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O governo norte-americano violou leis internacionais ao usar aviões não tripulados, os chamados "drones", para assassinar supostos militantes islâmicos, concluíram os autores de dois relatórios divulgados hoje por conceituadas organizações não-governamentais (ONGs). Além disso, os ataques ditos "seletivos" no Paquistão, no Iêmen e na Somália deixaram um rastro macabro de mortes que inclui crianças, mulheres e idosos.

As investigações da Anistia Internacional e da Human Rights Watch (HRW), publicadas nesta terça-feira, expõem novos detalhes de uma das facetas mais controversas da campanha do atual governo dos Estados Unidos para enfraquecer extremistas islâmicos em países da Ásia, do Oriente Médio e da África.

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Desde que se tornou presidente dos EUA, Barack Obama promoveu uma escalada sem precedentes no uso de drones, bem acima dos níveis do governo George W. Bush.

"O governo norte-americano ainda não tornou pública nenhuma nova informação sobre sua política de drones, seus parâmetros legais ou ataques específicos", apontou a Anistia Internacional.

A Human Rights Watch analisou seis ataques, entre 2009 e 2013, atribuídos aos EUA. Washington não admite responsabilidade pelas ações. Um desses casos envolveu uma ação da Marinha com bombas de fragmentação, que teria matado pelo menos 41 civis, segundo a ONG. A Human Rights Watch conclui que dois dos seis ataques foram violações da lei internacional, pois utilizaram armas que provocam destruição indiscriminada ou atingiram exclusivamente civis.

A Anistia Internacional pediu ao governo norte-americano que investigue os casos de civis mortos e feridos em bombardeios promovidos por drones no Paquistão e manifestou preocupação com a possibilidade de as ações norte-americanos constituírem execuções extrajudiciais ou crimes de guerra.

O apelo da Anistia Internacional foi feito junto com a divulgação de um relatório no qual o grupo detalha casos nos quais os bombardeios norte-americanos resultaram em mortes de civis, entre eles o caso de Mamana Bibi, de 68 anos.

A idosa foi morta em 24 de outubro do ano passado quando foi atingida por uma bomba norte-americana enquanto colhia legumes em sua horta na região paquistanesa de Waziristão do Norte. Três netos dela ficaram feridos no episódio.

A Anistia Internacional pede que os EUA cumpram sua obrigação internacional de investigar os episódios documentados e deem "plena reparação" aos sobreviventes e familiares das vítimas. Na avaliação da ONG, os ataques com drones abrem um precedente perigoso no qual "outros Estados podem tentam escapar da responsabilidade por seus próprios assassinatos ilegais".

A Anistia também critica o governo do Paquistão pela ambiguidade com que se comporta diante desses bombardeios. Apesar das críticas em público, setores do exército paquistanês mostraram-se a favor do programa de drones no passado.

Na semana passada, a Organização das Nações Unidas (ONU) pediu aos EUA que revele detalhes sobre os civis mortos e feridos em seus bombardeios com aviões teleguiados no Paquistão. Uma investigação da ONU apontou 33 ataques atribuídos a drones norte-americanos nos quais houve vítimas civis.

Hoje, no início de uma visita a Washington, o primeiro-ministro Nawaz Sharif pediu o fim desses ataques e acusou os EUA de violarem a integridade territorial paquistanesa. Ainda segundo o chefe de governo paquistanês, esses ataques representam um importante obstáculo à melhora das relações entre Islamabad e Washington. Sharif se reunirá amanhã com Obama.

Os EUA insistem que os bombardeios são "legais". O governo norte-americano alega que seu programa de drones é essencial para o combate aos rebeldes islâmicos que atuam na porosa e escarpada fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão. Em maio, o presidente norte-americano, Barack Obama, disse que os EUA não acionam seus drones a não ser que "haja quase certeza de que nenhum civil será morto ou ferido".

O fato, no entanto, é que o grande número de civis atingidos nesses ataques provoca ressentimento entre os locais e dificulta a coordenação dos esforços bilaterais no combate a extremistas islâmicos atuantes na região.

Desde 2004, quando os EUA deram início a esse tipo de ataque, mais de 350 bombardeios foram levados a cabo dentro do Paquistão. Ao longo dos últimos anos, diferentes grupos tentam - sem muita precisão - calcular o número de mortos em quase uma década de ataques com drones no Paquistão. As estimativas variam de 2.065 a 3.613 mortos no total, dentro os quais entre 153 e 926 seriam civis.

