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Três gols no El Clássico, em um mesmo jogo, e valendo taça! Esse foi o tamanho do feito de Vinícius Júnior nos 4 a 1 sobre o Barcelona, que garantiram o título da Supercopa da Espanha neste domingo, no estádio Al-Awwal Park, em Riad, na Arábia Saudita. Em apenas 45 minutos, o brasileiro entrou para a história do confronto ao balançar a rede três vezes. No duelo, que mais pareceu um atropelamento, o repertório foi variado. Teve gol driblando o goleiro, completando passe do companheiro Rodrygo, e ainda cobrando pênalti. Para completar a festa, que ganhou contornos de massacre, ele ainda atuou como garçom para Rodrygo deixar a sua marca e completar o marcador.

A atuação em Riad colocou o atleta revelado pelo Flamengo na história do clube. Com os três gols anotados só no primeiro tempo, ele entrou para o seleto grupo de jogadores que fizeram o hat-trick na história do "El Clássico". Ele se junta agora a nomes como Romário, Evaristo de Macedo, Messi, Suárez, Puskas, Iván Zamorano, Gary Lineker e Jaime Lazcano.

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O duelo, que foi transmitido para vários países, mostrou ainda mais um capítulo dessa histórica rivalidade entre os dois gigantes espanhóis. Maior vencedor da competição com 14 troféus, o Barcelona agora tem apenas um título a mais que o Real Madrid (13) com a conquista deste domingo.

O resultado também foi uma espécie de revanche que a equipe de Madri aplicou nos catalães. No ano passado, também em Riad, foi a equipe azul e grená que deu a volta olímpica ao faturar a Supercopa da Espanha com o triunfo de 3 a 1. No histórico de finais, é do Real Madrid a vantagem sobre o rival. Com a conquista deste domingo, o placar é de 11 triunfos em decisões contra seis vice-campeonatos.

O Real Madrid começou o clássico em alta voltagem e o show de Vinícius Júnior começou cedo. O atacante apresentou seu cartão de visitas com autoridade e abriu uma vantagem de dois gols em apenas dez minutos. Aos 7, Belingham fez o lançamento, a zaga do Barcelona não conseguiu cortar e o estrago logo se consumou.

O camisa 7 entrou na área, passou pelo goleiro, e só rolou para inaugurar o marcador. Dois minutos depois, agora com participação decisiva de Rodrygo, o Real voltou a balançar a rede. Vinícius Jr acompanhou a arrancada do companheiro de equipe pela direita e deu um carrinho para completar o cruzamento da direita e estabelecer 2 a 0 no estádio Al-Awwal Park.

Atordoado com o começo do Real Madrid, o Barcelona respondeu com uma bola no travessão logo em seguida. Ferran Torres fez jogada pela direita e, com um toque por elevação, quase diminuiu o marcador.

Aos poucos, o duelo foi ganhando equilíbrio. Principal arma ofensiva do Barça, Ferran desperdiçou outra chance na grande área. Dessa vez, ele parou na defesa de Andriy Lunin com os pés, após chute cruzado.

Aos 32 minutos, o Barcelona entrou definitivamente na disputa. E com muito estilo. Após boa trama ofensiva pelo lado esquerdo da grande área do Real Madrid, Gündogan abriu para o cruzamento de Balde. A defesa fez o corte pelo alto e Lewandowski, de primeira, fez o gol mais bonito da partida: 2 a 1.

O embalo, no entanto, esfriou com o pênalti marcado sobre Vini Jr. Em uma bola alçada na área, Ronald Araújo, de forma infantil, empurrou o camisa 7 dentro da área. Protagonista do jogo, o atacante do Real não fugiu à responsabilidade, foi para a cobrança e marcou o seu terceiro gol na partida com um chute forte no canto: 3 a 1 aos 37 minutos.

No segundo tempo, com a vantagem de dois gols, o Real Madrid teve uma atuação protocolar. Cadenciou o ritmo da partida, fechou o meio-campo e atuou com a missão de esfriar o confronto, chamando o rival para o seu campo.

