O volante Fillipe Soutto e o atacante Stéfano Yuri tiveram poucas oportunidades com o técnico Lisca nesta temporada. Na Série B, por exemplo, os dois apenas figuram apenas no banco de reservas nos jogos, mas sequer entraram em campo. Apesar disso, o treinador mantém os jogadores em seus planos.

“Eles têm ido para os jogos (no banco de reservas). Fillipe Soutto foi a todos e Stéfano a todos em casa, porque temos um leque maior. Fora só podemos levar 19 atletas, na Arena podemos ter até 22. Os dois jogadores estão integrados normalmente ao elenco”, reforçou o comandante alvirrubro.

Lisca explicou como pretende usar os atletas durante a temporada. Fillipe Souto, inclusive, é uma opção do treinador para o lugar de Gastón Filgueira, suspenso na partida contra o Atlético-GO, no Serra Dourada.

“Fillipe Soutto pode jogar como segundo volante ou até na lateral esquerda. Vou trabalhar ele para o jogo contra o Atlético-GO. O Piauí deve começar, mas o Fillipe é uma alternativa para a lateral. Pode aparecer por ali, sim”, contou o treinador.

Já o caso do atacante, por enquanto, é bem específico. O técnico tem testado Stéfano Yuri em uma nova função nos treinamentos para situações em que o Náutico esteja atrás do placar nos jogos da Arena Pernambuco. Porém, ainda não foi necessário. 

“Tenho usado Stéfano Yuri em outra função, chegando de frente para o gol. Isso caso a gente precisa de um abafa em casa, de uma pressão mais forte. Mas ainda não precisamos dessa alternativa”, pontuou.

Stéfano Yuri foi uma das apostas do Náutico para esta temporada. O centroavante chegou a Timbu com o status de revelação santista, mas quase não teve tempo para mostrar trabalho. Logo na estreia, deixou o campo após apenas 33 minutos com uma lesão no dedo do pé. O jogador ressaltou o grande intervalo de tempo entre os jogos do Alvirrubro para poder se preparar melhor e, enfim, ter sequência no time.

"A parte boa desse período sem jogos é que dá para entrar em forma de vez e recuperar o tempo perdido. Pelo lado do Lisca, ele tem tempo para armar e organizar o time. Mas, eu estou trabalhando dia a dia para recuperar o tempo perdido, então dou meu máximo sempre. Minha meta é sempre jogar bem e dar meu máximo dentro de campo, o resto é consequência.", comentou o atacante do Náutico.

O centroavante, assim como Josimar, que atua na mesma função, ainda devem ganhar a concorrência de mais um jogador. Isso porque o Náutico está perto de acertar com Douglas, que esteve no clube em 2014 e deixou o time mesmo sem atuar uma só partida. Ainda assim, Stéfano Yuri vê com bons olhos a chegada dos reforços.

"Fiquei sabendo da chegada do Douglas, quem tem a ganhar é o Náutico. Com Josimar já era assim, a briga é sempre saudável, se ele vier vai se entrosar com todos e não teremos problema nenhum", disse. E comentou que o elenco do Timbu não deve voltar o pensamento para a reformulação. "Tem que estar focado nos treinamentos para chegar dentro de campo e dar resultado. É preciso ficar tranquilo, porque o que tiver que ser vai ser", completou.

A primeira impressão era de que o Náutico teria dois desfalques para o clássico contra o Sport, pelo Campeonato Pernambucano. O zagueiro Elivélton e atacante Stéfano Yuri saíram do jogo diante o Salgueiro machucados no mesmo minuto. Mas, de acordo com o médico Fábio Ribas, há grandes chances de os dois estarem em campo no próximo domingo (8), na Arena Pernambuco.

“Elivélton sofreu uma fisgada na posterior da coxa direita. Mas o exame de imagem não mostrou uma lesão grande, apenas o local que ainda está dolorido. Ele foi medicado e está fazendo fisioterapia. Esperamos que ele participe do trabalho com todo o grupo, no sábado. Já Stéfano Yuri tem uma lesão no tornozelo direito, mas foi só uma pancada. Se estiver sem dor, vai jogar normalmente. Eles têm cerca de 70% a 80% de atuar contra o Sport”, garantiu o médico alvirrubro.

O técnico Moacir Júnior tem duas opções, caso Elivélton seja vetado para o jogo. Diego, que entrou no lugar do zagueiro na partida contra o Salgueiro, e Welton Felipe. Porém, este ainda nem estreou e ficou apenas no banco de reservas no jogo da Copa do Nordeste.

Para o setor ofensivo, o comandante alvirrubro pode promover a estreia de Patrick Vieira, recuperado de um cansaço muscular. No entanto, Renato e Jefferson nem, atletas da base do Timbu, também disputam à vaga no ataque.

Aos 21 anos, Stéfano Yuri chega ao Náutico com o nome e a responsabilidade de um craque. Revelado nas divisões de base do Santos, o garoto chega ao Timbu para suprir a carência na função de centroavante. O jogador acertou o empréstimo com o clube alvirrubro e explicou o motivo: "O que pesou muito foi o fato de eu já conhecer Moacir Júnior. Eu trabalhei com ele no Uberlândia (MG) e foi ele que me subiu para o profissional".

O atacante ainda falou como foi o primeiro contato com o treinador alvirrubro. “Eu não cheguei a conversar com Moacir quando eu estava negociando com o Náutico. Ele falava com a diretoria e a diretoria falava com meu empresário. Mas, depois que eu cheguei aqui, a gente se falou. Já fazia dois anos que eu não via ele. Ele me viu, me deu um abraço, me deu as boas vindas e pediu para eu trabalhar”, disse rindo.

"Eu fiquei feliz quando fiquei sabendo que o Náutico veio me procurar e tentou minha contratação. pelo modo que a diretoria me tratou. Graças a Deus, as coisas foram caminhando para o caminho certo”, conta o atleta.

O mineiro recebeu o nome em uma homenagem do pai ao atacante argentino Di Stéfano. “Meu pai era fã do Di Stéfano e fez isso. Ele tirou o 'Di' e ficou só o Stéfano. Eu procurei saber sobre Di Stéfano quando eu cresci e é uma responsabilidade muito grande”, diz o jogador alvirrubro.

O centroavante brasileiro foi um dos destaques das Copinhas dos últimos anos. Em 2013 foi bicampeão com o Santos. Em 2014, liderou a artilharia da competição. Também por isso é uma das principais esperanças de gol do Timbu para este ano. “Eu espero dar alegria ao torcedor e mostrar meu futebol. Quero mostrar porque o Náutico apostou em mim”.