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Logo após a divulgação pelo IBGE do recuo de 0,2% do PIB no primeiro semestre, o PSDB divulgou um artigo em que afirma que o País deu o primeiro passo de uma recessão mais profunda dos últimos 25 anos. Para o partido, não se enxerga uma luz no final do túnel e as medidas fiscais que o governo do PT implementa tendem a agravar ainda mais o quadro, arrochar ainda mais a economia e dificultar mais ainda a vida dos brasileiros.

"O que já não está bom vai piorar", afirma o artigo do Instituto Teotônio Vilela, órgão de estudos e formação política dos tucanos. "O governo Dilma já trabalha oficialmente com uma recessão de 1,2% neste ano. Os sinais da crise estão evidentes por toda parte: não há confiança das empresas para investir; não há segurança dos consumidores para consumir; as fábricas estão diminuindo o ritmo e a fila do desemprego só aumenta. Ao paradeiro junta-se a inflação que não cede", avalia.

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O PSDB diz que só há "más notícias" no PIB divulgado esta manhã. O partido cita que todos os setores e componentes da atividade econômica caíram, exceções feitas à agropecuária e à exportação - esta última ajudada pelo câmbio mais favorável. Diz ainda que, a produção de todos os demais setores, os investimentos e agora também o consumo também registraram queda.

"O último motor que ainda dava algum alento à economia brasileira parou. Depois de 45 trimestres, ou seja, quase 12 anos, o consumo das famílias teve sua primeira queda: 0,9% quando comparado a igual período do ano anterior", destaca.

O texto afirma ainda que no, Brasil do PT, "pouco se produz, quase nada se investe e não sobra para poupar". E enumera que tanto a taxa de investimento quanto a de poupança mantiveram-se baixas neste trimestre: 19,7% e 16% do PIB, respectivamente.

O artigo cita que, entre os países que já divulgaram o PIB dos três primeiros anos de 2015, apenas cinco saíram-se pior que o Brasil: Nigéria, EUA, Lituânia, Sérvia e Estônia. Nas previsões do FMI, assinala o texto, só nove países devem ter recessão mais severa do que o Brasil este ano - quase todos envolvidos em conflitos e/ou desestruturação interna.

"A verdade é que, com o PT, o Brasil ficou definitivamente para trás. Não há reformas com capacidade de modernizar a economia e atá-la ao bonde do crescimento externo. As escolhas equivocadas do governo petista nos últimos anos estão agora custando caro aos brasileiros. Por quanto tempo mais, ninguém sabe", conclui.

O Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre de 2015 confirmou expectativas negativas que varejistas já tinham para o desempenho do consumo das famílias, avaliou o economista da Associação Paulista de Supermercados (Apas), Rodrigo Mariano. Embora ele considere que o setor supermercadista tem conseguido desempenho superior à média do comércio, a perspectiva para este ano é de estagnação ante 2014.

"Já vínhamos observando os dados de confiança dos empresários, aumento do desemprego e redução da massa salarial como indicadores de um cenário ruim", disse.

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou nesta sexta-feira, 29, que o PIB brasileiro recuou 0,2% no primeiro trimestre deste ano em relação ao quarto trimestre de 2014.

Na comparação com o primeiro trimestre de 2014, a economia teve queda mais forte, de 1,6% e o economista afirma que "as projeções da entidade para o setor supermercadista já consideravam um cenário de queda em torno de 1,5%". Sendo assim, a Apas mantém a expectativa de que o setor tenha crescimento real zero este ano.

Na comparação com o mesmo período do ano passado, a queda de 0,9% no consumo das famílias foi igual ao recuo observado no terceiro trimestre de 2003 e a maior nesta comparação desde o segundo trimestre de 2003, quando o recuo foi de 2,2%.

A inflação é vista pelo economista como a principal responsável pela freada no varejo de supermercados. A entidade trabalha com uma alta de até 8,5% no nível de preços este ano. O custo com energia elétrica, que também impactou o PIB industrial, acaba se refletindo no comércio como aumento de preços ao consumidor, o que afeta negativamente as vendas.

Apesar da toada negativa, Mariano afirma que os investimentos do setor ainda não estão sendo prejudicados. Ele considera que a redução da atividade econômica como um todo acaba se refletindo menos no varejo de supermercados porque em tempos de crise as famílias concentram seus gastos com compras para o lar.

