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A Coreia do Norte lançou um "projétil não identificado" no mar, em frente à sua costa oriental, informou nesta terça-feira (28) o Exército sul-coreano, enquanto o representante de Pyongyang na ONU defendeu o direito do país de desenvolver um armamento próprio.

O Estado-Maior da Coreia do Sul não divulgou detalhes do caso. Um porta-voz do ministro japonês da Defesa indicou à AFP que o projétil "assemelhava-se a um míssil balístico".

O lançamento é o episódio mais recente de uma série de mensagens cruzadas entre as duas Coreias, que, por um lado, impulsionam sua corrida militar e, por outro, evocam um possível diálogo.

Pouco após a notificação do disparo, o embaixador norte-coreano defendeu na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, o direito de seu país de testar sua tecnologia de defesa. "Nós apenas estamos construindo nossa defesa nacional para nos proteger e salvaguardar de forma confiável a segurança e a paz do país", disse Kim Song.

No entanto, Washington afirmou nesta segunda-feira que "condena" o aparente lançamento do míssil e instou Pyongyang a dialogar.

"Os Estados Unidos condenam o lançamento do míssil da RPDC", declarou o Departamento de Estado em um comunicado, referindo-se à República Popular Democrática da Coreia.

"Este lançamento viola várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU e representa uma ameaça para os vizinhos da RPDC e a comunidade internacional. Continuamos comprometidos com uma abordagem diplomática da RPDC e apelamos ao diálogo", acrescentou.

Sujeito a sanções internacionais por seu programa de armamento nuclear, o Norte realizou vários testes balísticos este mês, inclusive com mísseis de cruzeiro de longo alcance.

O Sul, por sua vez, anunciou nos últimos dias que testou com sucesso, pela primeira vez, mísseis disparados de um submarino, uma tecnologia avançada disponível apenas em alguns poucos países.

Nesta terça-feira, a Coreia do Sul lançou o seu terceiro míssil a partir de um submarino, em um novo sinal decomo investe bilhões de dólares para fortalecer sua capacidade militar.

Após uma reunião de emergêncoa, o Comitê de Segurança Nacional de Seul emitiu um comunicado nesta terça-feira em que lamenta o lançamento de Pyongyang "em um momento crítico na estabilidade política da península da Coreia".

- Propostas de diálogo -

Mas também surgiram sinais de distensão.

Dois dias atrás, Kim Yo Jong, irmã e assessora influente do líder norte-coreano, Kim Jong Un, evocou a possibilidade de uma cúpula intercoreana, mas só se garantir o "respeito mútuo" e a "imparcialidade".

Também criticou a "dupla moral" da Coreia do Sul e dos Estados Unidos, que criticam os testes norte-coreanos enquanto eles desenvolvem suas próprias capacidades militares.

O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, ao qual restam poucos meses no cargo, reiterou seus chamados para um fim oficial à guerra da Coreia (1950-1953).

O conflito nesta península do nordeste asiático terminou com uma trégua, mas nunca chegou a ser assinado um tratado de paz. Portanto, os dois países continuam tecnicamente em guerra desde então.

"Parece que a Coreia do Norte quer ver o quão genuína Seul é a respeito da sua vontade de melhorar a relação entre os dois países e de encerrar oficialmente a guerra da Coreia", observou o professor Yang Moo-jin, da Universidade de Estudos Norte-Coreanos.

“Pyongyang vai monitorar e estudar a reação de Moon após o lançamento de hoje e decidir o que quer fazer”, completou.

A comunicação entre as duas Coreias foi interrompida em grande medida depois de uma segunda cúpula entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte em Hanói, que fracassou em fevereiro de 2019, já que o então presidente Donald Trump e Kim Jong Un não puderam entrar em um consenso sobre os termos de um acordo.

A Executiva do Comitê Olímpico Internacional (COI) suspendeu até o fim de 2022 o Comitê Nacional da Coreia do Norte pela não participação nos Jogos de Tóquio-2020, no Japão, que foram realizados neste ano, segundo anunciou nesta quarta-feira o presidente da entidade, o alemão Thomas Bach.

Caso algum atleta do país se classifique para os Jogos Olímpicos de Inverno, marcados para acontecer Pequim, na China, em fevereiro do ano que vem, a Executiva do COI ficará responsável por decidir sobre a participação no evento.

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"O Comitê da Coreia do Norte foi o único que não participou dos Jogos de Tóquio. Com isso, violou a Carta Olímpica e descumpriu com a obrigação que tinha de enviar uma delegação de atletas", justificou Bach.

Em 6 de abril, o Departamento de Esportes da Coreia do Norte anunciou que não enviaria representantes à capital japonesa para protegê-los do contágio da covid-19.

Com a suspensão, o Comitê Olímpico norte-coreano fica impedido de se beneficiar dos programas de ajuda oferecidos pelo COI e de participar da divisão das receitas dos Jogos de Tóquio, "já que não contribuiu para seu êxito", disse o presidente da entidade.

Segundo o COI, as garantias de preservação da saúde foram oferecidas à Coreia do Norte e outros países, incluindo o envio de vacina", que foram recusadas pelo regime local.

A comunidade internacional se preocupa há anos com o programa nuclear norte-coreano, mas, para muitos especialistas, a principal ameaça representada por este país não são seus mísseis, mas seu exército de "hackers" capazes de roubos espetaculares.

O regime é alvo de uma série de sanções internacionais por seus programas de armas nucleares, que melhoraram substancialmente nesta última década sob o comando de Kim Jong-un.

