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Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) negaram nesta quarta-feira recurso da defesa do ex-deputado federal Natan Donadon (sem partido - RO) que pedia revisão da sentença que o condenou a 13 anos, quatro meses e dez dias de prisão por peculato e formação de quadrilha. Na argumentação, a defesa pedia que fosse reduzida a condenação por peculato e revista a condenação por formação de quadrilha.

Embora os ministros tenham negado por maioria o pedido de revisão da condenação, eles aceitaram uma das argumentações feitas pela defesa, de retirar da ação a obrigatoriedade de devolução de R$ 1,647 milhão pelos danos causados por desvios. Por cinco votos favoráveis e três contrários, os ministros entenderam que o valor a ser devolvido pelos desvios deve ser discutido em uma outra ação, semelhante ao que foi feito no julgamento do mensalão.

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Donadon foi preso em junho de 2013 por envolvimento em desvios de recursos da Assembleia Legislativa de Rondônia em um caso emblemático por ser o primeiro parlamentar detido a pedido do STF desde a Constituição de 1988.

Após denúncia apresentada em 1999, o STF concluiu que Donadon participou de um esquema de desvios de recursos públicos ente julho de 1995 e janeiro de 1998. Os desvios ocorreram por meio de contrato entre uma empresa de fachada e a Assembleia Legislativa. Pelos contratos fraudados, a Assembleia de Rondônia emitiu 140 cheques em favor da empresa de MPJ (de fachada) num total de R$ 8,4 milhões, sob a justificativa de pagamento de serviços publicitários.

O Supremo Tribunal Federal (STF) negou pedido de liminar feito pela defesa do ex-deputado Natan Donadon (sem partido-RO) para suspender os efeitos da condenação por formação de quadrilha e peculato. Na terça-feira da semana passada, a defesa do ex-parlamentar, o primeiro a ser preso desde a Constituição de 1988 por decisão do Supremo, entrou com um pedido de revisão criminal para derrubar a punição imposta pela Corte.

Em 2010, o STF condenou-o a 13 anos, 4 meses e 10 dias de prisão em regime inicialmente fechado por envolvimento em um esquema de desvio de recursos na Assembleia Legislativa de Rondônia. No final de junho passado, após esgotados todos os recursos cabíveis, o deputado foi preso e desde então está recolhido na Penitenciária da Papuda, em Brasília. Após ter sido absolvido em agosto do ano passado pela Câmara, ele teve o mandato cassado pelos deputados em votação aberta no início do mês.

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Na liminar, a defesa de Donadon fez dois pedidos até o julgamento final da revisão criminal: suspender os efeitos da condenação ou, pelo menos, garantir o cumprimento do restante da pena em regime semiaberto. No mérito, cobra a anulação da decisão, com a consequente liberdade do ex-parlamentar.

Na decisão, o ministro Teori Zavascki, relator da revisão criminal, entendeu que estão configurados os pressupostos formais, previstos no regimento interno do Supremo e no Código de Processo Penal, para admitir o recurso. Ou seja, reconheceu que o pedido será julgado em seu mérito.

Contudo, Zavascki negou o pedido de liminar por considerar que ele está no "bojo da revisão criminal". E que, ao menos por ora, o Supremo já apreciou durante o julgamento de Donadon os tópicos que agora são suscitados no pedido. "O reexame da causa é justamente a razão de ser da revisão criminal, que tem previsão constitucional e legal definida e merece, portanto, ser admitida", observou, na decisão divulgada hoje no Diário de Justiça Eletrônico.

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) informou nesta quinta-feira, 13, que o deputado federal Abelardo Camarinha (PSB-SP), único parlamentar socialista ausente na sessão desta quarta-feira, 12, da Câmara que cassou Natan Donadon (sem partido-RO), se recupera de cirurgia realizada no início de fevereiro. "Camarinha lamenta a ausência, mas esclarece que está de licença médica até o dia 17 deste mês", diz a nota. O PSB foi responsável pela representação que pediu a instauração de processo de perda de mandato por quebra de decoro parlamentar de Donadon.

