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O nadador norte-americano Ryan Lochte, de 33 anos, foi suspenso por 14 meses das competições por violação das regras antidoping. O anúncio foi divulgado nesta segunda-feira pela Agência Antidoping dos Estados Unidos (Usada, na sigla em inglês).

É o segundo gancho de Lochte em dois anos. Durante os Jogos Olímpicos do Rio-2016, ele criou confusão em um posto de gasolina e inventou um assalto. O incidente lhe custou 10 meses de suspensão. Desta vez, o nadador não testou positivo para substância, mas recebeu injeção intravenosa sem estar hospitalizado, o que é proibido.

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Lochte, que tem 12 medalhas olímpicas, postou em maio uma foto em que aparece recebendo a injeção. Ao ver a imagem, a Usada abriu investigação e optou pela suspensão do nadador. "Lochte recebeu infusão intravenosa de substâncias permitidas em uma clínica de infusão", informou a entidade no anúncio da suspensão.

Para tal procedimento, "o atleta precisaria estar hospitalizado ou ter recebido autorização prévia da Usada, o que não aconteceu". Lochte estava se preparando para o campeonato nacional em Irvine, na Califórnia. Seria o primeiro grande evento que cairia na água desde os Jogos do Rio.

A Usada, no entanto, decidiu iniciar a contagem da suspensão em 24 de maio, data em que ele publicou a foto nas redes sociais. O gancho vai até julho de 2019 e atrapalha sua preparação para os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020.

Lochte já disse que pretende encerrar a carreira no Japão. Além das polêmicas o nadador carrega grandes feitos, como seis medalhas de ouro olímpicas, 36 ouros em campeonatos mundiais, e quatro recordes mundiais. Após a suspensão por conta do incidente no Rio, Lochte voltou a competir no ano passado e venceu os 200 metros medley no US Open.

A Agência Antidoping dos Estados Unidos (Usada, na sigla em inglês) anunciou nesta quarta-feira a punição de Anderson Silva pelo doping em que foi flagrado no final do ano passado. A entidade revelou que o lutador aceitou o gancho de um ano, contando a partir do momento de sua suspensão preventiva. Com isso, o brasileiro poderá voltar aos ringues ainda neste ano.

O "Spider" foi flagrado antes da luta contra Kevin Gastelum, marcada para novembro de 2017, e foi impedido de realizar o combate. Ele realizou um teste em 26 de outubro daquele ano, ainda fora do período de competição, e a amostra deu positivo para as substâncias metiltestosterona e hidroclorotiazida.

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As duas substâncias estavam em um suplemento utilizado pelo atleta, atualmente com 43 anos, e são proibidas pela Wada, a agência mundial antidoping. A defesa do brasileiro alegou, inclusive, que o produto estava contaminado e entregou uma amostra à Usada. A entidade afirma ter verificado que o laboratório que produziu o suplemento apresentou as mesmas substâncias em outros de seus produtos, o que abrandou a sanção de Anderson Silva.

Especulava-se que Anderson Silva poderia ter sofrido uma punição maior por ser reincidente no doping. No entanto, ele decidiu aceitar o gancho de um ano, datado a partir de 10 de novembro de 2017, data de sua suspensão. Assim, em novembro deste ano ele está livre para voltar aos ringues. Deverá, no entanto, permanecer disponível para a realização de mais testes antidoping no período.

A Fifa informou em entrevista coletiva nesta sexta-feira que realizou 2,7 mil testes de doping na Copa do Mundo de 2018 e nenhum caso positivo foi detectado. "Todos os atletas foram testados pelo menos uma vez", disse Colin Smith, diretor de Competições da entidade máxima do futebol.

"Em cada partida, pelo menos quatro jogadores são testados e as amostras são enviadas para uma laboratório em Lausanne", explicou. "Não tivemos nenhum caso positivo", insistiu.

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Alexey Sorokin, CEO da Copa, também fez questão de destacar que sua seleção russa tem sido alvo de testes. "Nossos jogadores foram repetidamente testados. E os resultados são claros", disse. Para ele, a classificação da seleção para as oitavas de final não é uma surpresa. "Eles se prepararam por meses", justificou.

Apesar das declarações, paira a desconfiança sobre o desempenho dos russos, apontados como surpreendentemente velozes. Na semana passada, um jornal inglês revelou que a Fifa sabia e abafou casos de doping na elite do futebol russo. As revelações foram publicadas pelo jornal britânico "The Mail on Sunday", com base em investigações realizadas pela Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês).

De acordo com a reportagem, o ministério dos Esportes da Rússia encobriu um teste positivo de um dos jogadores inicialmente convocados para a seleção que disputa a Copa do Mundo, Ruslan Kambolov.

No total, 155 casos de doping no futebol russo teriam sido revelados. Desses, 34 casos foram investigados e teriam chegado até a Fifa. A entidade insiste que, por mais de um ano, avaliou essas informações. Mas não abriu qualquer tipo de processo. Um mês antes da Copa, a entidade ainda declarou que considerava que as informações que dispunha eram "insuficientes" para concluir se houve ou não um doping no futebol russo.

