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Em mais um capítulo na tentativa de diminuir a influência dos Estados Unidos na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), a declaração final da reunião dos países signatários do Tratado Americano de Direitos Humanos pediu que a sede da Comissão seja retirada da capital americana. O texto final do encontro propõe que um grupo de trabalho encabeçado por Equador e Uruguai analise as regras e o impacto orçamentário da mudança da sede para um país signatário do tratado.

Os Estados Unidos nunca ratificaram a convenção de Direitos Humanos, apesar de manter uma influência considerável na Comissão. Este ano, apresentaram o nome de James Cavallaro para uma das três vagas em eleição, concorrendo com o brasileiro Paulo Vanucchi e outros quatro nomes de México, Colômbia, Equador e Peru. Retirar a sede de Washington pode não ter um grande resultado prático, mas tem um efeito simbólico, especialmente para Equador, Bolívia e Venezuela, os maiores críticos da CIDH.

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Apesar de ter feito as pazes com a CIDH e a Organização dos Estados Americanos (OEA) depois de reformas propostas pela própria comissão, o Brasil apoiou a declaração, que inclui ainda uma exigência de que a OEA apresente um relatório detalhado do financiamento e das doações feitas ao organismo. Apenas três países decidiram postergar seu apoio à declaração: México e Panamá, tradicionalmente mais alinhados com os americanos, e o Paraguai, em rota de colisão com os colegas sul-americanos desde sua suspensão do Mercosul e da União das Nações Sul-americanas (Unasul).

O texto deve ser apresentado na reunião da Assembleia Geral da OEA, no próximo mês, na Guatemala.

O governo anunciou nesta segunda-feira que um total de 2.849 trabalhadores foi resgatado em 2012 da condição análoga à de escravo em operações fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O balanço indica que houve um aumento de 14,37% em relação a 2011 no número de trabalhadores libertados. Ao todo, foram 255 ações dessa natureza, realizadas nos meios urbano e rural.

O aumento no número de trabalhadores resgatados ocorreu porque as ações fiscais foram realizadas em regiões até então não inspecionadas com habitualidade e houve um aumento das ações no meio urbano, avalia a área de Inspeção do Trabalho do ministério. O MTE também destaca que houve um aprimoramento da triagem das denúncias e do planejamento das ações.

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As operações, realizadas pelos Grupos Especial de Fiscalização Móvel (GEFM) e de Fiscalização das Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego (SRTEs) resultaram no pagamento total de R$ 9,5 milhões em verbas rescisórias aos resgatados. O balanço aponta que em 2012 foram lavrados 3.695 autos de infração, emitidas 2.336 guias de seguro-desemprego e assinadas 500 Carteiras de Trabalho e Previdência Social (CTPS).

As equipes da Fiscalização Móvel foram responsáveis por 119 operações enquanto as unidades regionais realizaram 136. Em três Estados - Roraima, Ceará e Sergipe - e no Distrito Federal, não ocorreram operações. O balanço divulgado nesta segunda-feira aponta que as operações da Fiscalização Móvel alcançaram 22.793 trabalhadores (total de empregados vinculados ao empregador fiscalizado, seja de maneira formal ou informal) e resgataram 824. Já as equipes fiscais regionais alcançaram mais de 8 mil e resgataram 1.848 trabalhadores da condição análoga à de escravo em 2012.

Foi divulgado também o ranking de resgatados, por operação. A primeira posição foi ocupada por Marabá (PA), com 150 resgatados, citando o setor "siderúrgica". Na segunda, ficou operação em Perobal (PR), com 125 resgatados no setor sucroalcooleiro. O terceiro lugar foi registrado por ação em Penedo (AL), com 110 resgatados na construção civil.

Por regiões, o maior número de trabalhadores resgatados da condição análoga à de escravo foi registrado no Norte (1.100). Em segundo, lugar ficou o Sudeste (496). A terceira posição foi ocupada pela Região Nordeste (376). O quarto lugar ficou com o Sul (367). O Centro-Oeste ocupou a quinta posição (333). O Pará foi o Estado onde houve o maior número de ações fiscais (74) e a maior quantidade de trabalhadores resgatados (563).

O governo brasileiro lançou a candidatura do ex-ministro-chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República Paulo de Tarso Vannuchi a uma das três vagas da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). As eleições, que ocorrerão em junho, durante 43ª Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), terão mandatos de quatro anos, de 2014 a 2017, e pode ocorrer reeleição.

