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O presidente da República, Jair Bolsonaro, designou novos membros para as duas câmaras do Conselho Nacional de Educação (CNE), órgão com atribuições normativas, deliberativas e de assessoramento do ministro de Estado da Educação. Ao todo, foram formalizados nove nomes.

Um dos nomes é de Elizabeth Guedes, presidente da Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup) e irmã do ministro da Economia, Paulo Guedes.

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Um outro é de Ilona Becskehazy, que já foi secretária de Educação Básica do Ministério da Educação na gestão Bolsonaro, mas foi exonerada em agosto de 2020 depois que o pastor evangélico Milton Ribeiro assumiu a pasta.

Para a Câmara de Educação Básica, foram designadas: Leila Soares de Souza Perussolo; Márcia Teixeira Sebastiani; e Ilona Maria Lustosa Becskehazy Ferrão de Souza. Para a Câmara de Educação Superior, foram designados: Paulo Fossatti; Luciane Bisognin Cretta; Elizabeth Regina Nunes Guedes; Henrique Sartori de Almeida Prado; André Guilherme Lemos Jorge; e Mauro Luiz Rabelo.

A composição dos colegiados consta de decreto publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira, 8. Todos os membros terão mandato de quatro anos.

Os empregados da Eletronuclear aprovaram em assembleia uma greve por 24 horas para o próximo dia 30, por um impasse no Acordo Coletivo do Trabalho (ACT), segundo o coordenador do Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), Emanuel Mendes. Antes, porém, na segunda-feira (29), haverá uma reunião com o presidente da estatal, Leonam Guimarães, disse Mendes.

"Queremos que o presidente (Guimarães) se envolva nas negociações que agora estão feitas com a Sest (Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais) , já que a ENBPar ainda não tem estrutura", explicou Mendes, referindo-se à Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional, criada para substituir a Eletrobras no controle da Eletronuclear e da usina hidrelétrica binacional de Itaipu.

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Segundo Mendes, a Sest propôs 80% do IPCA para reajustes dos salários e benefícios, o que foi rejeitado em assembleia.

Na semana passada, a Eletrobras, privatizada em junho, homologou no Tribunal Superior do Trabalho (TST) um acordo coletivo garantindo a reposição de 100% do IPCA. Como já estava separada da holding, o ACT da Eletronuclear passou a ser discutido com o governo via Sest, informou Mendes. "A ENBPar, que deveria fazer essa negociação, ainda não tem pessoal, nem sede, não tem estrutura para negociar", disse o sindicalista.

Ontem, 26, a Eletronuclear informou que renovou a licença de instalação da usina nuclear Angra 3, e que iniciaria o processo de concretagem do edifício do reator nuclear em setembro. A obra, iniciada na década de 1980, já foi adiada por vários anos e a expectativa, se nada atrasar, é de que entre em operação em fevereiro de 2028.

Informações publicadas na imprensa indicaram que o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Danilo Dupas Ribeiro, teria mencionado que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021 deverá ser realizado apenas no próximo ano. De acordo com publicações, a suposta fala foi dada à presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), Maria Helena Guimarães de Castro. Porém, na tarde desta quinta-feira (13), o Inep alegou ao LeiaJá que o conteúdo veiculado “não procede”, bem como nos enviou um áudio que seria do depoimento de Dupas durante a reunião de trabalho da Câmara de Educação Básica do CNE, realizada nesta manhã.

“Neste mês nós vamos definir a data do Enem, isso impacta na logística, tem o Revalida, tem outras avaliações sensíveis que estão ocorrendo. Estamos engajados para que o Enem ocorra este ano, mas temos essas variáveis sensíveis que estamos alinhando junto ao MEC e em breve vamos alinhar com vocês as datas”, declarou o presidente do Inep, conforme áudio enviado pelo Instituto ao LeiaJá. Ouça clicando na barra cinza:

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O LeiaJá entrou em contato com o Conselho Nacional de Educação em busca de um posicionamento da presidente Maria Helena Guimarães de Castro. Fomos informados que a gestora está em reunião e, ao final, deverá responder aos questionamentos enviados pelos jornalistas.

Também nesta quinta-feira, o LeiaJá questionou o Inep sobre a possibilidade de o Enem ocorrer neste ano ou ser adiado para 2022. Estudantes cobram o esclarecimento, uma vez que, em publicação no Diário Oficial da União sobre suas metas globais, o Inep não indicou a aplicação em si da prova. Ao nos responder, o Instituto alegou que, junto ao Ministério da Educação (MEC), trabalha para realizar o Exame ainda em 2021.

Até o momento, o Inep não publicou o cronograma oficial de inscrições e de aplicação do Enem, o que tem preocupado os candidatos. Só está disponível, até o momento, o edital para quem almeja pedir isenção da taxa de inscrição ou justificar ausência da edição 2020.

O Conselho Nacional de Educação (CNE) definiu normas educacionais excepcionais a serem adotadas pelos sistemas de ensino enquanto durar a pandemia da Covid-10. A medida vale para instituições e redes escolares de educação básica e instituições de educação superior, públicas, privadas, comunitárias e confessionais.

O documento traz medidas sobre dias letivos e carga horária, direitos e objetivos de aprendizagem, planejamento escolar, retorno das atividades presenciais, atividades pedagógicas não presenciais e educação superior. 

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No ano letivo afetado pelo estado de calamidade pública, devem ser mantidos os programas públicos suplementares de atendimento aos estudantes da Educação Básica e os programas públicos de assistência estudantil da Educação Superior, diz o documento.

As secretarias de educação e gestores de instituições escolares, públicas, privadas, comunitárias e confessionais, ficam responsáveis para oferecer programas visando à formação da equipe escolar na administração logística da instituição, à formação de professores alfabetizadores e de professores para as atividades não presenciais, e ao uso de métodos inovadores e tecnologias de apoio aos docentes, segundo o texto publicado no DOU.

De acordo com o CNE, o retorno às atividades escolares regulares deve ocorrer de acordo com as diretrizes das autoridades sanitárias combinadas às regras estabelecidas pelos respectivos sistemas de ensino e instituições de ensino. 

