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A Venezuela está esperando para este sábado uma decisão chave da comissão eleitoral do país sobre os detalhes da votação que irá definir o substituto o presidente Hugo Chávez. A constituição determina que as eleições sejam convocadas no prazo de 30 dias desde a morte de Chávez, no último dia 5.

Nicolás Maduro, vice-presidente do falecido líder esquerdista Hugo Chávez, foi empossado oficialmente como presidente em exercício do país na última sexta-feira.

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Durante o juramento, Maduro se afirmou como filho ideológico de seu mentor e predecessor. "Ficamos totalmente satisfeito com o líder, o chefe que tivemos", disse após de ser anunciado como presidente em exercício pelo líder da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello.

Maduro será, ao mesmo tempo, líder temporário e candidato presidencial. O Supremo Tribunal da Venezuela decidiu, na sexta-feira, afirmando que "durante as eleições para o Presidente da República, o presidente em exercício não é obrigado a separar-se do cargo."

Membros da oposição afirmam que a condição de Maduro é inconstitucional, já que ele está ocupando dois cargos ao mesmo tempo. O adversário mais provável de Maduro é o líder da oposição, Henrique Capriles. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

Uma fonte do conselho eleitoral da Venezuela afirmou, neste sábado, que é provável que as eleições presidenciais no país aconteçam na próxima semana. Nicolás Maduro, o sucessor escolhido pelo falecido líder esquerdista, Hugo Chávez, pressionou o conselho a organizar as eleições "imediatamente". Ele foi empossado como presidente interino na sexta-feira (08), em uma cerimônia boicotada pela oposição, que questiona a constitucionalidade do cargo.

Segundo a fonte, o conselho eleitoral deve se reunir ainda neste sábado para decidir a data da votação, e que o dia "mais provável" seria 14 de abril. A imprensa local confirmou a informação, e o jornal El Universal disse que os candidatos poderão se registrar a partir do domingo (10). O líder da oposição, Henrique Capriles, que perdeu para Chávez na eleição de outubro, é o adversário mais provável de Maduro. As informações são da Dow Jones.

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Brasília - A data da eleição presidencial na Venezuela será definida hoje (9), durante reunião do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país. O órgão também deve divulgar, neste sábado, todo o cronograma do processo de escolha do novo presidente, incluindo o período de campanha eleitoral.

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O Artigo 233 da Constituição venezuelana estabelece que na "ausência total" de um presidente eleito nos primeiros quatro anos de mandato devem ser convocadas eleições gerais dentro de 30 dias.

Ontem (8), Nicolás Maduro foi juramentado presidente interino da Venezuela. Após receber a faixa do presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, Maduro disse que conversou com a presidenta do CNE, Tibisay Lucena, e pediu que todos os marcos constitucionais para o processo de eleição sejam respeitados.

O presidente interino jurou lealdade e prometeu seguir o caminho traçado por Hugo Chávez, cujo corpo continua sendo velado na Academia Militar do país. Antes da posse de Maduro, o líder oposicionista e governador do estado de Miranda, Enrique Capriles, concedeu uma entrevista e pediu um minuto de silêncio em homenagem a Hugo Chávez. Capriles destacou que “era adversário do ex-presidente, mas não seu inimigo”.

 

Chávez morreu na última terça-feira (5) em Caracas, aos 58 anos, vítima de complicações de um câncer na região pélvica. Em dezembro do ano passado, foi submetido a uma cirurgia em Havana, capital cubana. As últimas imagens, em fotos ao lado das filhas no hospital, foram divulgadas há pouco mais de duas semanas.

O anúncio da morte de Chávez foi feito por Nicolás Maduro, em pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão.

Caracas – Nicolás Maduro foi juramentado como presidente interino da Venezuela. Ele solicitou ao Conselho Regional Eleitoral (CNE) que convoque eleições presidenciais em 30 dias, como determina a Constituição. A cerimônia ocorreu ontem (8), às 19h30 (22h00 no horário de Brasília), no Palácio Federal Legislativo.

