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Reunida nos dois últimos dias em São Paulo, a direção do PT decidiu que os candidatos do partido às prefeituras devem se manifestar contra o que a legenda chama de perseguição política e judicial contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com a assessoria de imprensa do diretório, o PT convocará uma série de atos em solidariedade ao ex-presidente e haverá renovação da direção do partido durante um congresso em dezembro deste ano. As decisões foram informadas pelo presidente nacional do PT, Rui Falcão, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira, 16.

Segundo Falcão, o PT está orientando os candidatos às prefeituras nas capitais e nas cidades onde há segundo turno a lerem uma nota padrão para demonstrar solidariedade ao ex-presidente e, se possível, organizar manifestações. Sobre as eleições de 2018, o presidente disse que o nome de Lula é "querido e desejado por uma grande parcela da sociedade" e por isso seria um forte candidato. Ele não mencionou nenhum nome alternativo para a disputa, a fim de, segundo a assessoria, evitar perseguição política a outros membros da legenda.

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Parlamentares do PP governistas e opositores reconhecem que o anúncio de oito diretórios regionais de apoiar o impeachment da presidente Dilma Rousseff teve efeito apenas político, mas, na prática, não deve provocar mudança prática na posição da bancada sobre o assunto.

Nesse domingo, 10, a ala pró-impeachment divulgou nota informando que os diretórios do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Distrito Federal, Goiás, Espírito Santo e Acre apoiarão o impeachment. Juntas, as bancadas desses diretórios possuem 19 deputados federais.

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Parlamentares do PP oposicionistas e governistas lembram, no entanto, que a decisão dos diretórios foi tomada por maioria, ou seja, nem todos os deputados e senadores desses Estados votarão a favor do impeachment. Um exemplo é o deputado Nelson Meurer, que é do Paraná, que se declara contra o afastamento de Dilma.

"Não mudou nada. A diretoria não tem controle sobre os votos", afirmou o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI). Pelas contas do dirigente partidário, dos atuais 47 deputados do partido, 25 são contra o impeachment e 20 a favor. O restante, afirma, está no rol dos parlamentares "indecisos".

Um deputado da ala oposicionista do PP que prefere o anonimato vai na mesma linha de Ciro. "Esses diretórios já eram a favor do impeachment", diz. Ele, contudo, rebate as contas de Ciro Nogueira e diz que "já passam de 25" os deputados do PP que são a favor do impedimento de Dilma.

Na semana passada, Nogueira afirmou que o PP ainda não tirou uma posição oficial sobre o tema. E ressaltou que a direção do partido não "perseguirá" - ou seja, não punirá - os parlamentares que votarem de forma diferente da maioria da sigla.

O PP tem negociado tanto mais espaço no governo Dilma em troca de apoio contra o impeachment, como com o vice-presidente Michel Temer, que assumirá a presidência da República caso a petista seja afastada. Nas últimas semanas, o partido ganhou vários cargos no segundo e terceiro escalões do governo Dilma.

A polícia da Paraíba abriu inquérito para investigar a morte do assentado da reforma agrária e presidente do diretório do PT no município de Mogeiro (a 112 km de João Pessoa), Ivanildo Francisco da Silva, de 46 anos. Ele foi assassinado por volta das 22h da quarta-feira, 6, com um tiro de espingarda calibre 12 na cabeça, na casa onde morava, no assentamento Padre João Maria, na zona rural do município. O delegado da cidade vizinha de Itabaiana, Hugo Helder, iniciou os primeiros levantamentos por determinação da Secretaria de Segurança Pública, que enviará um delegado para apurar o crime em caráter especial.

A presidente do PT da Paraíba, Giucélia Figueiredo, lamentou o crime e cobrou da polícia a identificação e prisão dos culpados. "Acreditamos que o presidente do PT de Mogeiro foi vítima do latifúndio que impera na região. Até porque, ele tinha em sua história a luta pelos trabalhadores do campo, sempre acompanhando e apoiando as ações desenvolvidas pela Comissão Pastoral da Terra (CPT)", afirmou Giucélia Figueiredo na nota.

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Ela disse esperar que a Polícia da Paraíba encontre os verdadeiros culpados pelo assassinado "de um grande companheiro de luta, que perdeu a vida por acreditar que a terra é um bem de todos, e não apenas de alguns". Em 2015, Ivanildo Francisco escapou de um atentado juntamente com outros assentados da reforma agrária.

