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Spotlight: Segredos Revelados (2015)

Tom McCarthy atua como diretor e roteirista. Baseada em fatos reais, o longa acompanha um grupo de jornalistas do The Boston Globe que investigam casos de abusos sexuais acobertados pela Igreja Católica. O filme venceu dois prêmios Oscar. O elenco conta com Michael Keaton, Mark Ruffalo e Rachel McAdams.

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Stillwater: Em Busca da Verdade (2021)

Tom McCarthy dirige e escreve o longa. Bill Baker (Matt Damon) é um trabalhador de petrolífera que vai visitar a filha (Abilgal Breslin) em Marselhas. Ela está presa por um assassinato que diz não ter cometido. Bill resolve ficar na França para investigar o caso e provar a inocência da filha, enfrentando uma série de barreiras culturais, e linguísticas, além de um sistema jurídico complexo.

Arremesso de Ouro (2014)

Tom McCarthy atua como roteirista. Arremesso de Ouro acompanha a história de dois garotos indianos que são descobertos pelo agente esportivo JB Bernstein (Jon Hamm). Em um grupo de jogadores de críquete, Bernstein percebe que os jovens conseguem lançar uma bola rápida, e acredita que eles podem estar na Liga Principal de Beiseibol com o treinamento certo. 

Timmy Fiasco (2020)

Dirigido por Tom McCarthy. Baseado na série de livros de Stephan Pastis, Timmy (Winslow Fegley) é um menino de 11 anos que possui um urso polar como amigo imaginário. Juntos, eles comandam uma agência de detetives em Portland O elenco também conta com Ophelia Lovibond, Kyle Bornheimer, Craig Robinson e Wallace Shawn. 

Por Maria Eduarda Veloso

 

O cardeal americano Bernard Law morreu nesta quarta-feira (20), em Roma, aos 86 anos de idade. O religioso ficou mundialmente famoso pelo seu envolvimento no escândalo de pedofilia na diocese de Boston, da qual era arcebispo, e cujo caso fora abordado no longa "Spotlight", vencedor do Ocar de melhor filme em 2016.

Devido às críticas e acusações de que protegera o padre pedófilo Paul Shaney, Law foi obrigado a renunciar ao seu posto em 2002. Em seguida, mudou-se para Roma, onde atuou como arcipreste da Basílica papal Santa Maria Maggiore, cargo ligado à cúria romana, entre 2004 e 2011.

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Law morreu em consequência de uma série de complicações de saúde e a notícia de seu falecimento foi dada pela Sala de Imprensa da Santa Sé.

O purpurado nasceu em Torreon, no México, em 4 de novembro de 1931, e recebeu sua ordenação em 21 de maio de 1961, sendo nomeado bispo de Springfield-Cape Girardeau em 22 de outubro de 1973. Foi escolhido cardeal no consistório de 25 de maio de 1985, presidido pelo papa João Paulo II. Atuou como arcebispo metropolitano de Boston de 11 de janeiro de 1984 a 13 de dezembro de 2002.

Como retratado no filme "Spotlight", uma investigação do jornal "Boston Globe" revelou como a hierarquia da Igreja Católica local, liderada pelo cardeal Law, acobertou de forma sistemática os abusos sexuais cometidos por quase 90 padres de Boston durante décadas.

O advogado Mitchell Garabedian, que representa dezenas de vítimas de abusos sexuais cometidos por religiosos católicos em Boston, disse que a morte do cardeal "reabre as velhas feridas". "Muitas vítimas se recordaram da dor sofrida. Ele virou as costas a criaturas inocentes e permitiu que fossem abusadas sexualmente", lamentou Garabedian.

Da Ansa

Centenas de abusos sexuais aconteceram durante décadas em várias escolas privadas do nordeste dos Estados Unidos e, em muitos casos, seus responsáveis reagiram tardiamente, após ignorar as acusações de mais de 200 supostas vítimas - revelou o jornal The Boston Globe, nesta segunda-feira.

A Justiça está a par de muitos desses episódios ocorridos na Nova Inglaterra, afirma o jornal, que menciona mais de 90 ações judiciais diferentes. Muitas delas já prescreveram e podem ser alvo apenas de demandas civis.

Mais de 67 instituições privadas foram alvo de acusações de abuso sexual, ou de assédio, desde 1991, segundo dados coletados pela equipe da Spotlight, a unidade de investigação responsável pelas revelações sobre padres pedófilos nos anos 2000. Alguns incidentes remontam à década de 1950, mas outros aconteceram bem depois, até o início dos anos 2000.

