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Cientistas encontraram vestígios de quatro tipos de dinossauros, entre eles um 'megaraptor', em uma região inóspita da Patagônia chilena que, há cerca de uma década, se transformou em uma importante jazida de fósseis, informaram os pesquisadores nesta quarta-feira (11).

Após recolherem fósseis em Cerro Guido, no vale de Las Chinas, perto da fronteira com a Argentina (cerca de 2.800 km ao sul de Santiago), em 2021, os cientistas analisaram os restos em laboratório e conseguiram constatar que pertenciam a dinossauros que não haviam sido identificados antes no local.

"É sempre super excitante, em termos científicos, encontrar algo que não havia sido descoberto e nem descrito antes no vale de Las Chinas, onde estamos começando a nos acostumar com novas descobertas de fósseis", explicou à AFP, Marcelo Leppe, diretor do Instituto Antártico Chileno (Inach), que faz parte da equipe que fez a descoberta.

De acordo com a pesquisa, as descobertas representam o registro fóssil mais ao sul deste tipo de dinossauro fora da Antártica.

Em dezembro de 2021, paleontólogos chilenos apresentaram os restos de um Stegouros elengassen, um dinossauro enigmático cuja cauda em forma de clava intrigou os cientistas, encontrado nesta mesma área da Patagônia chilena.

A nova descoberta foi realizada pelo Inach, em colaboração com pesquisadores da Universidade do Chile e da Universidade do Texas (Estados Unidos), que conseguiram identificar restos de quatro tipos de dinossauros, entre eles dentes e partes ósseas pós-cranianas de um megaraptor pertencente à família dos terópodes.

Estes dinossauros carnívoros tinham garras de raptores, pequenos dentes para rasgar e grandes extremidades superiores, que, de acordo com a pesquisa, os colocaria no topo da cadeia alimentar desta região que habitaram há entre 66 e 75 milhões de anos, ao final do Período Cretáceo.

"Uma das características que nos permitiu identificar com grande confiança que pertencem ao ramo dos megaraptors é, antes de mais nada, que os dentes estão muito curvados para a parte posterior", assinalou Jared Amudeo, pesquisador da Rede Paleontológica da Universidade do Chile, em um comunicado difundido pela instituição.

Também foram identificados dois espécimes da subfamília Unenlagiinae, parentes próximos dos velociraptors, que têm um "caráter evolutivo nebuloso, que nos indicaria que se trata de uma espécie nova de unenlagia, ou talvez de um representante de outro clado [ramo] diferente", assinalou Amudeo.

Também foram encontrados fósseis de duas linhagens de aves: uma Enantiornithe, o grupo de aves mais diverso e abundante da Era Mesozoica; e Ornithurinae, um grupo diretamente aparentado com as aves atuais.

O trabalho dos cientistas foi compilado em um estudo publicado em dezembro na prestigiada revista Journal of South American Earth Sciences.

Os túmulos de 76 crianças sacrificadas há cerca de mil anos em rituais religiosos foram encontrados por arqueólogos que escavavam em um santuário pré-hispânico na costa norte do Peru.

"Encontramos 76 túmulos com restos de crianças sacrificadas nas últimas escavações que realizamos", disse à AFP o arqueólogo Luis Flores, um dos pesquisadores do santuário de Pampa La Cruz.

Os restos mortais das crianças, sacrificadas quando tinham entre 6 e 15 anos, foram descobertos entre julho e agosto em duas pequenas esplanadas deste santuário situado no município de Huanchaco, perto da cidade de Trujillo, 500 km ao norte de Lima.

Esta mesma equipe de pesquisadores, liderada pelo arqueólogo Gabriel Prieto, havia encontrado entre 2016 e 2019 os restos de outras 240 crianças sacrificadas pelo povo chimú, que se desenvolveu entre os anos 900 d.C. e 1450 d.C..

“São seis eventos de sacrifícios que somam mais de 300 crianças em Pampa La Cruz em todos esses anos de escavações”, disse Flores.

- Arrancaram seus corações -

As 76 sepulturas foram encontradas perto de um bairro em Huanchaco. Também havia vestígios de chamas no local.