O técnico Xavi Hernández mexeu na equipe para tornar o Barcelona mais ofensivo, mas quem voltou a balançar a rede foi o Real. Após investida de Vini Jr. pela esquerda, Koundé rebateu mal e Rodrigo bateu de primeira para fazer 4 a 1 e transformar a vitória em goleada.

Desnorteado, o Barcelona se complicou ainda mais com a expulsão de Ronald Araújo. Com o título assegurado, Carlo Ancelotti optou por preservar seu melhor jogador e substituiu Vini Jr. por Camavinga aos 36 minutos. Ao deixar o campo, o brasileiro foi bastante festejado pelos torcedores em uma noite mágica por sua atuação de gala.

Vini Jr. segue curtindo a reta final de suas férias nos Estados Unidos antes de se apresentar para a pré-temporada do Real Madrid. Nesta terça-feira (18), o atacante esteve em um show do rapper canadense Drake e presenteou o músico com uma camisa autografada do time espanhol.

Drake é um músico que não esconde sua paixão por esportes. O rapper é torcedor do Toronto Raptors, da NBA, e deixou ainda mais declarada essa relação em 2019, quando a equipe se tornou a primeira da história do Canadá a conquistar a liga americana de basquete.

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Vini Jr. teve um período de férias movimentado. Primeiro, o jogador esteve nos Estados Unidos e acompanhou uma das partidas pela final da NBA. Depois, já no Brasil, o atleta do Real Madrid passou alguns dias no Rio de Janeiro e esteve em partidas do Flamengo no Maracanã. Durante o período na cidade, Vini também virou nome de lei estadual e colocou seus pés na calçada da fama do estádio.

Ainda no Brasil, Vini Jr. visitou o Cristo Redentor com sua namorada Kenia Os e Camavinga, seu companheiro de Real Madrid. Agora, já nos Estados Unidos, o atacante da seleção brasileira se prepara para mais uma temporada no futebol europeu.

Já na próxima semana, o time espanhol começa uma série de amistosos no país. A partir do próximo sábado, o Real Madrid terá Milan, Manchester United, Barcelona e Juventus como adversários em um torneio de preparação para a temporada. O primeiro jogo oficial da equipe de Vini Jr. será no dia 12 de agosto contra o Athletic Bilbao, pela liga espanhola.

Foto: Reprodução/Instagram

O Flamengo confirmou nesta semana que uma das camisas do time usadas no jogo contra o Cruzeiro pelo Brasileirão, com a mensagem 'Todos com Vini Jr' será leiloada. O uniforme escolhido foi o com o número e nome de Gabigol e foi autografada por Vini Jr. O valor arrecadado será destinado a diferentes projetos de responsabilidade social já apoiado pelo clube.

Apesar de ter o número e o nome de Gabigol, a camisa escolhida pelo clube para o leilão não foi usada na partida em questão. A ideia do clube é que o item fosse realmente exclusivo para o evento. A camisa já está disponível para receber lances até às 22h desta sexta-feira (14) no site da organizadora do evento.

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Por causa de tudo que enfrentou fora de campo na Espanha na última temporada, Vini Jr. se tornou nome da lei estadual no Rio de Janeiro que determina a paralisação de eventos esportivos em caso de conduta racista.

Foto: Divulgação

Apesar de chamar a atenção pelas jogadas, gols e conquistas em campo, Vini Jr. foi indicado nesta semana para um prêmio pelo que tem feito fora dele. Através das redes sociais, a revista France Football confirmou que o atacante brasileiro está na lista de indicados para o prêmio Sócrates, idealizado em 2022 e que reconhece o compromisso com a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva de alguns jogadores.

"Enquanto o Brasil enfrenta forte desigualdade social, que se manifesta em acesso à educação de qualidade para todos, o Instituto Vini Jr propõe soluções pedagógicas inovadoras para lidar com o problema. As ações do instituto também visam reduzir a divisão digital no Brasil entre o sistema público de educação e as escolas públicas, o que foi acentuado durante a pandemia de covid-19", explicou a revista ao justificar a indicação.

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Os outros indicados para o prêmio organizado pela France Football, a organização Peace and Sport e a família do ex-jogador Sócrates são a atacante dos Estados Unidos Alex Morgan, o zagueiro alemão do Real Madrid Antonio Rudiger, o atacante inglês Marcus Rashford e a atacante nigeriana Asisat Oshoala.

