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O Grande Prêmio de Fórmula 1 deste semana, no reduto ferrarista de Monza na Itália, recebeu uma autorização por meio de decreto para que o evento receba até 300 pessoas. A decisão foi assinada pelo prefeito da Lombardia, Attilio Fontana, que explicou que a responsabilidade é dos organizadores da prova. 

Essa vai ser a primeira etapa do circuito mundial, que sofreu profundas alterações por conta da pandemia, que contará com a presença do público. ”Caberá aos organizadores não deixar o público se aglomerar e garantir o distanciamento do pessoal de pelo menos um metro, obedecendo às indicações da legislação em vigor", disse o prefeito. 

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Entretanto a decisão foi até certo ponto simbólica, isso porque só poderão entrar no circuito médicos e enfermeiros que estiveram na linha de frente de enfrentamento a Covid-19. Os treinos classificatório acontecem neste sábado (5) e a corrido no domingo (6).

O ator Caio Castro, de 31 anos, lançou nesta quinta-feira (3) a carreira como piloto. Conhecido pelos trabalhos em telenovelas da Rede Globo e também no cinema, ele estreia no ano que vem na Porsche Cup, categoria nacional que terá 12 corridas ao longo de 2021. Antes de iniciar a disputa da temporada, o ator cumprirá até o fim do ano o programa de desenvolvimento em pilotagem oferecido pela própria Porsche Cup.

"Eu sou um apaixonado por automobilismo e corro há tanto tempo, já passei por tantas competições e agora ser um piloto da Porsche Cup é incrível e uma motivação e tanto. Eu estou realmente muito feliz e animado para mais esse desafio na minha carreira de piloto", contou o ator. O primeiro contato dele com o equipamento da categoria foi em agosto, durante um teste. Na avaliação dos engenheiros da categoria, Castro teve um ótimo desempenho no comando de um carro da classe GT3 Cup.

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Apesar da estreia programada para a Porsche Cup, o ator acumula cerca de 10 anos de experiência no automobilismo. O primeiro contato dele com o esporte foi aos 19 anos. O currículo do ator e piloto tem provas pela Copa São Paulo, Campeonato Paulista de Kart e Rally dos Sertões. Castro também costuma frequentar como espectador provas da Stock Car e até da Fórmula 1.

No ano que vem, Castro vai disputar o campeonato na modalidade Sprint, que tem provas de 25 minutos. Existe a possibilidade dele integrar também o grid no Endurance, cujas provas são de longa duração e os pilotos se revezam no carro. Neste modalidade, a distância total percorrida em uma corrida chega a ser de 500 km.

Para continuar a se desenvolver no automobilismo, o ator e piloto vai participar de clínicas de pilotagem e treinos opcionais com os consultores da categoria. O objetivo é acumular quilometragem, conhecer as pistas do campeonato e aprimorar a parte técnica.

Segundo o promotor da Porsche Cup, Dener Pires, o ator demonstrou estar muito preparado para integrar o grid. "Caio fez um teste com nossos carros e foi muito bem em seu contato inicial com o Porsche. Além de mostrar uma abordagem extremamente profissional desde a chegada ao autódromo e interação com nossos mecânicos e engenheiros, teve um belo desempenho", contou.

Sebastian Vettel demonstrou, nesta quinta-feira, que não serão fáceis seus últimos momentos como piloto da Ferrari. O alemão afirmou que vai ser melhor disputar o GP da Itália sem público em sua última corrida pela equipe italiana em Monza.

"De certa forma, é melhor assim, mas não me interpretem mal, será triste não ter fãs em Monza. Será a primeira vez. Nos últimos anos, em todo o mundo, sempre fui surpreendido pelo carinho dos torcedores da Ferrari na Itália de uma forma especial. Acho que seria muito difícil correr vendo todas as pessoas te apoiando sabendo que é a última vez de vermelho. Nesse sentido, talvez seja um pouco melhor assim" - disse Vettel à publicação italiana "Sport Mediaset".

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Vettel vai deixar a Ferrari em um dos piores momentos da tradicional escuderia italiana, que no GP da Bélgica, domingo passado, obteve a pior colocação após de anos, ao ter ao final da prova o alemão em 13º e seu companheiro, o monegasco Charles Leclerc na 14ª posição.

Tetracampeão mundial de F-1 (2010, 2011, 2012 e 2013), Vettel, aos 33 anos, não terá seu contrato renovado com a Ferrari e não tem nada acertado para a próxima temporada. Em 13 anos de carreira na principal categoria do automobilismo, o alemão soma 53 vitórias, com 120 pódios, 57 pole positions e 38 voltas mais rápidas. A última vez que venceu uma corrida foi no GP de Singapura, no ano passado.

A Netflix anunciou nesta quinta-feira a produção da primeira série ficcional sobre o tricampeão mundial de Fórmula 1 Ayrton Senna. Com lançamento previsto para 2022, serão oito episódios voltados principalmente para mostrar a personalidade e a vida íntima de quem era chamado de Beco ou Becão pelas pessoas mais próximas. As filmagens serão realizadas no Brasil e também no exterior em locais por onde Senna passou.

