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A partir de amanhã (23), o Pátio de São Pedro, Quartel General do Carnaval, volta a sediar as Terças Negras Especiais de Carnaval. O evento é gratuito e começa às 19h, com o Maracatu Linda Flor, o Bloco Afro Obirim, Anderson Miguel e a ciranda Raiz da Mata Norte, além do Afoxé Omin Sabá.

Criada há mais de 20 anos pelo Movimento Negro Unificado (MNU), a Terça Negra busca difundir e estimular reflexões a respeito da influência afro nas expressões artísticas do Estado. O projeto tem apoio da Prefeitura do Recife e a curadoria dos artistas que participam da grade é do próprio MNU. 

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História

A história da Terça Negra começa em 1998, no Pagode do Didi, localizado na Rua Ulhôa Cintra, no bairro de Santo Antônio. Em 2001, o projeto passou a acontecer no Pátio de São Pedro, tornando-se parte do calendário cultural oficial da cidade.

O encontro cultural foi criado pelo Movimento Negro Unificado (MNU), que surgiu no Recife em 1979 e ganhou força na década de 1990. Em seus primeiros passos, o MNU pretendia ir além do chamado samba de raiz, divulgando outras vertentes da cultura negra, como o maracatu, o afoxé, o coco de roda e até o reggae e o hip hop.

PROGRAMAÇÃO 

Dia 23/01

Maracatu Linda Flor

Bloco Afro Obirim

Anderson Miguel e Ciranda Raiz da Mata Norte

Afoxé Omin Sabá

*Da assessoria de imprensa

A cultura pernambucana possui fortes ligações com o continente africano. Criada há mais de 20 anos pelo Movimento Negro Unificado (MNU), a Terça Negra busca difundir e estimular reflexões a respeito da influência afro nas expressões artísticas do Estado. O projeto tem apoio da Prefeitura do Recife e, em tempos de festejos de Momo, ganha mais duas edições especiais - (a primeira aconteceu no dia 31 de janeiro) - nos dias 7 e 14 de fevereiro - quando trará nomes como Raízes de Quilombo e Coco Raízes de Arcoverde. O evento é gratuito e começa a partir das 19h. Confira a programação completa no serviço. A semana conta com pelo menos 15 eventos gratuitos, além do Baile Municipal do Recife. 

Hoje, segunda noite da Terça Negra Especial de Carnaval, o Pátio de São Pedro recebe o Afoxé Aféfé Lagbará. Abê Adu Lofé, Orquestra Iorubà, Trans Coco e Trans Coco e Marcelo Santana. Quem abre a noite é o Afoxé Afefé Lagbará, candomblé na rua dedicado a Exu. Na sequência quem sobe ao palco é o Abê Adu Fé, sambareggae elétrico capitaneado por Mamão do Xambá. Após o grupo, o Pátio de São Pedro será embalado pela Orquestra Yorubá, que reúne diversos musicistas de grupos afro e afoxés. Em seguida, a cantora Rafaela Ribeiro sobe ao palco com seu Trans Coco, primeiro grupo de coco pernambucano liderado por uma mulher trans. A noite especial será encerrada pelo reggae de Marcelo Santana, filho do bairro de Casa Amarela. 

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História

A história da Terça Negra começa em 1998, no Pagode do Didi, localizado na Rua Ulhôa Cintra, no bairro de Santo Antônio. Em 2001, o projeto passou a acontecer no Pátio de São Pedro, tornando-se parte do calendário cultural oficial da cidade. O encontro cultural foi criado pelo Movimento Negro Unificado (MNU), que surgiu no Recife em 1979 e ganhou força na década de 1990. Em seus primeiros passos, o MNU pretendia ir além do chamado samba de raiz, divulgando outras vertentes da cultura negra, como o maracatu, o afoxé, o coco de roda e até o reggae e o hip hop.

 

PROGRAMAÇÃO TERÇA NEGRA ESPECIAL DE CARNAVAL 2023

Dia 07/02

Afoxé Aféfé Lagbará

Abê Adu Lofé

Orquestra Ioruba

Trans Coco 

Marcelo Santana

 

 

Dia 14/02

Suprema Corte

Raízes de Quilombo

Abulidu

Coco Raízes de Arcoverde

Edun Ará Sangô

Semana repleta de prévias. Pátio de São Pedro é epicentro da Cultura Popular

Entre os dias 7 e 12 de fevereiro, a cidade vai fervilhar com programação gratuita em mais de 15 eventos. Para quem está saudoso da folia, não faltarão opções entre terça e domingo. A programação faz parte do circuito de mais de 50 prévias promovidas pela Prefeitura do Recife. O Pátio de São Pedro protagoniza a Folia, com eventos gratuitos hoje (7), amanhã (Quarta, 8), na quinta e sexta (dias 9 e 10), além do domingo (12), com as mais legítimas e tradicionais manifestações da cultura popular recifense. 

Além da Terça Negra especial, na quarta e quinta o Pátio receberá os tradicionais Acertos de Marcha dos blocos líricos, saudando os Carnavais saudosos. Entre as novidades, haverá ensaio e Encontro de Afoxés no Pátio de São Pedro. As agremiações irão se reunir no Pátio de São Pedro nos dias 10 e 12 de fevereiro. No dia 10 acontece o ensaio para o Ubuntu, cerimônia que abençoa o Carnaval e que acontece no dia 16 de fevereiro, quinta da semana pré. No dia 12, acontece a primeira etapa do Encontro de Afoxés com 13 agremiações no Pátio de São Pedro. A tradicional reunião ocorre anualmente no Pátio do Terço no domingo de Carnaval, que este ano cai no dia 19 de fevereiro, quando acontece a segunda parte do encontro. 

