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O LeiaJá foi o grande vencedor do 19º Prêmio Urbana de Jornalismo, promovido pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE), com apoio do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Pernambuco (Sinjope). O especial "Calçadas: caminho para a cidadania", assinado por Marília Parente, conquistou as categorias Grande Prêmio e Reportagem em Texto, nessa terça (22).

Em cinco reportagens, o trabalho conta histórias de pessoas e iniciativas que ajudam a construir cidades mais particip(ativas), em que o pedestre - ente mais frágil da mobilidade urbana - seja protagonista. "Calçadas: caminho para a cidadania" conta com edição de vídeo de James William, artes de Felipe Santana, além de imagens de Júlio Gomes e Chico Peixoto, que também fez o webdesign do hotsite.

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A cerimônia reuniu profissionais da imprensa, nessa terça (22), no Armazém Blu’nelle, no bairro de Santo Amaro, na área Central do Recife. As categorias Audiovisual e Fotografia também foram premiadas.

 Desde as 6h desta terça (16), a Polícia Militar do Rio de Janeiro realiza uma operação em Manguinhos, na Zona Norte do Rio de Janeiro. De acordo com a ONG Voz das Comunidades, moradores relatam abuso de poder e violações dos direitos humanos.

A população relata invasões de casas, destruição de calçadas e canos de água, além de fios telefônicos arrebentados. As denúncias também incluem a depredação de bicicletas e motos utilizadas por moradores para deslocamento ao trabalho.

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De acordo com a deputada estadual Mônica Francisco (PSOL-RJ), a Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 635 do Supremo Tribunal Federal, que restringe ações policiais nas favelas durante a pandemia de covid-19, ainda está em vigor. “Quem está fiscalizando?”, questionou a parlamentar, em suas redes sociais.

No fim de semana de novas flexibilizações da quarentena em São Paulo, o prefeito Bruno Covas (PSDB) ampliou a permissão para bares e restaurantes colocarem mesas e cadeiras em vagas de estacionamento que funcionam como "extensões temporárias das calçadas". O decreto foi publicado no Diário Oficial da Cidade no sábado, 24, e tem como objetivo aumentar o distanciamento social entre os clientes.

Em agosto do ano passado, a gestão municipal anunciou o projeto-piloto Ruas SP, que permitiu em caráter temporário que bares e restaurantes ampliassem a capacidade de atendimento com mesas e cadeiras em vagas de estacionamento em quatro pontos do centro da cidade. Os locais eram as ruas José Paulo Mantovan Freire, Bento Freitas (entre as ruas Marquês de Itú e Epitácio Pessoa), Major Sertório (entre as ruas Araújo e Rêgo Freitas) e General Jardim (entre as ruas Araújo e Rêgo Freitas). "É difícil o controle do distanciamento social quando autorizamos o uso das calçadas, que em São Paulo são mais estreitas em sua média do que em outras grandes capitais europeias ou americanas", afirmou Covas naquela época.

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O novo decreto continua proibindo a presença de clientes em pé, "em qualquer hipótese", mas não define ainda quais serão os trechos e ruas com permissão para implementar o novo modelo de atendimento. De acordo com o texto, essa decisão será tomada pela Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento e "utilizará critérios técnicos, bem como poderá considerar a manifestação de interessados". As inscrições já podem ser feitas pelo site da secretaria.

Pelas novas regras do Plano São Paulo, restaurantes podem abrir das 11h às 19h. Bares só podem abrir na função de restaurante, servindo comida e com clientes sentados. A ocupação máxima dos estabelecimentos é de 25%. A Abrasel-SP, entidade que representa o setor, diz que as restrições impedem a lucratividade e quer limite de clientes de 40%, com horário de funcionamento até 22h. Especialistas em saúde temem que afrouxar o isolamento social resulte em nova pressão sobre os hospitais.

A partir da definição, que será feita de forma progressiva, os estabelecimentos têm 180 dias para utilizarem as vias públicas sem custos. Eles ainda precisarão seguir regras, como não ocupar a faixa livre de 1,2 metro da calçada, manter o espaçamento mínimo de dois metros entre as mesas e de um metro entre cadeiras de mesas diferentes.

Todos os custos serão de responsabilidade dos próprios bares e restaurantes, assim como a remoção de qualquer estrutura instalada durante o período. Ainda de acordo com o decreto, as novas permissões não se aplicam aos pedidos gerais para ocupação de calçadas, calçadões ou largos.

De acordo com uma pesquisa realizada pela ONG Rede Nossa São Paulo, 32% dos paulistas passaram a andar mais a pé durante a crise do coronavírus (Covid-19). Estima-se que esse número aumente para 41% após a pandemia.

Outro levantamento feito pela Rede Brasileira de Urbanismo Colaborativo (Rede Br), indica que as medidas de segurança adotadas no isolamento social fez com que a preferência pela caminhada crescesse de 9% para 23% em todo país.

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Contudo, o deslocamento a pé resulta em alguns riscos, já que 80% das calçadas do Brasil apresentaram problemas em suas estruturas, como aponta a ONG Corrida Amiga. No Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), uma a cada cinco vítimas de quedas sofreram acidentes em calçadas.