A família do tricampeão também participa ativamente do projeto e autorizou a equipe de gravação a ter acesso à casa onde Senna cresceu em São Paulo. "É muito especial poder anunciar que contaremos a história que poucos conhecem dele. A família Senna está empenhada em fazer deste projeto algo totalmente único e inédito. E ninguém melhor do que a Netflix, que tem um alcance global, para ser nossa parceira neste projeto", afirmou a irmã de Ayrton, Viviane Senna.

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A história da série terá início no começo do anos 1980, quando o então jovem Ayrton decide deixar a família em São Paulo para se arriscar na Inglaterra para competir na Fórmula Ford 1600. A série vai mostrar passagens pouco conhecidas, dramas na vida pessoal, superação e os bastidores que marcaram a formação dele como piloto. A minissérie será gravada em inglês e português e terá a produção da Gullane.

O Estadão havia antecipado a informação sobre o projeto em novembro de 2019. "Não posso falar ainda com quem, mas já estamos em processo de roteirização para uma série. Vamos passar outro lado do Ayrton, não só a parte da Fórmula 1", disse na ocasião a sobrinha do tricampeão, Bianca Senna, que é diretora de branding do Instituto Ayrton Senna, responsável por gerir a área de negócios e planejar ações de marketing para preservar a imagem do piloto.

"Assim como Senna começou sua jornada em São Paulo e conquistou o mundo, estamos honrados em levar sua inspiradora trajetória para todos os seus fãs, onde quer que eles estejam. Ayrton Senna tem um legado que atravessa gerações e fronteiras, e a Netflix se orgulha de poder levar um novo olhar sobre o homem por trás do piloto", afirmou a diretora de produções originais internacionais da Netflix no Brasil, Maria Angela de Jesus.

Senna foi campeão mundial de Fórmula 1 em 1988, 1990 e 1991. Foi vice-campeão em 1989 e 1993. Em dez anos na principal categoria do automobilismo, o piloto acumulou 41 vitórias, 65 pole positions e 80 pódios até morrer em um acidente durante o GP de San Marino, em Ímola, em 1994.

Após mais de 40 anos na direção de uma das equipes mais famosas da Fórmula 1 e mais de 750 corridas disputadas, a família Williams está se afastando para que seus novos proprietários tenham uma chance clara de reviver as glórias da equipe. Claire Williams, cujo pai, Frank Williams, fundou a equipe em 1977, fez uma pronunciamento, nesta quinta-feira (3), antes do GP da Itália, que será disputado em Monza, no domingo (6).

"Tomei a decisão de me afastar da equipe a fim de permitir para Dorilton (Capital, fundo norte-americano, novo proprietário da equipe) um novo começo como os novos proprietários. Não foi uma decisão fácil, mas acredito ser o certo para todos os envolvidos", disse Claire Williams em um vídeo gravado. "Com o futuro da equipe agora assegurado, parece ser este o momento apropriado para nos afastarmos do esporte."

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Claire revelou que a Dorilton queria que ela permanecesse junto da equipe nas provas desta temporada. "Agradecemos muito o incentivo de Dorilton para continuar, mas nós sabemos que a equipe estará em boas mãos e o nome Williams seguirá", disse. "Este pode ser o fim de uma era para a Williams como uma equipe familiar, mas é o início de uma nova era para a Williams Racing e desejamos muito sucesso no futuro."

A Williams ganhou sete títulos de pilotos e nove títulos de construtores. Um dos pilotos campeões foi Nelson Piquet, em 1987. No entanto, o último deles veio com o canadense Jacques Villeneuve em 1997. A Williams ganhou 114 corridas e conseguiu 128 pole position.

Um fato muito triste e marcante na história da equipe ocorreu na temporada de 1994, com a morte de Ayrton Senna, no GP de San Marino, em Imola.

"Estamos neste esporte há mais de quatro décadas. Somos incrivelmente orgulhosos de nossa história e do legado que deixamos", disse Claire Williams. "Nós sempre estivemos neste esporte por amor, pelo puro prazer de estar nas corridas de automóvel."

O presidente do conselho de Dorilton Capital, Matthew Savage, elogiou Claire Williams por continuar o legado do pai e por seus esforços em ajudar as mulheres a desempenhar um papel maior e receber mais reconhecimento em uma modalidade esportiva dominada por homens.

"A conquista de Claire em sustentar a herança, relevância e compromisso com a inovação em um ambiente difícil desde que assumiu o comando em 2013 foi nada menos que monumental", disse o novo dirigente. "Ela também tem sido extremamente instrumental na formação de um jogo técnico e financeiro mais nivelado na F-1."

A Dorilton Capital é um grupo de investimento privado cuja sede fica em Nova York e tem envolvimento em setores como saúde, engenharia e manufatura.

A Williams vinha sofrendo com uma grande queda na receita nos últimos anos, devido a uma perda de performance do carro que a levou ao fundo do Mundial de Construtores nas últimas duas temporadas. Em 2019, a equipe terminou na última colocação do campeonato de construtores, ao marcar apenas um ponto com o polonês Robert Kubica.

Mas sua performance tem se mostrado melhor ao longo de 2020. O britânico George Russell e o canadense Nicholas Latifi conseguem rivalizar mais frequentemente com a Haas e a Alfa Romeo.