Nesta quarta, em uma sessão cheia, o plenário da Câmara dos Deputados cassou o mandato parlamentar de Donadon. Por 467 a favor, nenhum voto contra e apenas uma abstenção (do peemedebista Asdrubal Bentes, do Pará, já condenado em processo de 2011 pelo Supremo Tribunal Federal), Donadon perdeu o mandato por quebra de decoro parlamentar em votação aberta.

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O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse nesta quarta-feira, 12, que os deputados "cumpriram com o seu dever" ao decidirem pela cassação do agora ex-deputado Natan Donadon (sem partido-RO). "Não foi uma noite prazerosa, foi constrangedora", disse Alves. "E esta Casa cumpriu com o seu dever honrando a primeira votação com o voto aberto na perda de mandato parlamentar", acrescentou.

Nesta noite, os deputados cassaram, por 467 votos a favor e uma abstenção, o mandato de Natan Donadon, agora ex-deputado que foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e cumpre pena no complexo penitenciário da Papuda. Em agosto passado, os deputados chegaram a preservar o mandato de Donadon, numa votação secreta que trouxe desgaste para o Legislativo e acelerou a tramitação de uma Proposta de Emenda à Constituição que acabou com o sigilo nas votações sobre cassação de mandato parlamentar. A votação desta noite foi a primeira pelo voto aberto.

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Quationado pelo Broadcast Político se a decisão apagaria o desgaste causado com a absolvição de Donadon pela Câmara no ano passado, Alves respondeu: "Não é esta preocupação. Foram dois momentos e lamentamos aquele momento", disse. "Hoje com o voto aberto houve um posicionamento claro e consciente de cada parlamentar", concluiu.

Em uma sessão cheia, o plenário da Câmara dos Deputados cassou o mandato parlamentar de Natan Donadon (sem partido-RO). Por 467 a favor, nenhum voto contra e apenas uma abstenção (do peemedebista Asdrubal Bentes, do Pará, já condenado em processo de 2011 pelo Supremo Tribunal Federal), Donadon perdeu o mandato por quebra de decoro parlamentar em votação aberta.

Donadon surpreendeu os colegas ao comparecer à sessão da noite desta quarta-feira, 12. Ele chegou sem algemas, com a roupa branca do presídio e trocou por um terno, gravata e broche de deputado. Nesta segunda votação, ele desistiu de discursar e deixou o pronunciamento da defesa aos cuidados de seu advogado, Michel Saliba. Aos jornalistas, Donadon alegou que estava sendo injustiçado, que foi transformado em bode expiatório e que não poderia ser julgado mais uma vez pelos seus pares. Ele deixou o plenário antes do término da votação.

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Durante a sessão, os líderes partidários se revezaram na tribuna defendendo sua cassação e alegando constrangimento da Casa em manter um "deputado presidiário" entre seus quadros. Hoje, as bancadas foram orientadas a votar pela perda do mandato de Donadon. Em agosto passado, Donadon conseguiu se livrar da cassação ao fazer um discurso que comoveu seus colegas. Na ocasião, a votação foi secreta.

Neste novo processo, ele era acusado de denegrir a imagem do Parlamento ao usar algemas em agosto passado e por ter votado na primeira sessão que o livrou da perda do mandato, o que não era permitido. Na votação secreta da ocasião, o resultado foi 233 votos a favor da cassação, quando eram necessários 257 votos. Dos votantes, 131 votaram contra a cassação e 41 se abstiveram. Donadon foi condenado a 13 anos, 4 meses e 10 dias por peculato e formação de quadrilha e cumpre pena na Papuda desde junho passado.

O deputado Natan Donadon (sem partido/RO) desistiu de ir pessoalmente ao plenário da Câmara na noite desta quarta-feira, 12, para se defender no processo de cassação que irá a votação, informou sua defesa. O parlamentar, que já havia conseguido autorização da Justiça para deixar o Complexo Penitenciário da Papuda e já tinha todo um esquema de segurança pronto para recebê-lo na Casa, foi convencido pelos advogados a não se expor ao desgaste.

"Ele decidiu que não seria produtiva sua ida, não vislumbrou a possibilidade de obter algum bônus", explicou o advogado Michel Saliba. Sem o parlamentar em plenário, a defesa técnica será feita pelo advogado.