Segundo o Itamaraty, seis países (Brasil, México, Colômbia, EUA, Equador e Peru) disputam as três vagas que serão abertas no final deste ano. Cada país vota em três candidatos. Durante o governo Lula, Vannuchi foi ministro da Secretaria de Direitos Humanos, entre 2005 e 2010.

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"A candidatura de Paulo Vannuchi expressa o compromisso do Brasil com o fortalecimento do Sistema Interamericano de Direitos Humanos", afirma o Itamaraty em nota. "Nos termos da Convenção Americana sobre Direitos Humanos e do Estatuto da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, os comissários são eleitos a título pessoal e possuem independência e autonomia no exercício de suas funções. Segundo os mesmos instrumentos interamericanos, os comissários não julgam casos de países dos quais sejam nacionais", cita o texto.

A Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, através da Secretaria Executiva de Justiça e Direitos Humanos, realiza, nesta quinta-feira (9), ação junto aos estudantes de ensino médio de escolas estaduais de Vertentes, Surubim e Limoeiro, cidades do interior de Pernambuco, a fim de orientá-los sobre como utilizar programas de Direitos Humanos.

Com o tema “Dialogando Promoção em Direitos Humanos”, que integra a Semana de Direitos Humanos, os estudantes saberão para qual departamento encaminhar denúncias de maus tratos contra idosos, crianças, adolescentes, homossexuais e vítimas de violência em geral.

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Além disso, serão apresentados os programas desenvolvidos pela Secretaria, com orientações sobre as formas de acesso a esSes serviços. Combate à Violência contra a Pessoa Idosa, Proteção a Criança e ao Adolescente ameaçado de Morte, Prevenção e Mediação de Conflitos e Proteção aos Defensores de Direitos Humanos estão entre os programas desenvolvidos pelo órgão público.

De acordo com informações da assessoria, a ação já foi realizada em escolas do Araripe, Sertão Central e Agreste Meridional, e, até setembro pretende atingir 12 municípios.    

Brasília – Durante quatro dias, os interessados em disputar uma vaga na Organização das Nações Unidas (ONU) poderão assistir a palestras de profissionais, que contarão suas experiências em várias áreas principalmente nas missões de paz em países que vivem momentos de conflito. Dos brasileiros que atuaram nas Nações Unidas, um dos destaques foi o carioca Sérgio Vieira de Mello, de 55 anos, morto em 2003.

Durante 34 anos, Vieira de Mello foi funcionário da ONU e por dois anos alto comissão das Nações Unidas para os Direitos Humanos (2002-2003). Mas em 2003, ele e mais 21 pessoas morreram em Bagdá, no Iraque, vítimas de um ataque à sede das Nações Unidas atribuído à Al Qaeda. Elogiado internacionalmente, o brasileiro era considerado um negociador habilidoso e respeitado por diferentes correntes ideológicas.

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Construir uma carreira no exterior inclui a oportunidade de conhecer o mundo e estar envolvido em processo de paz e direitos humanos, no caso das Nações Unidas. Mais detalhes das atividades poderão ser obtidos nos seminários que ocorrerão em Brasília, Salvador e Porto Alegre. As inscrições devem ser feitas antecipadamente.

Em Brasília, os seminários ocorrerão nos dias 13 e 14 deste mês, no Palácio do Itamaraty, Auditório Wladimir Murtinho. As inscrições poderão ser feitas pelo link: https://docs.google.com/forms/d/1TkEJWKbE-8ZuZiyygkec3EbNEotPrmmN1uWF4U7.... Para se inscrever em mais de uma palestra, basta preencher novamente o formulário, clicando mais uma vez no link.

Em Porto Alegre, os seminários serão nos dias 15 e 16, e as inscrições poderão ser feitas pelo e-mail eresul@itamaraty.gov.br. Em Salvador, os seminários ocorrerão nos dias 16 e 17 e as inscrições nos e-mails: palestraonu.universitarios@gmail.com e palestraonu.profissionais@gmail.com. Todas as inscrições são gratuitas. Dúvidas poderão ser esclarecidas pelo e-mail: inscricoesonubrasilia@itamaraty.gov.br.

