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O ator americano Kevin Spacey, acusado de ter agredido sexualmente quatro homens no Reino Unido, foi declarado inocente nesta quarta-feira (26), dia em que completa 64 anos, no fim de um julgamento muito midiático em Londres.

Após um mês de audiências e 12 horas de deliberação, os membros do júri declararam Spacey inocente das nove acusações que enfrentava. Quando o veredicto foi anunciado, o ator enxugou as lágrimas e fez gestos de agradecimento.

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Desde o início do julgamento, sob forte expectativa da mídia, no final de junho, Spacey, que havia se declarado inocente de todas as acusações, foi apresentado pela Promotoria como um assediador sexual que usava sua influência para abusar de homens jovens.

O ator, vencedor de dois Oscar por seus papéis em "Beleza Americana" e "Os Suspeitos", afirmou que todas as relações foram consentidas e que alguns fatos eram pura invenção dos denunciantes.

Quatro homens o acusaram de agressão sexual entre 2001 e 2013, especialmente a partir de 2004, quando era diretor do renomado teatro Old Vic, em Londres.

A acusação mais séria contra o protagonista da série "House of Cards" diz respeito a um homem que o acusou de "drogá-lo" e fazer sexo com ele enquanto dormia.

- "Grande paquerador" -

As primeiras acusações contra Spacey surgiram em 2017, no início do movimento #MeToo, em um momento em que estava no auge de sua fama como protagonista da série de sucesso da Netflix.

Como consequência, ele foi afastado de "House of Cards" e de outros projetos em que iria participar.

Nos interrogatórios da polícia, divulgados durante o julgamento, os quatro homens disseram não ter ousado denunciar antes por medo de não serem acreditados, ao enfrentarem uma figura muito famosa e influente.

Diante do júri, o ator se descreveu como um "grande paquerador", mas negou qualquer comportamento "violento", "agressivo" ou "doloroso", afirmando que os argumentos da acusação eram "fracos".

Ele se declarou "destruído" pelas acusações e lamentou uma "reputação perdida". O cantor britânico Elton John prestou depoimento em Mônaco a seu favor.

Também acusado de agressão sexual nos Estados Unidos, Spacey foi declarado inocente por um tribunal civil de Nova York no ano passado. Em 2019, as acusações contra ele foram retiradas em outro caso.

O empresário Thiago Brennand, de 42 anos, teve nova prisão preventiva decretada nesta terça-feira (7) pela Justiça de São Paulo. O juiz Marcus Alexandre Manhães Bastos, da 30ª Vara Criminal da Capital, mandou prender o acusado pelo estupro da ex-miss e estudante de Medicina Stefanie Cohen, de 30 anos. O processo, que está em segredo de Justiça, ainda não foi julgado. O réu está no exterior. Um processo de extradição dele para o Brasil tramita há quatro meses.

Esta é a quarta prisão preventiva decretada pela Justiça paulista contra o empresário. Ele foi acusado pela estudante de tê-la dopado e estuprado em um hotel de São Paulo, em outubro de 2021. Ela também sofreu humilhações e ameaças. Por meio de uma rede social, encorajou outras mulheres a não se calarem. "Hoje saiu mais uma prisão preventiva de um dos maiores monstros que esse país já viu. Jamais serei como antes. Nada mudará isso. Mas o certo eu fiz", escreveu.

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Ao Estadão, Stefanie lamentou que Brennand continue fora do país. "É a quarta prisão decretada de um fugitivo que se recusa a voltar para seu país e cumprir o que deve ser cumprido. O que espero hoje, principalmente no dia das mulheres, é a justiça realmente sendo feita. Que ele volte para o Brasil e cumpra todas as prisões que foram decretadas para ele. Como ele diz ser tão homem, que ele venha a pagar pela justiça dos homens. Como mulher, espero que todas as vítimas de Thiago Brennand possam ter justiça. Que todas tenham a oportunidade de denunciá-lo e tenham a paz de saber que fizeram a coisa certa."

Thiago Brennand teve o primeiro mandado de prisão expedido após se tornar réu pela agressão à modelo Helena Gomes, em uma academia de São Paulo. No mesmo processo, ele foi acusado de corrupção de menores por ter estimulado o filho a agredir verbalmente a modelo. O empresário teve novos mandados de prisão expedidos após sequestrar, manter em cárcere privado e tatuar uma mulher em Porto Feliz, no interior paulista, bem como pelo estupro de outra mulher. Ele é réu em outros processos por agressões e injúrias contra homens.