Após receber a faixa presidencial do presidente da Assembleia, Diosdado Cabello, Maduro disse que conversou com a presidenta do CNE, Tibisay Lucena e pediu que todos os marcos constitucionais para o processo sejam respeitados. “Na data fixada pelo CNE faremos eleições e desde então vamos para as ruas”, declarou.

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O presidente interino jurou lealdade e prometeu seguir o caminho traçado por Hugo Chávez, cujo corpo continua sendo velado na Academia Militar do país. “Se for a vontade de Deus, da pátria e do glorioso povo, a Venezuela seguirá a rota que Hugo Chávez fixou na construção do socialismo”, disse.

Antes da posse de Maduro, o líder oposicionista e governador do estado de Miranda, Enrique Capriles, convocou umaconcedeu uma entrevista à imprensa. Ele pediu um minuto de silêncio em homenagem a Hugo Chávez. Capriles destacou que “era adversário do ex-presidente, mas não seu inimigo”.

Capriles criticou  Maduro e o Tribunal Superior de Justiça (TSJ). Segundo o líder oposicionista, o Artigo 233 da Constituição permite apenas que Maduro permaneça no cargo interinamente até as eleições, mas sem mudar o status de vice-presidente para presidente.Para ele, a sentença do TSJ, que designou Nicolás Maduro como presidente encarregado, é uma “fraude constitucional”. “O TSJ não decide quem é o presidente. Quem decide é o povo e ninguém votou em Nicolás Maduro para presidente”, declarou.

Capriles convocou o povo do país a protestar antes da posse com um “panelaço” e por cerca de meia-hora o barulho do bater das panelas foi
ouvido em alguns bairros em casas e edifícios. Mas os chavistas também reagiram e responderam ao sonar das panelas com o coro “viva Chávez”.

A Mesa da Unidad Democrática (MUD) que concentra os partidos de oposição, ainda não anunciou quem representará os oposicionista nas eleições.

A Suprema Corte da Venezuela considera o vice-presidente Nicolás Maduro presidente interino do país desde a morte, na terça-feira, de Hugo Chávez.

A máxima instância judicial venezuelana também determinou que Maduro, nomeado herdeiro político de Chávez, está habilitado a disputar a presidência nas eleições que ocorrerão dentro de algumas semanas no país.

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Mais cedo, o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Diosdado Cabello, anunciou planos de realizar uma cerimônia de posse. A oposição prometeu boicotar o evento.

Em sua conta no microblog Twitter, o líder de oposição Henrique Capriles disse considerar a decisão da Suprema Corte uma "fraude constitucional".

A constituição Venezuela especifica que, na ausência do presidente eleito nas urnas, o cargo deve ser ocupado interinamente pelo presidente da Assembleia Nacional.

Chávez foi reeleito presidente da Venezuela em outubro do ano passado. Ele deveria ter sido empossado em janeiro, o que não aconteceu por causa da doença que levou a sua morte. As informações são da Associated Press.

Os funerais de Estado do presidente Hugo Chávez tiveram início há pouco na capital venezuelana com a presença de aproximadamente 30 chefes de Estado e de governo.

No interior da Academia Militar de Caracas, um coro e uma orquestra deram início à cerimônia entoando o hino nacional da Venezuela.

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Além dos dignitários estrangeiros, estão presentes o vice-presidente Nicolás Maduro, outros altos funcionários venezuelanos e personalidades como o ator Sean Penn.

"Viva Chávez!", gritaram os presentes ao término do hino nacional venezuelano. A seguir, Maduro depositou uma espada sobre o ataúde de Chávez. As informações são da Associated Press.

Esta semana, aos 58 anos, morreu Hugo Chávez, presidente da Venezuela. A notícia não foi tão surpreendente devido ao estado de saúde do político, que lutava contra o câncer e estava bastante debilitado após 4 cirurgias. O fato é que amado e odiado por muitos, Chávez escreveu seu nome na história venezuelana e, porque não dizer, mundial como um ditador antiimperialista.