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Mas, à medida que a comunidade internacional se mobiliza contra suas ambições atômicas, Pyongyang desenvolveu habilidades impressionantes no campo da guerra cibernética.

"Os programas nucleares e militares da Coreia do Norte são ameaças de longo prazo, mas suas ameaças cibernéticas são ameaças imediatas e realistas", observa Oh Il-seok, pesquisador do Instituto de Estratégia e Segurança Nacional de Seul.

Essa capacidade foi evidenciada em 2014, quando o país foi acusado de estar por trás da invasão dos estúdios Sony Pictures Entertainment para se vingar do filme "A Entrevista", uma sátira que zombava de Kim.

Desde então, o regime norte-coreano é suspeito de liderar vários ataques cibernéticos em grande escala, como o roubo de US$ 81 milhões do Banco Central de Bangladesh, em 2016, ou o ataque do "ransomware" WannaCry, que infectou 300.000 computadores em 150 países em 2017.

- "Guerras do futuro" -

As autoridades norte-coreanas sempre negaram as acusações. Em 2017, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores as chamou de "absurdas".

Em fevereiro, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos acusou três norte-coreanos de uma série de ciberataques.

Em seu relatório anual de avaliação de ameaças, Washington estima que Pyongyang "provavelmente tem a capacidade de causar interrupções temporárias e limitadas em algumas redes de infraestruturas críticas" nos Estados Unidos.

De acordo com este relatório do Escritório do Diretor de Informações Nacionais, o programa cibernético da Coreia do Norte representa "uma ameaça crescente em termos de espionagem, roubos e atentados".

Além disso, acusa Pyongyang de ter roubado centenas de milhões de dólares de instituições financeiras, ou de plataformas de câmbio de criptomoedas, "provavelmente para financiar as prioridades do governo, como programas nucleares e balísticos".

O programa cibernético da Coreia do Norte poderia remontar à década de 1990.

"Todas as guerras do futuro serão guerras informáticas", teria previsto o falecido líder norte-coreano Kim Jong-il, pai do atual presidente.

- Os mais brilhantes -

Atualmente, a unidade de guerra cibernética norte-coreana, a "Oficina 121", tem 6.000 membros que também operam no exterior, em particular em Belarus, China, Índia, Malásia, ou Rússia, de acordo com um relatório militar de 2020 dos EUA.

"Eles são altamente desenvolvidos, rápidos e capazes de ataques elaborados", diz Scott Jarkoff, da empresa especializada CrowdStrike.

Os membros da Oficina 121 são treinados em diferentes linguagens de programação e sistemas operacionais em instituições como a Universidade Mirim, disse à AFP o ex-aluno Jang Se-yul, que desertou em 2007.

Esta universidade aceita apenas 100 alunos por ano, escolhidos entre os mais brilhantes do país.

"Eles nos ensinaram que deveríamos estar preparados para enfrentar a capacidade americana de guerra cibernética", contou Jang.

"Eles nos explicaram que tínhamos que desenvolver nossos próprios programas de 'hacking', já que a melhor defesa consiste em atacar o sistema de exploração do inimigo", acrescentou.

O desenvolvimento desse tipo de programa de guerra cibernética é particularmente atraente para pequenos países, como a Coreia do Norte, "que estão desatualizados em termos de equipamentos como aviões, carros e outros sistemas de armas modernos", explica Martyn Williams, do Stimson Center.

"Tudo que você precisa para 'hackear' é um computador e uma conexão com a Internet", completa.

A maioria dos programas cibernéticos nos países é voltada para atividades de espionagem. E a Coreia do Norte se caracteriza por colocar sua capacidade a serviço de objetivos financeiros.

- "Roubar é mais lucrativo" -

Com a pandemia, Pyongyang fechou suas fronteiras, isolando um pouco mais do mundo sua economia afundada por sanções. E tenta, há anos, encontrar fontes de renda.

"Roubar é muito mais rápido e potencialmente mais lucrativo do que fazer negócio, especialmente se você pode contar com 'hackers' muito talentosos", explica Williams.

Os três norte-coreanos indiciados em fevereiro nos Estados Unidos são acusados de "hackear" empresas e instituições estrangeiras, em particular o setor de criptomoedas, para tentarem se apropriar de cerca de US$ 1,3 bilhão.

"Esses agentes norte-coreanos, que usam teclados de computador em vez de armas e roubam carteiras de criptomoedas em vez de sacolas cheias de dinheiro, são os campeões mundiais dos assaltos a bancos", comenta o procurador federal John Demers.

A descentralização das redes de criptomoedas permite que a Coreia do Norte contorne as sanções financeiras internacionais, de acordo com Jarkoff, e "facilmente lave dinheiro e leve-o para o país fora do controle do sistema bancário global".

"As criptomoedas são atraentes por não serem controladas, serem sem fronteiras e relativamente anônimas", acrescenta.

A Federação Norte-Coreana de Futebol enviou um documento para a Confederação de Futebol da Ásia revelando sua intenção de não participar do restante das Eliminatórias para a Copa do Mundo do Catar, a serem realizadas de 3 a 15 de junho na Coreia do Sul.

Por causa da pandemia, os oito jogos restantes do Grupo H, do qual fazem parte as Coreias, Líbano, Sri Lanka e Turcomenistão, serão disputados em campos sul-coreanos. Apesar das Coreias estarem tecnicamente em guerra, o motivo apresentado pelos dirigentes norte-coreanos é o medo de contágio do coronavírus.