No relatório "Serei eu o próximo? Ataques com drones dos EUA no Paquistão", a Anistia Internacional detalha bombardeios ainda mais mortíferos do que aquele que matou Mamana, com vítimas totalmente dissociadas dos extremistas que combatem na região.

Em 6 de julho do ano passado, um avião teleguiado dos EUA bombardeou uma tenda em Waziristão do Norte. Ao todo, 18 pessoas morreram. Na ocasião, "fontes" paquistanesas identificaram as vítimas como "supostos militantes". A investigação da Anistia Internacional, no entanto, mostrou que se tratava de civis.

Dentro da tenda, ao invés de "terroristas", um grupo de operários jantava depois de um dia de trabalho. Quando o socorro aos civis chegou, os EUA atacaram de novo, de acordo com testemunhas.

Os EUA não se pronunciaram sobre o caso. Fonte: Associated Press.

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta segunda-feira, 21, que há a possibilidade de rediscutir a validade da Lei de Anistia e lembrou que, ainda que a Corte tenha se manifestado pela constitucionalidade da legislação, a composição do órgão atual é diferente da anterior.

"É possível rediscuti-la? É. Depende de provocação. Mas o Supremo já disse que ela é constitucional. Agora, o Supremo de ontem era um, o de hoje é outro", disse. Mello afirmou que, na ação penal 470, do mensalão, houve, por exemplo, mudança de posicionamento do STF quanto à cassação de mandatos de parlamentares, depois da aposentadoria dos ministros Cézar Peluso e Ayres Britto. A discussão sobre a Lei de Anistia foi novamente levantada depois da recente manifestação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sobre o tema em parecer sobre o pedido de prisão preventiva e extradição do ex-policial argentino Manoel Alfredo Montenegro.

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O STF manifestou-se em 2010 contra a revisão da lei. Com o caso de Montenegro, porém, Janot manifestou-se pela imprescritibilidade dos crimes chamados de lesa-humanidade, como tortura. "A premissa para se deferir uma extradição é saber se, praticado o crime no Brasil, seria o extraditando alvo da persecução criminal. No Brasil, não seria. Porque há a lei de anistia", disse o ministro do STF, recordando caso anterior sobre extradição pedida pelo governo da Argentina.

Mello apontou que o procedimento do STF nos casos de pedido de prisão preventiva é de manter o sigilo até que o acusado esteja sob cuidado da polícia para evitar fugas. "Ele (Janot) talvez não tenha percebido essa repercussão que, ao veicular matéria, ele estaria de certa forma alertando o extraditando quanto à existência de um mandado de prisão que está na rua para ser cumprido", afirmou o ministro, sobre a publicidade do parecer do procurador.

A Anistia Internacional denunciou a situação desastrosa dos direitos humanos na Arábia Saudita, onde a organização não constatou nenhuma melhora.

As Nações Unidas devem examinar nesta segunda-feira os avanços do reino neste sentido.

"A Arábia Saudita fracassou totalmente no cumprimento de suas promessas de remediar a situação desastrosa dos direitos humanos" feitas em reunião de 2009 do grupo de trabalho do Conselho de Direitos Humanos encarregado do Exame Periódico Universal, afirma a Anistia em um comunicado.

"As autoridades sauditas não conseguiram aplicar nenhuma das principais recomendações para melhorar a situação no país", acrescenta a organização, destacando a aplicação de prisões arbitrárias, processos injustos, tortura e maus-tratos no rico país petroleiro.

A organização também denuncia os abusos contra os trabalhadores estrangeiros, que "não estão protegidos pelo código trabalhista e são vulneráveis à exploração e estigmatizados pela discriminação".

O novo comandante da Polícia Militar do Rio, o coronel José Luís Castro Menezes, anunciou no início da noite desta terça-feira, 06, que vai suspender o ato que concedia anistia aos PMs com punições disciplinares.

Menezes foi anunciado nesta tarde como novo comandante em substituição ao coronel Erir Ribeiro Costa Filho, exonerado do cargo na segunda-feira, 05, após uma reunião de duas horas com o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame.

