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Meio milhão de pessoas protestaram neste domingo (4) nas ruas de Varsóvia contra o governo nacionalista populista, a poucos meses das eleições legislativas, de acordo com números divulgados pelas autoridades municipais.

"A prefeitura calcula (a participação) em 500.000 neste momento", declarou à AFP Jan Gabriec, porta-voz dos organizadores da grande passeata, que parece ser a maior realizada desde a queda do comunismo.

A multidão saiu às ruas de Varsóvia neste domingo, convocada pela oposição, para a "maior manifestação em 30 anos", segundo os organizadores, que esperavam 300.000 pessoas.

Procedentes de toda a Polônia, os manifestantes, com bandeiras com as cores polonesas e da União Europeia (UE), responderam a convocação do líder do principal partido de oposição centrista (Plataforma Cívica, PO), do ex-presidente do Conselho Europeu Donald Tusk, para protestar contra "o custo de vida, o golpe e a mentira, e a favor da democracia, eleições livres e da UE".

Em um breve discurso, Tusk destacou que a missão da oposição é de "importância comparável" a das dos anos 1980 e à luta contra o comunismo na época.

A manifestação coincidiu com o 34º aniversário das primeiras eleições parcialmente livres na Polônia, que aceleraram queda do comunismo na Europa.

Um filme inédito rodado em 1941 por um cineasta amador polonês no gueto judeu de Varsóvia foi exibido pela primeira vez na capital polonesa.

Até agora só eram conhecidos filmes rodados no gueto pela propaganda nazista.

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Mas o cineasta polonês-canadense Eric Bednarski conseguiu, com seus pais, o valioso filme, que sua família conservou por mais de 70 anos.

Com 10 minutos de imagens em preto e branco, filmadas em 8mm, ele criou um documentário de 70 minutos com o título "Warszawa - miasto podzielone" ("Varsóvia - cidade dividida").

Exibido no 16º Festival Docs Against Gravity, o filme conta a história do gueto.

Também aborda a irracional visão arquitetônica que os nazistas conceberam para Varsóvia e o que se tornou o local.

- Tráfico de alimentos -

"Vemos a vida cotidiana no coração do gueto, as multidões nas ruas, os edifício em ruínas, as crianças que traficam alimentos do lado ariano para o lado judeu, crianças desesperadas, que morrem de fome enquanto tentam obter comida através dos buracos no muro", explica Bednarski.

Um ano depois da invasão da Polônia em setembro de 1939, os alemães criaram um bairro para os judeus na capital.

Quase 480.000 pessoas foram levadas para o gueto, onde sofreram com a fome e as doenças. Os nazistas deportaram 300.000 para as câmaras de gás do campo de concentração de Treblinka, a 80 km de Varsóvia.

Em 1941, Alfons Ziolkowski, que tinha 30 anos, cineasta amador e empresário antes da guerra, com um salvo-conduto, entrou no gueto para documentar a realidade e arriscar sua vida.

Naquele momento as cenas ainda estavam longe do terror dos últimos dias, quando os corpos ficavam empilhados nas ruas, às vésperas da liquidação do gueto em 1943.

A visão de um corpo em uma calçada enquanto pessoas vestidas de modo elegante caminham, no entanto, é um vislumbre do drama. As imagens mostram os muros construídos para dividir a cidade e os bondes em circulação.

Algumas imagens foram rodadas com a câmera oculta em um carro. Mas outras foram registradas ao ar livre, as pessoas olham diretamente para câmera e sabem que estão sendo filmadas, explicou Bednarski no Museu Judaico Polin, onde o filme foi exibido.

"Isto significa que Ziolkowski correu o o risco de sair do carro e filmou abertamente, expondo-se a ser visto pela polícia", disse.

"Ele era um campeão de rali e sem dúvida estava acostumado ao risco. Talvez gostasse do risco", acrescentou o diretor.

"Ao filmar, ele poderia ter sido preso pelos alemães e até mesmo fuzilado (...) A análise das imagens permitiu situar o filme na primavera de 1941. É possível reconhecer locais específicos e cruzamentos de ruas como Chlodna e Zelazna ou o edifício do tribunal da rua Leszno".

