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Uma mulher em cárcere privado foi resgatada após pedir socorro no Instagram da Polícia Militar do Rio de Janeiro. Ela estava presa há cinco dias e foi encontrada, nessa quinta (31), em um casa no alto de um barranco em Petrópolis, na Região Serrana do estado.

A mensagem foi enviada pela manhã no perfil do 26º Batalhão e motivou o plano de resgate à tarde. As referências sobre o local do cativeiro foram comparadas com as informações de uma senhora sobre o desaparecimento da filha na região central.

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Após o resgate, a mulher foi levada para uma unidade de saúde da região. O suspeito foi preso com cocaína e maconha. Um inquérito foi instaurado para apurar o caso.  

O grafite com o rosto da ex-vereadora Marielle Franco foi alvo de pichação em Petrópolis, na região serrana do Rio. O prefeito Rubens Bomtempo afirmou que “a pichação no rosto da figura de Marielle Franco é um desrespeito aos ideais de democracia, de resistência e da busca da liberdade. Independente da ideologia política de cada um, é preciso haver o respeito e entendimento das diversidades de opiniões".

A pintura foi feita em novembro de 2022, no Centro de Informações Turísticas da Praça da Liberdade, como parte das celebrações do Mês da Consciência Negra. Outros importantes representantes do povo negro e da cultura da cidade foram retratados nos painéis.

“Essa pichação, além da falta de respeito com o patrimônio público, é um ato discriminatório reforçando que devemos continuar lutando pela valorização das nossas raízes e contra todo e qualquer forma de discriminação. Marielle representa a luta de um povo. Marielle está presente”, afirmou o coordenador da Promoção da Igualdade Racial, Filipe Graciano.

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Um caminhão que carregava combustível tombou e pegou fogo na manhã desta quinta-feira (8), na Serra de Petrópolis (RJ), matando o motorista que dirigia o veículo.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) do Rio de Janeiro, o acidente aconteceu por volta das 6h30, próximo a Duque de Caxias, no quilômetro 96 da BR-040, na pista sentido Juiz de Fora (MG).

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O fogo se espalhou pela rodovia e atingiu mais quatro carros de passeio, afirma a PRF, mas não deixou outros feridos. A pista da rodovia permanecia fechada por volta das 10h a partir da praça de pedágio de Xerém, no quilômetro 102 da BR-040, até o local em que aconteceu o acidente.

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A Polícia Rodoviária Federal informou que um ônibus de turismo tombou na madrugada deste domingo (29) na descida da Serra de Petrópolis, município a cerca de 70 quilômetros do Rio de Janeiro. O ônibus saiu de Juiz de Fora (MG) com destino ao Rio, com cerca de 55 passageiros.

Segundo a PRF, apenas dois passageiros tiveram ferimentos graves e foram encaminhados para o Hospital Santa Tereza, em Petrópolis. Os demais foram para um hospital de Caxias. A PRF não soube informar exatamente quantos eram os feridos e nem a causa do acidente.

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O tombamento ocorreu às 5h deste domingo e, de acordo com a PRF, no momento o trânsito está fluindo por um desvio lateral, sem congestionamento.

A Companhia Municipal de Desenvolvimento de Petrópolis (Comdep), no Rio de Janeiro, abriu inscrições do concurso público que reúne 2.698 vagas em diversas áreas, sendo 503 efetivas e 2.195 para cadastro reserva. Os interessados podem se inscrever no site da banca organizadora até o dia 8 de janeiro. O valor da taxa de inscrição custa entre R$ 35 e R$ 95,00. 

Há oportunidades para os cargos de auxiliar de serviços gerais, motorista, ajudante de obras, carpinteiro, mecânico de auto, vigia, assistente administrativo financeiro, técnico de enfermagem do trabalho, advogado, médico do trabalho, psicólogo, entre muitos outros.

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Os profissionais contratados receberão um salário base que varia de R$ 1.306,35 a R$ 8.686,87, com acréscimo de R$ 484,80 de insalubridade. Além da remuneração, também serão concedidos cesta básica, vale transporte e adicional de periculosidade para algumas funções. 

O processo seletivo acontecerá por meio de provas objetivas para todos os candidatos, cujo aplicação está prevista para o dia 29 de janeiro. Ainda haverá prova prática e avaliação de títulos, de acordo com a vaga concorrida. 

Confira mais informações no edital do certame. 

A Defesa Civil de Petrópolis está abrindo nesta quarta-feira (2) cinco pontos de apoio (instalações consideradas seguras para abrigar moradores de áreas de risco) devido à consistência das chuvas nas últimas 24 horas. A cidade foi palco de uma tragédia em fevereiro deste ano, com deslizamentos e a morte de 178 pessoas, após ser atingida por fortes chuvas. Em 1988, outro desastre já havia provocado 171 mortes.

Os pontos de apoio anunciados nesta quarta-feira atenderão as localidades de Quitandinha, São Sebastião, Vila Felipe, Independência e Chácara Flora.

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Conforme a Defesa Civil, esses locais atingiram acumulados pluviométricos superiores a 120 mm, o que aumenta o risco geológico.

A previsão é de continuidade da chuva para nesta quarta, com intensidade fraca a moderada de forma intermitente.

A orientação é que os moradores que se sentirem inseguros e que necessitem de local para abrigo se desloquem para esses locais.