Ruslan Kambolov, em 2015, foi selecionado para passar por exames antidoping, enquanto jogava pelo Rubin Kazan. Seu teste deu positivo, levando o ministério dos Esportes a procurar o chefe dos laboratórios, Grigory Rodchenkov, para pedir orientação. Rodchenkov foi quem denunciou o esquema de doping russo nos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, em 2014, e que levou o esporte olímpico russo a ser parcialmente banido dos Jogos do Rio-2016.

Um dia depois da revelação do doping, um agente do ministério dos Esportes foi flagrado indicando que o teste estava "salvo", numa referência sobre a necessidade de encobrir o resultado.

O passo seguinte, seis dias depois, foi o envolvimento do FSB - o serviço de inteligência da Rússia - para trocar a amostra de urina do jogador. Naquele momento, a Rússia mantinha um estoque de dez mil amostras de urinas "limpas", que poderiam ser trocadas por amostras de urina de atletas dopados.

Os dados estão nas agendas de Rodchenkov, apontando para o envolvimento do espião Evgeny Blokhin, o mesmo que também operou nos laboratórios de Sochi. A Fifa rejeitou a acusação e disse que fez todas as investigações possíveis sobre os envolvidos na Copa do Mundo.

O chefe da agência antidoping dos Estados Unidos (USADA), Travis Tygart, pediu à Fifa nesta sexta-feira (22) que os jogadores da seleção da Rússia sejam submetidos a exames antidoping após as vitórias contra a Arábia Saudita e o Egito.

"O time russo deve passar por testes agressivos para garantir a confiança do público na integridade da Copa do Mundo", disse Tygart em entrevista ao jornal britânico "The Telegraph".

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A Fifa disse que as informações sobre a quantidade de testes de doping aos quais os russos foram submetidos durante o Mundial não pode ser divulgada, mas garantiu a Rússia foi uma das seleções "mais testadas".

Considerada uma das seleções mais fracas da Copa do Mundo, a Rússia surpreendeu ao golear na primeira rodada a Arábia Saudita, por 5 a 0, e vencer o Egito por 3 a 1 no segundo jogo.

Após o escândalo de doping que abalou o esporte olímpico russo, o país foi punido pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), sendo parcialmente banido dos Jogos Olímpicos de Inverno em PyeongChang, na Coreia do Sul.

Da Ansa

A seleção brasileira chegou a Londres na manhã desta segunda-feira, para a segunda parte de treinamentos visando à Copa do Mundo da Rússia. Depois de uma semana inicial de preparação na Granja Comary, em Teresópolis, o grupo agora vai treinar no CT do Tottenham, um local isolado ao norte da capital inglesa, considerado um dos mais modernos do planeta.

O grupo ainda não terá as presenças de Casemiro e Marcelo, do Real Madrid, e de Roberto Firmino, do Liverpool, que ganharam folga até quarta-feira após disputarem no último sábado, em Kiev, na Ucrânia, a final da Liga dos Campeões da Europa.

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A chegada a Londres foi discreta. Do aeroporto de Stansted, onde o grupo desembarcou de um voo fretado, a delegação seguiu direto para o CT. Lá, não havia torcedores na porta. Apenas um pequeno grupo de jornalistas acompanhando a passagem do ônibus.

Depois de tomarem café, os jogadores realizaram o controle antidoping da Fifa. Nesta tarde de segunda-feira, os atletas fazem o primeiro treino em Londres.

A seleção brasileira treina na Inglaterra até o dia 8 de junho. Pela programação inicial, serão 10 dias de atividade na capital inglesa, no CT do Tottenham, três deles em dois períodos. Nesta semana, o "trabalho dobrado" ocorrerá na terça e na quinta-feira.

Na sexta-feira, após o treinamento da tarde (15h30 pelo horário local, 11h30 de Brasília), a delegação embarca para Liverpool, onde no domingo faz o amistoso contra a Croácia, no estádio Anfield Road.

Antes de chegar à Rússia, no dia 11 de junho, para se concentrar no quartel-general escolhido pela comissão técnica para a fase inicial da Copa do Mundo - o Brasil planeja ficar na cidade até as quartas de final, saindo para a semi -, a seleção faz escala em Viena, para realizar o último amistoso preparatório, contra a Áustria, em 10 de junho.

A diretoria da Chapecoense confirmou nesta quarta-feira que o volante Moisés Ribeiro foi flagrado em teste antidoping em jogo do time na fase preliminar da Copa Libertadores. O jogador foi afastado provisoriamente pelo clube catarinense após o resultado positivo na amostra A.

O teste positivo aconteceu na análise química da urina do atleta no jogo contra o Nacional, do Uruguai, no dia 7 de fevereiro. O confronto valia vaga na terceira fase preliminar da Libertadores, mas a Chapecoense acabou sendo eliminada após duas derrotas por 1 a 0.

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De acordo com a Chapecoense, uma substância proibida pela Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) foi constatada na amostra A. Jogador e clube pediram a análise da amostra B e agora aguardam o resultado. Por precaução, a Chapecoense decidiu afastar provisoriamente o atletas das atividades do time.

O clube não confirmou qual substância foi detectada no exame. Se a mesma for detectada na amostra B, Moisés corre o risco de sofrer suspensão de até dois anos. "O departamento jurídico do clube realizará todas as ações necessárias para a defesa do jogador e da instituição", informou a Chapecoense, em comunicado.

