarta-feira, a vazão recuou para 308,39 m3/s no início da tarde desta quinta, mas voltava a subir - era de 313,03 na medição das 15h40, conforme a rede telemétrica do Consórcio das Bacias do Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ). A vazão média prevista para fevereiro é de 195 m3/s. A maior vazão anterior este ano ocorreu no dia 11, com 230 m3/s.

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De acordo com Razano, as equipes estão de plantão inclusive durante a noite para socorrer as famílias em caso de inundação. O bairro Bongue, na região da Avenida Beira-Rio, é o primeiro a ser atingido. Em seguida, as águas invadem a Rua do Porto. A equipe da Defesa Civil conta com seis caminhões e duas viaturas para atender os moradores sobretudo na retirada de móveis. No Distrito de Artemis, que fica na zona rural, a vazão era de 508 m3/s e as várzeas e pastagens estavam alagadas.

Na área urbana, o nível do rio chegava a 4,35 metros e faltavam 20 centímetros para ocorrer o transbordamento. O nível médio em fevereiro é de 2,56 metros. No auge da crise hídrica, em novembro, o Rio Piracicaba estava praticamente seco, com 30 cm de água e vazão de 7 metros por segundo. O salto de Piracicaba, principal atração da cidade, virou um monte de pedras. O volume de chuvas no município este mês já atingiu 226 mm, acima do esperado para o mês todo, de 169 mm.

Abastecidos pelas chuvas, os rios das bacias do PCJ mantinham vazões elevadas nesta quinta-feira. O Atibaia, que recebe vazão do Sistema Cantareira, tinha 46,40 m3/s em Itatiba, 49,28 no ponto de captação de Campinas e 60,04 em Paulínia. A vazão medida no Rio Camanducaia, em Jaguariúna, era de 49,28. O Rio Jaguari tinha 52,26 m3/s em Morungaba, mas chegava à foz no Rio Piracicaba, em Limeira, com 115,78 metros por segundo.

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A pedido dos personagens, o nome da cidade onde fica o cabaré não será divulgado

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É fim de noite em uma cidade localizada no Agreste de Pernambuco. Após uma festividade na praça do município – local de encontro dos moradores -, o povo começa a se recolher para suas residências. Acordar bem cedo, ainda com o céu escuro, é costume na região, o que justifica a dormida antes da madrugada. Nossa reportagem, durante uma conversa com alguns populares, discute como o município ainda guarda características tradicionais de cidades interioranas. Os moradores, porém, relembram uma história triste que marcou a localidade. “Uma cheia deu aqui há alguns anos e tudo ficou alagado. Dava pra ver as prostitutas, calcinas e sutiãs boiando”, relata um morador, que não quis ser identificado. O depoimento intriga a nossa equipe. Em seguida, o morador explicou que as “prostitutas” moravam no tradicional cabaré da cidade – ou como alguns costumam chamar: prostíbulo -, porém, só boiaram porque o “estabelecimento” fica em baixo de uma ponte, ao lado do rio que corta a cidade.

O cabaré lembra muito o fictício Bataclã da novela global “Gabriela”. Não pela aparência ou mulheres, mas sim por causa da representação do espaço para a sociedade do município. “Os homens daqui procuram as raparigas porque não estão satisfeitos com as esposas ou querem uma experiência diferente. É um lugar de música e diversão também. Nossos filhos, quando estão prontos para se deitarem, são levados para lá”, explica um morador, que também não quis se identificar. 

O prostíbulo também revela a triste situação de mulheres, com idades variadas, que largam famílias para mergulhar no mundo da prostituição. Uma das prostitutas do cabaré, de 27 anos, que pediu para não ser identificada, conta que tem dois filhos e que sua mãe nem pensa que ela se prostitui. Natural de Limoeiro, também no Agreste, há pouco mais de um ano ela entrou para o prostíbulo e ganha de seus clientes cerca de R$ 1 mil por semana.

“Se minha mãe souber que estou aqui, ela me mata. Ela pensa que estou morando na casa da minha irmã. Às vezes passo lá para ver ela, meu pai e minhas crianças. Vim parar aqui por causa da influência de umas amigas. É uma vida triste. Só que a gente se acostuma a ganhar dinheiro fácil”, revela a mulher, que chega a atender uma média de seis homens por dia.