A Justiça do Rio de Janeiro estabeleceu prazo até o dia 2 de agosto para que a Secretaria Estadual de Infraestrutura e Obras (Seinfra) inicie a fase de execução de obras estruturais no município de Petrópolis, na região serrana do Rio, como forma de prevenção às chuvas do próximo verão. O juiz Jorge Luiz Martins Alves, da 4ª Vara Cível de Petrópolis, teme que a demora no início das obras possa resultar em nova tragédia no município, como a que ocorreu em fevereiro, com alagamentos e deslizamentos que provocaram a morte de 233 moradores.

Na decisão, o magistrado escreveu: “Determino que o estado do Rio, pela Secretaria Estadual de Infraestrutura e Obras, até, e inclusive, 2 de agosto de 2022, inicie a fase de execução das obras estruturais, e que até, e inclusive, 4 de agosto, protocolize petição instruída com meios documentais e fotográficos que comprovem o cumprimento do comando judicial”.

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Na ação civil pública proposta pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, o juiz homologou o compromisso firmado pelo governo do estado, por meio da Seinfra e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), e pelo próprio município de Petrópolis, que acordaram realizar uma série de ações para a implementação de um sistema de macrodrenagem no Centro Histórico de Petrópolis como forma de prevenção a alagamentos na cidade.

No prazo máximo de 180 dias, deverão ser realizadas obras estruturais postas em projeto executivo, ou em perícia, para o estabelecimento de sistema de drenagem de águas pluviais como solução para as inundações das vias e residências próximas aos rios Quitandinha e Piabanha. Também está prevista a recomposição ambiental de medidas mitigadoras e/ou compensatórias, onde a recomposição da mata ciliar se revelar impossível ou inviável.

O juiz fixou ainda prazo de 10 dias para que a Companhia Municipal de Desenvolvimento de Petrópolis (Comdep) inicie a limpeza das calhas, com a retirada de lixo e matagal dos rios Quitandinha e Verna, assim como a limpeza das calhas e o desassoreamento do rio Palatino.

A Prefeitura de Petrópolis, no Rio de Janeiro, decretou luto oficial de três dias em solidariedade aos pais, familiares e amigos de Maria Thereza Vitorino Ribeiro, de 1 ano.

A criança se engasgou com uma fatia de maçã, na sexta-feira (20), quando estava na creche. Segundo a prefeitura, ela foi imediatamente atendida pelos educadores, mas faleceu na manhã de hoje (22).

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As causas da morte estão sendo investigadas. Maria Thereza era aluna do Centro de Educação Infantil Carolina Amorim, localizado em Cascatinha, um dos distritos da cidade. Ela se engasgou, segundo a unidade educacional, por volta das 14h de sexta-feira.

Maria Thereza foi levada para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Cascatinha, onde foi reanimada e intubada. Em seguida, ela foi transferida para internação no Hospital Alcides Carneiro.

Em nota, a prefeitura da cidade informou que abrirá uma sindicância para apurar os fatos ocorridos com a criança na creche.

O corpo da sétima vítima do temporal que atingiu Petrópolis, na região serrana do Rio, no último domingo, 20, foi encontrado na manhã desta quarta-feira, 23, pelos bombeiros que atuavam nas buscas.

Agora não há mais desaparecidos nessa chuva, e os bombeiros devem atuar na avaliação de imóveis em áreas de risco. No intervalo de 33 dias, dois temporais atingiram Petrópolis e mataram 240 pessoas - a chuva de 15 de fevereiro deixou 233 mortos.

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A sétima vítima do domingo é Miriam Gonçalves do Valle, de 35 anos, que morava na casa que desabou na Rua Washington Luis. O imóvel foi interditado pela Defesa Civil após a chuva de fevereiro, mas Miriam insistiu em voltar a ocupá-lo, segundo parentes.

No mesmo local morreram outras quatro pessoas - uma sobrinha de Miriam, Vanila de Jesus da Silva, Heloísa Helena Caldeira da Costa, seu filho Nelson Ricardo da Costa e Mario Augusto Queiroz Carvalho. Esses dois eram amigos e estavam juntos tentando retirar Heloísa, que é cadeirante, do imóvel quando ele desabou.

As outras duas vítimas do temporal de domingo são o casal Jussara Belarmino e Carmelo de Souza, que estavam em sua casa no Morro da Oficina, a região mais atingida pela chuva de fevereiro. O imóvel deles também havia sido interditado pela Defesa Civil.

Os bombeiros continuam os trabalhos na Rua Washington Luiz, em Petrópolis, região serrana do estado do Rio de Janeiro, onde há uma vítima desaparecida. Nessa terça-feira (22) os militares localizaram dois corpos, um homem e uma adolescente. Os dois estavam soterrados no mesmo lugar onde hoje estão sendo feitas novas buscas. 

Desde a tarde de domingo (20) que as equipes da Secretaria de Estado de Defesa Civil (Sedec-RJ) e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) se mantêm mobilizadas, para prevenir e minimizar os danos causados pela tempestade de domingo.

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O Corpo de Bombeiros conta com cerca de 140 militares em Petrópolis com apoio das unidades especializadas, incluindo as equipes do Grupamento de Busca e Salvamento, Socorro Florestal e Meio Ambiente, com suporte de cães farejadores da corporação, que ajudam na localização de vítimas.