“Ficamos surpresos que, à medida que íamos escavando de 10 a 20 centímetros, mais e mais restos iam saindo. Nos demos conta de que eram crianças”, acrescentou Flores.

Segundo ele, o peito das crianças era aberto, de forma transversal, para a retirada do coração, em rituais aos deuses do povo Chimú.

"Os sacrifícios podem ser por eventos de falta de chuva, secas, [problemas] políticos, ou guerras. Há várias hipóteses que estamos investigando", disse o arqueólogo.

- Cinco meninas -

Entre os restos mortais, há cinco meninas "sentadas" enterradas com as cabeças juntas, formando uma espécie de círculo.

"Graças a Pampa La Cruz, sabemos que os sacrifícios humanos, sobretudo de crianças, foram uma parte estrutural da religião dos chimús para celebrar e glorificar seu Estado", declarou Prieto à agência estatal peruana Andina.

“O sacrifício nesse lugar foi feito para consagrar e abrir os campos de cultivo que os chimús habilitaram nessa época”, acrescentou o diretor do Programa Arqueológico de Huanchaco.

Além de arqueólogos peruanos, estudantes e acadêmicos das universidades da Flórida e de Tulane (Louisiana) participaram dessas escavações.

Os trabalhos de escavação terminaram este mês, mas serão retomados em 2023, disse Flores, o que significa que o número de restos humanos pode aumentar.

Pampa La Cruz fica a dois quilômetros do sítio arqueológico de Huanchaquito. Em abril de 2018, foram encontrados neste local os restos mortais de 140 crianças e de 200 lhamas, oferecidos em rituais.

Pode não parecer, mas diversos dos aparelhos que usamos no cotidiano foram resultados de anos e anos de pesquisa nos mais variados campos da ciência. Dentro da Astronomia, diversos utensílios foram inventados com o propósito de serem usados na tecnologia espacial. Porém, com a massificação destas tecnologias, muitas se tornaram aliadas úteis do dia a dia de quase todo o mundo.

A astronomia é uma ciência que estuda a imensidão do universo e tudo que há nele, desde planetas, estrelas, galáxias, constelações etc. Neste Dia da Astronomia, preparamos uma lista com as principais contribuições deste campo ao nosso cotidiano, confira:

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 1 Google Earth

Se hoje podemos acessar imagens de praticamente qualquer lugar do mundo e ampliar o zoom até o jardim de uma casa em uma cidade remota, é graças (pelo menos em partes) aos satélites da NASA e suas lentes fotográficas potentes, projetadas para capturar imagens em distâncias astronômicas. O mapeamento do planeta Terra nunca foi tão atualizado e preciso como é nos dias de hoje, já que o campo de cobertura dos satélites pode registrar relevos, terrenos e grande parte do que existe aqui embaixo.

 2 Termômetros Auriculares

Medir a temperatura de alguém, antes dos termômetros, era praticamente impossível. Aparelhos de mercúrio podem ser inseguros e os modelos retais podem ser bastante desconfortáveis. Os termômetros auriculares são os mais eficientes e simples e, como você pode imaginar, esta tecnologia é um fruto de tecnologias desenvolvidas pelo campo da astronomia.

Para criarem os termômetros auriculares, foi usada uma tecnologia similar à técnica de medição de temperatura de estrelas, através de ondas infravermelhas. Em conjunto com a NASA, pesquisadores criaram o termômetro auricular que usa um sensor similar e mede a quantidade de energia liberada pelo tímpano, o que os torna muito mais precisos, seguros e confiáveis.

3 Palmilhas de calçados

Pode parecer que não há nenhuma conexão entre astronomia e palmilhas, certo? Mas não se engane! As palmilhas que você usa em seus sapatos e as que foram usadas nas botas de Neil Armstrong utilizam tecnologias muito similares. As palmilhas foram desenvolvidas para que as pessoas possam correr sem que os pés esquentem demais ou os joelhos sejam prejudicados pelo impacto com o solo.

As botas que os astronautas usavam na missão Apollo contavam botas especiais, com um maior nível de ventilação, o que é usado até os dias de hoje em tênis para corrida e artigos esportivos.