O centroavante Guerrero se reapresentou ao Flamengo nesta terça-feira após receber autorização da Fifa para retomar os treinamentos no clube. Em dezembro, o jogador foi suspenso por seis meses do futebol por doping. Desde então, precisou manter a forma física por conta própria.

A liberação aconteceu porque a partir de agora faltam apenas 45 dias para o término de sua suspensão. O Flamengo utilizou as redes sociais para destacar o retorno do jogador. Guerrero posou para fotos cumprimentando os companheiros e teve o primeiro contato com o técnico Paulo César Carpegiani.

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Guerrero, no entanto, ainda não tem a confirmação de que voltará a jogar em maio. O caso está na Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) e o veredicto final deve ser anunciado em abril.

Depois de encontro com jogadores e comissão técnica, Guerrero realizou exames médicos no clube e ainda não há previsão para treinar com o restante do elenco. O centroavante espera ganhar ritmo para disputar a Copa do Mundo da Rússia, em junho.

HISTÓRICO DA SUSPENSÃO - Inicialmente, Guerrero foi suspenso do futebol por um ano. Mas o Comitê de Disciplina da Fifa aceitou um recurso do advogado brasileiro Pedro Fida e reduziu a punição para seis meses.

O jogador responde à investigação por ter testado positivo para uso de benzoilecgonina, um metabólito da cocaína, em exame realizado depois do empate em 0 a 0 entre Argentina e Peru, em Buenos Aires, pela penúltima rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa da Rússia de 2018, no dia 5 de outubro.

A principal suspeita era justamente sobre o uso de cocaína, mas o atacante na época negou e disse que essa suspeita havia sido descartada pela entidade. Por conta da punição, Guerrero ficou impedido de defender a seleção peruana nas duas partidas da repescagem da Copa do Mundo de 2018, diante da Nova Zelândia. Mesmo assim, o país garantiu vaga no Mundial, que pode ser o primeiro do atacante.

O japonês Kei Saito, da patinação de velocidade, foi oficialmente confirmado como o primeiro caso de doping dos Jogos de Inverno de Pyeongchang, na Coreia do Sul. O atleta testou positivo em um exame para a substância acetazolamida, um diurético que pode mascarar a presença de outras substâncias proibidas.

O caso foi confirmado pela Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) nesta terça-feira, quando informou que o competidor "aceitou de forma voluntária ser provisoriamente suspenso e deixar a vila olímpica".

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A substância encontrada no exame antidoping realizado por Saito pode ser usado para tratamento de glaucoma ou doença de altitude. E o japonês, que é reserva da equipe japonesa dos 5.000 metros, sequer competiu em qualquer prova nesta Olimpíada de Inverno de 2018. O teste que flagrou o uso de doping ocorreu antes do início do grande evento em solo sul-coreano.

A CAS também informou nesta terça-feira que seu painel de juízes que cuidará do julgamento dos casos de doping dos Jogos de Inverno aplicará uma sentença final ao atleta japonês após o término da grande competição, que vai até o próximo dia 25.

O Comitê Olímpico Japonês, por sua vez, revelou que Saito foi submetido ao exame antidoping depois de um treino que realizou no último dia 4, pouco antes de ir dormir na vila dos atletas em Pyeongchang.

Por meio de um comunicado, Saito negou que tenha se dopado intencionalmente para ter vantagem esportiva e disse que estava "extremamente chocado" com o resultado do exame. "Eu nunca considerei doping. Eu nunca usei esteroides anabolizantes, então eu nunca precisei me esconder isso", afirmou.

O patinador japonês disse também que aceitou a suspensão provisória porque "não quer ser uma perturbação para os companheiros de equipe nos Jogos de Inverno" e que, por isso, resolveu deixar a vila dos atletas de forma voluntária.

Yasuo Saito, vice-presidente do Comitê Olímpico Japonês, afirmou que a entidade iria trabalhar para ajudar o patinador de 21 anos de idade a limpar o seu nome depois dos Jogos de Inverno. "Neste ponto, tudo que nós sabemos é que a amostra A e a amostra B testaram positivo (para doping)", disse o dirigente, para depois enfatizar que a suspensão aplicada ao atleta é uma "medida provisória".

"A violação às regras antidoping não foram provadas, então isso ainda não está decidido (de forma definitiva)", destacou o líder da delegação japonesa em Pyeongchang, que tem o mesmo sobrenome do patinador e assegurou que o competidor "não tem ideia de como isso aconteceu". Para completar, prometeu que o comitê do país "continuará fazendo todos os esforços para provar que não houve violação às regras antidoping por parte de Kei Saito".

A Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) rejeitou nesta sexta-feira os recursos apresentados por 45 atletas russos e mais dois treinadores que foram impedidos de participar dos Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) havia se negado a convidar os russos por ter provas de suposto doping no esporte do país. Após dois dias de audiências, a CAS se pronunciou nesta sexta-feira, dia da realização da cerimônia de abertura do evento.

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Matthieu Reeb, secretário-geral da CAS leu o veredicto, mas não quis responder perguntas da imprensa. Ele disse que a decisão do COI "poderia não ser descrita como uma sanção, mas como uma decisão sobre elegibilidade". E nesse sentido, o tribunal apontou que o COI tem o direito de definir seu próprio padrão sobre quem está elegível para os Jogos.

