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Disputas internas pelo comando do PSDB da capital paulista deixaram a sede municipal do partido vazia nesta semana, literalmente. O ex-presidente do diretório de São Paulo Fernando Alfredo levou com ele computadores, cadeira, mesa e todo restado do mobiliário, além de documentos, após ser destituído do cargo. Quando chegou para tomar posse, Orlando Faria, o sucessor, encontrou o espaço sem absolutamente nada.

Ao Estadão, Alfredo confirmou que "limpou a casa" antes de sair. "Nós dissemos assim: podem vir para a sede do partido, mas com aquilo que o partido tem: nada".

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Em setembro, o PSDB estadual suspendeu a convenção municipal que havia reeleito Alfredo para a liderança do diretório no mês anterior. Fez isso após denúncias de dois filiados de que o candidato suspendeu quem não o apoiava e promoveu uma filiação em massa para conseguir renovar o mandato. Uma comissão provisória escolheu Orlando Faria para comandar a sigla por 180 dias.

Há menos de um ano das eleições municipais, os tucanos estão divididos sobre quais rumos devem seguir. A ala de Alfredo defende o apoio à reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB), enquanto que a nova gestão fala publicamente em uma candidatura própria, mas se reuniu recentemente com a deputada federal Tabata Amaral (PSB), que mantém conversas com os tucanos.

Apesar da decisão que impediu a sua reeleição, Alfredo continuou despachando na sede do PSDB paulistano, um prédio na Vila Buarque. Diante disso, Orlando acionou o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ´-SP) para pedir reintegração de posse do local. Na semana passada, a juíza Ana Laura Corrêa Rodrigues determinou a troca.

Quando recebeu a intimação na última sexta-feira, 1º, Fernando decidiu levar consigo os móveis, computadores e documentos que estavam na sede municipal. Em entrevista ao Estadão, o ex-presidente do PSDB paulistano disse que os itens não são de propriedade do partido, e sim doados por apoiadores ou comprados por ele próprio.

Segundo o ex-presidente, algumas mesas só foram deixadas porque não poderiam ser reaproveitadas caso fossem desmontadas. Os computadores e documentos estão com Alfredo, enquanto que cadeiras e outros móveis foram, segundo ele, devolvidos "a quem deu para o partido".

Orlando disse que o novo comando do diretório percebeu o vazio na sede da Vila Buarque na segunda-feira, 4. Ao Estadão, ele disse que irá solicitar a Fernando informações sobre onde estão localizados os itens que foram levados da sala.

Antecessor levou bustos e livros de Mário e Bruno Covas

O presidente interino disse que seu colega de partido também levou memórias dos ex-prefeitos Bruno Covas e Mário Covas, como bustos e livros. Fernando confirmou que está com os objetos.

"O partido é sustentado por dinheiro público, e tem que prestar contas todos os anos. O patrimônio que lá existir não é de pertence de uma pessoa ou de um grupo de pessoas, tem que estar ali. Nós, que somos administradores, vamos ter que prestar contas disso no futuro, e se não está ali, nós devemos registrar", afirmou.

Fernando defende que a sua saída da direção municipal foi "monocrática" e por meio de uma "canetada", e afirmou que não reconhece a convenção que colocou Orlando na presidência tucana. Segundo ele, a sede está aberta, mas o andar está vazio porque o PSDB paulistano "não tem patrimônio".

"Quando eu assumi a única coisa que o partido tinha era dívidas. Não tinha uma cadeira. Tudo que foi colocado era emprestado e alugado e todos esses bens foram devolvidos. É óbvio que eles queriam pegar o negócio montado e organizado como estava durante o nosso comando. Até o ar-condicionado que ficou lá é emprestado", afirmou. Em tempo: o ar-condicionado ele deixou na sala.

Fernando ainda tem esperança de reassumir a presidência da sigla. A decisão cabe à executiva tucana, que é comandada pelo ex-governador de Goiás Marconi Perillo.

O Estadão procurou o ex-governador e presidente nacional do PSDB, mas não obteve retorno.

O juiz Cid Peixoto do Amaral Neto, da 3ª Vara Cível de Fortaleza, suspendeu, na sexta-feira (10), a intervenção do comando nacional do PDT no diretório estadual da legenda no Ceará. A decisão liminar devolve o comando do diretório ao senador Cid Gomes, em mais um episódio da disputa interna entre os irmãos Cid e Ciro Gomes.

Na decisão, o magistrado suspende a intervenção e o processo ético-disciplinar abertos contra Cid Gomes dentro do partido. A intervenção havia sido determinada pela executiva do partido depois de uma reunião acalorada que contou com bate-boca e troca de ofensas entre os irmãos Ferreira Gomes.

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"Defiro parcialmente o pedido de tutela de urgência e determino a imediata suspensão do Processo Ético-Disciplinar nº 006/2023 (do PDT nacional contra Cid Gomes), bem como da intervenção aprovada na reunião da Executiva Nacional, realizada em 27 de outubro de 2023", diz o juiz na decisão.

Procurados pelo Estadão, Cid Gomes e André Figueiredo não se manifestaram até a publicação deste texto.