Sobre a comunicação e ampla divulgação dos calendários escolares, as secretarias de educação e as instituições escolares ficam responsáveis pela divulgação dos calendários, protocolo e esquemas de reabertura das atividades presenciais, o modo de operacionalização das atividades não presenciais, e a forma do alcance dos resultados almejados e definidos, tendo em conta suas peculiaridades, segundo a resolução, de acordo com o CNE.

Referente aos dias letivos e carga horária para estudantes da educação infantil, o documento diz que é obrigatório o mínimo de dias de trabalho educacional (200 dias) e o cumprimento da carga horária mínima anual (800 horas), previstos no inciso II do art. 31 da Lei nº 9.394/1996. A obrigatoriedade também vale para o ensino fundamental e médio, desde que cumpra a carga horária anual nos termos do inciso II do art. 2º da Lei nº 14.040/2020. 

O documento ainda ressalta que visa o atendimento dos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento previsto para cada etapa educacional da educação básica, expressos nas competências da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e desdobradas nas propostas pedagógicas e nos currículos das instituições escolares ou redes de ensino, bem como nas pertinentes Diretrizes Curriculares e Operacionais Nacionais. Já  para a educação profissional técnica de nível médio o processo educativo tem como objetivo o desenvolvimento de competências profissionais previstas nos respectivos planos de curso, nos termos das diretrizes curriculares nacionais.

O documento diz que as normas a serem editadas pelos sistemas de ensino ficam dispensadas, em caráter excepcional, durante o ano letivo afetado pelo estado de calamidade pública reconhecido. 

Já sobre as atividades pedagógicas não presenciais poderão ser utilizadas de forma integral nos casos de suspensão das atividades letivas presenciais por determinação das autoridades locais; e condições sanitárias locais que tragam riscos à segurança das atividades letivas presenciais.

Mais detalhes sobre as normas e o conteúdo completo pode ser conferido no Diário Oficial da União.

O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou nesta terça-feira (7) um parecer que recomenda que escolas públicas e privadas evitem a reprovação dos estudantes neste ano por causa da pandemia do coronavírus. O documento prevê ainda a possibilidade de antecipar o início do ano letivo de 2021 para garantir a aprendizagem que não tenha ocorrido em 2020.

Outra das sugestões é que as famílias mantenham atividades não presenciais em casa, em situações específicas, como a existência de comorbidades.

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O documento do CNE faz sugestões para organizar a volta às aulas no País. Em meio à crise provocada pela pandemia, o conselho vem assumindo protagonismo na definição de orientações para as escolas e redes de ensino.

O parecer foi aprovado por unanimidade, com alguns ajustes na educação especial e no ensino superior - mas ainda tem de ser homologado pelo MEC. Ele ressalta que as orientações para atividades presenciais e não presenciais devem ser consideradas como "sugestões" aos sistemas de ensino, escolas, professores e gestores.

Um dos pontos mais importantes para a reorganização dos calendários de 2020 e 2021 é a revisão dos critérios de avaliação "com o objetivo de evitar o aumento da reprovação e do abandono escolar". A propósito, ele "recomenda fortemente" a adoção de medidas para reduzir a evasão e a retenção escolar em 2020. Pesquisas indicam que a repetência é um dos principais fatores para evasão de jovens. O documento destaca que vários países e Estados norte-americanos aprovaram leis que impedem a reprovação de alunos neste ano.

"Este não é o ano em que deveríamos pensar em reprovar, mas em não deixar nenhum aluno para trás", diz Mozart Neves, especialista em educação e conselheiro do CNE. Segundo ele, é preciso pensar em estratégias para evitar que a desigualdade leve a um abandono escolar ainda maior. A situação é ainda mais grave no caso de jovens dos anos finais do ensino médio, já naturalmente pressionados a ingressar no mercado de trabalho. O atual parecer complementa outro de abril, que já recomendava evitar reprovação.

Sobre o calendário, o texto considera a possibilidade de "um continuum curricular 2020-2021", quando não se puder cumprir os objetivos de 2020. Sugere aumentar os dias letivos em 2021, antecipando o início das aulas, ampliando a carga horária diária e complementando classes presenciais como as remotas. "Vamos precisar de janeiro e de um pedaço de fevereiro", diz Mozart Neves.

Para Arthur Fonseca Filho, diretor da Associação Brasileira de Escolas Particulares, a sugestão de que não haja retenção é positiva. "E não só na época da pandemia. A reprovação é uma medida extrema, excepcional, que não deve ser regra nunca."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A informação que circula de que o Conselho Nacional de Educação (CNE), autarquia ligada ao Ministério da Educação (MEC), recomendou que as escolas privadas voltem às aulas antes das públicas, está equivocada. De acordo com a assessoria do MEC, o presidente do CNE, Luiz Roberto Liza Curi, disse que órgão não elabora cronogramas e essa medida fica por responsabilidade dos estados e municípios. 

 Vale pontuar que as aulas presenciais nas instituições de ensino de todo o estado de Pernambuco foram prorrogadas até 31 de julho. “A Secretaria de Educação e Esportes está trabalhando na elaboração de um plano para retomada das atividades presenciais que inclui um protocolo com diretrizes específicas  para a Educação, observando todas recomendações pedagógicas e sanitárias”, diz a nota oficial enviada à imprensa. Outros estados como Maranhão, Rio de Janeiro e do Distrito Federal flexibilizaram as medidas de distanciamento social e a volta às aulas está prevista parcialmente em agosto.

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Em entrevista ao LeiaJá, o secretário de Educação e Esportes de Pernambuco, Fred Amancio, explicou que, na elaboração do plano de convivência com a Covid-19 específico para a educação básica e nível superior,  também  está sendo analisado outras esferas, como cursos livres, profissionalizantes e cursos de idiomas. Até o momento, porém, não há data oficial para o retorno das aulas presenciais em Pernambuco.

A ideia, segundo Fred, é elaborar um protocolo que atenda ao estado de Pernambuco de maneira geral. No entanto, ele esclarece que isso não acaba com a possibilidade de, em caso de necessidade, olhar para as necessidades específicas de uma determinada região ou município e agir de forma diferenciada de acordo com a realidade local. “A gente não vai ter um plano separado por município, ou separado por região, mas a gente vai, sim, prever a possibilidade de no âmbito das diversas regiões, de poder ter ações caso aconteça uma necessidade específica em uma determinada região”, contou o secretário de Educação. 