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A exoneração ocorreu dois dias após a divulgação pela imprensa de um boletim interno da PM, distribuído apenas entre oficiais na última quinta-feira, 01, em que o comandante concedia anistia aos policiais que receberam punições disciplinares desde o início de sua gestão - o benefício também valeria para PMs presos.

A presidente Dilma Rousseff sancionou lei que anistia policiais e bombeiros militares de 17 Estados e do Distrito Federal punidos por participar de reivindicações por melhores salários e condições de trabalho. A lei foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) de segunda-feira, 5, com circulação nesta terça-feira, 6.

O texto concede anistia aos policiais e bombeiros militares que participaram dos movimentos entre 1º de janeiro de 1997 e 5 de agosto de 2013 - data de publicação dessa lei de anistia - nos Estados de Alagoas, do Piauí, de Goiás, do Maranhão, de Minas Gerais, da Paraíba, do Rio de Janeiro, de Rondônia e Sergipe. A anistia também abrange os profissionais que participaram dos movimentos entre 13 de janeiro de 2010 e 5 de agosto de 2013 no Distrito Federal e nos Estados da Bahia, do Ceará, do Mato Grosso, de Pernambuco, do Rio Grande do Norte, de Roraima, Santa Catarina e do Tocantins.

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A greve geral de 1983, quando o movimento sindical convocou a população para uma paralisação contra o regime militar, vai ser relembrada no próximo dia 22. A Comissão Nacional da Verdade e o Coletivo Sindical anunciaram na última terça-feira (16) a realização do ato público. A mobilização deve relatar o papel de diversas empresas que apoiaram a ditadura.

“É importante lembrar que nós não estamos querendo um regresso a 64 (ano do golpe militar), e sim lembrar o que significou a repressão com a classe sindical. O movimento (de 83) foi um ato unitário. Ela foi fundamental para deslanchar a luta no final do período ditatorial”, explicou a coordenadora da Comissão Nacional da Verdade, Rosa Cardoso.

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O evento é organizado principalmente pelo Coletivo Sindical, composto por nove centrais: Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Central Geral dos Trabalhadores (CGTB), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central, Intersindical, Central Sindical Popular (Conlutas), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), que formou um grupo de trabalho chamado A Verdade e a Memória dos Trabalhadores por Justiça e Reparação.

“É uma oportunidade de reconstituir a história da violação de direitos dos trabalhadores em geral. Essa pauta vem desde a ocupação dos sindicatos, da cassação de líderes sindicais, da prisão, tortura e assassinato de lideranças sindicais, restrições de direitos, arrochos salariais e um pedido de reparação de uma análise das formas de reparação da vida. Há uma critica em relação a isso, vamos relacionar as questões do passado com a questão da falsa-democracia no presente” detalhou Rosa.

Além de participar da Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara (CEMVDHC), o cientista político e professor de Direitos Humanos, Manoel Moraes foi designado para integrar a Comissão de Anistia, por meio da portaria do Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. A função que o novo membro exercerá é voluntária e sem remuneração, porém ele terá a responsabilidade de relatar casos, avaliar direitos e analisar a grave violação de direitos humanos. 

Alegre pela escolha, o novo integrante explica como funciona a comissão. “É um trabalho extraordinário desenvolvido pelo governo federal através do Ministério da Justiça que repara o processo financeiro das vítimas que foram perseguidas no período militar. É um reconhecimento daqueles que tiveram seus direitos violados”, esclarece.

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Moraes ressalta que o trabalho da Comissão de Anistia é somado as Comissões da Verdade de todos os locais do Brasil. “São mecanismos que fazem parte da Justiça de Transição, ou seja, a teoria jurídica que faz com que haja a transição de um regime totalitário para um democrático”, contextualiza.

O novo membro da comissão frisa ainda que sua escolha deve ter ligação com o bom trabalho desenvolvido pela CEMVDHC e comenta que como professor tem notado que o tema tem atraído mais alunos atualmente. “Leciono Direitos Humanos na primeira faculdade que aderiu ao Plano Nacional de Direitos Humanos e hoje podemos dizer que há uma ampla discussão na cadeira de Direito e acredito que isso tem ajudado também, na função social de democratizar o acesso das informações”, pontua, lembrando que como não há retorno financeiro não terá problemas de incompatibilidade para assumir o cargo. 