O deputado Frei Anastácio (PT), que comanda a Pastoral da Terra no Estado, disse não ter dúvidas de que Ivanildo foi assassinado a mando de latifundiários. "Em outubro do ano passado, ele e outros cinco agricultores da fazenda Salgadinho, no município de Mogeiro, foram feridos a tiros de espingardas 12 e revólveres 38 por capangas pagos", disse Frei Anastácio.

O presidente do Partido dos Trabalhadores da cidade de Mogeiro, no interior da Paraíba, na região do Agreste, Ivanildo Francisco da Silva, 33 anos, foi assassinado na noite da quarta-feira, 6, na casa dele, nos arredores da cidade. Estava com ele apenas a filha de 1 ano e seis meses. A mulher de Ivanildo tinha ido à cidade para assistir um ato religioso e só voltou na manhã seguinte para sua casa. O corpo do político foi encontrado na manhã desta quinta-feira por um vizinho.

Segundo o delegado da Polícia Civil, Luiz Barros Pessoa, um vizinho da vítima contou que ouviu dois tiros, por volta de 21h da quarta-feira, mas ficou com medo de sair de casa. A região do Agreste é conhecida pela violência e já teve várias mortes no passado. O delegado Luiz Barros disse não ter conseguido identificar suspeitos, mas confirmou que sua linha de investigação envolve a política da região.

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O Diretório do PT em Ribeirão Preto (SP) sofreu na tarde desta quinta-feira, 17, um ataque com rojões, cinco no total, atirados na garagem do imóvel. Segundo o boletim de ocorrência registrado na polícia, três funcionários trabalhavam na sede do partido, região central do município paulista, e ouviram as explosões. Não houve feridos e nem suspeitos foram identificados ainda.

O vereador e presidente do partido na cidade, Jorge Parada, avaliou ser provável que o ato tenha sido uma represália à escolha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ser o novo ministro-chefe da Casa Civil, o que trouxe uma série de manifestações ao País. A cidade paulista registrou ontem e hoje protestos pacíficos por conta da decisão tomada pela presidente Dilma Rousseff em nomear Lula ministro.

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A deputada estadual Márcia Lia (PT), que tem em Ribeirão Preto parte de sua base política, divulgou nota nesta quinta-feira na qual considera o ataque "um atentado à liberdade política". Ela informou que pedirá apuração das autoridades responsáveis pela segurança pública.

"Não podemos permitir que tais atos ameaçando a integridade física e a liberdade das pessoas prosperem em meio à nossa sociedade, sob pena de vermos instalado no país um regime de exceção", relatou. "Grupos envolvidos em tais atos, também registrados contra a União Nacional dos Estudantes (UNE) em São Paulo, recentemente, não podem ficar à margem da polícia e da Justiça. A liberdade de expressão precisa ser defendida contra qualquer tipo de ameaça", concluiu.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou por volta das 12h45 ao diretório nacional do PT em São Paulo. Em um carro preto, com os vidros fechados, o petista não falou com a imprensa nem com os militantes do partido, que demonstravam seu apoio.

Lula seguiu direto do aeroporto de Congonhas, na zona sul, onde prestou depoimento à Polícia Federal, para o diretório. A expectativa é que ele promova um encontro com militantes ainda nesta sexta-feira.

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Apoio

Toda a bancada do PT no Congresso, além de governadores e outros políticos do partido, foram convocados no início da manhã desta Sexta-feira a comparecer a reunião na sede do Partido dos Trabalhadores em São Paulo.

O partido vai realizar uma reunião geral para articular estratégia em resposta à operação da PF desta manhã. Os parlamentares, entretanto, não conseguiram confirmar quando vão se encontrar, já que os petistas ainda estão em trânsito. Nem todos os parlamentares devem conseguir se deslocar ainda hoje.

O líder do PT na Câmara, deputado Afonso Florence (BA), concedeu entrevista no Congresso e, em seguida, foi para o aeroporto. O governador do Piauí, Wellington Dias, vai se encontrar com a presidente Dilma Rousseff, mas garantiu que viajará à São Paulo. O líder do governo no Senado, Humberto Costa (PT-PE), também já está à caminho.