A Rede Globo não vai mais transmitir as corridas do Mundial de Fórmula 1 a partir do ano que vem. A emissora e a principal categoria de automobilismo não chegaram a um acordo sobre a renovação do contrato e ao fim do acordo atual, válido até este ano, não haverá um novo vínculo. Por isso, a última etapa com presença na grade do canal será o GP de Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos, dia 13 de dezembro.

"Como parte da revisão de seu portfólio de direitos, um dos maiores entre emissoras de TV do mundo, a Globo optou por não renovar os direitos de transmissão da Fórmula 1 a partir de 2021. Mesmo sem a transmissão das corridas, a Globo continuará a fazer a cobertura da categoria em suas diversas plataformas", informou ao Estadão a área de comunicação da emissora.

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O principal entrave para a renovação foi a questão financeira dos direitos de transmissão. Apesar de o Brasil ser um dos países de maior audiência das provas principalmente porque tem exibição na TV aberta, as duas partes não chegaram a um acordo.

A Fórmula 1 fazia parte da grade de programação da Globo desde a década de 1970. A emissora acompanhou e transmitiu ao vivo títulos e vitórias de Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet e Ayrton Senna. Nos últimos anos, a Rede Globo abriu mão de transmitir os treinos classificatórios de sábado e optou por colocá-los no canal fechado SporTV. As corridas, no entanto, foram mantidas pela emissora na TV aberta.

O Estadão apurou que em novembro do ano passado, durante o GP do Brasil, em Interlagos, a cúpula da Fórmula 1 e diretores da Rede Globo tiveram uma reunião longa para discutir a renovação. Naquela ocasião a falta de acordo foi interpretada pela categoria como um forte indício de que não haveria um novo contrato para 2021.

Uma das empresas cotadas para assumir os direitos de transmissão Fórmula 1 para o Brasil é o consórcio Rio Motorsports, empresa que ganhou a licitação para construir o novo autódromo do Rio. O mesmo grupo já adquiriu a exibição da MotoGP em março deste ano e colocou as provas na grade do canal Fox Sports. Procurado pela reportagem, o Rio Motorsports avisou que não vai se manifestar.

A 104ª edição das 500 milhas de Indianápolis, marcada para dia 23, não terá a presença de público por causa da pandemia do novo coronavírus. O anúncio foi feito, nesta terça-feira, por Roger Penske, dono do circuito Indianapolis Motor Speedway, que conta com 350 mil lugares, desde janeiro.

A ideia do ex-piloto e atual empresário era permitir a entrada de 62,5 mil pessoas (25% da capacidade do circuito), com a ajuda de um protocolo de 88 páginas, no qual estavam determinados testes de temperatura nos portões de entrada, distribuição dos fãs nas arquibancadas para manter distâncias de segurança e o uso obrigatório de máscaras.

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Mas como os casos de covid-19 continuaram a aumentar constantemente no estado de Indiana e especificamente em Marion County, onde está localizada a pista, Penske decidiu mudar de plano. "Foi a decisão mais difícil que já tomei em minha vida. Compramos o Speedway há menos de um ano, um local de grande tradição e é importante para a nossa reputação fazer a coisa certa."

A atitude de Penske teve o auxílio das autoridades médicas de Indiana. "Precisamos ser seguros e inteligentes sobre isso. Obviamente, queremos participação total, mas não queremos comprometer a saúde e a segurança de nossos fãs e comunidade. Também não queremos comprometer a capacidade de manter uma corrida de sucesso", disse o ex-piloto, de 83 anos.

Por causa da pandemia do coronavírus, esta será a primeira vez, após 104 edições, que a corrida, prevista para 24 de maio, não será disputada no quinto mês do ano.

Uma das atrações da prova deverá ser o espanhol Fernando Alonso, que assinou contrato recentemente com a equipe Renault, de Fórmula 1. O bicampeão da principal categoria do automobilismo busca conquistar a tríplice coroa, que consiste reunir vencer o GP de Mônaco, as 24 horas de Le Mans e a corrida de Indianápolis. Alonso precisa ganhar a prova dos Estados Unidos. O único piloto a conseguir este feito foi o britânico Graham Hill, em 1972.

O mexicano Sergio Pérez está fora do GP da Inglaterra, quarta etapa da temporada de Fórmula 1, que será disputada domingo, no circuito de Silverstone. Após uma análise inicial inconclusiva, a FIA, a equipe Racing Point e os organizadores da prova comunicaram que o teste da covid-19, obrigatório antes de entrar no paddock da F-1, foi positivo para o novo coronavírus.

Segundo a nota, Pérez, que deveria ter participado da entrevista coletiva que os pilotos concedem um dia antes do início das atividades de pista, está isolado e não tem acesso ao autódromo de Silverstone.

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A Racing Point informou ainda que Pérez não viajou para ao México no período entre o GP da Hungria, no último dia 19, e esta quinta-feira. O teste feito no piloto foi o PCR, com o swab, o popular cotonete, que é inserido em uma das narinas para coletar material do examinado.

Com a vaga de Pérez, o belga Stoffel Vandoorne e o compatriota Esteban Gutiérrez são os possíveis substitutos, já que os dois têm vínculo com a Mercedes, que divide pilotos reservas com a Racing Point que tem também o canadense Lance Stroll como titular.