 

Entre os grandes destaques da semana, o Classic Hall sediará a volta triunfal do Baile Municipal que, em sua 57ª edição, trará ao palco nomes como Daniela Mercury, Marina Sena e Geraldo Azevedo, além de Marron Brasileiro, Spok Frevo Orquestra, André Rio, Nena Queiroga, Almir Rouche, entre outros ícones do Carnaval recifense. O valor dos ingressos é o mesmo da última edição do baile: R$ 50,00 (pista) e R$ 600,00 (mesa para quatro pessoas), confirmando o Baile Municipal como a programação mais acessível e democrática entre as prévias na cidade. Os ingressos já estão à venda, no próprio Classic Hall, pelo site https://www.bilheteriadigital.com e nos pontos físicos do serviço, nas lojas Esposende dos shoppings Recife, RioMar e Tacaruna.

*Da assessoria de imprensa

A cultura pernambucana possui fortes ligações com o continente africano. Criada há 20 anos pelo Movimento Negro Unificado (MNU), a Terça Negra busca difundir e estimular reflexões a respeito da influência afro nas expressões artísticas do Estado. O projeto tem apoio da Prefeitura do Recife e, em tempos de festejos de Momo, o projeto ganha quatro edições - nos dias 28 de janeiro, 4, 11 e 18 de fevereiro. Amanhã, primeira noite da Terça Negra Especial de Carnaval, o Pátio de São Pedro recebe o Coletivo de Blocos Afros, Mestre Santino Cirandeiro, Maracatu Encanto do Pina e Afoxé Ara Omim. O evento é gratuito e começa a partir das 19h.De acordo com Demir da Hora, representante do MNU e coordenador da Terça Negra, a programação geral será focada em apresentações de maracatus, afoxés, grupos de rap, reggae e blocos afro. \"É a diversidade que o público se acostumou a ver e curtir durante o ano. Para os artistas, é um momento especial no qual aproveitam para mostrar novidades no vestuário, repertório e arranjos\", destaca.HistóriaA história da Terça Negra começa em 1998, no Pagode do Didi, localizado na Rua Ulhôa Cintra, no bairro de Santo Antônio. Em 2001, o projeto passou a acontecer no Pátio de São Pedro, tornando-se parte do calendário cultural oficial da cidade.O encontro cultural foi criado pelo Movimento Negro Unificado (MNU), que surgiu no Recife em 1979 e ganhou força na década de 1990. Em seus primeiros passos, o MNU pretendia ir além do chamado samba de raiz, divulgando outras vertentes da cultura negra, como o maracatu, o afoxé, coco de roda e até o reggae e o hip hop.A Terça Negra tem apoio da Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura, da Fundação de Cultura Cidade do Recife.PROGRAMAÇÃO TERÇA NEGRA ESPECIAL DE CARNAVAL 2020Dia 28/0119h - Coletivo de Blocos Afros20h - Mestre Santino Cirandeiro21h - Maracatu Encanto do Pina22h - Afoxé Ara OmimDia 04/0219h - Maracatu Estrela Brilhante do Recife20h - Coco dos Pretos21h - Afoxé Omim Sabá22h - Sistema XDia 11/0219h - Coco Santiago20h - Afoxé Afefé Lagbara21h - Maracatu Encanto da Alegria22h - Didil ReggaeDia 18/0219h - Afoxé Obá Iroko20h - Maracatu Porto Rico21h - Aurinha do Coco22h - Ívano*Via Assessoria de Imprensa 

No ano em que completa duas décadas de história, a Terça Negra abre os trabalhos com uma edição especial. Na próxima terça (21), a festa aporta em um novo endereço, no Armazém do Campo, levando consigo o Coco Santiago, o Maracatu do Século 21 e o reggae da Jah Fé. O evento é gratuito. 

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--> Terça Negra: 20 anos de valorização do povo negro

Durante 20 anos de trajetória, a Terça Negra vem funcionando como um espaço não só de escoamento da produção de artistas da cultura negra como de resistência e representatividade. Em uma edição extraordinária, no dia 21 de janeiro, o evento acontece no Armazém do Campo para marcar o início das comemorações do aniversário. 

Em seguida, a Terça Nega volta para 'casa', no Pátio de São Pedro, para dar início às edições especiais de Carnaval. O calendário abre no dia 28 de janeiro e segue até os dias de Momo com muito reggae, coco, maracatu, afoxé e hip hop, entre outros ritmos. A programação completa será divulgada em breve. 

Serviço

Terça Negra no Armazém do Campo

21 de janeiro - 20h

Armazém do Campo - R. do Imperador Pedro II, Av. Martins de Barros, 387 - Santo Antônio

Gratuito

 

Cravado no coração do centro do Recife, no Bairro de Santo Antônio, o Pátio de São Pedro é um espaço de energia incomum. Situado nas proximidades do Pátio do Carmo - onde foi exposta a cabeça do líder negro Zumbi dos Palmares, após sua morte -, e da casa de Badia - neta de africanos considerada símbolo da cultura negra na capital pernambucana -, no Pátio do Terço; o lugar costumava servir de palco para diversas atividades da cultura negra, no início do século 19. Ali aconteciam quermesses, feiras e apresentações musicais além de ter acolhido uma casa de candomblé dedicada à orixá Oyá, ou Iansã como também é conhecida. 