O comando da sigla no Ceará é estratégico para construir alianças de olho nas eleições municipais de 2024. Os ânimos se acirram, principalmente, com a disputa por Fortaleza. Aliado do prefeito José Sarto (PDT), Figueiredo defende a sua reeleição, enquanto outros consideram alternativas.

Em junho, Cid Gomes e André Figueiredo selaram um acordo de paz, com o deputado pedindo licença do cargo e entregando provisoriamente a função ao senador até novembro. O acordo não chegou ao fim após novos desentendimentos. Um deles envolveu o presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, Evandro Leitão (PDT), que vinha se colocando como opção para as eleições na capital.

Em agosto, sob o comando de Cid Gomes, o diretório estadual entregou uma carta de anuência para que Leitão pudesse deixar a sigla sem perder o mandato. A validade do documento foi contestada pela executiva nacional do PDT.

O presidente nacional do PDT, André Figueiredo, afirmou em entrevista ao portal CN7 que abrirá um processo de expulsão contra Cid.

"Vamos denunciar os ditames ditatoriais da Justiça do Ceará ao CNJ, na segunda. Faz os caprichos de um político, que se acha poderoso. E, agora, vamos abrir processo de expulsão contra o senador Cid Gomes. Não íamos fazer isso. Agora, nós vamos", disse.

A Executiva Nacional do PSDB, no final da tarde desta terça-feira (4), liberou os diretórios estaduais e filiados para direcionarem apoio a quem preferiem no segundo turno das eleições presidenciais. No pleito, previsto para 30 de outubro, estão os candidatos Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT).

A decisão do partido foi divulgada através das redes sociais. "A Executiva Nacional do PSDB, na tarde desta terça feira, decidiu liberar os diretórios estaduais e filiados no 2° turno das eleições presidenciais", diz o comunicado.

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Mais cedo, o governador do estado de São Paulo, Rodrigo Garcia, anunciou durante coletiva de impresa que o PSDB-SP daria apoio "incondicional" a Bolsonaro, assim como, ao candidato Tarcisio Gomes de Freitas, que disputa o segundo turno no Estado contra Fernando Haddad (PT).

O diretório estadual do PSDB em São Paulo foi alvo de um disparo de arma de fogo na noite desta quinta-feira, dia 1º. Em nota, o partido afirmou "que sua sede foi alvo de um tiro" e que "o caso está sob investigação pela Polícia Civil."

Segundo reportagem do portal G1, o autor do disparo seria o deputado estadual Roque Barbiere (Avante), que foi flagrado por câmeras de segurança dentro do diretório na Rua Estados Unidos, nos Jardins, no início da noite desta quinta.

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Ninguém ficou ferido. O Avante, sigla do parlamentar, integra a coligação do governador Rodrigo Garcia (PSDB), candidato à reeleição.

As câmeras de segurança do partido registraram o momento em que o deputado conversou com outro homem na porta do diretório. Em seguida, uma pessoa saca a arma e dispara para cima.

Segundo a Polícia Militar, houve um chamado na Rua Estados Unidos no número 662 por volta das 19h. Os policiais constataram que o tiro atingiu um vidro.

De acordo com a TV Globo, o deputado teria uma reunião com o presidente do PSDB paulista, Marco Vinholi, e teria havido um atraso no encontro. Barbieri teria então ficado nervoso e disparado. A ocorrência foi registrada no 78º Distrito Policial.

Em uma reunião fechada, o diretório nacional do PT referendou a indicação do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) como vice do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na chapa para disputar as eleições presidenciais em 2022. A decisão era dada como certa no partido. Na mesma reunião, o partido aprovou a federação com PCdoB e o PV.

O diretório nacional do PT sustenta que é preciso "buscar ampliar o apoio a Lula em outros setores políticos e sociais do campo democrático" e que a coligação nacional com o PSB "será importante passo" nessa direção. "Confirmará nossa disposição de, no governo, implementar um programa de reconstrução e transformação do Brasil, ampliando nossa base social", diz a resolução aprovada pelo diretório nacional.

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O PT afirma, na resolução, que a política de alianças e a tática eleitoral do partido serão definitivamente aprovadas no encontro nacional do partido em 4 e 5 de junho. Antes disso, no início de maio, Lula e Alckmin devem participar de ato público juntos, em evento no qual os petistas pretendem mostrar um amplo arco de apoio.

A reunião desta quarta, 13, foi virtual e contou com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, 87 membros do Diretório Nacional do partido, e os líderes do partido no Congresso, como o senador Paulo Rocha e o deputado federal Reginaldo Lopes.

A composição da federação ainda é um ponto de divergência entre os partidos. Por um lado, PV e PCdoB querem ter mais poder de decisão, diante de resistências do PT, maior partido da federação.

A decisão sobre contar com Alckmin como vice apenas avaliza um acordo que vinha sendo costurado pela cúpula do partido desde o fim do ano passado. A primeira aparição pública de Lula e Alckmin juntos foi durante o jantar do Grupo Prerrogativas em São Paulo, que contou com lideranças de ambos os partidos, além de apoiadores de outras legendas, como o senador Renan Calheiros (MDB), e o senador Randolfe Rodrigues (Rede), que entrou para a coordenação da campanha de Lula.

