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O presidente da Eslovênia, Borut Pahor, afirmou que, se a cúpula de emergência da União Europeia, marcada para domingo, não produzir uma solução aceitável para a crise imigratória, o país vai agir por conta própria.

"A Eslovênia não pode se tornar um local onde os refugiados ficam presos se as fronteiras da Áustria e da Alemanha fecharem, porque o país não consegue lidar com isso", afirmou em discurso, segundo a agência estatal STA, sem oferecer detalhes do que faria.

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No entanto, fontes ligadas ao governo disseram que, para conter a onda migratória, o país pode levantar uma cerca ao longo da fronteira com a Croácia.

O discurso do primeiro-ministro da Bulgária, Boyko Borisov, foi na mesma linha que o do líder esloveno. Para ele, seu país, a Sérvia e a Romênia não podem se tornar "zonas-tampão" caso os demais países se recusem a receber imigrantes.

"Não vamos expor nossos países à pressão devastadora dos milhões que querem entrar aqui", disse.

Neste domingo, líderes de Áustria, Bulgária, Croácia, Alemanha, Grécia, Hungria, Romênia e Eslovênia participam de um encontro em Bruxelas para discutir a crise imigratória. Os governos da Macedônia e da Sérvia, que não fazem parte da União Europeia, também foram convidados para o encontro. Fonte: Associated Press.

Dezenas de milhares de pessoas fugiram de suas casas neste sábado (17) na Bósnia e na Sérvia, após enchentes alcançarem vilas e cidades, matando pelo menos 20 pessoas, número que, segundo autoridades locais, pode aumentar.

Meteorologistas dizem que a inundação é a pior desde que os registros começaram, há 120 anos, e é resultado do grande volume de chuvas dos últimos três dias, equivalente ao historicamente observado em três meses. Goran Mihajlovic, do Centro de Clima da Sérvia, disse que tais chuvas acontecem uma vez a cada 100 anos.

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Na cidade de Bijeljina, no oeste da Bósnia, cerca de 10 mil pessoas foram evacuadas de suas casas neste sábado. Autoridades bósnias disseram que 12 pessoas morreram e mais corpos poderiam aparecer com o recuo da água nas dezenas de cidades alagadas nos últimos três dias. Em alguns lugares, a enchente alcançou o segundo andar das casas e os moradores tiveram de ser resgatados de helicóptero.

Na Sérvia, que até agora registrou oito mortes, as equipes de emergência usavam barcos e helicópteros para resgatar milhares pessoas presas na cidade de Obrenovac, perto de Belgrado. Autoridades disseram que mais de 15 mil pessoas foram evacuadas até agora nas regiões atingidas pelas enchentes e a maioria encontrou abrigo em escolas e ginásios.

A inundação em Obrenovac está ameaçando a usina de energia Nikola Tesla, a maior da Sérvia. A capacidade da planta já havia sido cortada depois que uma mina de carvão próxima ter sido inundada.

A chuva diminuiu em algumas localidades neste sábado, mas o primeiro-ministro sérvio Aleksandar Vucic disse em entrevista que uma nova onda de cheia no rio Sava chegará domingo à noite. "Nossa principal preocupação é proteger a usina", disse Vucic. "Faremos tudo o que pudermos".

Sérvia e Bósnia apelaram por ajuda internacional. A equipe russa juntou esforços de resgate na Sérvia e muitos países da União Europeia enviaram equipamentos de emergência e equipes. Fonte: Dow Jones Newswires

O aborto seletivo de meninas, um fenômeno geralmente associado à Ásia, também afeta certos países da Europa Oriental e do Cáucaso, onde o desequilíbrio de nascimentos supera, por vezes, o da Índia, indica um relatório do Instituto Francês de Estudos Demográficos (INED).

Segundo este estudo, a proporção de sexo masculino ('sex ratio') nos nascimentos se situa entre 110 e 117 meninos para cada 100 meninas no sul do Cáucaso (Azerbaijão, Armênia, Geórgia) e no oeste dos Balcãs, em particular na Albânia.

Considera-se que este número é desproporcional se superar 105 meninos para cada 100 meninas.

"Em três países caucasianos, a proporção aumentou nos anos 1990 e alcança níveis superiores às estimativas atuais para toda a Índia", país em que a prática do aborto seletivo continua gerando um sério problema demográfico, afirma o INED.

Segundo o relatório, o desequilíbrio mais grave é registrado no Azerbaijão, com uma proporção de 117, o que converte este país no segundo do mundo, depois da China, em diferença de sexos no nascimento.

