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Após ser mais rápido em dois dos três treinos livres, Max Verstappen confirmou o favoritismo da Red Bull e garantiu a pole position do GP da Áustria, neste sábado (3).

Marcando 1m03s720 em sua melhor volta, o holandês superou Lando Norris, da McLaren, para largar na primeira posição pela quarta vez na temporada 2021 da Fórmula 1.

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O companheiro de equipe de Verstappen, Sergio Pérez, aparece na terceira colocação no grid de largada no circuito de Spielberg.

O vice-líder do campeonato, o piloto britânico Lewis Hamilton, por sua vez, largará em quarto lugar, à frente de Valtteri Bottas, seu parceiro de Mercedes.

Na sexta e sétima posição aparecem Pierre Gasley e Yuki Tsunoda, ambos da Alpha Tauri, respectivamente. Já Sebastian Vettel (Aston Martin), George Russell (Williams) e Lance Stroll (Aston Martin) completam o top 10.

Por sua vez, os dois pilotos da Ferrari, Charles Leclerc e Carlos Sainz, amargaram os 11º e 12º lugar, respectivamente.

O GP da Áustria acontece neste domingo (4), a partir das 10h (horário de Brasília).

Da Ansa

O piloto brasileiro Rubens Barrichello tratou de passar a limpo uma situação que parece ainda incomodá-lo. Ele comentou sobre as piadas de "atrasado" que teve de ouvir durante boa parte da sua carreira na Fórmula 1. Reclamou do programa Casseta & Planeta, da Rede Globo, extinto em 2012, sobre o exagero e deu a entender que considera essas críticas injustas.

"O cara fazer piada com algo que não é verdade é um fator muito agressivo. Ficou 11 anos no ar... Você fica brincando com o negócio do 'atrasado' porque o cara chegou em segundo na F-1?", questionou o piloto, em entrevista ao podcast "Mais Que Oito Minutos", do humorista Rafinha Bastos.

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Barrichello foi piloto da Ferrari entre 2000 e 2005, período no qual foi vice-campeão do mundo duas vezes, em 2002 e 2004. Ele se tornou alvo das piadas do Casseta & Planeta e de outros humoristas por quase sempre ficar atrás de seu companheiro de escuderia, o alemão Michael Schumacher, que era considerado o piloto número 1 pela equipe e o mais rápido do mundo, dono de sete títulos.

No entanto, Barrichello conta ter se acostumado com as brincadeiras e até tirado proveito da condição. "As pessoas têm o direito de fazer brincadeiras. Não posso ficar chateado com um tipo de brincadeira porque se o País inteiro brincou com uma história, não tem muito jeito. É que poucos foram lá para verificar", opinou.

O piloto ainda fez um apelo. "Não vamos esperar eu morrer para falar que era bom acertador (de carro). Não é que quero que falem bem de mim, mas vão esperar todo mundo morrer para que o valor seja dado ou falado. Vamos reverenciar as pessoas em vida", pediu.

Barrichello correu na Fórmula 1 entre 1993 e 2011 e venceu 11 corridas das 326 que disputou, subindo ao pódio 68 vezes. Fora da categoria, disputou uma temporada da Fórmula Indy e foi campeão da Stock Car brasileira em 2014.

A Williams Racing cancelou o lançamento do seu novo carro, o FW43B, que seria conhecido através de um aplicativo de realidade aumentada. O motivo alegado pela equipe foi que o app foi hackeado, o que inviabilizou a ação. A Willians comunicou que removeu o app.

“Estávamos muito ansiosos para compartilhar essa experiência com nossos fãs, especialmente durante este momento difícil. Só podemos nos desculpar por isso não ter sido possível”, diz um trecho da nota.

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Mesmo com o revés, a Williams divulgou fotos do e um pequeno vídeo do novo carro e prometeu liberar entrevistas do CEO Jost Capito, do chefe da equipe Simon Roberts e dos pilotos George Russel e Nicholas Latifi.

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Sempre cercada de muito luxo e ostentação, a Fórmula 1 na última temporada, que aconteceu em meio a pandemia do coronavírus, registrou uma queda nas receitas que ultrapassou a casa dos 4 bilhões de reais. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (26 pela proprietária, Liberty Media.

"A renda da promoção de corridas caiu também, isso porque os fãs só puderam comparecer a três GPs, o que significou mudanças pontuais nos termos contratuais das corridas originalmente marcadas que continuaram no calendário de 2020, enquanto uma renda limitada chegou das provas que foram adicionadas", disse a empresa por meio de nota.

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As receitas caíram 43%, foram 877 milhões de dólares perdidos por conta dos impactos causados pelo Covid-19 segundo a publicação da Liberty Media. A temporada tinha no seu calendário 22 corridas planejadas, mas apenas 17 aconteceram e a maioria delas sem torcida. 

"Devido ao número reduzido de corridas, à duração da temporada e à quase ausência de público, não surpreendeu que a renda primária tenha declinado", disse o novo executivo-chefe, Stefano Domenicali. Porém ele ressaltou que espera crescimento grande no futuro. A nova temporada tem 23 corridas programadas e começa no dia 28 de março com o GP do Bahrein.

O Rally Dakar, em sua segunda edição da história na Arábia Saudita, terminou nesta sexta-feira e coroou uma lenda. O francês Stéphane Peterhansel aumentou para 14 o número de títulos na competição. Ao lado do navegador Edouard Boulanger, o piloto da Mini assegurou a vitória com 13min51s de vantagem para o príncipe catariano Nasser Al-Attiyah. O espanhol Carlos Sainz, vencedor em 2020, ficou com o terceiro posto.

Neste último dia de disputa, os competidores encararam uma especial de 200 km entre as cidades de Yanbu e Jeddah - a 12.ª etapa teve um trecho total de 447 km. Mas, apesar do trecho cronometrado reduzido, uma cadeia de dunas se encarregou de acrescentar dificuldade à prova.