Na semana passada, o ex-governador participou de uma reunião com Lula e as cúpulas do PT e do PSB em um hotel em São Paulo. Durante o encontro, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, entregou uma carta a petistas em que formalizou a indicação de Alckmin como vice de Lula.

Nesta quarta-feira, 13, o PT adiou o lançamento oficial da chapa, marcado para 30 de abril, para o dia 7 de maio. A mudança se deu para ajustar a agenda petista com a de partidos aliados, como o PSB, que fará seu Congresso Nacional, e o PSOL, que promoverá sua Conferência Eleitoral - ambos os eventos se encerram no dia 30.

O diretório nacional do PT decidiu intervir no diretório municipal de João Pessoa (PB) para impor o apoio do partido à candidatura do ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) para a prefeitura. Depois de várias tentativas frustradas de negociação de uma aliança com o PSB em torno de um nome indicado por Coutinho, o PT local decidiu lançar o suplente de deputado Anisio Maia para disputar a prefeitura. A presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann, chegou a dar entrevista a uma rádio local dizendo que a candidatura de Maia era "para valer".

O quadro mudou nesta quarta-feira, último dia do prazo legal para as convenções partidárias, quando Coutinho decidiu ele próprio se candidatar. O PT nacional tentou convencer as lideranças locais a apoiarem o ex-governador, mas, diante das resistências, votou pela intervenção no diretório municipal.

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Preso em dezembro de 2019 sob suspeita de participação em um esquema de desvio de dinheiro público (que ele nega) e solto no dia seguinte, Coutinho é visto no PT como um aliado fiel por ter se posicionado publicamente contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, contrariando a posição nacional do PSB, e contra a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O diretório paulista do Partido Social Liberal (PSL) sofre com uma infestação de ratos, que pode resultar na mudança do imóvel. Os atuais gestores da sigla, que elegeu o presidente Jair Bolsonaro, estudam a possibilidade para evitar realizar reformas na sede. As informações são da revista Época.

A decisão de deixar o imóvel alugado por Eduardo Bolsonaro foi a opção encontrada pelo atual presidente da legenda, o deputado federal Júnior Bozella. Isso porque seria necessária uma grande reforma para conter a proliferação dos roedores e a lei do Fundo Partidário não permite reformas em estabelecimentos alugados. Para evitar os roedores, ele estaria trabalhando do escritório no advogado da sigla.

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Anteriormente, o atual endereço divulgado no site do PSL - Avenida Brigadeiro Luis Antonio, 3742, Jardim Paulista/SP, CEP – 01.402.001- era a casa do Partido Social Cristão (PSC); o qual Jair Bolsonaro foi filiado de 2016 a 2018.

O deputado federal Alexandre Frota, que filou-se ao PSDB após atritos dentro do PSL, usou o Twitter para debochar dos ex-aliados. "Não podíamos esperar outra coisa a não ser ratos e ratazanas", disparou. 

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Na tarde desta sexta-feira (13), o Diretório Estadual do PT foi empossado na Assembleia Legislativa de Pernambuco. O deputado estadual Doriel Barros (PT), que agora é o novo presidente estadual do partido, avalia que em 2019 o PT "ressurgiu das cinzas diante de uma perseguição". “Vamos para 2020 com muita força e muita confiança no partido e esperamos que em 2020 a gente consiga ampliar a força do PT em Pernambuco”, afirma Doriel.

Na corrida municipal do próximo ano, o presidente estadual do PT reforça que o partido vai buscar indicar candidatos na maioria dos municípios onde enxerguem a possibilidade de vitória. “Todo partido pensa em ocupar espaços no legislativo, na majoritária e o PT não é diferente com a sua história de luta. Nós já governamos Recife, temos aliança com o PSB, mas vamos discutir a melhor maneira possível”, assegura Barros.  

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Ano difícil

Presente na posse do diretório estadual, o deputado federal Carlos Veras (PT) avalia que 2019 foi um ano difícil para os trabalhadores e com “muitos ataques” contra os direitos da classe. Veras aponta que 2020 vai ser de muito trabalho para o PT no Congresso Nacional. “Primeiro vem a reforma sindical, que mexe na estrutura do movimento sindical e a gente precisa preservar a organização legítima dos trabalhadores. Tem a luta contra a Medida Provisória 905, que é uma Reforma Trabalhista disfarçada", avalia.  

Para o deputado, está acontecendo no Brasil o que os empresários sempre queriam. “Eles financiaram Jair Bolsonaro para isso. Quanto menos direitos para os trabalhadores, maior o lucro do empresário. O que o governo faz o tempo todo é facilitar a vida do empregador e ferrando com o trabalhador, que acaba sendo jogado na informalidade. Os empresários estão rindo à toa”, aponta Carlos Veras.

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O líder do PSL no Senado, Major Olimpio, e outros parlamentares da sigla vão protocolar nesta quarta-feira, 23, na Executiva Nacional um pedido de destituição da direção estadual do partido em São Paulo, hoje sob o comando do deputado federal Eduardo Bolsonaro.