Uma pesquisa feita pela Fundação Oswaldo Cruz de Minas Gerais com pessoas acima de 50 anos, mostrou que 43% têm medo de cair nas ruas por conta das más condições das calçadas.

Segundo as determinações do Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP), a presença de árvores, espaços de convivência e boa iluminação, auxiliam para que a caminhada seja mais segura, além de garantir conforto aos pedestres.

Na maior parte das cidades brasileiras, essas condições são de responsabilidade dos proprietários de imóveis, que estarão sujeitos a fiscalização da prefeitura.

Devido a pandemia, o modelo padrão de calçadas do Brasil também não atende as especificações de segurança do distanciamento social. Em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro, a largura mínima de áreas destinadas à circulação de pedestres é de 1,5m, entretanto, a Organização Mundial da Saúde, recomenda uma distância de no mínimo um metro, para reduzir os riscos de contágio.

As ruas de Londres serão transformadas, com calçadas mais amplas para pedestres e mais ciclovias, com o objetivo de facilitar o distanciamento físico contra a propagação do coronavírus, anunciou nesta quarta-feira (6) o prefeito Sadiq Khan.

As medidas pretendem evitar que os transportes públicos fiquem sobrecarregados no momento de retorno dos britânicos ao trabalho e promover alternativas às poluentes viagens de automóveis.

As mudanças podem multiplicar por 10 o número de quilômetros percorridos de bicicleta e por cinco a área para caminhadas após o fim do confinamento, informaram a prefeitura e a autoridade de transporte londrina em um comunicado.

Para concretizar a ideia, Londres criará uma nova rede temporária de ciclovias, seguindo o exemplo de cidades como Berlim ou Nova York, que já modificaram suas ruas para facilitar os deslocamentos de bicicleta.

Além disso, as calçadas serão ampliadas nas ruas comerciais para permitir que as pessoas respeitem a distância durante as caminhadas ou nas filas nas entradas das lojas. Para permitir as mudanças, estacionamentos e faixas de carros serão realocadas.

"A capacidade de nosso transporte público será consideravelmente reduzida após o coronavírus devido aos enormes desafios que enfrentamos em termos de distanciamento social", afirmou o trabalhista Khan.

O prefeito pediu aos que podem trabalhar de casa que prossigam com a medida e afirmou que deseja ajudar aqueles que precisam se deslocar até o local de trabalho".

Khan também quer permitir "aos muitos londrinos que redescobriram a alegria de caminhar ou viajar de bicicleta durante o confinamento" que façam isto em segurança.

Lavar calçada com água potável em São Paulo poderá render multa de R$ 250 desde sábado, 28. A Prefeitura da capital publicou decreto no Diário Oficial que regulamentou uma lei aprovada em 2015, na gestão do prefeito Fernando Haddad (PT).

"A limpeza de calçada deverá ser feita por varrição, aspiração ou outros recursos que prescindam de lavagem, exceto quando essa seja realizada com água de reúso, de poço ou de aproveitamento de água de chuva, desde que comprovada a origem da água utilizada", diz o texto. A legislação abre exceções para casos de alagamento, deslizamento de terra e derramamento de líquidos gordurosos, pastosos, oleosos e semelhantes, provocados por terceiros, ou ainda se a concessionária não fizer a limpeza de calçada após a realização de feiras.

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Na primeira infração, a Prefeitura aplicará apenas uma advertência e, na segunda, a multa, que pode ser dobrada em caso de reincidência. O valor da multa será atualizado anualmente de acordo com a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

A Prefeitura de São Paulo vai tentar novamente padronizar as calçadas de São Paulo. Aberta até sábado (30), uma consulta pública deve resultar em um decreto sobre o assunto, consolidando legislações já existentes sobre o tema e tendo como foco a priorização do pedestre. As mudanças valerão para as novas calçadas e para aquelas que passarem por reforma. Ainda há dúvidas sobre quem vai pagar a conta e como será a fiscalização.

O texto da consulta pública retoma diretrizes da Lei das Calçadas, sancionada em 2011 pelo ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD), que prevê área mínima de 1,20 metro nos passeios do Município - anteriormente, o espaço era de 90 centímetros. Uma novidade é que essa área mínima passa a ser de 50% para o passeio em caso de calçadas com mais de 2,4 metros de largura.

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"O objetivo é melhorar a mobilidade e a qualidade de vida das pessoas", diz a coordenadora da Comissão Permanente de Calçadas (CPC), Matilde da Costa. O órgão foi criado na gestão do ex-prefeito João Doria (PSDB) para reunir diferentes setores do governo para discutir o tema da mobilidade. Na semana passada, dois dias antes de lançar a consulta pública, o prefeito Bruno Covas (PSDB) publicou decreto que proíbe portões ou cancelas automáticas de invadirem a calçada, sob pena de uma multa de R$ 250.