No oeste dos Balcãs, incluindo Albânia, Kosovo e Montenegro, os níveis de desequilíbrio observados são menores, cerca de 110-111 nascimentos masculinos para cada 100 femininos. Mas, segundo o INED, "sua regularidade no decorrer dos anos atesta a realidade do desequilíbrio".

O Instituto afirma que este fenômeno foi descrito pela primeira vez há dez anos, sem nenhuma reação dos países envolvidos. "A persistência dos valores tradicionais patriarcais continua sendo o eixo da preferência pelos nascimentos masculinos nesta região", comenta.

Estes países da Europa Oriental passaram por mudanças sociais e políticas importantes desde 1991, com o desmantelamento do sistema socialista, os conflitos e a transformação rápida das condições de vida.

Segundo o INED, as estruturas patriarcais "sobreviveram às décadas comunistas e se viram reforçadas pela queda do regime. A crise que se seguiu acarretou uma retirada rápida do Estado" e "a estrutura familiar apareceu então como a instituição social mais sólida".

"A baixa recente da fecundidade e o surgimento de uma oferta moderna de serviços de saúde (...) reforçaram o desejo de seleção pré-natal em função do sexo".

No entanto, o INED não explica o fato de que não há desequilíbrio entre sexos no nascimento em países vizinhos dos apontados que viveram uma história similar e têm valores patriarcais comparáveis.

O Tribunal Nacional da Espanha aprovou nesta quarta-feira a extradição para a Sérvia de Vladimir Milisavljevic, um dos condenados pela assassinato do primeiro-ministro sérvio Zoran Djindjic em 2003, segundo uma fonte do tribunal. Milisavljevic, conhecido na Sérvia como Budala ("O Bastardo") foi sentenciado em um julgamento que não contou com sua presença em 2007 a 35 anos de prisão pela sua participação, junto com outros membros do clã Zemun, no ataque à Djindjic em Belgrado. Djindjic, antes de ser primeiro-ministro, foi prefeito de Belgrado no final dos anos 1990.

"Bastardo" foi um dos doze condenados pela morte de Djindjic, morto com um tiro no peito. Acredita-se que o clã Zemun, acusado de fazer parte da máfia sérvia, matou o premiê por causa do combate ao crime organizado no país balcânico.

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As informações são da Associated Press.

Nevascas bloquearam rodovias, isolaram vilarejos e interromperam o fornecimento de energia elétrica nesta terça-feira nos Bálcãs, pelo quarto dia consecutivo. Em uma das regiões mais atingidas, a neve e avalanches bloquearam rodovias no norte de Montenegro, onde um metro de neve caiu nesta madrugada, segundo as autoridades. Ao longo da fronteira com a Sérvia, a neve bloqueou as estradas e passos fronteiriços, isolando vilarejos e deixando casas e escolas sem eletricidade. As nevascas e as baixas temperaturas já mataram nove pessoas nos Bálcãs, com termômetros marcando até 15 graus Celsius negativos nos últimos dias.

Já na Sérvia, onde começou a nevar no sábado passado, garis e funcionários das prefeituras ainda retiram a neve das praças de algumas cidades. Na Bósnia algumas cidades ficaram sem eletricidade e na Croácia o governo alertou os doentes e idosos a ficarem em casa e não se exporem à neve.

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As informações são da Associated Press.

Manifestantes e policiais entraram em confronto na Grécia nesta quarta-feira, dia de greve geral no país. Milhares de gregos deixaram o trabalho para participar da paralisação geral convocada pelos dois principais sindicatos do país, o GSEE e o ADEDY, em protesto contra a nova rodada de cortes de gastos que o governo anunciará nos próximos dias. Na quinta-feira, o primeiro-ministro da Grécia, Antonis Samaras, se reunirá com os líderes do partidos que formam o governo e eles tentarão chegar a um acordo sobre os cortes de 12 bilhões de euros exigidos pelos inspetores do Banco Central Europeu (BCE), Comissão Europeia (CE) e Fundo Monetário Internacional (FMI), a chamada troica. Os cortes no orçamento de 2013 são uma exigência para que a Grécia continue a receber dinheiro dos credores e evite a insolvência.