Este é mais um capítulo da disputa travada por bolsonaristas e o grupo do deputado federal Luciano Bivar, presidente da sigla, pelo comando do partido do presidente Jair Bolsonaro. "O PSL de São Paulo hoje é terra arrasada. Eduardo Bolsonaro nunca assumiu nada. Ele literalmente destruiu o partido", disse à reportagem o senador.

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Ainda segundo Olimpio, a nova direção estadual do PSL que assumiu no dia 25 de abril em uma intervenção direta da família Bolsonaro destituiu 350 executivas municipais que haviam sido organizadas no interior de São Paulo. "Eles alegam que ninguém dessas executivas adotou o conservadorismo na medida que eles queriam."

A disputa interna pode implodir a estratégia eleitoral do PSL no maior colégio eleitoral do Brasil. Olimpio terá ainda nesta quarta uma reunião com Bivar para tratar da suspensão. O mandato de Eduardo terminaria de 31 de dezembro. Iniciativas semelhantes podem acontecer em outros diretórios do PSL pelo País.

Outro efeito da disputa interna é a indefinição do nome do PSL para disputar a Prefeitura de São Paulo. A deputada Joice Hasselmann, que foi destituída da liderança do governo Bolsonaro no Congresso, vai assumir o diretório do PSL municipal na capital.

Segundo Olimpio, ela é a favorita para disputar a Prefeitura, mas o clã Bolsonaro tenta evitar esse movimento e lançar o deputado Gil Diniz, líder do PSL na Assembleia Legislativa.

Com planos de aproveitar a "onda bolsonarista" para eleger prefeitos e vereadores no ano que vem, o PSL terá como obstáculo resolver pendências jurídicas em quase metade dos diretórios municipais do partido em São Paulo.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aponta que a legenda de Jair Bolsonaro tem registro em 362 municípios paulistas, mas apenas 147 destes diretórios estão aptos a funcionar. O restante foi desativado ou tem pendências que vão de ausência de prestação de contas à falta de CNPJ. Para ter candidato na cidade, a situação do órgão partidário tem de estar regularizada até abril.

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Um dos maiores imbróglios da legenda está justamente na capital paulista, que deve ser palco da campanha da deputada Joice Hasselmann. O diretório está suspenso desde 2016 por falta de prestação de contas. O último presidente do escritório, Alexandre Gentil, saiu do PSL em 2017. Ele afirma que procurou o partido para resolver a situação. "No entanto, entre idas e vindas, não houve interesse dos dirigentes do partido que decidiram através do diretório estadual apresentar uma prestação de contas sem a minha assinatura e aprovação", disse. Essa prestação, no entanto, foi rejeitada pela Justiça Eleitoral.

Para que Joice possa concorrer, o partido pode repetir o que aconteceu no ano passado. A dois meses das eleições, o partido teve de ir à Justiça para garantir a participação, pois tinha sido suspenso pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP) devido a uma falha de prestação de contas em 2016.

O atual presidente estadual do partido, deputado Eduardo Bolsonaro, afirmou que o partido está realizando trocas nas diretorias municipais para resolver a situação. "A Karina Kufa (advogada da legenda) é quem está cuidando do partido. A gente sabe que tem pendências e estamos tentando resolver. Tem algumas soluções a serem tomadas e, inclusive, mudanças já estão ocorrendo", disse.

Karina respondeu por meio de nota, atribuída à diretoria do partido, dizendo que a situação foi mapeada e que o partido contratou advogados e contadores para regularizar todas as comissões provisórias. "Esse trabalho será concluído antes do período eleitoral", diz a nota.

Pré-candidato à prefeitura de Santos, o deputado Júnior Bozzella disse estar preocupado. "Tenho medo que o partido perca o timing para a eleição de 2020. Já estamos mais do que atrasados. Com essa desorganização, podemos deixar de eleger cidades estratégicas."

Criado em 1998, o PSL era um partido nanico até a eleição de Bolsonaro no ano passado, quando elegeu 52 deputados. Das 5.464 cidades que tiveram disputas nas eleições de 2016, a legenda ganhou apenas 30. A maior é São João del-Rei (MG), cidade de 100 mil habitantes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O diretório municipal do PSDB pediu a expulsão do sociólogo Fernando Guimarães após ele liderar a formação de um grupo suprapartidário de oposição ao governo de Jair Bolsonaro. Na última terça-feira, 21, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que representantes de dez partidos - entre eles PSDB, PDT, PT, PSOL e PCdoB Cidadania - se reuniram para organizar o lançamento do movimento "Direitos Já, Fórum pela Democracia".

A iniciativa gerou uma forte reação de tucanos. "O Diretório Municipal do PSDB (Partido da Social Democracia) de São Paulo informa que não compactua com a postura de Fernando Guimarães Rodrigues ao assumir sua posição pessoal como a do partido", disse a nota oficial do diretório paulistano do PSDB.

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Ainda segundo o texto, a postura do sociólogo, que lidera uma corrente tucana chamada "Esquerda Para Valer", infringe artigos do Estatuto da sigla. "Assim, o caso será encaminhado ao Conselho de Ética para serem tomadas as medidas cabíveis", diz documento.