Atribuições - A Comissão de Anistia pode realizar diligências, requerer informações e documentos, ouvir testemunhas e emitir pareceres técnicos com o objetivo de instruir os processos e requerimentos, bem como arbitrar, com base nas provas obtidas, o valor das indenizações previstas na lei nos casos que não for possível identificar o tempo exato de punição do interessado. Pode também requisitar das empresas públicas, privadas ou de economia mista, documentos e registros funcionais do postulante à anistia que tenha pertencido aos seus quadros funcionais, não podendo essas empresas recusar-se à devida exibição dos referidos documentos.

Primeiros compromissos – O primeiro evento que Manoel Moraes irá participar após nomeação é da Caravana de Anistia que ocorre no próximo sábado (15), em São Paulo para discutir o Congresso da União Nacional dos Estudantes promovido em Ibiúna. 

Já nos dias 19 e 20 de junho o novo integrante participará da primeira reunião ordinária da Comissão da Anistia. O encontro será em Brasília.

O novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou nesta sexta-feira que, "em tese", o Supremo poderia rever sua posição sobre a anistia, com uma nova composição do tribunal. "A transição do regime militar para uma democracia no Brasil foi feita com menos sobressaltos e menos dificuldades institucionais que na Argentina", comentou, durante a primeira entrevista após a nomeação para o cargo.

Em abril de 2009, o STF decidiu que os crimes cometidos por agentes de governo e militantes de organizações de esquerda durante o período da ditadura são inimputáveis, ou seja, não são passíveis de punição por conta da Lei de Anistia de 1979. Integrantes da Comissão da Verdade pressionam o STF a rever a posição.

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Defeitos da Justiça

O ministro disse também que a morosidade e a massificação estão entre os maiores defeitos da Justiça. "Quase qualquer advogado mencionaria morosidade e possivelmente um nível de massificação que impede ou dificulta decisões um pouco mais artesanais. A massificação diminuiu o tempo que o juiz pode dedicar a cada processo", afirmou Barroso, durante entrevista, ao ser questionado sobre o tema.

Com relação à justiça penal, ele acrescentou que, "mais do que em outras áreas, a estratificação de classes é evidente". Segundo ele, nessa área, os principais problemas são "a porta de entrada, a polícia, e a porta de saída, o sistema carcerário". "O sistema penitenciário, a despeito dos esforços feitos, constitui um universo de degradação humana", afirmou, acrescentando que, no Brasil, o sistema penitenciário não realiza um dos seus papéis mais importantes, que é a ressocialização. "Quem entra no sistema, de forma geral, sai muito pior."

As memórias do Regime Militar de 1964 serão discutidas na tarde desta sexta-feira (17), no Instituto Federal do Sertão Pernambuco (IFET), na cidade de Salgueiro, Sertão do Estado, a partir das 15h. O encontro marca o encerramento da Exposição itinerante do Governo Federal - Anistia e “Democracia: para que não se esqueça, para que nunca mais aconteça”. 

Após encerramento da exposição em Salgueiro a mostra segue para a Faculdade de Ciências Humanas do Sertão. Participam da Roda de Diálogo os anistiados de Salgueiro: José Carlistrato Cardoso, João Gondim e Fancisco Peixoto e outros ex-presos políticos, como o advogado Francisco de Assis e o jornalista Marcelo Mário Melo. Também virão da Paraíba o anistiado José Emilson Ribeiro e a representante do Conselho de Direitos Humanos, Nazaré Zenaide. O encontro é aberto a estudantes, professores e o público em geral.

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No evento será destacada a importância do resgate da história através da exposição, e também do trabalho da Comissão da Verdade em Pernambuco, que mostra a sociedade como foi a luta pela democracia. Paralelo a isso, eles farão um relato do que foi o governo militar, e as consequências que se perpetuam até hoje na vida das vítimas e familiares.  

A  Exposição “Anistia e Democracia: para que não se esqueça, para que nunca mais aconteça” apresenta 30 painéis, que retrata através de fotografias e depoimentos a repressão e a violência do regime militar. O objetivo da mostra do Governo Federal, que passou também por Brasília e Fortaleza, é colocar a população em contato com a busca pelo direito a memória e a verdade.