A primeira edição do prêmio Sócrates foi entregue em 2022, pelas mãos do ex-jogador Raí, e o vencedor foi o atacante de Senegal Sadio Mané. A organização da premiação escolheu o jogador do Bayern de Munique pelo que ele fez para melhorar a vida das pessoas em Bambali, a sua terra natal.

Após alcançar o sucesso no futebol europeu, Mané construiu uma escola com 17 salas de aula, um hospital, que é usado por todas as cidades próximas, uma agência para a entrega de correspondência e um sistema de fornecimento de internet. Os vencedores de cada um dos prêmios do Bola de Ouro de 2023 serão conhecidos no dia 6 de setembro.

O atacante brasileiro Vinícius Júnior usou as redes sociais para repudiar o caso de racismo contra seu amigo, Felipe Silveira, que também é assessor pessoal do atleta do Real Madrid. Na entrada do Estádio Cornellà-El Prat, em Barcelona, o rapaz de 27 anos teve uma banana apontada em sua direção por um segurança, que teria dito: "Mãos ao alto, essa é minha arma para você."

Vini Jr. chamou a cena de "nojenta" e cobrou ação das autoridades sobre o acesso às imagens das câmeras de segurança do estádio, através das quais se poderia confirmar o caso de racismo.

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"Enquanto eu jogava com a já histórica camisa preta e me emocionava, meu amigo foi humilhado e ironizado na entrada do estádio. O tratamento foi triste, em todos os momentos duvidaram da cena surreal que aconteceu. Os bastidores são nojentos. Mas pra deixar tudo público, pergunto aos responsáveis: onde estão as imagens das câmeras de segurança?", questionou Vini.

Após a vitória por 4 a 1 sobre Guiné, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) emitiu uma nota para comentar o insulto racista sofrido pelo membro do estafe de Vini Jr. e afirmou que "tomou providências imediatas e, na mesma hora, solicitou a polícia e aos organizadores do jogo que dessem todo o apoio e amparo a mais uma vítima de racismo, um crime que precisa ser combatido de forma veemente e sem descanso. O episódio, inclusive, foi presenciado por jornalistas presentes ao amistoso."

O presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, também expôs sua opinião sobre o tema. "O combate ao racismo, um crime que precisa cessar em todo o mundo, é também o motivo pelo qual estamos aqui. O mesmo motivo que levou o presidente da Fifa, Gianni Infantino, a vir de Zurique até aqui. E foi também por isso que a nossa seleção jogou o primeiro tempo da partida de preto. É um manifesto, é uma bandeira, é uma missão banir do futebol mundial não só o racismo, como toda e qualquer forma de violência, dentro e fora dos estádios. Temos recebido a solidariedade de todos os companheiros de Federações e Confederações do mundo inteiro, querendo se juntar ao Brasil nessa luta. E hoje, mais uma vez, mais um criminoso foi exposto publicamente."

Após a partida, Vinicius Júnior enalteceu o momento, mas deixou claro que não sabia do racismo sofrido pelo seu assistente pessoal por um segurança antes da bola rolar. O amigo do craque teve uma banana apontada em sua direção.

"Foi um momento histórico para a seleção e para mim. Espero que estejamos ao fim disso. Vamos seguir na luta, todos juntos, nós, a CBF e todos os clubes do Brasil. Se Deus quiser, esse preconceito vai diminuir", disse o atacante.

Vinicius Júnior foi quem deu números finais ao duelo ao marcar o gol em uma cobrança de pênalti. Mas o dia não foi especial apenas para o craque. Rodrygo, seu companheiro de Real Madrid, também comemorou a vitória.

"Foi um dia muito especial. Sabíamos tudo que estava envolvido. Estou feliz também por ter feito um gol novamente com essa camisa especial. Vou lembrar para sempre", afirmou Rodrygo.

