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Após a revista Piauí relatar que Dani Calabresa sofreu assédio moral e sexual de Marcius Melhem, o ex-diretor da TV Globo está tentando se defender das acusações e até mesmo pediu para que a atriz se pronunciasse sobre o assunto. Agora, em entrevista ao Domingo Espetacular, programa da Record, o humorista falou sobre o assunto, segundo informações do colunista Leo Dias.

Na conversa com o jornalista Roberto Cabrini, gravada no último sábado (19), Melhem mostrou novas mensagens trocadas com Dani Calabresa. Além disso, admitiu ter se relacionado indevida e intimamente com suas colegas, mas afirma que seus erros não configuram crimes. Ele até mesmo disse que tem sofrido ameaças e que tem medo até de sair às ruas.

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Por fim, citou até mesmo o nome de outras pessoas que estariam envolvidas neste caso.

O programa Domingo Espetacular vai ao ar neste domingo, dia 20, a partir das 19h45.

Recentemente, foi reportado pelo jornal Folha de S. Paulo que a defesa de Marcius Melhem deu cinco dias para Dani Calabresa confirmar ou negar o teor da reportagem da revista Piauí que indica que a atriz sofreu assédio moral e sexual do ex-diretor de humor da TV Globo. Os advogados de Melhem ainda estão usando mensagens de texto e áudio de Calabresa para tentar mostrar que ambos mantinham uma relação íntima e amigável.

Agora, segundo informações do colunista Leo Dias, Mayra Cotta, advogada de Dani Calabresa, se pronunciou sobre essa notificação por meio de um comunicado.

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"Os casos apurados por jornalistas da Folha de São Paulo e da revista Piauí, publicados em 24 de outubro e em 4 de dezembro, respectivamente, são graves demais para serem discutidos em interpelação extrajudicial. A Folha de São Paulo ouviu quatro vítimas e cinco testemunhas. A revista Piauí, por sua vez, escutou 43 pessoas, dentre testemunhas e vítimas de assédio sexual e moral. Entendemos que a instância adequada para apuração dos fatos é a Justiça. No mais, a interpelação repete estratégia comum a casos similares: objetiva intimidar não apenas uma vítima específica, mas outras que ainda permanecem protegidas sob sigilo e até mesmo testemunhas, como se isso fosse capaz de apagar os graves fatos narrados e cuidadosamente checados com dezenas de pessoas citadas pelas matérias. É sempre lamentável a conduta de tentar descredibilizar vítimas", diz o texto.

Nessa notificação enviada pela defesa de Melhem, que pede que Calabresa se pronuncie sobre os supostos assédios, caso ela escolha não falar nada, entende-se que ela concorda com as informações contidas na reportagem da Piauí.

Gigantes do universo gamer, Nintendo, Sony e Microsoft lançaram juntas, na última segunda-feira (14), um posicionamento sobre o combate ao assédio e comportamentos violentos em jogos online. Foram criadas três frentes de ação que devem ser seguidas pelas três empresas, com o intuito de tornar o ambiente mais saudável.

"Todos os jogadores merecem ter experiências sociais fantásticas ao jogar em ambientes nos quais o respeito e a segurança sejam mútuos", diz o texto. Entre as prioridades estabelecidas pelas companhias estão:

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1. Prevenção: capacitar jogadores e pais para que compreendam e controlem as experiências de jogo.

2. Parceria: nos comprometemos a estabelecer parcerias com a indústria, reguladores, agentes da lei e com nossas comunidades para aprimorar a segurança dos usuários.

3. Responsabilidade: nos consideramos responsáveis por tornar nossas plataformas o mais seguras possível para todos os jogadores.

Essas medidas incluem desenvolvimento de iniciativas avançadas de segurança online, promoção de comportamentos seguros nos jogos e encorajamento do uso de ferramentas de denúncia para apontar responsáveis e uma classificação mais severa dos jogos. Além disso, processos de denúncia de violações dos códigos de conduta, remoção de conteúdos, entre outras ações contra violações devem ser implementadas. 

A força-tarefa criada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) apurou denúncias de abuso sexual contra o médium João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, em seis países. Possíveis vítimas procuraram o grupo para denunciar casos de abuso sexual, mesmo vivendo na Alemanha, Austrália, Bélgica, Bolívia, nos Estados Unidos e na Suíça.