Essa energia continua sendo semeada através de um evento que começou um tanto descompromissado e acabou transformando a vida cultural da cidade bem como a de seus atores sociais. A Terça Negra vem agitando as noites do Pátio de São Pedro, bem no início da semana, dando espaço para grupos da cultura negra que fazem maracatu, afoxé, samba, samba reggae, hip hop e até manguebeat. Resistindo às mais diversas limitações e dificuldades ao longo das duas últimas décadas, a festa ganhou proporções inimagináveis e hoje figura como um movimento de identificação e valorização do povo negro, com caráter não só artístico e cultural, mas, também, político.  

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A Terça Negra começou a partir das reuniões dos integrantes do Movimento Negro Unificado do Recife, no final dos anos 1990, que costumam estender suas reuniões no Pagode do Didi, também no centro da capital. Demir da Hora, atual coordenador do evento, acompanhou de perto o início da festa, ainda como músico. Na época, ele não podia imaginar a dimensão que a Terça conquistaria: "Eu não imaginava nem chegar aos 20 anos e nem hoje ser o guardião da terça negra, eu hoje estou coordenador, então me sinto como um guardião desse projeto que a gente tem que insistir que viva pra sempre. Porque não é só resgate, é manutenção dessa cultura que a gente vive hoje em dia, que a gente sempre viveu, a cultura negra", diz. 

No início de 2000, a Terça Negra mudou de endereço e se instalou no Pátio de São Pedro. O casamento entre evento e local não poderia ter sido mais feliz e a festa encontrou ali sua casa definitiva. A princípio, o evento acontecia semanalmente, atraindo para o centro uma vida noturna inédita para o início de semana. Além do surgimento de outros eventos, como a Terça do Vinil, a Terça Negra passou a motivar o surgimento de novos grupos e artistas, como o grupo de samba reggae Raízes de Quilombo. "A importância da Terça Negra foi exatamente isso, esse tempo todo a gente estimulou muita gente a fazer arte e a correr atrás, sem citar os artistas que começaram aqui, como Lucas dos Prazeres. A sensação é de missão cumprida", comemora Demir. 

No entanto, a proliferação de arte e artistas a partir do evento é apenas um dos sintomas de sua força e importância para o povo negro. A pesquisadora  Maria Lúcia Gomes dos Prazeres, autora do livro Terça Negra no Recife: Música, Dança, Espiritualidade e Sagrado, aponta aquele espaço como sendo uma ferramenta de descoberta e afirmação: "O que nos atrai é a afirmação da nossa identidade, mas essa afirmação exige que a gente se aprofunde, que a gente conheça mais sobre a nossa história. Esse movimento de estudo fez com que eu escrevesse o livro. Eu quis mostrar como nós estamos construindo a nossa história", conta a estudiosa. 

No livro, 12 personagens que têm a Terça Negra como parte fundamental de suas histórias contam sobre seus processos de identificação e de sua vivência a partir do movimento. Para Lúcia, cada relato é uma manifestação de uma luta maior que ao ser registrado acaba ganhando outra proporção: "A história oral ela é vista, contada, vivida, mas o tempo vai fazendo com que ela tome uma outra dimensão. Então, quando a gente registra, a gente registra as pessoas. Cada uma dessas pessoas tem uma história significante para o fortalecimento da cultura negra no estado de Pernambuco".

20 anos

As comemorações pelos 20 anos da Terça Negra já começaram neste mês de dezembro de 2019. Para 2020, a ideia é continuar celebrando a despeito das dificuldades que se impuseram ao evento nos últimos anos. Desde 2012, a festa deixou de ser semanal e chegou a passar um período sem acontecer. Pela força de vontade de seus produtores, e pela necessidade de se haver um espaço como esse na cidade, a Terça voltou ao calendário oficial do Recife acontecendo em caráter especial com edições a cada 15 dias e, também, durante a semana pré-carnavalesca. 

Para o próximo ano, essa semana que antecede o Carnaval já está garantida, de acordo com o coordenador Demir. Um projeto para a comemoração das duas décadas do evento foi submetido ao Funcultura porém não saiu vitorioso. "Não fomos contemplados, fica aqui o meu protesto. Eles usam pareceristas de fora para analisar os projetos e no fim a gente vê que as mesmas pessoas são contempladas todo ano. Fica só o protesto, sem ‘mimimi’, continuamos na luta não vamos parar jamais", lamenta ele. 

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O sentimento de resistência é maior a cada ano, e o otimismo para que a Terça Negra se mantenha firme, também. "Aqui é o lugar em que a gente se alimenta e onde a gente doa. É o mesmo princípio da casa de religião de matriz africana, o axé é uma coisa que se recebe e que se doa", sintetiza a pesquisadora Lúcia dos Prazeres, que relembra que "desde que o primeiro negro pisou no Brasil", o movimento natural desse povo é resistir. "Já resistimos esses anos todos, não tem como não ser otimista". 