Previsão

As condições meteorológicas para todo o Rio de Janeiro são de melhoria a partir desta quarta-feira, após o afastamento da frente fria que provocou as mudanças no clima e chuva forte em várias regiões do estado, como é o caso de Petrópolis. Há previsão também de pouca nebulosidade e temperatura subindo gradativamente.

Hoje e amanhã, a temperatura deverá superar 32 graus e, na sexta feira, o calor aumenta com variação de 35 a 37 graus. A meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Marlene Leal, disse à Agência Brasil que isso ocorre por causa da entrada, ontem, de um sistema frontal bastante intenso no Sul do país, com ocorrências de tempestades no estados da região, em São Paulo, a partir da quinta-feira, e no Rio de Janeiro, no fim de semana.

O mesmo panorama segue para o sábado à tarde no litoral sul do Rio e de sábado para domingo atingindo a região metropolitana e serrana. “A temperatura na serra, nos próximos dias, será de 13 a 29 graus Celsius e no sul do estado, 18 a 34 graus Celsius.”

Escolas

As aulas das escolas e centros de Educação Infantil (CEI) da rede municipal de ensino localizada em Retiro, Cascatinha, Carangola, Roseiral, Corrêas, Araras, Nogueira, Itaipava, Pedro do Rio e Posse recomeçam hoje (23). “De acordo com a prefeitura, alunos de 56 escolas e 36 CEIs voltam às aulas presenciais, seguindo todos os protocolos de segurança em relação à covid-19.

A secretária municipal de Educação, Adriana De Paula, disse que já há condições das escolas retomarem as aulas presenciais, porque estão localizadas em áreas que foram menos atingidas pelo temporal e a mobilidade urbana ficou menos comprometida. “A educação é um direito das nossas crianças e estamos nos empenhando e nos esforçando para que todas as unidades da rede municipal voltem as atividades”, disse.

A secretária ressaltou que está fazendo o planejamento da reposição das aulas. “Todas as escolas estão preparadas para receber os alunos nesta retomada das aulas. A reposição vai ocorrer em todas as escolas e esperamos, em breve, que todos os alunos da nossa rede retomem as aulas”, explicou Adriana De Paula.

Amanhã (24), serão reabertas as escolas e centros de Educação Infantil de todo o primeiro distrito de Petrópolis. A exceção é a Escola Municipal Vereador José Fernandes, que está interditada, e aquelas que são pontos de abrigo para as famílias vítimas do temporal dos dias 15 de fevereiro e 20 de março.

Os alunos da Escola Municipal Clemente Fernandes na área da 24 de Maio serão realocados na Casa da Educação Visconde de Mauá, no centro, e reiniciam as aulas amanhã em horário normal. “Para garantir o atendimento dos alunos dos centros de Educação Infantil Deisy Eloi (Chácara da Flora) e Augusto Meschick (24 de Maio), a prefeitura de Petrópolis, por meio da Secretaria de Educação, está realocando os alunos. As duas unidades não foram atingidas por deslizamentos, mas estão localizadas em duas áreas bastante afetadas pelas chuvas”, informou a prefeitura.

As duas unidades têm 90 alunos e os pais ou responsáveis que ainda não fizeram a solicitação de transferência podem se dirigir, a partir de amanhã, das 8h às 18h, à sede da Secretaria de Educação, na Rua da Imperatriz, na Praça da Águia, no centro da cidade.

Os corpos de duas pessoas mortas pela chuva que atingiu Petrópolis, na Região Serrana do Rio, no último domingo, 20, foram localizados nesta terça-feira, 22, pelo Corpo de Bombeiros. Agora são sete mortos pelo temporal, e ainda há pelo menos um desaparecido.

Os corpos de um homem adulto e de uma adolescente estavam soterrados na rua Washington Luiz, onde uma casa deslizou. A identificação da vítima ainda será feita pelo Instituto Médico Legal. Dois corpos já haviam sido encontrados nesse mesmo local (agora são quatro). Outras duas pessoas morreram no morro da Oficina e uma no centro/Valparaíso.

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Em 15 de fevereiro, outra tempestade em Petrópolis provocou a morte de 233 pessoas - a maior tragédia natural já registrada na cidade.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que identificou quatro dos cinco corpos que chegaram ao Posto Regional de Polícia Técnica e Científica (PRPTC) de Petrópolis. Há suspeitas de que o quinto corpo seja de uma vítima das chuvas do mês de fevereiro. A identificação ainda não foi possível por causa do avançado estágio de decomposição.

A polícia acrescentou que o exame papiloscópico foi realizado e, caso não seja possível a identificação por meio das impressões papilares, será feita a coleta de material genético para confronto de DNA com familiares de desaparecidos. Até o fim da manhã de hoje (22) havia informação de que o temporal de domingo tinha provocado cinco mortes.

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O cadastramento de desaparecidos em consequência da chuva de domingo (20) está sendo realizado por policiais civis da 105ª DP (Petrópolis) que percorrem os 18 abrigos da cidade. Até agora, conforme a secretaria, três pessoas não foram localizadas: Miriam Gonçalves do Valle, Mario Augusto Queiroz Carvalho e Vanila de Jesus da Silva.