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A Câmara decidirá novamente se mantém em seus quadros um deputado condenado e preso. Absolvido em 28 de agosto do ano passado, Natan Donadon responde agora a um processo de quebra de decoro parlamentar. Ele cumpre pena de 13 anos, 4 meses e 10 dias por peculato e formação de quadrilha e está preso desde junho do ano passado por desvios na Assembleia Legislativa de Rondônia.

O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), negou o pedido da defesa do deputado Natan Donadon (sem partido-RO) para que a sessão de cassação marcada para a quarta-feira, 12, tivesse voto secreto. Os advogados de Donadon alegavam que o novo processo que recomenda a perda de mandato por quebra de decoro parlamentar é anterior à alteração na legislação, que agora prevê votação aberta.

Na decisão, Alves argumenta que "as normas jurídicas de natureza processual possuem aplicabilidade imediata e colhem os processos em curso no estado em que se encontrarem". O peemedebista ressalta que o entendimento é o mesmo do Supremo Tribunal Federal (STF). A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que abriu o voto dos parlamentares em sessão de cassação de mandato entrou em vigor em 28 de novembro de 2013, data de sua promulgação.

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A defesa de Donadon afirmou nesta segunda-feira, 10, que pretende levar o assunto para apreciação dos ministros do supremo Tribunal Federal (STF).

A defesa do deputado Natan Donadon (sem partido-RO) protocolou na tarde desta segunda-feira, 10, um requerimento à Câmara dos Deputados para que os parlamentares decidam sobre a cassação dele na próxima quarta-feira, 12, em votação secreta, assim como na primeira votação onde ele conseguiu manter o mandato. Os advogados argumentam que o novo processo que recomenda a perda de mandato por quebra de decoro parlamentar é anterior à alteração na legislação, que agora prevê votação aberta. Com ou sem o deferimento do presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), a defesa promete entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF).

O advogado Michel Saliba se reuniu com o deputado no último fim de semana na expectativa de tentar convencê-lo a renunciar. Na avaliação da defesa, as chances de conseguir manter o mandato são mínimas e não valeria à pena um novo desgaste. "Estamos diante de um jogo de cartas marcadas", concluiu o advogado. Segundo o advogado, Donadon está confiante de que pode sensibilizar os colegas como na primeira votação, em agosto passado, tanto que já conseguiu a autorização do juiz da Vara de Execuções Penais para comparecer à sessão. Nesta terça-feira, 11, os advogados farão nova investida para tentar demovê-lo da ideia.

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Na avaliação da Secretaria-Geral da Mesa, não cabe deferimento ao pedido da defesa, uma vez que a alteração foi por meio de Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e vale à partir do momento em que foi promulgada, ou seja, já está em vigor desde 28 de novembro de 2013. A palavra final sobre o pedido de Donadon será do presidente da Casa, que já está à caminho de Brasília.

Neste segundo processo, o deputado é acusado de quebrar de decoro parlamentar por denegrir a imagem do Parlamento ao usar algemas em agosto passado e por ter votado na primeira sessão que o livrou da perda do mandato, o que não era permitido. Na ocasião, diante de um plenário cheio, Donadon apresentou sua própria defesa. O deputado chorou, contou detalhes de sua vida na prisão e conseguiu comover seus colegas. Na votação secreta, o resultado foi 233 votos a favor da cassação, quando eram necessários 257 votos. Dos votantes, 131 votaram contra a cassação e 41 se abstiveram.

Donadon foi condenado a 13 anos, 4 meses e 10 dias por peculato e formação de quadrilha e cumpre pena na Papuda desde junho passado. Donadon permaneceu por meses numa cela individual, mas em dezembro foi transferido para uma cela coletiva.

O deputado federal Sergio Zveiter (PSD-RJ) apresentou nesta sexta-feira, 13, parecer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados indeferindo o recurso da defesa do deputado Natan Donadon (sem partido-RO) contra o segundo processo de cassação de mandato enfrentado pelo parlamentar preso no Complexo Penitenciário da Papuda. O Conselho de Ética havia aprovado em novembro a perda do mandato, desta vez sob o argumento de que Donadon quebrou o decoro parlamentar.

"A prática de ato incompatível com o decoro parlamentar leva à perda de mandato. Tenho forte esperança de que a Comissão de Constituição e Justiça aprove o parecer e que o plenário da Câmara, agora com o voto aberto, decrete a perda de mandato do parlamentar, restabelecendo neste aspecto a credibilidade do Poder Legislativo", afirmou Zveiter.