 4 Satélites de Telecomunicações

Se hoje é possível conversar com alguém do outro lado do mundo de forma remota, nós devemos aos satélites e a astronomia este feito. Graças aos satélites de telecomunicações nós podemos falar ao telefone de maneira imediata, com pouco ou praticamente nenhum atraso. As pesquisas no ramo da Astronomia desempenharam um papel muito importante para a criação de uma rede de comunicações “global”. Atualmente, cerca de 200 satélites orbitam a Terra todos os dias, eles recebem e enviam mensagens e permitem que nos comuniquemos com pessoas em qualquer lugar do planeta.

 5 Estabilização de vídeos

É de se esperar que um foguete não seja o lugar mais estável para você gravar um vídeo, não é? Por conta da necessidade de imagens mais nítidas, os cientistas do Marshall Space Flight Center criaram técnicas de estabilização de imagens (VISAR), que permitem filmar adequadamente o ônibus espacial, lançamentos e pousos com câmeras posicionadas de forma interna e externa.

A mesma tecnologia foi usada pelo FBI para investigar o atentado dos Jogos Olímpicos de Verão, em Atlanta (1996). Esta tecnologia permite estabilizar, tratar e, posteriormente, realizar a identificação de sujeitos nas imagens registradas.

Por Matheus de Maio

Doze novas luas foram descobertas orbitando o planeta Júpiter, aumentando para 79 o total que circula o gigante gasoso. É a maior quantidade de luas em volta de um planeta em todo o nosso Sistema Solar. Saturno, o segundo colocado, tem 61.

O achado, anunciado na manhã desta terça-feira, 17, foi feito por astrônomos da Carnegie Institution for Science quando eles procuravam por objetos mais distantes no Sistema Solar, além de Plutão, que pudessem ser um planeta sólido.

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"Calhou de Júpiter estar na área do céu onde estavam os nossos campos de pesquisa por objetos extremamente distantes e pudemos acidentalmente procurar por novas luas", contou Scott Sheppard, líder da equipe, em comunicado distribuído à imprensa.

Uma das novas luas também chamou a atenção por ter uma órbita que os pesquisadores chamaram de "excêntrica", por desempenhar um movimento diferente de todas as outras luas já observadas ao redor do planeta.

Mais distante e inclinada, leva cerca de 1 ano e meio para orbitar Júpiter e o faz na mesma direção da rotação do planeta, "atravessando" o caminho de um grupo de luas mais exteriores que têm órbita retrógrada - ou oposta da rotação de Júpiter. "É também a menor lua conhecida de Júpiter, com menos de um quilômetro de diâmetro", disse Sheppard.

Nessa situação instável, colisões frontais são muito mais prováveis de ocorrer.

Nove das novas luas fazem parte desse grupo externo mais distante. Elas levam cerca de dois anos para orbitar Júpiter.

Duas das novas descobertas fazem parte de um grupo íntimo de luas que orbitam na mesma direção que a rotação do planeta. Todas essas luas internas têm distâncias orbitais e ângulos de inclinação semelhantes em torno de Júpiter. Elas levam pouco menos de um ano para viajar em torno de Júpiter.

Da origem do ouro na Terra à velocidade da expansão do universo, a primeira observação da fusão de duas estrelas de nêutrons deu lugar a uma explosão de descobertas científicas. Estes são três dos principais segredos do universo "revelados":

Mina de ouro cósmica

O universo tinha escondido até agora sua forma de produzir os elementos pesados que o compõem, como o ouro e o chumbo. Segundo a teoria geralmente aceita, o Big Bang, ocorrido há 14 bilhões de anos, desprendeu no universo um gás uniforme composto de elementos leves como o hidrogênio e o hélio.

Os elementos um pouco mais pesados, como o ferro, o carbono e o oxigênio foram fabricados nos núcleos das estrelas. E os mais pesados? "Pela primeira vez, temos uma prova clara da existência de uma mina cósmica que criou cerca de 10 massas terrestres de elementos pesados como o ouro, a platina e o neodímio", explicou Mansi Kasliwal, do Instituto de Tecnologia da Califórnia.