O Boston Globe cita o caso de um professor, cujos primeiros abusos de que se tem notícia datam de 1968. Ele teria ensinado em diversas escolas até 2003. A escola St. George, em Middletown, no estado de Rhode Island, é a principal instituição que aparece na investigação do Boston Globe.

Em 2003, um treinador dessa escola foi acusado por 11 estudantes de tocá-los e assediá-los. O profissional foi demitido, mas, depois de uma investigação, concluiu-se que os atos não constituíam abuso sexual e se optou por não reportá-los à Justiça. O treinador acabou sendo reintegrado ao cargo.

Depois, quando ele deixou a instituição por iniciativa própria, em 2011, St. George não relatou nenhum desses fatos ao estabelecimento que o contratou, a Taft School, uma escola em Connecticut.

Em dezembro, o Boston Globe havia revelado alguns dos supostos atos ocorridos na St. George, com ênfase ao caso Anne Scott, que recebeu pressões de sua escola para firmar um termo de confidencialidade a respeito de um estupro do qual diz ter sido vítima em 1977.

O jornal convida qualquer pessoa com informações sobre os episódios relatados na matéria a se pronunciar.

Em 2002, uma importante investigação do Boston Globe permitiu revelar como a Igreja católica local ocultou casos de abuso sexual cometidos por pelo menos 90 religiosos em Boston e seus arredores durante várias décadas.

A história serviu de base para o filme "Spotlight - Segredos revelados", que levou o Oscar de melhor filme em fevereiro.

Depois de muitos anos torcendo para o Leonardo DiCaprio ganhar um Oscar, é natural que, agora que ele conquistou a estatueta, você fique com uma sensação de vazio, como se alguma coisa estivesse faltando. Mas não se preocupe, caro leitor, pois o problema da ausência de motivos para torcer pelo ator pode estar com os dias contados!

Em uma entrevista ao colunista da Época, Bruno Astuto, o produtor do filme Spotlight, Steve Golin, disse que Leonardo DiCaprio deveria ser o presidente dos Estados Unidos.

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- Ele é focado, muito profissional, não fica de brincadeira no trabalho. Quer fazer o melhor que pode. É muito produtivo, tem um discurso coerente. Ele devia ser político porque é melhor do que muita gente por aí, afirma o produtor.

De fato, Leonardo é um cara muito consciente, sempre preocupado com o planeta e com causas ambientais. Se ele se candidatasse, com certeza muita gente torceria por ele. Mas se Steve só tinha elogios a fazer ao ator de O Regresso, o mesmo não se pode dizer de Madonna, cantora com quem ele trabalhou no documentário Na Cama Com Madonna.

- Ela não é a pessoa mais legal do mundo para se trabalhar (risos). Mas é honesta. Lembro que na época do Na Cama com Madonna, ela não ficou dando pitis na edição, dizendo que não gostava dessa ou daquela cena. Ela deixou o Alek Keshishian, que a dirigiu, fazer o que quisesse. Mas, claro, ela não é burra. Sabia quando as câmeras estavam ligada. É muito inteligente, entende de marketing como ninguém, concluiu Steve.

Os cinéfilos Rodrigo Rigaud, Adonis Junior e Stefano Spencer estão de volta para falar sobre os prêmios, os vencedores e as polêmicas do Oscar 2016. No podcast desta semana, o trio também debate acerca das surpresas da cerimônia marcada pela estatueta de "Melhor Ator" entregue a Leonardo DiCaprio e pela vitória de "Spotlight" na categoria principal da disputa.

Confira todos os comentários a seguir:

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O "Osservatore Romano", o jornal semi-oficial do Vaticano, publicou nesta segunda-feira dois artigos sobre o filme Spotlight, vencedor do Oscar de melhor filme deste ano, em que elogia o longa por ter dado voz à "profunda dor" dos fiéis que foram expostos a abusos por parte de padres pedófilos.

O filme narra a história da investigação feita pelo jornal Boston Globe sobre casos de centenas de crianças sendo molestadas por padres em Boston, uma prática que era encoberta por instâncias superiores da instituição. A série de reportagens, publicadas em 2002, ganhou diversos prêmios jornalísticos e golpeou a credibilidade da Igreja Católica em todo o mundo.

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O jornal afirmou que o filme não é anti-católico, e que mesmo a declaração do produtor do filme, Michael Sugar é positiva. Ao receber o prêmio, Sugar afirmou: "Papa Francisco, é hora de proteger as crianças e restaurar a fé". Segundo o diário, o apelo mostra que ainda há fé na igreja e na capacidade do papa de proteger as crianças. Fonte: Associated Press.

"Spotlight: Segredos Revelados" venceu no domingo o Oscar de Melhor Filme do ano, em uma cerimônia marcada pela polêmica sobre a falta de diversidade em Hollywood e na qual Alejandro González Iñarritu entrou para a história.