Para a elaboração do plano de convivência com o novo coronavírus na educação e seus protocolos de segurança, distanciamento e higiene nas escolas, o secretário Fred Amancio conta que tem realizado estudos, baseado em experiências internacionais, e feito reuniões com entidades ligadas à educação, enquanto os números da pandemia são monitorados pelas autoridades estaduais de saúde. 

“Nosso plano de convivência será em etapas, mas as nossas etapas vão ser um pouco mais à frente. A gente não tomou nenhuma decisão e nem apresentou nada oficialmente, porque primeiro vai ser feita uma avaliação de como foram esses primeiros dias de junho, se verificar com todo o material que a gente vai produzir e apresentar para a área de saúde. Se eles entenderem que é possível a gente dar esse passo, fica a decisão final do governador”, afirmou o secretário. 

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Nesta segunda-feira (1º) Ministério da Educação (MEC) homologou diretrizes do Conselho Nacional de Educação (CNE) para a educação básica e ensino superior durante a pandemia de Covid-19, através de uma publicação no Diário Oficial da União. 

O objetivo do documento é orientar instituições de ensino superior, escolas, estados, municípios e o Distrito Federal sobre as práticas educacionais a serem adotadas durante o período de isolamento, propondo diretrizes gerais. A reordenação do calendário, no entanto, ficará a cargo de cada instituição. 

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O texto sugere a busca de alternativas para reduzir a necessidade de reposição presencial de dias letivos por meio da realização de atividades durante a situação de emergência. Há ainda orientações no sentido de que as reposições sejam feitas em períodos não previstos, como sábados e o contraturno, por exemplo. 

O CNE também autorizou as instituições a contar as atividades não presenciais no cumprimento da carga horária, de acordo com a escolha de cada sistema de ensino. Atividades como videoaulas, plataformas virtuais, redes sociais, programas de televisão ou rádio, material didático impresso e entregue aos pais ou responsáveis são alternativas sugeridas. 

No que diz respeito às avaliações e exames nacionais e estaduais e de instrumentos avaliativos, o MEC encaminhou o texto ao CNE para uma nova proposta. Confira as recomendações: 

“Educação infantil – A orientação para creche e pré-escola é que os gestores busquem uma aproximação virtual dos professores com as famílias, de modo a estreitar vínculos e fazer sugestões de atividades às crianças e aos pais e responsáveis. As soluções propostas pelas escolas e redes de ensino devem considerar que as crianças pequenas aprendem e se desenvolvem brincando prioritariamente.

Ensino fundamental anos iniciais – Sugere-se que as redes de ensino e escolas orientem as famílias com roteiros práticos e estruturados para acompanharem as atividades das crianças. No entanto, as soluções propostas pelas redes não devem pressupor que os “mediadores familiares” substituam a atividade do professor. As atividades não presenciais propostas devem delimitar o papel dos adultos que convivem com os alunos em casa e orientá-los a organizar uma rotina diária.

Ensino fundamental anos finais e ensino médio – A supervisão de um adulto para realização de atividades pode ser feita por meio de orientações e acompanhamentos com o apoio de planejamentos, metas, horários de estudo presencial ou on-line, já que nesta etapa há mais autonomia por parte dos estudantes. Neste caso, a orientação é que as atividades pedagógicas não presenciais tenham mais espaço. Entre as sugestões de atividades, está a distribuição de vídeos educativos.

Ensino técnico – A ideia é ampliar a oferta de cursos a distância (EaD) e criar condições para realização de atividades pedagógicas não presenciais de forma mais abrangente a cursos que ainda não se organizaram na modalidade a distância. Os estágios vinculados às práticas na escola deverão ser realizados de forma igualmente virtual ou não presencial.

Ensino superior – O CNE sugere que, para a continuidade das atividades de aprendizado nesse nível de ensino, as instituições possam disponibilizar atividades não presenciais.

Educação de jovens e adultos (EJA) – Enquanto perdurar a situação de emergência sanitária, as medidas recomendadas para EJA devem considerar as condições de vida dos estudantes, para haver harmonia na rotina de estudos e de trabalho.

Educação especial – As atividades pedagógicas não presenciais devem incluir os estudantes com deficiência, transtorno de espectro autista e altas habilidades/superdotação. Devem ser adotadas medidas de acessibilidade, com organização e regulação definidas por estados e municípios.

Junto às atividades, deve ser assegurado o atendimento educacional especializado, que envolve parceria entre profissionais especializados e professores, para desempenhar suas funções na adequação de materiais, além de dar orientações e apoios necessários a pais e responsáveis.

Como a atenção é redobrada para cada aluno, os profissionais do atendimento educacional especializado devem dar suporte às escolas na elaboração de planos de estudo individualizados, que levem em conta a situação de cada estudante. As famílias são, sempre, parte importante do processo.

Educação indígena, do campo e quilombola – As escolas poderão ofertar parte das atividades escolares em horário de aulas normais e parte em forma de estudos dirigidos e atividades nas comunidades, desde que estejam integradas ao projeto pedagógico da instituição, para garantir que os direitos de aprendizagem dos estudantes sejam atendidos. Nos estados e municípios onde existam conselhos de educação escolar indígenas e quilombolas, estes devem ser consultados e suas deliberações consideradas nos processos de normatização das atividades.

Também participaram das discussões do documento o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), o Fórum dos Conselhos Estaduais e a União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação (UNCME). Houve ainda contribuições da sociedade, por meio de consulta pública”.

*Com informações do MEC

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--> Trecho de parecer sobre avaliações é suspenso pelo MEC

Há mais de dois meses com aulas presenciais suspensas, o Ministério da Educação (MEC) suspendeu, de despacho publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (1º), o trecho que tratava sobre os métodos avaliações e exames nacionais durante a pandemia. O parecer, que havia sido autorizado pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), determinava regras para educação durante o período pandemia do novo coronavírus. 