Pérez vem sendo um dos destaques da temporada de 2020 e ocupa a sexta colocação na classificação geral, com 22 pontos. O mexicano pontuou nas três corridas do campeonato, com dois sextos lugares (nos GPs da Áustria e da Estíria, ambos no circuito de Spielberg) e um sétimo (no GP da Hungria, em Budapeste).

Todos os envolvidos com as corridas de Fórmula 1 têm passado por teste de covid-19 para terem acesso aos paddocks. Até o momento, apenas dois casos positivos foram impedidos de acessar o circuito de Hungaroring, na Hungria, há duas semanas, mas estes não foram de pessoas que haviam estado na Áustria nas duas primeiras provas da temporada.

O ex-piloto de Fórmula 1 Adrian Sutil sofreu um acidente de carro em Mônaco. O alemão chocou o seu carro em um poste, mas o que chama mais atenção na história é que não era um veículo qualquer. Ele dirigia um McLaren Senna LM, que foi feito em edição limitada de apenas 20 exemplares pela montadora inglesa.

O carro é uma versão adaptada para as ruas, conta com 800 cavalos e tem valor estimado na casa dos R$ 8,3 milhões. Adrian Sutil, hoje com 37 anos, foi piloto na Fórmula 1 entre 2006 e 2014, mas não deixou saudades.

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Ele nunca conquistou um pódio e teve passagem bem discreta pela principal categoria do automobilismo. Um fato curioso é que em 2012 ele chegou a ser afastado da Fórmula 1 por problemas judiciais. Ele brigou com um sócio da Renault e teria usado uma garrafa quebrada na confusão.

Imagens divulgadas nas redes sociais mostram a frente do carro totalmente destruída. Não foram dadas informações sobre o estado de saúde de Adrian Sutil e o que teria acontecido para ele sofrer o acidente. Entretanto, o piloto alemão apareceu sentado em uma mureta logo após o acidente.

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), revelou nesta sexta-feira que determinou o cancelamento de uma licitação no valor de R$ 48 milhões para reformas no autódromo de Interlagos. Durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, Covas disse que tomou a decisão depois da Fórmula 1 ter anunciado nesta sexta-feira que o GP do Brasil não será realizado neste ano como prevenção ao novo coronavírus.

"Já determinei o cancelamento da licitação que estava em andamento no valor de R$ 48 milhões para a reforma da pista. Não tem mais como segurar isso. Já determinei o cancelamento porque não vamos gastar R$ 48 milhões com o risco de não ter Fórmula 1 em São Paulo", disse Covas na entrevista coletiva. O prefeito não mencionou mais detalhes sobre a licitação cancelada e lamentou o cancelamento.

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Apesar de ter mencionado o "risco de ter não ter Fórmula 1 em São Paulo", Covas afirmou que a cidade continua em contato com a categoria para conseguir realizar a prova no próximo ano. O contrato atual termina em 2020 e para se manter no calendário, a capital paulista precisa de uma renovação. "Nós continuamos a conversa para a prorrogação do contrato", afirmou.

Presente à mesma entrevista coletiva, o governador de São Paulo, João Doria, não comentou sobre o cancelamento do GP do Brasil de Fórmula 1. Há duas semanas, porém, ele havia garantido que o evento estava mantido e não corria riscos por causa da pandemia. "Com relação a este ano, o contrato tem de ser cumprido. É preciso deixar isso claro de parte à parte", comentou no dia 10 deste mês.

A informação sobre a exclusão do Brasil do calendário da Fórmula 1 foi antecipada pelo Estadão no dia 8 de julho. É a primeira vez desde 1973 que o País não receberá uma prova da categoria. Embora Covas afirme que a cidade continua em contato com a Fórmula 1, o Estadão revelou em 30 de junho que o Rio de Janeiro tem contrato encaminhado para receber a prova em 2021.

Depois de pouco mais de um mês de sofrer um grave acidente durante um evento de paraciclismo em Pienza, na província de Siena, na Itália, a equipe médica do hospital Santa Maria alle Scotte, em Siena, deu nesta terça-feira (21) alta médica ao italiano Alessandro Zanardi. A instituição na região da Toscana comunicou que o ex-piloto de Fórmula 1, bicampeão da Cart e multicampeão paralímpico, saiu do coma induzido após ter a sedação suspensa pela junta médica e foi transferido para um centro especializado em neuroreabilitação.

Zanardi estava internado desde 19 de junho, data do acidente. Neste período, foi submetido a três cirurgias, sendo que a última delas, no começo de julho, aconteceu para promover a reconstrução cranio-facial. Dez dias depois, a junta médica atualizou o seu estado de saúde e informou a redução da sedação de coma induzido, com quadro neurológico considerado ainda grave.

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"A normalidade dos parâmetros cardiorrespiratórios e metabólicos, a estabilidade das condições clínicas gerais e o quadro neurológico permitiram a transferência para um centro especializado em recuperação e reabilitação funcional", anunciou o hospital no comunicado oficial emitido nesta terça-feira.

Diretor-geral do hospital, Valtere Giovannini disse que "os nossos profissionais permanecem à disposição desta pessoa extraordinária e de sua família para as próximas etapas do desenvolvimento clínico, diagnóstico e terapêutico, como sempre acontece nesses casos. Agradeço sinceramente à equipe multidisciplinar que cuidou de Zanardi de coração, que realizou tudo com grande profissionalismo, reconhecido nacionalmente e além".

