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O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), o alemão Thomas Bach, desembarcou na manhã desta quarta-feira (27) no Aeroporto Internacional do Rio, e disse que tem "toda a confiança no Brasil", ao comentar os problemas que foram verificados nos apartamentos da Vila Olímpica, de luz, água e falhas de acabamento. Ele estava cercado por seguranças e deu rápida entrevista a jornalistas.

"Tem um problema ou outro pra resolver, e os brasileiros vão resolver. Já dá para sentir a energia olímpica no aeroporto e na cidade, os voluntários sorridentes. Estamos ansiosos. Os jogos serão excelentes, temos toda a confiança no Brasil. A expectativa é enorme. Os brasileiros têm paixão por esportes, têm alegria de viver. Temos arenas fantásticas. A atmosfera será ótima", afirmou Bach.

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Na tarde desta quarta, acompanhado do prefeito Eduardo Paes, ele visita o Boulevard Olímpico, onde serão realizados shows gratuitos pela prefeitura durante a Olimpíada, e no qual ficará a pira olímpica, o símbolo maior dos Jogos. A escultura que dá suporte à pira fica junto à igreja da Candelária, de frente para a Baía de Guanabara.

Ainda nesta quarta, Paes inaugura o Rio Media Center, centro de imprensa localizado perto do Comitê Rio-2016. Lá, concederá entrevista para jornalistas brasileiros e estrangeiros, na qual deve tratar dos últimos ajustes na Vila dos Atletas, entre outros assuntos. O ministro do Esporte, Leonardo Picciani, e o presidente da Autoridade Pública Olímpica, Marcelo Pedroso, vão participar também.

Mais tarde, Paes fará, na Vila dos Atletas, a entrega simbólica da chave do Rio a representantes da delegação da Austrália, tal qual faz no carnaval, quando o Rei Momo "recebe" a cidade. A chefe do grupo australiano, Kitty Chiller, criticou as instalações entregues, e foi respondida com deboche pelo prefeito. O mal-estar já foi contornado, e a entrega das chaves deverá "selar a paz" entre partes.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, declarou nesta terça-feira que ficaria "feliz" em ver a presidente afastada Dilma Rousseff nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e insistiu que o evento vai "além da política".

Segundo ele, a decisão de convidar ou não a presidente afastada será dos organizadores locais. "Mas o COI tem trabalhado muito bem com o governo de Dilma Rousseff e estamos trabalhando com a mesma cooperação e respeito com o presidente Michel Temer", disse.

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"Isso mostra que os Jogos vão além da política e que é um projeto que unifica o país ", afirmou Bach. "Eu ficaria feliz em ver Rousseff durante os Jogos ", disse o presidente do COI.

Temer, na semana passada, também apontou que não iria se opor à presença de Dilma na abertura dos Jogos, no dia 5 de agosto. Com o processo de impeachment da presidente ainda em andamentos, os dirigentes do COI admitem que esperam que a decisão final possa ocorrer antes do início do evento no Brasil.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, afirmou que ficou "satisfeito" com as garantias dadas pelo presidente interino do Brasil, Michel Temer, e que não teme que críticas de alguns governos estrangeiros contra o processo de impeachment sejam traduzidas em um boicote contra à Olimpíada no Rio de Janeiro. Os dois se falaram por telefone na última segunda-feira, no primeiro contato entre eles desde que Dilma Rousseff foi afastada da presidência do País.

"Presidente Temer foi muito claro, tanto em seu compromisso pessoal, como de seu governo de fazer tudo para que os Jogos sejam um êxito, não apenas ao Brasil mas para todo o movimento olímpico", disse Bach nesta quarta-feira, ao responder a uma pergunta do Estadão.com.

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"Horas depois de nossa conversa, ele tomou medidas ao chamar todos os ministros envolvidos para uma reunião", disse. "Isso é uma demonstração clara de determinação e responsabilidade", elogiou Bach.

O dirigente ainda apontou que foi convidado para encontrar com Temer em sua próxima viagem ao Brasil, em junho. No COI, fontes próxima ao presidente Bach apontam que a entidade passou "anos" ignorada pelo Palácio do Planalto e que foi apenas nos últimos meses do governo de Dilma Rousseff que Brasília passou a dar atenção aos Jogos.

"Ele me convidou para se reunir com ele em junho e discutir qualquer tipo de problemas", disse Bach. O alemão confirmou que, em resposta, disse a Temer que tem "total confiança no sucesso do evento".

Bach ainda deixou claro que não teme um boicote internacional contra o Brasil por conta do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Desde a semana passada, governos como os da Venezuela, de Cuba, da Bolívia, a chefia da Unasul e partidos de esquerda da Europa têm denunciado um "golpe de estado" promovido no País com o afastamento de Dilma.

"Não temo isso", disse Bach, questionado se esse movimento poderia ser traduzido em algum tipo de apelo a um boicote internacional ao evento. "Minha resposta é clara: não", insistiu.

O Estadão.com falou com o Comitê Olímpico da Venezuela que, por meio de sua assessoria, deixou claro que não tem a intenção de promover um boicote contra os Jogos do Rio. Mas admitiu que, se houvesse uma decisão, ela viria do governo.