O economista ponderou ainda que as vagas de emprego nas companhias do setor seguem estáveis. Na avaliação dele, o setor vivia um déficit de mão de obra no passado e acabou conseguindo ocupar vagas antigas em aberto depois da onda mais forte de demissões na indústria desde o final de 2014.

O consumo das famílias caiu 1,5% no primeiro trimestre de 2015 em relação ao quarto trimestre de 2014. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que anunciou nesta sexta-feira (29) os resultados das Contas Nacionais Trimestrais. Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, o consumo das famílias mostrou queda de 0,9%.

O consumo do governo, por sua vez, caiu 1,3% no primeiro trimestre de 2015 em relação ao quarto trimestre de 2014. Já em relação ao primeiro trimestre do ano passado, o consumo do governo mostrou queda de 1,5%.

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As quedas do consumo das famílias e do consumo do governo no primeiro trimestre de 2015 ante o trimestre imediatamente anterior foram as maiores nessa base de comparação desde o quarto trimestre de 2008, auge da crise internacional, informou IBGE.

O consumo das famílias caiu 1,5% no primeiro trimestre de 2015, ante 2,1% no último trimestre de 2008. O consumo do governo recuou 1,3% agora contra 3,4% no fim de 2008.

Comparação anual

De acordo com IBGE, a queda de 0,9% no consumo das famílias no 1º trimestre do ano ante igual período de 2014 foi igual ao recuo observado no terceiro trimestre de 2003 (-0,9%) e a maior nesta comparação desde o segundo trimestre de 2003, quando o recuo foi de 2,2%).

Já a baixa de 1,5% no consumo do governo no primeiro trimestre deste ano em relação a igual período de 2014 foi a mais intensa desde o quarto trimestre de 2000, quando a queda foi de 2,8% nesta base de comparação, segundo o órgão.

Taxa de poupança

A taxa de poupança no primeiro trimestre de 2015 ficou em 16% do PIB, segundo IBGE. Já a taxa de investimento ficou em 19,7% no período, segundo o IBGE.

O IBGE anunciou hoje que o PIB brasileiro recuou 0,2% no primeiro trimestre deste ano em relação ao quarto trimestre de 2014. Na comparação com o primeiro trimestre de 2014, o PIB caiu 1,6% no primeiro trimestre deste ano. Com o dado divulgado nesta sexta-feira, o PIB acumula queda de 0,9% em 12 meses até o primeiro trimestre de 2015. Ainda segundo o instituto, o PIB do primeiro trimestre do ano totalizou R$ 1,4 trilhão.

O Produto Interno Bruto (PIB) da atividade de serviços caiu 0,7% no primeiro trimestre de 2015 em relação ao quarto trimestre de 2014. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que anunciou nesta sexta-feira, 29, os resultados das Contas Nacionais Trimestrais. Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, o PIB de serviços mostrou queda de 3%.

Já o PIB da agropecuária subiu 4,7% no primeiro trimestre de 2015 em relação ao quarto trimestre de 2014, de acordo com os dados do IBGE. Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, o PIB da agropecuária mostrou alta de 4%.

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O IBGE anunciou hoje que o PIB brasileiro recuou 0,2% no primeiro trimestre deste ano em relação ao quarto trimestre de 2014. Na comparação com o primeiro trimestre de 2014, o PIB caiu 1,6% no primeiro trimestre deste ano. Com o dado divulgado nesta sexta-feira, o PIB acumula queda de 0,9% em 12 meses até o primeiro trimestre de 2015. Ainda segundo o instituto, o PIB do primeiro trimestre do ano totalizou R$ 1,4 trilhão.

FBCF

De acordo com IBGE, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) caiu 1,3% no primeiro trimestre de 2015 em relação ao quarto trimestre de 2014. Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, a FBCF mostrou queda de 7,8%. Ainda segundo o instituto, a taxa de investimento (FBCF/PIB) ficou em 19,7% no primeiro trimestre de 2015.

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro recuou 0,2% no primeiro trimestre deste ano em relação ao quarto trimestre de 2014, informou nesta sexta-feira, 29, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas de 56 instituições consultados pelo AE Projeções, que vai desde uma queda de 0,10% até uma retração de 1,60%. O dado ainda ficou acima da mediana de -0,50%.

Na comparação com o primeiro trimestre de 2014, o PIB caiu 1,6% no primeiro trimestre deste ano. O resultado ficou dentro das estimavas de 52 casas, que previam taxa entre -0,80% e -2,60%, com mediana negativa em 1,90%.