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) desaprovou, por unanimidade, na sessão desta quinta-feira, 3, a prestação de contas do Diretório Regional do PT referentes ao exercício financeiro de 2010.

Ao desaprovar as contas, a Corte condenou, por maioria de votos (4 a 3), a agremiação à suspensão da cota do Fundo Partidário por seis meses. Devido às irregularidades, o partido ainda terá que devolver R$ 632.626,69 aos cofres públicos.

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No julgamento (Processo nº 14981), o relator do processo, juiz Silmar Fernandes, destacou que as contas apresentaram "várias irregularidades, tais como aplicação irregular do Fundo Partidário, impossibilidade de identificação da origem dos recursos advindos de contribuição de filiados e destinação irregular de verba não devida e não contabilizada".

O Tribunal determinou, além da suspensão do repasse de novas cotas do Fundo Partidário por seis meses, a devolução de R$ 343.355,16 ao Tesouro, "em vista do recebimento de recursos de origem não identificada", e R$ 289.271,53 relativos à aplicação irregular do Fundo Partidário.

A Lei 9.096/95 (Lei dos Partidos Políticos) prevê, entre outras sanções, a de suspensão do repasse de novas cotas do fundo partidário por desaprovação total ou parcial da prestação de contas de partido pelo período de um mês a doze meses.

A decisão do TRE seguiu entendimento da Procuradoria Regional Eleitoral em São Paulo (PRE-SP).

Entre os problemas identificados pela Secretaria de Controle Interno (SCI) do Tribunal Regional Eleitoral "estão a não comprovação de várias despesas realizadas naquele ano, bem como a não comprovação da fonte de receitas de campanha referentes ao pleito de 2010". (PC nº 149-81/2011).

Segundo o procurador regional eleitoral em São Paulo, André de Carvalho Ramos, "é de suma importância para o regime democrático que as contas dos partidos políticos tenham total transparência, sendo imprescindível, nesse sentido, que as receitas e as despesas das agremiações sejam de pleno conhecimento da Justiça Eleitoral e do eleitorado".

A desaprovação das contas é mais um elemento na difícil situação financeira do PT paulista. O partido deve hoje cerca de R$ 50 milhões, dos quais R$ 35 milhões são dívidas da fracassada campanha de Alexandre Padilha ao governo estadual. Para piorar a situação, o diretório nacional do partido proibiu todas as instâncias da legenda de receberem doações de empresas. Desde o final do ano passado a direção do PT-SP está renegociando dívidas e alongando prazos de pagamentos com fornecedores.

O presidente do diretório estadual do PT de São Paulo, Emidio de Souza, disse que o partido vai recorrer da decisão do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo. "Tomamos conhecimento agora há pouco, mas vamos recorrer. A decisão se deu por razões puramente formais", disse o dirigente.

O diretório municipal do PT em São Paulo informou nesta quinta-feira, 26, que uma sede regional, no centro da capital paulista, foi alvo de uma bomba de fabricação caseira na madrugada. O artefato seria um coquetel molotov que estilhaçou vidros e danificou a porta do local, situado na Bela Vista, região central da cidade, a 450 metros da Câmara Municipal.

O presidente do diretório municipal petista, vereador Paulo Fiorilo, classificou o caso de "atentado" decorrente do atual clima de disputa política e de "ódio" vivido no País. "Toda a sociedade deve repudiar atos dessa natureza contra um partido político, contra qualquer partido político", disse Fiorilo.

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Segundo o parlamentar, o diretório zonal do centro - uma subdivisão do diretório municipal - registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil, e o partido deve pedir que a Polícia Federal atue no caso. Nesta sexta-feira, 27, o partido vai divulgar um posicionamento oficial sobre o caso. No fim de semana de protestos contra o governo Dilma Rousseff, o diretório do partido em Jundiaí (SP) foi alvo de um incêndio.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou sua participação na reunião do diretório nacional do PT, na sexta-feira (7), em Belo Horizonte, para defender o tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, e, sem citar nomes, afirmar que há uma intenção de impedir que a presidente Dilma Rousseff conclua seu mandato.

Em discurso no ato de comemoração dos 35 anos do partido, porém, deu uma indireta no PSDB ao declarar que os adversários "não querem mais esperar outra derrota" e, "na falta de votos, buscam atalhos para o poder, manipulando a opinião pública e constrangendo as instituições". A presidente, por sua vez, falou em "golpismo" dos "inconformados com o resultado das urnas".