No início da semana, o novo ministro dos Esportes, Leonardo Picciani, respondeu a um jornalista estrangeiro sobre o risco de um boicote apontando que esse tema estava sendo lidado pelo Itamaraty. Na Chancelaria, fontes de alto escalão negaram que esse seja um tema hoje.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, apontou vários pontos positivos na candidatura de Los Angeles aos Jogos de 2024 após visitar a cidade norte-americana. Mas se ele tem uma favorita entre as quatro concorrentes a sediar a competição internacional, ele fez questão de não revelá-la.

Bach elogiou a preparação e o profissionalismo da comissão de candidatura de Los Angeles, a chamando de uma forte equipe com uma proposta forte, e apontou uma disputa acirrada pelo direito de sediar o evento. "Nós temos uma competição fascinante pela frente", declarou.

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O presidente do COI visitou as instalações da Universidade da Califórnia em Los Angeles, incluindo uma passagem pelo Pauley Pavilion, a casa da equipa de basquete universitário da cidade. Antes, no último domingo, Bach e sua delegação foram ao Staples Center, onde assistiram ao jogo entre Los Angeles Lakers e Charlotte Hornets, pela NBA.

Além do prefeito de Los Angeles, Eric Garcetti, ele também foi acompanhado por grandes estrelas da história da Olimpíada, como o velocista Carl Lewis e a ginasta Nadia Comaneci.

Los Angeles enfrenta Roma, Paris e Budapeste pelo direito de sediar a Olimpíada de 2024. A cidade portuária alemã de Hamburgo deixou a disputa após a sua candidatura ser rejeitada em um referendo. O COI vai definir a sede em 2017.

A visita de Bach ocorreu cinco meses após Los Angeles ser escolhida a candidata dos Estados Unidos a sediar o evento internacional, após Boston deixar a disputa. Los Angeles organizou duas edições dos Jogos Olímpicos, em 1932 e 1984.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI) Thomas Bach disse que Lamine Diack, ex-presidente da Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês), levou seu esporte "para o abismo" ao extorquir dinheiro de atletas para encobrir casos de doping.

Em uma entrevista à revista esportiva alemã Kicker, Bach destacou o imenso desafio de limpar a imagem do atletismo, mas declarou que o novo presidente da IAAF, Sebastian Coe, tem dado os passos iniciais certos.

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A associação teve sua imagem profundamente abalada por acusações de doping com o consentimento do governo russo e de corrupção profundamente enraizada no coração da federação e centrada em Diack, que está enfrentando acusações criminais de corrupção na França.

"É realmente incompreensível que o presidente de uma federação internacional exija dinheiro de atletas para manipular resultados de exames antidoping", afirmou Bach. "É realmente um passo para o abismo".

A publicação da entrevista de Bach coincidiu com a divulgação de rumores de que a gigante alemã de material esportivo Adidas pode romper o seu acordo de patrocínio com a IAAF por causa dos escândalos de corrupção e doping. Oficialmente, a empresa disse, porém, que apenas está em "contato próximo com a IAAF para compreender mais sobre o seu processo de reforma".

Diack, que deixou o cargo de presidente da IAAF em agosto passado após 16 anos no comando da entidade, é um ex-membro do COI. Ele renunciou ao cargo de membro honorário em novembro, um dia depois de ser suspenso provisoriamente pelo comitê.

Bach disse que a IAAF sob Coe tem enviado os sinais corretos ao suspender a federação russa, entrar em contato com a Agência Mundial Antidoping e formar uma comissão para iniciar as reformas.

"Estas foram importantes e corretas medidas. Também é verdade que, como Sebastian Coe disse, a IAAF enfrenta uma longa estrada por causa da escalada dos problemas", afirmou Bach.

A suspensão da Federação Russa de Atletismo torna seus atletas inelegíveis para a Olimpíada do Rio. Bach disse que a política antidoping do COI é de "tolerância zero", significando que cada atleta, treinador, médico ou dirigente envolvido deve ser punido, mas que "atletas limpos têm de ser protegidos".

Para Bach, a liderança recém-eleita para a federação russa é "um sinal forte" de prontidão para intensificar o processo de limpeza. "A IAAF agora tem que ver que progresso foi feito e se ou quando essa suspensão pode ser anulada", declarou o presidente do COI.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, divulgou nesta quarta-feira uma mensagem de ano novo em que garante estar confiante que o Rio organizará com êxito os Jogos de 2016 - a primeira edição de uma Olimpíada na América do Sul -, apesar dos problemas enfrentados pelo Brasil.

"Em agosto, o mundo se reunirá no Rio de Janeiro para os primeiros Jogos Olímpicos na América do Sul. Estou confiante de que o Brasil vai saudar entusiasticamente o mundo com a sua alegria de vida e sua paixão pelo esporte", escreveu o dirigente.

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O Rio se prepara para receber para a Olimpíada em meio a pior recessão do Brasil em décadas, a um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff e a um amplo escândalo de corrupção centrado na gigante petrolífera estatal Petrobrás. Bach reconhece esses desafios, mas aposta que o País vai superá-los.

