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O Rio Paraíba do Sul, que corta a cidade de Campos de Goytacazes, no Rio, atingiu a cota de 11,15 metros na madrugada de hoje, alagando a Rodovia BR-356, nas proximidades da Usina Termelétrica de Furnas.

A prefeitura está fazendo intervenções para proteger a comunidade, que possui cerca de 150 famílias, e evitar o avanço da água. Durante a madrugada, equipes da Defesa Civil colocaram sacos de areia nos bueiros e removeram famílias de áreas com alagamentos para um dos 12 abrigos montados pela prefeitura.

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Cerca de 15 famílias da região do Parque Lebret já foram encaminhadas para a o Ciep Vila Lobos, no Parque São José, em decorrência da subida do nível da Lagoa Chatuba do Lebret.

A Defesa Civil continua em estado de alerta, por conta de informações de que houve problema com vazão da represa em Santo Antônio de Pádua e, no decorrer do dia, poderá ter aumento no volume de água do Paraíba do Sul, em Campos. Segundo a prefeitura, a cidade pode decretar situação de emergência ainda hoje.

Além do alagamento, a Rodovia BR-356 continua interditada na altura do quilômetro 120 por conta de uma cratera, que se abriu na pista e alagou o bairro de Três Vendas. Ao todo, 216 famílias foram atingidas pelas águas do Rio Paraíba do Sul e estão em abrigos montados pela prefeitura. Em Três Vendas, são 1.600 pessoas desalojadas.

Um prédio residencial de três andares desabou na manhã de hoje em Belo Horizonte. O Edifício Vale dos Buritis, no bairro Buritis, região oeste da capital, estava interditado desde o início do período chuvoso na cidade, em outubro do ano passado, quando o rompimento do encanamento de água na rua fez surgir largas fissuras na fachada e na calçada na frente do imóvel. No último dia 2, um homem morreu no desabamento de uma prédio de dois blocos no bairro Caiçara, na região nordeste da capital, durante um temporal.

Após o desabamento de hoje, técnicos da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) e homens do Corpo de Bombeiros fizeram nova vistoria no local e constataram que, devido à instabilidade do terreno, há risco de desabamento dos dois prédios - um deles em construção - que ficam ao lado do Vale dos Buritis na rua Laura Soares Carneiro e que também foram interditados em outubro. "Tem muito risco. Todos os técnicos nos dizem isso. Por isso isolamos toda a área", afirmou o coordenador da Comdec, coronel Alexandre Lucas.

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Ontem, o juiz Alexandre Quintino Santiago, da 16ª Vara Cível do Fórum Lafayette, em Belo Horizonte, havia determinado a demolição emergencial do prédio, mas não houve tempo. Segundo Pedro Rocha, técnico da Defesa Civil, por causa do desabamento, a "possibilidade de demolição (dos outros edifícios) é imediata" porque eles oferecem risco a outros imóveis. Eles têm estrutura diferente da do Vale dos Buritis, que era feito de alvenaria, e podem cair inteiros, o que levou a Comdec a isolar também outro prédio e uma casa na rua Protásio de Oliveira Pena, atrás do local do desabamento.

Em nota, a Estrutura Engenharia e Construção Ltda., responsável pelo imóvel que ruiu, lamentou o desabamento e disse que "os problemas que se estendem por grande parte da rua e também afetaram outras edificações, além da própria via pública, foram causados pela saturação do subsolo por excesso de água". Ela lembrou que o prédio foi entregue há mais de 15 anos e que o problema surgiu "logo após o rompimento da rede de água da Copasa" e foi agravado pelo grande volume de chuva na capital desde o fim do ano passado. Já a Copasa, também por meio de nota, afirmou que as análises feitas no local "em conjunto com outros órgãos ligados à Defesa Civil isentam a empresa de qualquer responsabilidade sobre o ocorrido".

O caso tramita na Justiça mineira, que ainda vai analisar a responsabilidade pelo desabamento. Desde que o edifício foi interditado, o Judiciário já havia determinado à Estrutura Engenharia e Construção Ltda. que arcasse com os alugueis das seis famílias que tiveram que deixar suas casas. Novas perícias devem ser feitas no local para confirmar a causa do desabamento.

