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A Justiça do Rio fixou em R$ 10 milhões a quantia que o ex-governador Sérgio Cabral e a ex-primeira-dama Adriana Ancelmo terão de pagar a título de reparação dos prejuízos causados aos cofres públicos no período que vai de 19 de agosto de 2008 a 3 de abril de 2014. O valor ainda sofrerá atualização monetária e juros de mora de um por cento ao mês contados desde abril de 2014. A decisão é da 8ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio.

Os dois foram condenados no ano passado pelo crime de peculato pelo uso particular de helicópteros do governo do Estado para transporte de familiares, funcionários, políticos e amigos. Em primeira instância, a condenação previa a devolução superior a R$ 19 milhões.

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As defesas de Cabral e Adriana recorreram da decisão e a 8ª Câmara Criminal acolheu parcialmente os pedidos. De acordo com a relatora do processo, desembargadora Suely Lopes Magalhães, a autoria e a materialidade do delito de peculato imputado aos réus foram demonstradas tanto pela farta documentação do processo quanto pelos depoimentos colhidos no inquérito e em juízo.

A desembargadora Suely Magalhães escreveu na decisão que “observados os princípios da proporcionalidade e razoabilidade, fixa-se a importância de R$ 10 milhões, a título de valor mínimo para reparação dos danos causados pelos réus aos cofres públicos, com atualização monetária e juros de mora de 1% ao mês contados desde o evento danoso, na forma do art. 398 do Código Civil e da Súmula STJ 54, dado que a obrigação ora estabelecida decorre de ato ilícito, sendo certo, ainda, que como a sentença está a tratar de continuidade delitiva, onde há vários delitos ligados uns aos outros devido a condições semelhantes de tempo, lugar, modo de execução e outras, de forma que os subsequentes devam ser tidos como continuação do primeiro, a data inicial de incidência dos juros será a de 3 abril de 2014”.

O que diz a defesa

A advogada Patricia Proetti, que defende o ex-governador Sérgio Cabral, disse, em nota, que "o acórdão que manteve a condenação criminal contra o ex-governador é descabido e totalmente ilegal. Vale lembrar que o ex-governador respondeu, na 8ª Vara de Fazenda Pública, a uma ação de improbidade administrativa pelo mesmo fato e que foi julgada improcedente em um processo que já transitou em julgado. Naquela oportunidade, a magistrada entendeu que não havia ato de improbidade tampouco dano ao erário. Isso porque concluiu-se que os voos eram regulares, os informes gerados pelo setor de inteligência determinavam que o transporte aéreo em equipamentos do estado era mais seguro e bem mais econômico para os cofres públicos uma vez que os voos foram executados no pleno exercício das prerrogativas da chefia do executivo estadual".

A Agência Brasil entrou em contato com a defesa da ex-primeira-dama e aguarda posicionamento.

Em depoimento ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral Filho afirmou pela primeira vez que Adriana Ancelmo, com quem vivia antes de ser preso, sabia da existência de um caixa paralelo no escritório de advocacia em que era sócia. "Ela sabia que meus gastos eram incompatíveis com a minha receita formal", disse Cabral. Ele também confirmou, na audiência na tarde desta segunda-feira, 10, ter fechado acordo de delação premiada com a Polícia Federal (PF).

A audiência era parte de processo que investiga o uso do restaurante Manekineko para lavar dinheiro durante o governo Cabral (2007-2014). A denúncia aponta que essas operações ocorreram no escritório de Adriana, que teria "esquentado" dinheiro oriundo de corrupção. Em 2016, a Operação Calicute apontou um "crescimento vertiginoso" do escritório de Adriana durante os dois governos de Cabral. Já em 2010, reportagens do Estado (leia aqui, aqui e aqui) apontavam a expansão incomum da banca.

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Condenado a mais de 280 anos de prisão em outros processos, Sérgio Cabral depôs pela primeira vez diante de Bretas na condição de testemunha. O ineditismo do depoimento gerou até uma cena inusitada no início da audiência desta tarde. Cabral ia se sentar na cadeira destinada ao réu, quando foi alertado de forma bem humorada por Bretas de que daquela vez seu lugar não era aquele.

"O senhor hoje foi promovido (a testemunha). Pode se sentar do outro lado", disse o juiz.

Em depoimentos prestados como réu, Cabral já denunciou ex-aliados, procuradores e membros do Judiciário. Leia mais aqui.

Italo Garritano Barros, dono do Manekineko, confirmou ao juiz que seu restaurante pagava mensalmente valores ao escritório de Adriana Ancelmo. De acordo com Barros, os repasses eram geralmente pagos por boleto, e o dinheiro tinha origem lícita. Provinha da conta do restaurante e era declarado para fins contábeis. O motivo dos pagamentos, admitiu o empresário, era pagar uma "folha salarial B" (por fora) de parte dos vencimentos de seus funcionários. Assim, evitava pagar encargos trabalhistas.

Segundo acordo de delação firmado por Italo Barros com o Ministério Público Federal (MPF), o esquema teria sido sugerido por Thiago Aragão Gonçalves Pereira e Silva. Ex-sócio do escritório de Adriana Ancelmo , ele é casado com a irmã da mulher de Italo. O MPF acredita que o escritório utilizava os pagamentos numa manobra para lavar dinheiro recebido como propina de fornecedores do governo Cabral.

Barros admitiu em juízo a fraude trabalhista. Por causa dela, está pagando multa milionária. Alega, porém, ter sido enganado por Thiago. Nega qualquer envolvimento com o esquema de lavagem.

Cabral confirmou os pontos levantados pelo empresário. Afirmou que Italo não sabia que os pagamentos que fazia ao escritório eram usados para lavar dinheiro.