 

Comemorando seus 20 anos de história, a Terça Negra promove, na edição desta terça (17), o lançamento do livro Terça Negra no Recife: Música, Dança, Espiritualidade e Sagrado. Escrita pela pesquisadora Maria Lúcia Gomes dos Prazeres, a obra conta, a partir da perspectiva de 12 personagens, a trajetória do evento que se consolidou como espaço de fortalecimento para a cultura afro-brasileira no Recife. O lançamento acontece no Pátio de São Pedro e será seguido das atrações musicais da Terça negra. 

A publicação é resultado do mestrado de Lúcia Gomes em Ciências da Religião. Dividido em cinco capítulos, o livro costura narrativas de 12 personagens que transformaram a experiência do povo negro recifense e tiveram suas próprias histórias fortalecidas pelos encontros de música e dança no Pátio de São Pedro. 

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A Terça negra foi criada, há 20 anos, pelo Movimento Negro Unificado, com apoio da Prefeitura do Recife. O evento congrega as mais diversas manifestações culturais afro- brasileiras e já recebeu mais de 300 grupos de afoxé, samba, rap, coco e maracatu, entre outros. Nesta terça (17), se apresentam o Maracatu Estrela dalva, o Afoxé Omô Inã e o grupo de samba reggae, Raízes de Quilombo. 

Serviço

Terça Negra - Lançamento do livro “Terça Negra no Recife: Música, Dança, Espiritualidade e Sagrado”, de Maria Lúcia Gomes dos Prazeres

Terça (17) - 19h

Pátio de São Pedro

Gratuito


 

Fechando o mês da Consciência Negra, a 'Terça Negra' leva para o Pátio de São Pedro, no Recife, muito samba reggae, reggae, soul e rap. A última edição comemorativa da festa acontece nesta terça (26), com os convidados Nação Camará, Black Bambas, Procurados e DonaBagga.

Realizada pelo Movimento Negro Unificado, a Terça Negra tem como objetivo abrir espaço e dar visibilidade aos artistas e manifestações da cultura afro. Em novembro, mês em que é celebrado o Dia da Consciência Negra, o evento aconteceu em todas nas quatro terças levando muito afoxé, maracatu, rap e outros ritmos ao Pátio de São Pedro.

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Encerrando suas edições comemorativas, nesta terça (26), o evento recebe a banda Nação Camará - grupo de samba reggae de Camaragibe; Black Bambas - com seu soul; o rap da Procurados; e o reggae da Dona Bagga. Os shows começam às 19h e o evento é gratuito. 

Serviço

Terça Negra

Terça (26) - 19h

Pátio de São Pedro

Gratuito

A segunda edição do mês de novembro da Terça Negra celebra a memória de Tia Inês, a africana Inês Joaquina da Costa (Infá Tinuké), matriarca do Ilê Obá Ogunté Sítio de Pai Adão, considerado o primeiro terreiro de Pernambuco, terceiro do país. A festa integra as comemorações do projeto para o mês da Consciência Negra e acontece no Pátio de São Pedro, no Recife. 

Localizado no bairro de Água Fria, o Ilê Obá Iguntê Sìtio de Pai Adão foi o primeiro terreiro de nação Nagô fundado no Brasil e o primeiro de Pernambuco, criado em 1875. A matriarca da casa, conhecida como Tia Inês, será lembrada e reverenciada, nesta terça-feira (12), em edição especial da Terça Negra, tradicional festa realizada pelo Movimento Negro Unificado com o objetivo de abrir espaço e dar visibilidade à cultura afro brasileira. 

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Nesta terça, participam do evento as nações de maracatu Raízes de Pai Adão e Aurora Africana, os afoxés Omô Inã e Povo de Oguntê, além do Coco das Estrelas e a Escola de Samba Gigantes do Samba. 

Serviço

Terça Negra

Terça (12) - 19h

Pátio de São Pedro, no Recife

Gratuito

Este ano, no mês em que se celebra a Consciência Negra, a Terça Negra - evento que ocupa o Pátio de São Pedro com atrações da cultura afro brasileira - também comemora seus 20 anos de história. Para festejar, haverá edições da festa todas as semanas a partir desta terça (5). Os primeiros convidados para animar a celebração são o Maracatu Leão Coroado, Mago RM, Pretto Jamah e o Coletivo 21.

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Já tradicional no calendário semanal dos recifenses, a Terça Negra é realizada pelo movimento Negro Unificado (MNU), com apoio da Prefeitura do Recife (PCR). No entanto, tal apoio deixou de ser efetivo desde o ano de 2017 e o evento se viu forçado a parar.  À época, procurada pelo LeiaJá, a PCR afirmou estar passando por "dificuldades orçamentárias" e, por esse motivo, não poderia arcar com as quatro edições mensais da Terça. O proposto, então, foi que o evento seria realizado apenas em datas comemorativas ou específicas. 

Sendo assim, de acordo com o calendário comemorativo que impulsiona edições especiais da Terça Negra, neste mês de novembro a festa será realizada  por quatros semanas, nos dias 5, 12, 19 e 26. Além de celebrar o Dia e o Mês da Consciência Negra, o evento também vai comemorar seus 20 anos.  O evento acontece no Pátio de São Pedro e é aberto ao público. 