Os cientistas já tinham teorizado que a fusão de duas estrelas de nêutrons ou a explosão de uma supernova podiam ser a base de reações nucleares que levam à formação de núcleos atômicos pesados, mas até agora nenhuma destas 'fábricas' tinha sido observada.

"O ouro da sua aliança procede provavelmente de uma fusão de estrelas de nêutrons que ocorreu há cinco bilhões de anos", explicou à AFP Patrick Sutton, responsável da equipe de física gravitacional da Universidade de Cardiff (Reino Unido).

Radiações

Outro mistério resolvido é o da origem dos raios gama curtos. Os raios gama são fótons de alta energia produzidos em abundância, sobretudo por reações nucleares.

Uma vez que provém de muito longe - centenas de milhões de anos-luz -, a energia emitida pelo objeto celeste tem que ser prodigiosa. Apenas 1,7 segundo depois de que os centros LIGO (americano) e Virgo (europeu) detectaram as ondas gravitacionais das duas estrelas, o telescópio Fermi da Nasa captou raios gama curtos.

Os cientistas concluíram que a fusão das duas estrelas de nêutrons emitiu ao mesmo tempo raios gama curtos. E a simultaneidade das duas recepções demonstraram que Albert Einstein acertou quando previu, há mais de 100 anos, que as ondas gravitacionais se propagam na velocidade dos fótons, ou seja, das ondas luminosas.

Universo em expansão

Os cientistas sabem que o cosmos está se expandindo, mas descobrir a qual velocidade tem sido um desafio. Se conseguirem identificar o ritmo, poderão determinar a idade do Universo e a quantidade de matéria que ele contém.

Ao medir o tamanho das ondas gravitacionais emitidas por um evento monstruoso, como uma fusão de buracos negros ou de estrelas de nêutrons, os cientistas teoricamente podem deduzir a qual distância este evento aconteceu.

Da mesma forma, a análise de um flash de raios gama deveria revelar o "desvio para o vermelho" (uma medida da alteração do comprimento de onda da luz se afastando de um observador) da fonte e, portanto, a velocidade em que se move.

Na descoberta de 17 de agosto, os cientistas observaram os raios gama e as ondas gravitacionais da mesma fonte pela primeira vez - permitindo que eles fizessem uma estimativa nova, ainda que preliminar, de quão rápido o universo está se expandindo.

Por enquanto, o número continua sujeito a grandes "incertezas estatísticas", e precisa ser aperfeiçoado observando mais colisões de estrelas de nêutrons, disseram os pesquisadores.

Grandes ruínas romanas subaquáticas foram descobertas no nordeste da Tunísia, aparentemente confirmando uma teoria de que a cidade de Neápolis foi parcialmente submergida por um tsunami no século IV d.C.

"É uma grande descoberta", disse à AFP Mounir Fantar, chefe de uma missão arqueológica tunisiana-italiana que fez a descoberta na costa de Nabeul.

Ele disse que uma expedição subaquática encontrou ruas, monumentos e cerca de 100 tanques usados ​​para produzir garum, um condimento fermentado à base de peixe que era muito apreciado na Roma antiga.

"Esta descoberta nos permitiu estabelecer com certeza que Neápolis era um importante centro para a fabricação de garum e peixe salgado, provavelmente o maior centro do mundo romano", disse Fantar.

A equipe de Fantar começou a trabalhar em 2010 em busca do porto de Neápolis, mas só fez a descoberta das ruínas, que se estendem por mais de 20 hectares, neste verão, graças às condições climáticas favoráveis.

A descoberta também provou que no dia 21 de julho em 365 d.C. Neápolis foi parcialmente submersa por um tsunami que danificou gravemente Alexandria, no Egito, e a ilha grega de Creta, conforme registrado pelo historiador Ammien Marcelino.

Uma equipe de arqueólogos egípcios descobriu 17 múmias nas catacumbas de Tuna el-Gebel, no centro do país, indicou neste sábado o ministério das Antiguidades em um comunicado.

"Descobrimos catacumbas onde havia algumas múmias", disse em uma coletiva de imprensa Salah al Juli, chefe da equipe de arqueólogos que fez a descoberta nesta região desértica, localizada na governadoria de Minya, 200 quilômetros ao sul do Cairo.