Em nota, a defesa de Adriana Ancelmo refutou as declarações do ex-governador.

"Não vejo como possível levar a sério esse novo depoimento de Sergio Cabral. Se ele sequer mencionou o fato à Polícia Federal, ao que se sabe, em sua delação, passa-se a ideia de que o ex-governador quer se posicionar como um colaborador da Justiça, confessando tudo o que lhe for perguntado, a fim de auferir benefícios que nem mesmo o Supremo Tribunal Federal concedeu", declarou no texto o advogado Alexandre Lopes. "Parece desespero pelos quase 300 anos de pena já impingida."

O Estado não localizou a defesa de Aragão Gonçalves Pereira e Silva.

Adriana Ancelmo também depôs, mas ficou em silêncio. Apenas reafirmou declarações de outro processo e negou irregularidades.

Acordo

O acordo de delação, segundo o advogado do ex-governador, Marcio Lambert, já foi homologado junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). A colaboração premiada com a PF foi firmada em dezembro passado. O conteúdo está sob sigilo.

Ao confirmar que fechou acordo de delação, Cabral foi alertado pelo juiz Marcelo Bretas que qualquer declaração do ex-governador na audiência desta segunda-feira poderia ter reflexos futuros no próprio acordo. O ex-governador se disse ciente, mas não se furtou a responder qualquer pergunta ­- a não ser quando foi inquirido pela defesa de Adriana Ancelmo sobre pontos envolvendo a delação.

Famosas desde que o ex-governador Sérgio Cabral foi preso, em novembro de 2016, as joias da ex-primeira dama Adriana Ancelmo vão a leilão no Rio de Janeiro. A partir do dia 15 de agosto, os interessados poderão fazer lances e arrematar objetos que, somados, têm valor estimado em R$ 455,4 mil.

Essas joias, contudo, são apenas parte das que a Lava Jato identificou como pertencentes à ex-primeira dama. A maioria dos objetos não foi localizada até hoje pela operação. Em agosto do ano passado, o Ministério Público Federal apontou que Cabral e aliados teriam adquirido pelo menos R$ 6,5 milhões de joias das grifes H'Stern e Antonio Bernardo, sem nota fiscal.

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Na época da prisão de Cabral, no final de 2016, a grife Antonio Bernardo entregou uma lista de 460 peças compradas pelo grupo do ex-governador. Havia, por exemplo, um brinco de turmalina paraíba e diamantes que custava R$ 612 mil. Da H'Stern, foi adquirido um anel de ouro com rubi por R$ 600 mil.

As ofertas do leilão poderão ser feitas online. Caso não sejam arrematadas na primeira sessão, as joias terão desconto de 25% em uma outra ocasião, no dia 23 de agosto.

A Lava Jato do Rio já botou à venda diversos símbolos da vida nababesca levada por alguns de seus condenados. O empresário Eike Batista, por exemplo, perdeu uma Lamborghini e uma lancha milionárias. O carro de luxo foi vendido por R$ 1,4 milhão, valor bem inferior aos R$ 2,2 milhões de quando entrou em leilão. A lancha também saiu desvalorizada: com custo inicial de R$ 3,5 milhões, foi arrematada por R$ 1,9 milhão.

Enquanto alguns bens saíram por preços inferiores, outros sequer receberam lances. É o caso da lancha Manhattan, que pertencia a Sérgio Cabral e chegou a ser colocada à venda no ano passado por R$ 3,5 milhões. No último leilão, em julho deste ano, foi oferecida por 2,3 milhões, mas permaneceu sem lances.

Apontado como operador de Cabral no esquema investigado, Carlos Miranda também viu um antigo bem ficar à disposição dos cidadãos mais abastados. O sítio de mais de 50 hectares que um dia foi seu entrou no leilão por R$ 3 milhões e, mesmo com o preço diminuído para R$ 2,2 milhões, não recebeu lances. A lancha e o sítio terão os valores reavaliados.

O juiz federal Marcelo Bretas, da Operação Lava Jato do Rio, colocou mais uma vez no banco dos réus o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (MDB) - desta vez ao lado da ex-primeira-dama Adriana Ancelmo, seu ex-sócio Thiago de Aragão Gonçalves Pereira e o empresário Ítalo Garritano Barros - por suposta lavagem de R$ 3,153 milhões.

O ex-governador está preso desde novembro de 2016. Ele já acumula 183 anos de pena de prisão em condenações impostas por Bretas e também pelo juiz Sérgio Moro, da Lava Jato no Paraná.

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A denúncia do Ministério Público Federal do Rio, que o juiz Bretas recebeu nesta terça, 30, aponta para a emissão de notas fiscais fraudulentas, relativas à prestação de serviços fictícios do escritório de advocacia Ancelmo Advogados para restaurante de comida japonesa.

"A presente ação deve ser admitida, porquanto ausentes as causas de rejeição, razão pela qual recebo a denúncia", decidiu o juiz nesta terça-feira, 30.

Adriana Ancelmo, seu sócio e o empresário são acusados ainda pelo crime de frustração de direito assegurado por lei trabalhista e também pelo crime de falsificação de documento público.

Segundo a Procuradoria da República, os investigados frustraram, "mediante fraude, direito assegurado por legislação do trabalho, bem como por terem omitiu nas Carteiras de Trabalho e Previdência Social (CTPS) de seus empregados informações relativas ao valor de suas remunerações, com intuito de desonerar-se do pagamento de encargos e direitos trabalhistas e ludibriar a Justiça do Trabalho".