O Brasil viaja para Portugal no próximo domingo, quando iniciará a preparação para o jogo diante de Senegal, marcado para terça-feira, às 16h.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) fecharam um acordo para a realização, em março de 2024, de um amistoso que reforça o compromisso de ambas as entidades contra o racismo e a violência no futebol. A iniciativa também servirá para intensificar as boas relações já existentes.

A partida será disputada em solo espanhol entre duas das seleções mais poderosas do cenário internacional.

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"O combate ao racismo e à violência no futebol deve ser uma bandeira universal. Na CBF, trabalhamos de forma incansável pela luta contra todo tipo de discriminação, dentro e fora dos campos. Esta ação, em parceria com o meu amigo Luis Rubiales, presidente da Real Federação Espanhola de Futebol, será importante para reforçar ainda mais a necessidade de se combater o racismo de forma veemente, em todos os cantos do planeta ", afirmou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.

Luis Rubiales, presidente da RFEF, foi quem liderou, após os últimos episódios que afetaram Vinicius, a campanha "Racistas, fuera del fútbol", na Espanha, com a qual se pretende erradicar atitudes racistas e xenófobas dos campos de futebol, chamando a atenção dos torcedores que insultos ou atitudes discriminatórias não são toleráveis ​​por qualquer motivo.

O presidente da Federação esteve reunido na Ciudad del Fútbol, ​​em Las Rozas, com Orlando Leite, embaixador do Brasil na Espanha, e tem mantido contatos frequentes com o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues. Os dois dirigentes entenderam que era uma ótima oportunidade para estreitar laços e promover a união contra a violência no futebol com a realização do amistoso.

Será o décimo confronto entre as duas seleções, que não se enfrentam desde a final da Copa das Confederações de 2013, quando a Canarinho venceu por 3 a 0. Dos nove duelos anteriores, o Brasil venceu cinco, empatou dois e perdeu dois. São 14 gols a favor e oito contra.

Em breve, os dois presidentes darão mais detalhes sobre a partida.

Do site da CBF

O técnico da seleção brasileira, Ramon Menezes, anunciou neste domingo, os jogadores convocados para os amistosos contra Guiné e Senegal, que serão realizados em 17 e 20 de junho, respectivamente. Vinícius Júnior, do Real Madrid, homenageado em campanha antirracismo da entidade e por diversas instituições no mundo, teve sua presença confirmada. Entre os escolhidos, destacam-se também os que atuam no Brasil como os palmeirenses Weverton, Raphael Veiga e Rony.

Além dos integrantes do clube paulista, também foram chamados Ayrton Lucas e Pedro, do Flamengo, e Nino e André, do Fluminense. Desta vez, o treinador optou por uma lista mais parecida com a da Copa do Mundo do Catar junto a algumas estreias, caso de Joelinton, do Newcastle, e Vanderson, do Mônaco. Neymar (PSG), que ainda se recupera de uma lesão no tornozelo, ficou de fora.

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TÉCNICO TERÁ QUE "DIVIDIR FUNÇÕES" COM MUNDIAL SUB-20

Ainda sem um treinador definido para o ciclo da próxima Copa do Mundo, o Brasil será mais uma vez comandado interinamente por Ramon Menezes, agora nos amistosos. De momento, ele tem compromissos na Argentina liderando os jovens talentos no Mundial Sub-20. Para a convocação, a CBF preparou um "bate e volta" para que a convocação fosse feita.

No último sábado, a equipe fechou a participação na fase de grupos contra a Nigéria e ganhou de 2 a 0. A vitória, garantiu a classificação para o mata-mata na liderança da chave. O adversário nas oitavas será conhecido após a conclusão da terceira rodada, neste domingo.

Se chegar à final, o técnico estará liberado para se dedicar integralmente à seleção principal somente depois de 11 de junho, para quando está marcada a decisão do campeonato. No entanto, não há riscos dele perder os amistosos contra Guiné e Senegal, pois serão disputados depois da decisão.

O caso de racismo de Vini Jr. ganhou mais um novo capítulo nesta quinta-feira (25). O Ministério Público de Valência denunciou as pessoas que insultaram o atacante brasileiro do Real Madrid por crime de ódio. Agora, a justiça espanhola vai definir se levará ou não as pessoas para julgamento.