Questionado se a regra seria aplicada a outros tucanos que apoiam o movimento, como o ex-senador José Aníbal, o ex-ministro da Justiça José Gregori, o ex-governador Alberto Goldman e o senador José Serra, que se reúne com o Fórum pela Democracia no dia 26, o presidente do PSDB paulistano, Fernando Alfredo, foi taxativo.

"Não dá para eles saírem tomando decisões partidárias sem consultar o corpo dirigente do PSDB. A regra vai ser para todos. Eles que têm de se policiar", afirmou o dirigente. "Isso me parece macarthismo. Um partido que tem democracia no nome não pode cercear a participação de seus militantes em um movimento que tem como único propósito a defesa dos valores da Constituição", afirmou Guimarães.

O sociólogo disse, ainda, que o presidente do PSDB ainda é o ex-governador Geraldo Alckmin. "Ele jamais tomaria uma posição macarthista. Já houve a sinalização que os tucanos da ala progressista não terão espaço. É o começo da caça às bruxas".

O presidente estadual do PSDB, Marco Vinholi, também criticou a atuação de Guimarães por meio de nota. "Não há qualquer possibilidade de estabelecermos pautas conjuntas com o PT, responsável maior pela crise ética, política e econômica que vivenciamos hoje e cuja bandeira principal é a liberdade de seu líder, já condenado e preso. Estamos e continuaremos do lado certo da história, o lado dos brasileiros, e oposto ao PT", afirmou o dirigente.

Integrantes do Fórum saíram em defesa de Fernando Guimarães. "Isso causa perplexidade. São novo e estranhos tempos no PSDB", disse o advogado petista Marco Aurélio Carvalho, que organizou o movimento junto com Guimarães.

Em meio à crise causada por denúncias envolvendo seu ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz, o senador e presidente do PSL do Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro, promoveu mudanças na composição do diretório estadual do partido. Contestado pela bancada, o filho de Jair Bolsonaro (PSL) cedeu espaço a deputados estaduais e federal recém-eleitos.

Em nota, ele diz que as trocas foram realizadas para "privilegiar quadros políticos do partido, alinhados às bandeiras da família Bolsonaro, e iniciar o trabalho de estruturação e planejamento dos diretórios municipais visando às eleições de 2020".

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Uma das mudanças anunciadas foi a saída da tesoureira Valdenice de Oliveira Meliga, que também foi sua assessora parlamentar enquanto era deputado estadual fluminense. Ela deixou o cargo quase sete meses após a prisão de seus irmãos gêmeos Alan e Alex Rodrigues de Oliveira, policiais militares detidos durante operação contra uma quadrilha especializada em extorsões.

Valdenice foi substituída por Anderson Moraes, deputado estadual em primeiro mandato, com base eleitoral em Nova Iguaçu (região metropolitana do Rio), e empresário, de 38 anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A executiva nacional do PSDB emitiu um breve comentário sobre a decisão do diretório municipal do partido em São Paulo de expulsar o ex-governador Alberto Goldman e o secretário Saulo de Castro Abreu do partido. Segundo a nota, o diretório municipal não tem competência para expulsar os dois, uma vez que ambos são membros, respectivamente, dos diretórios nacional e estadual do partido.

"A decisão é arbitrária e inócua", diz a nota, enviada pela assessoria de imprensa do PSDB nacional.

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Nesta segunda-feira, 8, o diretório municipal do PSDB, decidiu expulsar o Goldman e Saulo por terem supostamente apoiado adversários de João Doria na disputa pelo governo do Estado.

Goldman usou um adesivo de Paulo Skaf (MDB) no debate do primeiro turno da TV Globo, enquanto Saulo foi expulso por ter levado ontem o governador Márcio França (PSB) a uma reunião com Geraldo Alckmin, presidente nacional do partido e candidato ao Planalto. Além dos dois, outros quinze membros foram expulsos supostamente por terem feito propaganda para Jair Bolsonaro (PSL).

Goldman e Saulo são desafetos de Doria. Questionado sobre de que ala do PSDB teria partido a decisão de expulsá-lo, o ex-governador, que soube pela imprensa do caso, reagiu com ironia: "dá para adivinhar, não é?".

A Executiva Nacional do PSB destituiu o diretório do partido em Minas Gerais. O presidente nacional da sigla, Carlos Siqueira, determinou destituição do antigo presidente estadual em Minas, João Marcos Grossi Lobo, e sua diretoria na noite desta quinta-feira, 2, após o ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda, pré-candidato ao governo do Estado pelo PSB, ter afirmado que desafiará a direção nacional e manterá a sua postulação para as eleições 2018.

Renê Vilela foi nomeado nesta sexta-feira, 3, presidente interino do diretório pessebista em Minas, juntamente com uma nova diretoria provisória. Segundo Vilela, a direção anterior deixou de priorizar a eleição de uma bancada de deputados federais e estaduais - e vinha dando mais atenção à pré-candidatura de Lacerda. "A forma como a pré-campanha vinha sendo tomada não estava respeitando as prioridades nacionais", afirmou Vilela, que é muito próximo do deputado federal Júlio Delgado (PSB), considerado um opositor interno de Lacerda.