A acusação tem como base o acordo de delação premiada fechado entre o Ministério Público Federal e Ítalo Garritano.

Defesa

A reportagem está tentando contato com os denunciados pela Procuradoria, mas ainda não obteve retorno.

Investigação do Ministério Público do Estado do Rio revela que a mulher do ex-governador Sérgio Cabral, Adriana Ancelmo, teve diversas regalias enquanto esteve presa no Complexo Penitenciário de Gericinó, entre os meses de dezembro de 2016 e março de 2017. Entre os privilégios concedidos a Adriana Ancelmo estão o recebimento de ceias de Natal e de Ano Novo. A ação do MP pede o afastamento de Rita de Cássia Alves Antunes, diretora da cadeia pública Joaquim Ferreira de Souza, por improbidade administrativa.

De acordo com a ação, um emissário de Sérgio Cabral foi ao Complexo Penitenciário de Gericinó no dia 25 de dezembro com uma ceia de Natal para Adriana, o que é proibido pelas regras da penitenciária. Após ser barrado por agentes penitenciários, o emissário teve sua entrada autorizada por um subcoordenador da unidade "por ordem do 01", uma referência ao então secretário de administração penitenciária Erir Ribeiro. Na ocasião, segundo o depoimento de uma agente penitenciária, Rita de Cássia teria confirmado que a ordem partira do secretário.

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No dia 31 de dezembro do mesmo ano, mais um emissário do ex-governador foi enviado à penitenciária, dessa vez com uma cesta de réveillon. Como, novamente, o acesso foi negado, a própria Rita de Cássia, que estava de folga, compareceu à unidade prisional para receber a ceia e entrega-la pessoalmente à ex-primeira-dama. A ação revela ainda que na noite do réveillon, as presas de nível superior foram autorizadas a manter as celas abertas, enquanto as demais detentas foram mantidas trancadas.

O MP sustenta que a após a chegada de Adriana Ancelmo, toda a rotina da unidade foi alterada. As regras de disciplina teriam sido adaptadas para a ex-primeira-dama, que não era obrigada a levantar da cama durante inspeções de rotina, não podia ser revistada após as visitas e sequer podia ser chamada de "presa" como as demais detentas. Uma agente penitenciária que tentou manter a igualdade de tratamento para todas as presas acabou sendo transferida pela diretora para outra unidade.

A ação é um desdobramento do Inquérito Civil Público, instaurado em março do ano passado, que apura regalias e privilégios no sistema penitenciário fluminense aos presos da Operação Lava Jato.

O ex-governador do Rio Sérgio Cabral (MDB) e sua mulher, Adriana Ancelmo, comunicaram à Justiça que abrem mão espontaneamente de bens móveis e imóveis avaliados em R$ 14,5 milhões. Os bens estão bloqueados pela Justiça.

Em troca de eventuais benefícios judiciais, o casal desistiu de continuar lutando pela posse de um patrimônio alentado que teria sido adquirido com propinas supostamente pagos a Cabral durante seus dois mandatos. A informação foi divulgada pela Globo News e confirmada pelo jornal O Estado de S. Paulo.

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Entre os bens que Cabral e Adriana decidiram colocar à disposição da Justiça estão joias, lanchas, carros de luxo e até a mansão de Mangaratiba, no Rio, avaliada em R$ 8 milhões. Essa casa chegou a ser levada a leilão, que acabou suspenso.

Sérgio Cabral é réu em 24 processos e as penas que lhe foram impostas pelos juízes Marcelo Bretas, do Rio, e Sérgio Moro, de Curitiba, ambos da Lava Jato, somam 100 anos de prisão. O emedebista foi preso em novembro de 2016.

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) confirmou nesta quarta-feira, 30, a condenação do ex-governador do Rio Sérgio Cabral (MDB) e manteve a pena em 14 anos e 2 meses. Esta é a primeira condenação do emedebista em 2.ª instância.

A 8ª Turma negou o recurso do Ministério Público Federal e manteve a absolvição de Adriana de Lourdes Ancelmo, mulher do ex-governador, e de Mônica Araújo Macedo Carvalho, mulher de Wilson Carlos Cordeiro da Silva Carvalho, ex-secretário de gestão do Rio.

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A pena de Wilson Carlos também foi mantida. Carlos Emanuel de Carvalho Miranda, sócio de Sérgio Cabral, teve a pena diminuída em um ano.

Sérgio Cabral foi condenado pelo juiz Sérgio Moro em junho do ano passado. O magistrado aplicou 14 anos e dois meses de prisão para o ex-governador por corrupção e lavagem de dinheiro.

O emedebista foi acusado por propina de pelo menos R$ 2,7 milhões da empreiteira Andrade Gutierrez, entre 2007 e 2011, referente as obras do Comperj.

Veja como ficaram as condenações:

Sérgio de Oliveira Cabral Santos Filho: condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A pena foi mantida em 14 anos e 2 meses de reclusão;

Wilson Carlos Cordeiro da Silva Carvalho: condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A pena foi mantida em 10 anos e 8 meses de reclusão;

Carlos Emanuel de Carvalho Miranda: condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A pena passou de 12 anos para 11 anos de reclusão por conta do número de crimes praticados em continuidade delitiva.

Defesas

Em nota, o advogado Rodrigo Roca, que defende Sérgio Cabral, afirmou: "Foi uma etapa que precisava ser vencida. Seguiremos às Cortes de Brasília, que possuem precedentes favoráveis às teses arguidas com o recurso de apelação."

A reportagem está tentando contato com o advogado de Adriana Ancelmo e com as demais defesas, mas ainda não obteve retorno.