Depois do ocorrido no domingo e de toda a repercussão do caso de racismo, o Real Madrid fez a denúncia do crime de ódio para a Procuradoria-Geral da Espanha. Por conta disso, além do possível julgamento no Ministério Público de Valência, os envolvidos podem ter que responder em outra esfera da justiça espanhola pelo ocorrido.

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Na Espanha, semelhante ao que acontece no Brasil, as denúncias do Ministério Público são primeiros instruídas para depois passar pelos juízes e ter a definição se os acusados vão ou não ser julgados pelo ocorrido. Agora é necessário aguardar a decisão da justiça de Valência para que a denúncia tenha ou não sequência.

Além das denúncIas, a rodada deste meio de semana do Campeonato Espanhol foi marcada por homenagens para Vini Jr. No jogo do Real Madrid, em casa, todos os atletas do time entraram no gramado do Santiago Bernabéu com a camisa do brasileiro. Apesar disso, antes do jogo, a foto do atacante na entrada do estádio foi rasgada.

ENTENDA O CASO

O brasileiro Vinícius Júnior foi mais uma vez vítima de racismo na Espanha. Parte da torcida do Valencia, que enfrentou e venceu o Real Madrid no domingo por 1 a 0, gritou insultos racistas direcionados ao jogador brasileiro no segundo tempo da partida, que foi paralisada e depois retomada pelo árbitro por causa das ofensas.

Nos acréscimos, o brasileiro, revoltado e desestabilizado pelos rivais, foi expulso depois de se desentender com o atacante Hugo Duro, em quem acertou o braço. Ele levou cartão amarelo, mas após revisão do lance pelo VAR, foi expulso pela arbitragem.

O episódio gerou revolta no Real Madrid, cujo técnico Carlo Ancelotti dedicou sua entrevista coletiva inteira para falar sobre o caso de racismo ao fim da partida. A polêmica aumentou em seguida quando o presidente da LaLiga, Javier Tebas, criticou Vinícius por ter reclamado da postura da entidade diante dos casos de racismo.

São muitos os episódios de preconceito racial contra Vini Jr. Recentemente, o brasileiro depôs na Justiça espanhola no âmbito do caso em que foi xingado de "macaco" por um torcedor do Mallorca em fevereiro deste ano. "Não foi a primeira vez nem a segunda nem a terceira. O racismo é o normal na LaLiga. A competição acha normal, a federação também e os adversários incentivam. Lamento muito. O campeonato que já foi de Ronaldinho, Ronaldo, Cristiano e Messi hoje é dos racistas", afirmou o atleta em seu perfil no Twitter.

O brasileiro ainda alertou para a imagem que a Espanha passa para o exterior ao permitir que tais ataques aconteçam na maior competição esportiva da nação. "Uma nação linda, que me acolheu e que amo, mas que aceitou exportar a imagem para o mundo de um país racista. Lamento pelos espanhóis que não concordam, mas hoje, no Brasil, a Espanha é conhecida como um país de racistas."

No último domingo (21), o jogador Vini Jr. foi mais uma vez vítima de racismo. Durante uma partida no Campeonato Espanhol, o craque do Real Madrid foi chamado de 'macaco' por torcedores rivais. Após lamentar o ocorrido na internet, em uma postagem emocionante, Vini recebeu uma onda de carinho por admiradores anônimos e famosos.

Personalidades como o presidente Lula, Gilberto Gil, Whindersson Nunes, Felipe Neto, Lázaro Ramos, Anitta, Giovanna Ewbank, Fernanda Paes Leme, Marcos Mion, Sabrina Sato, Deborah Secco e Cláudia Abreu se solidarizaram com o atleta brasileiro.

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Em uma postagem no Twitter, Ludmilla disparou: "É inacreditável que nós estamos vendo isso se repetir o tempo todo e ninguém faz nada. Queremos providências. Inaceitável que a La Liga com a importância e tamanho que tem dentro do futebol, está escolhendo fechar os olhos pra uma coisa que tá acontecendo e sendo denunciada há tempos. Pelo Vini Jr., por mim e por todos nós. Fogo nos racistas!".