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"Não é fácil um partido de esquerda governar um país importante como o Brasil. Eles não querem nem deixar concluir o mandato da Dilma, tentando criar todo e qualquer processo de desconfiança. Querem que o PT seja desacreditado na sociedade brasileira", afirmou Lula, segundo a Agência PT de Notícias. "A quarta derrota eleitoral consecutiva despertou os mais baixos instintos dos nossos adversários", acrescentou ao discursar para uma plateia de cerca de dois mil militantes.

Dilma, que discursou logo após o antecessor, também apontou para setores que não aceitaram a derrota eleitoral. "Nós temos força para resistir ao oportunismo e ao golpismo inclusive quando ele se manifesta de forma dissimulada. Os que são inconformados com o resultado das urnas só têm medo de uma coisa: da mobilização da sociedade em defesa das instituições e em repúdio a qualquer tentativa de golpe contra a manifesta vontade popular."

Os dois principais expoentes petistas reforçaram a tese de golpe por causa da condução coercitiva de Vaccari, que na quinta-feira foi levado à Polícia Federal para prestar depoimento no âmbito da Lava Jato por ordem da Justiça. Ele também participou do evento ontem.

O tesoureiro é investigado por suspeitas de intermediar a arrecadação de propinas ao PT por meio de um esquema de corrupção e de cartel na Petrobrás. "O que aconteceu ontem (anteontem) é repugnante", afirmou Lula, conclamando o PT a "voltar pra luta". "Não podemos permitir que quem não tem moral venha dar moral na gente."

Mensalão

Lula, segundo relatos colhidos pelo Estado, comparou as denúncias investigadas pela Lava Jato ao mensalão. "Se a ficarmos quietos, a sentença já está dada." Para o ex-presidente, há uma tentativa de "criminalizar" a legenda. De acordo com participantes da reunião, fechada à imprensa, ele disse que o partido precisa reagir, sob o risco de o Judiciário "julgar (os crimes investigados pela Lava Jato) pela pressão que se cria na sociedade e não pela lei".

Na reunião, Lula defendeu o sistema de arrecadação de recursos para o partido e atacou o ex-gerente da Petrobrás Pedro Barusco - delator que citou Vaccari -, a quem se referiu como "bandido". E voltou a reclamar da cobertura feita pela imprensa sobre a Lava Jato. Segundo ele, embora Barusco tenha admitido que o esquema de propinas na estatal começou em 1997, ainda no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), apenas os casos envolvendo gestões petistas foram destacados.

Um informe elaborado por Vaccari foi apresentado durante o encontro. No texto, ele falou sobre as finanças do partido e estimou que a legenda vai perder R$ 10 milhões ao ano em receita por causa da diminuição da fatia do Fundo Partidário a que a sigla tem direito. A previsão de queda do recurso, repassado pela União a todas os partidos, é menor em razão da diminuição da bancada na Câmara e do aumento do número de partidos no País.

A economia inclusive começou nos festejos de 35 anos do partido, já que alguns dirigentes viajaram de carro para Belo Horizonte porque a legenda alegou não ter dinheiro para pagar passagens aéreas.

Ajuste

Lula e Dilma aproveitaram seus discursos para dar satisfação à militância a respeito das ações adotadas nos primeiros dias do novo mandato que contrariaram principalmente o setor sindical do partido e movimento sociais. "Não fazemos reequilíbrio fiscal só por fazer. Fazemos reequilíbrio para manter o nível de emprego e renda", afirmou a presidente.

Já Lula fez uma comparação com o tratamento de um câncer pelo qual passou para defender medidas "duras" e "amargas" que, de acordo com ele, são necessárias para "garantir avanços". Ao citar as sessões de quimioterapia e radioterapia a que teve de se submeter, disse que não houve "nada pior" na vida. "Mas eu era disciplinado e precisava para estar aqui bonitão", brincou.

Em meio a boatos de dificuldade de relação, Lula e Dilma conversaram bastante antes do evento. A presidente e o antecessor, no entanto, não tiveram nenhuma reunião privada e estiveram sempre acompanhados pelo ex-presidente do Uruguai José "Pepe" Mujica ou por outros participantes da cerimônia.