Pelo menos oito policiais e dois manifestantes ficaram feridos em Atenas, onde a polícia deteve 21 pessoas. A manifestação, que reuniu 60 mil pessoas em Atenas, foi pacífica até que desordeiros lançaram bombas caseiras e garrafas contra as forças de segurança. "Pessoas, lutem, eles estão bebendo nosso sangue", cantavam as pessoas presentes. A greve de 24 horas é a primeira desde que o governo de coalizão formado por três partidos e liderado por Samaras foi empossado, em junho, e representa o primeiro teste real sobre a oposição pública aos cortes. Também ocorreram manifestações que reuniram milhares de pessoas em Salonica, Patras e nas maiores cidades do país.

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Em Atenas, tropas de choque utilizaram gás lacrimogêneo e spray de pimenta contra centenas de manifestantes, após a violência ter irrompido perto do Parlamento. Indignados com a situação econômica do país, os queixosos colocaram fogo em árvores e utilizaram martelos para quebrar pavimento e painéis de mármore e atirar os destroços nos policiais.

"Agora a palavra está com a sociedade grega porque o governo de coalizão, liderado por Samaras, é incapaz de defender os interesses mais elementares da sociedade grega", disse o líder do partido de oposição Syriza, Alexis Tsipras, à agência italiana Ansa. Segundo ele, Samaras e a troica estão transformando a Grécia em um "cemitério social".

As informações são da Associated Press, Dow Jones e Ansa.

Seguidores do partido de extrema direita da Grécia, o Aurora Dourada, entregaram pacotes com alimentos na frente do Parlamento grego nesta quarta-feira, mas garantiram para que apenas populares gregos, e não imigrantes ou estrangeiros, recebessem a comida. Centenas de populares fizeram fila na praça Syntagma para receber as doações. Os voluntários neonazistas, vestidos com roupas negras, entregaram os pacotes, com leite, macarrão, batatas e azeite de oliva. A Grécia entrou no quinto ano seguido de recessão e a taxa de desemprego atinge mais de 20% da força de trabalho.

Os partidários da Aurora Dourada são acusados de atacarem estrangeiros e imigrantes, enquanto alguns dos seus líderes disseram admirar o ditador alemão Adolf Hitler. O partido rejeitou essas declarações. Os neonazistas gregos são acusados de liderar uma campanha de espancamentos contra imigrantes africanos e asiáticos nas maiores cidades gregas. Seus partidários negam os ataques.

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"A Aurora Dourada é um partido nacionalista e acima de tudo nos preocupamos com os gregos", disse o parlamentar Nikolaos Michos, do partido. O Aurora Dourada emergiu como a quarta maior força política da Grécia em 17 de junho, quando conseguiu eleger 18 deputados no Parlamento de 300.

"De dia, eles entregam comida. À noite, espancam as pessoas", disse o vereador de esquerda Petros Constantinou, de Atenas. "Eles estão explorando a miséria em troca de votos. Isso é degradante", disse Constantinou.

As informações são da Associated Press.

O Parlamento da Albânia elegeu nesta segunda-feira o novo presidente do país, o ex-ministro do Interior Bujar Nishani, após três tentativas fracassadas de escolher um novo mandatário para o país. "Nishani é o novo presidente da República Albanesa", disse a líder do Parlamento, Jozefina Topalli, após a votação parlamentar. Nishani foi eleito com 73 votos dos 140 do Parlamento, dois a mais que o necessário. Apenas 76 parlamentares votaram e a oposição socialista, em crise com o governo desde 2009, boicotou o voto. Um parlamentar votou contra e dois se abstiveram.

A Albânia está em crise política há três anos, desde que a oposição socialista acusou o partido Democrata, do governo de centro-direita, de fraude eleitoral nas eleições legislativas de junho de 2009. Embora a democracia albanesa seja parlamentarista e os poderes estejam concentrados no primeiro-ministro, o presidente tem algumas funções como chefe supremo do Estado e das Forças Armadas.

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As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Um ônibus que transportava estudantes universitários em uma viagem de pré graduação caiu de uma montanha no sul da Albânia nesta segunda-feira, matando 12 pessoas e ferindo outras 21, informaram as autoridades albanesas. Segundo a Universidade Aleksander Xhuvani, que fica na cidade de Elbasan, dois ônibus transportavam 75 estudantes de idiomas e literatura, além de três professores, em uma viagem à cidade de Saranda.

