Tópicos | Extrema-direita

Representantes das 25 produções argentinas presentes no festival de cinema de San Sebastián protestaram neste domingo (24) contra o candidato de extrema direita nas eleições presidenciais Javier Milei.

O ator Leonardo Sbaraglia e o diretor Santiago Mitre, agasalhados pelo diretor do festival desta cidade do norte da Espanha, José Luis Rebordinos, posaram na escadaria do palácio Kursaal, a sede principal do evento, atrás de uma bandeira argentina com o lema "Cinema argentino unido".

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Em um manifesto divulgado ao mesmo tempo, os cineastas expressaram sua "profunda preocupação pelas palavras do candidato presidencial de um partido de extrema direita que ameaça fechar o Instituto Nacional de Cinema e Artes Audiovisuais".

Ramiro Marra, candidato a chefe de governo da Cidade de Buenos Aires por La Libertad Avanza, a legenda de Milei, escreveu recentemente no X (antigo Twitter): "vamos fechar o INCAA."

Em uma mensagem nessa mesma rede social, o Festival de San Sebastián quis mostrar seu "apoio ao cinema argentino, ao INCAA e ao restante das instituições culturais do país".

O cinema argentino tem presença de destaque na 71ª edição do festival, com dois filmes competindo na Mostra Oficial - "La Práctica", de Martín Rejtman, e "Puan", de María Alché e Benjamín Naishat -, além de contribuir com praticamente metade das produções da mostra Horizontes Latinos, dedicada ao cinema latino-americano.

A reitoria da Universidade Federal do Paraná (UFPR) foi invadida por um grupo de integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL) nessa sexta-feira (1). Na ação violenta, os invasores usaram spray de pimenta e agrediram duas mulheres que estavam no local.

Segundo um boletim de ocorrência registrado por uma das vítimas, o grupo, composto por oito pessoas, provocou confronto dentro do complexo universitário. As mulheres ainda informaram que os invasores, durante a ação violenta, chamavam os alunos de "vagabundos".

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Em nota, a UFPR condenou as ações e afirmou que o grupo foi liderado por três homens: João Bettega, ex-candidato a deputado estadual pelo Partido Novo, Gabriel Costenaro e Matheus Faustino. Eles começaram a fazer filmagens dentro do edifício, que abriga diversos cursos da área de Humanas, além de pró-reitorias e uma biblioteca.

Invasores passam pela funcionária agredida. Imagens do circuito interno fornecidas pela UFPR

"Estamos atualmente avaliando todos os detalhes deste incidente para tomar as medidas adequadas e inclusive jurídicas, se necessárias", diz o comunicado.

Segundo a universidade, a outra funcionária terceirizada que foi agredida pelo grupo do MBL, optou em não registrar queixa, pois se sentiu ameaçada.

Imagens de ferimentos sofridos pelas vítimas. Fotos: Divulgação/UFPR

Através de suas redes sociais, os invasores disseram que foram até o local para mostrar inscrições consideradas por eles como elogios ao anarquismo e ao comunismo. Seria uma “defesa do patrimônio público”. Eles foram expulsos pelos estudantes das graduações existentes no edifício invadido.

À imprensa, a Polícia Civil informou que ainda não foi notificada sobre o caso.

Confira o comunicado da UFPR na íntegra:

“Repudiamos a Violência:

Em relação ao lamentável incidente ocorrido no Prédio D. Pedro I da Universidade Federal do Paraná (UFPR) no dia 01 de setembro, a UFPR deseja manifestar seu profundo repúdio a qualquer ato de violência em nossas instalações, independentemente da sua natureza e das partes envolvidas. A integridade e segurança de nossa comunidade acadêmica são prioridade para nós.

Estamos atualmente avaliando todos os detalhes deste incidente para tomar as medidas adequadas e inclusive jurídicas, se necessárias. De acordo com as informações disponíveis, um grupo de oito pessoas, autodenominados membros do MBL, liderado por Gabriel Costenaro e Matheus Faustino, juntamente com outros indivíduos, ingressou no Prédio D. Pedro I e começou a registrar imagens e vídeos no 6º andar.

Os vigilantes intervieram e também informaram aos manifestantes que a filmagem e fotografia nas instalações da UFPR requerem autorização prévia da Superintendência de Comunicação, conforme é rotineiramente solicitado, inclusive pela imprensa. Uma trabalhadora terceirizada, ao notar a movimentação na sala, se aproximou para entender o que estava acontecendo e infelizmente foi agredida, com um soco no estômago, por um dos membros do MBL.

Nesse ponto, um grupo de alunos, ao término de uma aula, em frente a sala, também se manifestaram, invocando a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) e se recusou a permitir o uso de suas imagens. Apesar disso, os membros do MBL continuaram a filmar e fotografar, gerando um aumento das tensões.

A situação escalou quando desceram pelas rampas e o conflito chegou à rua, resultando em uma aluna da UFPR sendo agredida, jogada ao chão e sofrendo ferimentos. Os manifestantes tentaram alegar que eram as vítimas, mas os estudantes envolvidos no incidente prestaram depoimentos e registraram o ocorrido na delegacia.

