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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, atravessa "momentos difíceis" em sua recuperação de uma cirurgia em Havana, declarou neste domingo (17) o ministro das Relações Exteriores Elias Jaua.

Em entrevista à emissora local Televen, o chanceler admitiu que os aliados e os partidários de Chávez estão diante de uma situação complexa, mas acrescentou que o presidente está lutando. "Ela está travando uma batalha que tem momentos difíceis, complexos", disse ele.

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Os comentários de Jaua vêm à tona dois dias depois de terem sido divulgadas as primeiras imagens de Chávez após dois meses de recuperação em Cuba. Chávez foi operado em 11 de dezembro no âmbito de sua luta contra um câncer e a ausência de imagens e declarações do presidente alimentaram uma série de rumores em relação a seu real estado de saúde. As informações são da Associated Press.

A espanhola Telefónica terá um encargo de 438 milhões de euros (US$ 585,37 milhões) sobre seus ganhos de 2012 para refletir o impacto da recente desvalorização cambial na Venezuela. A informação consta de um comunicado enviado pela empresa ao órgão regulador da Espanha.

A companhia acrescentou que a decisão anunciada pelo governo da Venezuela neste mês de desvalorizar a moeda local em 32%, para a taxa de câmbio de 6,30 bolívares por dólar, de 4,30 bolívares por dólar, vai resultar em 1 bilhão de euros em redução do valor de seus ativos líquidos no país. A Telefónica vai divulgar seus resultados de 2012 em 28 de fevereiro.

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A Telefónica é a mais recente multinacional em operação na Venezuela a revelar o impacto financeiro da desvalorização cambial. A fabricante de produtos de consumo norte-americana Colgate-Palmolive informou que terá uma perda de US$ 120 milhões, enquanto a provedora de serviços de petróleo norte-americana Halliburton registrará um prejuízo em moeda estrangeira de US$ 30 milhões no primeiro trimestre deste ano. As informações são da Dow Jones.

O ministro de Relações Exteriores da Venezuela disse que o governo do presidente Hugo Chávez quer melhorar as relações com os Estados Unidos. Elias Jaua afirmou que Chávez pediu ao embaixador venezuelano na Organização dos Estados Americanos (OEA) que procure melhorar os laços com autoridades em Washington.

Chávez tem tido uma relação complicada com os EUA por anos, apesar de o país continuar a ser o principal comprador de petróleo da Venezuela. A embaixada americana em Caracas está sem um embaixador desde julho de 2010, quando Chávez rejeitou o nome indicado para o posto. O presidente acusou o indicado de fazer observações desrespeitáveis sobre o governo da Venezuela. A ação levou Washington a revogar o visto do embaixador venezuelano.

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Jaua falou sobre a possibilidade de melhorar as relações com os Estados Unidos durante uma entrevista transmitida pela televisão no domingo. As informações são da Associated Press.

A desvalorização da moeda venezuelana já começa a fazer vítimas. Ontem, a gigante norte-americana Colgate-Palmolive anunciou que a mudança no câmbio do país latino vai gerar uma perda à companhia de US$ 120 milhões no primeiro trimestre de 2013. Na sexta-feira passada, Caracas anunciou uma desvalorização do bolívar em mais de 40%, o que fez com que o dólar passasse de 4,30 bolívares para 6,30 bolívares.

"Avaliação preliminar da companhia sobre o impacto da desvalorização aponta para uma perda após o pagamento de impostos de aproximadamente US$ 120 milhões ou US$ 0,25 por ação no primeiro trimestre de 2013", diz comunicado enviado ao mercado. Segundo a Colgate-Palmolive, a perda acontece pela nova medição do balanço da filial venezuelana na data de anúncio da desvalorização.

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A multinacional diz, ainda, que haverá gastos secundários nos ajustes das demonstrações financeiras para a nova taxa de câmbio. Segundo a companhia, esse impacto será entre US$ 0,05 a US$ 0,07 por ação. O valor, explica o comunicado, é necessário para que a companhia possa tomar medidas para mitigar os efeitos da desvalorização e ainda se adapte às regras de controle de preços na Venezuela.