Nesta sexta (28) e sábado (29) o Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) se reúne em Fortaleza, no Ceará, para traçar as próximas metas e ações da legenda. Além de estabelecer o novo cronograma, o encontro servirá para fazer o primeiro balanço geral das eleições deste ano, já que esta é a primeira reunião após do partido após o pleito.

Na pauta, também estão a reforma política, o 35º aniversário do partido, comemorado em fevereiro, e o 5º Congresso Nacional do PT. A presidente Dilma Rousseff (PT) e o ex-presidente Lula (PT) são esperados para participar do evento. Além deles, parlamentares e governadores eleitos também devem se fazer presente.

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Dos diretorianos de Pernambuco, a presidente estadual do PT, Teresa Leitão, o senador Humberto Costa, os deputados federais Pedro Eugênio e João Paulo, a secretária nacional de articulação regional do PT, Vivian Farias, e o ex-prefeito do Recife, João da Costa, vão integrar o grupo. 

De acordo com Leitão, o encontro é de rotina e para traçar metas. "Além da pauta geral, devem se desdobrar outras ações", disse, pontuando que ao fim do evento uma resolução deverá ser divulgada.

O presidente do PPS e deputado federal Roberto Freire afirmou na noite desta segunda-feira (16), antes de se reunir com o governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), que não há um mal-estar com o diretório do partido em Pernambuco por causa do apoio à possível candidatura socialista. Ele relatou que a Executiva Nacional do PPS  vai conversar com todos os diretórios regionais para convencê-los a apoiar a candidatura de Campos à Presidência da República em 2014. Em Pernambuco, os membros da sigla fazem oposição ao Governo do Estado.

“Eles têm que apoiar nacionalmente a candidatura do governador, mas localmente serão independentes (...)  Ainda estamos começando um processo, não estamos terminando (a campanha eleitoral). Tem alguns (diretórios) que tem problemas, outros que tem ajuste. O certo é que o PPS não vai ficar em palanque ao lado de Dilma (Rousseff – PT)”, relatou o parlamentar.

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De acordo com o deputado, as duas siglas têm vários pontos em comum. “A crítica à economia se assemelha aos dois partidos. Isso ajudou e muito na alternativa Eduardo Campos. Eu diria que a crítica é mais contundente do PSB do que o PSDB (ao |Governo Federal)”, disse.

 

A cerimônia de posse do novo presidente do diretório estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) do Rio de Janeiro, Washington Quaquá, foi marcada por um ato de desagravo aos petistas presos por envolvimento no caso do mensalão e condenados na Ação Penal 470.

O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-presidente José Genoino e o ex-tesoureiro Delúbio Soares tiveram mandados de prisão expedido no último dia 15, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que eles deveriam começar a cumprir a pena pelos crimes imediatamente, e foram encarcerados na Papuda, em Brasília. Por problemas de saúde, Genoino está em prisão domiciliar provisória, aguardando decisão da Justiça sobre sua eventual volta ao cárcere.

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Na solenidade, realizada na manhã deste sábado (30), Quaquá, que é prefeito de Maricá (RJ), disse que atacar os petistas presos seria o mesmo que atacar os membros do partido e os 40 milhões de brasileiros que saíram da pobreza durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Durante o ato, os condenados pelo mensalão ainda foram chamados de "heróis" e saudados com palmas, enquanto o STF foi alvo de palavras de ordem. Os militantes que participavam da posse de Quaquá também foram convidados a sair em defesa dos petistas condenados. A deputada federal Benedita da Silva, que também disputava o pleito e perdeu a votação para Quaquá, pediu aplausos e orações aos condenados.

"Os nossos companheiros só poderão suportar a prisão se tiverem a nossa solidariedade. Graças a Deus eles não conseguiram algemar nossos companheiros e botá-los no camburão", disse. Benedita ainda atacou a mídia e afirmou que não se trata de lidar com a Justiça, mas sim com a injustiça, uma vez que Genoino estaria "morrendo na cadeia".

Na última terça-feira, uma junta convocada pelo STF e composta por médicos da Universidade de Brasília (UnB) informou que o deputado não sofre de cardiopatia grave e, por isso, não precisaria permanecer em casa para cuidar da doença.

O laudo também apontou que o mal-estar de Genoino se deveu à situação de estresse emocional. Desde que o deputado foi preso, familiares e colegas de partido têm destacado a saúde frágil de Genoino para tentar conquistar a prisão domiciliar.