Adotando como padrão diretrizes da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), o decreto em consulta retoma a regra de que deve haver a divisão das calçadas em três faixas: uma de acesso, outra de serviço e uma terceira de livre passagem. A parte destinada aos pedestres, por exemplo, deve ter superfície regular, firme, contínua e antiderrapante, que não cause trepidação em cadeiras de rodas ou carrinhos de bebê. Deve apresentar ainda altura livre de interferências de, no mínimo, 3 metros do nível da calçada e destacar-se visualmente por meio de cores, texturas, juntas de dilatação ou materiais em relação às outras faixas.

Custos

Em geral, a responsabilidade da reforma é do munícipe, mas há casos em que a Prefeitura poderá arcar com os custos. As calçadas poderão ser executadas ou reformadas por profissionais e empresas capacitadas, associações de moradores ou ONGs, em regime de mutirão. A regulamentação nesse caso dependerá da CPC. Caberá à CPC garantir, por exemplo, a instalação de elementos de acessibilidade nos passeios, como o piso tátil, e definir os elementos construtivos. Além disso, vai responder pela instalação de calçadas verdes na cidade - áreas ajardinadas ou arborizadas localizadas nas faixas de acesso ou serviço.

A grande quantidade de degraus e a falta de nivelamento é queixa frequente dos moradores da capital, como o aposentado Daniel Chokniak, de 80 anos. Ele conta que sente dores para andar e tem dificuldade em caminhar na Rua Cotoxó, em Perdizes, na zona oeste, seu percurso habitual. "Os degraus são muito altos. Eu tenho de escolher qual perna vou machucar mais para poder me apoiar e andar aqui", diz ele, que mora na região há dois anos. A chegada da construção de um hospital na região, o Complexo Hospital Cotoxó, diz, melhorou parte das calçadas, "mas ainda é bem problemático". A aposentada Aurora Reinaldo, de 70 anos, também reclama da situação na região da Pompeia, onde mora desde os anos 70. "Sinto que só piorou. É preciso haver comum acordo entre moradores e a Prefeitura para melhorar a qualidade. E também faltam reparos, são muitos buracos."

Dúvidas

Apesar de indicar avanços nessa área de zeladoria, o texto deixa dúvidas sobre sua aplicabilidade. "A minuta parece caminhar no sentido de trazer melhorias, mas se não tiver fiscalização vai ser mais uma lei que não sai do papel", diz o presidente da Comissão de Mobilidade Urbana da Ordem dos Advogados do Brasil, seção São Paulo (OAB-SP), o advogado Mauricio Nalin dos Santos Ferro. "A falta de um prazo para a regularização de todas as calçadas é outro problema."

Ferro observa que há discussões sobre a padronização de calçadas em todo o País, mas elas esbarram sempre em quem arcará com o custo. "Não conseguimos avançar nessa discussão porque a responsabilidade (pelas obras) é do proprietário." Em Campinas (SP), a Câmara estuda um projeto que prevê a troca das reformas nos passeios por um desconto temporário no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Há dois anos, os vereadores paulistanos aprovaram em duas votações um projeto em linha contrária, que transferia para a Prefeitura a responsabilidade de cuidar de todas as calçadas da cidade. E aprovava o fim das multas para os munícipes. A proposta não foi adiante.

A OAB-SP convocou reunião para esta quinta-feira para discutir soluções de melhorias para o decreto. E não descarta pedir uma extensão do prazo da consulta pública, inicialmente definido em dez dias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A rua Antonio Vita, no Jardim Maia, receberá um projeto de arborização que promete melhorar também a acessibilidade, criando mais espaço nas calçadas. Serão plantadas árvores entre as vagas de estacionamento, de acordo com a norma técnica NBR 9050, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que determina o mínimo de 1,20 metros livres para a passagem de pessoas ao redor dos veículos. 

A iniciativa é fruto de um trabalho de conclusão de curso de especialização em Gerenciamento Ambiental e será desenvolvido em parceria pela Proguaru, pelas secretarias municipais de Meio Ambiente, Transporte e Trânsito e pela Coordenadoria da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida.

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Por Beatriz Gouvêa

O vereador do Recife Wanderson Florêncio (PSC) contou, nesta quarta-feira (28), que vai pedir um levantamento para a prefeitura de todas as bancas de revista e fiteiros que existem na cidade. O vice-líder do governo criticou o fato de que parte das bancas ocupam as calçadas. “Fazendo com que o pedestre fique sem ter por onde passar, muitas vezes, se arriscando e utilizando a via para veículos”, criticou. 

“Muitas bancas estão indo contra as questões urbanísticas da cidade e ocupam boa parte do espaço público. De acordo com a Lei 16.890/2003, as bancas de revistas e fiteiros não devem dificultar o livre trânsito de pedestres, em especial das pessoas com deficiência. Estamos solicitando à prefeitura um levantamento de todas as bancas de revista cadastrados na cidade e as bancas que não forem cadastradas. Vamos solicitar, de forma imediata, providências”, alertou.