No poder desde 1999, o Tenente-coronel do Exército da Venezuela tentou chegar ao poder pela primeira vez através de um golpe de estado, em 1992. Ao assumir o governo de forma democrática, em 1999, Chávez logo colocou em prática a sua chamada “revolução bolivariana”.  Todo seu governo ficou marcado pela estatização de grandes indústrias e da máquina petrolífera da Venezuela, principal produto da economia do País.

Chávez concentrou o máximo dos poderes que pode em suas mãos. O socialista era grande amigo de Fidel Castro, além de presidente, era comandante chefe das Forças Armadas e presidente do PSUV. Além disso, seus partidários controlam a maioria dos parlamentares e ostentam uma maioria no Supremo Tribunal de Justiça. Ou seja, todos morriam de medo dele.

Apesar da política despótica, durante o seu mandato, as relações políticas e econômicas da Venezuela foram estreitadas com alguns países também governados por gestores populistas,  como o próprio Brasil, Equador e Cuba. Contudo, as relações com outros países se tornaram conturbadas, como com os Estados Unidos.

Popular, seguidor de Símon Bolivar, socialista e anti-imperialista. Hugo Chávez tentou mudar a Venezuela com sua política de redistribuição da renda do petróleo – cujo país é o quinto maior exportador mundial do produto. Mas, não houve diversificação do campo produtivo e o principal motor da economia continuou sendo o petróleo. A crise econômica afetou duramente a Venezuela, com a queda do valor do barril de petróleo, Chávez quase viu o país quebrar e a escassez de alimentos se tornou uma realidade para os venezuelanos.

Mas nem tudo no governo Chavista foi espinhos. Foi durante seu governo que, de acordo com a Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), a pobreza na Venezuela caiu mais de 20%, e o país registrou a menor desigualdade entre ricos e pobres entre nações latino-americanas, com 0,41 no índice de Gini. Foi dele, também, a criação de programas sociais de saúde e educação em cooperação com Cuba – a Venezuela recebia assistência de médicos e educadores cubanos em troca de petróleo.

Apesar de ter destinado seu governo para os mais necessitados, Chávez não conseguiu eliminar uma das maiores mazelas econômicas da Venezuela: a inflação no País atinge índices que chegam aos 30%, a  inflação da América Latina. Além disso, o socialista pecou em não criar uma política econômica capaz de evitar a recessão ou de diminuir os índices de criminalidade nas ruas.

A Venezuela ficou órfã de seu maior nome político, o ditador  Hugo Chávez, que, querendo ou não deu  sua contribuição para o país e agora, resta esperar que o País encontre seu caminho na democracia, na paz e nas relações internacionais, que durante o seu regime não inexistia .

,O chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse nesta quinta-feira que o Brasil manterá uma relação "estreita" com a Venezuela, após a morte do presidente Hugo Chávez. Carvalho também afirmou que deseja que o povo venezuelano "possa encontrar o seu melhor caminho". "Não seria imaginável que a presidente Dilma, frente ao padrão de relação que tivemos com o presidente Chávez no governo do presidente Lula e no governo da presidente Dilma, ela não fosse, tivesse presente (ao velório). Não só ela como vários representantes do governo brasileiro estão lá, acho que é mais do que merecida essa homenagem, e continuaremos, naturalmente, nessa relação estreita com o povo da Venezuela porque entendemos que a América Latina é uma unidade, um conjunto, precisamos caminhar juntos", afirmou, após participar de evento no Palácio do Planalto para discutir o Plano Brasil sem Miséria.

A presidente embarcou por volta das 11 horas para Caracas, acompanhada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do governador da Bahia, Jaques Wagner (PT). A comitiva brasileira também será composta pelo ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, pelo senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e deputados.

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De acordo com fontes do governo, a viagem de Dilma à Venezuela é uma demonstração do compromisso da administração federal em reforçar laços com aquele país, num momento de transição. Ela deve retornar para o Brasil na tarde desta sexta-feira, depois do enterro do corpo de Chávez.

"Temos um reconhecimento ao processo que ele (Chávez) fez naquele país, tivemos e mantemos divergência numa porção de itens, pontos, de métodos, mas é reconhecida, sem dúvida nenhuma, a inversão de prioridade que ele fez naquele país. É uma outra Venezuela hoje, o povo, a reação do povo nas ruas é o maior indicativo daquilo que representa o Chávez para aquele país", afirmou Carvalho.