O chamado "projeto de cura gay" será votado pelo plenário da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados no próximo dia 8, segundo decisão do presidente Marco Feliciano (PSC-SP). A proposta pretende suspender artigos de resolução de 1999 do Conselho Federal de Psicologia (CFP), segundo os quais profissionais da área não podem atribuir caráter patológico à opção sexual. O Projeto de Decreto Legislativo de 2011, de João Campos (PSDB-GO), recebeu parecer favorável do deputado Anderson Ferreira (PR-PE). Feliciano, o autor do projeto e o relator são pastores evangélicos.

O projeto é a primeira proposta polêmica a entrar na pauta da comissão desde a eleição de Feliciano, em março. Se aprovado pelo grupo - a maioria dos 18 integrantes é da Frente Parlamentar Evangélica -, segue para a Comissão de Seguridade Social e Família e, em seguida, para a Comissão de Constituição e Justiça.

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De acordo com o projeto, o CFP, "ao restringir o trabalho dos profissionais e o direito da pessoa de receber orientação profissional, extrapolou o seu poder regulamentar". O texto propõe, então, a suspensão dos artigos 3.º e 4.º da resolução do CFP, segundo os quais os psicólogos "não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura da homossexualidade" nem se pronunciarão "de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica".

Em seu parecer favorável ao texto de Campos, Ferreira disse: "Seu texto constitui uma defesa da liberdade de exercício da profissão e mesmo da liberdade individual de escolher um profissional para atender a questões que dizem respeito apenas à sua própria vida, sem prejudicar outrem", disse.

O CFP produziu relatório sobre o projeto no qual afirma que a resolução não trata de negar a escuta psicológica, mas de "não admitir ações de caráter coercitivo e dirigidas pelo preconceito, como quando alguns psicólogos afirmam que a homossexualidade pode e deve ser ‘invertida’". Segundo o CFP, o debate sobre o projeto se dá em torno de tradição "de exclusão, desrespeito, humilhações e violência que também é reproduzida no Parlamento pelo fundamentalismo religioso e pelas posições homofóbicas seculares." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No próximo sábado (27) e no domingo (28), mais de 150 delegados que compõem o Conselho Regional de Psicologia de Pernambuco (CRP-2ª Região) estarão reunidos no Congresso Regional de Psicologia (VIII COREP). “Psicologia, Ética e Cidadania: Práticas Profissionais a Serviço da Garantia de Direitos” é o tema do evento, que tem o objetivo de encaminhar propostas ao Congresso Nacional de Psicologia sobre temas ligados aos direitos humanos, racismo, homoafetividade, entre outros.

Segundo a assessoria de comunicação do congresso, algumas das temáticas que serão debatidas são a democratização do sistema de conselhos de psicologia e a ampliação das formas de interação com a categoria e a sociedade, bem como as contribuições éticas, políticas e técnicas nos processos de trabalho.

O encontro será no Hotel Onda Mar, localizado na Rua Ernesto de Paula Santos, 284, no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. O público poderá comparecer para assistir ao congresso. No primeiro dia, o horário será das 7h30 às 20h30. No domingo, haverá atividades das 8h ás 12h.







Começou por volta das 16 horas o interrogatório do presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia de Minas Gerais, deputado Durval Ângelo, à segunda testemunha a ser ouvida nesta terça-feira, 23, no Fórum do Contagem. O advogado Ércio Quaresma perguntou sobre o teor dos encontros que ele teve com Bruno Fernandes. Segundo Durval, em um desses encontros, Bruno disse que não havia matado a modelo Eliza Samudio e que não tinha participação no crime, jurando sobre a Bíblia. "O Bruno negou de forma peremptória que tinha matado. Disse que ela teria tomado destino ignorado."

Durval também relatou ter ouvido de Ingrid Calheiros, atual mulher do goleiro, que havia um plano de uma juíza de Esmeraldas para libertá-lo, e que a magistrada receberia R$ 1 milhão durante um plantão para soltar o goleiro.

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Durval disse que o advogado de Macarrão Wasley César o procurou para pedir proteção a seu cliente, que temia ser morto na penitenciária. O advogado dizia que o seu cliente estava sendo violado em seus direitos, e que havia um plano para que Macarrão assumisse toda a culpa sozinho pelo crime. "Eu, então, fui à penitenciária e gravei uma entrevista com ele". Quaresma perguntou se seu nome havia sido citado pelo advogado, e o deputado disse que não.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, Marco Feliciano (PSC-SP), pediu nesta quarta-feira à Casa reforço na segurança e anunciou que, novamente, iniciará a reunião do grupo com as portas fechadas. Como presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, Feliciano tem a prerrogativa de fechar os encontros.