 

O plenário do Senado aprovou nesta quinta-feira, em votação simbólica, proposta que anistia Estados e municípios do pagamento de multas sobre as dívidas que tenham contraído com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), nos casos de adesão ao refinanciamento. Originalmente, a Medida Provisória previa um desconto de 60% das multas e 25% para os juros de mora para quem aderisse ao parcelamento dos débitos previdenciários. Pelo novo texto, que seguirá para sanção presidencial, o desconto das multas será total e de 50% para os juros de mora.

A mudança, que contou com o aval do Ministério da Fazenda e do Palácio do Planalto e envolveu acordo com a oposição, foi introduzida no parecer do relator da MP, senador Romero Jucá (PMDB-RR). A medida tem por objetivo facilitar para os entes federados a quitação de débitos com o INSS. Ele ainda acolheu na matéria 28 emendas introduzindo uma série de jabutis (assim batizada a inclusão de matérias alheias à proposta original), como melhoria nas regras da portabilidade de dívidas de financiamento de imóveis.

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No caso das dívidas previdenciárias, o Senado decidiu permitir que os débitos apurados até o dia 28 de fevereiro deste ano fossem passíveis de parcelamento. Pela proposta inicial, o limite era 31 de outubro do ano passado, data da edição da MP. Outra inovação é que Estados e municípios terão até três meses após a entrada em vigor da nova lei para aderir ao refinanciamento da dívida.

O relator da MP ainda diminuiu o porcentual do comprometimento da receita corrente líquida do quanto será retido mensalmente em recursos do fundo de participação dos Estados (FPE) ou dos Municípios (FPM) para pagamento das dívidas com o INSS. Atualmente é de 2%. Pelo texto aprovado, será de 1% ou os débitos terão de ser obrigatoriamente quitados em até 20 anos (valerá a opção que for menor).

Atualmente, apenas 12% dos quase 6 mil municípios brasileiros não possuem dívidas de contribuição previdenciária. Os municípios devem R$ 11,3 bilhões em débitos não parcelados e outros R$ 22,3 bilhões em parcelados, situação que deverá ser agravada com a possibilidade de lançamento de créditos tributários da ordem de R$ 13,6 bilhões relativos somente ao ano de 2010. A equipe econômica avalia que é preciso dar estímulos para que os entes federados voltem a reduzir o estoque da dívida, ao mesmo tempo em que contarão com um alívio no caixa.

"Há uma ação rápida no sentido de se tornar adimplente os Estados e municípios brasileiros", afirmou Jucá, ao lembrar que na Câmara foram retiradas as restrições para os entes federados fazerem novos parcelamentos em caso de atraso no pagamento do anterior. Segundo ele, a dívida do INSS de Estados e municípios chega a R$ 60 bilhões.

Pasep

Entre as emendas de assuntos alheios ao texto enviado pelo Executivo ao Congresso, Romero Jucá acatou uma que ressuscita o texto da MP do Pasep (Medida Provisória 574), que perdeu a validade em novembro do ano passado no Senado por não ter sido votada pelo plenário da Casa. A emenda permitirá a Estados e municípios parcelarem em condições especiais, com redução de juros e multas, dívidas com o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep).

Para estimular a atividade turística, o relator da MP também acabou com o limite de R$ 10 mil para isenção de cobrança do imposto de renda para as remessas ao exterior efetuadas por operadores e agências de viagem, desde que as empresas sejam cadastradas no Ministério do Turismo e que se valham nessas operações de instituição financeira presente no Brasil.

Outro ponto que recebeu emenda aprovada diz respeito à criação de mecanismos para facilitar o cidadão a migrar o financiamento do seu imóvel para outro banco. Pelo texto, os bancos terão dois dias de prazo para emitirem um documento que ateste a validade da transferência da dívida de uma instituição para outra.

As inscrições para participar da Clínica do Testemunho, ação realizada pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça foram prorrogadas até o próxiomo dia 30 de abril. O serviço disponibilizará atendimento psicológico gratuito aos familiares e as vítimas da violência do período da ditadura militar.

Para realziar o cadastro, os interessados devem acessar o site da Secretaria Estadual de Desenvolvimento  Social  e Direitos Humanos - www.sedsdh.pe.gov.br e acessar a ficha de inscrição no link Clínica do Testemunho. As informações solicitadas devem ser preenchidas e encaminhadas  para o e-mail clinica.testemunho@mj.gov.br.