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Sainz superou esses desafios e seguiu firme para completar em primeiro lugar a especial com o tempo de 2h17min33s, 2min13s à frente de Al-Attiyah. Peterhansel assegurou o terceiro posto para alcançar o 14.º título, 30 anos após a primeira vitória na maior e mais dura prova off-road do planeta.

A dupla brasileira formada por Guilherme Spinelli e Youssef Haddad fechou a última especial com o 27.º posto e assegurou a 17.ª colocação na classificação geral.

Nas motos, deu Argentina. Kevin Benavides garantiu a vitória da Honda pelo segundo ano consecutivo. Derrotado pelo americano Ricky Brabec na última especial da competição, o argentino aproveitou a vantagem construída nos últimos dias para assegurar o título com 4min56s de vantagem para o companheiro de equipe.

Com 50 km para o fim do trecho cronometrado, Benavides abriu 30 segundos de vantagem para Brabec, mas o americano aproveitou o trecho final para ganhar terreno e vencer a especial com o tempo de 2h17min02s, 2min17s à frente do argentino. O austríaco Matthias Walkner assegurou o terceiro lugar.

Com o resultado desta última etapa, Benavides acumulou 47h18min14s de prova na Arábia Saudita e venceu com 4min56s de vantagem para Brabec, formando a primeira dobradinha da Honda no Rally Dakar desde que o francês Cyril Neveu e o italiano Edi Orioli fizeram o mesmo na prova de 1987.

O britânico Sam Sunderland garantiu o terceiro posto no rali, à frente do estreante australiano Daniel Sanders, que ficou apenas 38min52s atrás de Benavides.

Nos UTVs, o Brasil terminou entre os 10 primeiros colocados. Nesta sexta-feira, Gustavo Gugelmin, que faz parceria com o americano Austin Jones, cruzaram a linha de chegada em nono lugar e ficaram com a segunda colocação na classificação geral. Já Reinaldo Varela e Maykel Justo terminaram a etapa na segunda posição e terminaram o rali no quinto posto.

O juiz Emílio Migliano Neto, da 7ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça de São Paulo, determinou nesta segunda-feira a suspensão do contrato de R$ 100 milhões feito pela Prefeitura de São Paulo com a nova empresa responsável para promover e organizar a etapa do Mundial de Fórmula 1 na capital paulista. Na decisão, obtida pelo Estadão, o juiz define a contratação como uma "verdadeira aberração" e critica a falta de transparência no processo.

O Estadão mostrou na semana passada que a empresa MC Brazil Motorsport Holding Ltda foi a escolhida para organizar o GP pelos próximos cinco anos. Como pagamento pelo serviço, a companhia vai receber cinco parcelas de R$ 20 milhões. A operação foi revelada pelo próprio Diário Oficial do município. Com isso, será a primeira vez que a Prefeitura vai bancar diretamente um valor para organizar a prova.

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Na decisão, o juiz alega que o processo de contratação da empresa apresenta duas falhas principais. A primeira é a falta de licitação para a escolha, o que no entender dele "violou os princípios constitucionais da moralidade, da publicidade e legalidade". O texto traz ainda que por se tratar de um investimento feito durante uma pandemia se trata de uma "aberração" que pode trazer prejuízos ao erário.

O segundo ponto mais criticado pelo juiz é a falta de transparência, já que os documentos referentes à contratação da empresa são confidenciais e indisponíveis para consulta pública. "Os princípios de publicidade e transparência estão sendo violados de forma explícita", escreveu Migliano Neto.

O juiz estabeleceu um prazo de cinco dias para a gestão do prefeito Bruno Covas apresentar todos os documentos do processo. Procurada, a Prefeitura enviou nota para o Estadão. "A Prefeitura de São Paulo não foi intimada, mas prestará todos os esclarecimentos assim que for oficialmente comunicada da decisão", disse. A decisão do juiz veio após uma ação movida pelo vereador Rubinho Nunes (Patriota).

A Fórmula 1 divulgou nesta terça-feira o calendário atualizado da temporada 2021 com algumas alterações em relação roteiro original. Em vez de a temporada começar na Austrália, em 21 de março, terá início uma semana depois com o GP do Bahrein. A prova na Oceania, por sua vez, será disputada somente em novembro por causa dos cuidados aplicados no país como medida de prevenção à pandemia da Covid-19.

Logo na segunda prova do calendário a categoria vai promover uma novidade. A etapa em Ímola, na Itália, foi mantida como destino da Fórmula 1 para 18 de abril. A tradicional pista havia ficado fora por 14 anos até retornar no ano passado, quando preencheu uma das etapas do calendário alternativo montado por causa da pandemia. Agora, está assegurado como um dos 23 Gps.

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Porém, o calendário ainda não mostra a definição de todas as provas. Há uma etapa em aberto para 2 de maio. A definição da sede só será realizada mais adiante. Outra possibilidade de mudança é o GP da China. Inicialmente previsto para 11 de abril, a etapa depende da autorização do governo chinês de flexibilizar as regras para entrada de estrangeiros. As regras se tornaram mais rigorosas por causa da pandemia.

As mudanças fizeram o GP brasileiro mudar de data. Rebatizado de GP de São Paulo, a prova em Interlagos será em 7 de novembro, uma semana antes do previsto. O reagendamento foi feito para poder realizar na sequência a prova na Austrália, em Melbourne. Será a primeira vez desde 1995 que o GP australiano será disputado em novembro e não no início do campeonato.

A Fórmula 1 vai manter o calendário de 23 etapas, o que vai transformar a temporada na mais longa da história. O intuito da categoria é monitorar a situação da covid-19 para permitir o ingresso de torcida e de convidados VIPs nos autódromos. "A pandemia global ainda não permitiu que a vida voltasse ao normal, mas mostramos em 2020 que podemos correr com segurança como o primeiro esporte internacional a retornar e nós temos a experiência e os planos para cumprir a nossa temporada", disse o chefe da categoria, Stefano Domenicali.