Os mortos identificados pela Polícia Técnica são Carmelo de Souza, Nelson Ricardo Ferreira da Costa, Jussara Belarmino Souza e Heloisa Helena Caldeira da Costa.

Equipes da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros retomaram, no início da manhã desta terça-feira (22), as buscas a quatro pessoas desaparecidas, na Rua Washington Luiz, no centro de Petrópolis, região serrana do estado do Rio. Uma casa desabou no local após um deslizamento de terra provocado pelo temporal de domingo (20).

Além disso, os bombeiros continuam as buscas aos desaparecidos do temporal do dia 15 de fevereiro ,que resultou em 233 mortes. De acordo com os militares, há suspeita de uma pessoa ter desaparecido no Morro da Oficina e três ao longo do Rio Quitandinha.

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Integrantes da Secretaria de Estado de Defesa Civil do Rio (Sedec-RJ) e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) permanecem mobilizados para prevenir e reduzir os danos causados pelas chuvas. Até esta manhã, havia o registro de cinco mortos na tragédia de domingo, duas pessoas no Morro da Oficina, duas na Rua Washington Luiz e uma no centro da cidade. Na noite de ontem, a Defesa Civil tinha o registro de 365 ocorrências. Entre elas, 250 por escorregamentos que atingiram casas ou vias em 19 localidades. Nos atendimentos feitos pelos bombeiros, 34 pessoas foram resgatadas com vida.

Segundo a secretaria, cerca de 140 militares atuam em Petrópolis e contam com apoio das unidades especializadas, incluindo as equipes do Grupamento de Busca e Salvamento, Socorro Florestal e Meio Ambiente, com suporte de cães farejadores da corporação.

O volume de chuva na cidade imperial atingiu 534.4 milímetros, o maior registrado na história do município para o intervalo de 24 horas. As localidades com os maiores índices pluviométricos, no domingo, foram São Sebastião, com 403.6 mm de chuva; no Dr. Thouzet, com 350.2 mm; e na Vila Felipe, com 329 mm em 12 horas, todas no 1° Distrito do município.

A indicação de alto risco para deslizamentos permanece no 1º Distrito, porque ainda há previsão de chuva moderada para esta terça-feira (22). A Secretaria Municipal de Defesa Civil emitiu mais dois alertas por SMS, que foram enviados também por canais de televisão por assinatura e aplicativos de grupos de comunicação.

Entre as regiões mais impactadas com os deslizamentos estão Alto da Serra, Bingen, Castelânea, Centro, Chácara Flora, Duarte da Silveira, Estrada da Saudade, Independência, Morin, Mosela, Quissamã, Quitandinha, Saldanha Marinho, São Sebastião, Siméria, Valparaíso e Vila Militar. As equipes técnicas da Defesa Civil continuam com as vistorias nas áreas atingidas pela chuva de fevereiro.

Nos pontos de apoio, a Secretaria de Assistência Social faz o atendimento a 839 pessoas que se deslocaram para esses locais após o temporal de domingo. Além delas, são acompanhadas 289 pessoas que tiveram que deixar as suas casas na chuva de fevereiro. O abrigo está sendo feito em 23 pontos instalados em escolas públicas ou em estruturas voluntárias organizadas pelas comunidades.

Prefeito

O prefeito Rubens Bomtempo lembrou que a cidade foi atingida por três grandes temporais neste ano. O primeiro em 7 de janeiro, o segundo em 15 de fevereiro e no domingo passado. “Petrópolis foi vítima de três grandes chuvas em menos de 90 dias. Está cada vez mais claro que existe uma mudança climática no planeta. Em Petrópolis, nós percebemos isso com o novo padrão de chuvas que assolam a nossa cidade”, observou.

Segundo o prefeito, com a chuva de fevereiro o município chegou a ter mais de 1.200 pessoas desabrigadas e 430 famílias já deixaram os pontos de apoio e estão morando em casas seguras com o pagamento do Aluguel Social.

Bomtempo disse ainda, que após a tragédia de fevereiro, o governo federal liberou aproximadamente R$ 8 milhões. Desse total, o município vai devolver R$ 1,6 milhão, porque os recursos seriam destinados a ações humanitárias e a cidade recebeu muita doação nesse sentido. Conforme o prefeito, seria uma duplicidade de compra de colchonetes, cestas básicas, kits de higiene pessoal, kits de limpeza. "Nós já recebemos muito. Então, nós queremos devolver esses R$ 1,6 milhão ao governo federal para serem utilizados em outra cidade do Brasil”, afirmou, revelando ainda que o restante do dinheiro está sendo aplicado em consertos de pontes, limpeza urbana e em reparos nas margens dos rios.

Petrópolis recebeu ainda R$ 30 milhões da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj), usados na limpeza da cidade, na contratação da frente emergencial com mais de 1,2 mil homens e mulheres, e de assistentes sociais e psicólogos. “Também iniciamos uma compra de kit moradia com geladeira e fogão para todas essas pessoas que ganharam o aluguel social”, disse. Ainda com o dinheiro a prefeitura comprou um imóvel de R$ 3,5 milhões com 32 moradias para abrigar as famílias que perderam suas casas.

Para o prefeito, há a responsabilidade dos governos federal, estadual e municipal na questão do monitoramento das áreas de risco feito pelo Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil.