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A defesa de Donadon argumentava que o novo processo de cassação representa uma dupla condenação pelo mesmo delito, já que o deputado preso foi absolvido pelo plenário da Casa em agosto. Donadon foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a mais de 13 anos de prisão, por peculato e formação de quadrilha.

O parecer de Zveiter deve ser votado na próxima semana na CCJ. Se for aprovado, será enviado à Mesa Diretora da Câmara para votação em plenário.

Condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e preso desde junho no complexo penitenciário da Papuda, em Brasília, o deputado federal Natan Donadon (sem partido-RO) é agora acusado pelo Ministério Público Federal de reter salário de funcionários parlamentares. Desde 10 de outubro, ele é alvo de uma ação por ato de improbidade administrativa que pode resultar na perda de seu mandato.

Segundo a ação, apresentada na Justiça Federal do Estado, Donadon obrigava a dois secretários parlamentares que pagassem a ele parte de seus salários. O MPF também argumenta que o parlamentar exigia desses assessores o custeio de despesas pessoais - como alimentação e hospedagem - para pedir posteriormente o reembolso para a Câmara dos Deputados. De acordo com a ação, o valor restituído indevidamente a Donadon é de ao menos R$ 8 mil.

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Os secretários, de acordo com o procurador da República José Rubens Plates, coautor da denúncia, eram comissionados e de livre nomeação e exoneração do deputado. Donadon ameaçava demiti-los caso os repasses não fossem feitos, segundo o MPF. O pagamento da parcela dos vencimentos a Donadon teria ocorrido, ainda de acordo com Plates, entre 2006 e 2008. Já os reembolsos irregulares tiveram lugar entre 2008 e 2009, quando os dois funcionários foram desligados da função.

O ex-peemedebista Donadon foi condenado pelo STF a 13 anos de reclusão pelo desvio de recursos da Assembleia Legislativa de Rondônia, onde ocupava o cargo de diretor financeiro. Segundo o Ministério Público, o esquema funcionou de 1995 a 1998, por meio de contrato simulado de publicidade por serviços que não eram prestados. Os desvios somam R$ 8,4 milhões.

No final de agosto, o Plenário da Câmara dos Deputados decidiu preservar o mandato de Donadon, numa votação secreta que provocou desgaste no Legislativo e que impulsionou a discussão sobre o fim do sigilo em decisões no Parlamento. Corre no Conselho de Ética da Câmara uma representação de autoria do PSB que pede a cassação do mandato do deputado. Além do mais, o parlamentar foi denunciado novamente ao Supremo pelo ex-procurador geral da República, Roberto Gurgel, por fraude no final de julho, quando já estava preso.

A ação do MPF protocolada em outubro, e que corre em primeira instância na subseção judiciária de Vilhena (RO), foi motivada por denúncia, em 2010, de um dos secretários envolvidos. Os nomes dos ex-funcionários não foram revelados porque o processo corre em segrego de Justiça.

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou por unanimidade na tarde desta quarta-feira, 25, o relatório preliminar do deputado José Carlos Araújo (PSD-BA) referente ao processo de perda do mandato do deputado Natan Donadon (sem partido/RO), que cumpre pena no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, por peculato e formação de quadrilha. Essa é a segunda ação que pede a cassação do parlamentar, uma vez que Donadon se livrou do primeiro pedido de cassação no final do mês passado. Desta vez, o deputado responde por "quebra de decoro parlamentar" após representação do PSB.

Por 13 votos favoráveis, os deputados concluíram que Donadon expôs o Parlamento a críticas e feriu a "dignidade" da Casa perante à opinião pública. Em seu texto preliminar, o relator diz que a conduta criminal pela qual o deputado foi condenado é "gravíssima" e incompatível com o decoro parlamentar. Araújo, que admitiu não ter votado na sessão de cassação de 28 de agosto, também destaca que Donadon votou contra sua própria cassação em plenário, demonstrando "claro desrespeito e escárnio" pela Câmara e que a imagem do Parlamento foi atingida pelas imagens dele sendo algemado e transportado em camburão do serviço penitenciário.