A temporada vai terminar somente dia 12 de dezembro, com o GP de Abu Dabi. A etapa anterior será no país que é a grande novidade do calendário, a Arábia Saudita. Curiosamente, uma etapa que seria realizada em 2020 mas que agora nem é mais comentada é o Vietnã. O circuito de rua construído na capital, Hanói, receberia uma etapa no último ano caso não fosse cancelado pela pandemia. Agora, sequer aparece como possível destino da categoria.

Calendário revisado da Fórmula 1 para 2021

28 de março - GP do Bahrein

18 de abril - GP de Ímola

2 de maio - A ser definido

9 de maio - GP da Espanha

23 de maio - GP de Mônaco

6 de junho - GP de Azerbaijão

13 de junho - GP do Canadá

27 de junho - GP da França

4 de julho - GP da Áustria

18 de julho - GP da Grã-Bretanha

1º de agosto - GP da Hungria

29 de agosto - GP da Bélgica

5 de setembro - GP da Holanda

12 de setembro - GP da Itália

26 de setembro - GP da Rússia

3 de outubro - GP de Singapura

10 de outubro - GP do Japão

24 de outubro - GP dos Estados Unidos

31 de outubro - GP do México

7 de novembro - GP de São Paulo

21 de novembro - GP da Austrália

5 de dezembro - GP da Arábia Saudita

12 de dezembro - GP de Abu Dabi

Atual campeão, o espanhol Carlos Sainz mostrou nesta sexta-feira que está na luta por mais um título nos carros do Rally Dakar, que está em sua segunda edição da história na Arábia Saudita. Na sexta etapa disputada entre as cidades de Buraydah e Ha’il, que teve a distância encurtada em 100 km e início atrasado em 90 minutos após diversos competidores terminarem a quinta especial, no dia anterior, muito tarde, o piloto da equipe Mini completou os 348 km cronometrados com o tempo de 3h38min27s.

Sainz liderou a etapa desde o primeiro ponto de marcação de tempo e terminou com a vitória. Foram quatro segundos de vantagem para o local Yazeed Al Rajhi, que foi o segundo colocado. O príncipe catariano Nasser Al-Attiyah, vencedor de três especiais até agora, terminou no terceiro lugar.

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A liderança na classificação geral segue nas mãos do francês Stéphane Peterhansel, que foi o quarto colocado nesta sexta-feira, ficando de fora do Top 3 em uma etapa pela primeira vez nesta edição. A vantagem para Al-Attiyah caiu para 5min53s. Sainz, que sofreu com erros de navegação em dias anteriores, é o terceiro no geral com 40 minutos de desvantagem.

O francês Sébastien Loeb teve um dia para esquecer. O francês eneacampeão mundial de rali estava no Top 5 no início da prova e menos de 1 minuto atrás do líder Sainz até sofrer uma quebra de suspensão, precisando da ajuda da equipe de assistência para retornar.

A dupla brasileira formada por Guiga Spinelli e Youssef Haddad terminou na 15.ª colocação, 40 minutos atrás do vencedor. No geral, os dois ocupam a 14.ª posição.

MOTOS - A sexta etapa das motos viu mais uma vitória de Joan Barreda, a terceira do espanhol nesta edição, se colocando de vez na briga pelo título da categoria. O piloto da Honda terminou a especial em 3h45min27s. Passou a linha de chegada 13 segundos na frente do botsuano Ross Branch, o segundo colocado. O australiano Daniel Sanders ficou em terceiro, seguido pelo americano Ricky Brabec e pelo austríaco Matthias Walkner.

Na classificação geral, o australiano Toby Price assumiu a liderança e agora está 2min16s à frente do argentino Kevin Benavides, agora segundo colocado. O chileno José Ignacio Cornejo, Branch e o francês Xavier de Soultrait completam os cinco melhores. Vencedor do dia, Barreda é apenas o sétimo.

Nos UTVs, o Brasil não foi bem nesta sexta-feira com Gustavo Gugelmin, que faz parceria com o americano Austin Jones. Os dois cruzaram a linha de chegada em quarto lugar e agora ocupam a segunda colocação na classificação geral. Já Reinaldo Varela e Maykel Justo terminaram a etapa na sétima posição e estão no sétimo posto na competição.

Neste sábado, os pilotos do Rally Dakar ganham uma folga e voltam às atividades no domingo, com a sétima etapa entre as cidades de Ha’il e Sakaka, com 471 km de especial e total de 737 km.

Um dia depois de completar 36 anos de idade, Lewis Hamilton elogiou Valtteri Bottas, seu companheiro na equipe Mercedes, sem evitar uma certa dose de vaidade. "Não é fácil ser meu companheiro de equipe, sabe?", disse o sete vezes campeão mundial de Fórmula 1 em entrevista ao site oficial da principal categoria do automobilismo.

Perguntado sobre a larga vantagem que teve sobre o finlandês ao final da temporada do ano passado (124 pontos), Hamilton preferiu destacar o trabalho feito por Bottas nos finais de semana das corridas.

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"É preciso dar a Valtteri o devido respeito, acho que é preciso lembrar contra quem ele está lutando. Ele chega todo fim de semana com a mesma mentalidade, ele nunca reclama. Se tem alguma coisa errada com o carro, é sempre 'tenho que fazer um trabalho melhor', e não conheço nenhum piloto que faz isso. Acho que isso é algo que temos em comum: chegamos no fim de semana com uma cabeça nova e acho que mentalmente ele é um dos pilotos mais fortes", disse Hamilton, que ainda não tem contrato assinado para a disputa da atual temporada.

Em 2020, Bottas obteve duas vitórias, 11 pódios e cinco poles, um desempenho inferior ao de 2019, mas Hamilton viu evolução no finlandês. "Acho que Valtteri está a cada ano mais forte. Se você olhar os resultados dos treinos, a diferença de resultado foi menor. Foi bastante desafiador fechar as classificações. Minha consistência fez a diferença, mas estivemos muito perto se for feita uma análise de todo o fim de semana."