Levantamento da Defesa Civil de Minas Gerais divulgado hoje mostra que subiu para 116 o número de municípios em estado de emergência em consequência das chuvas que atingem o Estado desde outubro do ano passado.

No total, 167 cidades foram atingidos pelos temporais, afetando 2.251.574 pessoas. Até agora, 15 pessoas morreram por conta das chuvas, 36 ficaram feridas e três ainda estão desaparecidas.

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As enchentes destruíram 112 pontes em todo o estado e danificaram outras 148. Quase seis mil casas foram danificadas, deixando 12.875 desalojados e 1.240 desabrigados.

O juiz da 16ª Vara Cível do Fórum Lafayette, em Belo Horizonte, Alexandre Quintino Santiago, acatou pedido da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) da capital e determinou, no fim da tarde de hoje, a demolição do edifício Vale dos Buritis, no bairro Buritis, região oeste da cidade. O imóvel já havia sido interditado pela Defesa Civil após o surgimento de várias rachaduras e parte da fachada já havia caído. No fim de semana, partes do reboco continuaram desabando, mas os proprietários queriam que o prédio fosse mantido em pé.

No entanto, o magistrado entendeu que "o período chuvoso que atravessamos não permite que deixemos para outro momento a dolorosa decisão" de demolir o prédio. Para Alexandre Quintino, na condição em que se encontra, o prédio "não tem qualquer função social" e "existe apenas para por risco à segurança pública". Desde outubro, quando teve início o período chuvoso e grande rachaduras surgiram na fachada, a Justiça já havia determinado que a construtora Estrutura Engenharia, responsável pela edificação, pagasse aluguel para as seis famílias que tiveram que deixar o imóvel.

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Após reforços em parte da estrutura, os moradores puderam entrar para retirar os pertences, mas o prédio chegou a causar rachaduras na calçada e ameaça edifícios vizinhos. Segundo Alexandre Quintino, a demolição deve ser feita pela prefeitura, sob supervisão da Comdec e do Corpo de Bombeiros. O juiz permitiu que os moradores e a construtora indiquem técnicos para acompanhar a demolição, mas "sem interferir no trabalho".

O município de Petrópolis (RJ) registrou 467 ocorrências causadas pela chuva desde o dia 1º deste ano. Não houve vítimas. Boletim divulgado hoje aponta que 343 casos foram emergências e 124 foram ações preventivas da Defesa Civil.

Até o momento, 33 residências foram interditadas. Hoje, dois imóveis localizados na Rua Santo Antônio foram interditados após um deslizamento. As famílias estão sendo assistidas pelos agentes da Secretaria de Trabalho, Assistência Social e Cidadania (Setrac). Desde o início do ano também foram registrados alagamentos, danos a muros, infiltrações, queda de árvores, rachaduras em casas e risco de deslizamento. A cidade tem 23 pessoas desalojadas.

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Nas últimas 24 horas, o maior volume de precipitação registrado ocorreu no distrito de Posse, com índice de 139 milímetros. No Itamarati, o registro pluviométrico apresentou 46 milímetros. Petrópolis continua em estado de atenção, em função do acumulado de chuva e da previsão de pancadas de precipitação. Todos os órgãos que fazem parte do comitê estão mobilizados para qualquer tipo de emergência.

De acordo com o Governo do Rio, mais um corpo foi encontrado e já são quatro mortes confirmadas em Sapucaia, no Médio Paraíba, em um soterramento de cerca de 10 casas. O governador do Rio, Sérgio Cabral Filho, determinou que os secretários de Defesa Civil, Sérgio Simões, e de Saúde, Sérgio Côrtes, desloquem-se com suas equipes. Cães farejadores também foram enviados ao local para reforçar o trabalho de buscas.

A mineradora Vale informou hoje que as fortes chuvas em Minas Gerais estão causando "interrupções temporárias" na produção de suas minas de minério de ferro. Segundo a companhia, essas interrupções por breves períodos de tempo são motivadas por razões de segurança.