A sentença que volta e meia teima em aparecer, a que diz que "essa era uma tragédia anunciada", encaixa-se bem para o deslizamento da casa que deixou pelo menos três dos cinco mortos das chuvas de domingo em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro. Localizada numa encosta na Rua Washington Luís, a residência de três andares já havia sido interditada pela Defesa Civil e ficava a pouco mais de cem metros do local onde um ônibus foi arrastado para dentro de um rio na enxurrada de fevereiro, que deixou 233 mortos e quatro desaparecidos.

A cidade ainda se recuperava da tempestade do mês passado, considerada a pior já registrada por lá, quando foi atingida por outra chuva intensa na tarde de domingo (20). Em fevereiro choveu 260 mm (o que era previsto para todo o mês) em quatro horas ininterruptas. No último domingo, foram 365 mm em dois episódios espaçados, às 15h e às 20h, o que ajudou a escoar parte da água. Ainda assim, muitas ruas do centro ficaram alagadas. A previsão é de que a chuva continue até amanhã.

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DESABAMENTO

O imóvel que desabou tinha três andares, era pintado de amarelo e ocupado por seis pessoas, mas, segundo um vizinho, havia oito no local no início da noite de domingo, quando a chuva voltou forte. "Falei com o Antônio na hora que começou a chover. Perguntei: 'Antônio, como está aí em cima, você está monitorando?'. Ele disse: 'Tô, tô, tá caindo água para caramba'. Eu falei: 'tem de sair, bicho, está ficando muito estranho isso!'", narrou o funcionário público Marcelo Barros, de 53 anos, ao Estadão.

Marcelo morava na casa imediatamente abaixo e deixou o imóvel no fim da tarde. Antônio, cujo sobrenome o vizinho não recorda, morava no 3º andar do imóvel que desabou.

Marcelo retornou à casa por volta das 21h, após receber uma imagem no celular que mostrava seu imóvel atingido pela residência do vizinho. "O Antônio foi resgatado com vida. Nós voltamos para cá, e logo em seguida chegaram os bombeiros. Ouvimos os gritos de socorro, eles correram para lá e conseguiram resgatá-lo. Parece que ele só quebrou a mão, mas estava em total estado de choque, gritando pela esposa", contou Marcelo.

Quem também estava na casa que foi soterrada era o professor de Filosofia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Mário Carvalho. "Ele veio ajudar a família que morava nesta casa", contou ontem a irmã, Isabel. "Ele veio visitar um amigo, e veio ajudar porque a mãe desse amigo tinha um problema de saúde, não conseguia se locomover. Quando veio essa chuva ele veio ajudar, para carregá-la."

Além de atuarem no deslizamento da casa na Rua Washington Luiz, os bombeiros retiraram duas vítimas no Alto da Serra, região mais atingida pelas chuvas de fevereiro. O casal estava em uma casa já condenada pela Defesa Civil. A morte da quinta vítima foi registrada na Rua Pinto Ferreira, no bairro de Valparaíso.

De acordo com Marcelo Barros, chuvas fortes com cheias do Rio Quitandinha têm sido comuns. "É muito comum chover, e é comum que o rio encha. Não é comum encher a ponto de você ficar intransitável neste trecho, e é muito raro acontecer isto que aconteceu. Em 12 anos, não tinha visto", afirmou o morador de Petrópolis. "Falta a presença da esfera pública na fiscalização, falta de manutenção no rio, na permissividade de você construir casa em alta inclinação, como era o caso da casa amarela, e o aquecimento global, que faz cada vez mais você ter essas chuvas torrenciais", opina o funcionário público.

SIRENES

Desde domingo, as sirenes que alertam para chuvas fortes têm tocado com insistência em diversos pontos de Petrópolis. Ao todo, a Defesa Civil atendeu 126 ocorrências até a tarde de ontem. Vinte carros que foram arrastados pelas chuvas foram recolhidos. Parte do comércio, em especial na região central e na Rua Teresa, foi mais uma vez invadida pelas águas.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, se reuniu com o prefeito Rubens Bomtempo para discutir formas de auxílio ao município. O governador afirmou que já liberou R$ 200 milhões para obras emergenciais na cidade. Segundo Castro, desde a noite de domingo 150 bombeiros já estão trabalhando em Petrópolis.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Defesa Civil de Petrópolis faz buscas, na manhã desta segunda-feira (21), a desaparecidos em duas localidades da cidade atingidas por um forte temporal, na tarde desse domingo (20). Embora com menos intensidade, a chuva ainda não parou na região serrana do Rio de Janeiro, o que torna mais difícil o trabalho.

O secretário municipal de Defesa Civil, tenente-coronel Gil Kempers, disse à Agência Brasil que as equipes estão trabalhando no Valparaíso e na Washington Luiz, mas até agora não há informações de quantas pessoas estariam desaparecidas e se há vítimas fatais nesses locais.

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“A gente não tem como precisar. As buscas estão em andamento e a gente não tem como saber se são óbitos ou não”, contou à reportagem, acrescentando que as cinco mortes registradas, até o momento, foram no Morro da Oficina, na Washington Luiz e no Centro.

O secretário informou que, novamente, a região mais atingida é a do 1º Distrito, que inclui as áreas do Morro da Oficina e da 24 de maio. Nas últimas 24 horas foram registrados 524 milímetros (mm) de chuva, mais do que durante o temporal do dia 15 de fevereiro, que causou 233 mortes.