A temporada 2021 da Fórmula está prevista para ter início em 21 de março, na Austrália, mas a prova corre o risco de adiamento por causa da pandemia. Este ano a FIA aprovou 23 corridas, com o GP de São Paulo, em Interlagos, programado para 14 de novembro. O último GP será em Abu Dabi, em 5 de dezembro.

Depois de três vitórias seguidas do príncipe catariano Nasser Al-Attiyah, a categoria de carros do Rally Dakar, que está tendo a sua segunda edição da história na Arábia Saudita, teve um vencedor diferente nesta quinta-feira. O sul-africano Giniel de Villier cruzou em primeiro lugar na quinta etapa ao completar o trecho de especial de 456 km entre as cidades de Riad e Al Qaisumah com o tempo de 5h09min25s.

De Villiers venceu a etapa com 58 segundos na frente do o compatriota Brian Baragwanath. Líder da classificação geral, o francês Stéphane Peterhansel ficou em terceiro, com Al-Attiyah em quarto lugar. Outro grande nome do Rally Dakar, o espanhol Carlos Sainz, atual campeão, terminou na nona colocação. Os brasileiros Guiga Spinelli e Youssef Haddad conseguiram a 16.ª posição.

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O dia no Rally Dakar foi marcado por um grave acidente nos carros. Ainda nos primeiros quilômetros da etapa, perto de Riad, o estreante sul-africano Henk Lategan capotou o seu Toyota diversas vezes e fraturou a clavícula. O navegador Brett Cummings não ficou ferido.

Na classificação geral, Peterhansel segue na liderança, com pouco mais de seis minutos de vantagem para Al-Attiyah. Sainz aparece em terceiro, seguido pelo polonês Jakub Przygonski e pelo checo Martin Prokop fechando o Top 5. Spinelli e Haddad ocupam o 15.º posto.

MOTOS - A quinta especial do Rally Dakar teve a vitória nas motos do argentino Kevin Benavides, após 5h59min50s. Mas não teve o dia mais fácil da carreira antes da conquista. Na reta final da disputa, caiu na chegada do km 330 e machucou o nariz. Apesar da queda, conseguiu retornar e seguiu na frente, com o chileno José Ignácio Cornejo em segundo.

O americano Toby Price ficou na terceira posição, com o italiano Lorenzo Santolino em quarto, o britânico Sam Sunderland em quinto e o francês Xavier de Soultrait na sexta colocação.

Com os resultados desta quinta-feira, Benavides assumiu a liderança também na classificação geral, com 2min31s de vantagem para Soultrait. Cornejo, Price e Sunderland aparecem fechando o Top 5.

Nos UTVs, o Brasil não foi bem nesta quarta-feira com Gustavo Gugelmin, que faz parceria com o americano Austin Jones. Os dois cruzaram a linha de chegada em quarto lugar e agora ocupam a terceira colocação na classificação geral. Já Reinaldo Varela e Maykel Justo terminaram a etapa na 19.ª posição e segue no nono posto na competição.

Nesta sexta-feira, o Rally Dakar acelera para mais uma etapa, a sexta, entre as cidades de Al Qaisumah e Ha’il. Serão 448 km de prova, além de 170 de deslocamentos, totalizando 618 quilômetros.

A Stock Car terá mais um piloto que fez história na Fórmula 1 em seu grid de largada. Com 269 grandes prêmios na carreira, Felipe Massa foi apresentado nesta quinta-feira como novo piloto da principal categoria do automobilismo nacional. Ele fará dupla com Julio Campos na Lubrax/Podium Stock Car Team.

Massa, de 39 anos, disputou o último GP de Fórmula 1 em 2017 e por duas temporadas correu pela Fórmula E. Apesar de ter gostado do modelo de competição, ele diz que "sofreu bastante" com o estilo de pilotagem. E essa foi uma das razões que o fez desistir da categoria de carros elétricos e migrar para a Stock Car.

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"A Fórmula E tem um campeonato muito bem feito. Eu gostei muito disso. Agora, o carro é muito diferente. É completamente diferente daquilo que eu imaginava guiar. Comparando com Fórmula 1, é muito mais parecido guiar um carro de Stock Car do que um carro de Fórmula E", afirmou Massa, ao Estadão. "Sofri bastante. (Na F-E) não existe carga aerodinâmica, você anda praticamente com pneu de rua. E, pelo jeito do carro, acho que você precisa ser muito mais engenheiro do que piloto na corrida, tendo que fazer cálculo em cima de cálculo a cada volta. Por isso decidi largar e vir pra Stock Car".

A outra razão, segundo ele, foi saudade do País. "Sempre amei o Brasil, independente de ter ficado 20 anos morando e correndo fora. Muita gente fala 'pô, você mora em Mônaco, primeiro mundo', mas a saudade de casa, do Brasil, eu sempre tive. Sempre esperei o momento de voltar. Aí, no finzinho do ano passado, eu e a Raffa (Raffaela Bassi), minha esposa, resolvemos voltar para casa".

Na Stock Car, Massa terá a companhia de Julio Campos, experiente na categoria. E, pelo fato de já ter competido ao lado de outros ex-pilotos de Fórmula 1, Julio acredita que o novo companheiro irá bem na modalidade.

"Tenho certeza que o Felipe vai surpreender logo no primeiro ano de Stock porque ele vai mostrar toda força e velocidade que sempre teve. Eu já andei com o (Ricardo) Zonta, com o (Antonio) Pizzonia. É bem interessante porque eles trazem muita bagagem com relação a acerto de carro, novidades que podem ser feitas dentro daquele nosso mundo. Na F-1 eles faziam testes praticamente o ano inteiro e na Stock Car a gente não tinha isso", comentou.