O empresário não retorna ao Brasil desde setembro de 2022, quando viajou às vésperas de ter a primeira prisão decretada. Localizado e preso em Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos, ele pagou fiança e aguarda em liberdade a tramitação do processo de extradição. O pedido de extradição foi formalizado às autoridades dos Emirados Árabes há quatro meses e desde então tramita na justiça daquele país.

A defesa de Brennand já pediu à Justiça brasileira, através de habeas corpus, a revogação dos decretos de prisão preventiva e o trancamento de processos a que ele responde por agressões físicas, psicológicas e sexuais contra mulheres. Por unanimidade, os pedidos foram negados pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). A reportagem procurou a defesa de Brennand para se manifestar sobre o novo mandado de prisão preventiva e ainda aguarda retorno.

O cardeal canadense Marc Ouellet negou veementemente ter cometido "gestos inapropriados" e "agressões sexuais" contra uma mulher em seu país e considera essas acusações "difamatórias", segundo uma declaração divulgada nesta sexta-feira (19) no site do Vaticano.

"Após ter conhecimento das falsas acusações feitas contra mim pela denunciante (F.), nego com firmeza ter cometido gestos inapropriados contra essa pessoa", declarou em nota.

"Considero difamatórias a divulgação e a interpretação dada as suas acusações", afirmou o religioso, de 78 anos, atual prefeito da Congregação para os bispos, um dos cargos mais importantes do governo do Vaticano.

"Se for aberta uma investigação civil, pretendo participar ativamente para que a verdade seja estabelecida e minha inocência seja reconhecida", afirmou.

As denúncias contra Ouellet foram feitas por uma mulher identificada pela letra "F.", que afirmou ter sofrido várias abusos por parte do cardeal.

Ouellet foi acusado de tocá-la de maneira inapropriada entre 2008 e 2010, enquanto era arcebispo de Quebec, segundo documentos judiciais recebido em maio pelo Tribunal Superior da cidade.

"F" foi identificada como agente da pastoral quando supostamente ocorreram os fatos. A acusação foi enviada diretamente ao Vaticano em janeiro de 2021, quando foi remetida ao padre jesuita Jacques Servais.

A denúncia contra Ouellet se soma aos depoimentos de 101 pessoas que afirmam terem sido "agredidas sexualmente" por mais de 80 membros do clero e funcionários laicos da diocese de Quebec desde junho de 1940, segundo os documentos judiciais.

O ex-núncio do Vaticano na França, dom Luigi Ventura, começa a ser julgado nesta terça-feira (10), em Paris, por supostamente ter agredido sexualmente cinco homens no exercício de suas funções diplomáticas, o que ele nega.

Este caso, que veio à tona em fevereiro de 2019, em meio à onda de escândalos sexuais na Igreja Católica, levou a Santa Sé a levantar a imunidade diplomática do ex-núncio apostólico de 75 anos, uma medida sem precedentes na história moderna da diplomacia do Vaticano.

O Ministério Público francês abriu uma investigação no início de 2019, depois que um funcionário da prefeitura de Paris, atualmente com 28 anos, denunciou que Ventura apalpou seu traseiro durante uma cerimônia na prefeitura.

Após esta primeira denúncia, quatro outros homens saíram do silêncio e denunciaram fatos semelhantes envolvendo o prelado italiano durante eventos públicos na França, entre janeiro de 2018 e fevereiro de 2019.

O Vaticano levantou sua imunidade diplomática em julho de 2019. "Monsenhor Ventura aguarda ansiosamente este julgamento para poder se explicar, para que se possa lançar luz sobre seu caso e para que sua inocência seja reconhecida", disse sua advogada, Solange Doumic, à AFP.

Segundo a advogada, "ele próprio pediu o levantamento da imunidade diplomática para se explicar perante os tribunais". Os advogados das partes civis argumentam, porém, que o levantamento da imunidade foi fruto de uma "briga" dos demandantes.

Em fevereiro de 2019, três deles haviam solicitado publicamente ao chefe de Estado francês que atuasse nesse assunto. "Meu cliente espera que o tribunal o ouça e o reconheça como vítima", disse Elise Arfi, advogada de Mathieu de La Souchère, que foi o primeiro a denunciar publicamente Ventura.