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A Coreia do Norte está com suas fronteiras fechadas desde janeiro de 2020 e já anunciou que não vai participar dos Jogos Olímpicos de Tóquio. O país limitou muito suas importações da China, por causa do receio de receber produtos contaminados. Seu exército está autorizado a disparar contra qualquer pessoa que se aproxime das fronteiras.

A Coreia do Norte tinha chances de classificação para o Mundial, pois, após cinco rodadas, tinha oito pontos, assim como Coreia do Sul e Líbano, enquanto a liderança da chave é do Turcomenistão, com nove.

A Coreia do Norte acusou neste domingo o presidente americano Joe Biden de executar uma política hostil e denunciou como "espúria" a diplomacia dos Estados Unidos.

Biden afirmou em seu primeiro discurso presidencial no Congresso na quarta-feira que usaria "a diplomacia, bem como a dissuasão severa" para conter as ambições nucleares da Coreia do Norte.

Em um comunicado difundido pela agência de notícias KCNA, o regime liderado por Kim Jong Un advertiu Biden que havia cometido um "grande erro" com sua postura "desfasada" em relação ao país.

"A declaração reflete claramente sua intenção de prosseguir uma política hostil a respeito da RPDC (República Popular Democrática da Coreia), o que o governo dos Estados Unidos faz há mais de meio século", declarou Kwon Jung Gun, funcionário do ministério norte-coreano das Relações Exteriores.

"A suposta diplomacia americana é um indicador espúrio para acobertar seus atos hostis e a dissuasão anunciada é um meio de submeter a RPDC a ameaças nucleares", completou.

Em outra declaração também divulgada pela KCNA, o ministério acusou Biden de insultar Kim Jong-Un e acrescentou: "Advertimos os Estados Unidos o suficiente como para entendam que sairão prejudicados se nos provocarem".

A Casa Branca informou nesta sexta que seu objetivo continua sendo "a completa desnuclearização da península coreana".

Em abril, o presidente sul-coreano Moon Jae-in, que visitará a Casa Branca em 21 de maio, exortou Biden a dialogar diretamente com Kim sobre a desnuclearização.

Em outro comunicado divulgado neste domingo, a influente irmã do líder norte-coreano, Kim Yo Jong, criticou o recente envio de panfletos hostis a Pyongyang, a partir do Sul, por opositores da Coreia do Norte.

"Observamos estas manobras cometidas por dejetos humanos no Sul como uma grave provocação contra nosso Estado e estudaremos as medidas apropriadas como resposta”, disse Kim.

Os panfletos, enviados por balões infláveis ou por boias em rios da zona desmilitarizada que separam as Coreias, são utilizados há muito tempo por ativistas do Sul para denunciar o regime Kim Jong Un e enviar mensagens aos habitantes do Norte.

Estas práticas irritam Pyongyang, que critica a campanha e, para manter a pressão diplomática, não hesita em suspender um projeto de comunicação na fronteira.

Hackers norte-coreanos tentaram invadir os sistemas da gigante farmacêutica Pfizer para encontrar informações sobre a vacina e tratamentos contra o coronavírus, informaram nesta terça-feira (16) meios de comunicação, citando a inteligência sul-coreana.

O Serviço Nacional de Inteligência (NIS) "nos informou que a Coreia do Norte tentou obter tecnologias incluindo a vacina e tratamentos contra a covid por meio de um ataque cibernético para hackear a Pfizer", declarou a repórteres o deputado Ha Tae-keung.

Pyongyang foi o primeiro país do mundo a fechar suas fronteiras no final de janeiro de 2020 na tentativa de se proteger da pandemia que surgiu em dezembro de 2019 na vizinha China e que desde então se espalhou por todo o planeta, matando mais de 2 milhões de pessoas.

O líder norte-coreano, Kim Jong Un, garantiu que seu país não teve nenhum caso de contaminação por coronavírus, mas especialistas acreditam que a alegação é improvável, visto que a vizinha China é o principal parceiro comercial e apoio de Pyongyang.

O fechamento das fronteiras aumentou a pressão sobre a economia norte-coreana, já sujeita a sanções internacionais devido ao programa nuclear e balístico desenvolvido pelo regime.

De acordo com especialistas ocidentais, a Coreia do Norte tem um exército de vários milhares de hackers altamente treinados que já atacaram empresas, instituições e centros de pesquisa, especialmente na Coreia do Sul.

Pyongyang também roubou mais de US$ 300 milhões em criptomoedas nos últimos meses por meio de ataques informáticos destinados a financiar seus programas nucleares e balísticos proibidos, de acordo com um relatório confidencial da ONU divulgado alguns dias atrás.

Embora afirme estar livre do vírus, a Coreia do Norte solicitou recentemente vacinas contra a covid-19, das quais deve receber quase dois milhões de doses, segundo a GAVI Alliance, membro do programa da ONU Covax, que coordena a distribuição de vacinas aos países pobres.

Esta é a primeira confirmação oficial de que Pyongyang pediu ajuda internacional, quando a infraestrutura sanitária da Coreia do Norte é considerada totalmente inadequada para lidar com uma epidemia em grande escala.

A Coreia do Norte solicitou imunizantes da Gavi, parte do programa Covax apoiado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), contra a Covid-19 e deve receber quase 2 milhões de doses, embora o País tenha insistido que está livre do vírus. É a primeira confirmação oficial de que o País pediu ajuda internacional.

A infraestrutura médica na Coreia do Norte é vista como inadequada para lidar com qualquer surto em grande escala, afirmou a agência AFP. Ainda de acordo com o relatado, o País vai receber doses do imunizante da Oxford/AstraZeneca.