Em companhias multinacionais, o impacto da desvalorização cambial é percebido especialmente quando os balanços das filiais são consolidados aos resultados do grupo. Com uma moeda mais fraca, a Venezuela passará a aportar menos ao resultado global. Além disso, o dólar mais caro no mercado venezuelano reduz os volumes em dólar das remessas de lucros da filial à sede.

A Colgate-Palmolive é uma das maiores empresas do setor de produtos de consumo na Venezuela. Naquele mercado, a companhia atua especialmente nos segmentos de higiene bucal, cuidado pessoal e limpeza.

A oposição da Venezuela pediu explicações ao governo venezuelano sobre o cheque no valor de cerca de 300 milhões de bolívares venezuelanos (US$ 70 milhões) encontrado com o ex-presidente do banco central iraniano, Tahmasb Mazaheri, quando ele tentativa entrar na Alemanha.

A coalizão da oposição venezuelana disse que o governo deveria esclarecer porque o iraniano estava com o cheque que foi encontrado pelas autoridades alfandegárias alemãs.

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O jornal alemão Bild am Sonntag disse na edição do último domingo que os funcionários da alfândega encontram o cheque na mala de Mazaheri no dia 21 de janeiro quando ele tentava entrar na Alemanha, proveniente da Turquia. As informações são da Associated Press.

Pelos menos 50 pessoas morreram e outras 90 ficaram feridas nesta sexta-feira (25) em um confronto entre gangues e guardas em uma prisão no noroeste da Venezuela, segundo Ruy Medina, diretor de um hospital local. Imagens de televisão mostraram a Guarda Nacional em torno da penitenciária enquanto internos com roupas sujas de sangue era tirados do prédio. Atrás das barreiras, parentes dos prisioneiros, a maioria mulheres, esperavam notícias.

Muitos dos mortos na prisão de Uribana, no estado de Lara, foram atingidos por tiros, disse o diretor do hospital. Medina afirmou que o número de mortos é alarmante e se baseia apenas nos corpos levados ao hospital. Os prisioneiros começaram a chegar ao hospital na tarde de sexta-feira e muitos tinham ferimentos graves o suficiente para precisar de cirurgia, relatou o diretor.

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Iris Varela, ministra responsável pelas cadeias e prisões da Venezuela, disse que o tumulto começou depois que prisioneiros se rebelaram quando as autoridades fizeram uma varredura em busca de armas ilícitas. De acordo com Varela, a tentativa de "desarmar completamente" os prisioneiros foi realizada após sinais de que "gangues de prisioneiros que brigam pelo controle da penitenciária planejavam um acerto de contas".

Partidos da oposição rapidamente criticaram o governo, acusando-o de pouco controle sobre o sistema prisional. "Quem eles vão culpar por esse massacre?", questionou o líder da oposição, Henrique Capriles, em sua conta no Twitter. Humberto Prado, diretor da Organização de Monitoração das Prisões Venezuelanas, que não é ligada ao governo, comentou que até agora o governo "fracassou em assumir responsabilidade pelos eventos".

A situação na prisão de Uribana vem sendo monitorada pelo Tribunal Interamericano de Direitos Humanos desde 2006, segundo Prado. "O tribunal afirmou ao governo venezuelano que mais nenhum interno deveria morrer na prisão, mas o governo não cumpriu essa determinação e agora nós temos essa séria explosão de violência", afirmou.

Embora as prisões do país tenham capacidade para 14 mil prisioneiros, há quase 50 mil deles atrás das grades. Em agosto passado, pelo menos 25 pessoas foram mortas e 43 ficaram feridas durante confrontos entre gangues rivais na prisão Yare I, nos arredores de Caracas, e em junho de 2011 cerca de 30 morreram em um motim na prisão de Rodeo. As informações são da Dow Jones.

O vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse neste domingo (20) que o presidente Hugo Chávez está saindo da etapa de pós-operatório para entrar em uma nova fase de tratamento, que está em processo de evolução. Chávez está em Havana, capital de Cuba, desde o dia 11 de dezembro, quando foi submetido a uma cirurgia para a retirada de um tumor maligno na região pélvica.

“Ele está se estabilizando em seus sinais vitais, funcionamento dos órgãos, está consciente e com cada vez mais força vital para entrar na segunda etapa, que vai ser anunciada oficialmente", disse Maduro, durante entrevista a um programa da televisão Televen, do setor privado. Ele está no exercício da presidência desde a viagem de Chávez para a cirurgia em Cuba.