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Com o dado divulgado nesta sexta-feira, o PIB acumula queda de 0,9% em 12 meses até o primeiro trimestre de 2015.

Ainda segundo o instituto, o PIB do primeiro trimestre do ano totalizou R$ 1,4 trilhão.

As redes de farmácias faturaram cerca de R$ 8,24 bilhões em vendas totais no primeiro trimestre deste ano, valor 10,42% superior ao mesmo período do ano anterior, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma).

O resultado foi impulsionado especialmente pelos itens da categoria "não medicamentos", que inclui produtos de higiene pessoal, cosméticos, perfumaria, xampu, absorventes íntimos, adoçantes, tintura de cabelo, preservativos e protetores solares, entre outros. A categoria foi responsável por movimentar R$ 2,86 bilhões entre janeiro e março, alta de 13,44% em relação ao mesmo trimestre de 2014.

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"Os não medicamentos já representam 34,82% do total comercializado", afirma, em nota, o presidente executivo da Abrafarma, Sérgio Mena Barreto.

No período estudado, os medicamentos acumularam R$ 5,37 bilhões em vendas, totalizando um avanço de 8,97% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Os genéricos tiveram um avanço de 7,78% na mesma base de comparação, com uma participação de 7,32% no total de comercialização dos remédios.

A pesquisa foi conduzida pela Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo (FIA-USP), que também indicou mais de 515 milhões de unidades vendidas entre janeiro e março.

Os produtos importados tiveram 22,3% de participação no consumo dos brasileiros no primeiro trimestre de 2015, segundo divulgou a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O resultado é o maior desde 2007 e mostra um aumento de 0,6 ponto porcentual ante mesmo período de 2014 e 0,3 pp em relação ao último trimestre do ano passado. Os insumos exportados representaram 19,1% da produção, de acordo com o estudo Coeficientes de Abertura Comercial publicado nesta quinta-feira, 14.

De acordo com a pesquisa, enquanto a venda de produtos para fora do País está estagnada, a compra de insumos de outros países não para de crescer. "Isso confirma que as exportações brasileiras enfrentam dificuldades para se recuperar, porque, além da desaceleração da demanda externa, há a falta de competitividade dos produtos brasileiros", diz a economista da CNI, Samanta Cunha.

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As exportações se mantiveram estáveis em relação ao mesmo período do ano passado, indicou a entidade. "O indicador tem oscilado neste patamar desde o último trimestre de 2013". A indústria de transformação apresentou uma pequena recuperação nas exportações passando para 15,6% ante 15,3% nos três meses anteriores. A importação de produtos estrangeiros no setor sustentou a alta com uma participação de 20,6% e um aumento de 0,2 ponto porcentual comparada ao trimestre anterior.

Na indústria extrativa, a exportação foi responsável por 69,2% com uma elevação de 4,1 pontos porcentuais em comparação ao ano anterior. A participação dos insumos importados no setor cresceu pelo terceiro trimestre seguido, atingindo 57,9%.

A produção de cloro teve variação negativa de 1,6% de janeiro a março deste ano, atingindo 313.790 toneladas, na comparação com o mesmo período de 2014, de acordo com a Associação Brasileira de Cloro, Álcalis e Derivados (Abiclor). A produção de soda cáustica também caiu 1,6% no mesmo período, para 346.311 toneladas.

O cloro e a soda abastecem mais de 16 setores da atividade econômica, atendendo à demanda de diferentes segmentos das indústrias de defensivos agrícolas, limpeza, papel e celulose, componentes eletrônicos, metalurgia, têxtil, tratamento de água, entre outras.

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O consumo setorial de cloro (vendas totais somadas ao uso cativo dos próprios produtores para obtenção de dicloretano e óxido de propeno, entre outros) caiu 1,7% no período. Já as vendas totais do produto tiveram aumento de 2,7%, para 41.893 toneladas.

A importação de soda recuou 1,4%, para 275.034 toneladas e as vendas internas aumentaram 3,1%, para 306.152 toneladas.

O nível de capacidade instalada da indústria foi de 83,8%, ou seja, 2,7% menor que no mesmo trimestre de 2014.

"Se as condições adversas da economia forem mantidas, o setor deverá continuar operando com baixo nível de utilização de sua capacidade instalada nos próximos meses", afirma o presidente da Abiclor, Aníbal do Vale.