O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral e a ex-primeira dama Adriana Ancelmo se tornaram réus de mais uma ação na Justiça, por peculato. O juiz Guilherme Schilling Pollo Duarte, da 32ª Vara Criminal do Rio, aceitou denúncia do Ministério Público Estadual que acusa ambos de usarem helicópteros do governo estadual em 2.501 viagens pessoais, sendo 2.281 vezes por Cabral e mais 220 vezes por Adriana.

Na decisão, o magistrado ressaltou que a "autoria e a materialidade dos crimes" estão minimamente delineados na denúncia do MP. Além das viagens, Cabral teria comprado duas aeronaves mais modernas e confortáveis, por meio de licitações suspeitas, no valor total de R$ 32 milhões. As negociações também estão sob investigação. Para o MP-RJ, os dois helicópteros comprados são mais luxuosos que os outros pertencentes ao Estado e, portanto, aumentaram os custos de manutenção e combustível.

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"Verifica-se que os acusados já se encontram em regime de prisão provisória, inclusive com diversos mandados prisionais efetivamente cumpridos", escreveu Schilling na decisão. O ex-governador já cumpre penas que juntas ultrapassam 100 anos e responde a mais de 20 processos.

Segundo depoimentos de testemunhas, entre elas pilotos, a aeronave modelo Agusta AW 109 Grand New, de alto luxo, era usada quase com exclusividade pelo ex-governador, sua mulher, seus filhos e babás. Porém, por vezes, no trajeto entre o Rio de Janeiro e a casa de veraneio de Cabral no condomínio Portobello, em Mangaratiba, outros dois helicópteros eram usados simultaneamente para transportar amigos do casal, amigos e namoradas dos filhos, parentes e empregados domésticos.

O juiz destacou que as declarações das testemunhas se juntam à "farta documentação" que justifica o procedimento da ação penal. Apenas o gasto total das viagens ultrapassa R$ 19 milhões. A pena pelo crime pode chegar a 12 anos.

A ex-primeira-dama do Rio Adriana Ancelmo deixou a prisão de Benfica, na zona norte do Rio, na manhã desta terça-feira, 19. Ela foi liberada graças a uma decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tomada na segunda-feira, 18. Mendes substituiu a prisão preventiva de Adriana por prisão domiciliar.

A ex- mulher de Sérgio Cabral (PMDB) foi presa em dezembro do ano passado. Ela cumpria prisão domiciliar, mas no mês passado, o Tribunal Regional Federal (TRF-2) decidiu que ela deveria retornar para a prisão.

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Na decisão, Gilmar Mendes argumentou que "a condição financeira privilegiada da paciente não pode ser usada em seu desfavor" e que o crime praticado "não envolve violência ou grave ameaça à pessoa". Adriana foi condenada a 18 anos e três meses de prisão pelo crime de lavagem de dinheiro.

Em mais uma ação bem ao estilo dele, o insuspeito ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou soltar Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB). Isso mesmo, a justiça prende a Gilmar Mendes, solta. Essa tem sido a prática do ministro sempre indo de encontro a sociedade brasileira e olhe que este senhor tem de dar uma sequência de explicações a dar ao Brasil por conta de tudo que fez, faz e suas ligações espúrias com bandidos da política nacional.  Ainda vale dizer que na mesma decisão, Gilmar Mendes substituiu a prisão preventiva por recolhimento domiciliar. A senhora Cabral que de besta não tem nada foi presa pela primeira vez em dezembro do ano passado, no âmbito da Operação Calicute, um desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro e foi esta mesma operação que levou Sérgio Cabral à prisão. Lembremos que até o mês passado, Adriana Ancelmo cumpria prisão domiciliar, mas, por decisão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), teve de retornar à cadeia. Anotemos que em setembro deste ano, ela foi condenada a 18 anos e 3 meses de prisão pelo crime de lavagem dinheiro e por ser beneficiária do esquema de corrupção comandado por Sérgio Cabral. E agora para passar o natal e ano novo comendo caviar e tomando vinhos caríssimos graças a este senhor que faz parte do STF. Quem tem Gilmar mendes como ministro tem a certeza de desmandos dentro da própria justiça

Obras na cidade e zona rural de Caruaru

Finalizando o ano de 2017, a Prefeitura de Caruaru, através da Secretaria de Urbanismo e Obras, realizou inúmeras obras e intervenções por toda a cidade e zona rural. Algumas dessas execuções receberam um maior destaque, tanto pelo tamanho de sua obra como pelo alcance de pessoas beneficiadas.

Ruas

Na área de pavimentação e recapeamento asfáltico, o município investiu um montante de R$ 3.313.518, 20, contemplando 15,5 km de vias, delas, 10 km na zona rural e 5,5km de área urbana. No total, até o fim deste primeiro ano de governo, 40 ruas serão pavimentadas, destas, mais de 30 já foram finalizadas.

12 bairros beneficiados

As pavimentações concluídas beneficiaram 12 bairros de Caruaru, sendo eles: Cidade Jardim, Encanto da Serra, José Liberato, Petrópolis, Maria Auxiliadora, Vila do Cajá, Salgado, São João da Escócia, Severino Afonso, José Carlos de Oliveira, Nova Caruaru e Indianópolis.

Mais de um milhão em obras

Um grande destaque deste primeiro ano, no quesito obras, foi o início da requalificação do Monte Bom Jesus, que contém a construção de um equipamento poliesportivo (quadra poliesportiva), revitalização da escadaria principal (Via Sacra) e reforma de parte das escadarias de acesso dos moradores, requalificação do entorno da igreja, com a criação de um pátio, construção de um receptivo turístico, banheiro público e parque infantil (Playground), além da implantação de área de proteção ambiental, com a criação de um Parque Ambiental. A obra foi orçada em R$ 1.428.000, sendo dividida em três etapas, com a primeira em fase de término.