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A iniciativa de começar uma fiscalização nas bancas de revista e fiteiros abandonados no Recife aconteceu após receber diversas denúncias por meio das redes sociais. A primeira vistoria começou, hoje, nos bairros do Arruda e em Boa Viagem. “Foram encontradas várias bancas e fiteiros fechados ou até mesmo locadas e, assim, sendo usados com outros propósitos  como depósito de água, loja de conserto de celular e, até mesmo, um ponto de açaí  funcionando apenas às noites”, contou. 

Wanderson disse que o problema se torna muito maior pelo fato de que, de acordo com ele, algumas “servem meramente como ponto de contravenção, para a prática do jogo do bicho e jogos de azar”. Diante da situação, ele garantiu que vai solicitar o fechamento e a retirada imediata de todas que “hoje são meramente pontos de contravenção”. 

Clientes de um restaurante localizado na cidade de Caxias do Sul tiveram uma ideia para curtirem o local. Como uma norma da prefeitura municipal proíbe o uso de cadeiras e mesas nas calçadas por parte de bares e restaurantes, a clientela resolveu, na última sexta-feira (3), estacionar caminhões para ser atendida em cima das carrocerias dos veículos. O caso repercutiu nas redes sociais e vem chamando atenção pela forma criativa da ideia.

O estabelecimento em questão é o Restaurante Família Zanuzi, situado na Rua Alfredo Chaves. De acordo com o proprietário do local, Silvio Zanuz, a atitude dos clientes impressionou pela criatividade, ao mesmo tempo em que foi uma forma de protesto contra a norma da prefeitura. “Os clientes já fizeram várias manifestações, como sentar no chão. Mas essa do caminhão foi a que mais repercutiu. Na verdade, é uma forma criativa de manifestar o desejo deles, que é o de ser atendidos ao ar livre”, disse Silvio, em entrevista ao LeiaJá.

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Segundo o empresário, ele e outros donos de estabelecimentos comerciais tentaram achar uma solução junto à Prefeitura de Caxias do Sul. Porém, até agora, não houve um entendimento entre as partes, uma vez que o órgão acredita que a proibição de mesas e cadeiras nas calçadas ajuda a manter a ordem urbana. Por outro lado, Silvio afirma que a norma atrapalha o comércio, pois os atendimentos só podem ocorrer na parte interna dos estabelecimentos. “O movimento do meu restaurante já caiu uns 40%”, falou o comerciante, 

A Lei Complementar de número 377, de 22 de dezembro do ano de 2010, diz que “é proibido colocar mesas, cadeiras, bancas ou quaisquer objetos ou mercadorias sobre o passeio público”. Confira a norma na íntegra. Silvio Zanuz contou ao LeiaJá que foi notificado recentemente por usar mesas e cadeiras na calçadas em frente ao seu estabelecimento. Atualmente, o restaurante atende uma média de 1.200 consumidores. 

 

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Mau cheiro, proliferação de mosquitos, perigo de acidentes. Essa é a descrição de algumas ruas de Olinda, na Região Metropolitana do Recife. Quem precisa pegar ônibus tem que conviver com esgoto a céu aberto e os moradores ficaram sem calçadas, visto que as águas sujas tomaram conta da encosta dos muros. 

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De acordo com Isan Braga, que precisa conviver com esse cenário, “a atenção deve ser redobrada para os pedestres que andam pelas calçadas de Olinda. Acontece que nas principais vias, as canaletas de esgoto estão obstruídas e em sua maioria sem tampas”. A realidade é vista na Avenida Humberto de Lima Mendes e da Rua Doutor Joaquim de Oliveira Valença, no bairro de Casa Caiada. Ele explica que “além do forte mau cheiro, existe a proliferação de doenças, um risco iminente para a população”.

Outro local apontado por Braga é a galeria de esgoto aberta, situada ao lado da parada de ônibus, expondo a população ao risco de acidentes. “É uma falta de respeito muito grande com os cidadãos”. Por conta disso, a população solicita a atenção da Secretaria de Serviços Públicos de Olinda, “a fim de evitar acidentes com os transeuntes que, em sua maioria, são idosos e crianças a caminho da escola”.

De acordo com a Prefeitura de Olinda, serão enviadas equipes às ruas denunciadas pelos moradores “para avaliar a extensão dos problemas relatados e tomar as devidas providências”. No entanto, o órgão aponta que em alguns casos, problemas com esgoto a céu aberto devem ser resolvidos pela Compesa. No entanto, adiantam que “se for a situação, acionaremos a Companhia. Porém, os populares também podem entrar em contato com o órgão solicitando uma vistoria”.

As barracas montadas no canteiro central da Avenida Cruzeiro do Sul escondem uma realidade de medo e apreensão entre comerciantes e moradores dessa região. A situação vai além do consumo de drogas, das constantes confusões e do acúmulo de lixo. Muitas da pessoas que ocupam os abrigos improvisados com sacos plásticos estão doentes.

Uma travesti identificada apenas como Leila, visivelmente debilitada após o diagnóstico de uma pneumonia, aguarda há dias por atendimento médico. Ela tem HIV, e por isto seu estado de saúde requer uma atenção maior. "A gente fica aqui e se não for a solidariedade de quem também tá na rua a gente morre. De vez em quando aparece uma assistente social que promete que vai cuidar da gente, mas é só de vez em quando", afirma.