A UFPR quer enfatizar que a Pró-reitoria de Assuntos Estudantis prestou todo o apoio necessário à trabalhadora terceirizada e a aluna ferida, acompanhando-a até a delegacia para registro do Boletim de Ocorrência e realização do exame de corpo de delito. Estamos ainda à disposição para oferecer suporte adicional no que seja necessário.

É de extrema importância ressaltar que a UFPR condena veementemente ações de grupos organizados que buscam promover invasões e confrontos com o objetivo de ganhar notoriedade nas redes sociais.

Estamos absolutamente comprometidos com a manutenção de um ambiente de paz, onde todas as vozes podem ser ouvidas e respeitadas. A Universidade Federal do Paraná reforça que é absolutamente contra qualquer tipo de violência física, verbal ou simbólica.”

O ministro da Justiça, Flávio Dino, chamou candidatos da extrema-direita de "monstros" e "aberrações". Sem citar nomes, ele argumentou que políticos com esse posicionamento só chegam ao poder com o apoio de lideranças de centro e liberais, que, posteriormente, se arrependem da aliança.

"A história mostra: em eleições, os monstros de extrema-direita só chegam ao poder quando o centro e os liberais caminham com as aberrações. E quando o fazem, se arrependem", afirmou no Twitter nesta segunda-feira (14).

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Um dia antes, neste domingo (13), o economista Javier Milei, 51 anos, venceu as prévias argentinas, as PASO - Primárias, Abertas, Simultâneas e Obrigatórias -, que são um termômetro para a disputa presidencial no país. Milei recebeu apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que enviou um vídeo para o argentino em que afirma existir semelhanças entre os dois.

Com 97% das urnas apuradas, Milei obteve 30,4% dos votos, seguido da coalizão de centro-direita Juntos por el Cambio (28,27%) e da coalizão da esquerda que governa o país Unión por la Pátria (27,27%). Na Argentina, além de atuar como um termômetro para a disputa presidencial, as prévias definem as chapas que vão concorrer à eleição presidencial do dia 22 de outubro.

Como mostrou o Estadão, semelhanças entre Bolsonaro e Milei foram traçadas desde o momento em que o argentino, até então parlamentar do Congresso, decidiu disputar as eleições presidenciais. Milei segue a mesma fórmula usada pelo ex-presidente brasileiro na campanha eleitoral de 2018: discursos contrários à esquerda. Bolsonaro se colocou contra petismo no Brasil, e Milei contra o kirchnerismo na Argentina, num posicionamento para se diferenciar de todos que já passaram pelo poder e defesa do livre mercado, da desregulamentação do comércio de armas e da ideia de "liberdade".

Os dois políticos se apresentaram como candidatos à Presidência em momentos estratégicos em seus respectivos países. Assim como Bolsonaro fez em 2018, Milei se coloca como o candidato que será responsável pelo rompimento com o "sistema político tradicional".

Assim, a insatisfação popular dos eleitores com os governos vigentes e a situação da economia serviram de munição para os dois candidatos nas campanhas de oposição e fizeram com que Bolsonaro e Milei saíssem da posição de desconhecidos ou pouco conhecidos pelo eleitorado e chegassem aos primeiros lugares na pesquisas eleitorais.

Além da dolarização da economia do país, Milei propõe o fim da educação gratuita e obrigatória, que seria substituída por um sistema de vouchers; uma gradual privatização do sistema de saúde; e o fim da educação sexual obrigatória - uma das pautas de costumes também defendida pelo ex-presidente brasileiro.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira, 10, que as redes sociais compartilhem com a Procuradoria-Geral da República (PGR) todas as publicações do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que tenham relação com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as Forças Armadas, as eleições e o próprio STF.

A ordem foi dada na investigação sobre os autores intelectuais dos atos golpistas do dia 8 de janeiro. Moraes mandou notificar Instagram, LinkedIn, TikTok, Facebook, Twitter e YouTube.

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As plataformas também devem informar se extremistas denunciados por envolvimento nos protestos violentos seguem ou seguiam ou ex-presidente nas redes sociais e se compartilharam publicações de Bolsonaro com ataques ao sistema eleitoral.

O ministro despachou a pedido da PGR. O órgão busca entender o alcance das publicações de Bolsonaro contra as urnas e as instituições.

Ao atender o pedido, Moraes justificou que as garantias individuais não podem servir como "escudo" para a prática de crimes. "Imprescindível a realização das diligências requeridas pela PGR, inclusive com a relativização excepcional de garantias individuais", escreveu.

Bolsonaro foi incluído no rol de investigados do inquérito porque publicou, no dia 10 de janeiro, um vídeo com questionamentos sobre o resultado da eleição. A postagem foi apagada horas depois. Em depoimento à Polícia Federal, ele alegou que estava sob efeito de remédios e que a publicação foi acidental.

Sem se referir diretamente ao ex-presidente, Moraes já escreveu diversas vezes em seus despachos sobre o 8 de janeiro que autoridades coniventes e omissas serão responsabilizadas pelos atos golpistas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reunirá nesta quarta-feira (21), em Roma com a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, informou hoje (20) o Ministério das Relações Exteriores do Brasil.