"O local abrigava 17 múmias e algumas estavam em sarcófagos", disse o ministério em um comunicado. Dois dos sarcófagos foram escavados no barro e o restante na pedra.

"Trata-se da primeira necrópole (...) encontrada no centro do Egito com tantas múmias", disse Juli.

"É uma descoberta importante, sem precedentes", explicou à AFP, por sua vez, Mohamed Hamza, chefe das escavações, dirigidas pela Universidade do Cairo.

As descobertas remontam à época greco-romana, entre o século III a.C. e o III d.C.

Dezenas de objetos que datam do século I, apresentados neste domingo pela Autoridade de Antiguidades de Israel, permitem que os historiadores compreendam melhor a vida na época de Jesus Cristo, segundo um responsável.

Entre as dezenas de objetos descobertos recentemente na região de Jerusalém e na Galileia, onde Jesus viveu, segundo a tradição, e apresentados neste domingo, figuram vasos, utensílios de cozinha, restos de lagares para o vinho, ossários com inscrições em hebraico e pregos das crucificações.

"Agora, podemos descrever de forma muito precisa a vida cotidiana desta época, desde o nascimento, através dos costumes alimentares e das viagens, até a morte, com os ritos funerários", explicou a AFP Gideon Avni, diretor da divisão arqueológica da Autoridade de Antiguidades.

"Nestes últimos 20 anos avançamos na compreensão do modo de vida de Jesus e de seus contemporâneos", indicou. "A cada semana são descobertos novos elementos que permitem conhecer melhor este período".

"Encontramos em alguns ossários nomes de personalidades conhecidas graças aos textos desta época", declarou o professor Avni.

A Autoridade conserva mais de um milhão de objetos descobertos em escavações e todos os anos recebe mais de 40.000 novos provenientes de 300 lugares, segundo Avni.

"O essencial para nós é poder compreender muito especificamente o modo de vida da época de Jesus, do nascimento até a morte", explicou o arqueólogo.

A Autoridade de Antiguidades também apresentou neste domingo moedas da época bizantina descobertas há pouco tempo durante escavações nos vestígios de um edifício utilizado pelos peregrinos cristãos, perto de Jerusalém.

Estas moedas que datam dos séculos IV e VII foram encontradas em uma parede, como se seu proprietário tivesse tentado escondê-las, segundo a arqueóloga Annette Landes-Nagar.

"Esta descoberta constitui uma prova da invasão persa no fim do período bizantino, que levou ao abandono deste local cristão", explica.

Uma equipe internacional de astrônomos descobriu jovens cometas que giram ao redor de uma estrela parecida com o Sol e que podem ajudar a entender a origem do Sistema Solar - informa um comunicado nesta quinta-feira (18).

A estrela estudada pelos cientistas fica a 160 anos-luz da Terra, na constelação Pictor, e tem uma massa 30% superior ao Sol. Tem 23 milhões de anos de idade, muito mais jovem do que nosso Sistema Solar, de 4,6 bilhões de anos.

"É interessante estudar o sistema que foi descoberto para aprender como era nosso sistema solar no início de sua existência", explicou Sebastián Marino, principal autor do documento, apresentado durante uma conferência no Chile.

Os cometas são pequenos corpos celestes com um núcleo de gelo, materiais orgânicos e rochas e rodeados de poeira e gás, descritos, às vezes, como "bolas de neve sujas".

Acredita-se que, no início, a Terra tenha sido um deserto de rochas, como Marte é hoje, e que foi a colisão dos cometas com o então jovem planeta que criou os elementos indispensáveis para a vida, como a água.

Quando o cometa se aproxima de sua estrela, o gelo se transforma em gás, e as moléculas gasosas escapam do núcleo em forma de jato.

Para detectar esses novos cometas, os cientistas, reunidos pela Universidade de Cambridge, usaram o radiotelescópio gigante Alma (Atacama Large Millimeter Array), instalado no Chile. Com ele, descobriram a presença de gás ao redor de uma estrela em quantidades parecidas com as que soltam os cometas do nosso sistema solar.