"O painel da CAS constatou que os solicitantes não demonstraram que o modo como foram avaliados pelas duas comissões especiais - o Painel de Revisão dos convites e o Grupo de Implementação de Atletas Olímpicos da Rússia - tenha sido discriminatório, arbitrário ou injusto. Do mesmo modo, o Painel concluiu que não há provas de que (as comissões tenham exercido a sua definição de maneira inadequada".

O COI emitiu o seu próprio comunicado sobre o tema nesta sexta-feira e celebrou o veredicto da CAS. "Congratulamos esta decisão, que apoia a luta contra o doping e traz clareza a todos os atletas", disse.

Um processo de análise foi projetado para excluir atletas russos dos Jogos se o COI não tivesse certeza de que eles iriam competir de forma limpa, mesmo que estivessem livres de uma suspensão por doping. Depois disso, o COI convidou 168 russos a participar como "atletas olímpicos da Rússia", com uniformes neutros e sob a bandeira olímpica. A decisão procurou um equilíbrio entre os direitos individuais dos atletas e a necessidade de impedir o doping.

A decisão da CAS constitui um golpe sério para as possibilidades de medalha de

Rússia em PyeongChang. Entre os excluídos está Viktor Ahn, estrela da patinação de velocidade, que é sul-coreano e se naturalizou russo. Alexander Legkov, medalhista de ouro no esqui cross-country, também está fora, assim como Alexander Tretyakov, campeão olímpico no skeleton, e também os aspirantes a medalhas no biatlo, luge e bobsled e três jogadores de hóquei no gelo com passagens pela NHL.

Trinta e dois atletas russos, incluindo o dono de seis medalhas de ouro olímpicas Vitkor Ahn e três ex-jogadores da NHL, apresentaram recursos nesta terça-feira à Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) para que possam participar dos Jogos de Inverno de PyeongChang.

Todos esses atletas não foram aprovados na investigação realizada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), que foi imposta como obrigatória para a presença de atletas russos no evento pela entidade após o escândalo de doping na Olimpíada de Sochi, em 2014, não sendo chamados para a competição na Coreia do Sul.

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A CAS declarou que as audiências dos casos deverão ser realizadas na quarta-feira em PyeongChang. Se o COI for obrigado a convidar esses atletas, deverá haver mudanças drásticas nas aspirações de medalhas em vários esportes às vésperas da cerimônia de abertura da Olimpíada de Inverno, que ocorrerá na sexta-feira.

Alguns dos 32 atletas russos que recorreram à CAS já estão na Ásia, onde fazem aclimatação, sob a expectativa de serem liberados para competirem nos Jogos de Inverno. Novos convites poderiam resultar em cortes de outros russos, especialmente em esportes como o hóquei, onde já está definida uma lista de convocados. Não está claro como esse processo funcionaria.

O COI não explicou os motivos para não convidar esses 32 atletas, mas indicou que utilizou uma base dados em que se detalha casos antigos de doping, o que pesou no momento de definir quem estaria elegível para a Olimpíada na Coreia do Sul.

Este é um caso separado do que envolve 28 atletas russos que na semana passada derrubaram proibições de doping relativas aos Jogos Olímpicos de 2014 na CAS. O COI, porém, se recusou a convidar 13 desses atletas que ainda estão em atividade para competir em PyeongChang.

Os 169 atletas russos que obtiveram convites vão competir sob a alcunha de "Atletas Olímpicos da Rússia" porque a delegação do país está formalmente banida pelos casos de doping nos Jogos de Sochi. Isso significa que eles competirão sob a bandeira olímpica e vestindo uniformes sem insígnias russas. Se eles ganharem medalhas de ouro, o hino olímpico será executado.

Os atletas que recorreram à CAS nesta terça-feira foram: Viktor Ahn, Vladimir Grigorev, Anton Shipulin, Evgeniy Garanichev, Ruslan Murashov, Ekaterina Shikhova, Sergei Ustyugov, Ksenia Stolbova, Ekaterina Urlova-Percht, Maksim Tcvetkov, Irina Uslugina, Yulia Shokshueva, Daria Virolainen, Dmitri Popov, Roman Koshelev, Mikhail Naumenkov, Alexei Bereglasov, Valeri Nichushkin, Anton Belov, Sergei Plotnikov, Evgeniya Zakharova, Ruslan Zakharov, Anna Iurakova, Alexey Esin, Yulia Skokova, Elizaveta Kazelina, Sergey Gryaztsov, Ivan Bukin, Denis Arapetyan, Artem Kozlov, Gleb Retivikh e Alexey Volkov.

Vinte e oito atletas russos tiveram revogadas nesta quinta-feira pela Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) suas sanções olímpicas por doping, em decisão que questiona as medidas do Comitê Olímpico Internacional (COI) contra o esporte do país. "Em 28 casos, foi determinado que a evidência recolhida era insuficiente para estabelecer que os atletas envolvidos cometeram uma violação de doping", disse o tribunal em um comunicado.

A CAS também concluiu que devem ser devolvidas sete medalhas olímpicas da Rússia, obtidas nos Jogos de Inverno de Sochi em 2014, incluindo o ouro no skeleton masculino e no esqui cross-country masculino, na categoria de 50 quilômetros. Outros onze foram declarados culpados por doping, mas viram seus banimentos por todas a vida reduzidos a sanções temporárias que só afetam a próxima Olimpíada, que começa na próxima semana.