Estudantes de todo País estão com sem aulas presenciais desde a suspensão em março. Passados mais de dois meses, por sua vez, o Brasil ainda não apresentou um plano de educação que estabeleça regras para determinar como os estudantes serão avaliados durante e depois da pandemia global, causada pela Covid-19.

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O texto parcialmente homologado diz que “aprovou orientações com vistas à reorganização do calendário escolar e à possibilidade de cômputo de atividades não presenciais, para fins de cumprimento da carga horária mínima anual, em razão da pandemia do novo coronavírus - Covid-19”. 

No entanto, o mesmo documento diz que o MEC deixou de homologar o item 2.16, e submeteu para reexame do CNE, no referido parecer. O trecho detalha que “avaliações e exames deverão levar em conta "os conteúdos curriculares efetivamente oferecidos aos estudantes, considerando o contexto excepcional da pandemia, com o objetivo de evitar o aumento da reprovação e do abandono no ensino fundamental e médio”. 

Alguns estados e municípios, assim como sugere o CNE, têm realizado esforços em medidas que diminuam os efeitos da pandemia, através de aulas remotas, mas sem acompanhamento de nenhuma instância nacional que possa regulamentar as formas de realização dessas aulas.

O Conselho Nacional de Educação (CNE) autorizou, em parecer, a oferta de atividades não presenciais em todas as etapas de ensino, desde a educação infantil até o ensino superior. A partir do ensino fundamental, tais atividades podem contar para cumprir a carga horária obrigatória. O parecer foi elaborado para orientar a educação do país em meio à pandemia do novo coronavírus (covid-19), que levou à suspensão de aulas presenciais em todos os estados. 

O parecer, aprovado hoje (28) em reunião virtual, ainda precisa ser homologado pelo Ministério da Educação (MEC). Conselhos estaduais e municipais de Educação poderão ainda definir como cada localidade seguirá as orientações. As decisões finais sobre como ficará o calendário escolar deste ano caberão a estados, municípios, às instituições de ensino superior e às escolas privadas.  

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As atividades não presenciais podem ser ofertadas por meio digitais, ou não. Podem ser ministradas, por exemplo, por meio de videoaulas, de conteúdos organizados em plataformas virtuais de ensino e aprendizagem e pelas redes sociais, entre outros. Podem ainda ser oferecidas por meio de programas de televisão ou rádio; pela adoção de materiais didáticos impressos e distribuídos aos alunos e seus pais ou responsáveis; e pela orientação de leituras, projetos, pesquisas, atividades e exercícios indicados em materiais didáticos. 

“A comunicação é essencial neste processo, assim como a elaboração de guias de orientação das rotinas de atividades educacionais não presenciais para orientar famílias e estudantes, sob a supervisão de professores e dirigentes escolares”, diz o texto. 

Carga horária 

Devido à pandemia, o MEC autorizou que o ano letivo tenha, em 2020, menos de 200 dias, mas manteve a obrigatoriedade de 800 horas no ano para as escolas de todo o país. 

Na educação infantil, etapa que compreende creche e pré-escola e atende crianças de até 5 anos de idade, devido à limitação legal, as atividades não presenciais não poderão contar no calendário letivo, e as aulas terão que ser repostas presencialmente. Apesar disso, o CNE diz que as escolas podem desenvolver atividades para serem realizadas pelos pais junto com as crianças. O mesmo pode ser feito nos anos iniciais do ensino fundamental, quando as crianças são alfabetizadas. 

O CNE recomenda que, no retorno às aulas presenciais, as escolas façam uma avaliação diagnóstica de cada estudante para verificar o que foi de fato aprendido no período de isolamento. 

“Muito além da carga horária, o principal que a gente coloca ali é que se consigam cumprir os objetivos de aprendizagem previstos no currículo e na Base Nacional Comum Curricular. A ideia é que se possa garantir atividades para os alunos nesse período e, ao mesmo tempo, para os alunos que não conseguirem realizar as atividades, que a rede tenha planos [de reposição] no retorno das atividades presenciais”, diz o relator do parecer, o conselheiro Eduardo Deschamps. 

Ensino presencial 

As atividades remotas não são obrigatórias. As redes podem optar pela reposição da carga horária de forma presencial ao fim do período de emergência. Para isso, podem aproveitar, por exemplo, os sábados e o recesso escolar do meio do ano. Podem ainda optar por um modelo misto, com a ampliação da carga horária diária e a realização de atividades pedagógicas não presenciais, quando as aulas forem retomadas.  

O CNE ressalta que a possibilidade de a longa duração da suspensão das atividades escolares presenciais dificultar a reposição das aulas de forma presencial e de comprometer o calendário escolar de 2021 e até mesmo de 2022. 

"A realização de atividades pedagógicas não presenciais visa, em primeiro lugar, a evitar retrocesso de aprendizagem por parte dos estudantes e a perda do vínculo com a escola, o que pode levar à evasão e ao abandono", diz o CNE. 

Avaliações nacionais

O CNE também sugere que as avaliações e exames nacionais e estaduais - como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) - considerem as ações de reorganização do calendário de cada sistema de ensino para o estabelecimento de seus cronogramas. 

“É importante garantir uma avaliação equilibrada dos estudantes em função das diferentes situações que serão enfrentadas em cada sistema de ensino, assegurando as mesmas oportunidades a todos que participam das avaliações em âmbitos municipal, estadual e nacional”, diz o documento. 

Realidades locais

O CNE decidiu elaborar o documento devido às várias dúvidas de estados, municípios e escolas que queriam saber se as práticas adotadas durante a pandemia estavam em conformidade com as normas vigentes. Uma das dúvidas mais frequentes é como ficará o calendário escolar de 2020. Também é dúvida se as aulas e as atividades a distância contarão como horas letivas ou terão de ser integralmente repostas quando as aulas presenciais forem retomadas. 

O conselho faz a ressalva de que, na hora de definir o calendário, é preciso observar a realidade das redes de ensino e os limites de acesso dos estabelecimentos de ensino e dos estudantes às diversas tecnologias disponíveis. É necessário ainda "considerar propostas inclusivas e que não reforcem ou aumentem a desigualdade de oportunidades educacionais”, diz o texto. 