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Os advogados do deputado preso argumentaram no Conselho de Ética que ele não pode ser julgado pela mesma razão a qual ele já foi submetido ao crivo do plenário (a condenação transitada em julgado no Supremo Tribunal Federal). Para a defesa, a Mesa da Câmara errou ao liberá-lo para votar e ressaltou ainda que ele não quis "afrontar" o Parlamento com seu ato. "O ato não pode ser visto como quebra de decoro", disse o advogado Michel Saliba. O defensor também culpou os agentes penitenciários por obrigá-lo a usar as algemas. A defesa chegou a dizer que Donadon usou cédula de votação na sessão de cassação e o relator corrigiu a informação, apontando que nestas situações a votação secreta é eletrônica e não manual.

O Conselho de Ética terá até 60 dias para apreciar o processo e, se aprovado, seguirá para o plenário. Com a aprovação do relatório preliminar, a defesa terá 10 dias para apresentar seus argumentos por escrito e o relator precisa liberar o relatório final em 40 dias. Araújo, no entanto, disse que dará celeridade à votação da representação para não prolongar o desgaste da imagem da Câmara. "Garanto que não vou usar todo esse tempo", avisou.

Mensalão

 

Durante a reunião do Conselho de Ética, o deputado Sérgio Moraes (PTB-RS) disse que apesar de ser favorável à cassação de Donadon, era necessário questionar a inexistência de representação contra os deputados condenados no processo do Mensalão. Moraes, conhecido por ter declarado em 2009 que se "lixa" para a opinião pública, afirmou que "nada manchou mais a Casa que o mensalão" e lamentou que os "peixes grandes" não são julgados pelos seus pares.

Segundo ele, só o "baixo clero é jogado para o presídio". "Isso aqui é um teatro para a torcida, para a mídia. É jogar para a plateia", criticou. Ele sugeriu que os parlamentares entrassem com representação contra os deputados mensaleiros, mas ouviu dos colegas que a ação só seria possível se fosse impetrada por um partido.

Bolsonaro

No final da sessão, o Conselho de Ética também instaurou o processo disciplinar contra o deputado do PP do Rio de Janeiro, Jair Bolsonaro. O requerimento foi protocolado nesta terça-feira, 24, pelo PSOL, que o acusa de quebra de decoro por ter supostamente agredido o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) durante visita das Comissões da Verdade da Câmara e do Senado à antiga sede do DOI-Codi no Rio de Janeiro nesta semana. O relator do processo deve ser definido nesta quinta, 26.

A aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 349, realizada por unanimidade na noite dessa terça-feira (3), na Câmara Federal, é encarada por parlamentares pernambucanos como forma de redimir o erro cometido semana passada, quando o Legislativo não cassou o mandato do deputado Natan Donadon (sem partido/RO). Apesar de terem aprovado a decisão do fim do voto secreto, os deputados avaliam a atitude como atrasada e dividem opiniões sobre a aprovação do projeto no Senado Federal.

Para o deputado federal Mendonça Filho (DEM), a aprovação da Casa Federal é uma forma de promover mais transparência ao Legislativo. “Eu acho que é o mínimo que a Câmara poderia dar como resposta, depois do desgaste do caso Donadon. Foi positivo porque essa é uma cobrança muito forte e pertinente e permitirá mais transparência e acompanhamento melhor do comportamento dos parlamentares”, ressaltou.

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Apesar de apoiar a decisão, o democrata se coloca em dúvida sobre a apreciação do Senado. “Não sei se o Senado vai seguir. Poderá seguir ou não. Evidentemente, o grande ponto é sobre a cassação de mandato e isso eu acho que o Senado não mudará. Há uma especulação da imprensa sobre a apreciação de vetos e a eleição da Mesa Diretora, mas ai cabe ao Senado”, avaliou.

A aceitação do fim do voto secreto também foi acatada pelo deputado Paulo Rubem (PDT). De acordo com o pedetista ele buscava a aprovação do projeto desde 2006. “Finalmente! A gente lutou por isso em 2006. Fizemos várias manifestações depois houve a manobra dos governos para deixar em banho-maria e só depois da semana passada com a votação de Donadon, foi que tomaram essa atitude”, lembrou.