"Por ocasião da visita oficial à Itália e ao Vaticano, de 20 a 22 de junho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reunirá com a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, na tarde do dia 21", diz uma nota do Itamaraty.

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"A reunião comporá a agenda de compromissos confirmados com o presidente Sergio Mattarella e o prefeito de Roma, Roberto Gualtieri, além da audiência com o papa Francisco no Vaticano", finaliza o comunicado. 

    Lula já chegou na Itália e ainda tem agenda hoje com o professor Domenico De Masi, catedrático da Universidade La Sapienza e especialista em sociologia do trabalho.

Antes de embarcar, o presidente já havia confirmado que se reuniria com Mattarella e com o Papa, mas ainda não estava certo se ele se encontraria com Meloni, líder do partido de extrema-direita "Fratelli D'Italia".

    Após Roma, Lula viajará a Paris para participar de uma cúpula sobre economia global com o presidente da França, Emmanuel Macron.

Da Ansa

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PT-MA), após realizar discurso no Senado Federal nessa segunda-feira (19), usou suas redes sociais para tecer comentários sobre o que se sabe do atentado a uma escola estadual de Cambé, no Paraná. O governista voltou a mencionar a influência dos discursos nazifacistas na internet, além da cultura armamentista como dois dos principais fatores por trás da organização de grupos terroristas.

Essas teses, que já são desenvolvidas há, pelo menos, duas décadas, têm sido mencionadas desde o início do atual governo. O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, também havia citado as organizações on-line de extrema-direita como possíveis responsáveis por atentados anteriores, como os em Aracruz, em dezembro; e o atentado a uma creche em Blumenau, em abril deste ano.

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“É óbvia a relação entre crescimento de ataques contra escolas com apologia do ódio e proliferação de grupos neonazistas na internet. Esse é o ambiente social que impulsiona os psicopatas, inclusive os que se escondem atrás da suposta defesa da “liberdade”. Liberdade de matar?”, perguntou Flávio Dino, em uma rede social.

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Ainda na segunda-feira (19), no Senado, Flávio Dino falou sobre a regulação da internet através de projetos de lei como o 2.630 e

“Nós estamos vendo em relação à juventude, de um modo geral, ainda a difusão de uma cultura da violência, belicista [armas], e as consequências nós estamos vendo nas escolas, por exemplo. Não há questão democrática mais fundamental, não há questão social, questão de segurança pública mais importante hoje, no mundo e no Brasil, que não seja essa”, declarou.

Em seguida, usou como exemplo de incitação ao ódio a fala recente do pastor bolsonarista Anderson Silva que, em uma live no YouTube, pediu que fiéis levassem mais a sério suas orações e pedissem a Deus para derrubar os “inimigos”. “Senhor arrebenta a mandíbula do Lula. Senhor, prostra enfermos os ministros do STF”, disse o pastor.

“Por isso, estamos priorizando essa ideia de uma nova lei brasileira que consiga fazer com que a internet funcione melhor. Não é censurar, é combater crime, o que não é questão de opinião. Você dizer que acha o prefeito Axel bom ou ruim é opinião. Agora dizer “eu vou quebrar a mandíbula do prefeito Axel”, isso não é opinião. É crime”, completou Dino.

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--> 'Morre segunda vítima de ataque a tiros em escola do Paraná' 

--> 'Ataque: alunos atingidos por disparos eram namorados' 

O ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), revelou nesta segunda-feira (15) que tem sido ameaçado desde o domingo (14). Em sua conta no Twitter, o ex-governador do Maranhão afirmou que as agressões tem "clara inspiração política" e que já tomou as providências legais cabíveis.

"Desde ontem, estou recebendo dezenas de mensagens agressivas e ameaçadoras. Todas com clara inspiração política em segmentos extremistas. Claro que não me intimido com “gabinetes de ódio”. E estou adotando as providências legais cabíveis", contou Dino.

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O ministro virou alvo de extremistas após se destacar positivamente em discussões com oposicionistas em diversas comissões da Câmara e do Senado Federal. Seus embates com bolsonaristas viralizaram nas redes sociais. Além disso, Flávio Dino tem sido uma das vozes mais importantes na defesa da regulação das redes e contra as fake news. 

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A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (23) a convocação do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, para prestar esclarecimentos sobre as suspeitas de ataques ao 7 de setembro e a escalada da violência política pela extrema direita.

O requerimento de convocação foi apresentado pelo 1º vice-presidente da comissão, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ). Ele afirmou que a convocação do ministro decorre do descumprimento de acordo do governo com o colegiado.

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O ministro foi convidado à comparecer à comissão nesta terça para falar sobre supostas interferências do governo em investigação da Polícia Federal envolvendo Jair Renan Bolsonaro, filho do presidente da República. No entanto, ele alegou problemas de saúde para não se reunir com os deputados.

Diferentemente do convite, na convocação a autoridade é obrigada a comparecer à Câmara sob risco de cometer crime de responsabilidade em caso de ausência.