Após uma audiência com líderes na semana passada, ele prometeu que deixaria o plenário aberto, mas, como as manifestações pela renúncia dele continuam, restringiu o acesso de novo. O comunicado de Feliciano foi discutido em reunião da Mesa Diretora. A Mesa reconheceu o direito do presidente da Comissão de Direitos Humanos de fechar as portas, desde que seja feita uma comunicação para cada encontro.

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Há duas semanas, o presidente da Comissão de Direitos Humanos tinha aprovado um requerimento para fechar, definitivamente, mas isso foi considerado antirregimental. O corredor que dá acesso à comissão já tem seguranças que permitem a entrada somente de deputados, assessores e jornalistas. O colegiado realiza nesta tarde uma audiência pública para debater uma ação da Polícia Federal (PF) na área indígena Munduruku, no Pará.

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O líder do PT na Câmara do Recife, vereador Osmar Ricardo, em solicitação conjunta com o parlamentar Jaime Asfora (PMDB), irá propor nesta terça-feira (16) a reativação da Frente Parlamentar de Lésbicas, Gays, Travestis e Transexuais (LGBT). O requerimento será realizado durante a sessão plenária na Casa José Mariano, a partir das 15h.

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A solicitação pretende atender às reivindicações do movimento de LGBT que cobra do Poder Legislativo maior participação no debate em torno da temática através de Audiências Públicas e Projetos de Lei que enfatizem a promoção dos Direitos Humanos.

Segundo Osmar Ricardo, a proposta já existe na câmara, mas ele pretende reativar a frente para trabalhar junto com as comissões. “Esse pessoal é muito discriminado e a própria igreja vive criando debates assim como o caso de Marco Feliciano. Então, a ideia é garantir o direito desse povo que no dia-a-dia sofre com descriminalização e homofobia”, justifica o petista que comentou que a frente deve possuir cinco vereadores, contando com ele, Asfora e mais outros três que ainda não estão definidos.

Marco Feliciano – O líder do PT também se posicionou em relação aos vários protestos contra o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias na Câmara Federal, Marco Feliciano (PSC). “Eu acho que ele está no direito de assumir, mas não usar a força política dele para combater os direitos dos outros. Ele, como deputado, precisa não deixar sua religião interferir, mas é preciso respeitar o direito e a opção de cada ser humano”, opinou Ricardo.

Além de levantar o assunto sobre os direitos da LGBT, o vereador Osmar Ricardo em 2004, foi autor da Lei Municipal nºº17.025/04 que pune qualquer ato discriminatório contra os homossexuais e institui o dia 28 de julho como Dia da Diversidade Sexual. 

O pastor e deputado, Marco Feliciano (PSC-SP), afirmou nesta quarta-feira (10) que a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara vai de "vento em popa", após mandar fechar outra sessão do colegiado. A tentativa de abrir os trabalhos durou seis minutos, mesmo com a segurança restringindo a entrada de manifestantes. Num debate com parlamentares, Feliciano afirmou que a comissão não pode virar motivo de chacota. "A Comissão de Direitos Humanos está indo de vento em popa", afirmou, ao fim do encontro.

Durante a reunião fechada, alguns pastores foram autorizados a entrar. Eles permaneceram em silêncio durante a sessão. Os manifestantes contrários a Feliciano ficaram do lado de fora e protestaram nos corredores da Câmara. No debate entre os parlamentares, a deputada Erika Kokay (PT-DF) fez uma obstrução solitária, tentando atrasar as votações. Erika foi criticada por deputados evangélicos, que acusaram parlamentares de incitar os protestos contra Feliciano. Erika afirmou que defende apenas o direito à liberdade.

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O deputado Silvio Costa (PTB-PE), que não é membro da comissão, participou de boa parte da reunião. Ao fim, afirmou que via uma "guerra santa" no colegiado. "Está estabelecida aqui uma guerra santa", disse, mencionando os ataques dos evangélicos a Erika. Feliciano evitou que a discussão se arrastasse. Afirmou que Costa pegou o "bonde andando" e que a comissão trabalha normalmente. "Essa comissão não pode virar motivo de chacota a nível nacional. Votamos coisas sérias aqui e vamos continuar."