Serviço

Terça Negra - edição especial de novembro

Terça (5) - 19h

Pátio de São Pedro

Gratuito

 Acontece nesta terça-feira (23), às 19h, no Pátio de São Pedro, área central do Recife, a 6º edição da ‘Terça Negra’. O evento, que reúne história, cultura e resistência, contará com a participação especial do Mestre Zeca do Rolete, um dos maiores mestres do coco de roda pernambucano.

Nesta edição, o evento homenageia o Orixá Ogum. A programação conta com a apresentação dos Pregadores do Rap, Maracatu Ogum Onilê, banda Vôte o que é isso e se encerra com Zeca do Rolete.

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A ‘Terça Negra’ acontece uma vez por mês e é uma iniciativa do Movimento Negro Unificado, com apoio da Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura, da Fundação de Cultura Cidade do Recife e do Núcleo da Cultura Afro-brasileira. O evento é gratuito e aberto ao público.

Serviço

Terça Negra em homenagem a Ogum

23 de abril | 19h

Pátio de São Pedro (Bairro de Santo Antônio, Recife)

 Entrada franca

Para celebrar o mês da Consciência Negra, novembro, a Terça Negra - evento voltado para a cultura afro realizado no Pátio de São Pedro, no centro do Recife -, terá edições especiais. Durante todas as semanas do mês, o Pátio recebe artistas para promover um verdadeiro desfile de tradições e celebrações de matriz africana.

A programação conta com nomes consagrados como o Mestre Zé Negão e a banda Lamento Negro, além de artistas do Hip Hop e capoeira. No dia 20, o dia em que se celebra a Consciência Negra, o Pátio será tomado durante toda a terça com atividades que vão de exibições de filmes, oficinas, contação de história e shows.

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Programação

Dia 13

Terça Negra

19h – Capoeira

20h – Coletivo Hip Hop Camaragibe

21h – Mestre Zé Negão

22h – Encantaria

Dia 20 – Dia da Consciência Negra

9h às 18h - Feira Afroempreendedora e serviços de saúde (distribuição de preservativos, aferição de pressão e glicemia, vacinação, teste rápido de sífilis, hepatite e HIV, Reiki e auriculoterapia)

9h - Oficina de Dança Afro com Paulo Queiroz

10h – Contação de história – Roma Julia

10h – Olha! Recife – Bairro de Santo Antônio

11h20 às 12h – Microfone aberto

14h às 15h – Microfone aberto

15h – Roda de diálogo o sobre o Papel do Hip Hop no fortalecimento da identidade da população negra, com Zé Brown e Jouse Barata

17h – Maracatu Linda Flor

18h – Espetáculo Tereza

Casa do Carnaval

14h30 - Oficina Juventude Participa

Memorial Chico Science

14h – Exibição de filmes que abordam a questão racial – UNEGRO

Núcleo da Cultura Afro-brasileira

15h - Oficina sobre cuidados com o Cabelo crespo e cacheado e maquiagem – Félix Oliveira

Maquiagem para pele Negra com Gênesis 

Terça Negra

19h – Capoeira

20h – Tambor Falante

21h - Lamento Negro

22h – Lucas & a Orquestra dos Prazeres

Dia 27

Terça Negra

19h – Capoeira

20h – Massapê

21h – Faces do Subúrbio

22h - Marlevou

A Terça Negra homenageará o compositor, percussionista, artesão, educador e mestre de capoeira baiano Moa do Katendê, assassinado após uma discussão política na madrugada do último dia 8 de outubro. O evento, promovido mensalmente e sempre às terças, pelo Movimento Negro Unificado, no Pátio de São Pedro, celebra a cultura de matriz africana

O show é gratuito e terá início com uma roda de capoeira às 19h, seguida de uma apresentação do Maracatu do Século XXI. Às 21h, a banda Bojo da Macaíba subirá ao palco e o encerramento do evento será por conta do Pandeiro do Mestre, às 22h.

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Terça Negra em homenagem a mestre Moa do Katendê

Terça (23) | 19h

Pátio de São Pedro, Bairro de Santo Antônio

Gratuito

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Nesta terça (22), o Pátio de São Pedro, na área central da cidade do Recife, recebeu a Feira Afro de Empreendedores. Integrando a programação da Terça Negra, a feira oferece artigos voltados à cultura negra, produzidos por artesãos e designers negros. As bancas estarão montadas até o fim das apresentações artísticas.

Cerca de oito afroempreendedores participam desta edição da feira, expondo bijuterias, roupas e acessórios, entre outros itens. O artesão Jamesson Henirque dos santos festejou a oportunidade: "Sendo um ato pelo Dia de África, neste lugar tão simbólico, é muito importante estar aqui hoje mostrando nosso trabalho que é voltado para essa temática negra", disse em referência ao tema do evento, o Dia da África, celebrado em 25 de maio. 

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O estilista africano Lassana Mangassouba também comemorou o evento. Ele cria roupas com tecidos africanos e viu na feira uma maneira de aumentar sua clientela: "É bom mostrar culturas negras", disse.  Para o Coordenador do Núcleo de Cultura Afrobrasileira da Prefeitura do Recife, o espaço visibiliza o trabalho dos empreendedores: "A gente tenta trabalhar essa questão dos afro-empreendedores porque é importante tanto para a economia criativa quanto para a população geral, ter um conhecimento do trabalho que eles executam dentro da comunidade." 

