Tópicos | votação

A Câmara de Deputados pode votar nesta terça-feira (8), em sessões extraordinárias, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Trabalho Escravo. Aprovada em primeiro turno em agosto de 2004, a PEC desde então aguarda votação em segundo turno.

A proposta prevê a expropriação de propriedades rurais ou urbanas onde for constatado trabalho escravo, além do proprietário ter os bens apreendidos e não ter direito a indenização. Os recursos confiscados terão como destino um fundo cuja finalidade será definida em lei. Atualmente, a medida é aplicada em locais em que é verificado o cultivo de plantas psicotrópicas. 

##RECOMENDA##

A Câmara instalou no mês de março a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Trabalho Escravo, que é presidida pelo deputado Cláudio Puty (PT-PA) e tem como relator o deputado Walter Feldman (PSDB-SP). O grupo de trabalho investiga denúncias relacionadas a essa prática, tendo como base a chamada “lista suja” preparada pelo Ministério do Trabalho. A lista elenca 291 empregadores acusados de explorar mão de obra desrespeitando os direitos trabalhistas ou humanitários.

Será entregue ao presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, no final da manhã desta terça-feira, um documento assinado por mais de 60 artistas e intelectuais em apoio à PEC do Trabalho Escravo.



A base aliada do Senado pretende votar o projeto da Lei Geral da Copa a partir da próxima quarta-feira em plenário. Para tanto, os governistas querem aprovar, um dia antes, duas medidas provisórias que trancam a pauta da Casa e abrir uma janela de votação. Ao mesmo tempo, os aliados têm de retirar as matérias das comissões em que tramitam para levá-las ao plenário.

"Vamos levar os relatórios das três comissões para o plenário", adiantou o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM). O projeto está na Comissão de Educação, Cultura e Esporte e ainda tinha de passar pelas comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Constituição e Justiça (CCJ).

##RECOMENDA##

Antes disso, os senadores terão que limpar a pauta de votações na terça-feira. A primeira das MPs que trancam a pauta, a de número 552/11, prorroga até dezembro a isenção de impostos que incidem sobre a importação e a venda de trigo, farinha e pré-misturas de pão comum. A outra MP, a 553/11, garante R$ 533 milhões em créditos extraordinários para três ministérios fortalecerem o Sistema Nacional de Defesa Civil (Sindec).

Para abreviar o percurso da Lei Geral da Copa, os aliados querem aprovar um requerimento que garante regime de urgência à proposta. Dessa forma, o projeto seguiria diretamente para o plenário, com os relatores de cada uma das comissões apresentando seu texto lá. Pelas contas dos aliados, haveria assim duas semanas com pauta livre para votar o projeto.

A Câmara analisa o Projeto de Lei 3304/12, do deputado Edivaldo Holanda Junior (PTC-MA), que institui o Programa Nacional do Livro Técnico e Profissionalizante. Segundo a proposta, o programa deverá fornecer livros para alunos das escolas de ensino técnico e profissionalizante de todo o País. Os livros deverão ser usados por três anos, no mínimo.

O parlamentar afirmou que a medida expande o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) do Ministério da Educação, que oferece livros a estudantes de escolas públicas.“Em razão das características do público alvo, formado basicamente por adultos, a reutilização dos livros tenderia a ser infinitamente superior ao PNLD”, afirmou Holanda Júnior.

##RECOMENDA##

Tramitação

O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Educação e Cultura; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Deu início, nesta terça-feira, na Câmara dos Deputados, a votação do Código Florestal que determina como será a exploração das terras e a preservação das áreas verdes no país. O Código já havia sido aprovado na Câmara em maio de 2011 e, em dezembro, pelo Senado, quando recebeu 21 alterações.

Essas mudanças levaram hoje os parlamentares a tentarem entrar em comum acordo, apesar de até o início desta noite não haver ainda um consenso entre os partidos. Se o Código for aprovado, logo em seguida, passará à sanção presidencial.

##RECOMENDA##

Para o líder do Governo na Câmera, Arlindo Chinaglia (PT-SP), o importante é trabalhar sobre o mérito do projeto. Mas o líder do PV na Câmera, deputado Sarney Filho (MA), apresentou um documento pedindo a destituição do relator do Código, deputado Paulo Piau (PMBD-MG), solicitando a nomeação de outro relator, pois a maioria dos políticos que defendem o Código criticam o relatório de Piau porque considerarem as modificações promovidas pelo PMDB "favoráveis a bancada ruralista", em detrimento da preservação ambiental.