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Maduro informou que, em sua visita ao chefe de Estado no dia 14 de janeiro, pôde evidenciar que Chávez “encontra-se em seu estado de ânimo de sempre, o da vitória”. Segundo ele, Chávez está consciente da situação que tem vivido, do que acontece em seu país e disciplinado em seu tratamento.

O vice-presidente lembrou que, em sua última visita ao líder venezuelano, eles discutiram as questões do petróleo, a estabilidade dos preços e das receitas deste ano para cobrir o Orçamento. Maduro disse a Chávez que na Venezuela “foi formada uma equipe de trabalho para governar, trabalhar por seu povo e fazer andar todas as missões contidas no programa do país”.

Maduro disse que a direita venezuelana está comprometida com a derrubada do presidente Hugo Chávez, mas não irá cumprir as suas reivindicações de incendiar o país porque a equipe do governo não vai permitir.

O presidente venezuelano não é visto em público desde o começo de dezembro, e a oposição cobra um pronunciamento e imagens recentes de Chávez. O quarto mandato consecutivo do presidente foi iniciado no dia 10 de janeiro, mas Chávez ficou impossibilitado de participar das cerimônias de posse.

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, está "muito sereno, muito consciente" das várias etapas de sua recuperação pós-cirúrgica, disse o vice-presidente Nicolas Maduro, em entrevista à agência de notícias espanhola EFE. Maduro acrescentou que Chávez superou várias infecções que ocorreram após a sua cirurgia em Havana, Cuba, no dia 11 de dezembro. Agora o tratamento está focado em resolver dificuldades respiratórias.

Os comentários de Maduro, em meio à profunda incerteza em torno da saúde do presidente, provavelmente tentam conter as especulações de que o líder venezuelano de 58 anos estaria incapacitado e impossibilitado de continuar no cargo.

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Chávez não tem sido visto em público desde que partiu para Cuba no mês passado para retomar uma batalha contra o câncer, após a última recorrência da doença. Os médicos cubanos inicialmente diagnosticaram a doença em junho de 2011, quando um crescimento canceroso foi encontrado na região pélvica do presidente. As informações são da Dow Jones.

A seleção brasileira finalmente conseguiu ganhar um jogo no Sul-Americano Sub-20, disputado na Argentina, mas ainda não foi nesta quarta-feira que mostrou um bom futebol. Menos mal que a vitória por 1 a 0 sobre a Venezuela serviu para tirar o time da lanterna do Grupo B. Agora com quatro pontos, o Brasil decidirá a sua sorte na última rodada - nesta sexta contra o Peru, em San Juán. Se ganhar, ficará com uma das três vagas para o hexagonal final.

Foi o terceiro jogo da equipe na competição e o técnico Émerson Ávila ainda não encontrou a formação ideal. O principal problema da equipe continua sendo a falta de criatividade do meio de campo, o que dificulta muito a vida dos atacantes.

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O gol da vitória nasceu de um lance de bola parada. Depois de uma cobrança de falta pelo lado direito, Lucas Cândido foi puxado quando ia cabecear e o árbitro deu pênalti. O meia Felipe Anderson, do Santos, bateu forte no meio do gol e marcou, aos 45 minutos do primeiro tempo. No segundo, o Brasil teve um gol do zagueiro Dória mal anulado - ele não estava impedido.

Antes de derrotar a Venezuela, a seleção brasileira havia disputado duas partidas pelo Sul-Americano Sub-20. Na estreia, o time empatou por 1 a 1 com o Equador. Na sequência, derrota para o Uruguai por 3 a 2.

A seleção brasileira sub-20 não vive um bom momento no Campeonato Sul-Americano Sub-20 e nesta quarta-feira (16), precisa a todo custo vencer a equipe da Venezuela, às 20h (horário de Recife), no Estádio Bicentenário. A seleção canarinho, que iniciou a competição como favorita por ser a maior vencedora do torneio continental com 11 títulos, está atrás do quarto título consecutivo. 