Ainda de acordo com a Vale, os níveis gerais de produção das minas no Estado não foram afetados, e o transporte ferroviário do minério continua normalmente, segundo informou um assessor de imprensa. As minas mineiras respondem por quase 50% da produção total de minério da companhia. No terceiro trimestre de 2011, a produção no Estado totalizou 31,29 milhões de toneladas.

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Minas Gerais tem sido atingido por fortes chuvas desde o fim do ano passado. Pelo menos seis pessoas já morreram, milhares tiveram de deixar suas casas e dezenas de cidades estão em estado de alerta ou emergência. E segundo as previsões meteorológicas as chuvas devem continuar. As informações são da Dow Jones.

São Paulo, 8 - Belo Horizonte registrou neste ano o acumulado de chuva de 228,7 mm, dos 296,3 mm esperados para o mês de janeiro. O índice representa 77% do total esperado para o mês.

Para hoje a previsão para o Estado é de tempo instável devido à atuação de um sistema frontal no oceano nas imediações do litoral da Região Sudeste. Há tendência de grande volume de chuva, principalmente, para o Noroeste de Minas Gerais.

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Ontem à noite, a cidade de Ubá, na Zona da Mata, foi atingida por um temporal que provocou as áreas urbana e rural. Por volta das 20 horas, uma forte chuva elevou o nível do Ribeirão Ubá provocando inundações em vários pontos. Também foram registrados deslizamentos de encostas o que causou interdição de vias no respectivo município. Não houve mortos ou feridos.

Desde outubro de 2011, quando a defesa Civil passou a contabilizar os prejuízos causados durante o período chuvoso, 103 municípios mineiros decretaram situação de emergência em decorrência dos estragos causados pelas chuvas, enchentes e deslizamentos. Outras 54 cidades foram afetadas, mas não decretaram emergência.

Até agora, foram registradas 12 mortes e duas pessoas estão desaparecidas em Santo Antônio do Rio Abaixo e União de Minas. Existem 906 pessoas desabrigadas e 11.939 mil desalojadas. (Equipe AE)

O município do Rio está em estágio de atenção desde as 15h15 da última sexta-feira, dia 6. Isso ocorre devido à possibilidade de chuva moderada, ocasionalmente forte, nas próximas horas. Na manhã de hoje, a Defesa Civil do município registrou três ocorrências sem gravidade.

Segundo a prefeitura, os níveis das lagoas Rodrigo de Freitas, Tijuca, Jacarepaguá e Marapendi estão dentro dos padrões de normalidade. Os rios do município e o Canal de Sernambetiba também apresentaram níveis normais. Equipes da Rio-Águas monitoram a situação dos rios da cidade. Para amanhã, dia 9, o tempo fica nublado e devem ocorrer chuvas fracas, de forma isolada.

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Um ano depois de ter a casa destruída pela enxurrada em Nova Friburgo, na região serrana do Rio, Maria Helena da Silva, de 45 anos, continua morando em um abrigo improvisado em um posto de saúde da prefeitura com o marido, dois filhos e a neta de 5 anos. Até hoje, ela não recebe o aluguel social, uma ajuda de R$ 500 que o governo do Estado afirma pagar a 7.250 famílias nas cidades atingidas pela chuva em janeiro de 2011. Desse total, 2.552 vivem em Friburgo.

"Dinheiro não é importante. O importante é ter uma casinha para morar com meus filhos", diz Maria Helena. Nenhuma das 6 mil unidades habitacionais prometidas pela presidente Dilma Rousseff em visita à região na época do desastre foi construída. Maria Helena morava no loteamento Alto do Floresta e conseguiu sair de casa a tempo, após o primeiro estalo. Perdeu um casal de primos e muitos amigos. Só em Friburgo o temporal matou 428 pessoas.