O pré-candidato do PT ao governo do Rio, o senador Lindbergh Farias, não compareceu à cerimônia, que ocorreu na sede do Sindicato dos Bancários, no centro do Rio.

Os membros do Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) focarão como pauta principal nesta segunda-feira (18), o balanço do Processo de Eleição Direta (PED) da legenda, ocorrido em todo o Brasil no último dia 10 de novembro. A reunião será promovida na sede do partido em São Paulo e segue até às 17h. 

Teresa x Bruno Ribeiro - O balanço do PED inclui alguns casos particulares como o de Pernambuco que ainda não foi definido a liderança. No Estado, os dois candidatos mais bem colocados foram à deputada estadual Teresa Leitão e Bruno Ribeiro, mas como a diferença entre os dois postulantes foi pequena, estima-se a realização de um segundo turno no próximo domingo (24).

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De acordo com a assessoria parlamentar de Leitão, a petista viajou a São Paulo justamente para participar do encontro onde deverá deliberar a realização ou não, do segundo turno em Pernambuco, mas existe ainda a especulação de que um dos dois candidatos abram mão do cargo. Também segundo a assessoria da deputada, a decisão do diretório nacional só será divulgada no final da tarde, após término da reunião.

 

 

Dirigentes do PT rejeitaram a moção sugerida contra o coordenador do Grupo de Trabalho da Reforma Política na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (SP), que nesta semana anunciou que a proposta a ser apresentada em 90 dias pelos parlamentares não valerá para as eleições de 2014. Ontem, a bancada do PT na Casa divulgou uma nota dizendo que as posições do petista não representam a opinião do partido. "O diretório entendeu que a nota da bancada era suficiente", anunciou o presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão neste sábado (20), após reunião dos líderes petistas em Brasília.

Pela manhã, um grupo de petistas trouxe cartazes para a sede do Diretório Nacional pedindo a saída de Vaccarezza do grupo e ressaltando que o deputado não os representava. De acordo com Falcão, Vaccarezza se comprometeu a trabalhar para coletar assinaturas favoráveis ao decreto legislativo do plebiscito.

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Apesar de haver "unidade, mas não unanimidade" em torno do tema na sigla, Falcão afirmou que os dirigentes nacionais fecharam acordo para defesa do plebiscito da reforma política e dos pactos propostos pela presidente Dilma Rousseff. O presidente do PT defendeu que o plebiscito produza regras para as eleições de 2014, principalmente para a questão do financiamento privado das campanhas eleitorais.

O encontro de hoje terminou sem uma resolução. O texto final da resolução será submetido à Executiva do partido.

Em sua conta no Twitter, o líder do PT na Câmara, deputado José Guimarães, anunciou que o Diretório Nacional do PT apoiou a nota divulgada ontem pela bancada do partido na Casa onde afirma que as posições do coordenador do Grupo de Trabalho da reforma política, deputado Cândido Vaccarezza (PT/SP), não representa o partido. Vaccarezza foi escolhido pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB/RN), para coordenar os trabalhos, embora a sigla tenha indicado o gaúcho Henrique Fontana. Hoje, dirigentes do partido estão reunidos em Brasília e a reforma política é um dos temas em discussão.

Na primeira reunião do Grupo de Trabalho da reforma instalado nesta semana, Vaccarezza disse que as propostas, a serem apresentadas em 90 dias, não valerão para as eleições de 2014. Guimarães divulgou em nota que as declarações do coordenador "não expressam o pensamento nem da bancada na Câmara nem do Partido dos Trabalhadores".

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Em nota também divulgada ontem, Vaccarezza disse ter se comprometido com o PT a trabalhar para coletar assinaturas necessárias para a aprovação de um decreto legislativo convocando o plebiscito para reforma política, proposta esta defendida pelo PT. "Reafirmo publicamente meu compromisso pessoal com a viabilização para a aprovação do plebiscito na Câmara dos Deputados", enfatizou Vaccarezza.

De acordo com o petista, seu grupo facilita a realização de uma consulta popular. "Ao contrário do que pregam, o Grupo de Trabalho - e minha atuação como seu coordenador, facilita e agiliza a realização da consulta popular e a busca do entendimento necessário para a concretização da reforma política que a sociedade clama", afirma o texto.

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