Mais uma vez, a sessão limitou-se à análise de requerimentos, sem a aprovação de nenhum projeto. Ao fim, o pastor afirmou que os projetos que estão na comissão são muito polêmicos e causariam uma "celeuma". Ele pediu aos parlamentares que solicitem à Mesa da Câmara o encaminhamento de outros projetos à comissão.

Uma moção de apoio ao pastor e deputado Marco Feliciano (PSC-SP) foi aprovada na tarde desta terça-feira pela Convenção Geral das Assembleias de Deus do Brasil (CGADB). A entidade realiza um evento em Brasília nesta semana com 24 mil pastores credenciados.

O presidente da CGADB, José Wellington, encaminhou de maneira favorável a moção e afirmou que só há uma "celeuma" em relação à Comissão de Direitos Humanos pelo fato de um evangélico estar à frente dos trabalhos. A moção defende a permanência de Feliciano no cargo e afirma que ele sofre discriminação.

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Feliciano agradeceu o apoio e afirmou que a Comissão de Direitos Humanos é a que mais recebe orações. "Nunca houve uma comissão com tanta oração. Os pastores estão orando pela minha vida e pela comissão", disse o deputado.

Ele previu ainda que os evangélicos ocuparão outros cargos de poder no País. "Chegará o tempo em que nós evangélicos vamos ter voz em outros lugares", disse. Ele voltou a criticar um seminário realizado pela Comissão em outubro do ano passado, no qual se discutiu diversidade sexual na primeira infância. "Isso para mim chamava-se pedofilia", comentou.

O pastor Marco Feliciano (PSC-SP) saiu da reunião de líderes nesta terça-feira dizendo ter apoio da maioria dos presentes para continuar na presidência da Comissão dos Direitos Humanos da Câmara. Ele confirmou que vai abrir as reuniões da comissão, mas reafirmou que pode retirar manifestantes ou trocar a sessão de plenário caso os protestos atrapalhem o trabalho. O pastor reagiu ainda às críticas feitas pela ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos), que defende a saída de Feliciano da comissão.

"É um elogio ela (Maria do Rosário) falar mal de mim. Ela é a favor do aborto e outras coisas, é um elogio", disse Feliciano. Ele afirmou não conhecer a ministra Luiza Bairros (Igualdade Racial), que assinou moção de repúdio contra o deputado do PSC.

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Feliciano afirmou que vai seguir à frente da comissão e que não aceitará protestos que impeçam os trabalhos. "Vamos tentar trabalhar. Vamos pedir para os ativistas manterem o equilíbrio. Vou abrir as sessões, mas uma vez que as sessões abertas tiverem qualquer tipo de atrapalhamento vamos usar um artifício e fazer como fiz na últimas semanas, ou retiro as pessoas ou mudo de plenário".

O pastor afirmou que vai por em votação "proposições positivas e do interesse da sociedade". Questionado sobre como argumentou aos líderes por sua permanência, respondeu: "Eu disse que estou aqui eleito pelo voto do povo".

Depois de reunião de cerca de duas horas com líderes partidários, o deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) manteve sua disposição de continuar na presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara e cedeu apenas aos apelos para que a realização de reuniões fechadas na comissão não seja uma regra.

O colégio de líderes acabou se dividindo sobre a permanência de Feliciano, o que lhe deu ainda mais argumentos para que continuasse no cargo. Na reunião, o pastor chegou a ironizar que só deixaria a presidência da comissão se João Paulo Cunha (PT-SP) e José Genoino (PT-SP) saíssem da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

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A reunião ocorreu sob clima de forte tensão. Diferente do esperado, porém, não houve uma pressão maciça por uma renúncia. Líderes de PMDB, PR, PSD, PRB e PMN defenderam que o pastor tinha o direito de continuar no cargo. Do outro lado, além do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), ficaram, basicamente, os líderes de PT, PPS, PDT, PCdoB e PSOL. Alguns líderes não chegaram a se pronunciar diante da insistência do pastor em continuar. O PSDB tomou uma decisão partidária de nem sequer participar do encontro após avaliar não haver saída regimental para resolver o problema.