O indicador de custos industriais cresceu 2,5% no primeiro trimestre deste ano em relação aos três últimos meses de 2013, informou nesta quinta-feira, 05, a Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com a entidade, todos os itens que compõe o índice subiram no período, mas os destaques foram o aumento dos custos com capital de giro, energia e pessoal. Na comparação com o primeiro trimestre de 2013, o indicador cresceu 8,1%.

O custo de produção cresceu 2,2% no primeiro trimestre em relação ao quarto trimestre de 2013 e 8,8% ante os três primeiros meses do ano passado. Um dos fatores que mais contribuiu com o resultado foi o custo da energia, que subiu 5,6% no primeiro trimestre ante os três meses imediatamente anteriores.

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Enquanto o custo com energia elétrica aumentou 3,3%, o custo com óleo combustível subiu 12,5%. "Com isso, reverte-se parte da redução proporcionada pelas revisões das tarifas de energia elétrica no início de 2013", avaliou a CNI. O custo com pessoal aumentou 2,8%, maior crescimento desde o primeiro trimestre de 2012. Já o custo com bens intermediários subiu 1,9%.

O custo com capital de giro cresceu 10,9% no primeiro trimestre em relação ao quarto trimestre de 2013 e 33,8% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado. "O ciclo de alta que se iniciou no primeiro trimestre de 2013 já reverteu quase completamente a redução verificada entre o terceiro trimestre de 2011 e o final de 2012", diz a CNI.

O custo tributário cresceu 2,3% no primeiro trimestre deste ano em relação ao quarto trimestre de 2013. Foi a terceira alta consecutiva, dessa vez, influenciada pelo IPI. Nas anteriores, o destaque foi o ICMS.

Segundo a CNI, os custos industriais no primeiro trimestre cresceram a um ritmo superior ao do preço dos produtos manufaturados. O preço doméstico dos manufaturados avançou 2,1% na comparação com o quarto trimestre de 2013 e 7% em relação aos três primeiros meses de 2013. "Isso sugere uma reversão na tendência de recuperação das margens de lucro da indústria iniciada em 2013", diz a CNI.

A desvalorização cambial, no entanto, contribuiu com a indústria brasileira. O preço dos manufaturados importados se elevou em 3,4% em relação ao último trimestre de 2013. "O aumento dos preços de manufaturados importados superior ao crescimento nos custos da indústria brasileira significa uma melhoria na competitividade da indústria no mercado doméstico", diz a CNI.

Já o preço dos manufaturados nos EUA, em reais, cresceu 4,8%, "o que indica uma recuperação da competitividade internacional da indústria brasileira no primeiro trimestre de 2014 em relação ao último trimestre de 2013".

A taxa de desemprego entre as mulheres no País foi de 8,7% no primeiro trimestre de 2014, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta terça-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Houve melhora em relação ao mesmo período do ano anterior, quando a taxa de desemprego era de 10%. No entanto, o resultado ainda é muito maior do que o registrado pela população masculina. A taxa de desemprego entre os homens foi de 5,9% no primeiro trimestre de 2014. Um ano antes, era de 6,5%.

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"Embora as mulheres sejam maioria na população (52,4% da população em idade de trabalhar), no mercado de trabalho, elas são minoria na ocupação, e na fila da desocupação elas são mais da metade", observou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Entre os trabalhadores ocupados, as mulheres são apenas 42,7%. Na fila do desemprego, elas totalizam 53,2%.

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 7,1% no primeiro trimestre de 2014, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nesta terça-feira, 3. O resultado é menor do que o verificado em igual trimestre de 2013, quando a taxa de desemprego foi de 8,0%. No quarto trimestre de 2013, entretanto, a taxa tinha sido de 6,2%.

A população desocupada no total do Brasil somou 7,0 milhões de pessoas no primeiro trimestre de 2014, montante maior que o verificado no trimestre imediatamente anterior, quando totalizava 6,1 milhões de indivíduos. No primeiro trimestre de 2013, a população desocupada havia somado 7,8 milhões.

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Os dados do IBGE mostram que 91,2 milhões de pessoas tinham alguma ocupação no primeiro trimestre de 2014, contra os 91,8 milhões verificados no trimestre imediatamente anterior. No primeiro trimestre de 2013, a população ocupada somava 89,4 milhões.