A certeza de Julinho, como é chamado por Felipe Massa, vem de longa data: os dois já competiram no kart, em parceria ou mesmo um contra o outro. "A primeira (prova de) 500 milhas que existiu, em 1997, a gente ganhou juntos", recordou Julio.

EQUIPE - Felipe Massa e Julio Campos irão competir pela Lubrax/Podium Stock Car Team, que "estreia" na categoria. A equipe, na verdade, surge de uma parceria da BR Distribuidora com a R. Mattheis. "Eu andei três anos com a Mattheis e em dois deles eu disputei o título até a última etapa. Praticamente toda a equipe de mecânicos é a mesma", explicou Julio, citando as temporadas de 2017 a 2019.

Massa se demonstrou animado. "Estou muito empolgado com esse desafio e de estar ao lado do Julinho. Tenho muito e aprender com ele, mas espero aprender o mais rápido possível pra gente fazer a equipe ser competitiva logo de cara", comentou. "O melhor jeito de desenvolver a equipe é trabalhar juntos. Pegar o conhecimento de um piloto de Stock Car, dos engenheiros, e também de um piloto que vem de outra categoria e que muitas vezes traz coisas que encaixa".

Na pista, porém, a promessa é de cada um por si. "Lógico. No final, a vontade de qualquer piloto é vencer e estar à frente", frisou Massa.

Além da ansiedade de retornar às pistas, a dupla de pilotos também aguarda o retorno da torcida às arquibancadas, algo que inexistiu desde o início da pandemia do novo coronavírus. "A torcida faz muito efeito no trabalho do piloto, na motivação do piloto. Em todas as corridas de Fórmula 1 em que tive um carro competitivo no Brasil eu fui muito bem porque tinha alguma coisa a mais. É difícil explicar, mas time que joga em casa joga melhor. Você sente a torcida. Você faz uma ultrapassagem e sente a emoção das pessoas", recordou Massa.

"É um momento triste aquilo que está acontecendo no mundo. Em 2020 você não teve torcida nos autódromos, em jogo de futebol, em eventos... É um momento triste pro esporte, espero que não tenha mais, porque sem dúvida tira o brilho das corridas", completou.

O príncipe catariano Nasser Al-Attiyah segue se destacando no Rally Dakar, que está em sua segunda edição da história na Arábia Saudita. Nesta quarta-feira, ele venceu a quarta etapa da competição, a terceira de forma consecutiva, entre as cidades de Wadi Ad-Dawasir e Riad, e se mantém em segundo lugar na classificação geral, cada vez mais perto do líder, o francês Stéphane Peterhansel.

No trecho cronometrado de 337 km, mas de um percurso total de 813 km em razão dos deslocamentos, o piloto da Toyota marcou 2h35min59s. Mas Peterhansel conseguiu andar perto de Al-Attiyah o tempo todo e concluiu a especial com somente 11 segundos de atraso. O terceiro colocado foi o sul-africano Henk Lategan, que faz sua estreia no Rally Dakar. Chegou 1min30s atrás do vencedor do dia.

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O francês Sébastien Loeb fez outra boa especial depois de um início complicado e vai ganhando terreno na classificação geral. O eneacampeão do Mundial de Rali, em sua quinta participação no Dakar, foi o quarto colocado nesta etapa. Com 2min36s de atraso para Al-Attiyah, Loeb terminou à frente do espanhol Carlos Sainz, atual campeão.

Com os resultados desta quarta-feira, Al-Attiyah diminuiu só um pouco da vantagem que ainda ostenta Peterhansel, líder com 13h15min12s de tempo total e 4min58s de vantagem para o catariano. Sainz está em terceiro, mas bastante distante dos seus dois principais adversários, ficando a 36min19s do tempo do piloto francês.

Guilherme Spinelli e Youssef Haddad tiveram outro dia bom no deserto. Depois da 13.ª colocação na especial de terça-feira, a dupla brasileira fechou a etapa desta quarta em 14.º lugar. Já Marcelo Gastaldi e Lourival Roldan, depois de dois dias bastante complicados, conseguiram fazer uma boa prova e cruzaram a zona de meta com o 19.º melhor tempo, 20min14s atrás de Al-Attiyah.

MOTOS - O espanhol Joan Barreda conseguiu a segunda vitória no Rally Dakar. O piloto da Honda foi dominante nesta quarta-feira e assegurou o triunfo nas motos com mais de 5 minutos de vantagem para o botsuano Ross Branch, o segundo colocado. O novato australiano Daniel Sanders ficou com o terceiro posto. Atual campeão, o americano Ricky Brabec terminou a disputa na 18.ª colocação, com o compatriota Toby Price em 22.º.

Com o resultado deste quarto estágio, o francês Xavier De Soultrait assumiu a liderança das motos com só 15 segundos de frente para Barreda. O argentino Kevin Benavides tem o terceiro posto, seguido por Branch e pelo americano Skyler Howes.

Nos UTVs, o Brasil não foi bem nesta quarta-feira com Gustavo Gugelmin, que faz parceria com o americano Austin Jones. Os dois cruzaram a linha de chegada em quinto lugar e agora ocupam a terceira colocação na classificação geral. Já Reinaldo Varela e Maykel Justo terminaram a etapa na 23.ª posição e segue no nono posto na competição.

A quinta-feira reserva a quinta etapa do Rally Dakar entre as cidades de Riad e Al Qaisumah. Serão 205 km de deslocamento e um trecho cronometrado de 456 km, totalizando 661 km.

Filho mais velho do piloto Rubens Barrichello, Eduardo Barrichello anunciou nesta terça-feira que vai correr neste ano no automobilismo europeu para tentar chegar à Fórmula 1. Aos 19 anos, o piloto trocou as categorias de acesso da Fórmula Indy para disputar em 2021 a temporada da Fórmula Regional Europeia, um dos degraus rumo à principal categoria do automobilismo.