"Quando um povo chora e lamenta a perda de um presidente como está acontecendo na Venezuela, eu penso que os intelectuais, os analistas políticos devem estar atentos a isso porque significa que ele mexeu na qualidade da vida do povo, ele mexeu na estrutura social que havia naquele país e colocou, efetivamente, recursos públicos a serviço dos que precisam. Isso, numa América Latina que tem uma tradição de as elites mandarem, da imensa exclusão do povo, das tradições inclusive de ditaduras; isso é uma verdadeira revolução que aconteceu naquele país", disse.

Ele disse esperar que o povo venezuelano "possa encontrar o seu melhor caminho" após a morte de Chávez. "Esperamos que o povo venezuelano possa encontrar o seu melhor caminho, assim como a Bolívia está buscando, assim como nós do Brasil estamos buscando, nossa posição é de profundo respeito, de profundo reconhecimento a essa obra que esse presidente realizou naquele país e a inspiração que provocou inclusive em outros países da América Latina", declarou.

Na terça-feira, durante o Congresso Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, em Brasília, Dilma acentuou que a morte do presidente venezuelano enche de "tristeza todos os latino-americanos". "O presidente Chávez foi, sem dúvida, uma liderança comprometida com o seu país e com o desenvolvimento dos povos da América Latina. Em muitas ocasiões, o governo brasileiro não concordou integralmente com o presidente Hugo Chávez. Porém, hoje, como sempre, nós reconhecemos nele uma grande liderança, uma perda irreparável e, sobretudo, um amigo do Brasil, um amigo do povo brasileiro", discursou, na ocasião.

O líder da oposição venezuelana Henrique Capriles, que se mostrou um formidável adversário político na campanha eleitoral que levou à reeleição do ex-presidente Hugo Chávez no ano passado, será o candidato para disputar as eleições presidenciais convocadas em razão da ausência do líder, de acordo com pessoas da oposição.

Capriles, governador do estado de Miranda, deve enfrentar o vice-presidente Nicolás Maduro, que assumiu o controle interino do governo apesar das reclamações de críticos que afirmam que ele violou a linha legal de sucessão.

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Chávez morreu na terça-feira depois de lutar contra um câncer por quase dois anos. A Constituição exige eleições no prazo de 30 dias, se o posto de presidente não for ocupado nos primeiros quatro anos de um mandato, mas funcionários do Estado ainda não anunciaram a data da eleição.

Dois assessores próximos a Capriles disseram que um anúncio deve acontecer logo, mas avisou que a oposição pode esperar até depois do período de sete dias de luto que o governo convocou em honra de Chávez para anunciar seu candidato.

Ramon José Medina, porta-voz da aliança de oposição, conhecida como MUD, disse que uma decisão formal ainda não foi tomada. No entanto, ele reconheceu que Capriles seria a "primeira opção óbvia".

Capriles, um advogado de 40 anos de idade e ex-deputado, conseguiu 44% dos votos populares nas eleições de 7 de outubro contra Chávez, que ganhou um mandato de seis anos com 55% dos votos. Foi o melhor resultado de um adversário político em uma disputa contra Chávez.

Medina disse que os líderes da oposição ainda estão esperando para ver os termos das eleições. O porta-voz acrescentou que a oposição questiona e de agir contra a nomeação de Maduro como líder interino sem uma cerimônia de juramento oficial. Um decreto publicado no Diário Oficial mais cedo nesta quarta-feira mostrou assinatura de Maduro ao lado do título "Presidente Interino da República". AS informações são da Dow Jones.

 

Uma multidão estimada em centenas de milhares de pessoas saiu às ruas de Caracas nesta quarta-feira para se despedir do presidente Hugo Chávez, morto na véspera depois de uma luta de quase dois anos contra um câncer.