Desde janeiro de 2014 o IBGE passou a divulgar uma taxa de desocupação com periodicidade trimestral para todo o território nacional. A nova pesquisa substituirá, a partir de 2015, a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que abrange apenas seis regiões metropolitanas, e também a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) anual, que produz informações referentes somente ao mês de setembro de cada ano.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que "a estratégia de combate à inflação (do governo) é totalmente producente", referindo-se especialmente à ação do Banco Central com o ciclo de alta da Selic de 3,75 pontos porcentuais, iniciado em abril de 2013 e que foi encerrado em abril deste ano.

"Não estamos permitindo que a inflação fique alta. A inflação pode subir um mês, dois, por fatores sazonais e também com a seca", disse, referindo-se à elevação dos preços ocorrida especialmente em fevereiro e março. "A inflação está caindo significativamente. No segundo trimestre, a inflação será muito menor do que no primeiro trimestre", disse o ministro, que comentou nesta sexta-feira (30), em São Paulo, o desempenho do PIB no primeiro trimestre.

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"A queda da inflação vai contribuir para a melhora da confiança (dos consumidores). E é muito cedo para ter uma projeção anual (para o PIB)", disse. "Os EUA cresceram 1,9% no ano passado e o Brasil cresceu mais", ressaltou.

Mantega destacou que "há um problema mundial", em relação à economia internacional, fato que diminui naturalmente o ritmo de expansão do nível de atividade de todos os países. "Há uma previsão de analistas de que os EUA vão crescer 3% neste ano. E, com essa recuperação, teremos injeção de ânimo da economia e melhora de confiança", em todo o planeta, fenômeno que também vai ser positivo para o Brasil.

Investimentos

Para o ministro, as concessões feitas no ano passado pelo governo federal vão se traduzir em investimentos. Ele disse confiar na recuperação dos investimentos a partir do segundo trimestre. No 1º trimestre, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), indicador de investimentos no Pais, caiu 2%.

O ministro disse ainda que a FBCF foi afetada pelos estoques e pela demanda da famílias no primeiro trimestre. O PIB cresceu 0,2% no primeiro trimestre, na margem, e a FBCF caiu 2%, enquanto o consumo das famílias recuou 0,1%. Ele afirmou ainda que à medida que houver uma melhoria do consumo, isso vai puxar o investimento.

Perguntado se o governo pretende adotar mais medidas para estimular os investimentos, Mantega disse que não. Segundo ele, o governo já adotou muitas medidas para estimular os investimentos. "Hoje é barato fazer investimentos no Brasil. Precisamos é de recuperar o consumo, que vai estimular investimento", afirmou o ministro.

Para ele, a Copa do Mundo vai aquecer o consumo de serviços. Segundo o ministro, os dados de abril já mostram retomada do consumo das famílias. "Em abril, as vendas subiram, como no caso de veículos e comércio varejista", destacou. "É claro que as vendas seriam maiores se houvesse mais crédito. Embora a inadimplência esteja no seu menor patamar, está ao redor de 3%", comentou. "A inadimplência menor cria condições para que o crédito possa voltar", ressaltou. O ministro destacou que "não vai ter fundo" para ajudar os financiamentos de carros.

Reportagem do jornalista Mauro Zanatta, publicada hoje no O Estado de S.Paulo, relata que o governo negocia com um grupo de instituições financeiras, incluindo grandes bancos de varejo, a estruturação de um fundo de investimentos em direitos creditórios (FIDC) no valor de R$ 5 bilhões. O objetivo é aumentar a liberação de crédito para dar mais velocidade ao mercado que tem diminuído nos últimos meses.

O desempenho da economia do Brasil no primeiro trimestre do ano na comparação com o mesmo período de 2013 (1,9%) ficou abaixo do obtido pelos países que sofreram recentemente impactos da crise econômica, como os Estados Unidos (2,3%). Além disso, a alta do Produto Interno Bruto (PIB) foi maior apenas do que a de nações que ainda tentam se recuperar dos efeitos das turbulências globais, como Espanha (0,6%), Portugal (1,2%) e Itália (-0,5%), destaca o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini.

O resultado também foi superior ao da Rússia (0,9%), que passa por uma crise com a Ucrânia, e próximo ao do México (1,8%), que atravessa um momento de readequação. "Após a crise de 2008, o México mudou a sua estratégia para depender menos dos Estados Unidos e garantir um crescimento estável a longo prazo. O país está abrindo mão de um crescimento maior para ter mais estabilidade no futuro", afirmou Agostini.