"Os sistemas jovens como esse são muito ativos. Os cometas, os asteroides e os planetas se chocam entre eles", acrescentou Marino. Os cientistas também acreditam ser possível que a estrela tenha planetas em sua órbita, mas com os telescópios atuais ainda são impossíveis de serem detectados.

Uma equipe de arqueólogos descobriu uma zona repleta de crateras e fossas em uma praça do sítio arqueológico de Teotihuacan, no centro do México, que revela que os espaços abertos também eram centros de culto, informou nesta quinta-feira (5) o Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH).

"Nos encontramos frente a um novo centro da cidade, frente a um novo centro cósmico", afirmou Verónica Ortega, diretora do primeiro projeto de escavação realizado na Plaza de la Luna. Este setor é de suma importância dentro de Teotihuacan porque leva à Calzada de los Muertos, o grande eixo do espaço sagrado deste sítio, localizado a cerca de 50 km da Cidade do México.

"Pela primeira vez se sabe que o espaço aberto não necessariamente é vazio de evidência arqueológica. Em geral, os espaços públicos de Teotihuacan, La Ciudadela e as praças das pirâmides do Sol e a da Lua, tiveram um simbolismo além do que podemos ver", apontou a especialista.

Desde uma vista aérea, a descoberta "poderia simular uma paisagem lunar repleta de crateras: fossas em cujo interior se encontram estelas lisas de pedra verde, dutos que marcam no centro deste espaço os rumos do universo e uma série de perfurações que continham (...) um código simbólico que os antigos teotihuacanos elaboraram nas primeiras fases da urbe, há 1.900 anos", descreve o INAH no comunicado.

As descobertas revelam que a Plaza de la Luna não era como atualmente, mas um terreno semelhante à "cara de um queijo gruyer", com fossas possivelmente escavadas desde as primeiras etapas da cidade, por volta do ano 100 d.C., afirma a nota.

Até agora, foram identificados mais de 400 ocos usados ao longo de cinco séculos, pequenos buracos de entre 20 e 25 cm de diâmetro e cujas profundidades variam em torno dos 30 cm. Em muitos deles havia pedras de rio, trazidas de outros lugares.

Possivelmente "foi um espaço com uma carga simbólica que une a parte subterrânea, o 'inframundo', com o plano celeste", detalhou Ortega, para quem é provável que as pessoas chegassem a este espaço aberto e depositassem objetos, em um ritual para atrair a fertilidade.

Até o momento foram localizadas cinco estelas (objetos de pedra que contém significado simbólico) completas dentro de fossas, cujas alturas e pesos variam entre 1,25 e 1,5 metros, e 500 e 800 quilos, e se encontram a uma profundidade de cerca de quatro metros.

O projeto de exploração, que começou em 2015, será concluído no final de julho. Teotihuacan, com uma superfície de 20 km2 e cerca de 125.000 habitantes estimados, foi uma das cidades mais importantes da América.

Sejam nos livros ou nas telas do cinema, as histórias do detetive Sherlock Holmes encantam o público com suas tramas e mistérios a serem descobertos. A figura do investigador e descobridor de casos quase que perfeitos é tida como sinônimo de heroísmo. Mas, não é só na ficção que a atuação de um detetive chama a atenção.

Se você precisa de um serviço estilo parecido com o de Holmes não é necessário ir até terras britânicas. Bem mais perto, no Recife, um homem de baixa estatura, de aproximadamente 1,6m, e conhecido no mercado pela discrição é considerado um dos maiores detetives em atuação no Brasil. Antes um oficial do exército, Luiz Barreto, de 53 anos, há mais de 30 desvenda casos em todo o Brasil e em outros países.

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A profissão não é regulamentada, porém, foi no Rio de Janeiro que Barreto realizou um curso de detetive. O que seria apenas mais uma qualificação se tornou um meio de vida que rendeu ótimos frutos para o homem, tanto em termos sociais quanto financeiros. “Ser policial ou detetive está no sangue. Fiz apenas um curso básico e procurei me qualificar. A qualidade do profissional também se faz com o tempo”, conta o profissional.