Ele comentou também a relevância do cargo de parlamentar como representante da população. “O mandato não é uma ferramenta que compramos no mercado. O mandato é uma representação. Você é eleito é tem que representar a sociedade e não há nenhuma chance de que você vote de maneira secreta para uma determinada decisão. Então, mais uma vez a pressão da imprensa e da sociedade fez com que aquele parlamento fizesse, com menos de uma semana da aprovação do mandato de Donadon, aprovar a PEC para ter o voto aberto. Espero que o Senado não tente nenhuma manobra”, disparou Rubem. 

Também favorável à aprovação da PEC 349, a deputada estadual Raquel Lyra (PSB), não diferente dos demais parlamentares, acredita na influencia ocorrida na Câmara dos Deputados em virtude do caso Donadon. “Eu avalio de forma positiva, porém tardio. Acho que foi um avanço e creio que uma coisa desta natureza (a não cassação de Donadon), se o voto fosse aberto, com certeza seria cassado. A decisão precisou ter a interferência do judiciário e isso enfraquece o poder legislativo” argumentou.

 

Em nota divulgada na noite desta segunda-feira, 2, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse que vai esperar a decisão do pleno do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a liminar concedida pelo ministro Luís Roberto Barroso que cancelou os efeitos da sessão que manteve o mandato do deputado Natan Donadon (sem partido-RO).

Na nota, Alves diz que tem "profundo respeito e consideração" por Barroso, mas que pedirá uma decisão urgente. A mensagem ressalta ainda que o parlamentar, preso no Complexo Penitenciário da Papuda, já foi afastado do exercício do mandato e que o suplente, Amir Lando (PMDB-RO), já foi empossado.

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O líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE), disse nesta segunda-feira, 2, que é preciso "radicalizar" na transparência e votar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 349, de 2001, que acaba com o voto secreto no Legislativo e não apenas para sessões de cassação de mandato. "Aí, sim, é dar transparência", disse. A PEC 349 só precisa agora de uma votação em segundo turno na Casa para seguir ao Senado.

De acordo com Guimarães, a sessão que manteve o mandato do deputado Natan Donadon (sem partido-RO) abriu o debate para se acabar com o voto secreto no Congresso. "Vou defender que se acabe com o voto secreto para tudo", afirmou o líder do PT na Câmara, que apresentará a proposta para a bancada nesta terça-feira, 3.

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Guimarães disse que é preciso ir além do caso Donadon e sintonizar o Parlamento com os anseios da sociedade. "Agora, chegou a hora da onça beber água", disse. O líder do PT espera que o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), dialogue com o Supremo Tribunal Federal (STF) a fim de dar celeridade à analise do caso pelo plenário da Corte. Segundo Guimarães, seria importante aguardar a decisão do pleno do STF.

Em nota, o deputado federal Sérgio Guerra (PSDB) justificou sua ausência na plenária da Câmara durante a votação que absolveu o parlamentar Natan Donadon (sem partido-RO). O tucano relatou que estava com problemas de saúde e por isso não compareceu a sessão. O parlamentar espera que o Congresso Nacional mude sua postura e “louve” as cobranças do povo.

 

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Confira a nota na íntegra.

"Esclarecimento público"

Em função da grande quantidade de e-mails de cidadãos questionando a ausência do presidente do PSDB de Pernambuco, deputado federal Sérgio Guerra(https://twitter.com/Sergio_Guerra), na votação da sessão que livrou o deputado Natan Donadon do processo de cassação, a assessoria de comunicação do PSDB-PE vem prestar o seguinte esclarecimento.

O deputado Sérgio Guerra louva a cobrança de pernambucanos e brasileiros em relação à postura do Congresso Nacional que, em sua maioria, tem deixado muito a dever ao clamor das ruas. Em especial, nas situações em que é exigida uma responsabilidade redobrada dos parlamentares para com seus mandatos, como é o caso de votações em que a posição do deputado deve ser de domínio público e o Congresso teima em resguardá-la.

No caso da votação específica do cassação de Natan Donadon, na última quarta-feira (28), que por 233 votos a favor, 131 contra e 41 abstenções manteve o mandato de um deputado condenado a 13 anos, 4 meses e 10 dias de prisão por peculato (desvio de recursos públicos) e formação de quadrilha, foi o PSDB o único partido que tomou a iniciativa de recorrer contra o rito da votação.