Durante a votação do requerimento, o vice-líder do governo, deputado Sanderson (PL-RS), reforçou que o ministro não compareceu por estar doente, mas que ele tem interesse em falar aos deputados.

“Todos os acordos que fizemos nos quatro anos dessa legislatura fiz questão de cumprir”, disse Sanderson. Apesar dos protestos do parlamentar, a convocação foi aprovada.

A data da vinda do ministro ainda será definida pela comissão.

Convites

Além da convocação de Augusto Heleno, a comissão aprovou dois convites a ministros do governo. Paulo Guedes, da Economia, foi convidado a prestar esclarecimentos sobre a nomeação de sua irmã Elizabeth Guedes para o Conselho Nacional de Educação (CNE).

A audiência pública com Guedes será no dia 30 de novembro. O convite também partiu do deputado Aureo Ribeiro.

A pedido do deputado Kim Kataguiri (União-SP), a comissão também vai ouvir o ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, sobre a portaria da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) que trata da fiscalização do transporte clandestino de passageiros em todo o País. O ministro será ouvido no dia 13 de dezembro.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Em encontro com comunicadores na manhã desta terça-feira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) está ligado a uma corrente de extrema-direita instalada em países europeus. Ele fez um apelo para que apoiadores unam forças democráticas porque a luta "agora é maior do que fizemos no primeiro turno".

"Espero que a gente consiga organizar as forças democráticas desse País para a gente enfrentar o negacionismo, a barbárie, o fascismo que tenta se implantar nesse País e em outros países do mundo", afirmou Lula durante o encontro virtual.

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"Bolsonaro não está sozinho, ele está ligado a uma corrente de extrema-direita no mundo que já governa a Hungria, que agora ganhou Itália e que tem muitas disputas em vários países da Europa. É importante então a gente saber que a nossa luta agora é maior do que fizemos no primeiro turno", continuou.

Lula pediu aos apoiadores uma atuação intensa nas redes não apenas rebatendo fake news, mas inclusive disseminando propostas e feitos de gestões do PT. Ele reforçou que "o zap é a grande arma que ele utiliza para passar suas mentiras".

"Nós não podemos ficar apenas respondendo a mentiras deles, esclarecendo que não vai fechar igreja. É só mostrar o que a gente fez", exemplificou o ex-presidente. A campanha de Bolsonaro tem dito que, se eleito, Lula fechará igrejas, tema caro ao segmento religioso. Para enfrentar o tema, o petista tem relembrado que foi responsável pela sanção da Lei da Liberdade Religiosa e da Marcha para Jesus. No encontro de hoje, ele pediu que os apoiadores utilizem esses argumentos para enfrentar os adversários.

"Ele conta essa mentira todo santo dia e parece que é verdade. Temos história que a nossa relação com a igreja, nossa relação religiosa, é a mais democrática e saudável por isso. Então a gente não pode apenas desmentir, mas mostrar o que foi feito nesse País", disse Lula.

O ex-presidente pediu ainda um esforço maior nessa reta final da campanha. "A gente vai ter que suspender todas as horas vagas nossas para se integrar na campanha para a gente poder mostrar a diferença de governo que pode acontecer nesse País se a barbárie continuar", reforçou.

Os protestos, desencadeados pelo projeto de um grupo de extrema-direita de queimar publicamente o Corão na Suécia, deixaram dezenas de feridos nos últimos dias, segundo a polícia nesta segunda-feira (18), que pediu mais recursos para combater a violência.

Desde quinta-feira, os protestos violentos deixaram concretamente 26 policiais e 14 civis feridos, informou a polícia em coletiva de imprensa nesta segunda-feira.

As manifestações foram desencadeadas pela presença na Suécia do cidadão sueco-dinamarquês Rasmus Paludan, líder do movimento contra a imigração e anti-Islã "Linha Dura".

Paludan, condenado na Dinamarca por "insultos racistas", tem a intenção de comparecer aos comícios de setembro, mas ainda precisa das assinaturas necessárias para garantir sua candidatura.

Ele costuma organizar encontros em bairros de população muçulmana para queimar publicamente cópias do Corão, o livro sagrado do Islã.

Nos últimos dias, houve protestos contra este grupo de extrema-direita.

A polícia afirmou que ao menos 26 pessoas foram detidas após os confrontos de domingo com as forças de segurança.

"A noite estava tranquila após os distúrbios de ontem em Navestad (na cidade de Norrkoping, no centro)", um bairro com muitos muçulmanos, disse o corpo armado em um comunicado.

"A polícia prendeu oito pessoas por suspeita de distúrbios violentos", acrescentou.

Na cidade vizinha de Linkoping, onde também houve protestos, 18 pessoas foram detidas, segundo a polícia.

As duas cidades sofreram confrontos violentos no domingo, pela segunda vez em quatro dias. Durante os protestos, os manifestantes lançaram pedras contra a polícia e queimaram carros.

No domingo, os protestos voltaram após o anúncio feito por Paludan de novos comícios, apesar de ter cancelado depois.