"Sabemos que a situação econômica e política atual no Brasil fará com que os próximos meses de preparativos finais sejam mais desafiadores, mas junto com o grande apoio dos cariocas e do povo brasileiro, os organizadores podem contar com a solidariedade de toda a família olímpica para fazer dos Jogos um sucesso", afirmou Bach. "Os Jogos Olímpicos vão trazer ao mundo uma mensagem de esperança e alegria nos momentos difíceis", acrescentou.

Bach também alertou para que as organizações esportivas devem trabalhar mais do que nunca em 2016 para limpar o esporte após um ano marcado pela corrupção e escândalos de doping que mancharam o movimento olímpico. O dirigente declarou que o mundo olímpico deve viver de acordo com as expectativas do público de integridade e aceitar o chamado de "mudar ou ser mudado".

"É preciso olhar para os acontecimentos ao longo dos últimos 12 meses e perceber que esta mensagem é ainda mais urgente hoje para salvaguardar a credibilidade das organizações esportivas e para proteger os atletas limpos", disse Bach. "Sem dúvida, os recentes acontecimentos em alguns esportes lançam uma sombra em todo o mundo esportivo"

Embora Bach não tenha citado nenhum esporte, está claro que ele se refere ao escândalo de corrupção na Fifa, que gere o futebol, e também aos casos de suborno e encobrimento de doping envolvendo a Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês) e a Rússia.

"É nossa responsabilidade no movimento olímpico fornecer novas respostas para novas perguntas", declarou Bach, notando a crescente demanda do público por comportamento ético dos atletas e das entidades esportivas.

A Fifa tenta superar um escândalo de corrupção que levou à prisão de dezenas de autoridades do futebol e de empresa de marketing. Além disso, Joseph Blatter, presidente da Fifa e ex-membro do COI, e Michel Platini, presidente da Uefa, foram suspensos por oito anos.

A Federação de Atletismo da Rússia foi suspensa após um relatório da Agência Mundial Antidoping apontar a existência de um esquema generalizado de doping, apoiado pelo Estado. Com a punição, o atletismo russo pode ficar fora da Olimpíada do Rio.

Ex-presidente da IAAF, Lamine Diack, foi detido e acusado pelas autoridades da França de corrupção e lavagem de dinheiro, decorrentes de acusações de que ele recebeu dinheiro para encobrir testes positivos para doping da Rússia.

O COI passou por seu próprio grande escândalo de corrupção no final da década de 1990, com dez membros sendo afastados após receberem dinheiro e outros favores da vitoriosa candidatura de Salt Lake City para sediar os Jogos de Inverno de 2002.

Bach disse que federações esportivas e comitês olímpicos nacionais devem implementar a "Agenda Olímpica 2020" do COI, programa de reformas, aprovado no ano passado, e aplicar as regras de boa governança.

Ele observou que o COI propôs a retirada do controle de doping das mãos de organizações esportivas para tornar o sistema mais independente e crível. O comitê quer um sistema antidoping independente para os Jogos de Inverno de Pyeongchang, na Coreia do Sul, em 2018. "Estamos convencidos de que todas estas mudanças são necessárias para proteger melhor os atletas limpos e aprimorar a integridade do esporte", disse Bach.

O presidente Comitê Olímpico Internacional (COI), o alemão Thomas Bach, expressou neste domingo a sua confiança na capacidade das autoridades brasileiras de protegerem os Jogos Olímpicos do próximo ano, no Rio. A declaração foi feita dois dias depois do atentado terrorista matar mais de 120 pessoas em Paris - um dos seis alvos de ataque do Estado Islâmico foi o Stade de France, onde jogavam França e Alemanha.

"Confiamos nas autoridades brasileiras e na cooperação internacional de suas agências de seguranças", declarou. "Estou seguro que todos esses serviços internacionais farão todos os esforços para proteger os Jogos Olímpicos desse tipo de ataque", prosseguiu.

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A segurança será o principal assunto da pauta de discussão na reunião que haverá no Rio nos próximos dias entre membros do COI e o governo local. "O COI não é uma agência de segurança. Essa é uma função da polícia e das forças de segurança do país anfitrião em cooperação com os serviços internacionais".

O COI tem preocupação redobrada com a segurança dos atletas desde os Jogos Olímpicos de Munique, na Alemanha, em 1972, quando 11 esportistas e treinadores israelenses foram assassinados por palestinos que invadiram a vila olímpica.

Paris, que sofreu o atentado terrorista na última sexta-feira, é candidata aos Jogos Olímpicos de 2024. A capital francesa já abrigou o principal evento esportivo do mundo em 1924. A definição será anunciada pelo COI em setembro de 2017. "É uma competição que acontecerá daqui nove anos. O terrorismo é internacional. E o terrorismo, também, não está restrito a eventos esportivos. Pudemos ver em Paris tristemente que afetou todo tipo de localidade".

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, acredita que a Rússia dará os passos necessários para cumprir as normais mundiais contra o doping a tempo para que seus atletas possam competir nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016.

O dirigente falou sobre o assunto nesta quarta-feira em uma entrevista a um canal de TV da Nova Zelândia, em que se negou a entrar no debate sobre se o COI deverá ou não apoiar os pedidos para que a equipe de atletismo russa seja excluída da próxima Olimpíada, como recomendou uma comissão da Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês). A entidade antidoping disse ter encontrado evidências de fraudes patrocinadas até pelo governo russo para acobertar atletas dopados.