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Celebrando o Dia da África, a Terça Negra terá programação em dobro neste em maio. O evento, realizado pelo Movimento Negro Unificado, em parceria com a Prefeitura do Recife, será nos dia 15 e 22 deste mês no Pátio de São Pedro, área central do Recife.

Nesta terça-feira (15), a Terça Negra realizará um Bob Marley, com apresentações das bandas Massapê, às 20h, Marlevou, às 21h, e Positividade, às 22h. Já no dia 22, o evento terá uma edição extra e contará com oito horas de duração.

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A festa é a comemoração do Dia da África e começará às 16h. Na programação, nomes como Balé Afro Magê Molê, do Afoxé Omulu Pá Keru Awo e Coco dos Pretos. A data evoca a reunião de 32 chefes de estado africanos, em Addis Abeba, Etiópia, na defesa e emancipação do ambiente. O dia foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1972.

Confira a programação completa:

Dia 15 de maio

20h - Massapê

21h - Marlevou

22h - Positividade

Dia 22 de maio

16h - Feira dos Afro empreendedores

19h - Apresentação do Fórum Permanente de políticas Públicas para Capoeira

20h - Balé Afro Magê Molê

21h - Afoxé Omulu Pá Keru Awo

22h - Coco dos Pretos

Serviço

Terça Negra

Terça (15)| 20h

Terça (22)| 16h

Pátio de São Pedro (Santo Antônio, Recife)

Gratuito

Na próxima terça-feira (13), o Pátio de São Pedro será palco para uma celebração às raízes negras e femininas da cultura pernambucana. A Terça Negra realiza sua primeira edição de 2018 trazendo uma programação pautada no protagnosimo feminino.

A noie será majoritariamente composta por artistas mulheres. Subirão ao palco o Coco Zé Neguinho, a rapper Lady Lay e o Coco da Resistência. Esta é a primeira Terça Negra do ano, após as quatro edições carnavalescas. A periodicidade do evento passa a ser mensal, sempre com programação definida pelo Movimento Negro Unificado.

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Serviço

Terça Negra em homenagem ao Dia Internacional da Mulher

Terça (13) | 20h

Pátio de São Pedro (Bairro de São Pedro)

Gratuito

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Na noite desta terça-feira (16), turistas e pernambucanos acompanha a primeira noite da Terça Negra Especial de Carnaval, tradicional prévia carnavalesca que todos os anos leva para o Pátio de São Pedro grupos da cultura afro. Promovido pelo Movimento Negro Unificado, em parceria com a Prefeitura do Recife, o encontro volta a acontecer no bairro de Santo Antônio, em edição especial de Carnaval. A abertura da festa foi marcada pelo grupo Ciranda de Sant\'Anna, que trouxe para o palco um pouco do maracatu e ritmos ligados ao festejo do Momo. Ainda hoje sobem ao palco o Maracatu Leão da Campina, o Afoxé Obá Iroko e a banda Afro Obá Nyjé. Assim como este encontro, outras atrações estarão na programação do evento nos dias 26 e 30 de janeiro e 6 de fevereiro. \"Nossa maior pretenção é levar a cultura afro para o público. Queremos tornar conhecida a nossa missão e levantar a bandeira do empoderamento negro\", afirma Demora Favela, produtor do evento. A Terça Negra completa 18 anos em 2018. Para um dos membros do movimento, Almir da Hora, o evento é um porta para grupos de percussão que surgem nas periferias do Recife e da Região Metropolitana. \"Aqui tem espaço para todo mundo que gosta de uma boa música. Tentamos agrupar todo mundo que tem no coração essa missão de levantar a bandeira negra no estado. Tem espaço pro reggae, hip hop, maracatu, afoxé e muitos outros ritmos\", declara. Além da programação especial de Carnaval, a festa também é muito famosa por ter ensaios durante todo ano. Em 2017, a Terça Negra não teve encontros por falta de investimentos por parte da Prefeitura da cidade. Neste ano, a promessa da gestão é que pelo menos uma terça-feira dos próximo meses, o movimento volte as suas atividades. \"É muito importante para a cidade do Recife esse encontro. A Terça Negra é uma referência da cultura negra aqui no município e nós, com muito esforço, vamos dar continuidade a esse trabalho. Queremos estreitar os nossos laços com os grupos\", afirmou o secretário exectivo de Cultura da PCR, Eduardo Vasconcelos. Ainda segundo o representante da gestão municipal, a Prefeitura vai construir um calendário com os organizadores da festa para o ano de 2018, mas vai respeitar toda a tradição do Movimento. A estrutura dos eventos esse ano está garantida também pelo município. A festa terá continuidade após o período de carnaval, sempre seguindo o calendário dos orixás. Em maio, o espaço celebra o mês do reggae e em outubro o mês do hip Hop. 

O secretário executivo de Cultura do Recife, Eduardo Vasconcelos, falou sobre a situação de abandono do Pátio de São Pedro e um dos eventos mais expressivos que costumava ocorrer naquele Largo - a Terça Negra -, apontados em reportagem do Portal LeiaJá. Em entrevista, por telefone, o secretário declarou que a atual gestão não enxerga o Pátio como abandonado e garantiu ser compromisso da Prefeitura retomar o apoio para a realização da Terça Negra.