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Alemanha

As restrições na Alemanha contra a Covid-19 podem ser suspensas antes do início da primavera no Hemisfério Norte, em 20 de março, diante da baixa do número de casos, disse o ministro da Saúde, Jens Spahn. Segundo ele, a meta nacional continua sendo a de "evitar que o sistema de saúde fique sobrecarregado, e não evitar novas infecções".

A chanceler alemã, Angela Merkel, e os líderes dos 16 estados da Alemanha irão se reunir na quarta-feira, 10, para decidir se estenderão as restrições depois que elas expirarem em 14 de fevereiro. "Não podemos ficar neste bloqueio rígido durante todo o inverno. Não toleraríamos isso bem como uma sociedade. Reduzir a zero infecções e mantê-lo assim tem um custo desproporcional em outras áreas da vida", afirmou Spahn. A Alemanha entrou em um bloqueio parcial em novembro e o intensificou em dezembro.

O número de novas infecções e de pacientes em terapia intensiva na Alemanha vem caindo continuamente desde o início do ano, uma tendência que Spahn chamou de "encorajadora". Na quarta-feira, 3, a Alemanha relatou 14.211 novos casos de coronavírus e 786 mortes. Apesar da aparente estabilidade de novas infecções, a contagem de mortes continua sendo uma estatística preocupante. A esperança é que a tendência acabe caindo à medida que a contagem diária de casos e as hospitalizações diminuam.

Espanha

A região espanhola da Catalunha retirou algumas restrições de combate à pandemia, diante do menor número de infecções e internações hospitalares. "Acreditamos que estamos deixando para trás o pico máximo da terceira onda", disse o secretário-geral da saúde catalão, Marc Ramentol. No entanto, ele alertou que ainda há ameaças sérias de novas variantes do vírus, intensa pressão sobre os hospitais e uma implementação lenta da vacinação. (Com agências internacionais).

O líder norte-coreano Kim Jong-un disse que os Estados Unidos são o "maior inimigo" de sua nação - que possui armas nucleares -, noticiou a mídia estatal neste sábado (noite de sexta, 8, no Brasil).

A declaração ocorre a menos de duas semanas da posse de Joe Biden como presidente dos Estados Unidos e depois de uma relação turbulenta entre Kim e Donald Trump, que está prestes a deixar o cargo.

Kim e Trump primeiro se envolveram em uma guerra de palavras e ameaças mútuas, até que surgiu um extraordinário "bromance" diplomático que incluiu cúpulas que ganharam as manchetes e declarações de amor do presidente americano.

Porém, nenhum progresso substancial aconteceu, com o processo paralisado depois que uma reunião em Hanói resultou em um impasse sobre o alívio de sanções e o que a Coreia do Norte estaria disposta a abrir mão em contrapartida.

Pyongyang "deve se concentrar e ser desenvolvido em subverter os EUA, o maior obstáculo para nossa revolução e nosso maior inimigo", disse Kim no congresso quinquenal do partido no poder, segundo a agência oficial de notícias KCNA.

"Não importa quem está no poder, a verdadeira natureza de sua política contra a Coreia do Norte nunca mudará", afirmou ele em alusão aos Estados Unidos, sem mencionar o nome de Biden.

Pyongyang investiu grandes quantidades de recursos no desenvolvimento de suas armas nucleares e mísseis balísticos, que afirma serem necessários para a defesa contra uma possível invasão dos EUA.

Os programas nucleares avançaram rapidamente sob o comando de Kim, incluindo sua explosão nuclear mais poderosa até agora e mísseis capazes de atingir todo o território dos Estados Unidos, ao custo de sanções internacionais cada vez mais severas.

O país concluiu os planos para um submarino de propulsão nuclear, disse Kim, algo que mudaria o equilíbrio estratégico.

"Uma nova pesquisa de planejamento para um submarino com propulsão nuclear foi concluída e deve entrar no processo de exame final", explicou ele no congresso.

A Coreia do Norte deve "avançar ainda mais em tecnologia nuclear" e desenvolver ogivas nucleares leves e de pequeno porte "para serem aplicadas de maneira diferente dependendo dos alvos", acrescentou.

Os comentários estão no relatório de trabalho da reunião, que durou nove horas distribuídas por três dias e foi relatada em detalhes pela KCNA pela primeira vez.

O dirigente norte-coreano Kim Jong Un presidiu uma reunião do gabinete político sobre os preparativos para um raro congresso do partido que governa o país (será o primeiro em cinco anos), programado para janeiro, anunciou a imprensa estatal.

O congresso do Partido dos Trabalhadores da Coreia, que previsivelmente resultará na elaboração de um novo plano político e econômico para o país, será o oitavo da história.

O evento acontecerá um pouco antes da posse do novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em 20 de janeiro, quando as negociações entre Pyongyang e Washington sobre a questão nuclear estão paralisadas.

O regime norte-coreano está sob forte pressão financeira, consequência do impacto da pandemia, das sanções internacionais e das inundações registradas no verão.

Durante a reunião do gabinete político, na terça-feira, foi decidido que o congresso acontecerá em janeiro, informou a agência oficial KCNA, que não divulgou a data exata.

A Coreia do Norte enfrenta há vários anos graves problemas de má gestão econômica e um plano anterior foi discretamente abandonado há alguns meses.

Em agosto, uma reunião do partido concluiu que os "objetivos de melhoria econômica nacional sofriam graves atrasos".