"O atleta passou mais de um mês em nosso hospital: foi submetido a três delicadas operações cirúrgicas e mostrou um caminho de estabilidade de suas condições clínicas e parâmetros vitais que permitiram a redução e suspensão da sedação e a consequente possibilidade de poder ser transferido para uma instalação para a neuro-reabilitação necessária. Concluo enviando um grande abraço à família de Alex, que mostrou uma força extraordinária: um presente precioso que deverá ser um companheiro de jornada fundamental neste novo caminho que começa hoje (terça-feira)", finalizou o médico.

ACIDENTE - Zanardi, que perdeu as duas pernas em um acidente de automobilismo há quase 20 anos, estava em coma induzido e ligado a um respirador desde que colidiu a sua bicicleta em um caminhão durante uma corrida de revezamento. Os médicos explicaram que ele sofreu um grave trauma facial e craniano e alertaram para possíveis danos cerebrais.

O ex-piloto de Fórmula 1 competia em uma etapa do revezamento do Objetivo Tricolor, uma competição que reúne atletas paralímpicos em bicicletas de mão, triciclos ou cadeiras de rodas. O acidente ocorreu no quilômetro 146 da rodovia entre Pienza e San Quirico d’Orci.

Segundo informações da imprensa italiana, Zanardi teria perdido o controle da sua bicicleta de mão em uma descida, em uma curva, indo para a pista oposta. Na contramão, ele se chocou com um caminhão. Um vídeo divulgado pela emissora Tgr Rai Toscana mostra o que aparentemente era o equipamento de Zanardi tombado de lado na beira da estrada, parcialmente destruído.

Zanardi soma quatro medalhas de ouro paralímpicas. Ele competiu na Fórmula 1 entre 1991 e 1994, depois indo para o automobilismo norte-americano, onde foi campeão na Cart em 1997 e 1998, regressando no ano seguinte para a F-1.

Em 2001, um grave acidente em corrida da Cart na Alemanha o fez perder as duas pernas. O italiano ainda seguiria envolvido no automobilismo, mas aos poucos passou a se concentrar no esporte paralímpico. E faturou dois ouros nos Jogos de Londres-2012 e outros dois no Rio-2016.

O governador de São Paulo, João Doria, autorizou nesta sexta-feira o retorno de competições e treinos de motociclismo e automobilismo. Eventos de categorias como Stock Car e SuperBike, entre outras, poderão ser retomados sem público, mas somente em cidades que se encontram na faixa amarela do plano de retomada das atividades dentro do Estado.

Atualmente, além da capital da região metropolitana, somente o litoral sul do Estado se encontra na fase amarela. No entanto, a liberação do governo estadual significa que o principal autódromo do País, Interlagos, poderá voltar a receber corridas e treinos normalmente a partir de agora.

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"Será preciso a testagem de pilotos e todos os profissionais, como funcionários e fornecedores, fora a medição de temperatura e uso obrigatório de máscara em álcool em gel", afirmou o governador em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes. "Esses esportes são individualizados e controlados, mas voltarão sem a presença de público", completou.

Meses atrás, para viabilizar as competições de automobilismo, a Confederação Brasileira da modalidade (CBA), elaborou um protocolo médico com medidas de segurança. Entre outras determinações, estão previstas a redução do número de funcionários presentes às corridas e a testagem em massa das pessoas envolvidas.

"Sabemos que o momento exige muita paciência, mas os dirigentes apresentaram seus protocolos, aguardaram o posicionamento do governo e, portanto, demonstraram preocupação com a saúde de todos os envolvidos em seus eventos", afirmou o Secretário de Esportes, Aildo Ferreira.

A principal categoria do automobilismo nacional, a Stock Car, sofreu com sucessivos adiamentos e cancelamentos de provas no início deste ano. O calendário deve começar no dia 26 de julho, em Goiânia, também com os portões fechados. Com o anúncio feito nesta sexta-feira feito por Doria, a categoria pretende também marcar futuras provas ainda neste ano em Interlagos.

"Este foi um passo importante e estamos muito felizes de que o projeto de retorno às atividades para o automobilismo tenha sido bem aceito. É muito importante para toda a comunidade do esporte a motor a volta das corridas", afirmou Carlos Col, CEO da Vicar, organizadora da Stock Car. "Mesmo que as corridas aconteçam sem público, trata-se de uma atividade econômica importante, que gera empregos e sustenta muitas famílias. Estamos há meses seguindo as orientações das autoridades", acrescentou.

O piloto brasileiro Felipe Nasr testou positivo para o coronavírus e vai ficar fora da corrida da Sports Car, neste sábado, no Daytona International Speedway, na Flórida, nos Estados Unidos. Ele não chegou a ir para o autódromo, não tendo contato com pessoas envolvidas na prova.

A equipe Action Express Racing anunciou nesta sexta-feira que Gabby Chaves substituirá Nasr, com o brasileiro sendo colocado em quarentena em Miami, onde possui residência. O brasileiro explicou que começou a se sentir mal quando dirigia na última quinta-feira para Daytona Beach.

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"Eu não estava me sentindo bem. Então, antes de eu ir para a pista ou de me encontrar com minha equipe ou qualquer pessoa, fui e fiz o teste e, infelizmente, testei positivo", disse Nasr, através de um comunicado.