Eduardo Vasconcelos apontou uma dificuldade orçamentária como motivo para a não realização da Terça Negra, interrompida desde o início deste ano. "A gente reconhece a importância da causa, do evento em si, tão tradicional para a nossa cidade, com uma relevância muito grande. O nosso maior problema foi essa questão orçamentária". Ele também falou sobre a proposta feita pelo produtor da Terça Negra, Demir Favela, para a realização da festa neste mês de novembro e afirmou que não seria possível para a Prefeitura arcar com os cachês dos artistas convidados como foi solicitado.

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Em contrapartida, o secretário colocou que a PCR está trabalhando para a retomada do evento: "Já passei essa agenda para que a gente possa ter essa conversa com os realizadores com o objetivo construir as próximas edições. Eu tenho certeza que, juntos, a gente pode encontrar uma solução para que a gente consiga reafirmar esse compromisso usando tudo que a gente pode usar para que prefeitura esteja junto com eles".

Em relação a questões ligadas ao aumento da violência na região e a própria manutenção do espaço, que sofre com pouca iluminação pública, o secretário afirmou já ter feito uma reunião com o secretário de Segurança Urbana, Murilo Cavalcanti, e ter realizado visitas técnicas ao local para levantar os ajustes necessários: "Com essa crise, os espaços públicos estão sendo utilizados dessa maneira errada e a gente vê isso não só no Recife mas no Brasil todo. A gente está procurando uma forma de, com iluminação adequada, utilização do Pátio com eventos que tragam cultura e informação, trazer uma rotina saudável para o Pátio. Isso faz com que a gente ocupe melhor o espaço. Quando o poder público consegue gerar essa ocupação a gente consegue dar uma nova cara ao lugar. É esse o compromisso."

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Apesar do estado de abandono, o Pátio de São Pedro, um dos principais redutos da cultura negra em Pernambuco, localizado no centro do Recife, continua vivo. Pelo menos, através dos esforços de coletivos e movimentos da sociedade civil que lutam para mantê-lo ativo e ocupado. Este é o mote para o #PátioVive, uma edição especial da Terça Negra - tradicional evento que ocupava as terças-feiras do largo até que lhe fosse retirado o apoio do poder público para que acontecesse. A festa, nesta terça (21), reunirá artistas da cena da cultura afropernambucana como o Afoxé Ylê de Egbá e o grupo Raízes de Quilombo; além de representantes do hip hop como o 8.0.8 Crew, Negrita MC, Coletivo Boca no Trombone e o Batalha da Escadaria; e a performance Bicha Petra.

A iniciativa partiu da produtora independente Aqualtune, com apoio do projeto Som na Rural, coletivo Pátio Criativo, artistas e comerciantes do lugar. Segundo Lenne Ferreira, do Aqualtune, o objetivo do evento é mostrar a importância do Pátio de São Pedro enquanto símbolo da identidade negra e espaço de salvaguarda da história e cultura afropernambucanas: "É um lugar que precisa ser ocupado pelas famílias, com seus filhos. É nosso dever ir lá ocupar".

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O #PátioVive acontece a partir de uma força tarefa de seus idealizadores, artistas convidados e comerciantes do Pátio. Esses últimos juntaram-se para a compra de frutas para os grupos que se apresentarão no evento sem a cobrança de cachês. Segundo Lenne, a administração do Pátio de São Pedro foi procurada, para a autorização da festa, e disponibilizou a casa que funciona como camarim, localizada na entrada do largo, e se colocou responsável pela solicitação do aumento da segurança pública e banheiros químicos.

Promessa

Procurada pela reportagem do LeiaJá, em setembro de 2017, a Prefeitura da Cidade do Recife (PCR) afirmou retomar o apoio para a realização da Terça Negra no mês de novembro. À época, a PCR esclareceu, por meio de uma nota que, "após um hiato de alguns meses, motivado por dificuldades orçamentárias, a programação da Terça Negra, oferecida mensalmente com apoio da Prefeitura do Recife, será regularizada a partir de novembro, mês em que se celebra a Consciência Negra".

Apesar da promessa, nada foi feito até então. Segundo o produtor da Terça Negra, Demir Favela, foi levado à PCR um projeto para a realização de quatro terças, em novembro, porém, não houve resposta. "Não temos mais esperança de haver, neste ano, nenhuma edição da Terça Negra com o apoio da Prefeitura", afirmou. Procurada novamente, pelo Portal LeiaJá, para prestar esclarecimentos acerca do assunto, a Prefeitura do Recife não respondeu até o fechamento desta matéria.

Serviço 

#PátioVive

Terça (21) | 19h

Pátio de São Pedro (Centro do Recife)

Gratuito

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Na última terça-feira, por volta das 18h, o Pátio de São Pedro, no Bairro de Santo Antônio, região central do Recife, estava em silêncio. As mesas do único bar que insistiu em se manter aberto até aquele horário já iam sendo recolhidas, pois ninguém viria sentar nelas. Essa tem sido a rotina no largo da Igreja de São Pedro há algum tempo, pois o espaço, que já foi um dos mais movimentados da vida cultural da cidade, já não abriga eventos ou qualquer atrativo noturno. O Pátio não parece mais atraente para os recifenses.