Um dos ônibus, transportando 33 pessoas, despencou da estrada sinuosa e caiu de uma altura de 80 metros, perto da cidade de Himare, 220 quilômetros ao sul da capital Tirana, disse a porta-voz da polícia albanesa, Klejda Plangarica. A causa do acidente é desconhecida. Um camponês que mora nas imediações da rodovia disse que o ônibus trafegava em alta velocidade. O ministro dos Transportes da Albânia disse que a rodovia recebeu asfalto novo recentemente e está em boas condições. Quatorze dos estudantes feridos correm risco de vida e foram levados de helicóptero ao hospital militar de Tirana. O prefeito de Himare, Edmond Velcani, disse que o motorista do ônibus morreu no desastre.

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O primeiro-ministro da Albânia, Sali Berisha, enviou pêsames às famílias dos estudantes mortos. Berisha está em Chicago (EUA), onde participa da cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). O governo albanês declarou luto nacional nesta segunda-feira por causa das mortes.

As informações são da Associated Press.

Rios transbordaram nesta terça-feira na Bulgária e na Grécia e deixaram dezenas de casas debaixo da água. A agência de defesa civil da Bulgária avisou que duas barragens maiores estão à beira de transbordar e os moradores foram alertados a se preparar para uma possível retirada. As autoridades iniciaram uma liberação controlada da água das barragens a fim de evitar o transbordamento, e o número de mortos pela onda de frio na Europa, que ontem era de 364 pessoas, se aproxima dos 400.

As autoridades búlgaras declararam um dia de luto pela morte de oito pessoas após o rompimento de uma barragem inundar a vila de Bisser, onde moravam. Na Itália, as autoridades informaram hoje, segundo a agência Ansa, que 36 pessoas foram mortas pela onda de frio - 26 óbitos ocorreram de ontem para hoje ou foram comunicados nesta terça-feira, o que elevou o total de mortes pelo frio na Europa para 396 pessoas nos últimos dez dias, somadas mais seis pessoas que morreram na Polônia nas últimas 24 horas.

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Na Ucrânia, país onde o frio já matou mais pessoas - 135 até a última contagem oficial - serviços de emergência usaram helicópteros para resgatar marinheiros que ficaram retidos em um navio preso no Mar de Azov, que congelou. Pelo menos 2.150 pessoas foram hospitalizadas na Ucrânia com sintomas de hipotermia e congelamentos de mãos e pés. Já na Polônia, mais 6 pessoas foram mortas pelo frio nas últimas 24 horas, informou o Ministério do Interior em comunicado. Isso elevou a 68 o total de mortos na Polônia pela onda de frio nos últimos dez dias.

Europeus em todo o continente encaram há mais de uma semana condições meteorológicas extremas, com milhares presos pela neve em regiões remotas e montanhosas nos Bálcãs, com centenas - a maioria deles sem-teto - mortos após as temperaturas chegaram a -36ºC e com as autoridades enfrentando a perspectiva de inundações por causa do derretimento do gelo.

Na Grécia, os socorristas tiveram de ajudar cinco idosos a sair de suas casas inundadas após o rio Evros (Maritza) transbordar perto da fronteira nordeste do país com a Bulgária. Vários moradores idosos também foram retirados durante a noite de outras três vilas na área. Autoridades gregas de proteção civil disseram que uma mulher de 40 anos se afogou em uma enxurrada no leste do Mar Egeu, na ilha de Symi, na segunda-feira. Nevascas foram relatadas no norte da Grécia, prejudicando o tráfego rodoviário e causando o corte de energia em áreas remotas.

Na Itália, o governo informou nesta terça-feira que 36 pessoas foram mortas pela onda de frio, em grande parte sem-teto desabrigados no norte do país ou idosos que se acidentaram. Perto de Bolonha, um caminhoneiro de 62 anos morreu de hipotermia, dentro do veículo preso na neve. Em Pádua, na região do Vêneto, uma mulher morreu afogada no rio Brenta, onde mergulhou para tentar salvar seu cachorro que caiu na água após o gelo em que caminhava na margem se romper. Na região da Basilicata (sul) o exército conseguiu salvar seis caminhoneiros que estavam bloqueados pela neve em uma estrada nas montanhas, entre Matera e Spinazzola. Neva na Basilicata e na região vizinha da Campanha há mais de 48 horas, segundo a Ansa, e na Toscana o rio Arno, que corta a cidade de Florença, começou a congelar.

Na Romênia, 127 comunidades estão isoladas pela neve e 1.100 pessoas passaram a madrugada de hoje retiradas em dois trens nas planícies. Uma empresa de eletricidade informou que 60 mil pessoas estão sem energia.

As informações são da Associated Press.