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Ela ainda guarda suas roupas em caixas de papelão. A família vive com R$ 200 que o marido dela, Antônio Basili, de 40 anos, recebe como soldador e R$ 300 que o filho Maciel, de 17, ganha em uma escola de tênis. Desempregada, Maria Helena estudou só até a 1.ª série. Ela conta que foi várias vezes à prefeitura, mas não conseguiu o aluguel social. Agora, espera receber do Estado.

Uma vizinha da família no Alto do Floresta, Maria de Lourdes Oliveira, de 60 anos, afirma que a Defesa Civil nunca subiu lá. A casa dela, no topo do morro, tem uma rachadura que corta todo o piso da sala. "Quando começa a chover, até estremece. Medo a gente tem, mas vai para onde?" No consultório transformado em quarto para receber a família de Maria Helena, não há espaço para cinco camas. Trinte e oito pessoas continuam vivendo no abrigo. O varal fica no corredor.

"Para vocês da imprensa passou um ano. Para a gente, foi ontem", diz Gilberto de Souza Filho, da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social de Nova Friburgo. Ele reconhece que o local "não tinha e não tem" estrutura. "A culpa não é nossa. Eram 980 pessoas em 93 abrigos. Hoje, temos 38 e só nesse." Souza termina a conversa com uma promessa: "Até o fim do mês, não haverá ninguém em abrigo." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os ministros dos Transportes, Paulo Passos, e da Integração Nacional, Fernando Bezerra, anunciaram hoje a aplicação de recursos emergenciais para minimizar os efeitos da chuva em Minas Gerais. Os dois se reuniram com o governador de Minas, Antonio Anastasia (PSDB), que vai a Brasília na próxima semana apresentar as necessidades para retomar a "normalidade" do Estado.

Segundo Bezerra, o Ministério vai liberar recursos para o Estado por meio do Cartão de Pagamento da Defesa Civil que, segundo ele, agiliza o repasse das verbas por evitar burocracias como a necessidade de aberturas de contas. "Vamos atender já através do novo instrumento. Vamos repetir essa experiência em Minas Gerais. Todas as despesas de custeio serão pagas através do Cartão da Defesa Civil", disse, referindo-se ao uso do cartão em Santa Catarina em setembro do ano passado.

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Já Passos afirmou que sua Pasta gastará, "seguramente", pelo menos R$ 100 milhões na recuperação emergencial de rodovias que foram atingidas por queda de barreiras ou que tiveram o asfalto destruído pelas águas. "O que é importante em relação a tudo isso é que a providência se faça em caráter imediato", declarou.

Na mesma hora em que os ministros se reuniam com o governador na Cidade Administrativa, sede do Executivo estadual em Belo Horizonte, o Corpo de Bombeiros resgatava duas vítimas que morreram soterradas em Governador Valadares depois que um muro de arrimo desabou sobre a casa em que estavam. Nilson Jânio Andrade, de 43 anos, e Marlene Pinheiro da Silva, de 37, não resistiram. Uma criança de 11 anos e uma adolescente de 16 foram resgatadas com vida.

Em seu segundo dia de expediente em Brasília após temporada de férias na Base Naval de Aratu, na Bahia, a presidente Dilma Rousseff recebeu hoje o ministro da Defesa, Celso Amorim. Os dois discutiram o papel do Exército nas áreas afetadas pelas fortes chuvas que castigam parte do País.

"Falamos sobre o papel que o Exército tem tido, o apoio que tem dado sobre essa questão das enchentes, que estamos fazendo no Rio, Minas (Gerais)... Enfim, correspondendo sempre aos pedidos das autoridades civis", disse Amorim a jornalistas, após o encontro, no Palácio da Alvorada.

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A presidente retornou ontem a Brasília, depois de descansar por 10 dias com a família na Base Naval de Aratu, na Bahia. Menos de uma hora e meia depois de chegar ao Palácio da Alvorada de helicóptero, recebeu a ministra Gleisi Hoffman (Casa Civil). Gleisi encurtou as férias, na última terça-feira, por causa das chuvas em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, e no mesmo dia em que o jornal O Estado de S. Paulo revelou que Pernambuco, Estado de origem do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, foi o principal destino das verbas da Pasta em prevenção e preparação de desastres naturais, como enchentes e desmoronamentos.