O time do técnico Emerson Ávila soma apenas um ponto e está na lanterna do Grupo B. O adversário de hoje é a Venezuela, que ocupa a terceira posição do grupo. Se esta fase da competição terminasse agora, os venezuelanos estariam classificados para o hexagonal final. 

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Se perder,  a seleção brasileira não terá mais condições de sonhar com a classificação para o hexagonal. Os brasileiros lutam contra a pior campanha da seleção em um sul-americano sub-20.

Ficha técnica 

BRASIL X VENEZUELA 

Local: Estádio Bicentenário, San Juan (ARG) 

Data/Hora: 16/1/2013, às 20h (de Recife)

Árbitro: Raúl Orosco (BOL)

Auxiliares: Wilson Arellano (BOL) e Wilmar Navarro (COL) 

 

BRASIL: Luiz Gustavo; Igor Julião, Luan, Dória e Mansur; Misael, Lucas Cândido, Rafinha Alcântara e Felipe Anderson; Bruno Mendes e Ademílson. Técnico: Emerson Ávila 

VENEZUELA: Contreras, Terán, Ángel, Edwin Peraza e Sifontes; Garcés, José Peraza, Robert Hernández, Machis e Arteaga; Josef Martínez. Técnico: Marco Mathías. 

O vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta terça-feira que o presidente Hugo Chávez, que está internado em um hospital cubano desde 11 de dezembro do ano passado, nomeou o ex-vice-presidente do país, Elías Jaua Milano, ministro das Relações Exteriores. Maduro fez o anúncio na Assembleia Nacional em Caracas. Jaua, de 43 anos e um dos expoentes da juventude bolivariana, foi vice-presidente no mandato anterior de Chávez, entre 2010 e 2012, e foi candidato a governador no Estado de Miranda no ano passado, mas foi derrotado.

"Quero anunciar que o presidente da República acaba de designar o companheiro Elías Jaua Milano como ministro do poder popular para as Relações Exteriores", disse Maduro. Jaua, ex-professor universitário, e Maduro, ex-motorista de Ônibus e sindicalista, são vistos como líderes civis no movimento bolivariano de Chávez. Outros líderes do chavismo, como o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, são militares.

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As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

A saúde do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, tem evoluído de forma "favorável" nos últimos dias, embora ele ainda esteja sob tratamento para insuficiência respiratória, disse no domingo o ministro das Comunicações, Ernesto Villegas.

"Apesar de seu delicado estado de saúde desde sua complexa cirurgia em 11 de dezembro, o presidente melhorou nos últimos dias e seu estado está em estrita conformidade com seu tratamento médico", afirmou Villegas, em um comunicado transmitido por rádio e televisão.

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Ainda segundo o governo venezuelano, Chávez está consciente e tem se comunicado com sua família, sua equipe política e seus médicos. A grave infecção pulmonar que ele sofreu está sob controle. O presidente passou por quatro cirurgias de câncer em Havana, em Cuba. As informações são da Dow Jones.

A cúpula do governo venezuelano se reuniu neste domingo em Havana com o presidente de Cuba, Raúl Castro, informou a agência de notícias cubana Prensa Latina e o website Cubadebate, do governo cubano. Raúl Castro recebeu no Aeroporto José Martí de Havana o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Diosdado Cabello, que junto ao ministro do petróleo venezuelano, Rafael Ramírez, viajou a Havana. Segundo a imprensa cubana, o vice-presidente venezuelano Nicolás Maduro, que já estava em Havana desde sexta-feira, recepcionou Cabello e Ramírez no aeroporto ao lado de Raúl.

Maduro anunciou a viagem para visitar o presidente Hugo Chávez, que em 11 de dezembro do ano passado foi submetido à quarta cirurgia contra o câncer e permanece internado em Havana. Maduro foi a Havana acompanhado por sua esposa, Cilia Flores, que é procuradora-geral da Venezuela.

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Neste final de semana, a imprensa cubana noticiou com destaque a visita da presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e do presidente do Peru, Ollanta Humala, a Havana. Cristina chegou na sexta-feira à capital cubana para "expressar solidariedade" a Chávez, e partiu na tarde de sábado. Raúl, Maduro e Cilia Flores foram ao aeroporto se despedir da presidente argentina, que seguiu em viagem para a Ásia.