Os poucos sobreviventes que assistiram o filme reconheceram os lugares, mas não as pessoas.

Bednarski, que começou a trabalhar no filme há 15 anos, quando saiu da Faculdade de Cinema, não conheceu Ziolkowski. Seus descendentes, que preferem permanecer no anonimato, não conseguiram responder todas as sua perguntas.

A Polônia anunciou nesta sexta-feira a criação de um museu do gueto de Varsóvia, onde cerca de 500.000 judeus foram aprisionados durante a Segunda Guerra Mundial, e morreram de frio, fome ou exterminados no campo de Treblinka.

"O museu será instalado em um edifício que, quando o gueto existia, foi utilizado como hospital para crianças", declarou o ministro da Cultura polonês, Piotr Glinski. O projeto é desenvolvido em colaboração com o Instituto Histórico Judeu (ZIH).

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"Varsóvia (...) deve prestar homenagem a quase um terço da sua população, que morreu atrás dos muros do gueto", disse à AFP o diretor do ZIH, Pawel Spiewak.

"Foi o maior gueto em todos os territórios ocupados pela Alemanha e o mais trágico", acrescentou.

O ex-hospital de famílias Beshon e Bauman da rua Sienna, construído no final do século XIX, está localizado ao lado da única parte preservada do gueto.

Neste hospital trabalhou, antes da guerra, o célebre médico, pedagogo e escritor Janusz Korczak, que escolheu ser deportado a Treblinka com as crianças do gueto.

A Alemanha nazista criou o maior de todos os guetos judaicos da Segunda Guerra Mundial em outubro de 1940, um ano depois de invadir a Polônia.

Cerca de 500.000 judeus de Varsóvia e arredores foram aprisionados no gueto de três km2 criado no coração da capital polonesa.

Entre julho e meados de setembro de 1942, os nazistas enviaram cerca de 300.000 judeus do gueto para as câmaras de gás do campo de extermínio de Treblinka, a 100 km de Varsóvia.

Ao menos 60 mil nacionalistas marcharam neste sábado em Varsóvia em uma manifestação convocada por grupos de ultradireita para coincidir com as cerimônias de aniversário da independência da Polônia.

A marcha dos direitistas foi um dos vários eventos que comemoraram os 100 anos da refundação da Polônia como nação, após 123 anos fora do mapa. Horas antes, o presidente polonês, Andrzej Duda, havia encabeçado as cerimônias oficiais que também tiveram a presença do presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, ex-primeiro-ministro polaco.

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Porém, a marcha da extrema-direita ofuscou as outras cerimônias nos anos recentes. Nela, os participantes elogiaram ideias xenófobas, de supremacia branca ou antissemitas. Um dos cartazes pedia "Por uma irmandade entre as nações brancas da Europa!". À emissora TVP, um dos manifestantes disse que estava no ato "para tirar os judeus do poder mundial".

O lema da marcha este ano era "Queremos a Deus", parte da letra de um antigo cântico religioso polaco que foi citado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em visita recente ao país. Os organizadores falaram da importância de combater os liberais e defender o cristianismo.

Alguns manifestantes portavam a bandeira da Polônia, enquanto outros dispararam fogos de artifício. A reportagem constatou também cartazes com a imagem da falange, símbolo fascista que remonta à década de 1930.

Houve também uma contramanifestação antifascista, porém muito menor. As autoridades polonesas de segurança mantiveram as duas mobilizações bem separadas para evitar casos de violência. Fonte: Associated Press.

Michael Froman, representante de comércio exterior dos Estados Unidos, foi recepcionado hoje por empresários poloneses. Froman tenta finalizar um pacto de livre comércio entre os Estados Unidos e a União Europeia.

O representante americano disse nesse domingo, em Varsóvia, que ele espera que o acordo, chamado de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimentos, vai finalmente ser concluída este ano. Há forte resistência entre alguns europeus para o acordo planejado, que visa eliminar as tarifas e criar normas regulamentares comuns. Alguns opositores europeus temem uma diminuição dos padrões de segurança alimentar e regulamentação mais branda.