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Manoel Barbosa da Silva vive há cinco anos nas ruas. Vindo de Maceio, onde trabalhava como entregador de jornal, recentemente tomou conhecimento que tinha sífilis. Iniciou o tratamento junto a rede municipal de saúde pública, mas desistiu. "Olha, eu até comecei a tomar as injeções de penicilina, mas ai começou a faltar, então eu desisti, mas vou começar de novo pois tá me nascendo umas feridas esquisitas", disse.

Os comerciantes da região parecem não terem conhecimento dos problemas de saúde da região. A maior parte das reclamações diz respeito ao alto consumo de drogas na região. Os relatos dão conta de que isto tem motivado muitas brigas, que por vezes chegam a terminar dentro dos estabelecimentos comerciais.

As reclamações também dizem respeito ao estado de conservação dos pontos de ônibus. Quem normalmente passa pela região se queixa do péssimo estado de conservação das paradas, sempre com muito lixo e até falta de cobertura.

Em um comunicado enviado por e-mail a prefeitura ressalta que atua diariamente na região, quer por meio de assistentes sociais ou demais ações preventivas. O órgão esclarece ainda que se acaso forem constatadas as reclamações quanto aos pontos de ônibus, tudo será resolvido após uma vistoria feita pelos departamentos responsáveis.

A Prefeitura de São Paulo estuda retirar faixas de circulação de carros de vias da cidade para aumentar a área para pedestres na calçada. Um projeto piloto com esse novo modelo vai começar ainda neste mês na Rua Vergueiro, na Liberdade, centro da cidade. A proposta é aumentar a segurança dos pedestres.

Segundo o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, técnicos da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) estudam como será feita a sinalização entre essa "faixa exclusiva para pedestres" e as vias destinadas aos automóveis. A faixa vai da Praça da Liberdade, passando pela Avenida Liberdade, e seguindo pela Vergueiro até a região da Rua do Paraíso.

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"Não vai ter obra", garante o secretário, dizendo que o que será feito será apenas uma mudança de sinalização. Um dos motivos é o custo dessas mudanças. Mesmo assim, Tatto afirma que essas faixas serão permanentes. "Vai funcionar 24 horas por dia", explica.

O secretário confirmou nesta terça-feira, 18, o início do programa na Rua Vergueiro, mas evitou citar outras vias que podem receber a mudança. Na gestão Marta Suplicy (2000 a 2004), a CET fez estudos com essa mesma finalidade prevendo intervenções na Rua Sete de Abril e na Rua Maria Antônia, também no centro, e em cruzamentos com grande volume de pedestres, como a esquina das Avenidas Ipiranga e São João.

Para a professora de engenharia Silvana Maria Zioni, da Universidade Federal do ABC, a medida reorganiza a ocupação do espaço público. "Até pouco tempo, era comum até o carro estacionar na calçada", diz. Ela destaca que a sinalização permanente, com cones ou outros objetos para proteger o pedestre, pode ser formatada só depois de a mudança ser consolidada. "Em Nova York, as estruturas permanentes só vieram depois de adotada as medidas para priorizar o fluxo de pedestres", explica. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Cerca de 200 ambulantes foram retirados da Avenida Guararapes, no trecho que vai da Rua do Sol até a Rua Engenheiro Ubaldo Gomes de Matos, na manhã desta quarta-feira (3), em cumprimento de ordem do comércio informal. A ação contou com o apoio dos fiscais da Gerência de Operação da Secretaria-executiva de Controle Urbano (Secon), em parceria com a Polícia Militar e Guarda Municipal. A partir de agora, só os 83 ambulantes cadastrados em 2013 estão autorizados a comercializar na via, porém, estes também serão relocados até o fim do ano para centros populares de comércio. 

De acordo com a Prefeitura do Recife, a ação tem por objetivo resgatar o espaço nas calçadas para os pedestres que transitam pela via diariamente, além de proibir a manipulação de alimentos pelos ambulantes. Para isso, o trabalho de retirada está sendo feito aos poucos, através do cadastro, contagens, análises e entrega dos comunicados pelas equipes de ordenamento, desde o último dia 21. 

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Os comerciantes cadastrados deverão atuar na área portando o crachá de autorização em local visível. O equipamento utilizado deverá permanecer instalado no local previamente definido pela Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano (Semoc). É proibida a ampliação ou modificação sem autorização prévia. O comerciante também deverá manter sua área permanentemente limpa. Os ambulantes cadastrados que estiverem irregulares estarão sujeitos à notificação, multa ou apreensão do equipamento ou interdição da banca de venda, em caso de reincidência.

Até o final do dia, a Avenida Guararapes continuará sendo monitorada por fiscais da Secon, Polícia Militar e Guarda Municipal. Após a operação de hoje, um efetivo de 12 fiscais vão trabalhar, divididos em turnos de 7h às 19h e de 12h à 00h, fiscalizando toda a extensão da via diariamente. 