Formalizou junto ao Supremo Tribunal Federal um mandado de segurança contra o processo que livrou Natan Donadon, sob o argumento de que a perda dos mandatos de parlamentares condenados deve ser automática e, portanto, o pedido de cassação sequer deve ser apreciado pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, muito menos votado em plenário. Essa será uma bandeira que o PSDB defenderá com austeridade.

 

Em relação à ausência do deputado Sérgio Guerra na sessão, talvez não seja de domínio da maioria dos a questionaram que o parlamentar enfrenta alguns problemas de saúde que, embora se encontrem sob controle, carecem de periódicos acompanhamentos médicos, o que o obriga a se ausentar do exercício do mandato como ocorreu na semana da votação do caso Donadon. Guerra se encontrava em São Paulo desde a terça-feira (27) e, portanto, impedido de participar da sessão da qual adotaria a postura defendida pelo PSDB.

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu nesta segunda-feira, 02, decisão da Câmara que preservou o mandato do deputado federal Natan Donadon (sem partido-RO), preso em Brasília. Barroso atendeu a um pedido de liminar feito pelo deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP).

Pela decisão de Barroso, a recente deliberação da Câmara sobre o mandato de Donadon ficará suspensa até que o plenário do STF julgue o mérito da ação movida por Sampaio. Apesar de ser apenas uma decisão liminar, nela Barroso adianta pontos de vista sobre o mérito. Ele disse que a Constituição prevê como regra geral que cabe a cada uma das Casas do Congresso a decisão sobre a perda do mandato do deputado ou do senador que sofrer condenação criminal.

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"Esta regra geral, no entanto, não se aplica em caso de condenação em regime inicial fechado, por tempo superior ao prazo remanescente do mandato parlamentar. Em tal situação, a perda se dá automaticamente, por força da impossibilidade jurídica e física de seu exercício", disse o ministro.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, lamentou nesta sexta-feira, 30, a decisão da maioria dos deputados de rejeitar a cassação do deputado Natan Donadon (sem partido-RO), que está preso depois de condenado pelo STF por peculato.

"Lamento muito que estejamos diante desse impasse constitucional absurdo", afirmou Joaquim Barbosa, em rápida entrevista depois de participar de um almoço na Associação Comercial do Rio de Janeiro, onde recebeu o prêmio Presidente José de Alencar de Ética.

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O ministro disse esperar que o Congresso Nacional "encontre rapidamente uma solução para esse impasse incontornável". O ministro do Supremo afirmou que o próprio Congresso poderia aprovar o projeto que prevê perda do mandato automática para condenados criminalmente em última instância. "Isso está na Constituição Federal, no artigo 15. A posse dos direitos políticos é requisito indispensável para o exercício da representação e os condenados têm os direitos políticos suspensos" afirmou o ministro.

O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Eros Grau, classificou a decisão do Congresso Nacional de não cassar o mandato do deputado Natan Donadon (sem partido-RO), condenado pelo STF, como "esdrúxula". "É realmente estranho, esdrúxulo", avaliou ao chegar em um jantar em homenagem ao presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, em uma cantina na zona oeste da capital paulista.

O parlamentar está preso desde 28 de junho no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, onde cumpre pena de 13 anos devido à condenação por peculato e formação de quadrilha pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

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Ao avaliar a decisão do Congresso, Eros Grau disse: "acho que mais grave do que inconstitucional é imaginar a hipótese de haver um parlamentar que não é parlamentar porque é detento".

Indagado se essa decisão dos parlamentares pode abrir um precedente com relação aos deputados condenados no caso do mensalão, o ex-ministro disse não ter como prever, mas que seria "horrível". "Não sei, só com uma bola de cristal. Se abrisse seria horrível", concluiu.

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) reagiram com perplexidade e críticas nesta quinta-feira, 29, à absolvição de Natan Donadon (sem-partido-RO), condenado pela Corte a 13 anos de cadeia.

Em tono de deboche, o ministro Marco Aurélio Mello afirmou: "Os reeducandos da Papuda estão homenageados com a presença de um deputado federal". E acrescentou: "Quem sabe na Papuda ele tenha um tratamento especial".