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Froman disse a um grupo de jovens poloneses que comandam startups, entre eles desenvolvedores de software, que o negócio seria especialmente benéfico para as pequenas e médias empresas como a deles. Ele também se reúne com líderes poloneses durante sua visita a Varsóvia. Fonte: Associated Press

O vice-presidente Michel Temer insinuou nesta quinta-feira (17) em Varsóvia, na Polônia, que continua contrário à recriação da CPMF, uma das principais medidas do plano para suprir o déficit fiscal de R$ 30 bilhões em 2016 apresentado pelo governo na segunda-feira, em Brasília. "Vocês conhecem a minha posição", afirmou, quando questionado pelo jornal O Estado de S.Paulo. Temer disse ainda que na segunda-feira terá uma posição sobre o pacote de corte de gastos e aumento de impostos.

Há três semanas, o vice-presidente havia afirmado a uma plateia de empresários em São Paulo ser contrário à recriação de uma contribuição sobre movimentações financeiras. "Vocês conhecem a minha posição. Eu vou apenas ouvir um pouco o PMDB, ouvir a posição do congresso e conversar com a presidente naturalmente", afirmou Temer, completando: "O que eu quero é ajudar o Brasil".

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A declaração indica que o vice-presidente manterá sua posição contrária, mas Temer se recusou a explicar sua resposta quando voltou a ser indagado. Para alimentar a ambiguidade de sua manifestação em Varsóvia, questionado sobre o que é necessário para aprovar o pacote de medidas o vice-presidente respondeu: "Boa vontade".

Em 31 de agosto, durante o 7º Fórum Exame, em São Paulo, Temer foi explícito em sua crítica ao retorno do imposto. "O que a sociedade não aplaude é o retorno repentino de um tributo, como ocorreu com a CPMF", afirmou. Em outro momento do seminário, ele reiterou: "Nós estamos em uma crise seriíssima. Não vamos pensar em uma carga tributária muito elevada. Ninguém quer isso, ninguém suporta isso".

Entretanto, na segunda-feira, 17, em Moscou, ministros que integravam a delegação brasileira, como Henrique Eduardo Alves, do Turismo, relataram o conteúdo da conversa telefônica entre Temer e Dilma Rousseff minutos antes do anúncio do pacote em Brasília. Pelo relato de Alves, confirmado pelo ministro da Secretaria dos Portos, Edinho Araújo, Temer ouviu os argumentos e teria aceitado os motivos alegados pela presidente. "Ele concordou com a argumentação que ela (Dilma) fez, com as motivações que ela apresentou. Ao chegar ao Brasil ele vai trabalhar para ajudar nessa relação com o Poder Legislativo", disse Alves.

Temer falou aos jornalistas por exatos 97 segundos na saída de uma reunião para assinatura de atos no Ministério de Negócios Estrangeiros, em Varsóvia. Mais cedo, ele já havia cumprido intensa agenda oficial no país, com encontros com a primeira-ministra polonesa, Ewa Kopacz, e com o presidente Andrzej Duda.

Essa foi a segunda etapa de sua viagem pela Europa, após a passagem por Moscou, onde se encontrou com o primeiro-ministro da Rússia, Dmitri Medvedev.

Em toda a viagem, Temer evitou conversar com os jornalistas brasileiros, argumentando que não queria se manifestar sobre temas correntes no Brasil, como a crise política e econômica e o pacote de cortes e aumento de impostos apresentado pelo ministros Joaquim Levy e Nelson Barbosa na segunda. Em todos os cinco dias de viagem, a mais longa entrevista que concedeu a jornalistas brasileiros foi de 98 segundos.

O ano de 2013 pode ser um dos dez mais quentes desde que esse dado começou a ser registrado, em 1850, anunciou nesta quarta-feira (13), a Organização Mundial Meteorológica (WMO, na sigla em inglês) durante evento na Conferência do Clima da ONU, em Varsóvia (Polônia), com o objetivo de informar os negociadores sobre a situação do planeta.