Também no sábado, Raúl foi ao aeroporto se despedir do presidente peruano Ollanta Humala. Oficialmente, Ollanta não foi a Havana visitar Chávez, mas assinar tratados bilaterais entre Cuba e Peru, como o reconhecimento mútuo de diplomas de profissionais dos dois países e um mecanismo que permite a extradição de acusados por vários crimes. Ollanta, segundo a imprensa cubana, teve uma reunião com o líder cubano Fidel Castro, de 86 anos e irmão de Raúl, mas não houve nenhuma menção a uma possível visita a Chávez, que permanece hospitalizado. Cristina, que no sábado não quis fazer nenhum comentário sobre a saúde de Chávez, almoçou com Fidel na sexta-feira, informou a Dow Jones.

A imprensa cubana não publicou detalhes das reuniões entre Raúl e a cúpula bolivariana e também não informou sobre o estado de saúde de Chávez. No sábado, o irmão do presidente venezuelano, Adán, negou os boatos de que Hugo Chávez esteja em coma. Segundo ele declarou à agência France Presse (AFP) os boatos são "totalmente falsos" e Chávez "responde bem à medicação e sua recuperação é melhor a cada dia".

Paranoico em relação às traições e centralizador, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, mantém o poder há 14 anos cuidando para que nenhum outro líder lhe faça sombra no comando de seu projeto bolivariano. Em meio aos expurgos e às condenações veladas ao ostracismo, o chavismo, que agrega diferentes grupos de militantes, busca uma figura que possa substituir o carismático líder enfermo.

Antes de partir para Cuba há mais de um mês, onde se submeteu à quarta cirurgia para combater um câncer na região pélvica, Chávez nomeou seu chanceler e vice-presidente, Nicolás Maduro, como herdeiro político. Mas membros da oposição asseguram que a escolha aprofundou divisões entre grupos antagônicos do movimento bolivariano - descontentando principalmente o grupo militar, controlado pelo presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, que também esperava esse papel.

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"As divergências no interior do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) explicam a ênfase do discurso de Chávez, em 8 de dezembro, pedindo a seus partidário 'unidade, unidade e unidade'", disse ao Estado Anibal Rodríguez, analista da Universidade Central.

"Até agora, esse pedido tem sido atendido, com todos os chavistas apresentando um discurso uniforme, seja em relação à saúde de Chávez, seja em relação à estratégia adotada na semana passada para o contorcionismo legal que permitiu a continuidade do governo, com todos os chavistas usando até as mesmas palavras em declarações públicas."

Ao longo dos anos, porém, Chávez mesmo se encarregou de dividir facções internas para evitar o fortalecimento de seus líderes. Quando se tornavam muito populares ou muito influentes internamente, acabavam amargando o ostracismo.

"O processo de expurgo de figuras da primeira geração do chavismo começou com a saída de José Vicente Rangel (então vice-presidente desde 2002), em 2007, quando Chávez decidiu aprofundar o caráter socialista da revolução bolivariana", disse Rodríguez.

"Ao contrário da velha-guarda, os líderes da chamada nova geração, como o ex-vice-presidente e ex-dirigente estudantil, Elías Jaua, eram muito menos resistentes às decisões do presidente e sempre se restringiram a cumprir as ordens. A mensagem era a de que Chávez nunca abriu mão de talhar a revolução à sua imagem e semelhança."

"A autonomia nos círculos chavistas é limitada e a hierarquia, militar. Não por acaso, militares ocupam os postos-chave do governo", afirma, por seu lado, a acadêmica María Abreu, da Universidade Andrés Bello. E, dos quartéis, Chávez exige lealdade absoluta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os políticos de oposição da Venezuela disseram que estão se preparando para apresentar um caso diante de um tribunal de direitos humanos para desafiar a decisão da Suprema Corte que permite um adiamento indefinido da posse do presidente Hugo Chávez.

O caso está sendo preparado por um grupo de políticos da coalizão da oposição. O advogado e membro da oposição Gerardo Blyde afirmou que não está claro ainda quando o caso será apresentado diante da Corte de Direitos Humanos Interamericana, com sede na Costa Rica.