“Exatamente o 1º Distrito e o volume de chuvas foi até maior que da outra vez, a gente já está com 524 mm nas últimas 24 horas. A gente tem alguns registros de ocorrências com vítimas. No momento, as equipes do Corpo de Bombeiros trabalham nos locais para fazer o resgate das vítimas", disse Kempers. 

O secretário informou ainda que a Defesa Civil acionou as sirenes ontem por volta das 14h20, e que os pontos de apoio aos moradores da cidade estão abertos, com várias pessoas trabalhando no apoio.

Todas as áreas de risco geológico são alvo de preocupação da Defesa Civil. “As sirenes continuam acionadas e a gente pede à população que fique atenta a qualquer indicativo de escorregamento”, disse o tenente-coronel.

Na região da Rua Teresa, também muito atingida no temporal do mês passado, a chuva de ontem causou estragos e escorregamento na 24 de Maio, mas segundo Kempers não há registro de vítimas porque ontem a área tinha sido evacuada.

Previsão

Com a previsão de que a chuva permaneça até o começo da noite de hoje, a recomendação à população é para evitar transitar pela cidade.

“Uma dica para moradores é verificar, agora pela manhã, em uma condição de melhor visibilidade, se tem alguma trinca na casa, se a porta está fechando direito, se tem um poste tombado próximo a sua casa, um muro tombado. Esses são indicativos, em um primeiro momento, de que o solo está trabalhando e pode ter um escorregamento secundário. Então, a gente pede à população que, se observar este tipo de informação, este tipo de movimentação de massa, que se desloque imediatamente a um ponto de apoio”, recomendou.

Trânsito

A operação dos ônibus das empresas Cidade Real, Petro Ita e Cascatinha foi totalmente suspensa por causa da interdição de vias da cidade por alagamentos, deslizamentos e queda de postes e de árvores. As linhas da Cidade das Hortênsias operam normalmente, com exceção das regiões da Ponte de Ferro, Bairro Esperança e Floresta que estão com as vias obstruídas.

Já as linhas da Turp estão com 85% da operação circulando na ligação dos distritos da Posse, Itaipava e regiões de Nogueira e Corrêas para o Centro. Alguns horários, no entanto, estão comprometidos porque alguns rodoviários não conseguiram chegar para trabalhar.

No momento estão interditadas as ruas 24 de Maio; Washington Luiz; Bingen, na altura da descida do Manoel Torres, e dos Expedicionários; as estradas da Saudade e da Independência; a subida do Sargento Boening; além de Conde D’Eu e Lopes Trovão no meio da Serra.

Vacinação

A campanha de vacinação contra a Covid-19 foi suspensa hoje (21) pela Secretaria Municipal de Saúde. O motivo é que a mobilidade está comprometida em diversos pontos do município, o que impediu a abertura dos pontos de vacinação.

Nesta segunda-feira, também estão suspensos os atendimentos e consultas no Centro de Saúde Coletiva, na Rua Santos Dumont, no Centro da Cidade.

Um novo temporal que atingiu Petrópolis, na região serrana fluminense, nesse domingo (20) deixou pelo menos cinco mortos. Uma pessoa foi resgatada com vida pelo Corpo de Bombeiros. Segundo a Defesa Civil Municipal, até o início da madrugada de hoje (21), haviam sido registradas 95 ocorrências, a maior parte deslizamentos.

A nova chuva atingiu a cidade mais de um mês depois do temporal que deixou 233 mortos e quatro desaparecidos, em 15 de fevereiro deste ano.

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O local com maior índice de chuva até o início da madrugada de hoje havia sido São Sebastião, onde caíram 415 milímetros de precipitação.

Ainda segundo a Defesa Civil Municipal, mais de 400 pessoas tiveram que sair de suas casas e se deslocar para pontos de apoio nas localidades de Morin, Quitandinha, Amazonas, Vila Felipe, Sargento Boening, São Sebastião, Dr. Thouzet, Alto da Serra, Floresta, Independências e Siméria.

“Foi um dia difícil, principalmente depois das 15h, quando Petrópolis foi novamente vítima de grande chuva. Foram mais de 300 milímetros que atingiram a cidade”, disse o prefeito Rubens Bomtempo, em vídeo publicado em sua rede social nos primeiros minutos de hoje.

Pouco mais de um mês depois da tempestade que deixou pelo menos 233 mortos em Petrópolis, voltou a chover forte na região na tarde deste domingo, 20. Vídeos feitos pela população mostram já várias áreas inundadas no centro da cidade.

De acordo com o Climatempo, choveu em uma hora 118 milímetros - a metade do esperado para todo o mês de março. A previsão é de que a chuva continue nos próximos dias.

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Desde que começou a chover, no início da tarde, a Defesa Civil já acionou o segundo toque das sirenes, cujo objetivo é mobilizar a população que vive em áreas de risco.

A recomendação é que essas pessoas se desloquem para locais seguros; existem, em toda a cidade, 19 pontos de apoio estruturados para receber os deslocados, segundo a prefeitura de Petrópolis.