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Outro motivo apontado pelo novo presidente foi a possibilidade de uma coligação entre MDB e PSB. Na quinta-feira, 2, o ex-prefeito de BH confirmou que havia um entendimento entre os dois partidos para a formação de uma chapa majoritária. "Não faria sentido atuarmos para a reeleição uma bancada que está contra o PSB em nível nacional", afirmou Vilela. O novo dirigente também declarou que o MDB na coligação dificultaria a eleição de uma bancada legislativa do PSB.

Na última quarta-feira, 1, um acordo em nível nacional entre PT e PSB fez com que os pessebistas retirassem a candidatura de Lacerda para apoiar a tentativa de reeleição do governador Fernando Pimentel (PT), enquanto no Pernambuco, Marília Arraes (PT) foi rifada para apoiar a candidatura de Paulo Câmara (PSB). No entanto, Lacerda e Arraes afirmaram que vão procurar manter a candidatura e cogitam de judicializar a questão.

"Não há nenhuma obrigatoriedade de apoio ao Partidos dos Trabalhadores. Temos total autonomia para definir o melhor caminho para alcançar nossos objetivos", afirmou o novo dirigente do PSB-MG. Uma fonte ouvida pela reportagem declarou que a legenda tem conversas com PCdoB, DC, que estão no campo de apoio a Pimentel, Avante, Patriotas, que já declararam apoio ao pré-candidato Rodrigo Pacheco (DEM), e PV, partido que está próximo de fechar coligação com o MDB.

Procurado pela reportagem, o ex-presidente do PSB-MG João Marcos Grossi Lobo disse que não tem nenhum ressentimento com a decisão e preferiu não comentar as declarações de Vilela.

A reportagem também entrou em contato com Marcio Lacerda, que afirmou que só dará alguma declaração sobre a dissolução da diretoria em Minas após conversar com advogados. A convenção do PSB em Minas Gerais está marcada para a manhã de sábado, 4.

Farpas

Nesta quinta-feira, Marcio Lacerda e Carlos Siqueira trocaram acusações. O presidente nacional da legenda deu uma entrevista ao jornal Estado de Minas qualificando a candidatura de Lacerda como "faz de conta", afirmando que a postulação "não existirá". "Ele chegou a comunicar à direção nacional que não seria candidato a nenhum cargo eletivo", afirmou Renê Vilela.

Em nota, Lacerda declarou que não houve nenhum acordo para "manter candidatura de aparências" e que manteve a agenda como pré-candidato após se encontrar com Siqueira, em abril. "Na última semana, inclusive, em conversa telefônica com Carlos Siqueira, consegui dele a garantia de apoio financeiro do partido à nossa campanha. Jamais seria capaz de fazer tantos movimentos que não fossem 'pra valer'", afirmou o ex-prefeito de Belo Horizonte.

Carlos Siqueira não retornou as ligações feitas pela reportagem até o fechamento da matéria.

O diretório nacional do PT decidiu nesta segunda-feira, 23, em Curitiba, formalizar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência e dar início à pré-campanha eleitoral mesmo com o petista preso. De acordo com o PT, que considera a condenação e prisão do ex-presidente injustas, "a liberdade de Lula tornou-se questão central para a retomada do processo democrático no Brasil".

Na resolução aprovada nesta segunda-feira, o PT reafirma que Lula é a única alternativa do partido para a disputa presidencial e pela primeira vez determina de maneira formal providências para o registro da candidatura do líder maior do partido.

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Entre as providências aprovadas pela cúpula do PT nesta segunda-feira estão: "Convocar para 28 de julho o Encontro Nacional do PT que indicará formalmente Lula candidato a presidente; registrar a candidatura na Justiça Eleitoral em 15 de agosto, conforme determina a legislação; apresentar ao País, nas próximas semanas, as diretrizes do programa de governo Lula".

Os petistas querem também deflagrar a pré-campanha Lula presidente com ações de comunicação nas ruas, nas redes sociais e na imprensa. A ideia é articular a pré-campanha de Lula com os lançamento das chapas estaduais, para governador, senadores, deputados estaduais e federais.

Por outro lado, o PT também decidiu reforçar os laços com os demais partidos de esquerda por meio da Frente Nacional em Defesa da Democracia, dos Direitos e da Soberania, que inclui PSOL, PDT, PSB e PCdoB, além de movimentos sociais e figuras do meio artístico e intelectual, com o objetivo de se contrapor ao avanço da extrema direita e da violência política exemplificada, segundo o PT, pelo assassinato da vereadora do Rio Marielle Franco e o ataque a tiros à caravana de Lula no Paraná.

O PT lembra que Lula continua liderando as pesquisas eleitorais mesmo preso. Mais cedo a direção petista recebeu uma carta do ex-presidente na qual ele se diz feliz com o resultado das pesquisas e questiona aliados que defendem uma atitude mais discreta do petista até que o Supremo Tribunal Federal julgue a ação que questiona a prisão em segunda instância impetrada pelo PCdoB. "A Suprema Corte não tem que me absolver porque vou ficar bonzinho. Tem que votar porque sou inocente", diz o ex-presidente.

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral que permitiu a dissolução do diretório estadual do MDB em Pernambuco. O imbróglio começou após um membro do Diretório Municipal de Petrolina (PE), fundamentado no estatuto do partido, pedir ao Diretório Nacional a imediata dissolução do MDB no Estado.