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Blyde anunciou os planos para o caso durante um encontro de partidários da oposição em Caracas onde os principais oponentes de Chávez denunciaram a decisão da Suprema Corte nesta semana. As informações são da Associated Press.

Dezenas de milhares de partidários do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, se reuniram do lado de fora do palácio presidencial de Miraflores, onde acontece a posse simbólica do líder, que está em tratamento contra um câncer em Cuba.

Os participantes usavam camisetas nas quais estava escrito "eu sou Chávez" e agitavam bandeiras enquanto a música da última campanha presidencial, dizendo "Chávez, coração do povo", saía dos alto-falantes.

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O governo organizou uma demonstração de apoio ao líder do lado de fora do palácio, na data em que ele deveria tomar posse. O presidente está num hospital de Cuba onde recebe tratamento para uma infecção respiratória, após passar pela quarta cirurgia contra o câncer, realizada mais de um mês atrás. Sua cerimônia de posse foi adiada indefinidamente, apesar das reclamações da oposição.

"Nós viemos para mostrar apoio, para que ele saiba que o país está com ele", disse Anny Marquez, secretária e integrante voluntária da milícia que Chávez organizou nos últimos anos. "Estamos com ele nos tempos bons e nos ruins."

Maduro disse que os líderes se encaminharão para o palácio presidencial nesta tarde para o "principal evento". Ele afirmou que, embora a cerimônia não seja uma posse oficial, ela marca o início de um novo mandato do presidente, após sua reeleição em outubro.

Como aconteceu em posses anteriores, o rosto de Chávez era visto em camisetas, placas, faixas e murais. Alguns dos participantes dançavam com a música que vinha de alto-falantes instalados em cima de caminhões. Quase todos usavam as cores do movimento da Revolução Bolivariana. A multidão aumentou e formou um mar de pessoas que se espalhou da principal avenida da capital para ruas laterais.

Centenas de membros da Guarda Nacional e policiais permaneceram nas esquinas, enquanto artistas de hip-hop se apresentavam em palcos montados ao longo da avenida que leva ao palácio presidencial. Havia faixas nas quais se lia: "Agora somos Chávez mais do que nunca".

"Nós somos Chávez. Chávez é nossa ideologia agora", declarou Elio Silva, integrante do grupo radical Tupamaro, que viajou cinco horas de ônibus para participar do evento. Ele usava uma boina com uma estrela, no estilo da que era usada pelo revolucionário argentino Ernesto "Che" Guevara.

Silva disse esperar que Chávez se recupere e afirmou ter certeza de que, o que quer que aconteça nas próximas semanas, "será tudo democrático".

Numa declaração que traduz os sentimentos de muitos na multidão, o professor Marcelo Vilegas disse que "infelizmente Chávez não pode estar conosco hoje. Mas somos o povo que representa Chávez. Ele sempre será nosso líder." As informações são da Associated Press.

O governo dos Estados Unidos disse na noite desta quarta-feira que a decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela em legitimar o início de mais um mandato para o presidente Hugo Chávez, sem a presença do político, que está doente em Cuba, é uma decisão "dos venezuelanos e para os venezuelanos" e que o governo dos EUA não tem autonomia sobre os eventos que ocorrem em Caracas.

"Essa é uma decisão que precisa ser tomada pelos venezuelanos e para os venezuelanos. Esta não é uma decisão para nós tomarmos, é uma decisão para os venezuelanos", disse Victoria Nuland, porta-voz do Departamento de Estado americano. A União Europeia (UE), também declarou que é uma questão interna da Venezuela. "É importante que a Constituição seja respeitada e interpretada corretamente", disse Maja Kocijancic, porta-voz da chefe de política externa da UE, Catherine Ashton.

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As informações são da Associated Press.

A presidente do Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela, Luisa Estella Morales, afirmou nesta quarta-feira que a posse do presidente Hugo Chávez amanhã, quinta-feira, "não é necessária" e pode legalmente ser adiada. Estella Morales fez o comunicado em meio a um forte debate entre governo e oposição da Venezuela sobre as exigências da Constituição, a qual determina que o presidente precisa tomar posse no dia 10. Chávez, de 58 anos, está doente e internado em Cuba. O presidente luta contra um câncer e sua situação de saúde foi descrita como "grave" por políticos.