A advogada do segundo demandante, Benjamin, também afirma que "espera que a Justiça tenha coragem de dizer a verdade". "Este é um julgamento histórico no sentido de que é a primeira vez que um diplomata tão alto na hierarquia da Santa Sé deve responder perante a Justiça francesa", disse Jade Dousselin. O crime de agressão sexual pode ser punido com pena máxima de cinco anos de prisão e multa de 75.000 euros (US$ 89.000) na França.

Luigi Ventura atuava como representante diplomático da Santa Sé na França desde 2009. Antes disso, foi sacerdote na nunciatura do Brasil, Bolívia e Reino Unido. Depois disso, foi nomeado secretário de Estado em Roma. Mais tarde, atuou como núncio apostólico na Costa do Marfim, Burkina Faso, Níger e Chile.

O julgamento contra o ator Cuba Gooding Jr. por agredir sexualmente três mulheres começará em 21 de abril, decidiu nesta quarta-feira (22) um juiz de Manhattan, no mais recente caso do movimento #MeToo a chegar aos tribunais.

O ator de 52 anos é acusado de tocar de forma inadequada uma mulher em um restaurante de Nova York em setembro de 2018.

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Um mês depois, o ator teria beliscado as nádegas de uma segunda mulher em uma discoteca e tocou os seios de uma terceira em um bar de Nova York em junho de 2019.

Ganhador do Oscar de melhor ator coadjuvante em 1997 por seu papel em "Jerry Maguire", Gooding Jr. alega inocência das seis acusações contra ele, sendo que as três mais importantes poderiam resultar em um ano de prisão cada uma.

Curtis Farber, juuz da Suprema Corte de Nova York, também determinou nesta quarta-feira que a Promotoria pode chamar como testemunhas outras duas mulheres que também dizem ter sido vítimas do ator, embora suas acusações não sejam suscetíveis de processos criminais.

Farber proibiu o comparecimento de outras 17 mulheres que o promotor de Manhattan, Cyrus Vances, também tinha pedido que depusessem, para evitar "preconceitos indevidos" contra o ator.

O julgamento do ator será o terceiro contra um famoso resultante do movimento #MeToo a chegar aos tribunais este ano. Os outros dois são contra o ex-produtor Harvey Weinstein, em Nova York, e o astro do R&B R. Kelly, que também deve ter início em abril em Chicago.

A atriz italiana Gina Lollobrigida disse que foi vítima de agressões sexuais, mas considerou que é preciso ter coragem para denunciar no momento do fato, e não anos mais tarde.

"Parece-me que falar sobre isso agora é uma maneira de procurar publicidade", declarou a antiga sex symbol de 90 anos quando perguntada sobre os escândalos sexuais que agitam a indústria cinematográfica durante um programa televisionado exibido na quarta-feira à noite.

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"Você precisa ter coragem para denunciar os fatos no momento, mas mesmo eu não tive essa coragem, fiquei quieta, não disse nada", acrescentou.

Falando com poucas palavras e grande dignidade, ela explicou que duas vezes sofreu agressões sexuais "bastante sérias" de um estranho e de um italiano.

"A primeira vez, eu era inocente, não conhecia o amor, não conhecia nada. Então foi grave e a pessoa era muito conhecida. Eu tinha 19 anos, ainda estava na escola", declarou a atriz nascida em 1927.

"A segunda vez, eu prefiro não falar", acrescentou, revelando que foi após seu casamento em 1949 com o médico Milko Skofic, com quem teve um filho antes de se divorciar mais de 20 anos mais tarde.

"As agressões sexuais, ficam em você e marcam seu caráter. É algo do qual você não consegue se livrar. Suas ações estão sempre sujeitas a essas memórias terríveis", disse ela.

Um mês após as revelações sobre o produtor Harvey Weinstein, acusado por uma centena de atrizes e ex-colaboradoras de assédio, agressão sexual ou estupro, muitas vozes se elevaram e outros ídolos caíram.

Na Itália, várias atrizes assumiram a defesa do diretor Giuseppe Tornatore, autor de "Cinema Paradiso" em 1988, Oscar de melhor filme estrangeiro em 1990, acusado de ter importunado uma atriz há 20 anos, o que negou.

O governo turco retirou nesta terça-feira (22) o projeto de lei que que permitiria, em alguns casos, anular a condenação de uma pessoa por agressão sexual a um menor se o autor se casasse com a vítima, um texto que provocou forte polêmica no país.

O primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, anunciou a retirada do texto poucas horas depois do presidente Recep Tayyip Erdogan ter solicitado ao governo uma "solução ao problema em um espírito de amplo consenso, levando em consideração as críticas e recomendações de diferentes componentes da sociedade".

Da maneira como foi redigido, o projeto de lei prevê suspender a condenação por agressão sexual a um menor - exceto em caso de estupro - se o autor se casa com a vítima. A medida, que envolveria as agressões cometidas até meados de novembro de 2016, seria aplicada apenas uma vez e teria caráter retroativo.

O texto, que provocou forte polêmica no país, deveria ser apresentado nesta terça-feira ao Parlamento para votação em segundo turno.

"Vamos devolver o projeto de lei à comissão com o objetivo de obter um texto de consenso, como pediu o presidente Recep Tayyip Erdogan", afirmou Yildirim.

O primeiro-ministro indicou que a retirada do texto também pretende dar aos partidos da oposição o tempo necessário para elaborar suas propostas.

"A comissão levará tudo em consideração e examinará todos os aspectos. Certamente encontrará uma solução", completou.

- Não legitimar o estupro -

Apresentado pelo Partido Justiça e Desenvolvimento (AKP, governista) e votado na semana passada em primeiro turno, o projeto de lei provocou indignação das ONGs de defesa dos direitos da criança, dos partidos de oposição e de milhares de turcos, que protestaram no fim de semana para exigir a retirada.

No Twitter, a hashtag #TecavüzMesrulastirilamaz (Não podemos legitimar o estupro, em turco) foi uma das mais utilizadas nas redes sociais do país.

O governo havia afirmado que o projeto de lei envolvia apenas os casais unidos em matrimônio antes que ambos tivessem a idade mínima legal na Turquia, 17 anos. Mas a resposta não reduziu a polêmica e Ancara recuou em sua ideia.

Antes de Erdogan, o porta-voz do governo, Numan Kurtulmus, havia declarado que se os partidos de oposição CHP (social-democrata) e MHP (nacionalista) apresentassem propostas, Ancara estaria disposta a examiná-las.

Muitas organizações de defesa dos direitos das crianças temiam que a lei aumentasse as agressões sexuais contra menores ao permitir aos agressores pressionar as famílias por um casamento com as vítimas, que os deixaria isentos de qualquer acusação.

O Unicef - Fundo das Nações Unidas para a Infância -, e outras três agências da ONU, expressaram na segunda-feira uma "profunda preocupação" com o projeto de lei, que "reduziria a capacidade da Turquia para lutar contra as agressões sexuais e os casamentos precoces".

Vários famosos expressaram indignação com o projeto de lei.

A Associação das Mulheres e Democracia da Turquia (KADEM), que tem Sümeyye Erdogan Bayraktar, filha de Erdogan, como vice-presidente, afirmou que um dos principais problemas do projeto era estabelecer uma base legal para diferenciar entre coação e consentimento.

"Como é possível identificar 'vontade própria' de uma jovem", questionou a organização.

Na Turquia, menores de idade podem se casar com 17 anos se recebem autorização dos pais. A lei também permite o casamento aos 16 anos em "circunstâncias excepcionais", com o aval de um juiz.

Várias mulheres americanas acusaram o candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, de investidas e agressões de caráter sexual.

Quem são elas, o que dizem, onde os ocorreram os fatos denunciados agora?

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A seguir, uma lista provisória dessas acusações:

Jessica Leed, agora com 74 anos, ex-empresária

- Lugar: um avião

- Data: início da década de 1980

- "Parecia um polvo (...) suas mãos estavam em toda parte".

- Fonte: New York Times

Rachel Crooks, 33 anos, atualmente recepcionista

- Lugar: na saída de um elevador na Torre Trump, em Nova York

- Data: 2005

- Depois de terem se conhecido e trocado um aperto de mãos, "ele me beijou diretamente na boca".

- Fonte: New York Times.

Jill Harth, trabalhou para concursos de beleza

- Lugar: Mar-a-Lago, propriedade de Trump na Flórida.

- Data: 24 de janeiro de 1993

- "Estava olhando a decoração e a única coisa de que me lembro é que ele me colocou contra uma parede e botou suas mãos em todo o meu corpo".

- Fonte: New York Times

Mindy McGillivray, 36 anos, assistente de fotografia

- Lugar: Mar-a-Lago, propriedade de Trump na Flórida

- Data: 24 de janeiro de 2003

- "Isso foi mais um manuseio insistente. Mais do que uma simples carícia. Estava perto do meio das minhas nádegas. Fiquei chocada".