O número de mortos pela onda de frio que atinge o continente europeu há mais de uma semana ultrapassou 360 nesta segunda-feira, após serem informados mais mortes na Ucrânia e nos países do Leste Europeu. Segundo as autoridades europeias, nesta segunda-feira a contagem de mortes pelo frio está em 364 óbitos. Na Ucrânia, o país mais atingido pela onda de frio, o número de mortos chegou a 135 nesta segunda-feira, informou o Ministério de Emergências da Ucrânia. As temperaturas caíram a uma mínima de -36º Celsius em algumas regiões. Na Polônia, o Ministério do Interior informou que mais nove pessoas morreram de hipotermia nas últimas 24 horas, o que elevou a 62 o total de mortos pelo frio nos últimos dez dias. Na Ucrânia, pelo menos duas mil pessoas foram internadas por hipotermia e problemas de congelamentos nos dedos, mãos e pés. A maioria dos mortos eram sem-teto.

Na Lituânia, onde as temperaturas caíram para -31 graus Celsius, a informação de que mais 12 pessoas morreram durante o final de semana elevou para 23 o total de mortos pelo frio no país báltico.

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O Aeroporto de Heathrow, em Londres, retornou praticamente ao normal nesta segunda-feira, após a neve provocar centenas de cancelamentos no fim de semana, prejudicando milhares de passageiros. O aeroporto afirmou em comunicado que as operações foram normalizadas, mas notou que haverá alguns cancelamentos, "como resultado da interrupção de ontem".

Na Bulgária, as autoridades declararam emergência em grande parte das províncias no sul do país. O chefe da defesa civil, Nicolai Nikolov, disse que uma enchente atingiu 700 casas na cidade de Bisser, perto da fronteira grega, alagando as ruas com 2,5 metros de água. A enchente ocorreu após a represa de Ivanovo entrar em colapso. As autoridades búlgaras alertaram que outras duas grandes barragens, Ivaylovgrad e Studena, estão perto de transbordar e alertaram a população a estar preparada a abandonar a região. Pelo menos oito pessoas foram mortas pelas enchente no sul búlgaro, enquanto outras quatro pessoas morreram congeladas nas mesmas regiões dentro dos seus carros.

A Suíça também registrou recordes de temperaturas baixas, com -35,1 graus Celsius aferidos no cantão de Graubuenden. Na França, 39 dos 101 departamentos do país estão em alerta por causa da onda de frio.

Na Itália, as escolas permaneceram fechadas em Roma nesta segunda-feira e também ficarão fechadas na terça-feira. Até agora, 10 mortes foram reportadas pela onda de frio, incluídas duas pessoas que morreram após o desabamento de um teto coberto de neve, ao sul de Roma. Em Milão, maior cidade do país, as temperaturas caíram a -12º Celsius nesta segunda-feira e as autoridades abriram o trecho de uma estação do metrô para abrigar cerca de 100 sem-teto. A cidade continuou a ser castigada pela neve, que se amontoava nas calçadas. As cidades de Trento e Bolzano, na região alpina do Trentino-Alto Adige, registraram mínimas de -10º Celsius e a máxima ficou perto de zero. Em Veneza, onde a mínima registrada foi de -7 graus Celsius, os canais ficaram cobertos por pedaços de gelo mas á água não chegou a congelar totalmente.

Cerca de 60 mil lares estão sem eletricidade ao redor do país, principalmente nas províncias de Arezzo e Siena, na Toscana. A estatal ENI, de petróleo e gás, alertou que poderá cortar o fornecimento de gás natural para as indústrias por causa da redução da importação do combustível russo, embora autoridades europeias tenham dito que o suprimento vindo da Rússia começou a ser restabelecido.

A agência Ansa informou que entre as vítimas está um caminhoneiro encontrado congelado dentro do seu veículo no acostamento de uma autoestrada, na região do Abruzzo, Itália central. No sul da Itália, voltou a nevar hoje na região da Basilicata e nas províncias de Sassari e Nuoro, na Sardenha.

Na Sérvia, o governo declarou estado de emergência na noite do domingo, ao dizer que as nevascas atrapalharam o funcionamento normal dos serviços públicos. Funcionários da emergência e da defesa civil estimam que 70 mil pessoas estão nas montanhas e vilarejos, com as comunicações cortadas do resto do país pelas fortes nevascas. Todas as escolas primárias e secundárias do país foram fechadas durante uma semana. A Sérvia e a Bósnia reportaram uma morte cada nas últimas 24 horas por causa da neve, enquanto a Croácia informou que quatro pessoas foram mortas pelo frio.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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