Mendonça Filho em Petrolina

O ministro da Educação, Mendonça Filho, participou na manhã desta segunda-feira, 18, em Petrolina, do segundo seminário do Movimento Pernambuco pela Educação. O debate tem como objetivo propor alternativas para melhorar os indicadores de Pernambuco referentes à alfabetização. 

2018 na porta

Estiveram presentes no evento prefeitos, secretários municipais de educação, gestores e empresários. O prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, lembrou que o município vem se destacando na área educacional, mas muito ainda precisa ser feito. “Queremos aqui discutir o crescimento da educação de Pernambuco e do Brasil, para que a gente tenha uma mão de obra mais qualificada para fazer o país crescer”, explicou.

Fred falou

O secretário de Educação de Pernambuco, Frederico Amancio, ressaltou a importância dos investimentos na qualificação profissional. “A educação não tem fórmula mágica, então são importantes muitas coisas e uma delas é a valorização do professor, desde as universidades, até seu dia a dia das escolas, passando pela melhoria da infraestrutura das escolas, que é também um investimento muito importante para melhoria das condições de trabalho”.

Senador em campanha?

O senador Armando Monteiro (PTB-PE) visitou, as instalações da futura escola técnica de saúde do Real Hospital Português (RHP), localizada no bairro de Santo Antônio. A unidade, que deverá ser inaugurada no próximo ano, vai oferecer cursos nas áreas de Enfermagem, Farmácia e Manutenção Hospitalar. O petebista destacou a importância da iniciativa para a Medicina em Pernambuco. “Pernambuco tem no polo médico uma das expressões mais importantes, que faz nosso estado ser diferente e se destacar na região. Os pernambucanos sabem o que Hospital Português representa para o desenvolvimento de nosso estado”, disse.

Dudu comemora

A segunda turma do Supremo Tribunal Federal rejeitou o pedido de recebimento de denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra o deputado Eduardo da Fonte, apresentada em 2015.

Justificativa

A PGR, com base na delação do ex-diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, acusava Eduardo da Fonte de ter intermediado o repasse de 10 milhões de reais ao ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra, para barrar a CPI da Petrobras no Senado em 2009.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, mandou nesta segunda-feira, 18, para prisão domiciliar a mulher do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), Adriana Ancelmo.

Por três votos a dois, o Tribunal Regional Federal do Rio de Janeiro da 2ª Região (TRF-2) havia decidido mandar de volta para o regime fechado a ex-primeira-dama do Rio. A decisão foi proferida no dia 23 de novembro.

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Adriana foi mandada de volta para a penitenciária de Benfica, zona norte do Rio de Janeiro.

O ministro levou em consideração o fato de Adriana ter filhos.

"Em suma, a questão da prisão de mulheres grávidas ou com filhos sob seus cuidados é absolutamente preocupante, devendo ser observadas, preferencialmente, alternativas institucionais à prisão, que, por um lado, sejam suficientes para acautelar o processo, mas que não representem punição excessiva à mulher ou às crianças", anotou.

Adriana Ancelmo foi presa na Operação Calicute e condenada a 18 anos de reclusão por associação criminosa e lavagem de dinheiro.

Em novembro, a ministra do Superior Tribunal de Justiça Maria Thereza de Assis Moura havia indeferido medida liminar em habeas corpus impetrado pela defesa de Adriana.

Na sentença que impôs 18 anos e 3 meses de prisão por lavagem de dinheiro e organização criminosa à mulher do ex-governador do Rio Sérgio Cabral, o juiz federal Marcelo Bretas apontou que a ex-primeira-dama "usufruiu como poucas pessoas no mundo os prazeres e excentricidades que o dinheiro pode proporcionar".

Ex-primeiras-damas do Rio, Adriana Ancelmo e Rosinha Garotinho - esta também ex-governadora de 2003 a 2006 - não estavam na escala das presas para fazer a faxina na ala feminina da Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte do Rio. Das quinze mulheres encarceradas ali, Adriana era a única a ter colchão alto, seminovo, usado por atletas na Olimpíada, como os dos presos da Lava Jato na ala C. Nas celas desses réus, havia halteres de ginástica, cordas de crossfit, sanduicheiras e alimentos in natura, como presuntos e camarões. Com base nessas descobertas, o Ministério Público Estadual do Rio instaurou inquérito para apurar supostas regalias e irregularidades no cárcere.

A promotora Andréa Amin, coordenadora do Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública do MP, que visitou o local na semana passada, constatou diferenças de tratamento entre os presos. Rosinha, por exemplo, era uma das que usam colchão baixo. Seu marido, ex-governador Anthony Garotinho (PR), transferido para Bangu 8 na sexta-feira, 24, não tinha na cela filtro de água padronizado. O item é corriqueiro nas celas do ex-governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) e outros réus da Lava Jato. A promotora informou que pediu a transferência do ex-governador do PR para outra cela, porque a que lhe fora destinada estava alagada.

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Segundo a promotora do Gaesp, o MP pode mover ação de improbidade contra o secretário de Administração Penitenciária, Erir Ribeiro. Poderá até pedir o seu afastamento, caso fiquem constatadas as regalias. Os agentes penitenciários que facilitaram as supostas irregularidades também podem responder a processos, na esfera criminal. Já os presos podem ganhar nova punição.

"Nós vamos analisar também, no inquérito, 10 mil horas de gravação na ala destes presos, de quando estavam no presídio de Bangu. Só com uma investigação mais densa podermos concluir se houve regalias ou não", disse a promotora. Ela instalou o procedimento após o recebimento de denúncias.