No Brasil, em todos os estados, houve suspensão de aulas para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus. A medida não foi adotada apenas no Brasil. De acordo com os últimos dados da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que monitora os impactos da pandemia na educação, 186 países determinaram o fechamento de escolas e universidades. A decisão afeta cerca de 1,3 bilhão de crianças e jovens, o que corresponde a 73,8% de todos os estudantes no mundo.

O Conselho Nacional de Educação (CNE), em plenária virtual, definiu novas diretrizes que prometem minimizar os impactos causados pela pandemia do novo coronavírus em salas de aula brasileiras. O documento, que será deliberado nesta terça-feira (28), traz sugestões e orientações para o ensino superior, abordando, também, desde o ensino infantil até o ensino médio.

A proposta pensada pelo CNE é em função das dúvidas de estados e municípios com o ano letivo. Uma das questões mais preocupantes é como será considerado o calendário escolar de 2020, assim como se as escolas contarão as horas letivas ou se terão que repor integralmente após o retornos das aulas presenciais.

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A reabertura das escolas requer apontamentos dos rumos da educação, assim caberá a cada rede de ensino verificar a melhor forma de cumprir as 800 horas obrigatórias do ano letivo escolar. Também estão no radar as estratégias para enxugar conteúdo ao essencial, buscando não estender reposições até janeiro, além de exigência de avaliação diagnóstica das competências básicas de português e matemática.

Orientações

Nesta versão preliminar do parecer, a CNE lista algumas das atividades não presenciais que podem ser considerados no ano letivo, durante a pandemia. Além da flexibilização do cumprimento da carga horária obrigatória, o órgão explica que, para educação infantil as aulas, serão repostas visto impedimento legal para execução de aulas não presenciais, com o objetivo de não causar retrocessos no aprendizado deste segmento.

O documento ainda reforça que as sugestões devem ser consideradas de acordo com a realidade de cada estado e município. O órgão ainda recomenda que o Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) acompanhem os novos calendários de cada sistema de educação, principalmente para avaliações a nível nacional como Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

A aplicação do Enem 2020 está mantida para os dias 1º e 8 de novembro, na versão impressa. E nos dias 22 e 29 de novembro, deverá ocorrer a versão digital. As inscrições serão realizadas de 11 e 22 de maio.

Próxima etapa

Com a proposta aprovada, será necessária a homologação do MEC, além do conselhos estaduais e municipais de ensino, que terão autonomia para definir os calendários escolares.

No Brasil, em todos os estados, as aulas foram suspensas para conter o contágio da Covid-19. Em Pernambuco, o novo coronavírus totaliza 5.724 casos confirmados, sendo 3.884 considerados graves. Em todo o Estado, o total de óbitos confirmados chega a 508, segundo a Secretaria Estadual de Saúde.

A postura adotada pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), que se declarou incompetente para definir o valor financeiro e a precificação do Custo Aluno-Qualidade Inicial (CAQi), recebeu críticas da deputada Teresa Leitão (PT). Durante a Reunião Plenária dessa terça-feira (16), a parlamentar repercutiu a nota de repúdio emitida pelo Conselho Estadual de Educação de Pernambuco, que também protestou contra a entidade nacional por não se posicionar sobre o índice.

O CAQi traduz, em valores, o quanto o Brasil precisa investir por aluno ao ano, em cada etapa e modalidade da Educação Básica pública, para garantir um padrão mínimo de qualidade do ensino. Para realizar esse cálculo, o CAQi contempla as condições e os insumos materiais e humanos mínimos necessários para que os professores consigam ensinar e para que os alunos possam aprender, como infraestrutura, material didático e formação profissional dos docentes.

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 “O Conselho Estadual de Educação de Pernambuco repudia tal posicionamento, que revela uma vergonhosa relação de submissão do CNE, na medida em que esvazia suas próprias definições para atender orientações políticas do Governo Federal, em detrimento da sua autonomia e do desenvolvimento da educação brasileira”, diz a nota lida pela parlamentar.

A petista lembrou que o CNE aprovou, ainda em 2010, o Parecer CNE/CEB n° 8/2010, favorável à aplicabilidade do CAQi. “Tal declaração desmonta a citada resolução, colaborando para aprofundar o esvaziamento do Plano Nacional de Educação 2014/2024 que completará, em junho de 2019, cinco anos de descumprimento”, prossegue a nota. “Eu, como cidadã, deputada e educadora, subscrevo e apoio esta posição de repúdio do Conselho Estadual de Educação”, concluiu Teresa.

 A consulta pública da política nacional da educação especial se estende até a próxima sexta-feira (23). O projeto é da autoria do Ministério da Educação (MEC), em parceria com o Conselho Nacional da Educação (CNE). Recomendações e propostas poderão ser efetuadas pela internet, por pais, alunos e educadores. Na manhã da segunda-feira passada (19), foi realizada uma audiência com a participação do atual ministro da educação, Rossieli Soares, na sede do CNE, em Brasília.

“Aqui temos mais uma oportunidade de debate, de contribuições e críticas. Isso é importante para que o documento tenha a maturidade necessária para buscarmos melhorar a educação especial. O que precisamos entender é que à frente de tudo deve estar o estudante; que cada vez mais coloquemos as condições para que os nossos alunos possam estar na escola e tenham esse direito garantido, com educação de qualidade.”, ressaltou Rossieli à imprensa. Ainda segundo o ministro, com a aprovação do projeto, o MEC pode intensificar investimentos na área.

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Segundo foi apresentado, o texto atual é o resultado de visitas técnicas realizadas em todas região do País. Com isso, foram coletadas informações, estudos, levantamentos, relatórios de consultorias e foram escutados setores da sociedade interessados no assunto, como associações de estudantes da educação especial, familiares, educadores, pesquisadores e lideranças na área.

Esta é a primeira vez que a população civil poderá opinar sobre as diretrizes do projeto. “Temos acordos e tratados que precisam ser atualizados na política nacional e, depois, deveremos avançar em mais detalhes sobre a forma de atuação que devemos ter, cada vez mais inclusiva com a educação especial.”, ressalta o ministro.