Entre as alterações do Código, Piau quer a mudança no texto do Senado que obriga os produtores rurais a recompor entre 15m e 100m das chamadas Áreas de Proteção Ambiental (APPs). Ele sugere que o tamanho das faixas de proteção seja determinado a posteriori, por lei ou medida provisória.

O fato é que a alteração funcionará como anistia para produtores desmatarem. Diante disso, a bancada ruralista chegou a sugerir que os percentuais de preservação sejam mantidos (os 20% remanescentes, não incluindo as áreas de preservação permanente) e que o governo elabore regulamentações para resolver problemas pontuais. Dos debates acerca do tema, a principal polêmica gira em torno da área de terra que será permitida ou proibida o desmate, ao tipo de produtor que poderá fazê-lo, à restauração das florestas derrubadas e à punição para quem já desmatou.

Os moradores do município de Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife (RMR), irão eleger 70 conselheiros tutelares, entre titulares e suplentes, neste domingo (15). Serão 51 postos de votação distribuídos nas sete Regionais da cidade, funcionando das 8h às 17h.

A apuração acontecerá na quadra da Faculdade Guararapes, em Prazeres. A previsão é de que, até às 21h, todas as urnas tenham sido apuradas. A listagem dos eleitos será divulgada no mesmo dia e estará disponível na sede do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDDCA), na rua Zequinha Barreto, em Massangana, e no Diário Oficial de Jaboatão.

##RECOMENDA##

Cerca de mil funcionários municipais irão trabalhar durante a eleição. A Polícia Militar e a Guarda Municipal darão apoio nos locais de votação. Para participar da eleição, é preciso ter idade a partir de 16 anos e apresentar identidade ou carteira de habilitação. O processo eleitoral é coordenado pelo CMDDCA, com o apoio da Prefeitura do município.

A Câmara dos Deputados deverá votar o texto final do novo Código Florestal no próximo dia 24, anunciou há pouco o presidente da Casa, deputado Marco Maia (PT-RS).

A votação do código é parte do acordo feito entre os líderes partidários que viabilizou a votação da Lei Geral da Copa. Após definir a data de votação, marco Maia pediu ao relator do código, deputado Paulo Piau (PMDB-MG), para apresentar o seu parecer final sobre a matéria na próxima semana, afim de permitir negociações para a aprovação do texto.

##RECOMENDA##

“Não havendo acordo sobre pontos do texto, o plenário é soberano para decidir o que é melhor para o Brasil”, disse. Concluída a votação da matéria, o texto, que já foi aprovado pelos senadores, será encaminhado à sanção presidencial.

O Plenário irá entrar em votação e decidir se aprova ou não o projeto de lei que visa proibir a realização de provas de concursos públicos aos sábados. O autor do projeto, o ex-deputado Silas Brasileiro, pretende estabelecer o domingo como o dia oficial dos testes, inclusive dos vestibulares. A proposta tramita juntamente a outros 16 projetos, a maioria com o mesmo objetivo.

Eles alegam que o sábado é considerado dia sagrado para diversos grupos religiosos, entre eles os judeus e adventistas, o que pode impedir vários interessados em participar da seleção. 

##RECOMENDA##

 

 

 

Depois de um dia de intensas negociações, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), anunciou na noite desta terça-feira acordo para votar quarta-feira a Lei Geral da Copa e, até o fim de abril, o novo Código Florestal. Avisou, no entanto, que não há entendimento no que se refere ao mérito das propostas. Com isto, o governo terá trabalho para convencer sua base rebelada a votar com o texto da Lei da Copa encampado pelo Palácio do Planalto.

"Desta forma, a negociação estanca a crise e faz com que o Congresso volte a andar", declarou Maia, por meio de sua assessoria. A maior polêmica do projeto é a venda de bebida alcoólica nos 12 estádios que vão sediar os jogos da Copa da Fifa. O texto enviado ao Congresso apenas suspenderá durante os eventos da Fifa o artigo do Estatuto do Torcedor, que proíbe a venda, e a entidade terá de negociar diretamente com Estados onde há leis contrárias.