Desde o começo do processo de cadastramento do comércio informal, em 2013, cerca de 4.100 foram registrados. Já foram realizadas ações de ordenamento na Avenida Conde da Boa Vista, Ponte de Ferro, Rua da Palma e Praça Dom Vital, no centro do Recife, e nos largos comerciais dos bairros de Beberibe, Água Fria, Afogados, Casa Amarela, Nova Descoberta e Jordão. A Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano (Semoc) realiza reuniões periódicas com os comerciantes informais cadastrados para estudar melhorias.

A Prefeitura de São Paulo vai cobrar que os cidadãos construam 850 mil metros quadrados de calçada até o fim deste ano. A medida faz parte do Plano de Construção e Reforma dos Passeios Públicos, divulgado pelo prefeito Fernando Haddad (PT) nesta sexta-feira (15). O projeto também prevê mais 150 mil m² feitos pela administração municipal.

De acordo com o mapeamento da Prefeitura, 60% das obras vão ser feitas onde não existe calçamento - as demais correspondem a passeios que precisam de adequação. Haddad vai se valer da Lei das Calçadas, modificada em 2013, para notificar os moradores desses locais e, caso não tenha a reivindicação atendida, multá-los. Os cidadãos têm 60 dias para recorrer.

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Se ainda assim a recuperação do passeio não for feita dentro do prazo, a Prefeitura assume a obra e depois repassa os custos para o munícipe, conforme prevê a lei. "Neste momento, as subprefeituras estão fazendo as notificações. A gente vai construir as calçadas logo depois, caso eles não façam", afirmou Ricardo Teixeira, secretário da Coordenação das Subprefeituras.

Como a administração municipal calcula o custo do metro quadrado a R$ 40, reservou um orçamento de R$ 40 milhões - suficientes para garantir a execução plena do projeto. Segundo Fernando Haddad, o plano pode ser ampliado se os cidadãos responderem "positivamente" e construírem calçamentos, poupando recursos da administração pública.

"Se os proprietários notificados fizerem o reparo, a Prefeitura vai ter de refazer o planejamento já que terá recurso para outras notificações", disse.

Na visão do prefeito, a reforma das calçadas está inserida no plano de mobilidade da cidade, junto com a construção de ciclovias e faixas exclusivas para ônibus. "É um pacote, uma visão de cidade", afirmou. "O problema é que São Paulo foi toda feita para valorizar o carro e, portanto, a calçada é só a travessia da rua para a garagem. Essa iniciativa não tem esse foco."

A Avenida Bento Guelfi, em São Mateus, na zona leste da capital paulista, foi a primeira a receber as obras do plano de adequação de calçadas. A iniciativa, no entanto, não deve focar especificamente em uma região da cidade. Segundo Haddad, os locais incluídos nos planos foram indicados pelas subprefeituras. Todas as 32 entraram no projeto.

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Faixas exclusivas para o transporte público, ciclovias permanentes, fiscalização de velocidade máxima permitida. As tentativas para contornar a imobilidade no trânsito do Recife vislumbram fluidez nas vias da cidade. Mas nas laterais de um grande congestionamento, calçadas inadequadas complicam também o tráfego daqueles que usam a caminhada como meio de deslocamento. E quando nem calçada existe?

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Em alguns trechos da capital pernambucana, o problema vai além das rachaduras e galhos de árvores não podadas. Na rua Epaminondas de Melo, na Ilha do Leite, ao lado do Colégio e Curso GGE, resta ao pedestre disputar espaço com os carros. “Quero só ver quando este empresarial aí do lado começar a funcionar. Já é perigoso, principalmente à noite. Sempre tem muito movimento de carro”, afirmou o maquinista Douglas Barbosa. O problema não é o tamanho da calçada; esta simplesmente não existe, o muro do colégio "engole". 

Na Estrada dos Remédios, no bairro do Bongi, um galpão toma conta de pedaço da calçada. Para andar ali, só pela faixa azul destinada unicamente ao tráfego de ônibus. Com o trecho inutilizado pelos pedestres, o local virou depósito informal de lixo. “Hoje está até bom. Tem dia que fica alto, cheio de saco de lixo, um cheiro insuportável”, diz a comerciante Solange Silveira. Ela afirma que é comum crianças caminharem pela faixa exclusiva do ônibus, ao largarem das escolas. “Enquanto não houver um acidente, vai continuar assim”. 

 Mais à frente, na própria Estrada dos Remédios, outro imóvel ocupa o espaço destinado à calçada. Em outros pontos do Recife, a calçada até existe, mas andar é desafiador. Na Rua Barão de São Borja, entulhos impediam a caminhada na calçada da Escola Municipal Pedro Augusto, no início de abril. O problema salta aos olhos, principalmente de quem caminha todos os dias pelas ruas da capital, em qualquer área da cidade. Um risco para pessoas com deficiência visual ou motora, idosos, crianças. 