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"Isso não significa que esses 28 atletas sejam declarados inocentes, mas que em seu caso, devido à evidência insuficiente, os recursos são permitidos, são anuladas as sanções e seus resultados individuais em Sochi são restaurados", disse o secretário-geral da CAS, Matthieu Reeb, em PyeongChang.

O COI disse que tomou nota da decisão da CAS "com satisfação por uma lado e desapontamento por outro", acrescentando que a decisão "poderia ter um grave impacto no futuro combate ao doping". Também apontou que não convidará necessariamente todos aqueles cujas sanções foram revogadas para a Olimpíada.

"Não estar punido não atribui automaticamente o privilégio de um convite", afirmou a instituição em comunicado. O fato de 11 atletas terem perdido suas apelações, acrescentou o comitê, demonstra a existência de "manipulação sistemática" do sistema antidoping em Sochi. O COI acrescentou que poderia recorrer das decisões da CAS perante o Superior Tribunal da Suíça.

Os 28 que tiveram suas sanções revogadas podem agora solicitar a sua inscrição nos Jogos de PyeongChang. "As ações firmes na defesa dos direitos perante os tribunais estão justificados e podem ser eficazes e devem continuar", disse Dmitry Peskov, porta-voz do presidente da Rússia, Vladimir Putin. "Estamos satisfeitos pelos nossos atletas. Não sei se eles poderão competir em PyeongChang. Estamos falando com o COI", acrescentou.

Os 11 atletas que tiveram rechaçadas suas apelações competiam no bobsled masculindo, esqui cross-country feminino e hóquei no gelo feminino. Apesar de tudo, os veredictos foram interpretados como uma vitória na Rússia, que, durante anos, negou a existência de um programa de doping patrocinado pelo Estado.

O COI já convidou 169 russos para os Jogos de PyeongChang para que participem sob bandeira neutra, mas agora pode ser forçado a admitir atletas que considera trapaceiros, oito dias antes do início do evento.

O comitê puniu no ano passado 43 russos por doping em Sochi após concluir que fizeram parte de um esquema de doping. A CAS ainda tem pendente outras três apelações, todas relacionadas com ex-atletas do biatlo.

A Rússia teve a sua participação na Paralimpíada de Inverno de 2018, marcada para ocorrer entre os dias 8 e 18 de março, em Pyeongchang, na Coreia do Sul, oficialmente vetada nesta segunda-feira (29). O Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês) anunciou que manteve a suspensão ao país, punido por envolvimento em grande escândalo de doping, mas a entidade informou que de 30 a 35 atletas poderão competir sob bandeira neutra em cinco modalidades do grande evento.

Situação semelhante ocorreu com os russos para a próxima edição dos Jogos Paralímpicos de Inverno, que serão entre 9 e 25 de fevereiro, também em Pyeongchang. A nação também foi impedida de disputar a competição por causa do esquema de dopagem revelado nos últimos anos, mas também contou com 169 atletas convidados a participar do evento na condição de neutros.

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Os competidores russos liberados a competir na Paralimpíada de Inverno nesta condição poderão estar presentes nas disputas do esqui alpino, o biatlo, do esqui cross-country, do snowboard e do curling em cadeira de rodas em solo sul-coreano. "Não recompensamos a Rússia, mas permitimos que esportistas que cremos que estão limpos compitam sob uma bandeira neutra", ressaltou o Andrew Parsons, presidente do IPC, nesta segunda-feira, em Bonn, cidade que abriga a sede da entidade na Alemanha.

Esta será a segunda edição dos Jogos Paralímpicos sem a presença da Rússia como nação no quadro de medalhas. A primeira ocorreu na Paralimpíada do Rio, no ano passado, mas Parsons reconheceu que o país avançou no combate ao doping.

"No verão de 2016, o sistema antidoping da Rússia foi considerado totalmente comprometido, corrompido e aberto a abusos. Isso tornou impossível saber quais paratletas russos estavam limpos e quais não estavam... Dezessete meses depois, nós temos uma situação diferente na Rússia e é importante que, mais uma vez, nossa decisão seja necessária e proporcional ao que estamos vendo", destacou o dirigente.

Os russos que forem liberados para competir nesta próxima Paralimpíada também terão de passar por controles antidoping adicionais e participar de um curso sobre a luta contra o uso de substâncias proibidas no esporte.

Antes desta nova decisão anunciada nesta segunda-feira, o IPC suspendeu a Rússia em agosto de 2015, então quando a entidade ainda era comandada por Philip Craven, antecessor de Parsons na presidência da entidade. Na ocasião, o dirigente descreveu o uso de doping como uma prática endêmica no esporte russo.

A Rússia anunciou nesta quinta-feira uma equipe de 169 atletas para os Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang, mas muitos dos melhores do país não aparecem na lista para o evento no próximo mês na Coreia do Sul.

A equipe foi reduzida devido a 46 proibições por doping durante os Jogos de 2014 em Sochi, bem como a recusa do Comitê Olímpico Internacional (COI) de realizar convites para dezenas de outros atletas, alegando novas evidências do suposto uso de substâncias proibidas.