Em obras novas, iniciadas em 2011, Pernambuco concentrou 90% dos gastos da Pasta destinados a esse fim, revela levantamento feito com base em registros do Tesouro Nacional e pela organização não governamental (ONG) Contas Abertas.

Quase 140 mil pessoas foram afetadas pelas chuvas que atingem o Espírito Santo desde o começo do ano, segundo levantamento da Defesa Civil estadual. Seis cidades decretaram situação de emergência, entre elas Vila Velha, Itarana, Governador Lindenberg, Laranja da Terra, Ibatiba e Domingos Martins.

Apesar da chuva ter diminuído, 22 cidades ainda continuam enfrentando transtornos, entre elas Vila Velha, Vitória, Serra, Cariacica, Aracruz, Marechal Floriano, Viana, Apiacá, São Mateus, Bom Jesus do Norte, Nova Venécia, Cachoeiro de Itapemirim, Itaguaçú, Rio Bananal, Santa Maria de Jetibá, Santa Leopoldina e Linhares.

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Segundo a Defesa Civil, 139.453 pessoas foram afetadas pelos temporais, sendo que 120 mil delas estão em Vila Velha, a última a decretar o estado de emergência. No município, desde a tarde de ontem, ruas de vários bairros ficaram alagadas, canais transbordaram, além do risco de deslizamento na região de Alecrim. Segundo informações da Defesa Civil Estadual, choveu 120 mm na grande Vitória desde a tarde de ontem.

Entre os afetados, 223 ficaram desabrigados e 2.016 ficaram desalojados. Mais de cinco mil casas foram danificadas ou destruídas e 56 pessoas ficaram feridas.

Duas pessoas morreram e uma criança ficou ferida em um deslizamento de terra em Baguari, distrito de Governador Valadares, em Minas GErais, que ocorreu por volta das 5h30 de hoje. A criança, segundo os bombeiros, foi retirada dos escombros por vizinhos e levada para um hospital da região. Ainda não há informação sobre os nomes das vítimas.

De acordo com os bombeiros, a chuva provocou o deslizamento de terra de uma encosta de cerca de 30 metros, que atingiu o barraco e outros casas que ficam no pé da encosta. As outras famílias foram retiradas do local.

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Vários bairros da região estão inundados cerca de 215 pessoas já foram retiradas de suas casas até a noite de ontem pelos bombeiros, que usaram barcos e jet skis. Elas estão sendo abrigadas em três escolas da cidade.

(Solange Spigliatti/10h18)

A situação em Minas Gerais se agravou nas últimas horas. A Defesa Civil estadual informou que já são 87 municípios em estado de emergência em decorrência dos impactos causados pela chuva e pelas enchentes na região. Nessa quinta-feira (5) à noite, foram incluídos mais 13 municípios entre os que necessitam de atenção e ajuda especial. Porém, no total, são 142 municípios afetados.

Pelo menos oito pessoas morreram em decorrência de várias situações, como queda de árvore, arrastada pelo rio, desabamentos, deslizamentos de terra, enxurradas e inundações. São, por enquanto, 34 pessoas feridas e uma desaparecida - Rita Vieira de Souza, no município de Santo Antônio do Rio Abaixo.

Mais de 2 milhões de pessoas são vítimas dos efeitos da chuva e das enchentes nas cidades mineiras. Quase 10 mil estão desalojadas e 512 desabrigadas. Há casos, como o da cidade de Brumadinho, em que boa parte do município foi tomado pelas águas e as ruas se transformaram em riachos.

O saldo de casas e pontes atingidas também é elevado. Em Minas Gerais, 3.402 casas sofreram danos parciais ou foram totalmente destruídas devido à chuva e às enchentes que também afetaram 205 pontes em todo o estado.

Os municípios que foram incluídos são Santa Fé de Minas, Entre Rio de Minas, Cataguases, Araponga, Caputira, Contagem, Sardoá, Formiga, Divinópolis, Mário Campos, Rio Casca, Conselheiro Pena e Esmeraldas.