##RECOMENDA##

Para fechar o entendimento, Maia informou ter negociado com representantes ruralistas de 12 partidos diferentes, fundamentais para interromper a obstrução promovida pelos próprios aliados. Mas isto não resolve o problema com a bancada evangélica, que não aceita a venda de bebida nos estádios. "Fomos pegos de surpresa com a votação antes da Páscoa e avisamos que suprimir a proibição da venda de bebidas não atende a bancada. Somos contra a bebida alcoólica por convicção", reagiu o deputado João Campos (PSDB-GO), presidente da frente parlamentar evangélica. Eles vão tentar aprovar um destaque que deixe clara a vedação à venda de bebida nos estádios.

No mesmo tom, o líder do PR, deputado Lincoln Portela (MG), adverte que vai liberar a bancada e votar contra a Lei da Copa. "Não aceito este texto que afronta a soberania nacional. O Brasil não é colônia da Fifa", protesta o líder, inconformado com a exigência da Federação Internacional em favor do consumo de álcool nos estádios. Até o meio dia, Maia acumula o comando da Câmara com a presidência em exercício da República. A partir do final da manhã, quando o avião do vice-presidente Michel Temer deve ingressar no espaço aéreo brasileiro, ele poderá retornar à Câmara para comandar a votação da Lei Geral da Copa.

A oposição reagiu com ironia ao anúncio de Maia. "A melhor articulação política para este governo são as viagens da presidente Dilma", afirmou o líder tucano Bruno Araújo (PE), que também recomendará à bancada que vote contra a liberação da bebida. "A crise viajou com a Dilma", retrucou o líder do DEM, deputado ACM Neto (BA).

A votação da Lei Geral da Copa foi mais uma vez adiada. O projeto, que define as regras para o mundial, é uma das prioridades do Palácio do Planalto, mas não tem previsão de ser votado. Depois de chamar os deputados ruralistas de “predadores da agricultura” o líder do PT na Câmera, Gilmar Tato, disse hoje que vai diminuir o tom e conversar com os partidos da base.

Tudo isso porque a bancada ligada à agricultura aderiu a estratégia da oposição de só votar a lei geral da copa depois que for marcada a data da votação do Código Florestal. O líder do PT disse ainda que se o governo ceder nesse ponto depois ficará impossível de dialogar.

##RECOMENDA##

Uma demonstração de que o Planalto não vai ceder a essas pressões. De qualquer forma, o líder do governo Arlindo Chinaglia (PT-SP), já assumiu o compromisso de discutir o mérito do código florestal com os partidos de base em uma reunião na semana que vem. Mas a data da votação do código ainda não foi definida.

E sobre a demora na análise da Lei Geral da Copa, o ministro dos esportes, Aldo Rebelo, disse hoje que isso não compromete o calendário e que o governo vai trabalhar para aprová-la ainda em março ou, no mais tardar, no início de abril.

O governo não gostou da forma adotada pelo presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), para resolver o impasse relativo ao Código Florestal. Na reunião de líderes dos partidos da coalizão, nesta terça, Maia tranquilizou os que se posicionam ao lado dos ruralistas e querem modificar o texto aprovado pelo Senado.

"Com entendimento ou sem entendimento, eu vou marcar a data de votação do Código Florestal", garantiu o presidente da Câmara. A expectativa dos ruralistas, que ameaçam impedir a aprovação da Lei Geral da Copa enquanto suas reivindicações não forem atendidas, é que o Código Florestal entre na pauta em abril, logo após o feriado da Semana Santa.

##RECOMENDA##

Dilma avalia, no entanto, que os deputados do PT e os articuladores do governo no Congresso não podem ceder a pressões. Pelas contas do Palácio do Planalto, se a votação do Código Florestal fosse hoje, o governo seria derrotado de goleada. É por isso que a intenção do Planalto é adiar ao máximo a apreciação do projeto, se possível para depois da Rio + 20, a Conferência das Nações Unidas para Desenvolvimento Sustentável, que será realizada em junho, no Rio.

A crise na base aliada do governo dificulta a previsão sobre o resultado das próximas votações. Não há entendimento nem mesmo na bancada do PT sobre o melhor texto relativo à Lei Geral da Copa.

Apesar de estar na pauta da Câmara, o Código Florestal dificilmente será votado na próxima semana. Segundo o presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), o governo tem interesse em não votar a nova legislação. "É público que há um clima entre o governo e o parlamento ruim", observou Maia. "É de interesse do parlamento votar o Código o mais rápido possível. Quem tem menos interesse em votar o Código é o governo", disse o presidente da Câmara.