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Em Pernambuco, a clínica será executada pelo Centro de Apoio a Vítimas da Violência, CEAV, vinculado a Secretaria Executiva de Justiça e Direitos Humanos. Inicialmente serão ofertadas 100 vagas, 30 para psicoterapia individual e 70 para terapia em grupo. 

De acordo com o secretário executivo de Justiça e Direitos Humanos, Paulo Moraes, a Clínica do Testemunho será conduzido pela equipe do CEAV – Centro Estadual de Apoio a Vítimas da Violência que atua no apoio psicossocial e jurídico aos familiares de vítimas de homicídio, e terá como público os 454 anistiados políticos e seus familiares, reconhecidos pela Comissão Especial instituída pela Lei nº 11.773/2000 de um total de 475 processos.

Os selecionados deverão participar de “Conversas Públicas” realizadas pela clínica. A primeira será no dia 26 de abril, às 18h, no Museu do Homem do Nordeste. No evento serão apresentadas a política de reparação do Estado Brasileiro e a proposta da Clínica do Testemunho para a confirmação do interesse por parte dos inscritos. Serão mostradas, ainda, as formas de atendimento a serem realizadas pelos profissionais

Um novo projeto de lei da Prefeitura anistia todas as multas de calçadas aplicadas em 2012 e aumenta para 60 dias o prazo para que o morador corrija os problemas encontrados pela fiscalização. A informação foi revelada à reportagem pelo líder do governo na Câmara, Arselino Tatto (PT).

O projeto aprovado em primeira votação previa 30 dias para que os cidadãos consertassem falhas nas calçadas e, dessa maneira, ficassem livres da multa. A nova versão afrouxa ainda mais uma das mais polêmicas leis aprovadas pela Câmara na época da gestão de Gilberto Kassab (PSD).

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Em 2012, a Prefeitura aplicou 6.004 multas com base na lei das calçadas, mais de 16 por dia. No primeiro ano de vigor, a polêmica norma causou mais autuações do que a Lei Cidade Limpa e o Programa de Silêncio Urbano (Psiu) juntos. Centenas de contribuintes foram à Justiça recorrer da cobrança.

O valor da multa é de R$ 300 por metro linear. A fiscalização chegou a multar até pessoas que mandaram fotos em busca de informações. "O projeto que nossa liderança está protocolando anistia as multas e amplia o prazo para 60 dias, resumiu Tatto à reportagem.

Levantamento feito pela reportagem, com base nos últimos três meses do ano passado, constatou que os bairros de Alto de Pinheiros, na zona oeste, e Itaim-Bibi, na sul, foram os que mais tiveram problemas com a fiscalização. Desníveis e buracos causaram a maioria das multas.

A comissão mista da Medida Provisória (MP) 589/2012 aprovou nesta terça-feira um parecer que amplia benefícios e anistia a governos de Estados e prefeituras do pagamento de multas sobre as dívidas que tenham contraído com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) nos casos de adesão ao refinanciamento. Originalmente, a MP previa um desconto de 60% das multas e 25% para os juros de mora para quem aderisse ao parcelamento dos débitos previdenciários. Pelo novo texto, o desconto das multas será total e de 50% para os juros de mora.

Com o aval do Ministério da Fazenda, a mudança foi introduzida no parecer do relator da MP, senador Romero Jucá (PMDB-RR), que aumentou no texto as facilidades para os entes federados quitarem os débitos com o INSS. Jucá ainda acolheu uma série de "jabutis" (como é chamada a inclusão de matérias alheias à proposta original), como melhoria nas regras da portabilidade de dívidas de financiamento de imóveis.

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A comissão decidiu permitir que os débitos apurados até 28 de fevereiro deste ano sejam passíveis de parcelamento. Pela proposta inicial, a data era 31 de outubro de 2012, quando a MP foi editada. Outra inovação é que governos estaduais e administrações municipais tenham até três meses, após a entrada em vigor da nova lei, para aderir ao refinanciamento da dívida.

O relator ainda diminuiu o porcentual do comprometimento da receita corrente líquida do quanto será retido, mensalmente, em recursos dos Fundos de Participações dos Estados (FPE) ou dos Municípios (FPM) para pagamento das dívidas com o INSS. Atualmente, é de 2%. Pelo texto aprovado, será de 1% ou os débitos terão de ser, obrigatoriamente, quitados em até 20 anos (valerá a opção dessas duas que for menor). "Portanto, isso impacta menos ainda os municípios, dando condição de pagamento", afirmou Jucá, durante a sessão.