“Sem dúvida, tem se dado pouca importância às calçadas no debate sobre mobilidade. Só agora, a sociedade como um todo começa a se preocupar com essas alternativas de deslocamentos. Em cidades como Curitiba, São Paulo, tal movimento já existe. No Recife, percebemos a insuficiência e isso requer atenção do poder público”, analisa César Cavalcanti, coordenador regional da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) e especialista em mobilidade. 

Sobre a viabilidade de demolição de imóveis, para garantir a passagem de pedestres, Cavalcanti acredita que depende de cada caso. “Se é um local sem manutenção, degradado, é um candidato natural a sofrer alguma intervenção neste sentido. Também é preciso levar em consideração a importância do local. Se é um trecho sem tráfego intenso de pedestre, não se vai mexer nisso. Porque para o político (precisar demolir imóveis) é uma atitude antipática, a população logo considera uma injustiça, resultado de erros do passado”. 

 Prefeitura garante que trechos serão vistoriados

Através da Secretaria-Executiva de Controle Urbano do Recife (Secon), a Prefeitura esclarece que, nestes casos, é necessário confirmar “se há irregularidade por parte do responsável do imóvel ou se houve alargamento de via”. Caso haja, a Secretaria pode “adotar qualquer medida para garantir mais mobilidade para os pedestres”, como notificar e emitir processos administrativos.

De acordo com a Secon, ainda esta semana equipes das gerências regionais correspondentes às calçadas apontadas farão vistorias nos locais, para avaliar cada uma isoladamente. Em relação ao tamanho das calçadas, a Prefeitura confirma a existência de um tamanho mínimo, mas que varia de acordo com a largura da via. Para denúncias de irregularidades referentes às calçadas, a população pode entrar em contato com a Secretaria através do (81) 3355-2121, em qualquer hora do dia. 

A partir desta quinta-feira (26), 15 profissionais da Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) foram mobilizados para iniciarem o serviço de recuperação das calçadas em alguns pontos da avenida Conde da Boa Vista. Realizada nos dois sentidos, em um trecho de 1,4 quilômetros de extensão, a obra será realizada entre as ruas da Aurora e José de Alencar, o bairro da Boa Vista. 

Para a intervenção, R$ 120 mil serão investidos na ação e, de acordo com a Emlurb, a conclusão das obras será dentro de 30 dias. O trecho é o mesmo onde diversos comerciantes informais foram retirados, após ação da Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano do Recife. A primeira ação foi em 29 de janeiro; no trecho entre a rua José de Alencar e rua do Hospício, 50 ambulantes foram autorizados a trabalharem no local. Antes, esse número era 180.

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No dia 24 de fevereiro, a segunda operação foi feita entre a rua do Hospício e a rua da Aurora, com a subtração de 100 para 23 comerciantes no local. A Conde da Boa Vista seguirá monitorada por fiscais da Prefeitura e também pela Guarda Municipal, confirmou a Emlurb. 

No Recife, tudo vira estacionamento. Terrenos abandonados tornam-se locais para depósito de veículos, calçadas ficam entupidas de carros e motos e o Estado parece ignorar. Antigos espaços públicos, como os armazéns 12 e 13 do Porto do Recife (revitalizados em um polo de gastronomia), ganham estacionamentos particulares e assim a vida segue na capital pernambucana. 

O LeiaJá deu um rápido giro em alguns pontos do Recife e conferiu que o mercado das vagas automotivas está, mais do que nunca, aquecido. Entre os antigos armazéns do Cais de Santa Rita, em uma via que nem existe calçada, dos dois lados existem estacionamentos improvisados. Em dias de semana, R$ 3; nos sábados, o valor sobe para R$ 5. E é difícil passar um dia no local sem ver diversos carros estacionados. 

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Ali próximo, no terreno onde a Prefeitura iniciou a revitalização do comércio do Cais de Santa Rita, com a demolição de espaços de comercialização, a retirada dos ambulantes deu lugar à instalação de dois grandes estacionamentos a céu aberto. Se este é o grande estacionamento para 400 veículos, prometido pelo projeto da Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano, a gestão precisa rever o conceito de “revitalização”. 

De acordo com a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), de janeiro a outubro de 2014, foram registradas 105 mil autuações apenas por estacionamento irregular no Recife – um acréscimo de 26% em relação ao ano anterior. Segundo a entidade, há ações realizadas sistematicamente, como a Operação Bairro Legal, porém não há condições de deixar agentes de trânsito fixos em cada lugar onde há denúncias de estacionamentos indevidos. O trabalho é realizado por rondas, garante a CTTU. Só não se sabe com que frequência. 

Preços variam e Procon afirma que não há irregularidade

No polo médico da Ilha do Leite, a quantidade de estacionamentos privados – regulares ou não – é espantoso. Também chama atenção o valor do serviço: há locais onde a cobrança é de R$ 10 para duas horas de permanência. A informalidade de alguns espaços é visível: placas de papelão, com o nome “estacionamento” escritas à mão, identificam os espaços. 