Dudu, como é conhecido, começou no kart ainda criança e sempre teve a companhia próxima do pai. Foi Rubinho quem incentivou o garoto a iniciar no automobilismo. E ele se emociona ao falar do caminho escolhido pelo filho. Em entrevista coletiva virtual, o experiente piloto segurou as lágrimas ao citar que Dudu correrá agora em pistas famosas como Spa-Francorchamps, na Bélgica, Monza, na Itália, Nurburgring, na Alemanha, e até mesmo nas ruas de Montecarlo. Em todas elas, Rubens disputou várias provas de Fórmula 1 entre 1993 e 2011.

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"Sempre digo para o meu filho que o sonho tem de ser dele, não meu. Eu sempre peço a ele a determinação, o empenho e que seja feliz", disse Rubinho. Apesar da fama e do prestígio tem no automobilismo, o pai garante que a partir de agora a evolução na carreira dependerá dos resultados do garoto. "Eu posso abrir as portas, mas não posso mantê-las abertas", comentou.

Mesmo ciente do caminho longo rumo à Fórmula 1, Rubinho afirmou que terá o cuidado de deixar o filho seguir o próprio caminho e até mesmo passar por algumas dificuldades inerentes à carreira. "Eu sempre deixei claro que o meu crescimento se deve ao sofrimento. A gente aprende sofrendo. O maior sofrimento é a solidão, por estar sozinho. Mas isso vai fazer dele mais forte", comentou.

Depois de anos morando nos Estados Unidos, Dudu agora vai se mudar para a Itália para viver sozinho. O pai pretende acompanhar algumas das dez etapas da temporada quando a agenda de piloto da Stock Car permitir. Inclusive, alguns dos compromissos da Fórmula Regional Europeia serão eventos preliminares da Fórmula 1, oportunidade para o novato até mesmo já ter contato com o ambiente da principal categoria.

Dudu afirmou que quer obter bons resultados e mostrar que não está na categoria apenas por causa do sobrenome. "Eu preciso fazer a minha história. O meu paiá fez a carreira dele e agora é a minha vez. Ser filho de um piloto não acrescenta pressão para o meu lado. Quero seguir meu caminho", afirmou. Nas últimas semanas o jovem piloto intensificou a rotina de treinos físicos e no simulador para se adaptar.

Tudo será novidade para ele. O carro é bem diferente do que estava acostumado, as pistas são inéditas para Dudu e até mesmo as viagens pela Europa são algo desafiador. "O meu foco agora é estar pronto para tudo o que está vindo. Meu objetivo é poder sentir neste ano que tive uma boa performance, no meu alto nível", explicou. O passo seguinte depois da Fórmula Regional Europeia é a Fórmula 3, que por sua vez, pode render vaga na Fórmula 2, o último passo antes da F-1.

Depois de Sergio Pérez, Lance Stroll e Lewis Hamilton, Lando Norris anunciou, nesta terça-feira, que está com a Covid-19. O piloto britânico, da McLaren, testou positivo para a doença após apresentar perda de olfato e paladar.

"Olá, pessoal. Espero que estejam bem. Ontem (segunda-feira) perdi o olfato e paladar e imediatamente fiz um teste. Deu positivo. Falei com todos com quem tive contato e estou iniciando um isolamento de 14 dias. Eu estou bem e sem outros sintomas, mas gostaria que soubessem. Cuidem-se", disse o piloto, de 21 anos.

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Ao contrário dos demais pilotos, que ficaram de fora de pelo menos uma corrida no ano passado, Norris não deverá se ausentar de nenhuma etapa da Fórmula 1 na temporada de 2021, com início previsto para 21 de março na Austrália ou no dia 28 do mesmo mês no Bahrein.

Norris ficou em nono lugar no Mundial de Pilotos, com 97 pontos, um a menos que o monegasco Charles Leclerc, da Ferrari. Sua melhor colocação foi no GP da Áustria, o primeiro de 2020, quando terminou em terceiro lugar.

Após 20 anos, Felipe Massa está de volta ao automobilismo brasileiro. O piloto usou suas redes sociais nesta segunda-feira para anunciar que disputará a temporada de 2021 da Stock Car. Não quis revelar, porém, por qual equipe.

Massa escreveu que quer voltar a disputar vitórias e títulos. Aos 39 anos, pode ser piloto da R. Mattheis, que hoje conta com Gabriel Casagrande e Pedro Cardoso, pilotando um Cruze. Experiência com carro da marca ele tem, pois foi piloto na Fórmula Chevrolet Brasil em 2000. Equipe e piloto evitam falar sobre um possível acerto.

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"Depois de 20 anos fora, 17 de Fórmula 1, estou de volta ao meu País. #2021 tamo junto Brasil. #stockcar", postou Felipe Massa em suas redes sociais, também em inglês, em um vídeo-anúncio.

"Eu escolhi uma equipe competitiva, que possa me entregar aquilo que quero pra disputar vitórias, o campeonato. A sensação de correr em casa é impressionante. O amor que o brasileiro tem pelo automobilismo é difícil de achar em outro país", disse o piloto no vídeo.

Vice-campeão da Fórmula 1 em 2008, na qual chegou a comemorar o título, Massa tentará repetir o feito de Rubens Barrichello. O piloto, que ainda disputa a Stock Car, foi campeão em 2014 após deixar a principal modalidade do automobilismo mundial.

O mexicano Sergio Perez, da Racing Point, venceu o caótico Grande Prêmio de Sakhir de Fórmula 1 neste domingo (06). É a primeira vez que o piloto conquista uma vitória na categoria. Esteban Ocon, da Renault, e Lance Stroll, também da Racing Point, fecharam o pódio.

A sorte de Perez parecia ter sido perdida logo na primeira curva, quando o seu carro foi atingido pela Ferrari de Charles Leclerc e ele caiu para a 18ª posição. No acidente, Max Verstappen, da Red Bull, acabou parando no muro ao tentar desviar da colisão.