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A equipe russa foi tecnicamente impedida pelo COI de participar do evento por causa do que apontou como um esquema de doping com participação estatal. Os "atletas olímpicos da Rússia" terão que competir com uniformes sem o emblema nacional. Se ganharem um evento, será executado o hino olímpico, com o hasteamento da bandeira do COI.

Embora tenha sido drasticamente reduzida e que alguns atletas poucos conhecidos irão competir, a equipe será uma das maiores dos Jogos de Pyeongchang. Em Sochi-2014, 214 russos competiram, enquanto em Vancouver-2010 foram 175 participantes.

A lista de 169 atletas publicada pelo Comitê Olímpico Russo inclui nomes de estrelas como os jogadores de hóquei Ilya Kovalchuk e Pavel Datsyuk, juntos com a campeã mundial de patinação Evgenia Medvedeva. Porém, a relação não conta com Viktor Ahn, seis vezes ouro na patinação velocidade, e o campeão mundial cross-country Sergei

Ustyugov, que segundo as autoridades russas foram rejeitados pelo COI.

A lista não foi confirmada pelo COI e pode ser reduzida, ainda mais que a entidade segue realizando um processo de investigação visando eliminar os atletas que se envolveram com doping, usando dados recuperados do laboratório de Moscou que está no centro do escândalo de utilização de substâncias proibidas pelos russos.

A União Ciclística Internacional (UCI) anunciou nesta terça-feira a punição aplicada ao brasileiro Kleber da Silva Ramos, ciclista paraibano que foi pego em exame antidoping pouco antes da disputa dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em agosto de 2016.

Suspenso temporariamente desde o exame positivo, em amostra colhida no dia 31 de julho, Ramos foi punido com suspensão de quatro anos. Como consequência, foi desclassificado da Olimpíada, na prova de estrada que disputou e não completou.

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Ramos, que também é chamado pelo apelido "Bozó", foi flagrado no exame com a substância CERA, que é proibida, por ser considerada a terceira geração de eritropoietina (EPO).

O atleta de Campina Grande, na Paraíba, profissionalizou-se em 2010 e, na divisão de ciclistas entre sprinters e escaladores, é considerado um sprinter que "se vira" nas subidas.

Ele nunca venceu nenhuma das principais provas do esporte. Os melhores resultados foram vitórias em etapas de provas como Tour de San Luis (2016), Ruta de Americas (2012) e Vuelta del Uruguay (2009). No montanhoso circuito olímpico do Rio de Janeiro, Kleber Ramos não chegou a completar a prova no tempo mínimo estabelecido.

A Agência Antidoping do Japão revelou um caso incomum de doping nesta terça-feira. Yasuhiro Suzuki, da canoagem, foi suspenso por oito anos por ter provocado o doping de um rival no Campeonato Nacional do ano passado, disputado em setembro.

De acordo com a entidade, Suzuki admitiu que "batizou" uma bebida do compatriota Seiji Komatsu com esteroides anabolizantes, provocando o resultado positivo no teste realizado pelo rival nas semanas seguintes.

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A Federação de Canoagem do Japão iniciou a investigação quando Komatsu testou positivo, mas insistiu em negar qualquer consumo de substâncias proibidas. Durante a apuração do caso, Suzuki admitiu que colocou o esteroide, totalmente proibido pela Agência Mundial Antidoping (Wada) em uma bebida de Komatsu.

Trata-se do primeiro caso em que um atleta falha num teste antidoping por conta de contaminação deliberada, segundo a agência japonesa.

Yasuhiro Suzuki tem como um dos seus melhores resultados no caiaque a medalha de bronze obtida na prova K1 1000 metros nos Jogos Asiáticos de 2010.

O tenista brasileiro Thomaz Bellucci está cumprindo os últimos dias de sua suspensão de cinco meses por doping. O jogador se manteve em silêncio sobre o assunto desde que foi notificado pela Federação Internacional de Tênis (ITF, na sigla em inglês) no ano passado, mas batalhou para tentar provar a sua inocência. No dia 31 de dezembro, recebeu a notícia da punição, que começou em 1.º de setembro e termina no final deste mês.

"Sempre acreditei que seria absolvido. Cinco meses foi mais do que eu esperava, até porque não tinha culpa nenhuma nessa história. Acreditava piamente na minha inocência e foi importante que provei isso", explicou o atleta, que testou positivo para hidroclorotiazida em exame antidoping realizado no dia 18 de julho, quando disputava o ATP 250 de Bastad, na Suécia - ele foi eliminado na estreia.

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A substância é proibida pela Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) e em sua defesa Thomaz Bellucci enviou frascos do multivitamínico, que teriam tido contaminação cruzada, para análise em laboratórios dos Estados Unidos e Canadá, que comprovaram a contaminação em diversos frascos. Ele também fez exames de urina e cabelo, voluntariamente, para tentar provar sua inocência. "Não tinha a mínima noção que aquela substância estava nos meus suplementos".

Como atleta de ponta, Thomaz Bellucci precisa tomar suplementos para repor as vitaminas que perde quando treina e joga. E fazer uma fórmula personalizada com tudo aquilo que ele precisa para repor os nutrientes em seu corpo é comum e, por isso, muitos jogadores utilizam as farmácias de manipulação. "Tomei apenas minhas vitaminas, coisa que qualquer atleta faz. Não tinha a mínima noção de que aquela substância estava nos meus suplementos".