Em outubro, Kim ordenou uma campanha de 80 dias para estimular a economia.

Antes do sétimo congresso, que aconteceu em 2016, uma campanha similar foi organizada. Na época, um novo plano quinquenal foi anunciado.

Aquele congresso foi o primeiro do tipo em 36 anos.

Pyongyang pretende transformar o emblemático balneário do monte Kumgang em um complexo turístico internacional, anunciou neste domingo (20) a imprensa oficial, um ano após a destruição dos prédios construídos pela Coreia do Sul por ordem do líder Kim Jong Un.

O balneário, símbolo da cooperação econômica entre as duas Coreias, foi construído por Hyundai Asan, uma filial do grupo sul-coreano Hyundai.

O objetivo era atrair milhares de turistas sul-coreanos para o monte Kumgang, que significa "a montanha do diamante", considerada um dos lugares mais bonitos da península.

No ano passado, durante um período de tensões entre as duas Coreias, Kim ordenou a destruição das instalações "em ruínas" que o Sul havia construído, comparando-as com "barracas improvisadas instaladas em uma região destruída".

A agência de notícias KCNA informou que o primeiro-ministro norte-coreano Kim Tok Hun visitou o local e destacou a "necessidade de reconstruir a estação turística ao nosso estilo" para transformá-la em um "complexo turístico invejado pelo mundo inteiro".

Os Estados Unidos minimizaram nesta quarta-feira (14) a ameaça representada pelo míssil balístico intercontinental gigante apresentado pela Coreia do Norte em um desfile militar.

No desfile realizado no sábado diante do líder norte-coreano Kim Jong Un, foi exibido o míssil móvel transportado em um caminhão de onze eixos que, segundo analistas, é o maior de combustível líquido conhecido até agora no mundo.

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, disse nesta quarta-feira que os acordos feitos pelo presidente Donald Trump com os norte-coreanos reduziram os riscos. Ele afirmou que somente por meio de testes será possível comprovar se o míssil funciona.

"Os norte-coreanos, no entanto, não fizeram nenhum teste com mísseis balísticos intercontinentais no ano passado. A mesma coisa aconteceu no ano anterior", disse Pompeo a repórteres.

"Portanto, o acordo com a Coreia do Norte, os entendimentos, embora não tenham alcançado o objetivo final, certamente levaram a uma redução dos riscos para os Estados Unidos em comparação com o que seria se tivéssemos seguido o caminho do governo anterior", afirmou.

A Coreia do Norte não testa mísseis nucleares ou de longo alcance desde que Kim assinou um comunicado conjunto com Trump em uma reunião em Singapura em 2018.

Trump, que busca um segundo mandato nas eleições de 3 de novembro, se gabou repetidamente de ter evitado uma guerra após o aumento das tensões geradas pelos testes de mísseis nucleares norte-coreanos.

Embora Trump tenha dito que ele e Kim "se apaixonaram", os esforços diplomáticos estagnaram por um ano e não há sinal de um acordo permanente encerrando o programa nuclear de Pyongyang.

Kim advertiu em um discurso que a Coreia do Norte não está presa a uma moratória autoimposta nos testes de mísseis nucleares e de longo alcance, mesmo ao parar de lançar ameaças.

Analistas disseram que o novo míssil provavelmente foi projetado para transportar várias ogivas. Se operacional, o sistema pode violar as defesas antimísseis dos Estados Unidos, de acordo com especialistas.

A Coreia do Norte apresentou novas armas neste sábado, incluindo a nova geração do seu míssil balístico intercontinental (ICBM) capaz de carregar ogivas nucleares, durante o desfile militar que comemorou os 75 anos da fundação do Partido dos Trabalhadores da Coreia, que comanda o país. Em discurso, o líder norte-coreano Kim Jong Un disse que pode mobilizar seu exército e aparato nuclear em caso de ameaças ao país.

Kim evitou criticar os Estados Unidos diretamente, focando em questões internas, agradecendo os esforços que a população do país vem fazendo para superar os desafios enormes causados pela pandemia do novo coronavírus e as sanções norte-americanas que virtualmente bloqueiam a economia local para o resto do mundo.

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O líder norte-coreano também fez um aceno à vizinha Coreia do Sul, dizendo que tem esperança que os dois países retomem as negociações bilaterais após o fim da pandemia. As conversas estão suspensas desde o impasse com os EUA sobre o projeto nuclear de Pyongyang.

A agência de notícias estatal KCNA informou que o presidente da China, Xi Jinping, enviou uma carta à Kim parabenizando o aniversário do partido e também se comprometendo a continuar a "defender, consolidar e desenvolver" as relações bilaterais entre os dois países.

A Coreia do Norte realizou, neste sábado (10), um gigantesco desfile militar, segundo imagens veiculadas pela televisão, com milhares de soldados sem máscara em um país que fechou suas fronteiras há oito meses e onde, segundo seu líder Kim Jong Un, não há um único caso de coronavírus.

O esperado ato faz parte das comemorações do 75º aniversário da fundação do Partido dos Trabalhadores no poder. O hermético regime comunista festejou o acontecimento depois de fechar suas fronteiras há oito meses para se proteger do coronavírus, do qual não notificou nenhum caso.

Em discurso ao público, Kim Jong Un comemorou que "nem uma única pessoa" tenha contraído o coronavírus no país e afirmou que deseja "boa saúde a todas as pessoas do mundo que estão lutando contra os males deste terrível vírus".