Ao som do hino nacional venezuelano, o ataúde castanho contendo os restos mortais do presidente Hugo Chávez deixou no início da tarde o hospital onde ele faleceu e seguiu em direção à Academia Militar onde o corpo seria velado. Mais de quatro horas depois, o cortejo até o local do velório ainda parecia distante do fim.

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Ao longo do trajeto, a multidão se aglomerava nas calçadas e tentava se aproximar do carro aberto que transportava o caixão de Chávez, coberto por uma bandeira da Venezuela.

Antes do início do cortejo, transmitido ao vivo pela televisão local, os presentes renderam honras na entrada do hospital militar e um padre rezou pelo "eterno descanso" de Chávez, morto aos 58 anos de idade.

À frente do caixão seguia a mãe do falecido presidente, Elena Frías de Chávez, vestida de negro. Ela enxugava as lágrimas com um lenço branco.

O presidente da Bolívia, Evo Morales, e o vice-presidente e herdeiro político de Chávez, Nicolás Maduro, seguiram a pé, acompanhados de outros dignitários, o trajeto entre o hospital e a Academia Militar.

Pelo caminho, muitos venezuelanos choravam ou seguiam cabisbaixos, enquanto outros tremulavam bandeiras venezuelanas, salpicavam o caixão com flores e entoavam com vigor palavras de ordem em homenagem ao falecido presidente.

"Estou aqui por Chávez. Ele não morreu. Está vivo em nossos corações", disse Maribel Bello, uma estudante universitária entrevista pela televisão estatal. "Ele morreu e viveu por nós. Eu vou viver e morrer por ele."

O comerciante José Luis Perdomo, por sua vez, temia a possibilidade de episódios de violência entre simpatizantes e detratores do polarizador presidente.

Soldados podiam ser vistos pelas ruas da capital, mas não havia notícias de distúrbios. As escolas permanecerão fechadas até a semana que vem e o trânsito fluía tranquilamente pelas normalmente congestionadas ruas e avenidas de Caracas.

Os presidentes da Argentina, Cristina Kirchner, da Bolívia, Evo Morales, e do Uruguai, José Mujica foram os primeiros a chegar à capital venezuelana para os funerais de Chávez. A presidente Dilma Rousseff embarcará amanhã para Caracas, informou hoje o Itamaraty. Em Bogotá, a chancelaria da Colômbia informou que o presidente do país, Juan Manuel Santos, também irá à Venezuela para despedir-se de Chávez. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarcará nesta quinta-feira para Caracas para acompanhar o funeral do presidente venezuelano Hugo Chávez. Lula deve se encontrar com a presidente Dilma Rousseff na capital venezuelana e voltará ao Brasil na sexta-feira. Chávez faleceu ontem depois de quase dois anos de luta contra um câncer na região pélvica.

Lula disse, em nota distribuída ontem, sentir orgulho de "ter convivido e trabalhado com ele pela integração da América Latina e por um mundo mais justo". "Eu me solidarizo com o povo venezuelano, com os familiares e correligionários de Chávez, neste dia tão triste, mas tenho a confiança de que seu exemplo de amor à pátria e sua dedicação à causa dos menos favorecidos continuarão iluminando o futuro da Venezuela."

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Diversos líderes mundiais lamentaram nesta quarta-feira o falecimento do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, na tarde de ontem, depois de quase dois anos de luta contra um câncer. Enquanto alguns mencionaram as "circunstâncias suspeitas" da doença que levou à morte do líder bolivariano, outros manifestaram expectativa de um futuro mais democrático e próspero para o país sul-americano.

O governo dos Estados Unidos, que mantém relações turbulentas com a Venezuela desde a ascensão de Chávez ao poder, em 1999, reagiu com diplomacia. Por meio de nota, o presidente norte-americano, Barack Obama, manifestou que, "neste momento difícil pela morte do presidente Hugo Chávez, os Estados Unidos reiteram seu apoio ao povo venezuelano e seu interesse em desenvolver uma relação construtiva com o governo venezuelano".

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Mas acrescentou: "Neste momento em que a Venezuela inicia um novo capítulo de sua história, os Estados Unidos seguem decididos a impulsionar políticas que promovam princípios democráticos, o império da lei e o respeito pelos direitos humanos".