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No grupo dos Brics, o País ficou atrás da China (7,4%) e Índia (4,6%), mas superou a África do Sul (1,6%) e a Rússia (0,9%). O levantamento foi elaborado pela Austin Rating, com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dos bancos centrais dos Países, da Eurostat (agência estatística da União Europeia), do OECD (Organização para Desenvolvimento Econômico) e do Banco Mundial. O dado da Índia foi incluído pela reportagem.

A respeito do desempenho do País, o economista-chefe diz que o baixo crescimento sem a influência direta de uma crise mostra que "há um problema crônico, de caráter doméstico, relacionado à condução da política econômica". O especialista destaca que o País apresenta um cenário de pouca atração para os investidores, com deficiências estruturais, burocráticas e econômicas. Entre os exemplos, cita a onerosidade e alto custo para abertura e fechamento de empresas, a elevada carga tributária e a infraestrutura logística. "O Brasil não cresce porque as suas deficiências não são atacadas de forma direta. É preciso aumentar a competitividade."

O ranking mostra ainda que o Brasil cresceu nos três primeiros meses de 2014 na comparação anual menos do que Peru (4,8%), Coreia do Sul (4%), Japão (3%), Chile (2,6%) e Alemanha (2,3%). Já entre as nações que apresentaram desempenho inferior estão França (0,8%) e Grécia (-1,1%).

Após serem destaque em 2013, crescendo acima da média da economia, os investimentos decepcionaram no início do ano, voltando a um cenário semelhante ao início de 2009, auge da crise econômica internacional. A formação bruta da capital fixo (FBCF, conta dos investimentos no PIB), caiu 2,1% no primeiro trimestre. Com isso, a taxa de investimentos ficou em 17,7% do PIB, a mais baixa para primeiros trimestres desde 2009, quando foi 17%.

Todos os componentes dos investimentos vieram ruins no primeiro trimestre: a produção nacional de máquinas e equipamentos, a importação desses bens para modernizar o maquinário e a construção civil. Na construção, a parte relacionada à infraestrutura influenciou mais a queda do que as obras residenciais, segundo a gerente da Coordenação de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis. Nem a preparação para a Copa do Mundo nem as concessões de estradas e aeroportos à iniciativa privada fizerem diferença. "Os gastos com a construção de estádios são espalhados no tempo e muitos já foram feitos", disse Rebeca. Além disso, destacou a gerente do IBGE, o peso desses investimentos é relativamente pequeno perante o montante total da economia brasileira, de R$ 213 bilhões no primeiro trimestre. Para a economista e sócia da Tendências Consultoria, Alessandra Ribeiro, a queda nos investimentos é uma má notícia para o futuro da economia. "No trimestre anterior, (a taxa de investimento) tinha sido 18,2%. Quando a presidente Dilma (Rousseff) iniciou o governo, a taxa era de 19,5%", disse a economista. "É um resultado dramático", completou.

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O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, minimizou o recuo nos investimentos, que seria explicado por fatores conjunturais e não apontaria para uma tendência. Segundo ele, houve antecipação de compras de equipamentos no fim de 2013 por causa da mudança de taxas do Programa de Sustentação do Investimento (PSI). "Houve também uma performance abaixo do esperado na construção. Mas acredito que é uma leitura de um trimestre. Não significa que você terá uma tendência de queda", disse Coutinho, completando que "as perspectivas de investimento no médio prazo continuam firmes". A partir da atualização da metodologia da pesquisa sobre a indústria, o IBGE também revisou o crescimento dos investimentos no ano passado, de 6,3% para 5,2%. Para alguns economistas, os dados apontam para um "crescimento potencial" (o quanto um país pode crescer sem gerar desequilíbrios) menor para a economia brasileira.

"A combinação do resultado negativo da FBCF no primeiro trimestre com a revisão do quarto trimestre reduz a expectativa de PIB potencial de pouco mais de 3% para algo entre 2,5% e 3%, com possibilidade de ser mais para 2,5%", disse o diretor de Pesquisas Macroeconômicas do Bradesco, Octavio de Barros. Outro recorde negativo foi a taxa de poupança (12,7% do PIB), a menor para primeiros trimestres da série histórica do IBGE, iniciada em 2000. O indicador é resultado da soma de toda a renda gerada num período, descontada do consumo total da economia (das famílias, do governo, das empresas). A economista Monica de Bolle, da Galanto Consultoria, classificou a taxa de poupança de 12,7% de "vergonhosa para um país do tamanho do Brasil", insuficiente para financiar os investimentos necessários. Segundo ela, o crescimento dos gastos do governo explica o recuo na poupança. Com o descolamento entre a taxa de investimentos e a taxa de poupança, o País precisa se financiar no exterior. No primeiro trimestre, a necessidade de financiamento chegou a R$ 66,285 bilhões, maior montante para o período desde pelo menos 2000. A alta frente ao primeiro trimestre de 2013 foi de R$ 10,3 bilhões.