Atualmente, apenas 12% dos quase 6 mil municípios brasileiros não possuem dívidas de contribuição previdenciária. Os municípios devem R$ 11,3 bilhões em débitos não parcelados e outros R$ 22,3 bilhões, em parcelados, situação que deverá ser agravada com a possibilidade de lançamento de créditos tributários da ordem de R$ 13,6 bilhões relativos somente ao ano de 2010. A equipe econômica avalia que é preciso dar estímulos para que os entes federados voltem a reduzir o estoque da dívida, ao mesmo tempo em que contarão com um alívio no caixa.

Jabutis

Entre as emendas de assuntos alheios ao texto enviado pelo Executivo ao Congresso, Jucá acatou o que ressuscita o texto da MP do Pasep (574), que perdeu a validade em novembro no Senado por não ter sido votada pelo plenário. A emenda permitirá que Estados e municípios parcelem em condições especiais, com redução de juros e multas, dívidas com o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep).

Para estimular a atividade turística, o relator da MP acabou com o limite de R$ 10 mil para isenção de cobrança do imposto de renda para as remessas ao exterior efetuadas por operadores e agências de viagem, desde que as empresas sejam cadastradas no Ministério do Turismo e que se valham nessas operações de instituição financeira presente no Brasil.

Outro ponto que recebeu emenda aprovada diz respeito à criação de mecanismos para facilitar o cidadão a migrar o financiamento do seu imóvel para outro banco. Pelo texto, os bancos terão dois dias de prazo para emitir um documento que ateste a validade da transferência da dívida de uma instituição para outra. Após a votação na comissão especial, o texto da MP seguirá para votação nos plenários da Câmara e do Senado, respectivamente.

O ex-Beatle Paul McCartney, famoso vegetariano, se uniu à associação de defesa dos animais Peta para pedir aos americanos que digam "não" ao tradicional peru que é consumido no dia de Ação de Graças, na próxima quinta-feira, no qual, segundo as estimativas, 45 milhões destas aves serão degustadas.

O músico britânico pede que digam "'não obrigado' ao peru" em uma camiseta que apresenta o slogan junto ao desenho do animal, no site da associação Peta (People for the Ethical Treatment of Animals).

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Ao mesmo tempo convoca para que se fale "sim" às "comidas deliciosas e onde não se exerce crueldade" sobre os animais. A página também oferece receitas vegetarianas para as festas.

Mais de 45 milhões de perus estarão na quinta-feira nas mesas da maioria dos lares americanos para esta festa tradicional.

O ex-ministro Paulo Vannuchi, que chefiou a Secretaria de Direitos Humanos no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse na quarta-feira (17) que um dos maiores erros da história do Supremo Tribunal Federal foi cometido em 2010, no julgamento sobre a interpretação da Lei da Anistia de 1979.

"Foi um dos mais graves erros da história daquela Corte", afirmou, referindo-se à confirmação da interpretação de que a lei beneficiou os dois lados, tanto os perseguidos políticos quanto os agentes de Estado envolvidos com graves violações de direitos humanos no período da ditadura militar.

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As afirmações de Vannuchi foram feitas durante um colóquio sobre justiça de transição em diferentes países, realizado em São Paulo pela Conectas, organização não governamental que atua na área de direitos humanos. Ao fim de sua exposição, o ex-ministro disse ter esperanças de que o Brasil acabe acatando a decisão da Corte Interamericana de Direitos Humanos, que considera imprescritíveis crimes contra os direitos humanos, ao mesmo tempo que não aceita nenhum tipo de autoanistia.

Na interpretação de alguns juristas - e daquela corte internacional, vinculada à Organização dos Estados Americanos (OEA) -, a lei da anistia foi promulgada ainda no período da ditadura militar e, portanto, seria uma autoanistia.

Vannuchi, que atua como assessor de Lula há 32 anos, também manifestou esperança de que os responsáveis por torturas e execuções no período da ditadura sejam punidos. "Creio que isso será inevitável após a divulgação do relatório da Comissão Nacional da Verdade, em 2014", afirmou. "O relatório vai revelar os horrores que ocorreram no Brasil."