Por meio de nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores, o presidente em fim de mandato da China, Hu Jintao, e seu sucessor, Xi Jinping, lamentaram a morte de "um grande amigo do povo chinês".

Na Colômbia, o presidente Juan Manuel Santos reconheceu os esforços de Chávez pelo restabelecimento das relações bilaterais depois de sua ruptura durante a gestão de seu antecessor, Álvaro Uribe. "Todos sabem que tivemos muitas divergências, diferentes visões economia, de exercício de governo, de entendimento do progresso social", afirmou. "Mas desde os primeiros dias de meu mandato decidimos deixar de lado as divergências para nos concentrarmos no bem maior para a Venezuela e a Colômbia."

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, decretou luto nacional de um dia e qualificou Chávez como "um santo que regressará no Dia da Ressurreição".

Na opinião do iraniano, "não resta dúvida de que Chávez ressuscitará junto de Jesus e do imã Mahdi", santo mais reverenciado pelo ramo xiita do islã, "e ajudará a estabelecer a paz, a justiça e a bondade no mundo". Ahmadinejad acrescentou que o câncer que acometeu Chávez surgiu "sob circunstâncias suspeitas".

O presidente da França, François Hollande, elogiou Chávez, mas admitiu que "nem todos partilhavam" de seus pontos de vista.

Em Londres, o ex-prefeito Ken Livingstone disse à Associated Press que "o fato de Chávez ter resistido a tentativas de ser derrubado animou outros países latino-americanos a se libertarem e a colocar os interesses de seus povos à frente dos interesses corporativos".

Nabil Shaath, assessor da presidência da Autoridade Nacional Palestina (ANP), qualificou Chávez como "um amigo fiel que defendeu apaixonadamente nosso direito à liberdade e à autodeterminação".

Já o primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, enviou telegrama ao vice-presidente e herdeiro político de Chávez, Nicolás Maduro, afirmando que, com a morte do presidente, "desaparece uma das figuras mais influentes da história contemporânea" do país.

"O governo da Espanha expressa sua vontade de continuar trabalhando intensamente no fortalecimento dos vínculos bilaterais e das relações de profunda amizade que unem nossos países e nossos cidadãos há tantos anos."

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, qualificou Chávez como "líder forte e extraordinário que olhou para o futuro e sempre teve grandes ambições".

O ministro alemão de Relações Exteriores, Guido Westerwelle, qualificou a morte de Chávez como "um duro golpe", mas manifestou expectativa em que a Venezuela "ingresse em novos tempos". As informações são da Associated Press.

Os presidentes Evo Morales (Bolívia), José Pepe Mujica (Uruguai) e Cristina Kirchner (Argentina) chegaram nesta quarta-feira (6) a Caracas, capital venezuelana, para o velório e enterro do presidente da Venezuela, Hugo Chávez. A presidenta Dilma Rousseff e o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, devem viajar nesta quinta (7) à tarde para a Venezuela. O enterro de Chávez está marcado para sexta-feira (8) às 10h.

Os presidentes Sebastián Piñera (Chile) e Rafael Correa (Equador) também devem viajar para Caracas para prestar as últimas homenagens a Chávez.

Sete países decretaram luto oficial pela morte do presidente da Venezuela. Além do Brasil, estão em luto a Argentina, Cuba, o Uruguai, o Equador, a Bolívia e o Irã. No caso do Brasil, o luto é de três dias a partir de hoje. Os governos da Nicarágua, da Colômbia, do México, da Irlanda, da Guatemala, de Portugal e da Espanha fizeram pronunciamentos oficiais.

Chávez morreu às 16h47 (horário de Caracas) de ontem, aos 58 anos, na capital Venezuela, vítima de complicações de um câncer na região pélvica. Em dezembro do ano passado, ele foi submetido à quarta cirurgia para a retirada de um tumor maligno. As últimas imagens de Chávez, divulgadas há duas semanas pelo governo, foram fotografias ao lado das duas filhas no hospital em Cuba, onde ele fazia um tratamento contra o câncer.