O governo não quer mexer em nenhum ponto da proposta do Código Florestal aprovada pelo Senado, em dezembro, mas a bancada ruralista insiste em modificar. A expectativa é que na semana que vem a Câmara vote a Lei Geral da Copa.

##RECOMENDA##

Estão abertas as votações para a edição 2012 do Troféu Sonar de Música Pernambucana, premiação idealizada pela produtora Sonar-PE. A votação é aberta ao público através da página oficial do evento.

O coletivo Sonar-PE surgiu em 2008 com o intuito de servir como uma ponte para facilitar o acesso de artistas do Recife, e de outros municípios do Estado, a lugares onde pudessem mostrar o seu trabalho, como casas, bares, pubs e espaços públicos. Como produtora, criou o Troféu Sonar, que premia os artistas de destaque do ano anterior, consequentemente dando uma maior visibilidade para os mesmos e agregando público.

A votação é feita em oito categorias (canção, letra, instrumentista, apresentação ao vivo, projeto gráfico, audiovisual, cd/ep/vinil e o Troféu Circula), que são levadas a um júri especializado para a escolha final. A cerimônia de premiação acontece no dia 19 de de maio, às 17h, na Livraria Cultura.

Entrará em votação na próxima quarta-feira (7), pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), o projeto de lei que afirma que o namoro como relação íntima de afeto poderá ser enquadrado na Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006).

A autora da proposta, deputada Elcione Barbalho (PMDB-BA), alega que mesmo com o esforço do Congresso Nacional para provar a Lei Maria da Penha, a jurisprudência ainda não entende que ela não pode ser aplicada em casos de agressão cometida por namorado. Alguns juízes do Judiciário afirmam que lei se aplica a todos os casos de violência contra a mulher, outros avaliam que ela só vale para relacionamentos estáveis.

##RECOMENDA##

O relator na CCJ, senador Magno Malta (PR-ES), assinalou que a lei tem "destinatários certos". "O que busca a lei é proteger a mulher hipossuficiente na relação íntima de afeto, subjugada pelo seu ofensor, numa relação de dependência, seja econômica ou psíquica".

A matéria será votada em decisão terminativa na comissão.

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou hoje que a votação na Casa do projeto de lei que cria o Fundo de Previdência dos Servidores Públicos Federais (Funpresp) deverá ser mais fácil do que na Câmara dos Deputados. A proposta começou a tramitar oficialmente na manhã de hoje no Senado, com a leitura feita por Paulo Paim (PT-RS), que presidia a sessão.

"No Senado, a matéria já chega amortecida, conversada, discutida e pactuada, inclusive com o governo abrindo mão de algumas questões. Portanto, o governo cedeu na negociação da Câmara. Sem dúvida nenhuma, será um procedimento mais fácil", disse o líder do governo.

##RECOMENDA##

O projeto foi enviado pelo governo federal ao Congresso em 2007, tramitando inicialmente pela Câmara. A proposta passará pelas Comissões de Constituição e Justiça (CCJ), encarregada de analisar sua constitucionalidade, antes de seguir para as comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e Assuntos Sociais (CAS). Paulo Paim defendeu que o projeto seja apreciado por uma subcomissão da CAS.

"Eu sou daqueles que defendem o princípio da previdência universal igual para todos. E aí eu avanço dizendo que igual para todos é sem fator e com integralidade e paridade. Mas é lá na comissão que nós vamos debater essa questão", disse Paim, em discurso no plenário.

Romero Jucá acredita que, de 30 a 45 dias, o projeto deverá ser votado em plenário. O líder governista prevê que a matéria deverá ser objeto de debates e de emendas. "É preciso ver se a proposição que surgir é relevante. Se não for, vamos aprovar da forma como veio da Câmara", disse.

O senado marcou para 21 de março a votação em plenário de propostas da reforma política que já tiveram sua tramitação concluída na Casa. Segundo informações da Agência Senado, vão a votação propostas que tratam do financiamento público de campanha, da exigência de referendo para alteração no sistema eleitoral e de mudança na data de posse de presidente da República, governadores e prefeitos. Uma quarta proposição, que altera regras para coligações partidárias, ainda está na fase de discussão no plenário e pode ir a votação no dia 21 caso não receba emendas.