Ela e outra jovem são as únicas garotas do humilde estabelecimento. O cabaré também oferece serviços de bar, mas, os programas de sexo são as atividades que mais atraem clientes. As relações acontecem em quartos que ficam ao lado do salão do bar, em compartimentos simples que também servem para as mulheres dormirem.

A escolha por construir o espaço debaixo da ponte não foi feita pelo proprietário. De acordo com ele, que também não se identificou, a casa é uma herança familiar. “Isso aqui ficou pra mim de parentes, há mais ou menos quatro anos. Eu não cobro nada as meninas. Elas só me pagam o aluguel dos meus quartos. O que elas ganham com sexo fica pra elas”, conta o proprietário.

Com olhar de tristeza, a garota de programa que aceitou dar entrevista afirma que não quer mais continuar nessa vida. Ela diz que não se sente bem em se deitar com vários homens, porém, a necessidade financeira ainda a faz continuar. Ela já foi casada, inclusive com um ex-cliente, mas, não pretende construir um novo casamento. “Só quero sair daqui e cuidar dos meus filhos”, finaliza a jovem.

 

 

 

 

 

 

 

A cota do Rio Madeira atingiu 25,44 m nesta terça-feira (1º), no município de Humaitá, sul do Amazonas, dois metros acima do nível registrado na cheia histórica de 1997. É o nível mais alto já atingido pelo rio desde que passou a ser monitorado. Apenas nesse município, o número de desabrigados chegou a 20,7 mil. A cidade está isolada desde fevereiro. Os governos estadual e federal reconheceram o estado de calamidade pública decretado pela prefeitura. Os flagelados são atendidos em trinta abrigos montados em escolas ou improvisados. O início do ano escolar foi adiado e 15 mil alunos estão sem aulas.

Outros municípios amazonenses da calha do Madeira estão em estado de emergência. Há desabrigados em Manicoré, Novo Aripuanã, Borba e Nova Olinda do Norte, que tiveram a situação de emergência reconhecida pelo Estado. A rodovia Transamazônica está alagada num trecho de trinta quilômetros entre Humaitá e Apuí. As ligações com Porto Velho e Lábrea também são precárias. Guajará, Ipixuna, Canutama e Boca do Acre tiveram decretado estado de emergência. De acordo com a Defesa Civil, o número de pessoas afetadas pela cheia dos rios chega a 66,7 mil no Amazonas. Os municípios recebem ajuda do governo.

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Em Rondônia, as águas do Rio Madeira mantinham-se na marca de 19,67 m nesta terça-feira em Porto Velho. Na capital, o serviço de balsas funciona precariamente em razão da forte correnteza. As cidades de Guajará-Mirim, Nova Mamoré, Rolim de Moura, Ji-Paraná, Extrema, Mutum e Cacoal também foram atingidas pelas águas do Madeira e de seus afluentes. Mais de 20 mil pessoas estão desabrigadas ou desalojadas. O tráfego em algumas das principais rodovias do Estado, como a BR-364 e a BR-319, está interrompido. Nas regiões alagadas, surgem surtos de doenças. Foram diagnosticados casos de leptospirose, febre tifoide e há dois casos suspeitos de cólera em Jacy-Paraná, distrito de Porto Velho.

O prefeito de Manaus, Artur Virgílio Neto, decretou estado de emergência na capital do Amazonas na noite desta quinta-feira, 23, após o nível do rio Solimões na cidade atingir a marca de 29,06 metros, apenas 91 centímetros inferior à cheia histórica registrada em maio do ano passado.

Os bairros mais atingidos são Educandos, Glória e São Raimundo. Nestes locais, famílias que moram em palafitas já fizeram o que chamam de maromba, ou seja, subiram o piso de madeira de suas casas e elevaram eletrodomésticos e móveis. Ainda não há registro de desabrigados, de acordo com dados da Prefeitura de Manaus.

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O nível do Rio Negro na capital também está alto - 9 cm acima da cota de emergência (28,94 m) e apenas 8 cm abaixo do valor registrado em 2009, por ocasião da segunda maior cheia.

No interior do Estado, os rios também continuam subindo. Mas, de acordo chefe de Hidrologia do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Daniel Oliveira, em municípios como Tabatinga e Boca do Acre o nível dos rios está estabilizando. "O que acontece é que a cheia no Amazonas acontece do sul para o norte do Estado. Por isso, em Manaus, o Solimões continuará subindo até junho", afirma.