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prestou solidariedade ao atacante brasileiro Vinícius Jr após o atleta do Real Madrid sofrer mais um ataque racista durante uma partida do Campeonato Espanhol. O novo episódio ocorreu neste domingo (21), durante a derrota por 1 a 0 do Real Madrid para o Valencia, no Estádio Mestalla.

"Não podemos permitir que o fascismo e o racismo tomem conta dentro de um estádio de futebol", afirmou o político neste domingo durante uma entrevista coletiva após o G7, no Japão. O líder brasileiro está na cidade de Hiroshima, onde ocorre o encontro da cúpula de chefes de Estado.

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A fala sobre o jogador, que Lula classificou como o "melhor atleta do Real Madrid", iniciou a conversa com a imprensa. "Não é possível que, quase no meio do século XXI, a gente tenha o preconceito racial ganhando força em vários estádios de futebol na Europa", afirmou o petista.

O presidente ainda cobrou um posicionamento das entidades futebolísticas do mundo. "Eu penso que é importante que a Fifa, a liga espanhola e de outros países tomem sérias providências", afirmou o líder brasileiro.

Essa não foi a única manifestação do governo brasileiro sobre o ocorrido. Anteriormente, o Ministério da Igualdade Racial afirmou que notificará autoridades espanholas e a La Liga, organização responsável pelo Campeonato Espanhol. De acordo com a pasta, a notificação será enviada na manhã desta segunda-feira, dia 22.

"Repudiamos mais uma agressão racista contra o Vini Jr. Notificaremos autoridades espanholas e a La Liga. O Governo brasileiro não tolerará racismo nem aqui nem fora do Brasil! Trabalharemos para que todo atleta brasileiro negro possa exercer o seu esporte sem passar por violências", prometeu o Ministério em seu perfil no Twitter.

ENTENDA O CASO

O brasileiro Vinicius Junior foi mais uma vez vítima de racismo na Espanha. Parte da torcida do Valencia, que enfrentou e venceu o Real Madrid neste domingo por 1 a 0, gritou insultos racistas direcionados ao jogador brasileiro no segundo tempo da partida, que foi paralisada pelo árbitro por causa das ofensas.

São muitos os episódios de racismo contra Vini Jr. Recentemente, o brasileiro depôs na Justiça espanhola no âmbito do caso em que foi xingado de "macaco" por um torcedor do Mallorca em fevereiro deste ano.

"Não foi a primeira vez, nem a segunda e nem a terceira. O racismo é o normal na La Liga. A competição acha normal, a Federação também e os adversários incentivam. Lamento muito. O campeonato que já foi de Ronaldinho, Ronaldo, Cristiano e Messi hoje é dos racistas", afirmou o atleta em seu perfil no Twitter.

O brasileiro ainda alertou para a imagem que a Espanha passa para o exterior ao permitir que tais ataques aconteçam na maior competição esportiva da nação. "Uma nação linda, que me acolheu e que amo, mas que aceitou exportar a imagem para o mundo de um país racista. Lamento pelos espanhóis que não concordam, mas hoje, no Brasil, a Espanha é conhecida como um país de racistas."

A diretoria do Mallorca prometeu tolerância zero com torcedores que desrespeitarem rivais com frases discriminatórias e nesta terça-feira cumpriu com suas palavras ao afastar por três anos de seus jogos um adepto que se direcionou ao brasileiro Vini Jr. com palavras racistas. O clube ainda promete ajudar as autoridades para que punições dentro das leis também sejam aplicadas.

Logo após o jogo, no qual o Mallorca ganhou por 1 a 0, o clube se disse envergonhado ao ver as imagens flagradas pela DAZN TV, na qual o torcedor suspenso aparece ofendendo o oponente do Real Madrid. "Vinícius, macaco. Você é um p... macaco", proferiu o torcedor no estádio Iberostar, antigo Son Moix.

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"De acordo com o regulamento aplicável pelo RCD Mallorca aos titulares de títulos de época e espectadores que frequentam o Estádio Son Moix, a Comissão de Ética do Clube sanciona com a retirada do carnê de sócio durante três anos o torcedor que proferiu insultos xenófobos tanto ao jogador do Real Madrid CF Vinícius Júnior como a Samu Chukwueze, jogador de futebol do Villarreal CF. O RCD Mallorca é contra todas as manifestações xenófobas e continuará trabalhando ativamente para erradicar esta calamidade", anunciou o clube.