Seguiu-se, então, uma série de ações e recursos em instâncias diferentes pedidas pelos diretórios estadual e nacional na 26.ª Vara Cível da Comarca do Recife, no Tribunal de Justiça de Pernambuco e no próprio TSE. O MDB/PE suscitou conflito de competência no Supremo, alegando que não caberia ao TSE, originariamente, conhecer, processar e julgar recursos contra decisões dos Tribunais de Justiça dos Estados, pedindo para que fosse reconhecida a competência do TJ-PE para analisar as ações anulatórias, com a consequente suspensão da decisão do TSE.

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Lewandowski escreveu que o STF já assentou que o "conflito entre órgãos do mesmo Partido Político não constitui matéria eleitoral para caracterizar a competência da Justiça especializada, a menos que possa configurar hipótese em que ele tenha ingerência direta no processo eleitoral".

"Em relação às ações em trâmite na Justiça estadual, constato que a matéria de fundo da controvérsia revela, à primeira vista, que ela envolve apenas uma divergência interna, de cunho administrativo, qual seja, a possibilidade de o Diretório Nacional dissolver o Diretório Estadual", determinou o ministro, que também designou que a 26.ª Vara do Recife resolva, em caráter provisório, as questões urgentes referentes ao caso.

"Destarte, fica recomposto o status quo ante à decisão proferida pelo Ministro Admar Gonzaga no referido MS, voltando, em consequência, a funcionar o Diretório Estadual do MDB/PE com a sua composição anterior à reunião da Comissão Executiva Nacional, ocorrida em 20/3/2018 e preservadas as suas atribuições estatutárias", escreveu Lewandowski.

O Partido dos Trabalhadores (PT), que tem como um dos principais motes a defesa do trabalhador, vai ter que se explicar sobre uma ação trabalhista que tramita na 4ª Vara do Trabalho de Florianópolis (SC) por empregar uma funcionária sem assinar a sua carteira de trabalho. 

A jornalista chamada Daisy Schio, que exercia a função de assessora de imprensa do Diretório do PT de Santa Catarina, ingressou com a ação após ter sido demitida, em julho de 2017, e ter ficado sem receber nenhum direito trabalhista como férias e 13º salário. Ela trabalhou no local durante um ano e meio. 

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Daisy foi contratada como pessoa jurídica e, para receber pelo seu trabalho, devia emitir nota fiscal como se fosse uma empresa. À revista Veja, Daisy disse que se submeteu porque não tinha condições de negar o trabalho, mas que se sentiu “decepcionada” pela “incoerência” do PT. “Quando descobri [que seria pessoa jurídica] eu não tinha condições de dizer ‘não quero, vou embora’. Fui escolhida por unanimidade por quem fez as entrevistas, mas para receber tinha que entregar nota [fiscal]”, contou à revista VEJA. 

Na Justiça, ela pediu com um pedido de indenização de R$ 150 mil. Na primeira audiência do caso, o PT tentou fazer um acordo oferecendo R$ 5 mil, mas Daisy negou. A advogada do diretório do PT, em resposta ao site “SC em pauta”, argumentou que a jornalista “não cumpria os requisitos para que fosse considerada a existência de vínculo conforme previa a antiga CLT”. 

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Santa Catarina se manifestou sobre o caso. “É no mínimo contraditório que, numa audiência de conciliação, representantes da sigla utilizem a ‘deforma’ trabalhista proposta pelo governo Temer – que o PT combateu publicamente – como argumento para sustentar sua posição contra a reclamatória da jornalista”, lamentou. 

 

 

 

Presidente do PMDB de Pernambuco, o vice-governador Raul Henry afirmou, nesta segunda-feira (21), que o sentimento da legenda no estado é de apoiar a eventual candidatura do governador de São Paulo, Geraldo Alckmim (PSDB), à presidência da República. Henry disse que a postura ainda será submetida ao diretório, mas o anúncio feito pelo deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB) de que endossa a postulação do tucano não é isolado. 

"Tenho uma opinião idêntica a do ex-governador. Agora tenho a responsabilidade de ser presidente estadual e tenho a impressão de que esta é a posição do partido: apoiar Geraldo Alckmim, mas é preciso submeter à direção. Jarbas é uma liderança que tem estatura, a percepção é de que a postura dele é comungada pelo partido", observou. Segundo ele, não há possibilidades de alas do PMDB apoiarem a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como vem se cogitando nos bastidores. 

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O presidente não condicionou o apoio às especulações de que Jarbas estaria sendo cotado para vice na chapa de Alckmin. E destacou que se a direção estadual se manifestar a favor dele, a nacional não poderá intervir. "É tradicional do PMDB respeitar o posicionamento dos seus diretórios. Aqui no Nordeste, por exemplo, vemos o PMDB aliado do PT, partido adversário nacionalmente. Em Pernambuco temos uma aliança sólida com o PSB é para a nacional poderemos marchar com o PSDB", frisou, deixando claro que não existe mais obrigatoriedade na Justiça Eleitoral por verticalização.