O brasileiro explicou que estava em Miami há cerca de um mês se preparando para a segunda corrida da IMSA na temporada 2020 e que vinha cumprindo as medidas de distanciamento social. "Senti que estava fazendo tudo corretamente", afirmou.

"Estou esperando tanto tempo para este fim de semana voltar às corridas. Espero que eu me recupere rapidamente, e meus médicos possam me liberar para voltar a correr em breve", acrescentou o brasileiro, que competiu na Fórmula 1 nas temporadas 2015 e 2016.

Nasr foi campeão da Sports Car, a categoria de protótipos da IMSA, em 2018 e iria dividir o Cadillac DPi-V.R. número 31 com o também brasileiro Pipo Derani neste sábado. Doente, será substituído pelo colombiano Chaves em Daytona.

A Mercedes, atual hexacampeã mundial de pilotos e construtores da Fórmula 1, revelou, nesta segunda-feira, que vai correr com um carro todo pintado de preto na temporada 2020. A atitude é uma forma de protesto da equipe contra qualquer tipo de discriminação e o novo layout já vai ser usado na estreia da temporada no próximo fim de semana, no GP da Áustria.

"Vamos competir de preto em 2020, como um compromisso público para melhorar a diversidade de nossa equipe - e uma declaração clara de que somos contra o racismo e todas as formas de discriminação", escreveu a equipe em uma nota nas redes sociais.

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O austríaco Toto Wolff, chefe da equipe, exaltou a iniciativa afirmou que a equipe pretende recrutar talentos de todas as origens para seu quadro de funcionários. "O racismo e a discriminação não têm lugar em nossa sociedade, esporte ou equipe: essa é uma crença central na Mercedes. Mas não basta ter as crenças e a mentalidade certas se permanecermos em silêncio. Desejamos usar nossa voz e nossa plataforma global para defender o respeito e a igualdade, e a Flecha de Prata correrá de preto durante toda a temporada 2020 para mostrar nosso compromisso com uma maior diversidade dentro de nossa equipe e esporte."

Nas últimas semanas, após o assassinato do americano George Floyd, Lewis Hamilton passou a se posicionar constantemente contra a discriminação racial. O hexacampeão cobrou da Fórmula 1 e de seus colegas uma postura ativa contra o racismo e depois participou pessoalmente de protestos de rua em Londres, na Inglaterra. O piloto inglês também foi nomeado líder da força-tarefa "We Race as One" ("Nós Corremos como Um", em português), criada pela F-1.

"É muito importante aproveitarmos esse momento e o utilizarmos para nos educar se você é um indivíduo, marca ou empresa para fazer mudanças realmente significativas quando se trata de garantir igualdade e inclusão. Pessoalmente, experimentei racismo em minha vida e vi minha família e amigos experimentando racismo, e estou falando de coração quando apelo à mudança. Gostaria de agradecer imensamente a Toto e ao Mercedes Board por dedicarem tempo para ouvir, conversar e realmente entender minhas experiências e paixões, e por fazer esta importante declaração de que estamos dispostos a mudar e melhorar. o negócio", afirmou Lewis Hamilton.

Bernie Ecclestone, antigo mandachuva da Fórmula 1, afirmou que, "em muitos casos, negros são mais racistas do que brancos". A polêmica frase foi dita em entrevista à CNN americana, que o questionou sobre o novo programa "We Race as One", criado pela F-1, para promover maior igualdade no esporte.

"Isso fará com que as pessoas pensem o que é mais importante. Eu acho que é o mesmo para todos. As pessoas devem refletir um pouco e pensar: 'Bem, que diabos. Alguém não é igual as pessoas brancas e as pessoas negras devem pensar o mesmo das pessoas brancas. Em muitos casos, os negros são mais racistas do que os brancos", disse o ex-mandatário da F-1.

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Apesar da frase polêmica, Ecclestone afirmou que a organização não se importava com pautas sobre diversidade. Para o ex-dirigente, essa é a explicação para a F-1 ter demorado tanto para criar iniciativas nesse âmbito.

"Acho que ninguém se importava com isso antes. Penso que é um assunto importante, mas que está aí há tanto tempo e ninguém fez nada. Por que ninguém fez isso há dois ou três anos? Eles estão muito ocupados tentando ganhar corridas, ou buscar patrocinadores ou coisas do tipo", disse.

Ecclestone também elogiou a participação Lewis Hamilton nos protestos antirracistas em Londres. "Lewis é especial. Primeiro, ele é muito, muito, muito talentoso como piloto e agora parece ser extremamente talentoso quando está de pé e pode fazer discursos. Esta última campanha que ele está fazendo para os negros é maravilhosa. Ele está fazendo um ótimo trabalho e são pessoas assim, que outras pessoas escutam."

Um ato alusivo ao racismo teve destaque desfavorável no esporte a motor dos Estados Unidos (EUA) no último domingo (21). Membros da equipe do piloto Bubba Wallace, da Nascar Cup Series, encontraram uma corda entrelaçada de modo semelhante ao utilizado em rituais de enforcamento de escravos no passado.

O objeto foi achado no box de Wallace, único esportista negro da categoria, durante preparação para a etapa de Talladega, no estado do Alabama.