Como participar

O documento está disponível no site do MEC e pode ser acessado por qualquer pessoa. As informações serão colhidas, filtradas e acrescidas ao texto final pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL), segundo o titular da Secadi, Júlio Cesar Meireles.

“Após a consulta, vamos aguardar a Universidade Federal de Alagoas, que fará o tratamento das informações; e, de posse desse retorno, a equipe técnica vai elaborar a versão final para encaminhar ao Conselho Nacional de Educação, que debaterá e deve transformar em resolução”, explica Meireles.

*Com informações da assessoria de imprensa

O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou na quinta-feira (8) a liberação de 20% da carga horária do ensino médio diurno para a educação a distância. Segundo o texto, a modalidade deve ser utilizada "preferencialmente" na parte flexível prevista pela reforma, aprovada em 2017, para essa etapa de ensino. A mudança divide especialistas da área.

O ensino a distância na educação básica é uma das ideias defendidas pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), para atender locais mais remotos, por exemplo. Na avaliação de alguns conselheiros, a aprovação dos 20% limita uma eventual proposta mais ousada de utilização da modalidade nas escolas.

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O texto aprovado atualiza as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) para o ensino médio e regulamenta a reforma da etapa, que já havia aberto uma brecha para o ensino online. A reestruturação do médio, aprovada em 2017, prevê que 40% da carga horária seja flexível, com aprofundamento de estudos em áreas específicas optativas. Os outros 60% são para os conteúdos comuns, como Matemática e Linguagens.

Entre os que defendem a educação a distância, o argumento é o de que ela ajuda a aumentar a oferta de disciplinas não obrigatórias do novo ensino médio. Isso porque metade das cidades do País tem só uma escola de ensino médio e, por isso, faltam professores para as várias áreas que deveriam ser oferecidas. No entanto, ao não delimitar a modalidade apenas para a parte flexível, há o receio de que a alternativa seja usada para resolver o déficit de professores.

Para o membro do CNE Eduardo Deschamps, a atualização das diretrizes não abre brecha para esse tipo de uso, uma vez que o texto restringe as atividades online apenas com a presença de um professor, que deverá ser correlato à área. O texto aprovado, porém, não faz essa delimitação quanto a área de atuação do docente. "Não está no documento porque já há outros dispositivos na legislação que garantem essa ligação", argumenta Deschamps. O jornal O Estado de S. Paulo mostrou há dois dias que o CNE se articulava para concluir a votação já esta semana.

Repercussão

Salomão Ximenes, especialista em Educação da Universidade Federal do ABC (UFABC), diz que a medida pode ser usada para solucionar a falta de professores de áreas em que há um maior carência no País, como Física e Matemática. "Não resolve o problema da ausência de docentes e amplia o abismo entre escolas. A igualdade de condições de acesso e permanência na escola tende ainda mais a ser violada."

Para Neide Noffs, da Faculdade de Educação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), o ensino presencial é indispensável e mais importante para a formar o jovem. Mas avalia que a modalidade a distância pode contribuir no aprendizado, se usada como complemento ou aprofundamento. "Pode ser algo interessante para o aluno, como uma oficina de escrita ou atividade complementar de atualidades."

Prós e contras

Facilidade - Os defensores do ensino a distância dizem que a modalidade facilita a oferta de diferentes percursos formativos, previstos pela reforma do ensino médio. Metade dos municípios do País tem apenas uma escola dessa etapa.

Restrição - Outro argumento favorável à mudança é de que a regulamentação impede propostas que queiram liberar ainda mais tempo de ensino online no ensino médio.

Tecnologia - Os defensores também afirmam que as aulas online podem despertar mais a atenção dessa nova geração de alunos.

Aprendizagem - Já aqueles que são contrários à medida dizem que há riscos de perda de aprendizagem com o ensino a distância nessa faixa etária. Segundo eles, a convivência escolar é importante para o desenvolvimento de habilidades e competências.

Precarização - Há também o receio de que a medida seja usada em situações de falta de professor, especialmente, em disciplinas onde há um grande déficit, como Física.

Desigualdades - Especialistas temem que o uso da tecnologia para complementar a carga horária seja mais disseminada em escolas com pouca estrutura e falta de professores, ampliando o abismo da qualidade educacional no País.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os trabalhadores do Sistema Eletrobras vão paralisar às atividades por três dias, a partir da próxima segunda-feira (11), em protesto contra a privatização da estatal. De acordo com a Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), os serviços essenciais não serão afetados.

A paralisação terá início à 0h de segunda-feira e irá até a 0h de quarta-feira (13). A expectativa do Coletivo é que a adesão ao movimento seja feita pelos 24 mil funcionários do sistema Eletrobras.

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Segundo a Federação Nacional dos Urbanitários, que reúne os servidores da Eletrobras, o movimento deve parar as áreas administrativas e atividades fins, como operação e manutenção de todas as empresas de geração, transmissão e distribuição de energia: Furnas, Chesf, Eletrosul, Eletronorte, Eletrobras e o Centro de Pesquisa de Energia Elétrica (Cepel), além das distribuidoras dos estados do Piauí, Rondônia, Roraima, Acre e Amazonas.

De acordo com o coordenador do CNE e diretor jurídico do Sindicato dos Urbanitários do Maranhão, Wellington Araújo Diniz, os serviços essenciais serão garantidos, sem prejuízo aos usuários, e, caso aconteça alguma ocorrência no sistema, os sindicatos acionarão as equipes de manutenção e urgência.

“Nossa greve é contra o processo de privatização da Eletrobras, que é uma tentativa de desmonte das empresas do sistema elétrico nacional. A empresa está sendo posta à venda por um preço vil para satisfazer interesses de grandes grupos financeiros nacionais e internacionais e de países como a China, Itália e França, que têm interesse em se apropriar do patrimônio estratégico que representam as empresas do sistema Eletrobras”, avaliou o dirigente sindical.

Procurada, a Eletrobras informou que ainda não tem posicionamento oficial sobre a paralisação dos servidores.