"Se fosse há uns dois anos isso aqui ia estar cheio de gente. Ainda mais hoje, que é terça, e tinha a Terça Negra". A afirmação em tom de pesar  é de Roberto Carlos, garçom do bar que funciona na casa 48 do Pátio. Ele arrumava o estabelecimento para encerrar o expediente, em pleno 'happy hour', enquanto relembrava do período em que começou a trabalhar no local. Ele diz que com a ausência de eventos os clientes não aparecem, o que prejudica o faturamento e altera o próprio horário de funcionamento do bar. Roberto, que antes de trabalhar no lugar costumava ser um dos seus frequentadores nos momentos de lazer, sentencia: "Agora isso aqui está abandonado".

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O evento mencionado por Roberto, a Terça Negra, foi responsável por lotar o largo de São Pedro por 16 anos. A noite que reunia atrações da cultura afro, como maracatus, cocos, afoxés e grupos de hip hop, já chegou a colocar cerca de três mil pessoas no Pátio. A festa parou de ser realizada desde o Carnaval de 2017 por falta de apoio da Prefeitura do Recife. Demir da Hora, produtor da Terça Negra, conta ao LeiaJá que já recorreu ao poder municipal três vezes, desde então: "Não tem dinheiro! É essa a resposta que eles sempre dão".

Demir afirma que para a realização da Terça Negra não é necessária uma grande estrutura. Apenas de um aparato de som, dois funcionários da PCR durante o evento para sua organização e a utilização da casa de apoio do local, que serve de camarim para os artistas. Essa foi a ajuda oferecida pela prefeitura até o último Carnaval, quando aconteceu a derradeira edição da festa. "A Terça Negra era uma opção de diversão num dia atípico, a terça-feira. Sem contar na importância de um evento como esse para a cultura negra, que ganhou visibilidade e espaço", lamenta o produtor.

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Durante o dia, a situação no Pátio não é muito diferente. Alguns bares e restaurantes abrem as portas, mas são poucos os clientes. Em algumas casas, quatro, mais exatamente, equipamentos culturais da Prefeitura da Cidade do Recife (PCR) se mantêm à espera de visitantes, que precisam de algum esforço para identificá-los devido à ausência de indicações e placas. Atualmente, estão em funcionamento o anexo da Casa do Carnaval, o Núcleo de Cultura Afro, o Memorial Chico Science e Memorial Luiz Gonzaga e, em manutenção, segundo a assessoria da PCR, o Museu de Arte Popular, o Centro de Design do Recife e Mamam no Pátio.

Amor e resistência

Movidos por essas duas forças, a empreendedora Paula Santa, o jornalista Ronaldo Patrício e o consultor Zé Carvalho se uniram para movimentar o Pátio de São Pedro. Eles criaram o Pátio Criativo, um coletivo que, na casa 52 do largo, oferece brechó, oficinas de arte e eventos. O início dos trabalhos, em 2017, foi recebido com incredulidade pelos antigos comerciantes do local: "Eles diziam que estávamos loucos e que não ganharíamos dinheiro porque o Pátio está abandonado". Mas com espírito de resistência, o trio já realizou três edições do Fuá no Pátio, com artistas locais e a participação de todos os bares do entorno, que acabaram motivados a formarem também um coletivo para correr atrás da manutenção do espaço.

Paula conta que o espírito do coletivo é retomar a vida do Pátio, lugar cativo na memória afetiva dela e de seus companheiros de luta: "Ver o estado em que se encontra o Pátio hoje é triste. As pessoas chegam aqui sempre com saudosismo". Em setembro, o coletivo já tem agendado uma nova edição do Fuá no Pátio, para o último fim de semana do mês. Também está na pauta do coletivo articular uma audiência pública na Câmara dos Vereadores sobre o abandono do Pátio de São Pedro.

Poder público

Procurada pelo LeiaJá, a Prefeitura do Recife se manifestou sobre a situação atual do Pátio de São Pedro por meio de sua assessoria. Eles afirmaram que “todos os equipamentos, instalados em prédios históricos, estão passando por um processo de diagnóstico, reordenamento e avaliação para que a população continue dispondo de serviços culturais qualificados. A previsão é de que esse estudo seja concluído em breve.” E explicou a ausência de identificação no largo: “Por orientação da Diretoria de Preservação do Patrimônio Cultural (DPPC) não foram instaladas placas individuais para cada equipamento, a fim de preservar as características originais do conjunto arquitetônico do Pátio. Já existe uma nova proposta de sinalização sendo discutida pela Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer e DPPC para o pátio.”

Sobre a paralisação das atividades da Terça Negra, a Prefeitura diz que “após um hiato de alguns meses, motivado por dificuldades orçamentárias, a programação da Terça Negra, oferecida mensalmente com apoio da Prefeitura do Recife, será regularizada a partir de novembro, mês em que se celebra a Consciência Negra” e disse estar “permanentemente aberta para o diálogo com os comerciantes da área”.

Mangue beat e afoxé são os ritmos que irão imperar na próxima edição da Terça Negra, que será realizada no dia 4 de agosto. A festa será animada pela banda Conexão PE e pelos grupos de afoxés Obá Ayrá e Ará Omin.

No repertório, canções que fizeram sucesso na voz de Chico Science, como Maracatu Atômico e Manguetown. O evento é uma iniciativa do Movimento Negro Unificado, em parceria com a Prefeitura do Recife. A festa está marcada para as 20h, no Pátio de São Pedro.

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Serviço

Homenagem a Chico Science e Afoxé na Terça Negra

Terça (4) l 20h

Pátio de São Pedro (Bairro de São José – Recife)

Gratuito

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