O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, se reúne agora de manhã com o governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia. O encontro, marcado para as 9h no Palácio Tiradentes, em Belo Horizonte, é para tratar de ações emergenciais para a recuperação das rodovias federais castigadas pela chuva.

Após a reunião, o ministro percorrerá trechos das rodovias atingidas. Paulo Passos vai vistoriar os trabalhos de recuperação na BR-040 e BR-356, entre Belo Horizonte e Ouro Preto.

Há expectativa de que o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, participe da reunião. Nessa quinta-feira à tarde, ele visitou o Rio de Janeiro.

Apesar de uma trégua na chuva em várias áreas de Minas Gerais, as tempestades nesta semana ainda deixam suas marcas e os estragos causados pela água e por deslizamentos de terra fizeram subir para 87 o número de cidades em situação de emergência no Estado. Hoje, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) divulgou alerta para as populações de Pirapora, no norte de Minas, e de outras cidades ribeirinhas da bacia do rio São Francisco a se manterem alertas a uma possível elevação no nível da água.

Com previsão de estiagem até o fim de semana, a empresa optou por liberar parte do reservatório da Usina de Três Marias para poder manter o nível da represa diante da previsão de mais chuva forte a partir de domingo. Segundo a Cemig, o nível do rio pode subir até um metro além do normal nesta época por causa da liberação de 2,7 mil metros cúbicos de água por segundo. Mas a empresa alega que o volume que chega à represa é superior a 4 mil metros cúbicos e que, com a liberação controlada, "contribuiu para a redução dos efeitos das enchentes na região".

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A previsão meteorológica para o fim de semana também leva a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) a manter alerta devido à possibilidade de novas tempestades, principalmente nas regiões leste, norte, nos vales do Jequitinhonha, do Mucuri e do Rio Doce e na Zona da Mata. Esta última foi das mais atingidas no Estado e é onde estão 31 dos municípios em estado de emergência.

Ontem, a água começou a baixar em algumas dessas cidades, mas a situação ainda é grave. Em Guidoval, por exemplo, a maior parte da população continua isolada porque a ponte que era o único acesso à região central do município foi carregada por uma enxurrada do rio Xopotó. Alimentos, medicamentos e água potável são enviados para as vítimas por meio de barcos, helicópteros e uma corda que faz as vezes de uma espécie de teleférico.

A região metropolitana de Belo Horizonte também enfrenta problemas por causa da chuva que castigou alguns municípios no fim da tarde de ontem e na madrugada de hoje. A Prefeitura de Esmeraldas, por exemplo, também decretou situação de emergência por causa de enchentes e deslizamentos de terra que, segundo a prefeitura, derrubaram casas e destruíram acessos a comunidades da zona rural. Em Minas, a chuva já causou a morte de oito pessoas - seis delas este ano - e deixou aproximadamente 10,4 mil desabrigados (pessoas que perderam tudo e precisam dos abrigos públicos) e desalojados (que podem contar com ajuda de vizinhos e familiares). Ao todo, 142 cidades e mais de 2,1 milhões de pessoas foram afetadas pelas chuvas, que já destruíram 101 casas e 89 pontes.

O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho não vai mais sobrevoar as áreas atingidas pelas chuvas no Rio de Janeiro, hoje à tarde, conforme informou o seu gabinete, pela manhã. Segundo sua Assessoria de Imprensa, o ministro embarcará às 15h30 para o Rio e terá uma reunião às 18 horas com o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB).

Bezerra Coelho pernoitará no Rio e amanhã seguirá para Minas Gerais. A reunião com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffman, às 13h30, para avaliar os prejuízos causados pelas chuvas no Sudeste,está mantida.