Diante do anúncio de crescimento de 0,2% do PIB brasileiro no primeiro trimestre de 2014, na margem, a Nomura Securities revisou sua previsão de expansão da economia brasileira este ano de 1,6% para 1%. Em relatório, a empresa diz que, apesar do resultado vir em conformidade com as expectativas, ele trouxe alguns sinais preocupantes, sendo o maior deles a "contração simultânea do consumo e do investimento", algo que não acontecia desde o terceiro trimestre de 2011.

O consumo das famílias encolheu 0,1% no quarto trimestre ante o trimestre anterior, enquanto a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) caiu 2,1%. Para a Nomura, somente os gastos do governo e o acúmulo do estoque ajudaram a colocar o número do PIB em território positivo.

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A Nomura prevê encolhimento de 0,22% do PIB no segundo trimestre, na margem, com investimentos e exportações mantendo a contração. "A queda contínua na confiança do consumidor e do empresariado em abril e maio deve tornar as coisas ainda piores", diz o relatório.

As previsões para o segundo trimestre de 2014 são de queda de 1,60% nos investimentos, crescimento de 0,17% no consumo, aumento de 0,99% nas exportações e de 1,15% nas importações. Os gastos do governo devem crescer 0,48%.

Com relação à Selic, a Nomura acredita que o Banco Central manterá a taxa em 11% por conta do fraco crescimento, da deterioração na confiança dos investidores e da "provável retração do PIB" no próximo trimestre. Para a empresa, só um inesperado salto para 7% na inflação anual faria com que o BC aumentasse a taxa básica de juros antes das eleições de outubro.

O relatório ainda citou a contração do crescimento da indústria pelo quarto trimestre consecutivo e a expansão a passos "modestos" do setor de serviços (0,4%) no primeiro trimestre como sinais da fraqueza da economia.

A desaceleração no consumo das famílias no primeiro trimestre de 2014 já era esperada, diante do forte recuo da confiança do consumidor no período, afirmou nesta sexta-feira (30), a economista Viviane Seda, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV). "A queda da confiança já ocorre há algum tempo. Há redução no ímpeto de compras", disse Viviane, que é coordenadora da Sondagem do Consumidor.

Segundo a FGV, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) acumulou recuo de 3,6% nos três primeiros meses deste ano. Em igual período, o consumo das famílias medido no Produto Interno Bruto (PIB) caiu 0,1% em relação ao quarto trimestre de 2013.

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De acordo com a economista, a insegurança no ambiente econômico, a inflação em alta e a elevação da taxa de juros, que encareceu o crédito, foram fatores que influenciaram a confiança dos consumidores neste início de 2014. E o clima para o segundo trimestre não é nada animador. O ICC aprofundou a queda e acumula retração de 4,1% nos meses de abril e maio. "Não temos perspectiva de recuperação ainda", disse Viviane, referindo-se ao resultado de junho, que será conhecido no dia 26 do próximo mês.

"O consumidor mostra insatisfação com a situação atual e otimismo reduzido em relação ao futuro. Não tem nenhum fator que sugira mudança. Pelo que temos observado na sondagem, o consumo das famílias no segundo trimestre deve mostrar estabilidade ou desaceleração ainda maior", disse Viviane.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, voltou a criticar os bancos durante coletiva que fez nesta sexta-feira (30), em São Paulo, para comentar o desempenho do PIB no primeiro trimestre. Ao ser indagado sobre se a redução do volume de crédito não estaria associada ao impacto da alta de juros, Mantega disse que quando se trata de juros costuma olhar para o spread. "Eu olho o spread, que é de livre arbítrio do setor financeiro e que aumentou", disse.

Em seguida o ministro falou que "os bancos resolveram ganhar mais com o juro alto do que com volume de crédito". O ministro ponderou, no entanto, que com a inadimplência baixa e inflação menor, o consumidor poderá voltar a ter mais crédito.