Na semana passada, o Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou a publicação do edital de privatização de seis distribuidoras de energia elétrica da Eletrobras. A intenção do governo é finalizar o processo até 31 de julho, mas uma decisão da 49ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro determinou a suspensão do processo. Segundo o governo, a privatização da Eletrobras vai elevar o nível de eficiência e trazer dinamismo à empresa.

O Ministério de Educação entregou, nesta terça-feira (3), a última versão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do ensino médio ao Conselho Nacional de Educação (CNE). Agora, o documento vai passar pela análise, discussão e votação no CNE, para sair do papel.

A BNCC é o documento que vai orientar o que deve ser ensinado nas escolas em todo país, e a última versão entregue hoje (3) ao CNE, prevê que apenas as áreas de linguagem e matemática deverão ser oferecidas aos estudantes obrigatoriamente durante o ensino médio. Já as outras disciplinas serão distribuídas a critério das redes de ensino.

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A entrega ocorreu quatro meses após a aprovação da reforma do ensino médio. De acordo com o presidente do CNE, Eduardo Deschamps, serão realizadas audiências públicas em todo país para debater o documento juntamente com a população.  

Por Fabio Filho 

O governo deverá entregar na próxima terça-feira (3) a Base Nacional Comum Curricular do Ensino Médio ao Conselho Nacional de Educação (CNE). A informação foi confirmada na última quarta-feira (28) pelo ministro da Educação, Mendonça Filho. O conselho tem de analisar e aprovar o documento antes de começar a valer. Também deverá ser lançada uma plataforma de consulta pública para colher sugestões para a nova base.

O documento, que servirá para orientar os currículos da educação básica, estabelecerá conhecimentos, competências e habilidades que se espera que todos os estudantes desenvolvam. A expectativa é que esse currículo esteja pronto para ser aplicado nas escolas no ano que vem. A BNCC para a educação infantil e o ensino fundamental foi aprovada e homologada no fim do ano passado.

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A entrega da BNCC ao Conselho Nacional de Educação deve ser um dos últimos atos de Mendonça Filho à frente da pasta da Educação. Deputado federal (DEM-PE) licenciado, o ministro deve deixar o cargo na próxima semana para concorrer às eleições de outubro. Mendonça não quis adiantar o nome de seu substituto no MEC.

“A discussão com relação ao nome do meu substituto ou substituta será definida na próxima semana pelo presidente Michel Temer. É evidente que ele poderá me ouvir, e acho que ouvirá a respeito do que eu tenho a agregar com respeito ao caminho do Ministério da Educação, que produziu mudanças durante a nossa gestão, e tenho convicção de que os programas principais serão preservados pelo novo ministro ou nova ministra”, disse Mendonça.

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Resolução do Ministério da Educação (MEC) homologada na quarta-feira (17) autoriza o uso do nome social de travestis e transexuais nos registros escolares da educação básica. A norma busca propagar o respeito e minimizar estatísticas de violência e abandono da escola em função de bullying, assédio, constrangimento e preconceitos. O nome social é aquele pelo qual as travestis, mulheres trans ou homens trans optam por ser chamados, de acordo com sua identidade de gênero.

“Essa era uma antiga reivindicação do movimento LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e intersexuais) que representa um princípio elementar do respeito as diferenças, do respeito à pessoa e ao mesmo tempo de um combate permanente do Ministério da Educação contra o preconceito, o bullying, que muitas vezes ocorre nas escolas de todo o país. É um passo relevante para o princípio do respeito às diferenças e o combate aos preconceitos”, enfatizou o ministro Mendonça Filho ao homologar o texto, que foi aprovado pelo Conselho Nacional de Educação em setembro do ano passado.

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A resolução ainda será publicada no Diário Oficial da União. Com a edição da medida, o ministério atende à demanda de pessoas trans que querem ter sua identidade de gênero reconhecida. Em 2015, uma resolução do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoções dos Direitos de Lésbicas, Gays, Travestis e Transexuais (CNDC/LGBT) definiu parâmetros para acesso e permanência de pessoas trans em diferentes espaços sociais, entre eles o direito ao uso do nome social nas redes de ensino.

A realidade, no entanto, não está de acordo com essa recomendação do conselho, que não tem força de lei. Presidenta da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), Keila Simpson afirma que a exclusão sofrida pelas pessoas trans no Brasil também é visível no ambiente escolar. “Quem mais está fora desse espaço da escola é a população trans, porque a escola não se preparou para nos receber”, critica.

No Ceará, essa situação foi vivenciada pela estudante Lara, de 13 anos. No ano passado, ela passou a se reconhecer como mulher e, por causa disso, a sofrer preconceitos no ambiente escolar, chegando a ser “convidada” a sair da Escola Educar Sesc. A mãe, Mara Beatriz, conta que a adolescente foi vítima de uma série de violências por causa de sua identidade de gênero. O nome civil dela, masculino, era utilizado em todos os registros escolares escritos, como em provas e boletins. A estudante não tinha acesso ao banheiro feminino e, para não usar o masculino,  teve que se limitar a ir apenas ao banheiro da coordenação. Até o direito de ter o nome social garantido na carteirinha de estudante, que era assegurado pelo órgão emissor do documento, foi inviabilizado pela escola, que não confirmou a matrícula da estudante ao órgão.

“Era algo que causava muito sofrimento, porque antes aquele era um ambiente em que ela se sentia muito bem na escola, onde estudava desde os 2 anos de idade”, lembra a mãe, que decidiu usar as redes sociais para denunciar o preconceito contra a filha. Sete dias depois das denúncias e de o caso ter ganhado repercussão na mídia, o Sistema Fecomércio, que controla a escola, informou que havia ocorrido “uma falha pontual interna” e que o nome social da estudante havia sido regularizado em todos os documentos.

Além disso, a instituição se comprometeu a estimular o debate sobre questões de gênero com toda a comunidade escolar e a adotar ações permanentes de combate ao preconceito. Para evitar que esse tipo de situação se repita, a nova resolução do MEC estimula que as escolas de educação básica estabeleçam diretrizes e práticas para o combate a quaisquer formas de discriminação em função de orientação sexual e identidade de gênero de estudantes, professores, gestores, funcionários e respectivos familiares na elaboração e implementação de suas propostas curriculares e projetos pedagógicos, além de estimular e respaldar quem já utiliza o nome social. A educação básica inclui a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio.