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Já George Russell, que substituiu Lewis Hamilton na Mercedes, tomou a ponta logo no início ao ultrapassar o companheiro de equipe, Valtteri Bottas. Os dois pilotos, inclusive, pareciam que iriam levar a corrida com facilidade, mas um Safety Car que entrou na volta 62 após uma leve batida de Jack Aitken, da Williams, mudou completamente a prova.

A Mercedes chamou seus dois pilotos para um pit stop e cometeu uma série de erros - colocando pneus errados em Russell, o que pode lhe causar uma desclassificação da prova - e se atrapalhando completamente na parada de Bottas.

Com isso, Perez, Ocon e Stroll foram para a ponta, seguidos por Bottas e Russell. O britânico então começou sua retomada em busca da liderança, ultrapassando até chegar na segunda posição.

Porém, um furo no pneu obrigou o britânico a ir para os boxes novamente e Perez conseguiu ir sem problemas para a vitória.

Após a vitória, o mexicano - que ainda não tem vaga garantida para o ano que vem - chorou e agradeceu todo o trabalho da equipe.

A outra Ferrari, de Sebastian Vettel, terminou na 12ª colocação.

A temporada de 2021 da Fórmula 1 termina no próximo domingo (13) no GP de Abu Dhabi.

Da Ansa

A Fórmula 1 registrou dez casos de covid após os 1.822 testes realizados entre os dias 25 de setembro e 1º de outubro, período em que foi disputado o GP da Rússia, onde pela primeira vez foi permitida a entrada de público no circuito de Sochi, com cerca de 30 mil espectadores.

Apesar da coincidência, os organizadores da principal categoria do automobilismo não consideram que a presença de público tenha causado o maior número de casos positivos em uma única semana desde que a F-1 começou a conduzir os testes para dar início à temporada 2020, ainda em julho, na Áustria.

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"Aqueles com teste positivo eram auxiliares do circuito. Esses casos foram gerenciados de forma rápida e eficaz sem impactar o evento. A presença de fãs não tem relação com a situação, pois o público não foi autorizado a entrar na bolha da F-1 conforme nosso protocolo em vigor. A FIA e a Fórmula 1 estão fornecendo essas informações agregadas para fins de integridade e transparência da concorrência. Nenhum detalhe específico sobre equipes ou indivíduos será fornecido pela FIA ou Fórmula 1 e os resultados serão divulgados a cada 7 dias", informou o comunicado.

Opinião não compartilhada pelo francês Romain Grosjean. Segundo o piloto, pessoas de fora do meio da Fórmula 1 teriam furado a bolha no hotel em Sochi e ter tido contato com pilotos e funcionários das equipes.

"Eu provavelmente não deveria dizer isso e vou ser repreendido, mas é a primeira vez que não me senti seguro em um hotel. Na Rússia, usar máscara não é obrigatório. Garçons usam, mas não cobrem o nariz. Há muitos fãs no hotel, então às vezes nos vemos dividindo um elevador com pessoas de fora da bolha da F-1. Isso não é algo que me faça sentir confortável. Não tenho medo de contrair o vírus pela minha saúde, mas não quero ser infectado porque não poderia pilotar, ou seja, não poderia fazer o meu trabalho. Não estou satisfeito com as medidas de segurança implementadas no hotel", afirmou o piloto da equipe Haas.

Com os casos na Rússia, chega-se a um total de 17 infectados em duas semanas, já que a F-1 havia confirmado sete novos casos após 3.256 testes entre os dias 18 e 24 de setembro. Desde julho, foram feitos cerca de 50 mil testes, com 26 casos positivos.

O astro do basquete Michael Jordan vai entrar em outra modalidade esportiva. Após longa carreira de sucesso na NBA com o Chicago Bulls e de ter atuado também no beisebol, agora será a vez dele viver no automobilismo. Jordan terá uma equipe na Nascar, principal categoria americana de Stock Car, e vai estrear em 2021 com a presença do único piloto negro do grid, Bubba Wallace.

A equipe de Jordan se chamará His Airness e terá como sócio minoritário Denny Hamlin, tradicional piloto da Nascar. O novo empreendimento do astro do basquete mundial foi anunciado na última segunda-feira. O piloto contratado pela equipe, Bubba Wallace, de 26 anos, está na categoria desde 2017 e é o único negro do grid.

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Jordan afirmou que a sua chegada à Nascar serve para marcar uma nova era na diversidade da categoria. "Historicamente, a Nascar lutou contra a diversidade e houve poucos donos negros. O momento parece perfeito, uma vez que a Nascar está evoluindo e abraçando cada vez mais as mudanças sociais. Além do recente compromisso e doações que fiz para combater o racismo sistêmico, vejo isso como uma chance de educar um novo público e abrir mais oportunidades para os negros nas corridas", disse.

Além da Nascar, o astro atualmente é proprietário da franquia do Charlotte Hornets e fã de automobilismo desde criança. "Como cresci na Carolina do Norte, meus pais levavam meus irmãos, irmãs e eu para as corridas, e fui um fã da Nascar minha vida toda", disse. No novo projeto profissional, Jordan terá como piloto um dos nomes mais atuantes no grid em causas sociais.

Wallace liderou protestos antirracistas na Nascar e questionou os atos de violência policial cometidos neste ano nos Estados Unidos. "Ele merece a oportunidade de competir por vitórias, e nossa equipe vai garantir que ele tenha os recursos para fazer isso. Fora das pistas, Bubba tem sido uma forte voz por mudanças em nosso esporte e em nosso país. Michael Jordan e eu o apoiamos totalmente nesses esforços e estamos ao lado dele", comentou o sócio de Jordan, Denny Hamlin.

O ex-piloto russo Vitaly Petrov criticou o inglês Lewis Hamilton pelo uso da camiseta pedindo por justiça pela norte-americana Breonna Taylor, no pódio do GP da Toscana, no último dia 13, e também o fato de o hexacampeão mundial pedir que os demais pilotos se ajoelhem em prol do movimento "Vidas negras importam" ("Black Lives Matter").