Desde o dia 10, quando foi criado o e-mail para receber denúncias de vítimas, 335 mensagens e contatos por telefone foram atendidos. O e-mail específico para essa finalidade é o denuncias@mpgo.mp.br.

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De acordo com o Ministério Público, as denúncias se referem a possíveis vítimas que estão em Goiás, no Distrito Federal, em Minas Gerais e São Paulo, no Paraná e Rio de Janeiro, em Pernambuco, no Espírito Santo e Rio Grande do Sul, em Mato Grosso do Sul, no Pará, em Santa Catarina, no Piauí e Maranhão.

Também já houve levantamento do número de depoimentos coletados em outros estados. Ao todo, foram 30 colhidos pelos MPs de São Paulo, Minas Gerais, do Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Espírito Santo.

Reunião

No esforço de ampliar a integração da atuação do MP e da Polícia Civil no caso, o procurador-geral de Justiça de Goiás, Benedito Torres Neto, esteve com o delegado-geral da Polícia Civil, André Fernandes. Mais dois nomes serão incorporados à força-tarefa.

Um deles é o de uma promotora de Abadiânia, cidade goiana onde o médium presta atendimento espiritual, e outro é de uma delegada na força-tarefa criada pelo MP. O grupo era, até então, formado por cinco promotores e duas psicólogas da equipe do MP.

O procurador-geral de Justiça também encaminhou um ofício-circular aos procuradores-gerais de Justiça dos MPs estaduais e do Distrito Federal solicitando a designação de unidades de atendimento para coleta de depoimentos de possíveis vítimas do médium.

Depois de Hollywood, chegou a vez da política americana: as denúncias de assédio sexual ficam cada vez mais fortes em Washington, a ponto de o presidente Donald Trump entrar na polêmica - apesar das acusações contra ele.

Em poucos dias um senador pediu desculpas públicas por ter beijado sem autorização uma apresentadora; duas legisladoras denunciaram que dois de seus colegas cometeram assédio sexual; um chefe de gabinete renunciou por denúncias e mais mulheres acusaram Roy Moore, um ex-juiz que aspira ao Senado. O Congresso americano já viveu sua cota de escândalos sexuais, com casos de assédio e até de agressões.

O caso mais espetacular foi o de Dennis Hastert, ex-presidente da Câmara de Representantes, que no ano passado admitiu ter cometido abusos sexuais há décadas contra alunas do Ensino Médio quando era treinador de luta livre. Mas o assédio não era um tema presente na agenda do mundo da política como um fenômeno que necessitasse de respostas sistemáticas. No entanto, a onda de revelações pelo caso do produtor de cinema Harvey Weinstein mudou a situação.

O presidente da Câmara de Representantes, Paul Ryan, informou nesta semana que cada legislador e colaborador deverá realizar um curso antiassédio e antidiscriminação. No Senado esses cursos são facultativos. Também foi revelado que entre 1997 e 2017 o Congresso pagou nada menos do que 17 milhões de dólares do dinheiro público para resolver 264 casos de reclamações internas da equipe, incluindo queixas por assédio sexual.

"Existem pessoas que estão nervosas e se perguntando: quem será o próximo?", disse a conselheira da Presidência Kellyanne Conway à emissora de TV FoxNews.

Esperando a explosão

O assédio sexual e a política compõem uma mistura altamente inflamável, fazendo com que analistas e imprensa evoquem o caso de Monica Lewinsky, uma jovem voluntária na Casa Branca que manteve relações sexuais com o então presidente democrata Bill Clinton.

Clinton (1993-2001) sobreviveu a um julgamento político no Congresso por este caso. A senadora democrata Kirsten Gilliband disse na quinta-feira que, em sua opinião, Clinton deveria ter renunciado ao cargo pelo caso Lewinsky. Esta sequência de escândalos inevitavelmente coloca Donald Trump na mira, a quem uma dezena de mulheres acusa de contatos sexuais inapropriados e não autorizados.

Em uma gravação revelada em plena campanha eleitoral, embora feita em 2005, Trump alardeou que poderia colocar a mãos nas genitálias de qualquer mulher e fazer com elas o que quisesse simplesmente pelo fato de ser famoso. Trump e pessoas próximas a ele rapidamente disseram que as mulheres que o acusavam estavam levantando falso testemunho.