A candidata francesa de extrema-direita Marine Le Pen defendeu, nesta quinta-feira (7), a proibição do uso do véu islâmico em público, caso os franceses a elejam como presidente nas eleições de abril, e a "multa" para mulheres que o usam.

"Serão multadas da mesma forma quando se proíbe o cinto de segurança. E me parece que a polícia consegue fazer cumprir essa medida muito bem", disse Le Pen à rádio RTL.

A candidata presidencial do Agrupamento Nacional (RN), partido herdeiro da Frente Nacional, assegurou que "os islamitas usaram o véu nos últimos 20 anos como uniforme e como sinal de progresso" de suas ideias.

Le Pen, que não proibiria o uso da kipá judaica em público, ameaça uma vitória para o presidente centrista, Emmanuel Macron, na votação de 24 de abril, de acordo com as pesquisas, que apontam os dois como vencedores do primeiro turno no domingo.

Em janeiro de 2021, Le Pen apresentou seu plano para combater as "ideologias islâmicas", que na sua opinião são "totalitárias" e estão "em todos os lugares". Sua proposta é apagá-las da esfera pública, como acontece com o véu.

"Não se trata de atacar a liberdade de consciência", disse então o deputado Jean-Paul Garraud, que Le Pen nomearia ministro da Justiça se for eleita.

Para este ex-magistrado, o objetivo é "proibir externamente qualquer forma de expressão pública de opiniões que, por si só, constituam uma grave perturbação da ordem pública", como já acontece "com o nazismo".

A França, um país laico, proibiu o uso de sinais religiosos visíveis, como véus, nas escolas desde 2004, e os funcionários públicos estão sujeitos ao princípio da "neutralidade".

Heinz Christian Strache, ex-vice-chefe de Governo da Áustria e que já foi líder do Partido da Liberdade (FPO, extrema-direita), se declarou inocente nesta terça-feira (6) em um julgamento por corrupção, em um caso derivado de um escândalo que provocou a queda do governo.

Há dois anos, Strache foi filmado com uma câmera escondida quando oferecia contratos públicos a uma mulher que se apresentara como a sobrinha de um oligarca russo, em troca de apoio eleitoral.

As cenas, filmadas na ilha espanhola de Ibiza, chocaram o mundo político, provocaram a convocação de eleições antecipadas e a abertura de investigações.

As declarações feitas no vídeo estão "gravadas na memória coletiva", destacou a procuradora no início das audiências no tribunal regional de Viena.

O acusado, de 52 anos, é suspeito de atuar para que uma clínica particular de cirurgia estética fosse incluída entre os estabelecimentos reembolsados pela Previdência Social.

O proprietário da clínica, Walter Grubmüller - que também está no banco dos réus - foi um doador do FPO e havia convidado Strache para seu iate, assim como para passar férias em uma causa na ilha grega de Corfu.

- Restaurar a imagem do FPO -

De acordo com as mensagens de texto examinadas, Strache perguntou abertamente a seu interlocutor "que alteração na lei" ele desejava para que seu estabelecimento, especializado em cirurgias estéticas, "fosse finalmente tratado de maneira justa". Grubmüller respondeu que enviaria um projeto de lei.

Na ocasião, Strache negociava com os conservadores para formar uma coalizão. Ao chegar ao poder, a extrema-direita assumiu o ministério da Saúde.

A legislação foi modificada pouco depois, o que permitiu à clínica ser assimilada pela Previdência Social. Ddde acordo com cálculos de especialistas, o estabelecimento passou a ter o direito de receber fundos públicos que chegavam a 2,2 milhões de euros (2,6 milhões de dólares) por ano.

O julgamento deve terminar na sexta-feira e, em caso de condenação, a pena pode chegar a cinco anos de prisão.

Além deste processo, outros políticos estão na mira da justiça, entre eles o atual chefe de Governo, o conservador Sebastian Kurz. Os magistrados querem saber se o governante, de 34 anos, mentiu conscientemente em 2020 a uma comissão parlamentar, ao negar qualquer intervenção na nomeação de um parente para o comando de uma empresa pública.

Heinz Christian Strache, que já é acusado de desviar mais de meio milhão de dólares da verba do partido, afirma ser vítima de uma campanha de difamação

O FPO - que caiu de 26% nas urnas em 2017 para 16% em 2019 - acaba de nomear como líder o ex-ministro do Interior Herbert Kickl, responsável por restaurar a imagem do partido fundado por antigos nazistas nos anos 1950 e que atualmente insiste em uma retórica hostil ao islã e aos refugiados.

Mais de 37 mil pessoas se manifestaram neste sábado (12) na França, segundo dados do Ministério do Interior, convocadas por organizações de esquerda para denunciar o aumento dos "ataques contra as liberdades" com a ascensão da extrema-direita e as leis "liberticidas".

As organizações que convocaram a “Marcha das Liberdades”, realizada em 119 cidades, acreditam que esta questão foi imposta à esquerda, tendo em vista a eleição presidencial no próximo ano e o avanço da extrema-direita.