O projeto que estabelece o financiamento público exclusivo das campanhas eleitorais foi aprovado no ano passado em decisão de caráter terminativo e poderia ter sido enviado à Câmara do Deputados, mas como houve interposição de recurso deverá ser votado no plenário. Há divergências sobre a permissão de doações por indivíduos ou empresas em anos eleitorais, mesmo se aprovado o financiamento público.

##RECOMENDA##

A matéria sobre a mudança da data da posse de presidente da República para o dia 15 de janeiro e a de governadores e prefeitos para 10 de janeiro, recebeu emenda no plenário, já aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), determinando que os mandatos dos deputados estaduais e distritais eleitos em 2014 sejam encerrados em 31 de janeiro de 2019.

A PEC 42/2011, que também está pronta para a votação em 21 de março, determina que qualquer alteração no sistema eleitoral dependerá de aprovação em referendo popular. Com isso, uma alteração do atual sistema proporcional para voto distrital, com lista aberta ou fechada, precisaria passar pelo crivo da aprovação popular antes de ser implementado.

A proposta que permite coligações eleitorais apenas nas eleições majoritárias, ou seja, para presidente da República, governador e prefeito, ainda pode ser incluída na pauta do plenário do dia 21 de março para votação em primeiro turno, mas precisa passar por cinco sessões de discussão, programadas para os dias 13, 14, 15, 20 e 21.

Todas as propostas de emenda à Constituição precisam passar por dois turnos de discussão e votação.

Mesmo sem ter sido aprovada pela Câmara dos Deputados, a proposta que cria o fundo de previdência complementar dos servidores públicos (Funpresp) deve ser objeto de rápida discussão - e votação - no Senado. Os principais líderes governistas e oposicionistas da Casa afirmam que, se vier o texto conforme está sendo discutido na Câmara, o projeto tem grandes chances de ser aprovado sem modificações, o que o encaminharia diretamente para sanção da presidente Dilma Rousseff.

No momento, o principal empecilho é a matéria chegar da Câmara e a pauta de votações em plenário do Senado ser liberada, pois está trancada por três medidas provisórias e à espera da aprovação da recondução de Bernardo Figueiredo para a presidência da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

##RECOMENDA##

"Nós queremos dar prioridade ao Funpresp", afirmou o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), ao ressaltar que a matéria deverá ganhar destaque nas discussões da Casa assim que a pauta de votações for limpa das MPs.

"Se a Câmara não alterar o projeto, o Senado tende a manter o texto", disse o líder do PT, Walter Pinheiro (BA). "A ideia não é votarmos contra a proposta simplesmente porque somos oposição", avisou o líder tucano, Alvaro Dias (PR), que, em princípio, não deve ter reparos a sugerir ao texto.

Assim que chegar ao Senado, a matéria tramitará com urgência urgentíssima. Isso significa que tem no máximo 45 dias para ser aprovada pela Casa, sob pena de trancar a pauta de votações do plenário até que seja apreciada. O governo articula para que, por acordo, ela tramite rapidamente pelas comissões. Ela possivelmente passará pelas comissões de Constituição e Justiça (CCJ), de Assuntos Econômicos (CAE) e de Assuntos Sociais (CAS). Depois, seguirá para o plenário. Em um prognóstico otimista feito pela base aliada, a proposta poderá ser aprovada até o final de abril.

O líder do DEM no Senado, Demóstenes Torres (GO), é o único que já admitiu publicamente sua contrariedade ao projeto. Embora afirme ser favorável a uma solução para a questão do sistema previdenciário brasileiro, o líder do DEM é contrário à criação de um novo fundo para os servidores públicos.

Ele adiantou à Agência Estado que vai apresentar uma emenda para incorporar os funcionários que entrarem pelo novo regime aos fundos de previdência complementar já existentes. "O projeto abre a possibilidade de se haver desvio de recursos e se gastar rios de dinheiro para se montar uma nova estrutura", criticou Demóstenes, receoso de que as mudanças virem alvo da "ganância" de sindicalistas.

Walter Pinheiro discorda da opinião do líder democrata. "Tem regras desses fundos já existentes que são muito próprias", disse o petista. "Você joga uma massa de novos trabalhadores e criaria problemas". Segundo ele, a sugestão de Demóstenes poderia trazer dificuldades para se fazer o cálculo atuarial desses novos servidores. De todo modo, o Democratas não terá votos suficientes para barrar sozinho a aprovação da matéria do jeito que está.