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Brasília - O governo liberou recursos destinados a obras para recuperar estragos causados pela chuva em todo o país. O Diário Oficial da União traz publicada hoje (5) medida provisória que reabre crédito extraordinário de R$ 482 milhões em favor dos ministérios da Integração Nacional e da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Do total dos recursos, R$ 443,9 milhões serão destinados ao apoio e a obras preventivas de desastres do Ministério da Integração. Além disso, R$ 32,9 milhões serão aplicados em ações de prevenção de desastres ligadas ao Ministério da Defesa e R$ 6 milhões, na implantação do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais, ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

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As chuvas castigam a Região Sudeste do país há vários dias. Minas Gerais é o estado mais atingido e contabiliza 71 municípios em situação de emergência, com oito mortos, mais de 9 mil desalojados e 436 desabrigados.

No Rio de Janeiro, seis municípios também decretaram situação de emergência. O estado tem cerca de 20 mil desalojados e 1,7 mil desabrigados.

Brasília - O governo liberou recursos destinados a obras para recuperar estragos causados pela chuva em todo o país. O Diário Oficial da União traz publicada hoje (5) medida provisória que reabre crédito extraordinário de R$ 482 milhões em favor dos ministérios da Integração Nacional e da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Do total dos recursos, R$ 443,9 milhões serão destinados ao apoio e a obras preventivas de desastres do Ministério da Integração. Além disso, R$ 32,9 milhões serão aplicados em ações de prevenção de desastres ligadas ao Ministério da Defesa e R$ 6 milhões, na implantação do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais, ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

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No Rio de Janeiro, seis municípios também decretaram situação de emergência. O estado tem cerca de 20 mil desalojados e 1,7 mil desabrigados.

Seis municípios do Rio de Janeiro já decretaram situação de emergência em consequência das fortes chuvas que atingem o Estado, principalmente nas regiões Norte e Noroeste, desde o começo do ano.

Ontem, o secretário de Defesa Civil e comandante do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, Sérgio Simões, vistoriou por terra e por ar a região dos municípios em estado de emergência, entre eles Laje do Muriaé, Santo Antônio de Pádua, Itaperuna, Italva, Cardoso Moreira e Miracema.

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Após a vistoria, foi definida uma estratégia para a distribuição de itens alimentícios e água para as famílias da região. Além do caminhão da Secretaria de Assistência Social que chega hoje, em Itaperuna, mais seis caminhões da Defesa Civil levarão comida e água potável para as vítimas.

Segundo o último balanço da Defesa Civil, divulgado às 19h de ontem, o número de desalojados pelas chuvas já chega a 22.800 e o de desabrigados passa de 1.700, nas duas regiões. Até o momento, foi registrado apenas um óbito, na localidade de Laje do Muriaé, onde mais de duas mil pessoas foram afetadas.

Em Cardoso Moreira, 447 pessoas estão desabrigadas e outras 80 desalojadas. Um posto de saúde foi afetado pelas águas, mas o principal Pronto-Socorro da cidade está funcionando e atendendo a todos os casos.

A enchente também atingiu o hospital municipal de Santo Antônio de Pádua, além de um posto de saúde e a sede da Secretaria local. Os pacientes estavam sendo atendidos em um pronto-socorro improvisado, montado no Colégio Estadual Rui Guimarães de Almeida. A cidade, segundo a prefeitura, tem 650 desabrigados.

Kits de calamidade

A cidade de Itaperuna também vai ser a base da Secretaria de Saúde para dar apoio às cidades afetadas pelas chuvas no Norte e no Noroeste Fluminense. O ponto de apoio e distribuição vai funcionar no Núcleo Descentralizado de Vigilância em Saúde do município, de onde sairão os kits de calamidade solicitados pelas prefeituras e outros eventuais medicamentos e insumos hospitalares necessários para as áreas atingidas pelas chuvas e transbordamento de rios.

Já foram autorizados o envio de kits calamidade para estes cinco municípios e a entrega das salas de estabilização (espécie de UTI) e de Raios-X para Laje do Muriaé e Cardoso Moreira. Cada kit tem capacidade para atender 500 pessoas e contém medicamentos para a atenção básica, antibióticos, hipoclorito de sódio e álcool. Com investimento de R$ 111 mil, cada sala de estabilização contém leito completo com maca, cama elétrica, cardioscópio, respirador, monitor multiparâmetro, desfibrilador, carrinho de urgência, entre outros equipamentos.

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