"Mad Max: Estrada da fúria", quarto episódio da saga apocalíptica criada pelo australiano George Milles, arrasou nas categorias técnicas, levando seis estatuetas.

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Leonardo DiCaprio conquistou finalmente o prêmio de Melhor Ator por seu papel em "O Regresso", e Brie Larson levou o prêmio de Melhor Atriz por "O Quarto de Jack".

"Spotlight: Segredos revelados", dirigido por Tom McCarthy, conquistou o prêmio mais importante do cinema americano por lembrar como o jornal The Boston Globe trouxe à tona há mais de 15 anos os abusos sexuais cometidos por membros da Igreja Católica.

"Este filme deu voz aos sobreviventes. E este Oscar amplifica sua voz, o que esperamos que se converta em um coro que ressoe e chegue até o Vaticano", declarou Michael Sugar, um de seus produtores, no palco do teatro Dolby.

"Papa Francisco: é tempo de proteger as crianças e restaurar nossa fé", acrescentou.

A investigação, que recebeu em 2003 um prêmio Pulitzer, descobriu que a Igreja escondeu de forma sistemática os casos de pedofilia de quase uma centena de padres e que um grupo de advogados os acobertou.

"Spotlight: Segredos Revelados" também conquistou o prêmio de Melhor Roteiro Original.

Iñarritu foi o outro grande protagonista da noite. Apesar de ter perdido o Oscar de Melhor Filme, entrou para a história de Hollywood graças a "O Regresso", uma história de sobrevivência e vingança ambientada na conquista do Velho Oeste que explora os limites do espírito humano.

O cineasta se tornou o terceiro diretor capaz de ganhar duas estatuetas consecutivas, se igualando a John Ford e Joseph L. Mankiewicz. No ano passado recebeu o prêmio por "Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)".

"O Regresso" também coroou a carreira de Leonardo DiCaprio, que conquistou o primeiro Oscar de sua carreira.

"A mudança climática é real, está acontecendo agora. É a ameaça mais urgente que nossas espécies enfrentam, precisamos trabalhar juntos e parar de adiar" as ações, pediu o ator de 41 anos.

O mexicano Emmanuel Lubezki também comemorou o fato de ser o primeiro diretor de fotografia de Hollywood a receber três prêmios consecutivos.

Derrota de Rocky

A derrota de Sylvester Stallone foi uma das maiores surpresas da noite. Todos acreditavam que levaria para casa o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante por sua atuação em "Creed", onde voltou a interpretar o boxeador Rocky Balboa.

Mas o britânico Mark Rylance acabou recebendo a estatueta por sua interpretação em "Ponte dos Espiões", o filme sobre a Guerra Fria dirigido por Steven Spielberg.

Do lado feminino, a sueca Alicia Vikander levou o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante, como era esperado, por "A Garota Dinamarquesa", onde dá vida à esposa do pintor dinamarquês Einar Wegener (Eddie Redmayne), uma das primeiras pessoas a se submeter a uma cirurgia de mudança de sexo.

A Pixar somou um novo Oscar a sua coleção pela animação "Divertida mente", e "Amy" foi escolhido o Melhor Documentário.

O Chile comemorou a vitória de "Bear Story", um curta-metragem de animação sobre um velho urso que sai todos os dias à esquina de uma rua movimentada.

"Quero dedicá-lo ao meu avô, que me inspirou esta história", declarou seu cineasta, Gabriel Osorio. "Viva o Chile!", gritou o co-diretor, Pato Escala.

Já o prêmio de Melhor Filme Estrangeiro foi para o húngaro "O Filho de Saul", ambientado no horror do campo de concentração de Auschwitz.

Aplausos e muita crítica

O evento teve referências constantes à falta de diversidade na indústria do entretenimento, diante da ausência de indicados negros nas categorias principais pelo segundo ano consecutivo.

Seu apresentador, o humorista Chris Rock, não desperdiçou nenhuma chance de se referir à situação vivida pela indústria do entretenimento.

"Estou no Oscar da Academia, também conhecido como o prêmio dos brancos. Percebem que se indicassem os anfitriões eu não teria conseguido esse trabalho?", se perguntou.

O evento foi palco de momentos emocionantes, como o aplauso recebido pelo maestro italiano Ennio Morricone, que aos 87 anos recebeu seu primeiro Oscar por compor a música do western "Os Oito Odiados".

Lady Gaga, que perdeu o prêmio de Melhor Canção para Sam Smith, colocou o teatro Dolby de pé ao interpretar "Til It Happens To You" acompanhada de vítimas de agressões sexuais em campus universitários.

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