Os primeiros nove meses deste ano - os dados por enquanto só estão disponíveis até setembro - se equiparam com 2003 como o sétimo mais quente do período, com a temperatura da terra e da superfície do oceano cerca de 0,48°C acima da média registrada entre 1961 e 1990.

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O período de janeiro a setembro foi mais quente que os mesmos períodos em 2011 e 2012, quando houve a ocorrência do fenômeno La Niña, contribuindo para esfriar o planeta. Seu oposto, o El Niño, foi o desencadeador de alguns dos anos mais quentes, como 2010 e 1998, mas, até setembro deste ano, nenhum dos dois fenômenos foram observados.

A região do planeta que mais sentiu o aquecimento neste ano foi a Austrália, onde as temperaturas foram mais extremas, chegando a bater os 50°C. O dado é citado em um curioso momento: a Austrália voltou atrás nos seus planos de reduzir 25% de suas emissões de gases de efeito estufa até 2020 e disse que vai cortar apenas 5%, agindo contra recomendações de sua própria agência, de diminuir pelo menos 15% de CO2.

Eventos extremos - De acordo com o relatório, o problema não é somente a elevação da temperatura, mas como isso afeta também o ciclo de água, observado nas recentes secas, chuvas extremas e inundações. O secretário-geral da WMO, Michael Jarraud, citou o caso da recente devastação das Filipinas pelo tufão Haiyan, o mais forte a atingir o país, apenas um ano após passar pelo também intenso tufão Bopha.

"Apesar de ciclones tropicais sozinhos não poderem ser atribuídos às mudanças climáticas, o nível mais alto do mar deixa as populações costeiras mais vulneráveis a tempestades." De acordo com o relatório da WMO, o nível do mar tem subido desde 1993, quando a medição teve início, a uma taxa média de 3,2 milímetros/ano.

Brasil - Segundo o estudo divulgado em Varsóvia, o Brasil sentiu neste ano temperaturas mais elevadas no Nordeste. O trabalho também confirma que o índice de chuvas ficou muito abaixo da média na região, o que levou à ocorrência da pior seca dos últimos 50 anos na região. O déficit de chuva, de acordo com informações do levantamento, é o pior desde que os registros tiveram início, em 1979.

A 19ª Conferência do Clima da ONU (COP), em Varsóvia, na Polônia, começou nesta segunda-feira (11), com discursos emocionados, que fizeram a maior parte das delegações se manifestar com preocupação sobre sinais de que mudanças climáticas já acontecem. Mas sem nenhum indicativo mais concreto de que ações mais impactantes serão tomadas.

O tufão Hayan levou o principal negociador filipino, Yeb Sano, às lágrimas na sessão de abertura da COP. Sano lembrou que ficou dois dias tentando saber notícias da família e afirmou que até o momento, o irmão dele, que estaria sem comida, ajudava a empilhar corpos. O poder devastador do tufão não tem precedentes na história, mas as Filipinas já sofrem há anos com eventos climáticos extremos. Em 2012, nessa mesma época, também houve um furacão na região, e Sano tentou apelar para o compromisso moral de todas as nações com o que acontece.

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Nesta segunda-feira, ao pedir por metas mais ambiciosas de redução das emissões de gases de efeito-estufa, assim como por financiamento para medidas de adaptação e de compensação para os países que já sofrem com as mudanças climáticas, ele declarou que faria jejum ao longo de toda a conferência, em homenagem às vítimas, mas também para pressionar por mais ações. Muito emocionado, desafiou aqueles que não acreditam na realidade da mudança climática, que visitem as Filipinas neste momento. Após a fala de Sano, houve aplausos e três minutos de silêncio em homenagem aos filipinos.

O discurso ecoou. O embaixador brasileiro José Antônio Marcondes de Carvalho, que lidera o time de negociadores do País, afirmou que todos ficaram tocados pelo que aconteceu. "É uma importante lembrança para todos os países agirem, imediatamente, e cortarem suas emissões. E se comprometerem com adaptação e meios de implementação", disse.