O anúncio da morte de Chávez foi feito pelo vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão, na tarde de ontem. Chávez morreu às 16h47 (18h47 horário de Brasília), após apresentar dificuldades respiratórias e ser submetido a sessões de quimioterapia.

Ao som do hino nacional venezuelano, o ataúde castanho contendo os restos mortais do presidente Hugo Chávez começou a ser levado há pouco do hospital onde ele faleceu na véspera à Academia Militar onde será velado. O caixão de Chávez está coberto por uma bandeira da Venezuela.

Antes do início do cortejo, os presentes renderam honras na entrada do hospital militar e um padre rezou pelo "eterno descanso" de Chávez, morto ontem aos 58 anos de idade.

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À frente do caixão seguia a mãe do falecido presidente, Elena Frías de Chávez, vestida de negro. Ela enxugava as lágrimas com um lenço branco. As informações são da Associated Press.

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, elogiou o papel do líder venezuelano Hugo Chávez nas negociações de paz com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), acrescentando que um acordo de paz seria a "melhor homenagem à memória" de Chávez.

Santos disse em um comunicado que o progresso que sua administração tem feito em negociações de paz com as Farc "é também devido à dedicação e ao compromisso sem limites do presidente Chávez e do governo da Venezuela".

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O governo da Venezuela está agindo como mediador nas negociações de paz entre as Farc e o governo colombiano, que têm ocorrido em Havana. No passado, o governo colombiano acusou a Venezuela de permitir que as Farc montassem acampamentos na Venezuela para escapar do exército colombiano, acusações que prejudicaram as relações diplomáticas entre as duas nações.

Mas desde que Santos assumiu o cargo em 2010, a Colômbia tentou melhorar as relações com a administração venezuelana e já agradeceu publicamente à Venezuela por seu papel nas negociações de paz.

"Todo mundo sabe que nós tivemos diferenças sobre a nossa visão sobre a economia, diferenças sobre a execução do governo, diferenças sobre como entendemos o progresso social", disse Santos em um comunicado.

"A obsessão que nos uniu e que foi o pilar da nossa relação foi a paz na Colômbia e na região", disse Santos. As informações são da Dow Jones.

O governo do Equador planeja declarar três dias de luto para marcar a morte do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou o presidente Rafael Correa na terça-feira. "Nós perdemos um revolucionário, mas milhões de nós permanecem", disse Correa, um aliado próximo de Chávez.

Ele acrescentou que a morte de Chávez é uma perda para toda a América Latina. Chávez morreu na terça-feira de complicações relacionadas ao câncer.

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Na Nicarágua, nação amplamente beneficiada pelo petróleo da Venezuela, Rosario Murillo, esposa e porta-voz do presidente Daniel Ortega, disse que Chávez é "um dos mortos que nunca morrem".

Em um programa de televisão, Murillo disse: "Somos todos Chávez". As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

A morte de Hugo Chávez, anunciada na noite desta terça-feira, deixa um vazio na petrolífera Venezuela e incertezas para a indústria global de energia, disseram executivos da indústria do petróleo e analistas.

A notícia da morte do líder bolivariano foi divulgada durante a conferência IHS CERAWeek, em Houston, nos Estados Unidos. Executivos da empresa, funcionários do governo e analistas apontaram para o vácuo de liderança que Chávez deixa depois de comandar o país membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) durante 14 anos.

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Mas, para muitos participantes da indústria, o problema se resume a uma questão: será que as empresas de petróleo estrangeiras serão chamadas de volta à Venezuela para reavivar a estagnada indústria local? "Esta é a pergunta de um milhão de dólares, se eles vão abrir ou não", disse Bobby Tudor, presidente da empresa de investimento de energia Tudor Pickering Holt.

Em seu mandato, Chávez tomou posse da maioria dos campos petrolíferos, além de medidas que espremeram as companhias multinacionais e fizeram a Exxon Mobil e a ConocoPhillips deixar o país. No entanto, vários participantes da conferência em Houston ressaltaram que a fuga das empresas e de seu expertise levaram a um declínio na infraestrutura de energia e na produção de petróleo do país.