Segundo Andrea, foram recolhidos em Benfica 21 quilos de materiais, a maioria alimentos, para serem analisados. Ela vai investigar também se refeições em quantidade "farta" podem ter sido entregues por algum restaurante no local.

"Chamou a nossa atenção todos os alimentos encontrados tinham o mesmo menu e estavam em recipientes diferentes. Por isso, recolhemos para análise", disse.

Outros materiais apreendidos foram os três pares de halteres e cordas de crossfit instalados na cela do empresário Jacob Barata Filho. "São objetos de risco, que não podem entrar na prisão. Eles podem ser utilizados como arma e levar algum preso a cometer crime contra algum desafeto seu na unidade carcerária", afirmou.

Já os alimentos in natura, proibidos pela SEAP, não são permitidos porque, se foram mal conservados, segundo a promotora, podem provocar infecção nos réus.

Cabral

A resolução da SEAP que dispõe sobre os alimentos proibidos diz que "não será permitida, em hipótese alguma, a entrada e a comercialização de gêneros alimentícios in natura". Entre os elementos encontrados, havia camarões, bolinhos de bacalhau e queijos, além de iogurtes e refrigerantes, em tonéis com gelo.

Um mês e dez dias depois de Cabral ser preso, a Secretaria de Administração Penitenciária editou uma norma que aumentou o volume de alimentos levados por familiares. Uma norma editada em 26 de novembro de 2016 permitiu que familiares levassem para os detentos até três sacolas de suprimentos, em dias de visita.

Antes, de acordo com uma resolução de 16 de março de 2016, o máximo permitido era duas sacolas "de plástico ou papel, do tipo das usadas nos supermercados". A secretaria atribuiu o aumento na quantidade de comida ao problema no fornecimento de alimentação dos presos.

Outro lado

A defesa de o ex-governador divulgou texto, na semana passada, dizendo que "Sérgio Cabral já é perseguido até pelo que come". "Daqui a pouco será pelo que pensa. É lamentável se ver a mobilização de todo o aparato estatal em perseguição ao cardápio de um detento", afirmou. A reportagem não localizou representantes dos demais detentos para que falassem sobre as afirmações da promotora.

Procurada, a Seap não se manifestou até o início da noite sobre as declarações da promotora.

A ex-primeira-dama do Rio Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), voltou nesta quinta-feira, 23, a cumprir regime fechado de prisão. Agentes da Polícia Federal foram ao apartamento de Adriana e Cabral, no Leblon, zona sul do Rio, no início da noite. Sob gritos de "pilantra", Adriana foi levada para a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte da capital e mesmo local onde estão acusados de integrar uma organização criminosa que seria chefiada por Cabral.

A 1ª Seção Especializada do TRF-2 já havia determinado o retorno de Adriana para uma unidade prisional em abril. Porém, como a decisão não foi unânime, a defesa recorreu. A lei processual prevê a possibilidade dos chamados embargos infringentes no caso de divergência do colegiado julgador. Por isso, Adriana conseguiu permanecer em prisão domiciliar até esta Quinta.

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O advogado da ex-primeira-dama, Renato Moraes, disse que ela não oferece risco para a sociedade. Ele informou que entrará com recurso nos tribunais de Brasília.

Decisão

Por três votos a dois, a 1ª Seção Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) ordenou nesta quinta o retorno de Adriana Ancelmo ao regime fechado. Ela foi presa na Operação Calicute em 2016 e condenada a 18 anos de reclusão por associação criminosa e lavagem de dinheiro pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, mas estava em prisão domiciliar desde março sob o argumento de que é mãe de criança menor de 12 anos.

O pedido da cassação da prisão domiciliar foi feito pelo Ministério Público Federal (MPF). Os procuradores sustentaram que a concessão do regime domiciliar "representa enorme quebra de isonomia, num universo de milhares de mães presas no sistema penitenciário sem igual benefício". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Por três votos a dois, o Tribunal Regional Federal do Rio de Janeiro da 2ª Região (TRF-2) decidiu que a ex-primeira-dama Adriana Ancelmo, mulher de Sérgio Cabral (PMDB), deverá voltar para prisão preventiva, a ser cumprida em regime fechado no sistema penitenciário. A decisão foi tomada pela 1ª Seção Especializada do tribunal. O mandado de prisão deverá ser expedido ainda nesta quinta-feira, 23, para o cumprimento da decisão.

O advogado de Adriana, Renato Moraes, defendeu que a ex-primeira dama não oferecia risco algum para a sociedade e informou que entrará com recurso nos tribunais de Brasília. A procuradora da República Mônica de Ré disse que a legislação que aplica o benefício para mães de menores de 12 anos "não é uma tábula rasa" e que outros fatores deveriam ser considerados para a sua concessão. "Podíamos entrar no Supremo com pedidos para que todas as rés nessa situação fossem soltas, mas não é assim. Devem ser levados em conta outros requisitos", disse a procuradora, ressaltando que os filhos do casal têm assistência de familiares, estão em bons colégios e têm acompanhamento médico.

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O pedido da cassação da prisão domiciliar da ex-primeira-dama do Estado foi feito pelo MPF. Na manifestação, os procuradores sustentaram que a concessão do regime domiciliar "representa enorme quebra de isonomia, num universo de milhares de mães presas no sistema penitenciário sem igual benefício".