Em Paris, onde cerca de 9 mil participaram da passeata, um jovem jogou farinha no rosto do líder do França Insubmissa (LFI) e candidato de esquerda à presidência Jean-Luc Mélenchon, enquanto ele conversava com a imprensa.

Mélenchon falou de uma "enorme tensão" e "um limite que foi ultrapassado", dias depois de o presidente francês Emmanuel Macron receber um tapa durante uma visita ao sudeste da França.

Esses incidentes se somam a um clima já tenso devido aos protestos policiais e ao avanço do Reagrupamento Nacional (extrema-direita) nas urnas, em um contexto de divisão da esquerda a respeito de laicismo, liberdades e segurança.

De acordo com as pesquisas de opinião, as formações de esquerda não conseguiriam ir para o segundo turno da votação presidencial, que o atual presidente disputaria contra a líder de extrema-direita Marine Le Pen.

Os manifestantes também criticaram o governo de centro-direita de Macron, a quem acusam de seguir na esteira da extrema-direita, e suas recentes "leis liberticidas".

As ideias de extrema direita “deixaram de ser monopólio dos partidos de extrema-direita (...) e foram amplamente difundidas na classe política”, afirmou Benoît Hamon, ex-candidato socialista à presidência de 2017.

O ex-ministro do Interior e atual senador, Matteo Salvini, foi indiciado formalmente neste sábado (17) por sequestro de pessoa e recusa de atos oficiais no caso que envolve a proibição de desembarque de 147 migrantes que estavam em um barco da ONG espanhola ProActiva Open Arms em agosto de 2019.

Assim, o juiz de Palermo, Lorenzo Jannelli, aceitou a denúncia da Procuradoria, que acusava o então ministro de ter feito um procedimento "ilegal" ao negar a entrada dos estrangeiros na ilha de Lampedusa.

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A defesa alegou durante todo o processo que a decisão do então ministro tinha como foco proteger as fronteiras italianas e que foram tomadas de maneira conjunta com todo o governo.

O processo será iniciado em 15 de setembro perante os juízes da Segunda Seção Penal do Tribunal de Palermo.

Após o anúncio de Jannelli, Salvini usou as redes sociais para se manifestar sobre a decisão. "Indiciado. 'A defesa da Pátria é um dever sacro do cidadão'. Artigo 52 da Constituição. Vou ser processado por isso, por ter defendido o meu país? Vou de cabeça erguida, também em nome de vocês. Primeiro a Itália, sempre", escreveu o senador.

O líder do partido de extrema-direita Liga Norte manteve o navio da ONG por 20 dias estacionado em frente à ilha. Os migrantes só puderam descer da embarcação após uma intervenção da Justiça Administrativa, que determinou o desembarque por motivos sanitários.

Ministro do Interior entre junho de 2018 e setembro de 2019, Salvini endureceu as políticas migratórias da Itália com a instituição de dois "Decretos de Imigração e Segurança", que ficaram conhecidos como "Decretos Salvini".

Entre as medidas, havia a restrição da estadia por motivos humanitários, multas de até 1 milhão de euros para as ONGs que navegassem sem permissão nas águas territoriais italianas e prisão em flagrante de comandantes que desafiassem autoridades.

Os "Decretos Salvini" foram revogados após a Liga abandonar a coalizão política do ex-premiê Antonio Conte.

Da Ansa

O prefeito da cidade italiana de Opera, Antonino Nucera, um dos diretores da prefeitura e três empresários foram presos nesta quinta-feira (8), em regime domiciliar, por terem desviado máscaras de proteção facial de asilos e de farmácias para entregá-las para familiares e amigos.

Os itens são usados como forma de proteção por conta da pandemia de Covid-19.

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"O prefeito de Opera, nos primeiros meses da pandemia, fez a distribuição para parentes próximos e para funcionários da prefeitura de duas mil máscaras cirúrgicas que eram destinadas aos RSAs [residências sanitárias assistenciais] e farmácias", diz a nota divulgada pela polícia.

Todos foram acusados de peculato, corrupção por ato contrário ao ofício e por falha na contratação das empresas que vendiam o produto. A investigação foi liderada pelo comando da província de Milão e foi coordenada pelos procuradores do Tribunal de Milão.

Investigados entre fevereiro e outubro de 2020, os acusados tiveram conversas interceptadas pelas autoridades. Em uma delas, a ex-mulher do prefeito pede as máscaras porque os funcionários de sua residência estavam "indo fazer compras sem usá-las".

Em outro telefonema, um colaborador da prefeitura pedia máscaras para os empregados de sua empresa em tom de deboche. "Escuta, prefeito. As máscaras, aquelas azuis, você roubou um pouco daquelas que iam para as RSAs não?", dizia o homem.

Além do desvio, os agentes descobriram que a compra dos produtos era feita com empresários já escolhidos e que, em troca, havia uma troca de benefícios.

Entre o que foi descoberto, estão documentos que comprovam crimes ambientais dessas empresas no descarte de materiais usados pela prefeitura, por exemplo, no asfaltamento de ruas de Opera.