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Ainda de acordo com o ministro, eleições sempre trazem algum fator perturbador para a economia, mas o essencial, que é manter a solidez, permanece. "Evoluímos muito, a economia do Brasil tem fundamentos sólidos. Quando havia eleições no Brasil no passado, havia crise cambial",disse Mantega, reiterando que o País consolidou suas instituições e seus fundamentos econômicos.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o segundo trimestre deverá registrar uma expansão do PIB melhor do que entre janeiro e março, especialmente porque alguns "fatores negativos" que prejudicaram o nível de atividade no começo do ano não estarão mais presentes. "A inflação está caindo e isso devolve poder aquisitivo às famílias", destacou. De janeiro a março, economia cresceu 0,2% na comparação com o quarto trimestre do ano passado.

Ele também disse que a volatilidade dos mercados internacionais diminuiu, porque no começo do ano investidores globais estavam se adaptando a uma nova fase do processo de normalização da política monetária americana. "Há uma clamaria no mercado de câmbio, que está estabilizado", comentou Mantega, sem mencionar qualquer cotação do real ante o dólar. "O cenário do fluxo de capitais é positivo e temos recebido forte investimento direto", ressaltou. "Vamos ter provavelmente um segundo trimestre melhor do que o primeiro", disse, referindo-se ao desempenho do PIB. Ele não fez nenhuma previsão para o crescimento do País entre abril e junho.

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O ministro ressaltou que o desempenho do PIB no primeiro trimestre foi prejudicado por alguns fatores negativos. Entre os fatores citados por Mantega estava a demora além do esperado da recuperação da economia internacional. "Os EUA apresentaram queda de 0,25% no primeiro trimestre, o que dá 1% em anualidade", disse. Ainda de acordo com o ministro, a Europa cresceu abaixo das projeções.

Mantega citou que o desempenho da economia internacional não foi favorável no 1º trimestre. Ele lembrou que analistas dizem que os EUA passarão a mostrar desempenho melhor nos próximos meses e afirmou ainda que ocorreram volatilidades que contribuíram para o baixo crescimento do País no começo deste ano. Ele disse também que o desempenho do PIB poderia ter sido melhor se a seca não tivesse prejudicado algumas culturas na agricultura.

A construção civil e a indústria de transformação foram os subsetores que registraram os piores resultados no PIB do primeiro trimestre de 2014, em relação ao mesmo período do ano anterior. A queda na construção foi de 0,9%, enquanto o recuo na indústria de transformação alcançou 0,5%. O resultado explica a retração de 2,1% na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) no período, segundo a gerente da Coordenação de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Rebeca Palis.

"A transformação e a construção civil em queda afetaram os investimentos. A construção civil é praticamente toda investimentos e, na indústria, o que caiu foram os bens de capital, que também afeta investimentos", contou Rebeca.

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Por outro lado, entre os subsetores que tiveram melhor desempenho estão a produção e distribuição de eletricidade (5,2%) e serviços de informação (4,4%), atrás apenas da extrativa mineral (5,4%). Como resultado, a arrecadação de impostos sobre produtos teve expansão de 2,4% no primeiro trimestre, ante o mesmo trimestre do ano anterior.

"Pela ótica da produção, cresceram os impostos sobre produtos.

Duas atividades que cresceram muito nesse trimestre pagam muito ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), que é a parte de energia elétrica e a de telecomunicações", explicou Rebeca.

A queda nas exportações de veículos para a Argentina já afeta o resultado do PIB industrial no primeiro trimestre do ano. A indústria de transformação teve um recuo de 0,5% em relação ao primeiro trimestre de 2013, segundo os dados das Contas Nacionais divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira, 30.

Entre os destaques negativos está a atividade de veículos automotores, máquinas e aparelhos elétricos, produtos de metal e mobiliário. "Na transformação, os destaques negativos são exatamente os produtos que são bens de capital, que têm como destino os investimentos. Os veículos também estão 'sofrendo' com a queda das exportações para a Argentina", disse Rebeca Palis.

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Na atividade de veículos, há tanto a redução na produção de caminhões, que impacta o resultado dos bens de capital, quanto a diminuição na produção de automóveis, prejudicada pela queda nas exportações para o País vizinho. "Em veículos automotores, a maior parte é automóvel", informou Rebeca. "Mas também tem contribuição de caminhão. Nenhum dos dois teve desempenho muito positivo nesse trimestre não", acrescentou ela.

Na direção oposta, impediram recuo maior da indústria de transformação no primeiro trimestre os resultados de equipamentos de informática, farmacêuticos, perfumaria e produtos de madeira.

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