Segundo o relato de parlamentares, Feliciano portou-se como vítima de uma perseguição. Afirmou que nada ia demovê-lo da posição de comandar a comissão e chegou a pedir "misericórdia" dos adversários. O pastor chegou a dizer que irá se policiar em declarações futuras. Ele cedeu apenas ao apelo para que recuasse da decisão de fechar todas as reuniões da comissão. Feliciano disse que fará reuniões abertas, mas que pode recorrer novamente a medidas como a retirada de manifestantes ou a mudança de plenário caso os protestos impeçam o trabalho do colegiado.

Os deputados contrários à permanência de Feliciano defendem a partir de agora que se busque uma alternativa regimental para permitir a retirada de um presidente de comissão. Pelas regras atuais, isso só é possível ao final de um processo no Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar.

Na saída da reunião, dois deputados bateram boca de forma agressiva. Ivan Valente, líder do PSOL, dava entrevista com críticas a Feliciano e foi interrompido por gritos de Jair Bolsonaro (PP-RJ). "Você é um torturador, deveria estar preso", reagiu irritado Valente. "Se você tivesse participado daquele momento estaria no saco, imbecil", disse Bolsonaro. "Torturador", rebateu Valente. "Se tem alguma prova denuncie", afirmou o deputado do PP.

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em São Paulo, Marcos da Costa, divulgou nesta segunda-feira uma nota de repúdio à decisão da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados de realizar sessões fechadas. O fechamento foi aprovado na quarta-feira (03), atendendo a um requerimento verbal do presidente da comissão, Marco Feliciano (PSC-SP), após protestos contra a permanência dele no cargo.

De acordo com a nota, a decisão de realizar sessões fechadas "abre um precedente perigoso porque o Congresso Nacional está alijando os cidadãos de seus debates". Segundo Costa, a população não pode ser impedida de opinar sobre decisões tomadas em seu nome nem de acompanhar o trabalho dos representantes no Poder Legislativo. "Esse cerceamento remete a tempos obscuros e arbitrários de nossa história política, onde os direitos humanos somente podiam ser discutidos a portas fechadas."

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Conforme ele, o episódio arranha a imagem do Parlamento e não deixa claros os motivos que levam à Câmara a proteger "um parlamentar sem qualquer representatividade na área dos direitos humanos, nem histórico de luta, e que tem externado continuadas manifestações de intolerância, demonstrando total incompatibilidade com o cargo para o qual foi investido".

Embalado na polêmica em torno do deputado pastor Marco Feliciano (SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos, o PSC ganhou visibilidade e faz planos para sair da sombra de seu maior aliado, o PMDB. Tradicional coadjuvante nas alianças capitaneadas pelos peemedebistas, o PSC já fala em lançar candidato próprio à sucessão da presidente Dilma Rousseff em 2014. A candidatura faz parte da estratégia do partido de ampliar as bancadas federais e eleger, pelo menos, um governador. Internamente, Feliciano e o vice-presidente e homem forte do PSC, pastor Everaldo Pereira, disputam a vaga de candidato.

"A decisão é que teremos candidatura própria à presidência da República", afirma Everaldo. "Ser inteligente é fazer o que outros inteligentes fizeram. E o PT foi inteligente em fazer o Lula ser candidato à Presidência três vezes, antes de ganhar a eleição", completa. Cauteloso, ele desconversa ao ser questionado sobre a própria candidatura: "Sou soldado do PSC, que é um partido democrático. Todos os que quiserem podem disputar".

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Embora o nome de Everaldo seja referendado pelas principais lideranças, Marco Feliciano, acusado de racismo e homofobia, também colocou seu nome à disposição do partido. Em uma reunião de presidentes de diretórios em Salvador no ano passado, ele se entusiasmou. Declarou que conhece bem o Brasil, já que percorre todo o País em suas pregações a milhares de pessoas. Por isso, teria condições de impulsionar a candidatura. Recentemente, seus apoiadores passaram a estimular a ideia nas redes sociais.

Mesmo assim, aliados e companheiros de partido defendem que o deputado aproveite o destaque e volte à Câmara com uma votação estrondosa. "Do jeito que conheço o meio evangélico, o Feliciano se elege com mais de um milhão de votos no ano que vem e traz com ele uns três deputados", diz o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Federação Brasileira de Defesa dos Direitos Humanos (FBDH), com sede em Salvador, entregou na noite dessa quinta-feira (4) ao deputado Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos, um diploma em que o parlamentar é reconhecido como "defensor dos direitos humanos". Em seu perfil no Twitter, o deputado disse ter ficado "emocionado" com a homenagem.