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A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, disse que a decisão da Câmara de absolver o deputado poderá se repetir quando a Casa decidir a situação dos quatro deputados mensaleiros. "Pode ser. Mas aí eu respeito a decisão que vier do Congresso", afirmou ela. A ministra afirmou que ao Supremo compete julgar e ao Congresso decidir a respeito da manutenção ou não do mandato.

Cármen Lúcia disse que, apesar da absolvição do deputado Donadon na noite de quarta-feira, a Câmara cumpriu o papel dela. Sentenciado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a mais de 13 anos de reclusão por crimes de peculato e formação de quadrilha, Donadon conseguiu escapar da degola depois de votação secreta pela cassação de seu mandato.

"Pela norma em vigor, a legislação foi cumprida", disse Cármen Lúcia. Segundo ela, o STF julga e a Câmara decide sobre o mandato. "Se o resultado é benéfico ou não, aí compete ao próprio povo depois verificar. Mas a Câmara cumpriu a competência dela", disse a ministra. E repetiu: "O Supremo fez o papel de julgar. E a cassação, eu sempre entendi, é competência do Congresso."

Cármen Lúcia disse ainda que a decisão da Câmara em nenhum momento afrontou o Supremo. "O Congresso tem sido respeitoso com o Supremo, cumprindo todas as decisões do Supremo. Nós tomamos nossa decisão e eles tomam a deles."

O ministro Gilmar Mendes disse que a não cassação é constrangedora e inconstitucional, uma vez que a condenação cessou os direitos políticos de Donadon.

Na tarde desta quinta, 29, a bancada do PT divulgou nota dizendo que não se omitiu em nenhuma fase do processo contra Donadon e que o sentimento geral entre os petistas era favorável à perda de mandato do deputado preso no Complexo Penitenciário da Papuda há dois meses. "A bancada do PT sozinha não consegue dar vitórias a ninguém, muito menos a Natan Donadon", diz a nota assinada pelo líder José Guimarães (CE).

O petista afirma que 78 deputados do partido estavam presentes na sessão, mas 11 não votaram. Os outros 10 parlamentares da bancada não estavam em Brasília por motivo de saúde ou missão oficial. "As ausências se deram em todas as bancadas e por isso repudiamos qualquer tipo de insinuação ou afirmação de que tenhamos feito algum acordo em relação à votação em questão", declara.

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Deputados e lideranças partidárias na Câmara dos Deputados passaram o dia dando explicações sobre a votação que manteve o mandato parlamentar de Natan Donadon (sem partido-RO). Na sessão da noite de quarta-feira, 28, 233 deputados votaram pela cassação de Donadon, quando o mínimo necessário era de 257 votos favoráveis. O painel registrou 131 votos contra a cassação e 41 abstenções.

PSD

No PSD, o líder Eduardo Sciarra (PR) tentou justificar sua ausência alegando que estava em um compromisso previamente agendado, mas reforçou que votou a favor da cassação de Donadon na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na última semana. O partido reclamou da contagem dos deputados presentes na Casa. "Esclarecemos que o painel utilizado para a contagem de presentes na Casa, aberto às 14 horas, não foi zerado para a sessão extraordinária, confundindo a imprensa e formadores de opinião sobre o número de votos que deveriam ser contabilizados durante o processo. Muitos parlamentares registraram presença durante o dia e seguiram viagem antes das 20h30, horário em que a votação foi iniciada, para seus respectivos Estados, afim de cumprir compromissos oficiais, previamente agendados", destacou.

Obstrução

O PPS e o DEM defenderam a obstrução de todas as votações da Câmara até que seja aprovada a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do fim do voto secreto em sessões de cassação de mandato. "Além da jabuticaba, temos agora outra exclusividade no Brasil: o deputado em exercício de mandato e preso", ironizou o presidente do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP).

O partido de Freire anunciou que, assim como o PSDB, entrará com um mandato de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para anular o processo que culminou com a absolvição de Donadon em plenário. Para a sigla, cabia à Mesa Diretora da Câmara apenas declarar a perda do mandato e não submetê-lo a julgamento de seus pares, uma vez que Donadon teve seus direitos políticos suspensos após a condenação por peculato e formação de quadrilha.

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