Ainda integrante da base governista, o PSB divulgou nesta quinta-feira, 15, uma resolução do diretório nacional com críticas ao ajuste fiscal e à reforma da Previdência. O PSB diz que não vai ajudar a aprovar "medidas que produzam diminuição ou supressão de direitos". Em um longo documento assinado pelo presidente da sigla, Carlos Siqueira, o PSB afirma que as medidas econômicas adotadas até o momento "não deveriam ser de tal ordem ortodoxas" e que em breve fará um debate interno "mais aprofundado" sobre seu posicionamento em relação ao governo Michel Temer.

"O PSB reafirma seus compromissos com os segmentos populares e defende a garantia dos direitos conquistados. E, por consequência, sua recusa em apoiar ou aceitar medidas que venham a onerá-los com o constrangimento de direitos e a perda de conquistas sociais, cabendo ao partido fazer, o mais breve possível, discussões mais aprofundadas acerca do seu posicionamento em relação ao governo federal".

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No início da mensagem, o partido lembra que a crise herdada do governo anterior ainda "não foi debelada" e que ameaça se tornar uma crise institucional. Embora seja titular do Ministério de Minas e Energia, a legenda ressalta que, em resolução anterior, o PSB decidiu que não faria indicações para compor o governo que sucedeu a ex-presidente Dilma Rousseff. A nova resolução não faz menção ao movimento que começa a surgir internamente para desembarcar do governo, mas diz que as bancadas na Câmara e no Senado "têm mantido majoritariamente" posição de apoio ao governo. "No contexto geral dessa contribuição às iniciativas governamentais impõe-se observar, no entanto, que o PSB deve preservar os limites que são dados por seus compromissos programáticos com os segmentos populares, na qualidade de força política socialista", emenda o partido.

Na área econômica, a sigla faz duras críticas. "Quanto às medidas econômicas adotadas até aqui, cabe observar que elas não deveriam ser de tal ordem ortodoxas, a ponto de não reconhecerem dois aspectos cruciais na superação da estagnação que vivemos há pelo menos três anos", diz a mensagem. "Em primeiro lugar, apresenta-se a importância do investimento público e sua associação aos capitais privados, para que se produza uma injeção de ânimo no cenário econômico e, particularmente, no setor produtivo. A definição dos patamares do investimento público requer uma calibragem fina da condução do ajuste fiscal, que será pouco efetivo se sua implementação vier a deprimir ainda mais nossa combalida economia", completa.

Ainda em tom crítico, o partido diz que é preciso preservar as conquistas sociais promovidas pela Constituição de 1988, ainda que reconheça a necessidade de reforma previdenciária. "O modo, contudo, como se processará tal adequação (Reforma da Previdência) não pode se basear na supressão ou redução de direitos daqueles que menos podem e que, nessa condição, merecem receber um tratamento que afirme o princípio da equidade, na execução das políticas públicas", enfatiza. A legenda manifesta preocupação com a desvinculação das pensões ao aumento do salário mínimo, dizendo que há risco material para o futuro de segmentos populares, como a aposentadoria rural. "Nesse tocante, portanto, em conformidade com suas definições programáticas, o PSB não aprovará ou apoiará medidas que produzam diminuição ou supressão de direitos, salvo se estes representarem privilégios", avisa o partido.

A resolução política diz que a postura de oposição será mantida em relação ao conjunto de propostas do ajuste econômico "visto que seria injusto onerar as classes populares com a maior parte de seu peso de consumo e arrecadação, retroalimentação do desequilíbrio fiscal". O PSB sugere que o governo Temer deveria empreender maiores esforços para superar a crise federativa, provocada pelo desequilíbrio financeiro de Estados e municípios.

"A consolidação de uma crise federativa de grandes proporções levará de roldão, portanto, não apenas os governos locais e estaduais. Isso ocorre porque o sentimento de País, o modo como a população avalia as políticas governamentais, perpassa toda a cadeia de produção de serviços públicos e, dessa maneira, as três esferas da federação têm responsabilidades materiais pelo que se entrega à população", pondera o PSB.

Começou nesta sexta-feira (11), o segundo dia da reunião do Diretório Nacional do PT, que está sendo realizada em um hotel na capital paulista. O presidente nacional da legenda, Rui Falcão, chegou acompanhado dos deputados federais Enio Verri (PT-PR) e José Guimarães (PT-CE).

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também chegou para o encontro. A missão dele é integrar as forças do partido para definir uma forma de eleição de delegados para o Congresso Nacional do PT, que vai eleger a nova direção petista. Na quinta-feira, 10, não houve consenso sobre a forma de escolha dos delegados e o formato de eleição da executiva.

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Concordando com a eleição indireta através de delegados escolhidos nos municípios, os grupos se dividem entre a indicação dos delegados diretamente pelos diretórios municipais e a eleição via congressos municipais e estaduais.

Rui Falcão vai dar uma entrevista coletiva após o término do encontro, previsto para às 16 horas. Na chegada, ele não quis comentar a reportagem da revista IstoÉ, que revela que o ex-presidente petista teria recebido dinheiro em espécie da empreiteira Odebrecht, segundo delação premiada do ex-presidente da empresa Marcelo Odebrecht, negociada no âmbito da Operação Lava Jato.

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