A Barragem de Santo Antônio, que abastece a cidade de Palmares, na Mata Sul do Estado, opera com apenas 10% da capacidade total, o que vem preocupando autoridades da região. Em dias normais, o reservatório conta com 300 mil litros de água, mas atualmente o acumulo é de apenas 25 mil litros. De acordo presidente do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) Paulo Germano, o abastecimento de água na cidade está sendo feito com o auxilio de caminhão-pipa, de 15 a 20, por dia. 

A falta de chuva na região também é preocupante, por isso a pouca quantidade de água na barragem está sendo contida. “Disponibilizamos alguns carros-pipa para fazer com que a água chegue nos alguns bairros mais altos, pois devido à pouca quantidade de água que temos, ela não tem força suficiente para subir para estes locais”, explicou. Ainda segundo Germano, se o registro da barragem fosse 100% aberto, a água da reserva escoaria em 5 horas. 

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O Prefeito da cidade, João Bezerra, afirma que a situação é crítica, e garante medidas emergenciais caso o problema persita. Uma alternativa seria utilizar água de rios tratada. 

Contraste - Há três anos, Palmares foi vítima de uma das maiores tragédias naturais da história da cidade. Até hoje, alguns moradores sofrem com os efeitos da enchente.

Com informações da assessoria

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A poucos dias de completar três anos que a cidade de Palmares, na Zona da Mata Sul do Estado, foi devastada com uma das piores enchentes que a cidade sofreu, alguns moradores vivem na incerteza em relação às suas casas, que estão, boa parte, abandonadas. Em uma das ruas mais antigas da cidade, a Ismael Gouveia, no Centro, faixas de protesto estão expostas desde a promessa que a área seria desapropriada com o intuito de prevenir novos danos.  

No dia da primeira cheia, em maio de 2010, a aposentada Dona Cilene Lourdes Barbosa de Almeida, de 70 anos, foi para a casa da filha, onde ficou protegida da enchente. Na casa dela entraram três metros de água. A aposentada não tem medo de viver no local, tanto que alugou uma casa do lado da sua para morar, já que a sua está fechada desde então. “Faltava só R$ 11mil para eu liquidar minha casa que é financiada pela Caixa Econômica. A Caixa diz que só conserta quando o governo resolver se tira ou não tira”, lamentou a mulher que vive na incerteza da desapropriação da sua casa. De acordo com a Casa Militar, os casos de resistência estão sendo avaliados pelo Ministério Público.

Na mesma rua reside Maria José do Rêgo Brandão, 61, moradora da Rua Ismael Gouveia há 40 anos. Ela afirma que o governo não deu alternativa aos moradores, a não ser a troca das casas onde muitos moram há décadas, por outras construídas a cerca de 8 km do centro da cidade. A moradora se mostra indignada com falta de posicionamento do Governo do Estado.

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Os novos bairros projetados, Quilombo I e II, ficam localizados às margens da BR 101. As casas fazem parte da Operação Reconstrução que pretende distribuir cerca de 16 mil unidades habitacionais, das quais 2.610 são em Palmares. No entanto, até o momento apenas 570 foram entregues à população, as outras 2.040 devem ser entregues até o fim deste ano, segundo a Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab).

As moradias são construídas pelo Programa Minha Casa, Minha Vida, e doadas aos beneficiários sem qualquer custo. As casas têm dois quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço externa, divididos em 37 m² e atendem às famílias atingidas pelas cheias de 2010 em 24 municípios do Agreste e da Zona da Mata Sul de Pernambuco. 

O impasse é que algumas famílias são grandes demais para uma casa pequena e com pouco cômodos, como é de Dona Alice Maria dos Santos, de 77 anos, que mora na residência com outras seis pessoas. “A minha casa tinha três quartos, duas salas, cozinha, terraço. Era boa. Agora têm que se acostumar. Se der com o tempo a gente vai ajeitando”, relatou.

O morador do novo bairro, Amaro Israel da Silva, 52, diz que precisou reformar a casa que ganhou para morar com a família composta por sete pessoas, embora alterações na estrutura do imóvel não sejam permitidas pela Caixa Econômica Federal. “É melhor do que perder de tudo. Lá não pode construir mais, a gente tinha que pegar ou ia ficar na rua”, relatou.