A Primeira Turma Especializada do TRF-2 já havia determinado o retorno de Adriana para uma unidade prisional no dia 26 de abril. Porém, como a decisão dos desembargadores não foi unânime, ela não foi cumprida na ocasião. A lei processual prevê a possibilidade do recurso chamado embargos infringentes no caso de divergência do colegiado julgador e, por isso, Adriana conseguiu permanecer em prisão domiciliar até esta quinta.

Adriana Ancelmo foi presa na Operação Calicute e condenada a 18 anos de reclusão por associação criminosa e lavagem de dinheiro.

O Tribunal Regional Federal do Rio (TRF2) começou a julgar, na tarde desta quinta-feira, 23, se a ex-primeira-dama do Rio, Adriana Ancelmo, mulher de Sérgio Cabral (PMDB), volta para o regime fechado do sistema penitenciário ou permanece em prisão domiciliar. A decisão será tomada pela 1ª Seção Especializada do tribunal.

O primeiro a falar foi o advogado de Adriana, Renato Moraes, que defendeu que a ex-primeira-dama não oferece risco algum para a sociedade. Após a defesa, a procuradora da República Mônica de Ré disse que ainda havia interesse do Ministério Público Federal na mudança para a prisão preventiva, cumprida no regime fechado.

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A procuradora sustentou que a legislação que aplica o benéfico para mães de menores de doze anos" não é uma tábula rasa" e que outros fatores deveriam ser considerados para sua concessão. "Podíamos entrar no Supremo com pedidos para que todas as rés nessa situação fossem soltas, mas não é assim. Devem ser levados em conta outros requisitos", disse a procuradora, ressaltando que os filhos do casal tem assistência de familiares, estão em bons colégios e têm acompanhamento médico.

O pedido da cassação da prisão domiciliar da ex-primeira-dama do Estado foi feito pelo MPF. Na manifestação, os procuradores sustentaram que a concessão do regime domiciliar "representa enorme quebra de isonomia, num universo de milhares de mães presas no sistema penitenciário sem igual benefício".

A Primeira Turma Especializada do TRF2 já havia determinado o retorno de Adriana para uma unidade prisional no dia 26 de abril. Porém, como a decisão dos desembargadores não foi unânime, ela não foi cumprida. A lei processual prevê a possibilidade do recurso chamado embargos infringentes no caso de divergência do colegiado julgador e, por isso, Adriana conseguiu permanecer em prisão domiciliar até esta quinta.

Adriana Ancelmo foi presa na Operação Calicute e condenada a 18 anos de reclusão por associação criminosa e lavagem de dinheiro.

O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio, decretou o bloqueio de R$ 224 milhões do ex-governador do Estado Sérgio Cabral (PMDB), de sua mulher Adriana Ancelmo e mais nove condenados na Operação Calicute, desdobramento da Lava Jato. O magistrado impôs 45 anos e 2 meses ao peemedebista por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

O confisco atinge os condenados pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro. "Decreto o perdimento do produto e proveito dos crimes, ou do seu equivalente, nos termo do art. 91. parágrafos 1º e 2º do CP, incluindo aí os numerários bloqueados em contas e investimentos bancários e os montantes em espécie apreendidos em cumprimento aos mandados de busca e apreensão, nos valores descritos na denúncia e nas medidas cautelares de sequestro conexas, conforme requerido pelo Ministério Público em suas alegações finais, até o limite requerido pela acusação, a saber, o valor de R$ 224 milhões", ordenou.

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O bloqueio atinge de forma solidária os condenados pelo crime de organização criminosa. Para os demais condenados, o confisco vai se limitar ao montante objeto do crime de lavagem de dinheiro. "No caso do condenado Luiz Alexandre Igayara, observar-se-á o estipulado no termo de acordo de colaboração premiada."

Sérgio Cabral está preso desde novembro do ano passado. O ex-governador do Rio está custodiado em um presídio em Benfica, na capital fluminense.

Neste processo, o Ministério Público Federal apontou corrupção e lavagem de dinheiro usando obras do governo do Estado que receberam recursos federais a partir de 2007. A força-tarefa da Lava Jato, no Rio, identificou fraudes sobre as obras de urbanização em Manguinhos (PAC Favelas), construção do Arco Metropolitano e reforma do estádio do Maracanã para a Copa de 2014.

Bretas determinou que sejam mantidos presos, além de Cabral, os condenados Wilson Carlos (ex-secretário de Governo), Hudson Braga (ex-secretário de Obras) e Carlos Miranda (apontado como operador do esquema).

Mesmo também condenados, tiveram as prisões revogadas os réus Luiz Carlos Bezerra, José Orlando Rabelo, Wagner Jordão Garcia, Luiz Paulo Reis e Paulo Fernando Magalhães Pinto Gonçalves. O réu Pedro Miranda foi absolvido.

Esta é a segunda condenação de Sérgio Cabral na Lava Jato. Em junho, o juiz federal Sérgio Moro condenou o peemedebista a 14 anos e 2 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Cabral foi acusado por propina de pelo menos R$ 2,7 milhões da empreiteira Andrade Gutierrez, entre 2007 e 2011, referente as obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), da Petrobras.

Defesa

o advogado Renato de Moraes, que defende Adriana Ancelmo, se manifestou. "A defesa de Adriana Ancelmo, inconformada com a sentença, dela irá recorrer, assim que intimada pelos meios processuais pertinentes, uma vez que os argumentos levantados em alegações finais, que conduziriam à sua absolvição, foram ignorados pelo juiz".

"Vamos recorrer", disse Rodrigo Roca, que defende Sérgio Cabral. "Sabemos que o juiz Marcelo Bretas, que já não tem imparcialidade para julgar nenhuma causa do ex-governador, vai condenar. De maneira que nós estamos preparando os recursos para os órgãos de jurisdição superior. O Tribunal ainda não decidiu sobre nosso pedido de afastamento do juiz das causas", escreveu.