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O assunto, que Bach descreveu como "uma falha de um país", está agora nas mãos da Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF, na sua sigla em inglês), indicou o dirigente. "A federação internacional chegará a sua conclusão e tomará as medidas necessárias. Estamos convencidos de que o novo presidente (da IAAF), Sebastian Coe, cooperará para fazer progressos e assegurar que o atletismo russo cumpra com a Wada, e isso é o que fará para participar dos Jogos Olímpicos", disse.

A comissão independente da Wada pediu que se suspenda a Federação Russa de Atletismo, citando provas de corrupção e conivência das autoridades da Rússia para encobrir resultados positivos em testes antidoping. A comissão indicou que apenas deveriam permitir que os atletas do país voltem a competir uma vez que cumpram por inteiro com as obrigações do Código Mundial Antidoping.

Quando questionado sobre se os atletas russos deveriam ser vetados dos Jogos do Rio, Bach afirmou: "Não especularei sobre isso. Agora temos esta investigação sobre atletismo". O dirigente ainda se negou a se pronunciar se os crimes identificados na Rússia fazem parte de uma rede de corrupção muito maior existente hoje no atletismo mundial. "De novo, isso é especulação. Não devemos colocar os atletas limpos sob suspeita", completou.

Bach, por sua vez, ressaltou ter a "confiança no laboratório da Wada como agora tem confiança do relatório da comissão da Wada", embora tenha evitado apontar os russos como vilões deste caso. "Obviamente temos uma falha em um país e, talvez, em uma federação internacional que se juntam, mas não devemos duvidar que a Wada, o COI e muitas federações internacionais estabeleceram uma rede muito estreita de medidas contra o doping", enfatizou.

O COI também pediu para a IAAF começar a implementar medidas disciplinares contra atletas russos, técnicos e empresários acusados de envolvimento com doping no último relatório divulgado pela Wada. "Temos deixado claro que uma vez que recebamos informações relevantes da IAAF, retiraremos e redistribuiremos medalhas em referência a aos atletas russos que possa ter se dopado", afirmou, para depois completar: "Também temos deixado claro que, se autoridades ou treinador participaram (de esquemas de doping), serão expulsos de Jogos (Olímpicos) futuros".

EX-PRESIDENTE DA IAAF RENUNCIA A POSTO NO COI - Bach também destacou que o COI suspendeu de forma provisória o presidente da IAAF Lamine Diack como membro honorário da máxima entidade olímpica. O senegalês está enfrentando uma investigação penal na França, sob acusação de corrupção e lavagem de dinheiro, sendo que ele é acusado de aceitar suborno para acobertar resultados positivos de exames antidoping de atletas russos.

E, após saber da sua suspensão, Diack resolveu renunciar de vez, nesta quarta-feira, ao posto de membro honorário do COI, fato que deverá livrar o dirigente de uma investigação por parte do Comitê de Ética do COI.

Caso semelhante ao de Diack ocorreu em 2011 com o brasileiro João Havelange, ex-presidente da Fifa e que iria ser punido pelo COI, do qual também era membro honorário. Investigado por supostos subornos em sua atuação como dirigente, Havelange acabou se convertendo em uma "pessoa privada", como definiu o então presidente do COI, o belga Jacques Rogge, segundo o qual a investigação da entidade olímpica perdeu seu sentido após a renúncia do brasileiro ao seu posto.

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, deixou de ser membro do Comitê Olímpico Internacional (COI) nesta segunda-feira, após não se apresentar para reeleição ao cargo. Blatter fazia parte de um grupo de membros do COI que poderia buscar um novo mandato de oito anos. Mas o presidente do comitê, Thomas Bach, disse que Blatter lhe havia informado por carta, em 23 de julho, que não iria se candidatar.

"Não lhe parece apropriado se apresentar à reeleição por oito anos sabendo que depois de sete meses seu mandato chegaria ao fim", disse Bach no último dia da Assembleia Geral do COI em Kuala Lumpur.

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Acossado por um escândalo de corrupção na Fifa, Blatter será substituído no seu cargo no comando do organismo gestor do futebol mundial após a eleição marcada para 26 de fevereiro. O dirigente não compareceu ao encontro do COI em Kuala Lumpur.

Blatter, membro do COI desde 1999, teria que deixar o seu cargo no próximo ano, porque vai completar 80 anos em março. Outros dois membros não foram reeleitos em razão da restrição por idade. São os casos do colombiano Andrés Botero e do ex-presidente da Federação Internacional de Tiro com Arco, o norte-americano Jim Easton.

A saída de Easton deixa o COI com apenas três membros dos Estados Unidos: o presidente do Comitê Olímpico Norte-Americano, Larry Probst, além de Anita DeFrantz e Angela Ruggiero.

Por outro lado, 14 membros do comitê foram reeleitos para mandatos de oito anos e a sueca Gunilla Lindberg foi reeleita para outros quatro anos no comitê executivo do COI. Também foram eleitos dois novos membros: o sérvio Nenad Lalovic, que dirige o órgão gestor da luta, e Diagna Ndiaye, presidente do Comitê Olímpico de Senegal.

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O presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, "cutucou" a Fifa e seus dirigentes nesta quinta-feira em seu discurso de abertura da reunião do COI, realizada em Kuala Lumpur. Bach cobrou credibilidade das entidades esportivas e afirmou que é preciso fazer mais do que falar.