- Fonte: Palm Beach Post

Natasha Stoynoff, colaboradora da revista People

- Lugar: Mar-a-Lago, propriedade de Trump na Flórida

- Data: dezembro de 2005

- "Trump fechou a porta atrás de nós. Eu me virei e no intervalo de alguns segundos ele estava me colocando contra a parede e forçando sua língua dentro da minha garganta".

- Fonte: revista People

Cassandra Searles, ex-Miss Washington

- Lugar: concurso Miss Estados Unidos

- Data: 2013

- "Ele provavelmente não quer que eu conte a história dessa época, quando ele continuamente passava a mão nas minhas nádegas e me convidava para seu quarto de hotel".

- Fonte: sua página do Facebook, divulgada pelo Yahoo!

Temple Taggart McDowell, ex-Miss Utah

- Lugar: concurso Miss Estados Unidos em Shreveport, Luisiana

- Data: 1997

- "No momento que ele veio até mim, me abraçou e me deu um beijo na boca".

- Fonte: NBC News

O chefe da polícia da cidade alemã de Colônia foi suspenso nesta sexta-feira depois de receber duras críticas pela atuação de seus agentes que não conseguiram evitar as agressões sexuais e os roubos cometidos contra mulheres durante a noite de Ano Novo.

Wolfgang Albers, de 60 anos, foi suspenso temporariamente, informaram a agência DPA e o jornal Koelner Stadt-Anzeiger, citando fonts da administração local. O ministério federal do Interior anunciou nesta sexta que a polícia está investigando 31 "suspeitos", incluindo 18 demandantes de asilo, pelas agressões e roubos.

"Dos 31 suspeitos com nomes conhecidos, 18 têm status de demandantes de asilo", afirmou Tobias Plate, porta-voz do ministério, que citou sobretudo roubos e agressões físicas. "Também foram apresentadas três denúncias por agressões sexuais, mas as pessoas que as cometeram ainda não foram identificadas", disse.

Uma centena de casos de violência sexual na noite de ano novo em Colônia, oeste da Alemanha, atribuídas a "jovens aparentemente de origem árabe", tem causado polêmica em todo o país - cujo governo condenou os crimes, embora esteja preocupado com uma possível estigmatização dos refugiados.

A chanceler alemã Angela Merkel conversou por telefone com a prefeita de Colônia, Henriette Reker, e manifestou "sua indignação diante destes atos de violência insuportáveis e agressões sexuais". Outros políticos tentaram estabelecer um vínculo entre os crimes e o aumento da presença de imigrantes no país.

O caso, que ganhou amplitude à medida em que novas denúncias são registradas, comoveu todo o país pela "nova dimensão" que implica a participação de "mais de mil pessoas", que agrediram ou protegeram os agressores, declarou à imprensa o ministro da Justiça alemão, Heiko Maas.

"Trata-se de uma nova forma de crime organizado (...) Será preciso refletir sobre isso, pensar em meios para enfrentá-lo", afirmou.

Estes ataques foram atribuídos a grupos de 20 a 30 jovens bêbados que se reuniram perto da Catedral e da Estação Central de Colônia. A polícia também disse que recebeu uma dúzia de queixas em Hamburgo (norte). Segundo as vítimas, os agressores só atacavam mulheres.

A polícia da Suécia disse nesta sexta-feira que ao menos 15 mulheres jovens relataram agressões sexuais por grupos de homens na véspera de Ano Novo na cidade de Kalmar. Os relatos suecos vieram na sequência das agressões sexuais e roubos durante as celebrações de Ano Novo na cidade de Colônia, na Alemanha.

O porta-voz da polícia, Kalmar Johan Bruun, disse que grupos de homens cercaram algumas mulheres em uma praça lotada e apalparam elas. Ele disse ninguém ficou fisicamente ferido, mas muitas das pessoas que estavam no local ficaram aterrorizadas. Ele disse que dois homens, ambos requerentes de asilo, foram informados através de intérpretes que eles são suspeitos das agressões sexuais e que a polícia está tentando identificar outros suspeitos.

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Questionado sobre as semelhanças com os ataques na Alemanha, Bruun disse que "estamos cientes do que aconteceu na Alemanha, mas estamos focando nossa investigação sobre o que aconteceu em Kalmar".

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