Em seu escritório, onde na parede pode ser visto um pouco das histórias do profissional, por meio de fotos e jornais impressos, os clientes contam o que querem que seja apurado. A grande maioria é de casos conjugais, logo em seguida, surgem os de roubo, dossiê e localização de pessoas desaparecidas. “Hoje em dia não pego qualquer caso. Já tenho um nome muito conhecido. Seleciono bem as situações a assumo os fatos que mais me chamam atenção”, comenta o detetive.

Mensalmente, Barreto atua com uma média de dez casos. Segundo ele, a diária de trabalho varia de R$ 250 a R$ 1 mil, a depender da estrutura montada para descoberta do fato. Barreto atua com a ajuda de uma equipe, bem como utiliza diversos equipamentos, entre disfarces, câmeras, aparelhos da captação de áudio, entre outros. Nesse contexto, além de investir em cursos de qualificação, quem almeja se tornar um detetive precisa também ter recursos financeiros para adquirir esses produtos.

De acordo com o detetive recifense, atualmente, ele trabalha de forma particular, entretanto, em vários momentos já atuou em ação conjunta com a polícia, desvendando vários casos. “O detetive é um pouco de tudo. Sou até um psicólogo. Quando vou dar o resultado de alguma investigação a um cliente, o oriento para que ele não cometa nenhum delito, quando o resultado não é positivo”, complementa o investigador.

Mercado da investigação

Segundo dados do Sindicato dos Detetives Profissionais do Estado de Pernambuco (Sindepe-PE), o Estado tem em torno de 2 mil detetives. Porém, desse todo, somente 100 estão em atuação. A profissão não é regulamentada, mas, existem cursos livres que disponibilizam carteiras profissionais da área. Em Pernambuco, esses documentos são emitidos pelo próprio Sindepe-PE, após o interessado fazer uma prova de conhecimentos do segmento de investigação.

Sobre a questão salarial, não existe um piso definido para a categoria, o que há são valores determinados conforme a importância do caso e o conhecimento que o detetive tem perante a sociedade. Para o quesito qualificação, o próprio Luiz Barreto ministra um curso livre de detetive. O investimento é de R$ 300. Informações sobre o curso e os atendimentos de Barreto podem ser conseguidas pelo telefone (81) 3424-7097.

Entre as aventuras do detetive, confira abaixo uma delas: 

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Cientistas referiram-se esta sexta-feira à sonda Opportunity, da Nasa, como um dispositivo coxo e artrítico, mas saudaram suas novas descobertas relacionadas à existência de água primitiva em Marte, feitas dez anos depois de ter sido lançada rumo ao planeta vermelho.

O veículo não tripulado e movido a energia solar acaba de analisar o que pode ser sua rocha mais antiga, conhecida como Esperance 6, que contém evidências que potencialmente indicam a existência de que água capaz de sustentar vida fluiu com abundância em Marte, deixando para trás minerais de argila.

"Esta é uma evidência de que a água interagiu com esta rocha e mudou sua química, alterando sua mineralogia de forma dramática", afirmou Steve Squyres, principal pesquisador da Universidade Cornell.

Ele descreveu a pesquisa como "uma das mais importantes" desta missão que tem dez anos, porque demonstra uma química muito diferente da maior parte das descobertas anteriores sobre água em Marte, um planeta atualmente árido.

Cientistas acreditam que, no passado, água em abundância fluiu entre essas rochas através de algum tipo de fissura, deixando para trás uma concentração incomumente alta de argila.

A análise revela traços de um tipo de água provavelmente potável que data do primeiro bilhão de anos da história de Marte, quando rochas de argila estavam se formando com um pH mais neutro, antes que as condições se tornassem mais severas e a água, mais ácida, afirmou Squyres.

Graças à sua ferramenta de abrasão, ao espectrômetro de partículas alfa e raios-X e a um gravador de imagens microscópicas, a sonda conseguiu enviar detalhes para os cientistas baseados em Terra, que aprenderam sobre a história do Planeta Vermelho sem precisar trazer as rochas para casa.

A sonda Opportunity e sua similar, a Spirit, foram lançadas em 2003 e pousaram em janeiro de 2004 para uma exploração inicialmente prevista para durar três meses. Ambas descobriram evidências sobre ambientes aquosos no passado primitivo de Marte.

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