Após esse episódio, Thomaz Bellucci prometeu processar o laboratório e tomar as medidas cabíveis. "Sempre pesquisei um bom laboratório, de confiança, achava que estava tomando aquilo que era bom para mim. Sempre tive muito cuidado com isso, mas a gente precisa repor sais minerais e carboidratos. Sei que não foi um erro meu", continuou.

A ITF analisou os argumentos de Thomaz Bellucci, mas optou por punir o jogador, por achar que ele tem a sua parcela de culpa. De qualquer forma, diante das explicações, a entidade colocou uma pena branda, de apenas cinco meses, em uma situação que poderia tirar o jogador de ação por até quatro anos caso pegasse a pena máxima.

"A ITF considerou também a reputação do Thomaz. Se alguém pode entender que houve um grau de culpa, ele foi baixíssimo. Não houve julgamento, houve um acordo entre as partes, com perda de pontuação e premiação apenas do ATP de Bastad", explicou Pedro Fida, advogado especialista em doping e sócio do Bichara e Motta Advogados.

Um dos argumentos utilizado é que a hidroclorotiazida não traria benefícios ao tenista. "Essa substância só faz o atleta perder líquido, o que não condiz com o perfil dele, que perde quatro quilos por partida. E ela não teve intenção de mascarar o uso de outras substâncias proibidas. Comprovamos pela análise do cabelo que ele não havia consumido nenhuma droga social ou substância dopante".

Nesta quinta-feira, o jogador embarcou para os Estados Unidos, onde vai morar e treinar, e já pensa na sequência da temporada. O tenista de 30 anos, nascido em Tietê, no interior paulista, não entra em quadra desde o US Open, em agosto, e vinha se recuperando de uma ruptura do tendão de Aquiles.

"Estou bem otimista. Refleti minha carreira, foi um momento de mudança, estou bem confiante e agora em janeiro vou treinar bastante para começar fevereiro com tudo. Com um resultado bom, acho que consigo voltar a ficar entre os top 100", concluiu Thomaz Bellucci.

O diretor da Volta da França, Christian Prudhomme, se manifestou nesta sexta-feira pela primeira vez sobre o caso de doping do ciclista britânico Chris Froome, atual vencedor da tradicional competição. Um dos principais líderes do ciclismo mundial, Prudhomme pediu uma rápida investigação sobre o caso.

"Queremos que a situação seja esclarecida o quanto antes, para sairmos da escuridão e da ambiguidade", declarou o dirigente, em entrevista a France Info TV. "Queremos obviamente uma investigação, mas não queremos que leve meses e meses para que tenhamos uma resposta sobre o caso da UCI o mais rápido possível na próxima temporada."

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A União Ciclística Internacional (UCI) anunciou no dia 13 que Froome foi reprovado em exame antidoping realizado em setembro durante a disputa da Volta da Espanha. No entanto, optou por não puni-lo preventivamente. A entidade pediu apenas que o atleta forneça mais informações após teste realizado durante a competição apontar o uso, em alta quantidade, de uma substância que está em um medicamento normalmente prescrito para combater a asma.

O dono de quatro títulos da Volta da França teve constatada no exame de urina uma concentração de salbutamol de 2.000 nanogramas, que é o dobro do que é permitido pela UCI. Froome alegou que fez uso do remédio porque teve uma crise de asma durante a prova. Ele garantiu ter consumido o medicamento segundo as orientações médicas da sua equipe, a Sky. O medicamento ajuda a ampliar a capacidade pulmonar e pode ser utilizado para aumentar a resistência de um competidor se usado em quantidades expressivas.

A UCI revelou que a contraprova do exame de Froome confirmou o resultado positivo para doping, mas ressaltou que a "a presença de uma determinada substância como o salbutamol em uma amostra não resulta na imposição de uma suspensão provisória obrigatória contra o ciclista". A ausência de uma punição causou polêmica no mundo do ciclismo e outros atletas criticaram a postura da entidade.

É por essa razão que o diretor da Volta da França quer uma investigação completa para evitar qualquer suspeita sobre a conduta do ciclista, que deve disputar a competição em julho do próximo ano. Se for punido, Froome deve perder o título da Volta da Espanha e ainda deve cumpriu um período de suspensão.

Christian Prudhomme quer evitar que se repita situação vivida com o ciclista espanhol Alberto Contador em 2011. Campeão da Volta da Espanha daquele ano, apesar de um teste antidoping positivo, ele perdeu o título depois em disputa na Corte Arbitral do Esporte. E o troféu precisou ser concedido a outro atleta.

O atacante Paolo Guerrero quebrou o silêncio após ter sido suspenso por um ano pela Fifa. Flagrado no exame antidoping realizado depois do empate por 0 a 0 entre Peru e Argentina, no dia 5 de outubro, pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo, o jogador do Flamengo se disse indignado com a punição e deu a sua versão sobre o que teria acontecido para o resultado ser positivo.

Guerrero testou para a substância benzoilecgonina, um metabólito da cocaína, mas negou veementemente o uso da droga. "Tenho 17 anos de carreira profissional. Sou inocente, não consumi nenhum tipo de cocaína", afirmou em entrevista à Rede Globo.