"Precisamos demonstrar de fato que estamos fazendo a caminhada e não apenas falando sobre isso", declarou o dirigente, sem citar a Fifa, alvo de recente escândalo de corrupção. "Estes são tempos difíceis para o esporte, como demonstraram claramente os recentes acontecimentos em outras organizadores esportivas."

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No fim de maio, às vésperas da eleição da Fifa, sete dirigentes da entidade que comanda o futebol mundial foram presos em Zurique, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin. Acusados de corrupção, eles podem ser extraditados nas próximas semanas para os Estados Unidos, que lideram a investigação. Autoridades suíças também apuram denúncias de irregularidades na gestão da Fifa e no processo de escolha das Copas de 2018, na Rússia, e 2022, no Catar.

Para Bach, entidades como a Fifa devem resgatar sua credibilidade a partir de ações mais transparentes. "As pessoas hoje em dia exigem maior transparência e querem ver mais ações concretas que mostrem que estamos vivendo de acordo com nossos valores e nossa responsabilidade", declarou o presidente do COI.

O dirigente citou a própria entidade como exemplo de superação e resgate de imagem, após o episódio de corrupção no caso Salt Lake City. Em 1998, surgiram denúncias de que dirigentes do COI teriam recebido suborno para escolher a cidade norte-americana como sede dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2002. O episódio causou a expulsão ou renúncia de 10 membros do COI.

"Sabemos, a partir da nossa própria história, que a reconstrução da credibilidade leva tempo. Implementar as melhores práticas, como boa governança e transparência, não acontece da noite para o dia", comentou Bach. "Colocar estas ações em prática não é um processo fácil. Mas nós vemos claramente hoje como estas reformas funcionaram para nossa organização."

O presidente do COI não comentou a ausência de Blatter na reunião em Kuala Lumpur. O presidente da Fifa, que deixará o cargo em fevereiro de 2016, é membro da entidade olímpica. Neste encontro, os membros do COI vão decidir nesta sexta-feira a sede da futura Olimpíada de Inverno de 2022. Pequim, na China, e Almaty, no Casaquistão, são os finalistas na disputa.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, afirmou nesta segunda-feira que a Fifa precisa se submeter a mudanças "dolorosas" se quiser superar a atual crise. A entidade máxima do futebol vive difícil momento desde que investigação liderada pelos Estados Unidos prendeu sete cartolas, há cerca de duas semanas.

Bach tentou se esquivar das perguntas sobre a Fifa durante reunião do Comitê Executivo do COI, nesta segunda, em Lausanne. "Não cabe ao COI dar conselhos", desconversou, antes de comentar o momento da Fifa, ao mencionar episódio vivido pelo COI no fim dos anos 90.

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Denúncias de corrupção causaram a saída de dez membros do COI naquela época sob suspeita de receberem propina para votar em Salt Lake como sede dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2002. No caso da Fifa, parte do escândalo se refere à acusação de pagamento de suborno aos membros do Comitê Executivo durante processo de escolha das sedes dos Mundiais de 1998, 2010, 2018 e 2022.

"Nós também temos experiência neste assunto. Colocar tudo às claras pode ser uma experiência dolorosa, mas é absolutamente necessário fazer isso, como vimos em nossa própria história", declarou Bach, em conselho direto ao presidente da Fifa, Joseph Blatter, que vai deixar o cargo no fim do ano, em razão das investigações dos Estados Unidos.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, descartou a possibilidade de a Índia sediar os Jogos Olímpicos de 2024. O dirigente avaliou que o país não está pronto para tal responsabilidade e afastou os rumores levantados pela própria imprensa indiana de que os governantes locais estariam se movimentando para lançar a candidatura para receber o evento.

"Francamente, nós ficamos um pouco surpresos com essa especulação (de uma possível candidatura indiana)", declarou Bach nesta segunda-feira (27), em entrevista coletiva após se encontrar com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi. "Por diferentes razões, nós acreditamos que seria muito prematuro para a Índia ter sucesso na Olimpíada de 2024."

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De acordo com informações divulgadas por veículos de imprensa locais, a Índia estaria planejando lançar a candidatura de Nova Délhi ou de Ahmedabad, maior cidade do estado natal de Modi, chamado Gujarat. Bach admitiu que o primeiro-ministro demonstrou o desejo de receber o evento e disse que isto poderá acontecer no futuro, mas não em 2024.

"Nós ficamos felizes de ver que o primeiro-ministro esteja compartilhando esse sentimento, que ele esteja mirando seriamente uma candidatura olímpica", comentou o presidente do COI. "No entanto, ele quer estar bem preparado e nós temos toda a perícia. Foi uma opinião compartilhada por nós."

A possibilidade de uma candidatura indiana para 2024 pareceu remota depois que a organização dos Jogos da Commonwealth de 2010 por Nova Délhi recebeu severas críticas por conta dos atrasos nas obras e escândalos de corrupção. Assim, Roma, Boston e Hamburgo são os postulantes declarados a receber a Olimpíada de 2024. Paris também pode se juntar à disputa.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, disse que está "muito satisfeito" com os avanços das obras para a Olimpíada de 2016. O dirigente está no Brasil participando da oitava visita da Comissão de Coordenação para os Jogos Olímpicos (Cocom) e para a reunião do Comitê Executivo do COI.