No entanto, Trump parece ter aceitado o depoimento das mulheres que acusam Moore, assim como o das que até agora acusam Bill Clinton. Por que acreditar em algumas delas e não em outras?

"O presidente sabe melhor do que ninguém o que fez e o que não fez", disse na quinta-feira a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders. Nas últimas semanas, Trump havia evitado se intrometer na troca de acusações, até que na quinta-feira à noite recorreu ao Twitter para atacar o democrata Al Franken, acusado por uma apresentador de tê-la beijado sem autorização depois de assediá-la.

"E pensar que até a semana passada nos dava lições contra o assédio sexual e de respeito às mulheres!", escreveu Trump, aparentemente escandalizado com as denúncias contra Franken. Trata-se claramente de um terreno perigoso para o presidente. Natasha Stoynoff, que acusa Trump de ter passado a mão nela em 2005, voltou a acusá-lo esta semana.

Em depoimento à revista People, Stoynoff declarou que as denúncias que se tornaram públicas contra Trump na campanha eleitoral de 2016 foram deixadas de lado apenas momentaneamente. "É como se estivesse esquentando em fogo baixo, como uma panela de pressão. Mas agora a temperatura aumentou e ferveu, e essa panela de pressão vai explodir", lançou.

Após uma declaração de Ashley Judd, que dividiu sua história de um assédio sofrido por Harvey Weinstein, muitas mulheres passaram a revelar situações as quais sofreram assédios e abusos sexuais. Com essa corrente, outros artistas se pronunciaram e atores como Kevin Spacey e Ed Westwick não ficaram de fora das acusações.

E falando justamente sobre assédio, Angelina Jolie fez um discurso em uma conferência da ONU, a Organização das Nações Unidas, que aconteceu na última quarta-feira, dia 15, em Vancouver, no Canadá. Segundo informações da People, a ex-esposa de Brad Pitt começou falando o seguinte:

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- Violência sexual está em todo lugar - na indústria a qual eu trabalho, no mundo dos negócios, nas universidades, na política, no exército e ao redor do mundo. Muito comum, esses tipos de crimes contra a mulher não são levados a sério, representados como uma ofensa menor por alguém que não consegue se controlar, como uma doença ou como algum tipo de necessidade sexual exagerada. Mas um homem que maltrata mulheres não tem fortes desejos sexuais. Ele é abusivo.

Como o assunto está em pauta - e deve constantemente ser discutido -, a revista The Hollywood Reporter reuniu um poderoso time de celebridades para estampar a mais nova edição e, de quebra, falar sobre o assunto. Jennifer Lawrence, Mary J. Blige, Jessica Chastain, Emma Stone, Allison Janney e Saoirse Ronan deram entrevistas.

Jennifer, por exemplo, opinou dizendo que esse tipo de problema não acontece só na indústria do entretenimento:

- O maior equívoco é pensar que isso só acontece na indústria do entretenimento. Mais uma vez, a indústria do entretenimento é uma espécie de estágio no qual você pode ver o funcionamento interno dos problemas que estão no mundo inteiro. Se uma aeromoça fala sobre um piloto, isso não aparece nas notícias porque ninguém sabe nada sobre isso. Isso não significa que há menos abusos sexuais acontecendo em outros lugares do mundo, em outros ambientes de trabalho. Mas, felizmente, nós estamos começando esta conversa agora.

Uma mulher foi vítima de agressão física a cada 12 minutos no estado do Rio de Janeiro em 2016, segundo dados divulgados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), da Secretaria de Segurança do estado. Do total dos registros de ocorrência de agressão no ano pasado, 64% das vítimas eram mulheres.

Duas mulheres por dia procuraram uma delegacia para fazer registro de assédio. Os dados fazem parte das análises preliminares do Dossiê Mulher, que será divulgado em breve e traz informações relativas à violência contra a mulher no Estado do Rio de Janeiro. A diretora-presidente do Instituto de Segurança Pública, Joana Monteiro  declarou que os números mostram a magnitude do problema. “É preciso conscientizar a população e demandar políticas que venham a reduzir as agressões”.

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O relatório aborda os principais crimes que milhares de mulheres sofrem cotidianamente, como lesão corporal dolosa, ameaça, assédio sexual, atentado violento ao pudor, estupro, homicídio doloso e violência doméstica. O documento é lançado anualmente pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), para dar visibilidade deste tipo de violência e municiar políticas públicas no combate desses delitos.

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