Na mesma partida, o zagueiro Raillo fez muitas provocações ao brasileiro e chegou a estender o escudo da camisa do Mallorca para que Vini Jr beijasse. Depois, em coletiva, ainda disse que o brasileiro usava o artifício do racismo para se defender quando era acusado de "provocador."

Vini Jr. Vem sendo constantemente atacado em estádios de adversários do Real Madrid por causa do seu jeito alegre e divertido de jogar de comemorar seus gols, sobretudo com danças. Ele já viu a torcida do Atlético de Madrid "enforcar" um boneco que simularam ser o jogador e viu no fim de semana os fãs do Barcelona desejarem sua morte em música.

A relação de Vinícius Júnior com as torcidas adversárias na Espanha segue dando o que falar. Durante o clássico contra o Barcelona, neste domingo (19), parte da arquibancada do Camp Nou cantou durante alguns momentos da primeira etapa "Vinícius muérete", que quer dizer "morra Vinicius" em tradução para o português.

Os cânticos ecoaram pelo Camp Nou quando o placar ainda estava 1 a 0 para o Real Madrid. A partida terminou com virada do Barcelona por 2 a 1. Nenhum dos clubes ou a organização do Campeonato Espanhol se manifestou sobre o ocorrido na Catalunha neste domingo.

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Essa não é a primeira vez que Vini Júnior é alvo de algum tipo de ataque das torcidas adversárias na Espanha. No início do mês de março, a organização de LaLiga protocolou a sétima denúncia de ataque racista contra o atacante brasileiro do Real Madrid.

O ataque de torcida que teve a maior repercussão aconteceu antes da partida entre Real Madrid e Atlético de Madrid pelas quartas de final da Copa do Rei. Em uma ponte próxima ao CT do Real, um boneco negro com a camisa de Vini Júnior foi pendurado simulando um enforcamento.

Vale lembrar que em um duelo entre as duas equipes da capital espanhola, em setembro de 2022, o atacante brasileiro foi chamado de macaco pelos jogadores do Atlético de Madrid durante o jogo.

No fim de fevereiro, a Comissão Estatal contra Violência, Racismo, Xenofobia e Intolerância no Esporte da Espanha pediu que um dos autores de insultos racistas contra Vini Jr. seja banido por um ano dos estádios e pague multa de 4 mil euros (R$ 22,1 mil). O indivíduo em questão é torcedor do Mallorca e tem 20 anos, mas não teve a identidade revelada pela comissão.

O Real Valladolid, time que também teve torcedores racistas atacando Vinícius Júnior, comunicou, também no mês passado, que estava trabalhando para definir a punição para um grupo de cerca de dez pessoas identificadas como autoras de insultos ao atacante. Vini Jr não se manifestou.

De fora da festa que marcou a sétima conquista de Messi como melhor jogador do planeta, Neymar e Vinícius Júnior não foram completamente esquecidos por todos. Em votação que envolveu jogadores, técnicos e jornalistas, cada um dos brasileiros recebeu três votos para melhor jogador de futebol do mundo na última temporada.

Astro da seleção brasileira e do PSG, Neymar foi quem recebeu mais votos dos dois. O camisa 10 do Brasil foi escolhido por Thiago Silva, que votou como capitão da seleção brasileira, Tite e Lionel Messi como o melhor jogador da última temporada. Além dos três, o brasileiro foi colocado como segundo melhor por cinco pessoas e como terceiro por mais 16.

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Já Vinicius Junior, que marcou o gol do título da última Liga dos Campeões, foi campeão espanhol e campeão e melhor jogador do último Mundial de Clubes, foi colocado por Salah, capitão do Egito, Emmanuel Gustave Samnick, jornalista de Camarões que é fã declarado do brasileiro, e Crofton Utukana, jornalista das Ilhas Salomão, como o melhor jogador do mundo.

Além do trio, o atacante do Real Madrid recebeu mais cinco votos que o colocavam como segundo melhor jogador do mundo e dez que o viram como terceiro.