Bach deu a breve declaração na manhã desta terça-feira na saída de um hotel na zona sul do Rio, onde está acontecendo a série de reuniões entre integrantes do COI, do Comitê Rio e autoridades públicas. "Estou muito satisfeito (com o progresso). Agora estou indo a Brasília", declarou, sucinto. O dirigente tem reunião marcada com a presidente Dilma Rousseff às 15h.

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Nesta terça-feira, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, e o prefeito da capital, Eduardo Paes, participaram mais uma vez dos encontros da Cocom. Pezão ficou pouco mais de 30 minutos e saiu antes da comitiva do COI. Já o prefeito participa de uma série de reuniões até o fim da manhã.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou, nesta quarta-feira (14), que criou um fundo de US$ 300 mil (aproximadamente R$ 660 mil) para ajudar atletas ucranianos. O clima de instabilidade política, depois do presidente Viktor Yanukovich ser afastado do cargo em fevereiro, ainda afeta os desportistas.

O presidente da entidade, Thomas Bach, disse acompanhar a situação com grande atenção e "crescente preocupação". Em um comunicado, o dirigente do COI declarou que "a situação dos atletas ucranianos tem deteriorado-se dramaticamente".

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"Eu repito o apelo feito em Sochi (durante os Jogos de Inverno deste ano) para todos os líderes políticos envolvidos para que entrem em diálogo pelo espírito olímpico de respeito mútuo e paz", afirmou o dirigente. "O fundo que criamos é para ser usado em benefício dos atletas ucranianos, pelo comitê nacional do país, com os objetivos de auxiliar em treinos e competições", explicou.

Bach lamentou que desde os Jogos de Sochi, na Rússia, a situação política da Ucrânia tenha piorado. Por isso, o COI analisou que a criação de um fundo era uma atitude emergencial para ajudar atletas locais a minimizar os problemas. Na última edição da Olimpíada de Inverno os ucranianos ficaram no 20º lugar no quadro de medalhas, com um ouro e um bronze conquistados.

O novo presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, ameaçou neste sábado expulsar a Índia do movimento olímpico. O país poderá ser excluído das próximas edições dos Jogos Olímpicos se não se adequar às regras éticas determinadas pela entidade mundial.

De acordo com Bach, o COI está pronto para retirar o reconhecimento oficial da Associação Olímpica da Índia caso a entidade não se adapte às "regras de boa governança", que prega, entre outros conceitos, maior transparência nas decisões.

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A Associação Olímpica da Índia, já está sob suspensão, vai tentar reverter sua situação em uma reunião com o COI neste domingo. Para Bach, o encontro será um ultimato para os indianos. Se a entidade nacional não ceder, será desfiliada do movimento olímpico internacional.

"Precisamos ser rígidos para termos certeza de que as regras de boa governança serão aplicadas", afirmou o presidente do COI. Se a punição se confirmar, será a primeira vez que um país será excluído do movimento olímpico desde o veto à África do Sul durante os anos do Apartheid.

Eleito novo presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), em setembro, o alemão Thomas Bach anunciou nesta quarta-feira (4) que vai visitar o Rio de Janeiro, sede da próxima edição da Olimpíada, nos "próximos meses".

Bach não especificou a data da viagem, mas alertou o comitê organizador de que "não há tempo a perder" na preparação da capital fluminense para receber os Jogos. O dirigente quer "garantir a cooperação" entre a organização local e os governos do município, do estado e do país.

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Preocupado com os atrasos na preparação do grande evento, o presidente do COI avisou que pretende demonstrar seu apoio aos brasileiros pessoalmente. "Eu quero mostrar que o novo presidente está dando suporte aos Jogos Olímpicos e que nós estamos todos completamente comprometidos com o sucesso do evento", declarou Bach.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, disse que é "difícil" aceitar que uma medalha de ouro conquistada por Jesse Owens nos Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936, será leiloada e, possivelmente, acabará sendo comprada por um colecionador particular. A medalha, uma das quatro de ouro que Owens ganhou na Olimpíada de Berlim, à frente de Adolf Hitler, é "uma parte do patrimônio mundial", afirmou o dirigente, nesta quarta-feira.

"(Tem) Uma importância muito além das conquistas esportivas de Jesse Owens, faz parte da história do mundo", disse o presidente do COI, em uma entrevista durante uma conferência antidoping na África do Sul. "Colocar isso em um leilão é para mim uma decisão muito difícil (de aceitar)".

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O Comitê Olímpico Internacional não vai intervir na venda. A SCP Auctions disse que a medalha pode receber lances de mais de US$ 1 milhão (aproximadamente R$ 2,3 milhões) quando o leilão for aberto, ainda neste mês.

De acordo com a casa de leilões, Owens deu a medalha para um amigo, a estrela de cinema Bill "Bojangles" Robinson por ajudar o atleta a encontrar trabalho na indústria do entretenimento depois que voltou da Alemanha. Ele está sendo vendido pelo espólio do falecida viúva de Robinson.