Perdas e danos - A expectativa de negociadores dos países em desenvolvimento é que as tragédias possam impulsionar as discussões em torno de um mecanismo de "loss and damage", algo como pagar uma compensação para aqueles que já sofrem perdas e danos. Essa ideia foi acertada em linhas gerais na COP passada, mas, apesar do apelo, outros diplomatas afirmam acreditar que isso só ficará para 2015, quando todos os países têm de chegar a um novo acordo climático global que seja válido para todas as nações e entre em vigor em 2020. Também nos bastidores, é possível ouvir que, apesar dos discursos emocionados, a trágica passagem do tufão não deve ter um efeito realmente prático na negociação.

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Os poloneses relembraram, nesta quarta-feira (10), o acidente aéreo que matou o ex-presidente Lech Kaczynski. Ontem, foram completados três anos da trajédia, que vitimou também outras 96 pessoas, incluindo a primeira-dama Maria Kaczynski.

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Para recordar a data, centenas de pessoas estiveram em frente ao palácio presidencial, localizado na capital Varsóvia, para prestar homenagens. Autoridades constataram que a queda do avião foi um acidente. Já para um terço da população polonesa, a tragédia tinha a intenção de matar Lech Kaczynski.

O acidente aconteceu no dia 10 de abril de 2010. Lech tinha 60 anos. O avião, de construção russa, caiu e depois incendiou quando pousava na pista do aeroporto de Smolens.

 

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, fez nesta terça-feira um discurso mais cuidadoso com relação à inflação. Em evento na capital polonesa, o responsável pela taxa de juro brasileira suprimiu de sua apresentação a previsão de que a inflação brasileira deve desacelerar no 2º semestre de 2013.

Durante a apresentação a pouco mais de 50 pessoas em Varsóvia, Tombini repetiu a avaliação feita dias atrás nos Estados Unidos que a inflação mostra "resiliência" nos últimos meses. Dessa vez, porém, o presidente do BC retirou a frase que era dita logo em seguida: "a inflação de 2013 vai desacelerar no 2º semestre".

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Em Varsóvia, Tombini exibiu uma das razões dessa mudança. A inflação de alimentos e bebidas acumula alta de 12,5% nos últimos 12 meses até fevereiro. Esse é o maior ritmo anual pelo menos desde 2004, citou o presidente do BC. Além disso, a inflação de serviços segue resistente. "A inflação de serviços tem caído de forma muito, muito lenta", disse, ao comentar que isso pode ser explicado em parte pela inclusão de milhões de famílias à classe média, o que aumenta a demanda por serviços. Nos últimos 12 meses, a inflação de serviços acumula alta de 8,7%, pouco abaixo dos 9% de 2011.

Dessa forma, a inflação de itens negociáveis - os tradables - acumula alta de 6,4% nos 12 meses acumulados até fevereiro, o patamar mais alto desde 2010, quando a alta foi de 6,9%. Logo em seguida, vale lembrar, no início de 2011, o BC iniciou ciclo de alta dos juros. Já a inflação de itens não comercializáveis - os non tradables - está em 9,1%, a mais alta pelo menos desde 2004.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse nesta terça-feira que o Brasil tem capacidade de absorver choques internos e externos. A afirmação foi em palestra a representantes do governo polonês na sede do Banco Central da Polônia, em Varsóvia.

Ele reiterou que a política de câmbio no Brasil é flutuante e constitui a primeira linha de defesa do governo brasileiro contra choques. Segundo o presidente do BC, a volatilidade do real diminuiu e agora está compatível à do euro em relação ao dólar e parecida com a do peso mexicano, rublo e dólar australiano.

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Segundo o presidente do BC, as reservas internacionais (US$ 375,5 bilhões, dados de ontem) propiciam uma situação confortável para o Brasil e os estímulos monetários já adotados vão ajudar na recuperação da economia. Tombini destacou ainda que a confiança e o menor nível de estoques ajudarão no crescimento industrial.

O grão-rabino da Polônia, Michael Schudrich, manifestou indignação, nesta sexta-feira (4), com a presença de uma estátua representando Adolf Hitler ajoelhado no local do antigo gueto judeu de Varsóvia, uma provocação do polêmico artista italiano Maurizio Cattelan.