A federação, composta por representantes da sociedade civil e de líderes de igrejas católica, evangélica, entre outras, fez a entrega do diploma - que identifica o deputado como "Marcos" e não Marco - durante a visita do deputado a Salvador, onde participou de um culto. Segundo o presidente da FBDH, Elizeu Rosa, esse tipo de diploma é entregue a qualquer pessoa que desenvolva atividades sociais e tenha o nome aprovado pelos membros da federação. Anualmente são homenageadas sete pessoas. Além de Feliciano, seis representantes de ativistas da causa gay na cidade também teriam recebido o diploma.

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Elizeu Rosa explica que Feliciano foi homenageado em razão de seus trabalhos sociais, como apoio a usuários de droga. "Era para o deputado ter recebido esse diploma há seis meses, mas ele não tinha agenda. Ele é ficha limpa, tem um trabalho social também. Então a instituição achou por bem que ele recebesse o diploma", explica Elizeu Rosa. Na tarde desta sexta-feira o deputado presta depoimento ao Supremo Tribunal Federal em processo em que é denunciado por estelionato.

Feliciano vem sendo pressionado a deixar a presidência da comissão em razão de declarações consideradas racistas e homofóbicas. Para o presidente da federação, no entanto, o debate não inviabiliza a entrega do prêmio. "O deputado teve seus momentos de erro. Sou afrodescendente e sou contra a qualquer perseguição contra meus irmãos africanos. Mas não podemos pegar ao pé da letra. Ele já se desculpou", afirma.

A Conectas Direitos Humanos, organização não-governamental internacional, informou desconhecer a FDBH e definiu a premiação como uma "afronta". "O prêmio é uma afronta inaceitável aos milhares de brasileiras e brasileiros que se sentem discriminados pelas conhecidas declarações do deputado Feliciano e àqueles que lutam historicamente pelos direitos humanos no Brasil", disse a diretora-executiva da ONG, Lucia Nader.

Elizeu Rosa afirma que a federação é contrária às declarações recentes do deputado e que acompanhará sua atuação à frente da comissão. "Não concordamos de forma alguma com aquilo que ele disse. Se ele amanhã ficar contra homossexuais ou contra os negros, ficaremos contra ele. Se a Câmara julgá-lo por homofobia ou racismo, o diploma dele será cassado automaticamente."

Em nota publicada no site da FBDH, a federação afirmou que ainda é "muito sedo" (sic) para julgar o trabalho de Feliciano e considera sua eleição "legítima, democrática e legal". "Acredito que [quem o critica] deveria dar oportunidade a ele, no mínimo de três meses. Acho que deveria deixar ele trabalhar. Todo mundo está sujeito a erro", reforçou Elizeu Rosa, que acredita que o deputado vai saber separar sua visão religiosa de seu trabalho na comissão.

Durante sua passagem pela cidade, Feliciano evitou a imprensa. Durante o culto, falou sobre as críticas que vem recebendo e manteve seu posicionamento de continuar na presidência da comissão. "Deixem falar, deixem criticar, logo seremos exaltados, aqueles que debocham verão a nossa vitória", afirmou.

Vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, a deputada Antônia Lúcia (PSC-AC) é amiga pessoal e visitou neste sábado (30), o ex-parlamentar e ex-coronel da Polícia Militar, Hildebrando Pascoal. Conhecido como o "homem da motosserra", ele liderou na década de 90 um esquadrão da morte no Acre na década de 90.

Preso há 13 anos, Hildebrando está internado no Hospital de Clínicas do Acre por enfrentar problemas de saúde. Foi no leito do hospital que ele recebeu a visita da deputada. Lúcia não respondeu as ligações para comentar a visita. Sua assessoria confirmou que ela é amiga e esteve com Hildebrando. Ele pediu a ela ajuda nos processos, que, em sua visão, estariam sendo encaminhados de forma política. Lúcia era cotada para substituir o pastor Marco Feliciano (PSC-SP) na hipótese de uma renúncia dele. Nessa semana, ela ameaçou deixar a comissão após a declaração dele de que o colegiado era dominado por Satanás.