A emissora pública KCTV transmitiu imagens de esquadrões de soldados armados e veículos blindados, alinhados nas ruas de Pyongyang, prontos para desfilar pela Praça Kim Il Sung, em imagens noturnas.

Nem os participantes nem o público presente usavam máscara, mas havia muito menos cidadãos do que normalmente na praça.

A transmissão começou com a imagem de um cartaz de propaganda, apresentando três norte-coreanos com os símbolos da foice, martelo e pincel e o slogan "A maior vitória do nosso grande partido".

Em geral, os desfiles norte-coreanos são encerrados com um míssil que o governo quer destacar em seu arsenal, e os observadores tendem a prestar especial atenção a isso, em busca de qualquer pista sobre o desenvolvimento de armas do Norte.

"Continuaremos a fortalecer nosso Exército, para fins de autodefesa e dissuasão", declarou o líder norte-coreano em seu discurso.

De acordo com um comunicado dos chefes de Estado-Maior sul-coreanos, o desfile teria ocorrido no início desta manhã, quando "sinais de uma parada militar com pessoas e equipamentos foram detectados" na Praça Kim Il Sung em Pyongyang. As agências de inteligência sul-coreana e americana "acompanharam de perto o evento", acrescentaram.

"Grande passo"

Acredita-se que a Coreia do Norte continue desenvolvendo seu arsenal, supostamente para se proteger dos Estados Unidos, após o fracasso da cúpula de Hanói com o presidente americano Donald Trump em fevereiro do ano passado.

Analistas apostam que o país está desenvolvendo um novo míssil balístico submarino (SLBM) ou míssil balístico intercontinental (ICBM) capaz de atingir os Estados Unidos e escapar dos sistemas de defesa americanos.

A comemoração do aniversário do Partido dos Trabalhadores significa que a Coreia do Norte "tem uma necessidade política e estratégica de exibir algo grande", interpretou Sung-yoon Lee, um professor coreano da Universidade Tufts, nos Estados Unidos.

A demonstração de armas mais avançadas "marcará um grande passo à frente na capacidade real de ameaça de Pyongyang", assegurou.

Ao contrário de outras ocasiões, a imprensa estrangeira não foi autorizada a assistir ao desfile e, como muitas embaixadas estão fechadas por causa do coronavírus, quase não havia observadores estrangeiros na cidade.

A embaixada russa em Pyongyang postou uma mensagem em sua página do Facebook pedindo aos diplomatas e outros representantes internacionais que não "se aproximem ou tirem fotos" das comemorações.

No final de dezembro, Kim ameaçou revelar uma "nova arma estratégica", mas analistas acreditam que Pyongyang tentará não arriscar suas chances com Washington antes da próxima eleição presidencial americana em novembro.

Ostentar suas armas estratégicas em um desfile militar "seria consistente com a promessa de Kim Jong Un", embora, por outro lado, não seja do interesse de "provocar os Estados Unidos testando uma arma estratégica", apontou Rachel Lee, ex-conselheira do governo americano sobre a Coreia do Norte.

Por sua vez, Harry Kazianis, do Centro de Interesses Nacionais, alertou para o risco de que a presença de milhares de pessoas se torne um "grande propagador" do coronavírus, se não forem tomadas "precauções extremas".

O precário sistema de saúde neste país empobrecido teria dificuldade em lidar com um surto massivo, embora acredite que as medidas de prevenção pareçam improváveis.

O líder norte-coreano Kim Jong Un ordenou o início de uma campanha nacional de 80 dias para estimular a combalida economia do país, antes da organização, em janeiro, de um congresso excepcional do partido único, anunciou a imprensa estatal.

A decisão, adotada durante uma reunião do Partido dos Trabalhadores, acontece após graves inundações e durante a pandemia do novo coronavírus, fatores que agravaram ainda mais a situação no país isolado.

As campanhas de mobilização em larga escala, nas quais os norte-coreanos devem trabalhar por horas extras e assumir novas tarefas, são frequentes no país em momentos de eventos extraordinários.

"Conseguimos proezas históricas graças aos nossos esforços, superando testes e dificuldades sem precedentes este ano, mas não devemos descansar sobre os louros", afirmou a agência estatal KCNA.

"Temos desafios importantes pela frente e objetivos que devem ser alcançados este ano", insistiu a KCNA.

O nível de participação da população nestas campanhas é monitorado e usado como um termômetro para medir a lealdade dos cidadãos ao regime. Grupos de defesa dos direitos humanos classificam as campanhas como trabalho forçado.

A economia norte-coreana foi muito afetada pelas sanções internacionais que desejam forçar Pyongyang a abandonar seu programa nuclear, que se desenvolveu muito rapidamente desde que Kim chegou ao poder.

Analistas esperam que o país apresente detalhes sobre os novos programas durante o 75º aniversário do Partido dos Trabalhadores no sábado.

O líder norte-coreano, Kim Jong Un, pediu desculpas pelo assassinato de um sul-coreano nas águas do país, informou nesta sexta-feira (25) o gabinete da presidência de Seul, citado pela agência de notícias Yonhap.

Kim chamou o incidente de "assunto vergonhoso" e pediu desculpas "por ter decepcionado o presidente Moon Jae-in e os sul-coreanos".

O pedido de desculpas da Coreia do Norte, em particular do próprio Kim, é algo extremamente incomum. A mensagem foi divulgada em um momento de congelamento das relações entre as Coreias, assim como das negociações entre Pyongyang e Washington pela questão nuclear.

Soldados norte-coreanos atiraram quase 10 vezes contra um homem que entrou ilegalmente nas águas do país e não se identificou, de acordo com a carta enviada por Kim à presidência sul-coreana.

A pessoa, supostamente um desertor e que trabalhava na indústria pesqueira, desapareceu na segunda-feira a bordo de um barco patrulha que navegava perto da ilha sul-coreana de Yeonpyeong, segundo uma fonte militar da Coreia do Sul.

Yeonpyeong fica a um quilômetro e meio da fronteira marítima com o Norte. Este foi o primeiro sul-coreano assassinado pela Coreia do Norte em 10 anos.

Em novembro de 2010, o exército de Pyongyang bombardeou a ilha sul-coreana de Yeonpyeong e matou quatro pessoas, dois civis e dois soldados.

Alguns meses antes, um navio de guerra, o "Cheonan", foi torpedeado, de acordo com Seul, por um submarino norte-coreano, um ataque que matou 46 marinheiro. Pyongyang sempre negou qualque envolvimento.

O tufão Maysak que atingiu a Coreia do Norte na semana passada destruiu dezenas de pontes e danificou ou inundou mais de 2.000 casas, informou a imprensa estatal nesta quarta-feira (9).

Maysak, que provocou chuvas torrenciais, "destruiu ou inundou" mais de 2.000 casas e dezenas de edifícios públicos nas zonas afetadas, afirmou a agência oficial KCNA.

Quase 60 quilômetros de estradas e 59 pontes desabaram, enquanto mais de 3.500 metros de vias férreas foram "arrastados", de acordo com a mesma fonte.

Maysak, seguido pelo tufão Haishen no início desta semana, obrigou as autoridades a "mudar de rumo" em termos do planejamento central previsto para até o fim do ano, afirmou o líder norte-coreano Kim Jong Un ao Alto Comitê do Partido dos Trabalhadores, segundo a KCNA.

A agência oficial não divulgou detalhes.

Os desastres naturais provocam danos maiores na Coreia do Norte que na Coreia do Sul, devido em parte à fragilidade da infraestrutura norte-coreana. Além disso, o país é muito vulnerável ao risco de inundações pelo desmatamento.

Kim Jong Un ordenou a 12.000 integrantes do partido que ajudassem duas províncias rurais especialmente devastadas pela passagem do Maysak.

Na terça-feira, eles participaram em uma manifestação em Pyongyang antes da viagem para as áreas afetadas.

"Não temos medo de nada", disse Kang Chol Jin, membro do partido na reunião celebrada diante do palácio do sol Kumsusan, que abriga os restos mortais embalsamados do antecessor e pai de Kim, Kim Jong Il, assim como de seu avô, o fundador do regime Kim Il Sung.

Kim Jong Un deu prazo até 10 de outubro, dia do 75º aniversário da fundação do partido, para concluir sua missão.

O tufão Maysak provocou inundações na cidade portuária de Wonsan, na província de Kangwon. O jornal oficial do partido governante citou dezenas de vítimas, mas não revelou detalhes.

Um poderoso tufão atingiu as duas Coreias nesta quinta-feira (3), causando pelo menos uma morte no Sul e inundando as ruas de uma cidade portuária do Norte.

O tufão Maysak atingiu o continente em Busan, na costa sul da Coreia do Sul, com rajadas de vento atingindo 140 km/h. Nesta cidade, uma mulher morreu por uma forte tempestade que destruiu as janelas de seu apartamento.

As ruas foram inundadas, o vento arrancou árvores e semáforos e mais de 2.200 residentes tiveram que ir para abrigos. No sul da península, bem como na ilha de Jeju, mais de 120.000 residências estavam sem eletricidade.

O tufão então se dirigiu para o norte, passando pelo Mar do Japão, antes de atingir o continente pela segunda vez em Kimchaek, uma cidade da Coreia do Norte.

As catástrofes naturais geralmente causam mais estragos na Coreia do Norte do que na Coreia do Sul, devido à fragilidade da infraestrutura norte-coreana.

O país também é muito vulnerável ao risco de inundações devido ao desmatamento. Na Coreia do Norte, o tufão foi acompanhado por fortes chuvas.

Na cidade portuária de Wonsan, localizada na costa leste do país, caíram 385 milímetros de chuva em poucas horas.

Pyongyang estava em alerta, com a mídia oficial transmitindo imagens ao vivo como as de um jornalista no meio de uma rua inundada na cidade portuária.

As autoridades, no entanto, suspenderam o alerta de tufão quando ele começou a enfraquecer ao seguir em direção à China.

"O tufão passará por Musan [na fronteira com a China] e deixará nosso país", disse um meteorologista na televisão norte-coreana.

"Não espero que haja consequências", acrescentou.

No Japão, as buscas no Mar da China Oriental continuavam para encontrar sobreviventes do naufrágio de um navio com 43 tripulantes a bordo e 5.800 vacas.

Uma única pessoa foi resgatada na tarde desta quinta-feira pela Guarda Costeira japonesa.

O "Gulf Livestock 1" emitiu um pedido de socorro na madrugada de quarta-feira, quando estava em um mar agitado pela passagem do tufão, a cerca de 185 quilômetros da ilha de Amami Oshima (sudoeste do Japão).

Um dos motores do navio parou de funcionar quando uma grande onda o virou, de acordo com o testemunho do único sobrevivente por enquanto, um filipino citado nesta quinta em um comunicado da Guarda Costeira japonesa.

Ele explicou que pulou no mar quando o barco estava virando e só teve tempo de colocar o colete salva-vidas. O navio então afundou, segundo ele.

Maysak é o segundo tufão a atingir a península coreana em uma semana.

O líder norte-coreano Kim Jong Un visitou uma região agrícola atingida pelo tufão Bavi em 28 de agosto, dizendo que estava aliviado pelo dano ser "menos significativo do que o previsto".

Meteorologistas alertaram sobre a aproximação do tufão Haishen, que deve atingir a península coreana na manhã de segunda-feira. São esperadas rajadas de vento de até 144 km/h.

As duas Coreias estão em alerta máximo nesta quarta-feira (2) com a aproximação de um tufão que pode ser um dos mais potentes dos últimos anos.

Mais de 300 voos domésticos foram cancelados nesta quarta-feira na Coreia do Sul, ante a proximidade do tufão Maysak, que já provoca fortes ventos na península.

O primeiro-ministro sul-coreano, Chung Sye-kyun, afirmou que o tufão pode ser comparado ao de 2003 que provocou 131 mortes, além de prejuízos milionários, no país. "Estamos muito preocupados", disse.

Maysak deve tocar o solo durante a tarde de quarta-feira na costa sul da Coreia e na quinta-feira na Coreia do Norte. Os ventos podem ganhar força nas próximas horas, segundo o serviço meteorológico sul-coreano.

Os desastres naturais são temidos na Coreia do Norte, país com infraestruturas frágeis. O país também é muito afetado por inundações, devido ao desmatamento significativo em seu território.

A imprensa oficial de Pyongyang informou que "medidas urgentes" foram adotadas para minimizar os eventuais danos da passagem do tufão.

Maysak é o segundo tufão que afeta a península da Coreia em uma semana.

A imprensa norte-coreana divulgou nesta quarta-feira (26) imagens de Kim Jong Un presidindo uma reunião dedicada ao coronavírus e à chegada iminente de um tufão ao país, no momento em que o estado de saúde do dirigente alimenta todo tipo de especulações no exterior.

O serviço de inteligência sul-coreano afirmou que líder norte-coreano delegou parte de suas prerrogativas à irmã Kim Yo Jong devido ao "estresse".

Um ex-assessor do falecido presidente sul-coreano Kim Dae-jung chegou a afirmar no Facebook que pensava que Kim estava em coma, mas sem apresentar qualquer prova.

Kim, no entanto, apareceu para presidir a importante reunião da comissão do Partido dos Trabalhadores, que teria acontecido na terça-feira para abordar as maneiras de enfrentar a pandemia, informou a agência oficial KCNA.

A Coreia do Norte, que fechou rapidamente as fronteiras quando a COVID-19 iniciou a propagação na vizinha China, não confirmou nenhum caso de contágio em seu território. Uma epidemia seria desastrosa no país, com infraestruturas de saúde insuficientes.

O jornal Rodong Sinmun publicou fotografias da reunião da comissão, que mostram Kim vestido de branco e discursando aos colaboradores. Em uma imagem ele parece estar fumando.

Kim admitiu "algumas lacunas" na prevenção e pediu medidas mais contundentes para remediar as "carências", de acordo com a KCNA.

No mês passado, Pyongyang ordenou o confinamento da cidade de Kaesong, próxima da fronteira com a Coreia do Sul, e afirmou que um desertor foi detido depois de entrar ilegalmente a partir do território sul-coreano e que ele era suspeito de ser positivo para o novo coronavírus.

As restrições foram retiradas posteriormente e o possível caso de COVID-19 nunca foi confirmado.

A reunião presidida por Kim também abordou as medidas que devem ser adotadas para proteger a população e as colheitas da aproximação do tufão Bavi.

O estado de saúde do líder norte-coreano é um segredo de Estado muito bem guardado, em um país fechado e sem liberdade de imprensa. Os rumores sobre Kim são recorrentes e até os serviços de inteligência sul-coreanos se equivocam com frequência sobre a situação na Coreia do Norte.

Em abril, os alarmes voltaram a disparar quando Kim não fez aparições públicas por três semanas e nenhuma foto oficial do dirigente foi divulgada durante as celebrações do aniversário de nascimento de seu avô, Kim Il Sung, fundador do regime, uma data muito importante no calendário político norte-coreano.

Coreia do Sul e Estados Unidos iniciaram nesta terça-feira (18) as manobras militares conjuntas anuais, adiadas devido à pandemia do novo coronavírus, que podem provocar a indignação da Coreia do Norte, que considera os exercícios um treino para uma invasão de seu território.

Os exercícios militares acontecem em um momento de tensão persistente entre as Coreias, desde que Pyongyang bombardeou o prédio que administrava as relações com o Sul em junho e ameaçou Seul com uma ação militar.

As manobras devem prosseguir até 28 de agosto. A princípio começariam no domingo, mas foram adiadas por alguns dias após a detecção de novos casos de coronavírus na Coreia do Sul, o que provoca o temor de uma segunda onda.

O país registrou nesta terça-feira 246 novos casos de Covid-19 o que eleva o balanço desde o início da epidemia a 15.761 pessoas infectadas. Este é o quinto dia consecutivo em que o balanço de infectados supera três dígitos.

As relações entre as Coreias estão paralisadas desde o fracasso, em fevereiro de 2019, da segunda reunião de cúpula entre o presidente americano Donald Trump e o líder norte-coreano Kim Jong Un.

Os dois países não conseguem chegar a um acordo sobre o desmantelamento do programa nuclear norte-coreano em troca do fim das sanções econômicas internacionais.

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