A punição, segundo o ex-ministro, não precisa ser necessariamente a prisão, como ocorreu com ex-militares julgados na Argentina. "Pode ser uma punição simbólica. O importante é que, nas prisões, diante da possibilidade de torturar alguém, os policiais de hoje lembrem que crimes de tortura cometidos há 40 anos foram punidos", argumentou. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Mais de 30 militantes de um grupo somali ligado à Al-Qaeda estão fornecendo detalhes sobre as atividades da organização à polícia do Quênia, depois de aceitarem uma proposta de anistia, informou hoje um porta-voz da força policial queniana. Alguns dos militantes do grupo, conhecido como Al-Shabab, são cidadãos quenianos e outros são refugiados da vizinha Somália, segundo o porta-voz.

No mês passado, soldados quenianos invadiram o sul da Somália em busca de insurgentes do Al-Shabab, após uma série de ataques e sequestros ocorridos no Quênia. Em retaliação, o grupo ameaçou lançar ataques terroristas em Nairóbi, a capital queniana. As informações são da Associated Press.

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O projeto que anistia os deputados cassados pela Câmara no escândalo do mensalão, descoberto em 2005, foi incluído na pauta da reunião da próxima quarta-feira da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a principal comissão da Casa. O presidente do colegiado e responsável por definir a pauta é o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), um dos réus no processo sobre o tema que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).

A proposta polêmica é de autoria do ex-deputado Ernandes Amorim (PTB-RO) e beneficiaria José Dirceu (PT-SP), Roberto Jefferson (PTB-RJ) e Pedro Corrêa (PP-SP) - os três foram cassados e também são réus no processo do STF. Se aprovada a anistia, eles poderiam disputar a eleição. A cassação os privou dos direitos políticos por oito anos.

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Amorim argumenta na justificativa do projeto que a Câmara absolveu a maioria dos deputados citados no esquema o que, na visão dele, tornaria injusta a manutenção da punição somente aos três cassados.

"Não se justifica a manutenção da pena de inelegibilidade apenas para os três parlamentares cassados em plenário, designados arbitrariamente para expiar a culpa de grande parte dos parlamentares", diz o autor.

O projeto tramita de forma conjunta com outra proposta, de autoria de Neilton Mulim (PP-RJ), que sugere exatamente o contrário. O projeto do deputado fluminense proíbe "a concessão de anistia aos agentes públicos que perderam a função pública em decorrência de atos antiéticos, imorais ou de improbidade". Por ambos tratarem do mesmo tema, ainda que com visões opostas, eles estão apensados.

Por tramitarem conjuntamente, quando no início deste ano Mulim pediu o desarquivamento de seu projeto o que trata da anistia aos mensaleiros também voltou a tramitar. Ambos agora estão prontos para entrar na pauta da CCJ.

Recuo

Ontem à noite, após ser questionado pelo jornal O Estado de S. Paulo, João Paulo disse que determinaria que o projeto fosse retirado da pauta.

Empenhado em voltar rapidamente à política, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, apontado como chefe do esquema do mensalão, tem dito publicamente que buscará a anistia no Congresso se for absolvido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O processo deve ser julgado pela Corte no próximo ano.

Mesmo se forem considerados inocentes pelo STF, os três cassados não podem disputar eleições até 2015 porque perderam seus direitos políticos ao terem a perda de mandato decretada pelos colegas. Somente um projeto de anistia, nos moldes deste que está na CCJ, pode reverter essa situação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente Dilma Rousseff sancionou hoje, sem vetos, a lei que concedeu anistia aos policiais e bombeiros militares do Rio de Janeiro, de outros 12 estados e do Distrito Federal punidos por participar de movimentos reivindicatórios. Os anistiados ficam livres de sanções tipificadas no Código Penal Militar, mas não das definidas no Código Penal. A decisão de Dilma contrariou orientação da Advocacia-Geral da União (AGU), que entendeu que a lei aprovada no Congresso, de autoria do senador Lindbergh Farias (PT-RJ) era inconstitucional.

Uma homenagem aos 32 anos de anistia será prestada nesta quarta-feira (24), na Câmara Municipal do Recife, através de uma sessão solene que acontecerá às 14h. No evento será entregue uma placa em homenagem a secretária de Direitos Humanos e Segurança da Prefeitura do Recife, Amparo Araújo, pela vereadora Marília Arraes (PSB).

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