A SCP Auctions confirmou que a medalha é genuína. O paradeiro das outras três medalhas de ouro originais é desconhecido. Owens recebeu um conjunto de medalhas substitutas, que agora fazem parte de uma exposição na Universidade Estadual de Ohio, onde ele estudou.

Na Olimpíada de 1936, Owens ganhou o ouro nos 100 metros, 200 metros, revezamento 4x100 metros e salto em distância, em alguns dos principais momentos da história olímpica. Ele morreu em 1980.

Eleito presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI) na última terça-feira, Thomas Bach já começou a tornar mais claro os seus planos para a sua gestão. Nesta quarta-feira, o dirigente revelou o seu desejo de mudar o processo de escolha das futuras sedes dos Jogos Olímpicos.

Em um comentário que pode ser visto como uma referências à insatisfação no Brasil com os grandes custos das duas competições esportivas serão organizados pelo país nos próximos anos - a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016, no Rio - Bach disse que as populações de potenciais cidades-sede devem "fazer parte da candidatura em um estágio muito cedo" para "garantir maior participação e apoio".

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Bach acrescentou acreditar que o atual sistema de licitação pede "muito, demasiado cedo" e leve a previsibilidade, ao invés da criatividade. "Nós nos aproximamos de cidades potenciais candidatos, como você se fosse um negócio, como uma licitação por uma franquia. Todos os livros de candidaturas são escritos pelas mesmas pessoas em todo o mundo, você tem as mesmas respostas", disse.

"Eu gostaria de tentar mudar essa mentalidade um pouco, pensando na candidatura como um convite. Eu quero convidar potenciais candidatos para estudar como os Jogos Olímpicos se encaixariam em sua cidade a longo prazo e no desenvolvimento regional e nacional, e como poderia contribuir para o desenvolvimento sustentável".

No sábado, Tóquio foi escolhida para sediar os Jogos Olímpicos de 2020, derrotando as candidaturas de Istambul e Madri. A capital espanhola foi alvo de críticas de que realizar o evento seria uma prioridades equivocada, pois o país está em recessão e com alta taxa de desemprego.

O governo japonês enfrentou críticas semelhantes, sob a ideia de que deveria concentrar-se na resolução da crise nuclear de Fukushima, ao invés de gastar bilhões de dólares na Olimpíada. Por sua vez, os Jogos de Inverno de 2014, em Sochi, na Rússia, devem provocar gastos de mais de US$ 50 bilhões, o que o tornaria a Olimpíada mais cara de todos os tempos.

Eleito presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI) nesta terça-feira, o alemão Thomas Bach prometeu em seu primeiro pronunciamento oficial que a sua gestão será baseada na humildade e "na unidade e diversidade", o lema da sua vitoriosa campanha, consagrada na 125ª Sessão do COI, realizada em Buenos Aires.

Na eleição, Bach confirmou o seu favoritismo e venceu a disputa logo na segunda rodada de votação, quando recebeu o apoio de 49 membros do COI, superando o porto-riquenho Richard Carrion, que teve 29 votos, o cingapuriano Ng Ser Miang, com seis, o suíço Denis Oswald, com cinco, e o ucraniano Sergei Bubka, com quatro - o taiwanês C.K. Wu foi eliminado logo na primeira votação.

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"Quero ser um presidente para todos vocês. Isto quer dizer que farei meu melhor esforço para equilibrar assim os diferentes interesses das partes interessadas no movimento olímpico", disse Bach, que em outros discursos públicos anteriores defendeu a realização de uma edição da Olimpíada na África, o que nunca aconteceu.

Bach, de 59 anos, conquistou uma medalha de ouro na esgrima na Olimpíada de 1976, em Montreal, e chega ao comando do COI após longa experiência na entidade, em que era um dos vice-presidentes de Jacques Rogge desde 2006. "Espero poder contar com seus conselhos", disse a Rogge. "Você está deixando um grande legado e uma forte base sobre a qual todos juntos podemos seguir construindo o futuro do COI".

No seu mandato, Bach terá que lidar com os atrasos da organização da Olimpíada de 2016, no Rio, mas, em um primeiro momento, tentou encarar a situação com otimismo. "Vamos trabalhar em estreita colaboração com as autoridades brasileiras e o comitê organizador para fazer do Rio um sucesso. E eu já estou ansioso para ver os Jogos emocionantes e bem-sucedidos no Rio", disse.

Mas o primeiro desafio do nono presidente do COI será lidar com a organização da Olimpíada de Inverno de Sochi, marcada para fevereiro de 2014, e lidar com a repercussão negativa da legislação antigay da Rússia. "O primeiro desafio será o de celebrar, mas também temos que organizar os Jogos de Inverno de Sochi. Temos que nos preparar bem e estou certo de que os Jogos serão um êxito", comentou.

O ex-esgrimista alemão Thomas Bach é o novo presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI). Ele foi eleito nesta terça-feira pelos integrantes do comitê da entidade durante uma reunião na capital argentina, derrotando outros cinco candidatos. Advogado de 59 anos, Bach ocupa a vice-presidência do COI há 13 anos e é presidente do Comitê Olímpico Alemão. Neste novo posto, o primeiro desafio de Bach serão os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016.

Medalha de ouro na Olimpíada de Montreal, em 1976, Bach preparou-se para este cargo durante esta última metade de sua vida, escalando postos dentro da organização encarregada por organizar os Jogos Olímpicos.