A defesa da ex-primeira-dama do Rio, Adriana Ancelmo, sofreu nova derrota em sua tentativa de impedir que o juiz Marcelo Bretas julgue processos contra sua cliente. Por unanimidade, a 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou recurso em que os advogados de Adriana pediam reconsideração sobre a decisão que negou habeas corpus sobre o assunto.

Adriana é alvo de três investigações, uma delas, a Calicute, da Polícia Federal e está em prisão domiciliar. Os advogados alegam que a 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, onde corre o processo contra a ex-primeira-dama, não tem competência para julgar de uma só vez os diferentes episódios de desvio de recursos que compõem as três investigações. Por isso, pediu que a ação penal fosse distribuída por sorteio e que, enquanto não houvesse uma decisão sobre quem irá julgar a ex-primeira dama, o processo fosse suspenso.

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O pedido já havia sido negado monocraticamente em abril pela ministra Maria Theresa de Assis Moura, relatora do habeas corpus.

Adriana foi condenada nessa quarta-feira, 20, a 18 anos e 3 meses de prisão por lavagem de dinheiro e organização criminosa. Na mesma sentença, do juiz Bretas, o ex-governador Sérgio Cabral foi condenado a 45 anos e 2 meses de prisão pelos mesmos crimes atribuídos à mulher e também por corrupção passiva.

A ministra Maria Theresa disse que não considerava o recurso prejudicado. Ela concluiu que há sim conexão entre os fatos investigados separadamente e decidiu pela continuidade da ação na 7ª Vara.

A Justiça Federal no Rio condenou nesta quarta-feira, 20, o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) a 45 anos e 2 meses de prisão na Operação Calicute, desdobramento da lava Jato. Cabral já está preso desde novembro de 2016. Ele tem uma primeira condenação imposta pelo juiz Sérgio Moro - 14 anos e 2 meses de reclusão, por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e pertinência à organização criminosa.

"Principal idealizador dos esquemas ilícitos perscrutados nestes autos, o condenado Sérgio Cabral foi o grande fiador das práticas corruptas imputadas. Em razão da autoridade conquistada pelo apoio de vários milhões de votos que lhe foram confiados, ofereceu vantagens em troca de dinheiro. Vendeu a empresários a confiança que lhe foi depositada pelos cidadãos do Estado do Rio de Janeiro, razão pela qual a sua culpabilidade, maior do que a de um corrupto qualquer, é extrema", afirmou o juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal, do Rio, na sentença.

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Adriana Ancelmo foi condenada a 18 anos e três meses de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro e de pertinência à organização criminosa.

A nova condenação de Sérgio Cabral foi aplicada pelo juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal do Rio. O Ministério Público Federal apontou corrupção e lavagem de dinheiro usando obras do governo do Estado que receberam recursos federais a partir de 2007.

A força-tarefa da Lava Jato, no Rio, apontou fraudes sobre as obras de urbanização em Manguinhos (PAC Favelas), construção do Arco Metropolitano e reforma do estádio do Maracanã para a Copa de 2014.

Esta é a segunda condenação de Sérgio Cabral na Lava Jato. Em junho, o juiz federal Sérgio Moro condenou a 14 anos e 2 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.

O peemedebista foi acusado por propina de pelo menos R$ 2,7 milhões da empreiteira Andrade Gutierrez, entre 2007 e 2011, referente as obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), da Petrobras.

O ex-governador do Rio Sérgio Cabral será interrogado na manhã desta segunda-feira (10), na sede da 7ª Vara da Justiça Federal do Rio de Janeiro, na região central da capital.

Cabral está preso desde novembro do ano passado, acusado de chefiar um esquema de corrupção que teria movimentado centenas de milhões de reais. Em maio, o ex-governador foi transferido do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste do Rio, para um presídio reformado em Benfica, na zona norte, onde ficava o antigo Batalhão Especial Prisional (BEP) e atualmente abriga detentos com diploma de nível superior ou acusados de não pagamento de pensão.

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A mulher de Cabral, Adriana Ancelmo, também presta depoimento nesta segunda. A Justiça prevê que o casal volte a ser interrogado ao longo da semana, nesta quarta (12), e sexta-feira (14).

Agentes da Polícia Federal no Rio de Janeiro apreenderam, nesta sexta-feira (23), 15 joias no apartamento da irmã de Adriana Ancelmo, esposa do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, como parte das investigações da Operação Calicute, desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro. A ação teve por finalidade de localizar 149 de um total de 189 joias adquiridas pelo casal Sérgio Cabral e Adriana Ancelmo em joalherias da cidade para lavar dinheiro obtido por meio de corrupção.

Na denúncia apresentada à Justiça pelo Ministério Público Federal (MPF), consta que o ex-governador Sérgio Cabral e Adriana Ancelmo adquiriram pelo menos 189 joias desde o ano 2000, e apenas 40 foram apreendidas pela Polícia Federal a partir de mandados de busca e apreensão.

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A própria irmã de Adriana, identificada como Nusia, recebeu os agentes federais em casa. De acordo com as investigações da Polícia Federal, as joias teriam sido dadas por Adriana Ancelmo a uma sobrinha, filha de Nusia. Do total de joias apreendidas estão cinco anéis, sete brincos, dois cordões e um colar de pérolas.

O outro endereço onde os agentes estiveram em busca de joias foi no apartamento da ex-governanta de Adriana Ancelmo, Gilda Maria de Souza Vieira da Silva. Na casa nenhuma joia foi localizada.

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