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A organização da Nascar abriu uma investigação para saber a origem do objeto localizado na garagem da equipe Chevrolet Motorsport.

O episódio foi considerado uma afronta à postura de luta de Wallace. Há cerca de duas semanas, o piloto liderou um ato com outros automobilistas em que exigiam a retirada da bandeira dos Estados Confederados do torneio. A insígnia é vista como menção ao ódio racial, usada pelos supremacistas do sul durante a Guerra Civil Americana (1861-1865).

Os mandatários da competição acataram o pedido e o símbolo não será mais hasteado nas provas. Apesar do banimento, alguns defensores da utilização da flâmula fizeram protesto em favor do estandarte no lado de fora do autódromo.

Em seu perfil no Twitter, Wallace desabafou. "O ato deplorável de racismo e ódio desta noite me deixa muito triste, e serve como um doloroso lembrete do quanto ainda precisamos andar como sociedade, e o quão persistente precisamos ser na luta contra o racismo", escreveu.

Na pista

Devido às chuvas, a etapa de Talladega foi suspensa e deve acontecer nesta segunda-feira (22). A largada acontece às 16h (horário de Brasília).

O piloto Lewis Hamilton aprovou a atitude dos manifestantes anti-racismo que jogaram no rio Avon, neste domingo, a estátua de Edward Colston, em Bristol, na Inglaterra. Colston foi um comerciante de escravos durante o século XVII e ficou muito rico. Sua estátua estava no local desde 1895.

O hexacampeão de Fórmula 1 usou suas redes sociais. "A estátua do mercador de escravos, Edward Colston, sendo derrubada. Nosso país homenageou um homem que vendia escravos africanos. Todas as estátuas de homens racistas que fizeram dinheiro vendendo outros seres humanos deveriam ser derrubadas. Qual a próxima? Eu desafio os governos ao redor do mundo a realizar essas mudanças e a remover pacificamente estes símbolos racistas."

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"Edward Colston era um monstro que comprava, vendia e comercializava africanos, seres humanos, e os forçava a escravidão até a morte. Ninguém que fez isso deve ser honrado. Foi e é terrorismo hoje e antes. Ele nunca deveria ter uma estátua. Tenho orgulho dos ativistas e organizadores de Bristol, no Reino Unido, que derrubaram isso. Coloquem todos para baixo. Em toda parte. Eu apoio isso", afirmou Hamilton, único piloto negro da F-1.

Hamilton foi um dos primeiros atletas a opinar sobre a morte de George Floyd, o homem negro morto brutalmente por um policial branco, em Minneapolis, nos Estados Unidos. O piloto insinuou racismo na F-1 e alertou para o incômodo silêncio de seus colegas de profissão, ganhando o apoio de vários na sequência.

A Prefeitura de São Paulo suspendeu na terça-feira o processo de licitação do autódromo de Interlagos para a iniciativa privada. A informação foi publicada Diário Oficial do Município. O prefeito Bruno Covas (PSDB) revelou que a decisão de interromper a concorrência pública se deu após o Tribunal de Contas do Município (TCM) concluir que o processo "não possui condições de prosseguimento".

Antes disso, em fevereiro deste ano o TCM havia citado a necessidade de alterações no projeto de concessão do autódromo para a iniciativa privada. O órgão indicou o acréscimo de requisitos como a limitação do número máximo de empresas para participar em consórcio na licitação, melhoria nos critérios de penalidade contratual, dispositivo de transparência no processo de desestatização e maior participação da prefeitura em pesquisas de satisfação dos usuários sobre o Complexo Interlagos.

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Depois disso, o edital chegou a ser atualizado e republicado, porém agora a prefeitura decidiu suspender o processo. Desde 2017 a cidade pensa em uma maneira de ceder o espaço à iniciativa privada e tem debatido variadas formas de se concretizar esse objetivo. Após a primeira alternativa ser a privatização, no ano passado a prefeitura optou por mudar o formato da proposta e lançar uma concessão à iniciativa privada.

Ao longo dos 35 anos de concessão, a Prefeitura de São Paulo previa arrecadar quase R$ 1 bilhão com Interlagos com recursos vindos do pagamento da outorga, investimentos, pagamento de impostos e desoneração do orçamento municipal. Entre as exigências aos interessados estão a necessidade do espaço ser multiuso, com a possibilidade de receber a construção de shopping, hotel, galpão comercial e, claro, eventos automobilísticos.

A concessão privada de Interlagos é considerada como um dos trunfos da Prefeitura de São Paulo para conseguir renovar o contrato com a Fórmula 1 para a realização do GP do Brasil - há agora a concorrência do Rio de Janeiro. O acordo atual vale somente até o final deste ano. A prova está prevista para ser disputada em novembro.

As corridas de carro deixaram de ser nos autódromos e passaram a ser exclusivamente na sala de casa durante a pandemia do novo coronavírus. Os pilotos das mais importantes categorias têm utilizado as plataformas virtuais em computadores e até jogos de videogame para manterem o contato com habilidades importantes da automobilismo enquanto todos os campeonatos estão suspensos.