Estella Morales disse que existe "continuidade administrativa" e que Chávez deixou o país em 10 de dezembro do ano passado de acordo com o artigo 235 da Constituição, pedindo antes autorização à Assembleia Nacional. Ela afirmou que o juramento de posse pode ocorrer no futuro, informou o jornal El Universal.

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As informações são da Associated Press.

O presidente reeleito da Venezuela, Hugo Chávez, pediu para adiar a posse de seu terceiro mandato consecutivo, prevista para esta quinta-feira (10). O pedido foi feito por carta, assinada pelo vice-presidente Nicolás Maduro e lida em plenário nessa terça-feira (8) pelo presidente da Assembleia Nacional, deputado Diosdado Cabello.

Na carta, Maduro diz que o próprio Chávez mandou o recado. Por recomendação médica, ele terá de permanecer mais tempo em Havana, a capital cubana, onde foi submetido a cirurgia para a retirada de um tumor maligno na região pélvica no dia 11 de dezembro. É a quarta operação desde que o presidente descobriu que tem câncer, ha 18 meses.

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Segundo o governo, o adiamento está previsto na Constituição e cabe agora à Suprema Corte venezuelana marcar nova data. A oposição discorda e diz que é inconstitucional. O que está em discussão é o Artigo 231, motivo de acirrados debates no país desde o agravamento do estado de saúde de Chávez. Depois da cirurgia, ele teve infecção pulmonar que resultou em insuficiência respiratória e que está sendo tratada, segundo informação divulgada pelo governo.

O artigo estabelece que o presidente eleito tem que prestar juramento perante a Assembleia Nacional no dia 10 de janeiro. Diz ainda que se houver um imprevisto e isso for impossível, ele poderá prestar juramento perante a Suprema Corte. Para a oposição, a data vale para qualquer um dos dois juramentos, mas o governo considera que ela só se aplica ao primeiro. Cabello disse à Assembleia Nacional que a posse pode ser adiada até Chávez voltar – mas não especificou quando.

O líder da oposição, Enrique Capriles, pediu nessa terca-feira que a Suprema Corte decida o quanto antes, para acabar com o clima de incerteza no país. Derrotado nas eleições presidenciais de outubro, Capriles foi reeleito como governador da província de Miranda – a segunda maior da Venezuela.

O assessor internacional da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, disse que "é grave" o estado de saúde do presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Garcia esteve recentemente em Havana, Cuba, por determinação da presidente Dilma Rousseff para obter informações sobre a saúde de Chávez. A visita ocorreu nos dias 31 de dezembro e 1º de janeiro, mas Garcia não esteve pessoalmente com Chávez, e sim com Fidel Castro e Raul Castro, além do vice-presidente venezuelano Nicolás Maduro.

Em suas declarações, Garcia deixou claro que o governo brasileiro apoia a ideia de prorrogar por até 180 dias o prazo para a posse de Hugo Chávez. Garcia citou o artigo 234 da Constituição da Venezuela para explicar que, se Chávez não assumir no dia 10 de janeiro, novas eleições serão convocadas daí a 30 dias se o impedimento do atual presidente for definitivo. Mas, caso o impedimento seja temporário, essa situação poderá se estender por seis meses, 90 dias, prorrogáveis por mais 90 dias. Ele lembra que há uma lacuna na interpretação na lei, mas a avaliação é de que, neste caso, quem assume é o vice-presidente Maduro.

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"A informação que eu tive é que o estado dele é grave e que, portanto, qualquer previsão é impossível de ser feita, neste momento", Garcia. Ele relatou que Chávez estava lúcido: "Chávez estava muito enfraquecido, ainda que consciente".

O assessor de Dilma rechaçou qualquer possibilidade de golpe no país e disse que a prorrogação do tempo de espera para a recuperação de Chávez não é uma estratégia governista, mas um cumprimento da Constituição. Ele rechaçou também qualquer comparação da situação venezuelana com o caso do Paraguai, país que acabou expulso do Mercosul porque os integrantes do bloco consideraram que não houve tempo para o ex-presidente Fernando Lugo, que sofreu impeachment, se defender das acusações, considerando golpista a manobra de Federico Franco, que assumiu o poder.

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