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O novo presidente sucederá o belga Jacques Rogge, que na semana passada declarou que havia sido "divertido" exercer a presidência do COI, embora tenha lamentado pouco "tempo disponível para dormir" nestes últimos 12 anos de sua gestão.

Bach foi presidente da Câmara de Indústria e Comércio Árabe-Alemã, entidade que lhe deu acesso aos xeques árabes, que constituem desde a virada do século um dos principais investidores em esportes no mundo. Graças a estes vínculos forjou uma sólida amizade com o xeque Ahmed Al-Sabah, do Kuwait, que presidente o influente Conselho Olímpico Asiático. Bach, que é membro do COI desde 1981, contou com dois fortes padrinhos no início da carreira: Horst Drassler, fundador da Adidas, e Juan Antonio Samaranch, presidente do COI na época.

Apesar da influência que possui, Bach sofreu uma derrota política recentemente ao não conseguir emplacar Munique como a sede dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2018.

Em sua campanha para chegar à presidência do COI, Bach usou o slogan "unidade na pluralidade" e defendeu a realização de Jogos na África, continente que nunca foi anfitrião deste evento esportivo mundial.

DERROTADOS - O principal rival de Bach nesta disputa foi o porto-riquenho Richard Carrión, especialista em contabilidade e do business olímpico que comanda o Departamento de Auditorias do COI.

Carrión, presidente do Banco Popular de Puerto Rico e diretor da Reserva Federal de Nova York, que também é membro da Federação Internacional de Basquete desde 2010, apresentou-se como a alternativa "administrativa" de sucesso, já que ele ostenta o trunfo de ter negociado, em 2002, - e conseguido - o contrato dos direitos de transmissão com a rede de TV americana NBC pelo valor de US$ 4,3 bilhões até 2020. No total, deste que está no cargo, Carrión negociou um total de US$ 8 bilhões em contratos de TV.

O porto-riquenho era encarado como o homem que poderia garantir estabilidade econômica ao COI nestes tempos de crise mundial. Os ingressos conseguidos por Carrión superam todos os níveis anteriores da história do comitê.

Carrión não tem "pedigree" de atleta, já que nunca praticou esporte algum como competidor olímpico. No entanto, ele expressa preocupação pelo limite de 28 esportes para os Jogos. Mas concorda com o limite de 10.500 atletas que participam em cada Olimpíada.

Outro rival nesta disputa pela presidência do COI foi o ucraniano Sergei Bubka, atleta do salto com vara, que conquistou a medalha de ouro nos Jogos de Seul em 1988 e quebrou recordes mundiais por 35 vezes. Figura mais respeitada entre os atletas, é membro honorário da Comissão de Atletas do COI. Presidente do Comitê Olímpico craniano, ele era o candidato mais jovem, com 49 anos.

A lista de aspirantes à presidência do COI também foi integrada pelo suíço Denis Oswald, que contava com a experiência de ter comandado durante longo tempo a Federação Internacional de Remo e a Associação de Federações Olímpicas de Verão.

Na segunda-feira, Oswald causou polêmica ao declarar a uma rádio da Suíça que Bach "utilizava sua posição de vantagem" para realizar seus próprios negócios. O porta-voz do COI, Mark Adams, tentou colocar panos quentes: "Entendo que (Oswald) disse algo mais do que queria dizer. E ele foi relembrado das normas de conduta para uma eleição".

Na lista de candidatos também estava o arquiteto taiwanês Ching Kuo Wu, de 66 anos, presidente da Associação Mundial de Boxe amador. Entre os seis candidatos, ele era o mais antigo membro do COI. Ele também era o candidato que mais insistiu na defesa dos direitos humanos por intermédio do comitê. Já o diplomata Ng Ser Miang, de Cingapura, era o candidato preferido dos países do extremo oriente.

CONSERVADOR - Os especialistas afirmam que o COI é marcado pelo conservadorismo, já que seus presidentes são renovados com pouca frequência. Em 119 anos de História, desde sua fundação pelo barão de Coubertin em 1894, o COI teve, até Jaques Rogge, um total de oito presidentes. A ONU também teve oito secretários-gerais, embora isso tenha ocorrido em menos da metade do tempo (51 anos).

O novo presidente do COI, que terá um mandato de oito anos, renovável por outros quatro, se deparará com uma série de desafios, entre os quais o combate ao doping, a revisão do programa esportivo, além da consolidação dos Jogos da Juventude, criados há poucos anos. Outro dos desafios é tentar realizar os Jogos Olímpicos na África, continente que nunca contou com esse evento esportivo mundial.

O COI teve como presidentes, desde sua fundação, o grego Dimitrios Vikelas (1894-1896), o francês Pierre de Coubertin (1896-1925), o belga Baillet-Latour (1925-1942), o sueco Johannes Sigfrid Edström (1946-1952), o norte-americano Avery Brundage (1952-1972), o irlandês Michael Morris Killanin (1972-1980), o espanhol Juan Antonio Samaranch (1980-2001) e o belga Jacques Rogge (2001-2013).

Do total de presidentes somente um (Brundage) não era do Velho Continente, sendo que o COI também nunca foi comandado por um asiático.

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