A maior preocupação do líder do PT com a proposta é o impacto que ela terá em relação aos servidores públicos, caso venha a ser aprovada. "Fatalmente você vai ter dois tipos de servidores públicos. Um no regime atual e outro sob o novo regime. O importante é que a mudança não cause impacto na gestão", destacou.

Deputados de diversos partidos recorreram e a polêmica Lei da Palmada terá de passar por votação no plenário da Câmara antes de seguir para o Senado. A proposta que proíbe os pais de aplicar castigos físicos nos filhos foi aprovada em dezembro passado por uma comissão especial em caráter conclusivo e poderia seguir diretamente para a outra casa. Na semana passada, porém, seis recursos foram apresentados, todos com as 51 assinaturas necessárias e o plenário da Câmara terá de votar a matéria.

O projeto altera o Estatuto da Criança e do Adolescente e prevê multa de 3 a 20 salários mínimos para médicos, professores e agentes públicos que não denunciarem castigos físicos, maus-tratos e tratamento cruel. Enviado ao Congresso ainda pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a proposta conta com o apoio do Palácio do Planalto. A principal polêmica levantada pelos deputados contrários à proposta é se a o projeto não significaria uma intromissão do Estado na educação dada pelos pais aos filhos.

##RECOMENDA##

"Não pode ser concedida ao Estado a prerrogativa de ingerência desmedida nos lares brasileiros", argumenta o deputado Augusto Coutinho (DEM-PE) em um dos responsáveis pelos recursos. "Trata-se de assunto polêmico, com entendimento não pacificado pela sociedade, no qual o Estado poderá intervir na dinâmica procedimental para que a família exerça sua autoridade com fins educativos, ainda que de forma moderada", diz Jair Bolsonaro (PP-RJ) em outro recurso.

Nem todos os parlamentares que pediram a votação em plenário são contrários a lei. Alguns deles desejam fazer alterações na proposta aprovada pela comissão. Paulo Freire (PR-SP) e Marcos Rogério (PDT-RO) querem retirar do texto a expressão "sofrimento" da definição de que castigo físico é "ação de natureza disciplinar ou punitiva com o uso da força física que resulte em sofrimento e/ou lesão à criança ou adolescente".

A relatora da proposta, Teresa Surita (PMDB-RR), atribuiu os recursos a "falta de informação" dos parlamentares. "Tenho a impressão que as pessoas não leram o processo. O que precisa ficar claro é que bater não educa". A deputada reclamou ainda da resistência dos deputados quanto à palavra "sofrimento" no texto. "Ninguém quer que alguém sofra, mas as pessoas tentam evitar que isso esteja na lei, é contraditório. É preocupante a necessidade de autorização que as pessoas querem para bater nas crianças".

A Grécia se prepara para a votação neste domingo de mais medidas de austeridade no Parlamento, exigidas pela União Europeia e pelo FMI para obter uma nova injeção de recursos no montante de 130 bilhões de euros. A votação está prevista para a meia noite pelo horário local (20h de Brasília) e as medidas provocam forte descontentamento junto ao público.

Entre as medidas está um controverso plano para cortar o salário mínimo em média em 22% - e acima disso nos salários dos mais jovens. As novas medidas de austeridade foram definidas pelo gabinete na noite de sexta-feira, após duras negociações.

##RECOMENDA##

Estima-se que, pela impopularidade das medidas, haverá protestos em frente ao Parlamento grego. As duas principais agremiações sindicais do país - a GSEE, que representa o setor privado, e o ADEDY, que representa o setor público - junto ao sindicato PAME, com apoio comunista, prometeram bloquear a entrada do Parlamento.

Ontem, o primeiro-ministro grego e líderes dos dois maiores partidos foram em busca de apoio ao penoso plano de austeridade e, embora as expectativas sejam de que será aprovado, é provável que haja muitas abstenções.

Em cadeia nacional de TV ontem à noite, o primeiro-ministro, Lucas Papademos, alertou em tom dramático para as consequências da não aprovação do pacote. "Um calote desordenado irá jogar o país numa aventura desastrosa", disse Papademos. "Isso criaria condições econômicas incontroláveis e uma erupção social", acrescentou. Papademos advertiu ainda para um eventual colapso dos bancos, ameaça aos depósitos, e para potencial falta de recursos para o pagamento de salários, aposentadorias e para o funcionamento de hospitais e escolas.