A crítica de Petrov foram feitas na semana que antecede o GP da Rússia, marcado para domingo. "Para mim essa camiseta foi demais, assim como quando ele pediu a todos que se ajoelhassem. É um questão pessoal que muda de adulto para adulto. Você tem o direito de falar nas redes sociais ou de dar entrevistas, mas acho que o governo dos Estados Unidos já está bem ciente desses problemas", disse Petrov, em entrevista ao site Championat.

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Piloto da Renault, Lotus Renault e Caterham entre os anos de 2010 e 2012, Petrov não considera o ambiente da Fórmula 1 propício para estes protestos. "Acho que metade dos espectadores nem sabia do que era a camisa até que foi explicado a eles. Digamos que um piloto admita ser gay, ele usará uma bandeira de arco-íris para incentivar todos a serem gays também? Acho que a FIA não vai mais permitir esse tipo de comportamento."

Na Rússia, qualquer atleta ou torcedor, gay ou defensor dos direitos dos mesmos (incluindo atletas e treinadores) podem ser presos por até 14 dias e, em seguida, expulsos do país, caso tenham atitude de divulgação do que é designado como "propaganda homossexual".

Segundo Petrov, existe um modo diferente de pensar na Rússia. "Temos uma mentalidade diferente e não temos os problemas de que Hamilton fala. Tem que haver respeito por todos", disse o ex-piloto, que defendeu o fato de o compatriota Daniil Kvyat não ter se ajoelhado nos protestos após a morte do negro George Floyd por um policial branco nos Estados Unidos em maio. "Os russos não se ajoelham por nenhum motivo, exceto diante de Deus e para propor à sua futura esposa."

Após vencer o GP da Toscana, sua sexta vitória na temporada, Hamilton usou uma camiseta que pedia a prisão dos policiais que mataram Breonna Taylor, uma jovem negra que foi baleada oito vezes em 13 de março, em Louisville, Kentucky, Estados Unidos. Dos três policiais envolvidos no caso, dois foram retirados das ruas e outro foi demitido.

O pernambucano Kiko Porto, de 17 anos, traçou um objetivo na carreira diferente dos demais pilotos da sua idade. Em vez de sonhar com a carreira europeia e a rota para chegar à Fórmula 1, o recifense escolheu seguir para o automobilismo americano. O sonho de correr em circuitos ovais, de disputar a Fórmula Indy e de repetir o sucesso de nomes como Tony Kanaan e Hélio Castroneves tem como um grande incentivador um dos grandes nomes do automobilismo brasileiro: Rubens Barrichello.

Kiko disputa neste ano a USF2000, categoria de acesso considerada nos Estados Unidos o antepenúltimo degrau antes de chegar à Fórmula Indy. Enquanto aguarda a possível oportunidade de nos próximos anos avançar para as disputas da Indy Pro e, por fim, a Indy Lights, o garoto de 17 anos concilia a rotina entre o Recife e Orlando, na Flórida, para onde costuma ir quando tem compromissos.

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Quando desembarca em Orlando, Kiko se torna hóspede de Rubens Barrichello. O recifense tem como melhor amigo e companheiro de equipe na USF2000 o filho mais velho de Rubinho, Eduardo, de 18 anos. Os dois garotos se conheceram em 2014. "O Dudu Barrichello é meu irmão do coração. E o Rubinho é um dos caras que mais admiro, me ajuda demais com dicas. Quando eu saio para jantar com eles, é um aprendizado. Tudo o que o Rubinho fala é uma fórmula secreta. Se você ouvir e aplicar o ensinamento, vai dar certo", disse Kiko ao Estadão.

O jovem piloto demonstrou ter assimilado bem todas essas instruções no início deste mês. Em corrida disputada no circuito misto de Indianápolis, Kiko conseguiu duas poles positions e três pódios nas três provas realizadas. E em uma das poles, bateu o recorde da pista. Mesmo sem ter disputado todas as etapas do campeonato, o pernambucano é o terceiro melhor entre os novatos.

A chegada de Kiko ao automobilismo americano foi em 2018, após ter iniciado no kart em 2011 com brincadeiras em pistas indoor do Recife. Títulos estaduais em Pernambuco e na Paraíba levaram o garoto a decidir apostar na carreira no exterior. Após analisar se era melhor ir para a Europa ou para os Estados Unidos, não restou muita dúvida. "O preço foi o principal motivo. Para correr na Europa e chegar à Fórmula 1, você pode ter de investir mais de R$ 40 milhões. Nos Estados Unidos além de ser mais barato, as equipes abrem mais as portas e valorizam mais os novatos", explicou.

Segundo as estimativas de Kiko, uma das grandes diferenças de preço entre correr nos Estados Unidos ou na Europa está no próximo passo dele após se destacar na categoria atual. Para disputar a IndyPro, o custo médio da temporada pode chegar a R$ 3 milhões. O degrau equivalente na Europa, a Fórmula 3, exigiria um aporte bem maior ao atingir até a R$ 10 milhões por um ano.

"Quando a gente é mais novo, só pensa na Fórmula 1. Mas quando se analisa melhor, tem muitas opções no mundo. Sou uma pessoa aberta. O que aparecer de oportunidade, vou agarrar", disse. "O nível nos Estados Unidos tem aumentado porque pelo preço tem vindo muito mais gente para cá. Por aqui você pode ser piloto da Indy, a segunda maior categoria do mundo, ou disputar outras também", comentou.

O preparo como piloto tem exigido empenho de Kiko para as atividades e até se ambientar com a condição de que o melhor amigo e filho do principal conselheiro pode ser um rival. "Teve uma corrida que na pista tive um toque com o Dudu. Na hora da disputa eu não posso pensar com quem estou disputando. Mas somos bem maduros e conseguimos separar. No fim de tudo a gente nem se lembrava disso depois. Ainda fomos jantar juntos com o Rubens depois de tudo isso", contou.

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