"Quando se trata de mostrar o personagem de Hitler, temos a responsabilidade extraordinária de sermos sensíveis àqueles que sofreram, por causa do que Hitler provocou aos sobreviventes do Holocausto e aos sobreviventes não-judeus", declarou nesta sexta-feira à AFP o rabino Schudrich.

Uma estátua de cera representando Adolf Hitler, com a estatura de uma criança, vestido com um uniforme cinza, ajoelhado e rezando, foi instalada no antigo gueto de Varsóvia em 16 de novembro.

A estátua pode ser vista apenas de costas e somente as pessoas mais atentas conseguem descobrir a instalação que passa despercebida da maior parte dos passantes. É possível observá-la apenas através de um buraco na porta de entrada de um prédio residencial abandonado.

A obra, intitulada "Him" ("Ele") é apresentada como parte de uma exposição do artista, no Centro de Arte Contemporânea de Varsóvia.

"Colocá-la exatamente aqui, na rua Prozna, que fazia parte do antigo gueto, é prova de uma falta de sensibilidade, e mostra por que isso causa problemas", acrescentou o grã-rabino da Polônia.

Segundo Michael Schudrich, antes do início da exposição, os responsáveis pelo museu haviam dito a ele que esta obra não constituía uma reabilitação de Hitler, mas mostrava que o mal pode existir na forma de uma criança de ar ingênuo e inocente.

"Eu achava que tinha ouvido que (a obra) fosse ficar no museu, mas talvez isso não tenha sido dito. Mas é certo que eles não disseram que a colocariam no antigo gueto", acrescentou Schudrich.

O Centro Simon-Wiesenthal de Jerusalém havia classificado a instalação da estátua no antigo gueto de Varsóvia "de deturpação da arte, que insulta as vítimas dos nazistas" e "de uma provocação sem sentido", em um comunicado de 27 de dezembro.

Um ano depois da invasão da Polônia no dia 1º de setembro de 1939, os alemães criaram o bairro do gueto judeu de apenas 3 km2 onde ficaram amontoados cerca de meio milhão de judeus.

Seus habitantes foram quase todos dizimados pela fome e por doenças, ou deportados para os campos da morte. O bairro foi destruído pelos nazistas em 1943 após a insurreição do gueto.

Uma vitória simples. É disto que a Grécia precisa para conquistar a classificação às quartas de final da Euro 2012. Com o triunfo ante os russos, a equipe grega chegaria aos quatro pontos na tabela, empatando com os rivais e, como o primeiro critério de desempate é o confronto direto, melhor para os helênicos. Porém, não vai ser tão simples derrotas o líder do grupo A, que segue invito na competição e só precisam de um empate para garantir a classificação. O duelo entre gregos e russos será neste sábado às 15h45, em Varsóvia, na Polônia.

O time da Rússia já está definido pelo técnico Dick Advocaat e será a mesma equipe que empatou com a Polônia na última rodada. A esperança de gols da equipe está nos pés do coartilheiro da competição, com três gols marcados, Alan Dzagoev, além do atacante Andrey Arshavin, que ainda não correspondeu às expectativas do treinador nesta Euro.

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Pelo lado grego, o técnico Fernando Santos também não terá dificuldades para armar o seu time.  De acordo com o treinador, a sua equipe vai estar bem postada na defesa, tomando bastante cuidado com o ataque russo e, sempre que surgir a oportunidade de um contra-ataque, tem que estar atenta.

Ficha do jogo

Rússia: Malafeev; Anyukov, Ignashevich, Alexei Berezutski e Zhirkov; Shirokov, Denisov, Zyryanov, Dzagoev e Arshavin; Kerzhakov. Técnico: Dick Advocaat.

Grécia: Sifakis; Torosidis, Kyriakos Papadopoulos, Sokratis e Holebas; Maniatis, Katsouranis e Karagounis; Salpingidis, Gekas e Sâmaras. Técnico: Fernando Santos.

Local: Estádio Nacional de Varsóvia (Polônia).

Horário: 15h45.

Árbitro: Jonas Eriksson (Suécia).

Assistentes: Stefan Wittberg e Mathias Klasenius (ambos da Suécia).

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