Em encontro com seus correligionários socialistas, o líder do partido, George Papandreou, disse ontem que a Grécia estava a um passo de obter os recursos necessários e também alertou para o risco de caos no país. Poucos minutos depois, o líder do partido conservador Nova Democracia, Antonis Samaras, fez comentários similares e pediu aos deputados de seu partido que alinhem seus votos.

Ainda ontem, em uma sessão de emergência do comitê de finanças do Parlamento, o ministro das finanças disse que a Grécia tem de apresentar sua proposta final para a troca de bônus aos credores privados até a sexta-feira, no máximo. Esse prazo é necessário para que os procedimentos relacionados à troca sejam feitos e o país receba os recursos antes dos vencimentos de dívidas previstos para março. No dia 20 de março, a Grécia tem de pagar 14,4 bilhões de euros em títulos de dívida.

A votação do programa no Parlamento grego será seguida por um encontro do eurogrupo na terça-feira em Bruxelas e por um encontro extraordinário de ministros das finanças da zona do euro na quarta-feira. As informações são da Dow Jones.

O governo trabalha para aprovar hoje no Senado a prorrogação da Desvinculação das Receitas da União (DRU), em primeiro turno. A oposição não conseguiu reunir as 27 assinaturas necessárias para apresentar uma emenda ao texto principal, que obrigasse o retorno da matéria à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Essa manobra seria capaz de retardar a tramitação, jogando a votação da proposta para o dia 22, último dos trabalhos no Congresso, colocando em risco a continuidade da medida.

O governo agiu rápido para retirar assinaturas da emenda da oposição: recuaram os senadores Paulo Davim (PV-RN), Garibaldi Alves (PMDB-RN) e Cristovam Buarque (PDT-DF). Se o governo concluir a votação em primeiro turno hoje, a meta é esgotar os trâmites regimentais até o próximo dia 20, caso a oposição não abra mão de nenhum prazo regimental. Se houver acordo, o prazo para votar a proposta em segundo turno pode ser reduzido para a próxima semana.

##RECOMENDA##

Neste momento, a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, acompanha de perto os trabalhos no plenário do Senado do gabinete da liderança do governo. O empenho para aprovar a DRU é tão grande que o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), reivindicou a posse da segunda suplente de Garibaldi Alves (PMDB-RN) - a senadora Ivonete Dantas (PMDB-RN), que foi empossada hoje. Garibaldi Alves - que havia assumido a cadeira de Rosalba Ciarlini (DEM), governadora do Rio Grande do Norte - está hospitalizado, para submeter-se a uma cirurgia de ponte de safena. Como o governo não pode abrir mão de nenhum voto, Renan convocou a segunda suplente, para garantir os votos do PMDB.

O forte lobby de produtores de camarão garantiu a expansão da atividade em parte dos manguezais na principal concessão feita em troca da aprovação da reforma do Código Florestal que não agrada integralmente nem ruralistas nem ambientalistas. O acordo, que prevê a recuperação de parte das áreas já desmatadas, foi negociado com o aval do governo.

O texto básico foi aprovado no Senado por 59 votos a favor e sete contra. Pelo acordo selado, os produtores de camarões poderão ampliar sua atividade por até 10% das áreas dos chamados apicuns da Amazônia e 35% dessas áreas no Nordeste. A produção de sal também ficou liberada nesses limites. A expectativa era terminar a votação ainda nesta terça-feira, para levar a reforma do código novamente ao plenário da Câmara na semana que vem e concluir, assim, um debate que se arrasta há 13 anos.

##RECOMENDA##

O presidente da Associação Brasileira de Criadores de Camarão, Itamar Rocha, acompanhava as negociações do cafezinho do plenário, lugar reservado a parlamentares e convidados. Defendia a liberação completa da atividade, conforme previa o texto aprovado pela Câmara, mas gostou do acordo. Segundo ele, o negócio movimenta R$ 1 bilhão por ano.

O relator Jorge Viana (PT-AC) estima que o novo código exigirá a recuperação de cerca de 20 mil km2 de vegetação nativa por ano, nos próximos 20 anos. Os números não são precisos, porque dependem de informações do futuro Cadastro Ambiental Rural, que todos os produtores rurais ficarão obrigados a preencher no prazo de um ano, prorrogável por mais 12 meses.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando