Tópicos | CPI do BNDES

Ao apresentar na manhã desta terça-feira (11), seu plano de trabalho na sessão de abertura da CPI do BNDES, o relator José Rocha (PR-BA) propôs que ex-presidentes do banco, que ocuparam o cargo em período anterior a 2003, sejam convidados a prestar esclarecimentos à comissão.

A proposta gerou debate entre os parlamentares sobre a suposta tentativa de politizar os trabalhos da CPI. Formada na semana passada, a comissão foi criada para investigar empréstimos do banco de fomento referentes aos anos de 2003 e 2015.

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Além de todas as pessoas que presidiram o banco a partir de 2003, Rocha propôs convidar Eliazar de Carvalho, que presidiu o banco até janeiro de 2003, e Luiz Carlos Mendonça de Barros, que esteve na presidência entre 1995 e 1998, quando deixou o cargo em meio a acusações de grampos no BNDES.

Para o deputado Alexandre Baldy (PSDB-GO) os pedidos transbordam o escopo da CPI. "O Eliazar ficou no banco até janeiro de 2003 e pode ter assinado alguns empréstimos, mas Luiz Carlos Mendonça de Barros está fora do período de trabalho", disse.

O pedido de Rocha motivou comentários contrários de parlamentares da oposição. A deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) disse ver no pedido "uma certa politização". "Não vejo outra intenção se não for trazer o governo de FHC à baila", disse. O deputado Betinho Gomes (PSDB-PE) foi além e afirmou ser este o "início possível desmoralização de uma CPI que está apenas iniciando".

O presidente da comissão, Marcos Rotta (PMDB-AM) ponderou que a proposta do relator deve, necessariamente passar por votação e, caso sejam aprovados os requerimentos para chamar presidentes de período anterior ao escopo da comissão, essas pessoas serão convidadas e nunca convocadas."Elas terão a prerrogativa para aceitar o convite ou não", disse.

Rocha disse não ver problema em chamar pessoas que presidiram o BNDES antes de 2003 porque elas contribuiriam para o debate. "É uma proposta", disse. Rocha foi apoiado pelo deputado Carlos Zaratini (PT-SP). Segundo ele, não se trata de investigar período anterior aos governos petistas. "Queremos ouvir outras pessoas que presidiram o banco", disse.

O deputado federal Betinho Gomes (PSDB) afirmou, nesta sexta-feira (7), que pretende fazer um trabalho “investigativo e profundo” na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar possíveis irregularidades em contratos de empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), instalada nessa quinta (6) pela Câmara Federal. 

“É evidente que o Governo Federal vai tentar dificultar, mas vamos fazer todo o esforço necessário para jogar luz na situação do BNDES, tendo a responsabilidade de não comprometer as atividades da Instituição”, disse. “É preciso ter clareza sobre os contratos de financiamento do BNDES”, acrescentou.

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Segundo o tucano, serão analisados os empréstimos dos últimos doze anos que levantaram alguma suspeita. “A minha expectativa e a de toda a nossa bancada é de fazer um trabalho investigativo e profundo (...).  Já apresentei um conjunto de requerimentos para a realização de audiências públicas, com pedidos de informação e também convocação de autoridades”, adiantou, pontuando que eles devem ser analisados na próxima terça (11). 

“Não vamos desistir até que tudo seja esclarecido, custe o que o que custar e doa a quem doer”, cravou Gomes. Além dele, o deputado Augusto Coutinho (SD) também representa Pernambuco na CPI do BNDES.

Foi instalada, na manhã desta quinta-feira (6) a CPI do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na Câmara dos Deputados. Sem a presença da cúpula do PT, a Comissão Parlamentar de Inquérito tem o objetivo de investigar supostas irregularidades envolvendo o banco.

A chapa única foi eleita em votação unânime, com 22 votos. O presidente da CPI será o deputado Marcos Rotta (PMDB-AM). A relatoria ficou com José Rocha (PR-BA), a primeira vice-presidência com Miguel Haddad (PSDB-SP), a segunda vice com Carlos Zarattini (PT-SP) e Marcelo Squassoni (PRB-SP) será o terceiro vice-presidente.

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Rotta assumiu a presidência agradecendo a indicação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o líder do PMDB Leonardo Picciani (RJ) e pregou uma investigação imparcial e "profundamente justa". Em seu discurso, o peemedebista disse que a sociedade "espera que a Casa aclare as instituições públicas". "Desse presidente podem esperar a não proteção e a não perseguição a quem quer que seja. Não é CPI da oposição, não é de situação, é uma CPI para investigar um fato determinado", afirmou.

Composição

Pelo bloco do PMDB integram a CPI os deputados Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), André Moura (PSC-SE), Augusto Coutinho (SD-PE), Carlos Melles (DEM-MG), Covatti Filho (PP-RS), Cristiane Brasil (PTB-RJ), Édio Lopes (PMDB-RR), Fábio Reis (PMDB-SE), Marcelo Squassoni (PRB-SP), além de Rotta.

O bloco do PT conta com Afonso Florence (PT-BA), Bilac Pinto (PR-MG), Carlos Zarattini (PT-SP), Davidson Magalhães (PC do B-BA), Domingos Neto (Pros-CE) e José Rocha (PR-BA).

O bloco liderado pelo PSDB é composto Alexandre Baldy (PSDB-GO), Bebeto (PSB-BA), Betinho Gomes (PSDB-PE), Fábio Garcia (PSB-MT), Miguel Haddad (PSDB-SP).

O PMDB deve ser o protagonista das duas novas CPIs criadas na Câmara dos Deputados contra o governo: a do BNDES e a dos Fundos de Pensão. O presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também abrirá espaço para os partidos de oposição, mas deixará o PT de fora das negociações.

O partido de Cunha deve ocupar as duas presidências das comissões e tende a oferecer as relatorias para os principais partidos oposicionistas (DEM e PSDB). "O PMDB terá protagonismo em todas as duas", resumiu o líder da Minoria, Bruno Araújo (PSDB-PE).

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Entre os nomes que circulam nos bastidores para o comando das comissões estão os peemedebistas Vítor Valim (CE), Marcos Rotta (AM), Sérgio Souza (PR) e Édio Lopes (RR), este último responsável pela relatoria da PEC do Orçamento Impositivo. Os tucanos ainda não discutiram nomes para indicação, mas o DEM - que integra o bloco do PMDB - já avisou que gostaria de ficar com um dos postos.

O prazo para a definição dos nomes da CPI do BNDES vence no dia 5 de agosto e a expectativa é que a instalação ocorra na próxima semana. Já foram oficialmente indicados para compor o colegiado os deputados Betinho Gomes (PSDB-PE), Marcus Pestana (PSDB-MG), Miguel Haddad (PSDB-SP) e Cristiane Brasil (PTB-RJ). O Solidariedade vai indicar Augusto Coutinho (PE) para vaga de titular.

A CPI dos Fundos de Pensão só será criada a partir do dia 7, quando será concluído o trabalho da CPI do Sistema Carcerário. Após essa data, será aberto prazo para que os partidos componham o colegiado.

Cunha determinou a criação das CPIs horas depois de anunciar o rompimento com o Palácio do Planalto, há 10 dias. Na ocasião, o peemedebista rejeitou as comissões para investigar o setor elétrico, as prestadoras de telefonia, mulheres em situação de violência e o desabastecimento de água na Região Sudeste. Além de BNDES e Fundos de Pensão, funcionarão simultaneamente no segundo semestre as CPIs da Petrobras, Maus Tratos a Animais e Crimes Cibernéticos.

Envolvido com a política nacional desde 1990, o deputado federal Raul Jungmann (PPS) avaliou a atual conjuntura do país e o cenário de instabilidade que vive o Congresso Nacional, nesta sexta-feira (24), em entrevista exclusiva ao Portal LeiaJá. Na visão do parlamentar, o primeiro semestre na Câmara dos Deputados “foi pobre em soluções significativas” e o “segundo semestre será ainda mais tumultuado”. 

Vice-líder da bancada de oposição na Câmara, durante a conversa, Jungmann também disparou contra a postura do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e disse que não cederia a “possíveis pressões” que serão efetuadas por ele.  

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Ministro do Governo Federal entre os anos de 1996 e 2002, o deputado alertou ainda sobre a ausência de possibilidades para reverter a crise econômica, política e moral que o Brasil vive e pontuou que o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) não seria a solução.

Veja a entrevista completa:   

LeiaJá (LJ) - Como o senhor avalia o primeiro semestre legislativo na Câmara dos Deputados?

Raul Jungmann (RJ) - Foi um semestre de muito trabalho e de muitos projetos votados, uma quantidade elevada até, mas uma qualidade bastante a desejar. A quantidade não fez jus à qualidade dos projetos. O principal deles foi o que a montanha pariu um rato: a reforma política. Na verdade, passou-se longe de uma reforma. Praticamente em nada mudou a política. Quando você vota um projeto de envergadura importante é preciso cumprir o mínimo de processos para se conduzir uma legislação com consistência e apresentar uma solução para as questões que aborda. Veja também o que aconteceu com o pacote fiscal. Você votava o ajuste por um lado e desajustava do outro. No final, as contas do país ficaram piores do que antes. O atropelo das votações e o ritmo frenético sem que você amadureça e organize as propostas, busque articulá-las e produzir consensos mínimos resulta nisso. O semestre foi pobre em soluções significativas. 

LJ - Foi um período favorável para a bancada oposicionista?

RJ - Em muitos momentos a oposição virou governo e por muitas vezes, ou quase a maioria, o governo virou oposição. O Congresso, particularmente a Câmara, viveu um parlamentarismo branco, pois ficou à frente da agenda política enquanto o Executivo e a presidente perderam o controle desta mesma agenda. Isso só veio a aprofundar a crise que hoje é política, social e econômica. Uma crise sistêmica e difusa. 

LJ - O que seria possível fazer para reverter essa crise que atinge o Brasil?

RJ - Com muito realismo, não há saída a vista. O governo não tem como fazer o ajuste, não tem controle da agenda política, está no chão em termo de popularidade e lida com a chamada Lava Jato, que alcança o partido do governo e membros do Executivo. Por aí não tem saída. 

LJ - O semestre encerrou com o rompimento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Como o senhor avalia essa postura?

RJ - Com muito repulso. Eduardo Cunha quer sempre confrontar, constranger e ameaçar quando encontra qualquer adversário. Ele costuma cobrar a aposta. Por isso mesmo ele se coloca como um fator de ampliação, reciclagem e aprofundamento da crise. Ele aglutina a crise ao confrontar os outros poderes da República e assumir uma postura emocional que o deixa isolado.

LJ - Defende que ele deixe o comando da Casa?

RJ - É preciso aguardar que se avancem as investigações a respeito dele no Ministério Público e Procuradoria Geral da República para se ter um juízo definitivo sobre o papel dele à frente da Câmara. Não aprecio a maneira como ele conduz a Casa e repito: ele é um fator de agravamento a crise, além de ter imposto uma série de projetos de forma atabalhoada e que não representava soluções. É preciso esperar um pouco mais para responder diretamente a essa pergunta. 

LJ - Cunha se colocou como oposição. A bancada vai encarar ele como integrante da oposição ou um adversário do PT independente? 

RJ - Ele sempre foi, disfarçadamente, oposição. Eduardo Cunha sempre se posicionou de uma maneira não declarada como oposição, ele apenas tornou isso algo transparente, às claras. Não há nenhuma novidade a esse respeito. Agora, se ele quer fazer oposição ao governo Dilma, deveria abrir mão de todos os cargos que tem no governo e deixar claro que a oposição que ele faz não é a Brasil, mas ao governo Dilma. Além disso, de uma vez por todas, ter a preocupação em separar as situações de presidente da Câmara de Deputados, que ele é.

LJ - O senhor tem receio de que Eduardo Cunha chantageie os parlamentares, com essa nova postura?

RJ - Eduardo Cunha é um mestre em fazer pressões. Veja como ele virou o resultado da maioridade penal numa madrugada, disparando telefonemas e pressionando aliados. Acredito que também cabe a Casa, que não é de jovens e adolescentes, resistir às pressões e ameaças. Comigo nenhuma coisa nem outra tem sucesso. Nunca cedi a nenhum tipo de apelo, pressão ou chantagem para mudar as minhas posições. Acredito que a Casa vá assumir a sua independência e dignidade, sem se deixar levar por pressão ou chantagens.

LJ - O segundo semestre na Câmara será pautado por temas como a reforma tributária e o pacto federativo. A bancada do PPS já tem um posicionamento formado a esses assuntos?

RJ - Com relação a alguns sim, em outros o PPS ainda está construindo o ponto de vista. Mas o que é preciso prestar atenção é que o segundo semestre será mais tumultuado do que o primeiro. Então, corremos o risco de termos novas votações dispersivas, inconclusivas, atabalhoadas e regressivas. Existem uns cem números de temas importantes que estão sendo tocados pelas comissões especiais, mas isso não é nenhuma certeza que vamos ter uma produtividade de qualidade na Câmara e no Senado. Afinal de contas, nesse momento o Congresso Nacional se encontra sobre forte pressão da opinião publica; sobre suspeição, pois não se sabe quem está fora ou dentro da Operação Lava Jato; com uma enorme fragmentação das bancadas; um governo minoritário e maiorias extremamente instáveis. Ter temas de grande importância nesse cenário não é salvaguarda, nem a garantia que eles terão uma solução legislativa adequada, antes pelo contrário.

LJ - Como o senhor avalia a autorização para a abertura de CPIs como a do BNDES?

RJ - A CPI do BNDES é proposta do meu partido, o PPS. Quem coletou as assinaturas foi o líder, Rubens Bueno. A CPI do Fundo de Pensão foi proposta da oposição. Agora abrir essas CPIs que são importantes e nós apoiamos do ponto de vista de Eduardo Cunha é uma retaliação, pois ele acha que o governo levou a Procuradoria a incluir o nome dele na Lava Jato.

LJ - E os pedidos de impeachment para a presidente Dilma, desarquivados por Eduardo Cunha?

RJ - É preciso dizer que para poder abrir processos de impeachment são necessários 308 votos. Eles não existem hoje. Podem vir amanhã, mas hoje esses votos não existem. Eles representam muito mais uma pressão, uma chantagem, uma retaliação do ponto de vista pessoal do presidente da Câmara para conter as investigações da Lava Jato, do que uma ação articulada da oposição. A oposição, até aqui, não tem articulado o pedido de impeachment, embora entenda que a presidente precisa ser investigada. A oposição tem sido responsável, ela não está retaliando. 

LJ - Impeachment da presidente seria realmente a solução para a crise no país?

RJ - Esse que é o centro da questão. De um lado a crise só tem se aprofundado, vai se aprofundar ainda mais e o governo não tem forças para sair. Do outro, você não tem nenhuma saída no presidencialismo para essa solução. Ficamos à espera do que venha a nos dizer a Justiça e a Procuradoria, para, se for o caso, avançar com um pedido de impedimento da presidente da República. Isso só poderá acontecer se de fato surgirem responsabilidades objetivas da presidente da República que venham a constituir crime. 

LJ - Quanto ao PPS, agora que foi descartado o processo de fusão com o PSB, como a legenda deve se pautar para as eleições municipais de 2016?

RJ - Nossa perspectiva principal é fazer o maior número possível de prefeitos e vereadores, além de ampliar o número de filiados. Para isso, o PPS conta hoje com um respeito muito grande, por ser um partido que há 12 anos está na oposição, não tem nenhum dos seus principais quadros envolvidos em escândalos do Petrolão ou do Mensalão, tem denunciado a corrupção e tem sido fiel ao seu eleitorado na medida em que prega o que diz e faz aquilo que prega. Nessas próximas eleições vamos crescer em todo o país.

LJ - E em Pernambuco há uma meta da legenda já traçada?

RJ - Nossa meta é concorrer com 25 candidatos a prefeitos e pelo menos 500 vereadores. Isso vai representar um salto numérico em comparação às eleições de 2012. Hoje não temos prefeitos, temos três vice-prefeitos e aproximadamente 43 vereadores. Esperamos fazer com que esse número seja duplicado e elejamos pelo menos cinco prefeitos. 

LJ - Acredita na possibilidade de uma aliança entre o PSB e o PPS para a disputa majoritária no Recife?

RJ - Ainda é cedo para dizer isso. Só será discutido e debatido pelo partido em 2016. Toda nossa energia agora está voltada para montar chapas de vereadores e prefeito. Alianças para a disputa do Recife e outras cidades só entrarão em pauta no próximo ano. 

RJ – Pretendem ter candidato à Prefeitura do Recife?

LJ - Não sei, podemos ter candidato ou não. Isso só será discutido em 2016.

O deputado federal Betinho Gomes foi indicado para ser membro-titular do PSDB na CPI do BNDES, que será instalada na Câmara Federal no início de agosto. O congressista recebeu o comunicado oficial do líder tucano na Casa, o deputado Carlos Sampaio (SP), nessa segunda-feira (20).

Autorizada na última sexta-feira (17), a comissão vai dedicar suas atividades para aprofundar as investigações sobre os empréstimos “secretos” concedidos pelo BNDES, particularmente em âmbito internacional, a países como Cuba e Angola, classificados como contratos sigilosos pelo governo federal no período de 2003 a 2015. Condição, essa, que só permite o acesso ao teor dos mesmos em 2027.

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A CPI também tem o seu foco direcionado a apurar a empresas investigadas pela Operação Lava Jato, as quais seriam de fachada, assim como operações de crédito em favor de determinadas empresas do setor privado. 

“O governo da presidente Dilma desarticulou a CPI no Senado, mas não obteve êxito na Câmara. Agora, nós vamos investigar essa caixa-preta que o governo federal não mede esforços para esconder”, declara o deputado Betinho Gomes, ressaltando que, assim como a Petrobras, o BNDES foi usado de forma escandalosa pelos governos do PT. 

O líder do DEM na Câmara dos Deputados, Mendonça Filho, afirmou que não adianta o PT querer aproveitar a atual conjuntura do país para “se livrar do lamaçal no qual se meteu” e pontuou que a oposição vai continuar atenta as investigações das irregularidades envolvendo o governo da presidente Dilma Rousseff (PT). 

“O povo sabe que o Brasil vive um momento de muita tensão e que a origem de tudo está nos desmandos do PT, que levaram a uma das maiores crises econômica, ética, política e, agora, institucional”, observou. “Instituições republicanas como a Policia Federal, Ministério Público, TSE, TCU estão investigando e atuando no escândalo do Petrolão, nas denúncias de crime eleitoral e nas pedaladas fiscais. Não dá para ignorar”, acrescentou.

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Analisando os desdobramentos do rompimento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com o PT, Mendonça se colocou favorável a instalação das Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) sobre o BNDES e os Fundos de Pensão. “Ao contrário do que o Governo Dilma/PT diz, essa investigação não interessa só ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. Interessa aos brasileiros que querem saber os desmandos da gestão Dilma/PT, também, no BNDES e nos fundos de pensão”, garantiu. 

Mendonça disse ainda que a sociedade quer saber sobre os empréstimos a países como Venezuela e Cuba, que recebeu recursos do BNDES para a construção do Porto de Mariel. “Assim como, sobre os empréstimos camaradas a empresários amigos do PT. Essa agenda tem meu total apoio”, cravou.

O deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB) afirmou, neste sábado (18), que as acusações contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em relação a supostos envolvimentos com o recebimento de propina em contratos da Petrobras, investigados pela Operação Lava Jato, deverão crescer. Em conversa com jornalistas durante a convenção do partido em Pernambuco, o parlamentar revelou que “conversas miúdas” no legislativo dão conta que o montante de US$ 5 milhões pelo qual o correligionário é acusado pode se ampliar.

“Se isso se avolumar, o que eu acho que vai, pois tenho informações que esse número de denúncia vai crescer, ele vai ter que se afastar. Se for verdade, é claro!”, frisou, se colocando favorável a saída de Cunha da presidência. “Vamos ter um segundo semestre muito complicado na Câmara, acho que não sou uma voz isolada, percebo e converso, tem muita gente indignada e achando que ele tem que dar satisfação sobre a Lava Jato. Não é brincadeira uma pessoa acusar o outro de que ele pediu US$ 5 milhões”, acrescentou.

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Reafirmando acreditar no "oportunismo" de Eduardo Cunha ao decidir romper com o governo, Jarbas alertou sobre a possibilidade de o presidente da Câmara impor chantagens a bancada do PMDB. “Já faço oposição há muito tempo, quando Dilma tinha 70 e 80% de aprovação. Ele está fazendo agora quando ela tem menos de 10%. Agora eu, por exemplo, não vou me submeter, a partir de 3 de agosto, a chantagens”, cravou. “No momento que eu admitir isso estaremos (o PMDB) chantageando o Brasil e não ao PT. O PT eu sempre enfrentei, Lula e Dilma também. Não é agora que vou me submeter a chantagens de querer fazer um contraponto do governo em interesses pessoais”, completou o parlamentar.

Indagado se era favorável ao desarquivamento de pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e a autorização para a abertura de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) como a do BNDES que promete desestabilizar a gestão – ambas ações de Cunha após o romper com o PT –, Jarbas Vasconcelos disse que o procedimento de aberturas de CPIs é normal seguindo o regimento e acusou o presidente da Câmara de estar acostumado com o “toma lá e dá cá” em cargos do governo. “CPI tem uma fila, se ele tá cumprindo essa fila é normal. Agora qualquer coisa que me cheira a chantagem, no toma lá e dá cá, vou ficar muito atento, mais do que já era”, garantiu.

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