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O peruano também disse não ter consumido chá de coca, muito comum no seu país, mas admitiu o uso de outros chás no período em que esteve servindo a seleção. "Na Argentina eu tomei um chá preto com limão e mel, porque estava com gripe. No Peru (antes do confronto contra a Colômbia, no dia 10 de outubro) me recomendaram um chá para digestão", disse.

Na opinião do atacante, a jarra em que o chá foi servido na Argentina poderia estar contaminada com resquícios de um chá de coca servido anteriormente, para outro hóspede.

Com contrato até agosto de 2018 com o Flamengo - ou seja, com a punição ainda vigente -, Guerrero vai se reunir com o clube nesta segunda-feira para começar a decidir seu futuro. Ele promete entrar em breve com um recurso no Comitê de Apelações da Fifa para tentar reverter a suspensão. Em caso de fracasso, ainda pode recorrer à Corte Arbitral do Esporte, última instância para julgar o processo.

Figura importante na classificação do Peru para a Copa do Mundo de 2018, Guerrero perderá o Mundial da Rússia se não conseguir se livrar do gancho, que vale até novembro do próximo ano.

Após o atacante Paolo Guerrero ser suspenso por um ano pela Fifa em razão do caso de doping registrado em partida das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2018, o escritório de advocacia responsável pela defesa do peruano se declarou "decepcionado" e prometeu levar o caso "até a última instância".

Guerrero testou positivo para uso de benzoilecgonina, um metabólito da cocaína, em exame realizado depois do empate em 0 a 0 entre Argentina e Peru, em Buenos Aires, pela penúltima rodada das Eliminatórias, no dia 5 de outubro. Na audiência do caso, o centroavante assegurou não ter consumido cocaína, mas, com a punição imposta nesta sexta-feira, a Fifa demonstrou que não foi convencida pelos argumentos apresentados pela defesa do jogador.

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"Guerrero e sua defesa receberam com extrema surpresa e decepção o resultado publicado pela Fifa punindo o atleta com um ano de suspensão mesmo reconhecendo que o jogador não faz uso de cocaína. As provas são contundentes e somadas à baixíssima concentração do metabólito comum à folha de coca não justificam em nenhuma hipótese essa decisão. Vamos recorrer até a última instância em busca de justiça e em prol do jogo limpo e do esporte justo", afirmou, em comunicado oficial, o escritório de advocacia Bichara Neto, responsável pela defesa de Guerrero.

A declaração indica que o caso envolvendo o atacante do Flamengo e da seleção peruana terá novos passos, ainda mais que o período de punição começa a valer a partir do dia 3 de novembro, o que o deixará fora da Copa do Mundo de 2018 caso não seja revertida.

A defesa de Guerrero, então, agora deve apresentar um recurso ao Comitê de Apelações da Fifa. E caso não tenha sucesso nessa instância, levará o caso até a Corte Arbitral do Esporte. Enquanto isso não ocorre, o peruano não poderá entrar em campo antes de novembro de 2018.

Paolo Guerrero, atacante da seleção peruana e do Flamengo, está fora da Copa do Mundo de 2018. Nesta sexta-feira, o presidente do Comitê de Disciplina da Fifa, Justice Anin Yeboah, anunciou que a entidade decidiu punir o jogador com um ano de suspensão, depois de testar positivo em exame antidoping. O jogador ainda deve apelar à Corte Arbitral do Esporte para tentar reduzir sua punição.

A audiência do caso de Guerrero ocorreu na semana passada na sede da Fifa, em Zurique. Ele foi ouvido depois de seu exame antidoping ter dado resultado positivo em partida válida pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2018. Por quatro horas, a acusação apresentou as supostas provas, enquanto os advogados do jogador deram sua versão. Ao deixar a audiência, o atacante declarou que era inocente.

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O jogador respondia à investigação por ter testado positivo para uso de benzoilecgonina, um metabólito da cocaína, em exame realizado depois do empate em 0 a 0 entre Argentina e Peru, em Buenos Aires, pela penúltima rodada das Eliminatórias Sul-Americanas, no dia 5 de outubro. Por isso, foi suspenso preventivamente pela Fifa. A principal suspeita era justamente sobre o uso de cocaína, mas o atacante garantiu que esta possibilidade foi descartada pela entidade.

Por conta da punição, Guerrero ficou impedido de defender a seleção peruana nas duas partidas da repescagem das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018, diante da Nova Zelândia. Mesmo assim, a equipe do país garantiu vaga no Mundial, que seria o primeiro da carreira do atacante.

Mas, em uma decisão anunciada nesta sexta-feira, a entidade optou por uma punição e não ficou convencida de que a substância encontrada poderia vir da folha de coca. "Depois de analisar todas as circunstâncias do caso, a Comissão de Disciplina decidiu suspender Paolo Guerrero durante o período de um ano", disse o comunicado. "Por ter dado positivo por uma substância proibida, o jogador violou o artigo 6 do regulamento antidoping da Fifa", explicou.

De acordo com a Fifa, o período de punição começa a valer a partir do dia 3 de novembro de 2017, data em que Guerrero foi suspenso provisoriamente. A suspensão inclui jogos nacionais e internacionais, por clubes e seleções.

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