Em 15 de fevereiro, uma forte tempestade provocou o deslizamento de encostas e casas, matando 233 pessoas; a maior tragédia já ocorrida na cidade. Ainda há quatro pessoas desaparecidas e 700 desabrigadas.

Naquele dia, em seis horas, foram registrados 259 milímetros de chuva, mais do que era esperado para todo o mês de fevereiro.

Ao completar um mês da tragédia que tirou a vida de 233 pessoas e deixou quatro desaparecidos em Petrópolis, alguns problemas seguem sem solução. O maior deles é onde acomodar as centenas de pessoas que perderam suas casas ou tiveram que sair do imóvel, com risco de desabamento, após a enxurrada que abalou o município na tarde de 15 de fevereiro.

Segundo o último balanço da prefeitura, são 685 pessoas em abrigos, a maioria em igrejas e escolas. Outras estão provisoriamente em casas de parentes. A maioria espera a concessão do aluguel social para conseguir novo lugar para morar, mas o processo está muito lento.

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Entre esses casos, está o de Marta dos Santos Ribeiro, que precisou sair de casa, no Morro da Oficina, e hoje está alojada na casa da irmã, depois de morar um mês em uma igreja. Ela e o marido Edison Alves da Silva conversaram com a reportagem no alto do morro, entre os escombros do que restou das residências, onde tinham ido buscar alguns pertences.

“A gente estava na igreja até quinta-feira passada, só que tivemos de sair. Nós ainda não achamos casa, mas já fizemos o cadastro. As que nós encontramos, não aceitam o aluguel social. Já procuramos mais de 20 casas. O futuro é de muita luta, mas temos fé”, disse ela, que está afastada pela Previdência, porque se recupera de um câncer.

Outros se deparam com a falta de reconhecimento oficial, por parte da Defesa Civil do município, de que seus imóveis estão em área de risco, o que garante o acesso ao aluguel social. É o caso de Camila Lírio, que se preocupa com seus vizinhos, a maioria moradora ao lado do Morro da Oficina, em área que também corre risco de futuros desabamentos.

“Estou morando em casa de amigos, mas é provisório. Muita gente ainda não quer sair, porque alega que não há risco. Isso é mais uma tragédia anunciada. O que aconteceu do lado de cá pode acontecer do lado de lá. Tem que oficializar a interdição. Ali tem umas 150 pessoas. Estou correndo atrás do aluguel social. Para conseguir uma casa, tem que pegar os dados e levar para a prefeitura, que fará o pagamento na conta do proprietário. Mas ninguém quer locar, com a incerteza do pagamento”, relatou Camila.

Para o padre José Celestino Coelho, da Paróquia Santo Antônio, do Alto da Serra, o problema não é simples e demanda maior planejamento do poder público, para que novas tragédias não aconteçam. Ele viu tudo bem a sua frente, pois a igreja fica a pouco mais de 100 metros do Morro da Oficina. E foi para lá que acorreram centenas de pessoas na primeira noite, em busca de abrigo.

“Aqui chegou a ter 280 pessoas, agora tem 24, que não estão conseguindo ir para o aluguel social. O ensinamento que ficou é que temos de ter mais planejamento e fiscalização. Se continuar do jeito que está, é uma tragédia que vai ficar esquecida e depois virão outras. Infelizmente”, refletiu o padre.

Desaparecido

Enquanto o problema para uns é buscar nova moradia, o drama de outros é localizar um parente que continua desaparecido. É o caso de Adauto Vieira da Silva. Ele tenta, sem sucesso, desde o dia da tragédia, encontrar o corpo do filho, Lucas Rufino da Silva.

Além dele, Adauto perdeu no deslizamento do Morro da Oficina a esposa e uma filha, que já foram sepultadas. Porém, o corpo de Lucas, de 21 anos, continua desaparecido. O pai diz que, logo após o temporal, amigos chegaram a reconhecer, no meio da lama, o que seria o corpo do jovem. Porém, depois que foi levado para o Instituto Médico Legal, o reconhecimento foi de outra pessoa, o que causa indignação.

“Eu enterrei a minha esposa e minha filha. E o meu filho? Se ponham no meu lugar. Tentar tirar o direito de enterrar o meu filho. Ele estava com 21 anos. Já passou um mês, mas para mim parece que foi ontem. Até quando vou ter que esperar? Eu só vou ame quietar quando eles solucionarem onde está o meu filho”, disse ele, próximo ao local onde dois tratores tentavam remover toneladas de terra, na esperança de localizar o corpo de Lucas.

Comércio

A poucos quilômetros dali, o centro de Petrópolis busca retomar a força de seu comércio, severamente afetado pela inundação. Dezenas de lojas foram invadidas pela água e lama, ficando semanas fechadas, para limpeza e reforma das instalações. Na Rua do Imperador, uma das principais da área central, o que se via na tarde dessa segunda-feira (14) era o oposto dos dias que se seguiram à tragédia.

Em vez de lojas fechadas, cobertas por grossa camada de lama, a região voltou a atrair milhares de pessoas. Além dos próprios moradores, centenas de turistas voltam aos poucos a frequentar o comércio local, especialmente conhecido pelas confecções de bom preço e qualidade, muito buscadas por clientes e revendedores.

Um caso que se tornou emblemático foi o da Livraria Nobel, que perdeu quase 15 mil livros em seu estoque, no subsolo da loja, inundado pela chuva em questão de minutos, sem dar tempo aos funcionários fazerem nada, além de salvarem suas próprias vidas.