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Por ter ordenado um assassinato em que foi utilizada uma motosserra e um facão para esquartejar a vítima o ex-policial militar foi condenado em 2009 a 18 anos de prisão. O total de condenações de Hildebrando já alcança 106 anos de prisão, mas a legislação brasileira limita a 30 anos o cumprimento de penas. Ele foi cassado pela Câmara dos Deputados em 1999, quando os fatos vieram à tona.

Mesmo preso, ele enviou duas cartas com ameaças e tentativas de extorsão. Em correspondências à desembargadora Eva Evangelista, do Tribunal de Justiça do Acre, e à procuradora de Justiça Vanda Milani Nogueira, ex-cunhada de Hildebrando, ele pede dinheiro e ameaça fazer denúncias ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de que as duas teriam participado de uma fraude em concurso público. Nas cartas, ele faz ataques ainda aos irmãos Jorge Viana (PT), senador, e Tião Viana (PT), governador, seus adversários políticos.

A ministra da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, disse nesta quarta-feira, no Rio, que, diante do impasse na Comissão de Direitos Humanos da Câmara por causa da permanência do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) na presidência do colegiado, começou a negociar diretamente com os líderes partidários e com o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).

Maria do Rosário citou a aprovação, na noite de desta terça-feira (02), do projeto que cria um sistema nacional de enfrentamento e prevenção à tortura. "Nosso diálogo no momento está acontecendo com o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves, com cada liderança. O plenário foi muito receptivo e aprovou um projeto da maior importância para o País. A agenda da Câmara em direitos humanos está avançando, independentemente da comissão. A população tem suas propostas e a Câmara vai encontrar solução. O impasse na Comissão de Direitos Humanos não está impedindo a Câmara de avançar. Vou continuar a propor matérias de direitos humanos à Câmara praticamente todos os dias. A sensibilidade do presidente da Câmara colocou um tema importantíssimo na pauta", afirmou ela, que esteve na capital fluminense para participar de um seminário internacional sobre o papel da mulher.

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A Comissão de Direitos Humanos da Câmara aprovou nesta quarta-feira um requerimento verbal do pastor e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) para que o órgão realize a partir de agora reuniões fechadas ao público em geral. Será autorizada a entrada apenas de deputados, funcionários e jornalistas. Feliciano disse que adota a medida com o "coração sangrando". "Faço isso com o coração sangrando, mas, se não for dessa forma, não conseguiremos trabalhar", disse, ao defender a aprovação do requerimento.

O encontro desta quarta-feira ocorreu nesse formato. Ele disse ter recebido autorização do primeiro-vice-presidente da Casa, André Vargas (PT-PR), mas o petista afirmou que apenas foi informado do fechamento da sessão. Há dúvidas regimentais sobre se é possível determinar o fechamento de todos os trabalhos.

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Como só havia apoiadores de Feliciano na reunião, a proposta foi aprovada em votação simbólica. A segurança para o encontro desta quarta-feira foi reforçada e os manifestantes foram barrados. Do lado de fora, a Polícia Legislativa teve de agir para que ativistas não invadissem a sala da presidência da comissão e o corredor que dá acesso ao plenário da Casa.

Após a sessão, o pastor e deputado federal do PSC de São Paulo justificou a medida. "Não é reservado, é aberto com restrições. Semana passada, nós tivemos tumulto e pessoas machucaram-se", disse. Feliciano afirmou que poderá ser autorizada a entrada de representantes de alguns grupos, se for feita uma identificação prévia, mas não esclareceu como seria dada.

Durante a reunião, a comissão aprovou oito requerimentos. O primeiro deles foi de uma moção de repúdio ao comportamento considerado homofóbico do presidente em exercício da Venezuela, Nicolas Maduro, que teria feito ataques dessa maneira ao adversário na eleição, Henrique Capriles. Uma das acusações de manifestantes contra Feliciano é justamente de homofobia.

Outro requerimento aprovado foi o de uma viagem do pastor à Bolívia para tratar da situação dos 12 torcedores corintianos presos. Feliciano disse que só irão ao país vizinho após a reunião de líderes convocada para a próxima semana para discutir a permanência dele no cargo. Questionado sobre se aceitaria algum pedido dos líderes, o pastor respondeu: "Desde que não seja para eu renunciar". O pastor comemorou o resultado da reunião. "Hoje, foi sucesso."

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