Nucera, 50 anos, foi eleito por uma união de direita que contava com o apoio dos partidos extremistas Liga e Irmãos da Itália (FdI). A ironia é que o prefeito era reconhecido pela província de Milão como um dos mais exigentes no início da pandemia de Covid-19, mantendo um lockdown pesado na cidade.

O vice-prefeito de Opera, Ettore Fusco (Liga), disse que ficou "pasmo, surpreso e decepcionado" com o que soube e com a investigação.

"Eu li coisas absurdas, que não tem sentido na cidade de Opera. É surreal. O prefeito vai esclarecer tudo sobre o caso. Estamos obviamente muito decepcionados e muito surpresos. Não pensávamos que algo do tipo poderia acontecer. Se esclarecerá tudo e acredito que ele [Nucera] demonstrará estranheza aos fatos das pessoas envolvidas", disse à ANSA.

Opera é uma pequena cidade da região da Lombardia, no norte da Itália, com cerca de 13 mil habitantes.

Da Ansa

Em meio ao rígido confinamento para frear o avanço do novo coronavírus, os portugueses começaram a votar neste domingo (24) para eleger o novo presidente em uma eleição em que o favorito é o presidente em fim de mandato, o conservador moderado Marcelo Rebelo de Sousa.

Os colégios eleitorais abriram às 08h00 (local e GMT) no Continente e na Ilha da Madeira. O resultado será divulgado após o fechamento dos locais de votação no arquipélago dos Açores, às 20h00 GMT.

Todas as pesquisas projetam uma reeleição do atual chefe de Estado no primeiro turno, logo, a questão é se o candidato da extrema-direita, André Ventura, conseguirá surpreender e chegar no segundo lugar, à frente do ex-eurodeputada socialista Ana Gomes.

Outra das incógnitas é a taxa de participação dos 10,8 milhões de eleitores registrados para esta eleição, em um país que vive há dez dias um segundo confinamento geral como forma de impedir a explosão de casos da covid-19.

Além das lojas e restaurantes, o governo fechou as escolas por quinze dias, enquanto no sábado um novo recorde de casos e mortes foi registrado, aumentando o total desde o início da pandemia para mais de 10.000 mortes.

Com mais de 80.000 novos casos registrados na semana que termina, Portugal ocupa o primeiro lugar no mundo em número de infectados em relação à população, superado apenas pelo enclave britânico de Gibraltar, segundo dados oficiais obtidos pela AFP.

- Evitar um segundo turno -

No seu segundo discurso de campanha, o presidente em fim de mandato convidou os eleitores a votarem nele para evitar um segundo turno marcado para 14 de fevereiro e "evitar que os portugueses prolonguem a eleição por três semanas cruciais" de contenção da epidemia.

"Uma abstenção de 70% é suficiente para um segundo turno ser inevitável", ressaltou Marcelo Rebelo de Sousa, ex-professor de direito de 72 anos que ganhou fama como comentarista político na televisão.

Na verdade, candidatos e observadores temem que o contexto da saúde, que contribui para o resultado previsível das eleições, contribua para os eleitores permanecerem em casa e alterar as projeções das urnas.

Pelas últimas pesquisas, Rebelo de Sousa aparecia com 58% das intenções de voto, frente a 15% da socialista Ana Gomes e pouco mais de 10% do candidato da extrema-direita André Ventura.

Desde o surgimento da democracia, em 1974, os quatro presidentes que Portugal teve foram eleitos no primeiro turno para um segundo mandato de cinco anos.

A ativista de extrema direita Sara Giromini, conhecida como Sara Winter, criticou o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) em publicação no Facebook. Segundo Giromini, o governo está exonerando pessoas próximas a ela.

"A orientação é exonerar todos os que tiveram contato comigo do governo, afinal, a praga do Bolsonaro não é a esquerda, é a loirinha que causou tentando defendê-lo", ela escreveu. Winter afirmou estar 'cansada de ficar calada enquanto vejo o governo que dei minha vida enfiar uma piroca no meu c*"

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"Damares? Eu sou a filha que Damares abortou. O ofício que meus advogados protocolaram no Ministério dos Direitos Humanos no dia 17 de Junho sobre a prisão política está jogado lá, nem olharam, tampouco responderam", continuou, em referência a um vídeo em que a ministra Damares disse que Giromini era como se fosse sua filha.

A ativista também disse ter inveja do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli. "Ele pelo menos ganhou um abraço do Bolsonaro".

Ela acrescentou na postagem: "Não reconheço Bolsonaro. Não sei mais quem ele é. O homem que eu decidi entregar meu destino e vida para proteger um legado conservador. Por que estou escrevendo isso? Porque não aguento mais".

Giromini também criticou o general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Segundo ela, Heleno a proibiu de criticar a imprensa. A base aliada também teria pedido para não haver críticas ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e ao STF.

Após a repercussão da publicação, a ativista disse que não estava contra Bolsonaro. "Não sou louca de estar contra ele. Eu sou a louca que quer entender por que todos os bolsonaristas estão sendo expurgados do governo Bolsonaro", escreveu.