“Conseguimos reabrir a loja. E para isso tivemos muito carinho da população. Foi muito rápido. Quando entrou pela porta da frente, o meu filho já saiu dali com água na cintura. O prejuízo é grande. Não perdemos só os livros, foram cinco computadores, móveis, divisórias. Agora, quando começa a chover, fica todo mundo tenso e traumatizado”, contou a proprietária, Sandra Madeira, que nem por isso pensou em desistir. Afinal, Petrópolis só tem duas livrarias: a Nobel e a Vozes.

Prefeitura

Procurada para se manifestar sobre os problemas na concessão dos aluguéis sociais, a prefeitura de Petrópolis respondeu que o último balanço, de 10 de março, inclui 170 aluguéis sociais. "Importante dizer que a prefeitura fez todos os esforços para agilizar a concessão de aluguéis sociais. Um grupo de trabalho, que envolve todas as secretarias, atua na ponta, auxiliando as famílias na busca por moradia segura. O município também liberou a exigência do laudo da Defesa Civil pelo período de 60 dias, justamente para acelerar o processo", escreveu a prefeitura em nota.

Até o momento, foram 1.778 laudos concluídos e 3.012 estão em andamento. No total, a Defesa Civil tem 5.802 ocorrências registradas.

Com o encontro de mais um corpo nesta quinta-feira (3) na Chácara Flora, subiu para 233 o número de vítimas das chuvas de 15 de fevereiro em Petrópolis, região serrana do Rio. Segundo a equipe técnica e científica da Polícia Civil, dos 233 mortos, 138 são mulheres, 95 homens e 44, menores de idade. 

O Corpo de Bombeiros continua em busca de um desaparecido no Morro da Oficina e de mais três ao longo do Rio Quitandinha. A Secretaria de Defesa Civil dá suporte às ações de buscas e as equipes da Assistência Social mantêm o atendimento nos pontos de abrigo. 

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Até o momento, abrigos temporários atendem 994 pessoas que tiveram que sair de casa por causa dos danos provocados pelas chuvas. Cuidados em saúde, acompanhamento psicológico, recreação e atividades educativas para crianças, além de orientações sobre serviços sociais que podem ser direcionados de acordo com o perfil familiar fazem parte do suporte oferecido pela Secretaria de Assistência Social. 

Nas estruturas que funcionam em escolas públicas e em locais montados de forma voluntária em associações de moradores, organizações não governamentais (ONGs) e entidades comunitária, as famílias contam com suporte para as necessidades essenciais até que consigam o encaminhamento para o aluguel social. As pessoas que saem dos abrigos e instalam em casa de parentes e amigos continuam recebendo apoio do governo municipal para que possam se restabelecer. 

A prefeitura de Petrópolis reafirmou que todas as pessoas que precisaram recorrer aos pontos de abrigo terão direito ao aluguel social no valor de R$ 1 mil. Os desabrigados têm prioridade e já foram cadastrados por equipes da administração municipal. 

Vistorias

Até o momento, mais de 3 mil vistorias estão em andamento pelas equipes de engenheiros, geólogos e técnicos da Defesa Civil. Cerca de 700 laudos já estão prontos para serem entregues à população. As pessoas que os imóveis vistoriados podem ligar para os números 199 ou (24) 2246-9281 e verificar se o documento está disponível. A consulta também pode ser feita pelo site da Defesa Civil. Neste endereço online, é possível também solicitar o documento para download por meio do serviço do RO Digital. 

Desde o dia 15 de fevereiro, foram registradas 4.368 ocorrências. Desse total, 3.743 resultaram dos deslizamentos que afetaram principalmente as regiões do primeiro distrito. Os técnicos já realizaram atendimento em 44 localidades do município. As regiões com o maior número de ocorrências foram: Alto da Serra; Castelânea; Chácara Flora; Centro; Quitandinha; Caxambu; São Sebastião, Valparaíso; Vila Militar; Floresta; Saldanha Marinho; Mosela; Coronel Veiga; Morin; Independência; Estrada da Saudade; Corrêas; Retiro; Siméria; Bingen; Duarte da Silveira; Meio da Serra; Bataillard; Nogueira; Quarteirão Brasileiro; Quarteirão Ingelhein; Cascatinha; Itaipava; Quissamã; Itamarati e Carangola.

 A Comissão de Desenvolvimento Regional do Senado (CDR) adiou a abertura dos trabalhos do colegiado e a audiência pública com o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, para o próximo dia 14. As reuniões estavam inicialmente marcadas para a segunda-feira (7). 

O ministro foi convidado pelo presidente da CDR, Fernando Collor (Pros-AL), para apresentar os programas, projetos, investimentos e incentivos voltados para o desenvolvimento regional implementados em 2021, bem como perspectivas para o ano corrente. O colegiado ainda aguarda a confirmação do ministro. 

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Internautas já encaminharam uma série de perguntas ao ministro por meio do Portal e-Cidadania. O detalhamento da liberação de recursos para assistência às vítimas dos deslizamentos de terras em Petrópolis; a redução de verbas para programas habitacionais e os critérios para investimentos no desenvolvimento de municípios do interior do país estão entre os questionamento  Fonte: Agência Senado

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