A produção de petróleo da Venezuela diminuiu 21% desde 1999, quando Chávez assumiu o poder, de acordo com dados do governo dos EUA. Apesar da queda na produção, a Venezuela tinha um número estimado de 211 bilhões de reservas provadas de barris de petróleo em 2011, a segundo maior do mundo, segundo o Oil and Gas Journal. As informações são da Dow Jones.

Horas antes de anunciar a morte de Hugo Chávez, o governo da Venezuela recorreu a um dos truques favoritos do presidente para tentar unir seus partidários: falar de uma suposta conspiração dos EUA para desestabilizar o país. O vice-presidente Nicolas Maduro até sugeriu que Washington poderia estar por trás do câncer de Chávez.

"Por trás de tudo, estão os inimigos da pátria", disse Maduro, na televisão estatal, ladeado por todo o gabinete, governadores e comandantes militares do país. Maduro disse que o adido da Força Aérea da Embaixada dos EUA, coronel David Delmonaco, e um oficial militar norte-americano se aproximaram de membros do exército venezuelano e tentaram recrutá-los para "desestabilizar" a nação sul-americana. Maduro não deu detalhes sobre o suposto plano.

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Maduro também sugeriu que "inimigos históricos" do país, uma frase muito usada na Venezuela para se referir aos EUA e seus aliados, podem ter causado o câncer de Chávez. Ele disse que o país provavelmente descobriria no futuro que Chávez "foi atacado com esta doença".

A gestão Obama, que espera estreitar as relações com a Venezuela após anos de antagonismo de Chávez, rejeitou as alegações. "Nós rejeitamos completamente a afirmação de que os EUA estão envolvidos em qualquer tipo de conspiração para desestabilizar o governo venezuelano. Nós rejeitamos as alegações específicas contra membros da nossa embaixada", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Patrick Ventrell.

A retórica de Maduro é semelhante às teorias da conspiração que Chávez teceu durante seus 14 anos no poder. O líder populista venezuelano pode ter se inspirado em seu mentor político, Fidel Castro, que há muito tempo busca apoio do povo cubano ao retratar os EUA como um inimigo implacável. As informações são da Dow Jones.

O governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), ao saber do falecimento do presidente da Venezuela, Hugo Chavez, expressou nesta terça-feira (5) o seu pesar e pediu que o processo sucessório seja respeitado. Em outubro de 2012, Chávez foi reeleito para comandar o país de 2013 a 2019.
 
"Quero expressar o meu pesar pelo falecimento do presidente Chávez e manifestar a minha solidariedade ao povo da Venezuela. Quero também afirmar os votos de que no processo sucessório sejam respeitados os valores democráticos, garantindo paz e liberdade para todos os venezuelanos".

Eduardo realiza a declaração durante sua viagem para Brasília, onde juntamente com outros governadores se encontrará nesta quarta-feira com a presidenta Dilma Roussef (PT). O governador participa, às 11h, no Palácio do Planalto, da reunião sobre a nova seleção do Programa de Aceleração e Crescimento (PAC) - Saneamento, Mobilidade e Pavimentação.

Com a morte do presidente Hugo Chavez um ar de dúvidas paira sobre o estado venezuelano e o cientista político, Adriano Oliveira, comenta que esse momento é mais para reflexão e perguntas do que propriamente respostas. De acordo com o Oliveira, a atual legislação eleitoral do país determina que daqui há 30 dias deverão ocorrer eleições presidenciais.

“A morte de Chávez era esperada por causa do seu problema de saúde e surgem algumas indagações. Quem vai liderar o chavismo? O estado implantado naquele País vai permanecer? Como vai se dar a reação da oposição e do povo e principalmente a relação entre a Venezuela e os Estados Unidos?”, questionou Oliveira.

Segundo o cientista político, a morte de Chávez tem um valor histórico para a América Latina, pois ele foi eleito com a o voto popular, mas implantou um estado autoritário na Venezuela. “Ele foi eleito democraticamente, mas usava o poder despótico no controle das instituições, no poder judiciário e principalmente para modificar a legislação do país”, ressaltou.

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