Na última semana, a Justiça do Distrito Federal indeferiu o pedido da extremista para reativar sua conta no Picpay. A plataforma financeira suspeitou a carteira digital após ela divulgar dados sigilosos da criança de 10 anos que engravidou após ser estuprada pelo tio.

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O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), usou o Twitter, nesta quarta-feira (2), para avaliar o desembarque do ex-juiz Sergio Moro e do procurador Deltan Dallagnol dos cargos que ocupavam, o comando do Ministério da Justiça e a coordenação da força-tarefa da Lava Jato, respectivamente. Dino disse que os dois foram "descartados pela extrema-direita". 

"Moro & Dallagnol se juntaram à extrema-direita para destruir a esquerda e foram descartados", escreveu o governador, que logo em seguida deu um alerta aos demais agentes públicos que atuam no Poder Judiciário ou seus braços de investigação. 

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"Aos agentes jurídicos honestos fica a mensagem: a extrema-direita usa eleitoralmente a bandeira da 'corrupção'. Mas, logo que chega ao poder, pratica corrupção e se junta aos corruptos", observou o comunista. 

O comentário de Flávio Dino acontece um dia depois do Ministério Público Federal (MPF) anunciar a saída de Dallagnol da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, no Paraná. Ele deixou o cargo por poblemas de saúde da filha. Deltan ganhou notoriedade no país após as investigações da operação ganharem força. Em uma das denúncias, o procurador usou um powerpoint para dizer que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) era chefe de uma organização criminosa. 

A candidata de extrema-direita da Liga de Matteo Salvini teria perdido nas eleições regionais cruciais de Emília-Romanha (norte), consideradas um teste nacional na Itália, segundo pesquisas de boca de urna divulgadas neste domingo.

O atual presidente da região, Stefano Bonaccini, do Partido Democrático (esquerda), teria ganhado com entre 48% e 52% dos votos de Lucia Borgonzoni da Liga, que teria obtido entre 43% e 47%.

O resultado em Emília-Romanha é crucial para a frágil coalizão que governa a Itália, formada pelo PD e o Movimento 5 Estrelas (M5E, antissistema), que temia que uma vitória da extrema-direita neste bastião de esquerda desatasse a queda do governo.

A taxa de participação na região foi recorde, de 67,1%, quase o dobro em relação a 2014. Se mobilizaram sobretudo os eleitores das cidades, entre elas Bolonha e Reggio Emilia.

Salvini, que lidera as pesquisas a nivel nacional, com 30%, sonhava em voltar ao poder e conquistar, com sua política nacionalista e xenofóbica, essa próspera região do norte da península, governada desde a queda do fascismo pela esquerda, orgulho de todo o país por seu modelo econômico e seu estilo de vida.

"A Emília-Romanha continua vermelha", afirmou o jornal local de Bolonha. A derrota da Liga vai ter repercussões políticas, mas já representa um alívio à coalizão governamental.

Para analistas e cientistas políticos, essas eleições regionais tinham se tornado um "referendo" a favor ou contra Salvini e a favor ou contra o governo de coalizão no poder.

Com um minuto de silêncio que paralisou as ruas de Varsóvia, um buzinaço, missas e comícios, a Polônia prestou homenagem nesta quinta-feira (1) aos heróis da Insurreição de Varsóvia, evento que os nacionalistas querem recuperar o legado simbólico.

Há 75 anos, em 1º de agosto de 1944, cerca de 50 mil insurgentes, soldados do exército clandestino AK, ligado ao Governo polonês no exílio em Londres, enfrentaram as tropas nazistas que ocupavam a cidade. Em 63 dias de combates, 200 mil civis morreram e a cidade foi reduzida a ruínas. Em seguida, Hitler ordenou destruição de tudo o que restou em pé.

O ministro alemão das Relações Exteriores, Heiko Maas, participou das cerimônias de aniversário e, de novo, pediu perdão aos poloneses.

"Gostaria pedir perdão às famílias das pessoas abatidas e feridas. Me envergonha o que os alemães, atuando em nome da Alemanha, fizeram à Polônia", declarou no Museu do Levante. "Também me envergonha o fato de que esta culpa tenha sido mantida silenciada durante muito tempo após a guerra", acrescentou.

Às 17H00 locais (12H00 de Brasília), hora do início da insurreição, em 1944, milhares de pessoas se reuniram no centro de Varsóvia, muitas com sinalizadores acesos, enquanto cantavam música patrióticas e religiosas.

Três jovens estudantes que participaram do evento declararam que "é um momento difícil, as pessoas estão muito divididas, mas estamos unidos em torno de nossa pátria e nossa fé católica".

A manifestação, apesar de ter sido organizada pela extrema-direita, contou com a participação de jovens que usavam um adesivo que dizia "contra o fascismo".

No local da manifestação era possível ver uma grande placa luminosa alugada pelo movimento Akcja Demokracja, que proclamava: "Varsóvia livre. Sem fascismo". Outras mensagens denunciavam "a apropriação, por parte dos grupos fascistas, de extrema-direita e nacionalistas" de uma festa do povo da Polônia.

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