 Na Rua da Baixa Verde, no bairro do Derby, um pequeno papelão explica: “Preço de 0 a 2 horas: R$ 5. Horário das 6h30 às 18h. A Gerência”. Na Iputinga, um terreno abandonado ganhou nova vida. Cones delimitam a entrada e um cordão azul, com mais alguns entulhos, cercam o estacionamento que custa apenas R$ 2. A guarita improvisada é um guarda-sol. 

“Nós vivemos num país onde o preço não são fixados por lei. Há o livre comércio e o que prevalece é – entre aspas – a lei da oferta e da procura. Mesmo que essas pessoas aumentem os preços, têm clientes. Não há irregularidade. Apenas é preciso que o estabelecimento deixe bem claro – através de cartazes, placas – quais são as condições do serviço”, explicou o coordenador geral do Procon-PE, José Rangel. 

Segundo o representante do Órgão de Defesa e Proteção do Consumidor explica que tais casos são serviços informais que praticamente impossibilita a ação do Procon, pois não é caracterizado crime. “No caso dos flanelinhas, por exemplo. A fiscalização do Procon chega lá. Que punição vai dar? Não posso fechar o estabelecimento, porque é na rua. Não posso apreender, porque não há nada. Não posso multar, porque é preciso ter uma empresa para autuar”, explica Rangel. 

Sobre a cobrança antecipada dos estacionamentos, o coordenador do Procon diz que só se “pode cobrar por serviço prestado. Estacionamentos não cobram de forma antecipada. No caso dos flanelinhas, é mais uma forma de coação, e aí é caso de Polícia mesmo. Por não existir pessoa jurídica, este tipo de não se enquadra no Código de Defesa do Consumidor”. 

Os recifenses não estão satisfeitos com as calçadas da sua cidade. Essa foi a conclusão tirada do levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau (IPMN). Para a grande maioria, nem o poder público e nem as empresas privadas cuidam bem dos passeios da capital pernambucana. E mais: a sensação é de que nada está sendo feito para que isso melhore.

Para a maior parte da população - 53,8% - o maior problema são os buracos. “Isso revela o descaso dos proprietários com o passeio público e que a prefeitura precisa urgentemente aumentar a fiscalização e a punição para aqueles que não cuidam das suas calçadas”, afirma o coordenador executivo do IPMN, Sérgio Murilo Jr.

Outros pontos citados foram a presença de lixo (13,2%), árvores (11,3%), carros estacionados (10,3%) e fiteiros ou barracas, citado por 9,3% dos entrevistados. Com relação às árvores, 38,9% das pessoas são favoráveis à retirada das mesmas para liberar o passeio, mas a maioria - 52,7% - não concorda com essa atitude. “Neste caso outras alternativas terão de ser pensadas. Ou o morador recua parte de seu muro para dar passagem às pessoas, ou o poder público terá de avançar sobre a via fazendo uma extensão do passeio”, opina Murilo Jr.

A manutenção e cuidado com os passeios não é bem visto pelos recifenses. Para 88,3%, o poder público não cuida bem de suas calçadas, e 66,8% acreditam que proprietários de casas e edifícios tem a mesma atitude. A esmagadora maioria - 89,1% - acha que a Prefeitura e o Governo do Estado deveriam ser os responsáveis pela manutenção dos passeios. “O problema seria o alto custo para o erário municipal e a dificuldade de se eleger as áreas prioritárias por se tratar de passeios em frente a áreas privadas”, diz o coordenador do IPMN.

Uma outra solução seria a adoção de calçadas por parte de empresas, a exemplo do eu acontece com alguma praças na capital pernambucana. Esta alternativa foi aprovada por 77,6% dos entrevistados. No entanto, é discutível o benefícios para os adotantes, uma vez que apesar de 98 espaços públicos estarem adotados, 69,3% dos moradores não sabem disso. “A sugestão do IPMN é que se coloque pisos iluminados, que além de servirem de guia para as pessoas com baixa visão, iriam embelezar as calçadas e ainda serviriam para a aplicação da marca das empresas, bem como de mensagens educativas, poesias e pinturas de artistas locais, por exemplo”, completa Sérgio Murilo Jr.

Na lei atual, a manutenção de passeios públicos é de responsabilidade dos proprietários dos imóveis. A competência da administração municipal é para recuperar as calçadas de canteiros centrais de vias, frentes de água, praças, parques e imóveis públicos municipais.

Segundo a Prefeitura do Recife, já foram investidos, desde 2013, R$ 10 milhões em recuperação de calçadas de canteiros centrais de vias, praças, parques e imóveis públicos municipais localizados nos principais corredores viários da cidade. Até agora, foram concluídos 38 km de passeios. Estão em andamento as obras em ruas do polígono do Carmo (centro da cidade), largo de Água Fria e de Casa Amarela. Ruas como Sete de Setembro, das Flores, João Souto Maior, Bulhões Marques, além das calçadas dos cemitérios de Casa Amarela e Santo Amaro (esse na área interna), e entorno de algumas escolas municipais da Imbiribeira e Ilha do Leite, já foram beneficiadas.

A pesquisa ouviu 622 pessoas acima de 16 anos, no Recife, entre os dias 6 e 7 de maio.

 

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