Os treinos em simuladores já fazem parte do cotidiano dos pilotos de Fórmula 1 e outras categorias há anos, mas atualmente se tornaram a única oportunidade de praticar a direção de um carro. No momento, só é possível conhecer as pistas, testar reflexos, pisar no acelerador e fazer as ultrapassagens enquanto se está acomodado diante de um tecnologia de ponta capaz de reproduzir virtualmente boa parte das sensações de uma pista de verdade.

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Boa parte dos pilotos utiliza plataformas de simuladores que chegam a custar mais de R$ 100 mil e são utilizados no computador. Alguns chegam até se reunir pela internet e organizar campeonatos durante esta quarentena. Felipe Massa e Rubens Barrichello, por exemplo, têm disputado uma competição beneficente nos últimos dias com a presença de 28 participantes.

No caso do brasileiro Igor Fraga, da Fórmula 3, a rotina em simuladores não é nova. O piloto de 21 anos foi campeão mundial de Gran Turismo, único campeonato virtual homologado pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA), e agora chega a treinar cinco horas por dia. A plataforma preferida dele é o PlayStation 4, com o acréscimo de um volante para reproduzir os movimentos.

"As competições online do jogo têm um nível muito alto, isso acaba forçando a superar limites. O simulador te faz desenvolver bem a habilidade para acelerar e as técnicas de frenagem", explicou.

No fim do ano passado, Fraga guiou em um evento de simuladores de Gran Turismo 4 como companheiro do hexacampeão mundial de Fórmula 1 Lewis Hamilton. "O Hamilton chegou a ter dificuldade em algumas voltas iniciais. Depois ele já melhorou e teve uma capacidade de adaptação impressionante", relembrou.

O piloto da Stock Car Sérgio Jimenez é outro apreciador de simuladores. "Ele até ajuda a manter a concentração, porque como não tem o barulho do motor, você precisa ficar mais ligado", explicou.

Jimenez afirma que por utilizar o equipamento em casa, é necessário também ficar atento para outras distrações não atrapalharem, como conversas ou até o telefone tocar. Enquanto as provas não retornam, ele mantém o trabalho como empresário e dono de postos de gasolina.

O atual tricampeão da Stock Car, Daniel Serra, não acelera em uma pista há quase dois meses e tem sentido falta da velocidade. Os treinos físicos têm sido importantes na quarentena, assim como não ficar tão focado exclusivamente nas corridas virtuais. "Existe um jeito certo de se guiar no simulador, mas nem sempre é o mesmo jeito de se guiar na realidade. Eu gosto de usar para aprender algumas pistas, mas o simulador não tem às vezes os detalhes mais específicos do circuito", disse.

SEM ALTERNATIVA - Já para quem anda de moto, não há alternativa. O piloto Eric Granado, da Moto-E, não tem com substituir a falta de corridas. "Na moto não tem simulador. E os que existem, lá na Europa, são distantes da realidade. A moto transmite uma sensação na pista que é difícil colocar em uma máquina", explicou.

Durante a quarentena, ele tem procurado se recuperar de uma lesão no ombro direito sofrida recentemente e tenta minimizar possíveis impactos da falta de calendário. "Por mais que eu treino, nunca vou conseguir trabalhar os músculos e preparação do jeito que a moto exige, principalmente nos ombros, antebraço e no cardiorrespiratório", comentou.

Kyle Larson, da equipe Chip Ganassi, foi suspenso pela direção da Nascar por emitir palavras de cunho racista durante a transmissão de uma corrida virtual no último domingo. O piloto proferiu a seguinte frase, enquanto ajustava o áudio de seu microfone: "Pode me ouvir, preto?". Larson utilizou o termo "nigger" ("preto", em português) considerada um insulto racial direcionado a pessoas negras nos Estados Unidos.

"A Nascar fez da diversidade e da inclusão uma prioridade e não vai tolerar o tipo de linguagem usada por Kyle Larson durante o evento iRacing de domingo. Nossas diretrizes de conduta dos membros são claras a esse respeito, e as aplicaremos para manter um ambiente inclusivo para toda a nossa indústria e base de fãs", escreveu a organização.

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De acordo com o livro oficial de regras da Nascar, o piloto infringiu a seção de Procedimentos Gerais e de Diretrizes de Conduta do Membros, podendo passar pelo treino de sensibilidade da organização.

A Chip Ganassi também se manifestou diante da fala do piloto. De acordo com a organização, as palavras proferidas por Larson são ofensivas e inaceitáveis. "Estamos extremamente desapontados com as palavras de Kyle no evento da noite de ontem (domingo). As palavras escolhidas por ele são ofensivas e inaceitáveis. Estamos suspendendo seu pagamento enquanto trabalhamos nesta situação com todos os envolvidos", revelou.

Após a retaliação, Larson utilizou as suas redes sociais para se desculpar. O piloto disse que sua fala causa danos irreparáveis e que sente muito pelo equívoco. "Apenas quero dizer que sinto muito. Na noite passada, cometi um erro e disse uma palavra que nunca, nunca deveria ter sido usada, e não há desculpas para isso. Sinto muito pela minha família, pelos meus amigos, meus parceiros, pela comunidade da Nascar, e, especialmente, pela comunidade afrodescendente americana. Entendo que o estrago é talvez irreparável, apenas quero deixar claro a todos o quão sinto muito, espero apenas que todos fiquem em segurança nesses tempos malucos. Obrigado", afirmou.

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