EM QUEM OS BRASILEIROS VOTARAM

Três brasileiros votaram na eleição da Fifa de melhor jogador do mundo de 2022. Thiago Silva, que teve o direito ao voto como capitão da seleção brasileira, escolheu Neymar, Messi e Benzema para as três primeiras posições respectivamente.

Já Tite teve em seu pódio Neymar, Messi e Mbappé. Já Martin Fernandéz, jornalista brasileiro selecionado pela Fifa, teve Messi, Mbappé e Benzema.

O Real Madrid venceu o Valencia por 2 a 0 nesta quinta-feira, em jogo atrasado da 17ª rodada do Campeonato Espanhol, e impediu que o Barcelona consolidasse uma vantagem de oito pontos na liderança. O triunfo do time comandado por Carlo Lancelotti no Santiago Bernabéu foi construído com gols de Vinícius Júnior e Asensio, ambos no segundo tempo. Para o atacante brasileiro, foi um dia especial, pois alcançou a marca de 200 jogos vestindo a camisa do Real. Além disso, o gol desta quinta foi o seu 50º pelo clube.

Vice-líder da liga nacional, a equipe merengue chegou aos 45 pontos, cinco a menos que o Barcelona, que foi a campo na quarta-feira, também para repor jogo da 17ª rodada, e venceu o Betis por 2 a 1. Derrotado pelo Real, o Valencia está na 14ª posição, com apenas 20 pontos.

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O primeiro tempo não foi dos mais empolgantes para os torcedores presentes no Santiago Bernabéu. Após começar o jogo com intensidade, ao levar perigo com finalizações de Asensio na primeira metade, o time de Madri não mostrou seu habitual repertório de jogadas ofensivas. Apesar de ter controlado a posse de bola e não sofrer muitos riscos, terminou o primeiro tempo devendo uma atuação melhor, e ainda perdeu o zagueiro Éder Militão, que reclamou de dores e foi substituído por Carvajal.

O Real Madrid voltou mais incisivo para o segundo tempo e precisou de dez minutos para balançar a rede duas vezes. O primeiro gol saiu aos seis, após uma bomba dispara por Asensio da entrada área. Pouco depois, aos nove, Vinícius Júnior correu muito rápido pelo lado direito do ataque, do meio de campo até a área, onde tocou com calma na bola para vencer o goleiro Mamardashvili.

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Vini foi protagonista de outro lance importante para a definição do resultado. Aos 26 minutos, ele levou um chute do zagueiro brasileiro Gabriel Paulista, que foi expulso imediatamente pelo árbitro. Vinicius se irritou e foi para cima do compatriota, assim como Camavinga, mas não foram punidos.

A denúncia contra torcedores que entoaram cânticos racistas e chamaram Vini Jr. de “macaco” foi arquivada pela Procuradoria Provincial de Madrid. O Ministério Público espanhol reforçou a posição contrária ao preconceito no futebol, mas decidiu não levar a denúncia adiante por entender que os xingamentos foram pontuais.

No clássico contra o Atlético de Madrid, em setembro, o brasileiro que fez o gol do título da última Champions League do Real Madrid foi ofendido por parte da arquibancada e no entorno do estádio. O episódio baseou a denúncia do presidente do Movimento Contra a Intolerância, Racismo e Xenofobia, Esteban Ibarra.

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O Ministério Público espanhol considerou o canto como "nojento", "inadequado" e "desrespeitoso". Segundo o El País, o representante do MP apontou que não há ato específico a ser imputado a uma pessoa determinada e que o contexto da rivalidade do clássico não define o crime contra a dignidade da pessoa. Além disso, acrescenta que os xingamentos não se repetiram mais de duas vezes e que duraram "alguns segundos".

“Quem mata passa duas horas esfaqueando? Ou dois minutos? Isso é incrível", criticou Ibarra. Ele orientou as autoridades a analisar gravações para identificar os responsáveis. “É perturbador que eles tenham tomado essa decisão e que ela não tenha sido suficientemente investigada. Isso abre as portas para a impunidade nesse tipo de evento em campos de futebol”, disse.

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