A falta de reconhecimento leva à ausência de dados sobre a situação. Não há estudos específicos ou informações oficiais sobre o número de pessoas trans nas escolas, algo que poderá a ser mensurado a partir da adoção da resolução do MEC. “A partir disso, a gente espera ter uma dimensão de quem são as pessoas trans que estão nas escolas”, disse Keila, da Associação Nacional de Travestis e Transexuais. Ela destaca que o acompanhamento das pessoas trans que fazem o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) só se tornou possível em 2014, quando os candidatos passaram a poder usar o nome social. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), apenas 303 pessoas optaram por usar nome social no Enem do ano passado.

Mais direitos

A luta pela garantia dos direitos da população trans tem provocado mudanças em outras áreas. Desde 2013, o Ministério da Saúde possibilitou que travestis e transexuais passassem a usar o nome social no Cartão SUS. “Não é uma tarefa simples, a gente trabalha todo dia para que os espaços adotem iniciativas como essa e respeitem o que está posto”, afirma Keila.

Em 2017, a 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que transexuais têm direito à alteração do gênero no registro civil, mesmo sem realização de cirurgia de mudança de sexo. No Supremo Tribunal Federal (STF), estão em debate o direito dessas pessoas usarem o banheiro condizente com a identidade de gênero que elas reivindicam, bem como a possibilidade de transexuais alterarem o nome no registro civil sem a realização de cirurgia de mudança de sexo.

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O Ministério da Educação informou que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), aprovada na última sexta-feira (15) pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), deve ser homologada na próxima quarta-feira (20). O documento estabelece o que deve ser ensinado nas escolas públicas e privadas ao longo da escolaridade básica.

Escolas e redes de ensino terão que rever e adaptar seus currículos ao longo de 2018 para começar a implementar a Base Nacional em 2019, inclusive com a adequação dos materiais didáticos. A expectativa é que o processo seja concluído até 2020. Professores também devem receber formação ao longo desse período para que possam conhecer o documento.

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Em nota, o ministro Mendonça Filho ressaltou que a BNCC foi construída ao longo dos últimos três anos com a colaboração de educadores e especialistas em educação de todas as regiões do Brasil. “Com a BNCC, o Brasil se alinha aos melhores e mais qualificados sistemas educacionais do mundo, que já se organizam em torno de uma base comum”.

A implantação de uma Base Nacional Comum Curricular é prevista pela Constituição de 1988 e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação, de 1996.

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A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), aprovada hoje (15) pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), servirá como referência para a formulação dos currículos dos sistemas e das redes escolares estaduais e municipais e das propostas pedagógicas das instituições escolares. Seu papel será o de orientar a revisão e a elaboração dos currículos nos estados e nos municípios.

A BNCC é um documento de caráter normativo, que define o conjunto de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da educação infantil e do ensino fundamental, de modo a que tenham assegurados seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento, como determina o Plano Nacional de Educação (PNE).

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A base nacional estabelece conhecimentos, competências e habilidades que se espera que todos os estudantes desenvolvam ao longo da escolaridade básica. Segundo o CNE, o objetivo da base é elevar a qualidade do ensino no país, indicando com clareza o que se espera que os estudantes aprendam na educação básica, além de promover equidade nos sistemas de ensino.

O documento aprovado hoje não estabelece as diretrizes para os currículos das escolas de ensino médio. A base para o ensino médio deverá ser enviada pelo Ministério da Educação ao CNE só no início do ano que vem.

Alfabetização

Uma das mudanças trazidas pela BNCC é a antecipação da alfabetização das crianças até o 2º ano do ensino fundamental. Atualmente, as diretrizes curriculares determinam que o período da alfabetização deve ser organizado pelas escolas até o 3º ano do ensino fundamental.

“Nos dois primeiros anos do ensino fundamental, a ação pedagógica deve ter como foco a alfabetização, a fim de garantir amplas oportunidades para que os alunos se apropriem do sistema de escrita alfabética de modo articulado ao desenvolvimento de outras habilidades de leitura e de escrita e ao seu envolvimento em práticas diversificadas de letramentos”, diz o texto da base nacional.

Religião

O texto aprovado pelo CNE incluiu novamente orientações sobre o ensino religioso nas escolas. O assunto estava nas versões anteriores da base, mas tinha sido excluído da terceira verão enviada pelo MEC em abril, e foi recolocado antes da votação.

Segundo o texto previsto na base nacional, o ensino religioso deve ser oferecido nas instituições públicas e privadas, mas como já ocorre e está previsto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), a matrícula poderá ser optativa aos alunos do ensino fundamental. Entre as competências para esse ensino estão a convivência com a diversidade de identidades, crenças, pensamentos, convicções, modos de ser e viver.

O CNE ainda deverá decidir se o ensino religioso terá tratamento como área do conhecimento ou como componente curricular da área de Ciências Humanas, no Ensino Fundamental.

Gênero

O CNE decidiu avaliar posteriormente a temática gênero, que foi objeto de muita polêmica durante as audiências públicas realizada para debater a BNCC. “O CNE deve, em resposta às demandas sociais, aprofundar os debates sobre esta temática, podendo emitir, posteriormente, orientações para o tratamento da questão, considerando as diretrizes curriculares nacionais vigentes”, diz a minuta de resolução divulgada pelo conselho.

Na versão encaminhada pelo MEC em abril, uma das competências gerais da BNCC era o exercício da empatia e o respeito aos indivíduos, “sem preconceitos de origem, etnia, gênero, idade, habilidade/necessidade, convicção religiosa ou de qualquer outra natureza”. Esse trecho foi modificado, e o texto aprovado hoje fala apenas “sem preconceitos de qualquer natureza”.

Competências

Ao longo da Educação Básica, as aprendizagens essenciais definidas na BNCC devem concorrer para assegurar aos estudantes o desenvolvimento de dez competências gerais, que resumem, no âmbito pedagógico, os direitos de aprendizagem e desenvolvimento dos alunos.

Conheça as 10 competências gerais da Base Nacional Comum Curricular:

1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.

3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.

4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.

5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.

6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.

9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários

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