Algumas dificuldades de infraestrutura são enfrentadas pelos moradores da nova região, entre elas falta de água, quem vem sendo fornecida através de carro-pipa; energia, que não existe em todos os postes da área; transporte público deficiente, apenas a cada duas horas; além da carência por escola e posto de saúde. De acordo com a assessoria de imprensa da cidade, já existe um projeto de um posto de saúde no Quilombo II, assim como uma escola que está quase pronta.  

A Cehab afirma que as casas estão sendo entregues de forma gradativa e a infraestrutura estará completa quando todas as residências forem distribuídas. As primeiras foram doadas às famílias que ficaram alojadas em abrigos públicos ou que tiveram as casas totalmente destruídas. A seleção foi feita pela Casa Militar. 

Prevenção - Através da assessoria, a Casa Militar de Pernambuco disse que realiza todos os anos o Curso Operacional de Proteção e Defesa Civil que integra ações para prevenção ao período de chuvas. Ainda segundo o órgão, desde as enchentes ocorridas em 2010 até o ano passado, mais de 800 agentes de Defesa Civil de diversos municípios pernambucanos foram capacitados.

Este ano foram treinados mais de 118 agentes oriundos de 44 municípios. Nas aulas práticas, o repasse de informação alcançou, ainda, 836 estudantes de escolas públicas que participaram da ação “Defesa Civil na Escola” e mais 550 pessoas que participaram dos exercícios simulados de prevenção de desastres.



Área de Lazer - O alargamento do leito do Rio Una atingirá as cidades de Barreiros (6 Km), Água Preta (4,5 Km) e Palmares (5 Km). Em Palmares, já existe um projeto de urbanização pronto, orçado em R$ 2.194.392,14. A nova orla terá calçadão, arborização e bancos de concreto para o lazer dos moradores.

O projeto prioriza a preservação ambiental e a qualidade de vida da população que será presenteada com um novo espaço de lazer. A orla terá uma ciclovia, áreas de jardim e bancos de concreto. Haverá faixas de pedestre distribuídas ao longo da orla e vagas especiais no estacionamento.

O Hospital Municipal Jaílton Messias de Albuquerque, localizado em Barreiros, Mata Sul do Estado, abre as portas nesta sexta-feira (1º) para a população. A unidade foi destruída pela cheia e foi reconstruída em uma nova área, no km 78 da PE-60, no bairro Engenho Alegre, agora livre do risco de enchentes. A cerimônia de inauguração será realizada às 10h, com a presença do governador Eduardo Campos.

Ao todo foram investidos mais de R$ 10 milhões em obras e na aquisição de equipamentos para dar ao hospital atendimento em urgência e emergência de baixa e média complexidade, nas especialidades de clínica médica, pediatria e obstetrícia. A expectativa é que a unidade possa beneficiar mais de 40 mil pessoas.

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A previsão é que ainda este ano sejam inaugurados outros dois hospitais na região, também destruídos pelas chuvas de 2010. As unidades de Água Preta e Jaqueira têm perfil voltado para casos de urgência e emergência de baixa complexidade. Ambos contam com 32 leitos (20 para adultos, cinco pediátricos e sete de maternidade). 

Subiu para 77.348 mil o número de famílias afetadas pela cheia dos rios no Estado do Amazonas. Três municípios estão em situação de calamidade: Anamã, Careiro da Várzea e Barreirinha, onde, de acordo com autoridades, parte da população está alojada em escolas, balsas e abrigos. Porém, em Careiro, algumas escolas que receberam desalojados já foram atingidas pela cheia. Nestes locais, a população está fazendo maromba (uma espécie de piso de madeira).

Do total de 62 municípios do Amazonas, 49, incluindo a capital, estão em situação de emergência. Em Manaus, o rio Negro tem batido a marca histórica diariamente desde o último dia 16. Nesta segunda-feira, chegou aos 29,87 metros, 10 centímetros a mais que os 29,77 metros registrados na maior cheia da história, em 2009. Mais de 145 estabelecimentos comerciais do centro de Manaus foram afetados, assim como o prédio e alfândega do porto sob a responsabilidade da Receita Federal.

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O aumento no nível dos rios causou uma perda de mais de R$ 63,9 milhões para a agricultura. O setor mais afetado é o do plantio de bananas, com perda de mais de R$ 15 milhões, seguido pela produção de mandioca que registra perda superior a R$ 13 milhões.

De acordo com estudos do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), é possível que nos próximos dias as chuvas diminuam no Amazonas e o nível do Negro, em Manaus, estabilize.

 

#ET

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