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Em dezembro de 2020, o Governo de Pernambuco anunciou o cancelamento do Carnaval, decisão se deu por conta do alto índice de pessoas contaminadas pelo coronavírus. Sem a realização do evento, as pessoas terão que esperar mais um pouco para cair na diversão, inclusive os artistas - que sempre agitam as festas em todo o Estado.

O cantor Ed Carlos é considerado um dos grandes nomes do cenário cultural de Pernambuco. Com mais de 30 anos de carreira, ele coleciona em toda sua trajetória a admiração de artistas e o carinho do público aonde quer que vá, mas também vai ter que aguardar a poeira baixar para, em breve, cair no passo do frevo e de outros ritmos.

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No primeiro episódio de 'A música que marcou meu carnaval', Ed relembra um clássico da festa popular pernambucana que marcou sua jornada pessoal e profissional.

Confira:

Nesta terça (12), o presidente do bloco Homem da Meia-Noite, Luiz Adolpho, anunciou, através de uma coletiva de imprensa online, o tema e os homenageados da agremiação para o Carnaval de 2021. Em respeito às normas de segurança referentes à pandemia do novo coronavírus, o calunga não ganhará as ruas de Olinda este ano, fazendo uma saída simbólica transmitida pela internet, no dia 13 de fevereiro. Sob o tema Faltam 365 Dias, a celebração vai focar no 90º aniversário do boneco gigante, em 2022.

O anúncio de que o calunga não desfilaria em 2021 foi feito desde dezembro do último ano. “Todas as ações projetadas para 2021 foram realizadas com respeito à vida, nossa prioridade sempre será vidas”, disse Luiz Adolpho. Sendo assim, no dia 13 de fevereiro,  sábado de Carnaval, dia do tradicional desfile da agremiação, será realizado um evento online, com transmissão pelas redes sociais do bloco, a partir das 23h. 

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Para garantir a segurança dos envolvidos, a saída simbólica do calunga será em uma espaço do Shopping Patteo de Olinda, com uma equipe de cerca de 60 pessoas. Adolpho frisou que todos passarão por testes para o coronavírus e trabalharão sob os protocolos de segurança referentes à pandemia. A celebração online, segundo o presidente, tem como objetivo “levar alegria e esperança para todos os pernambucanos''.

Homenageados

Em 2021, o Homem da Meia-Noite homenageia três artistas pernambucanos. São eles os cantores Ed Carlos e Silvério Pessoa, além da sambista Karynna Spinelly.  “Eles abraçaram a ideia com todo carinho, com todo o respeito pelo Homem da Meia-Noite. Nosso carinho, nosso respeito, nosso abraço virtual a esses três grandes artistas e três grandes seres humanos”, disse Luiz Adolpho. 

Figurino

Todos os anos, a roupa com a qual o calunga vai brincar o Carnaval é um dos destaques do desfile. Em 2021, a responsável pelo figurino do gigante será a estilista Carol Frexeira, da gripe Menina dos Olhos. 

Além disso, a camisa do ano da agremiação também traz, em sua padronagem, a contagem regressiva para o aniversário de 90 anos do boneco gigante. As peças já estão disponíveis para os foliões, com vendas na sede do bloco e, também, pela internet. 


 

Em meados da década de 1980, o Carnaval da pequena cidade de São José Ferrer, na Mata Norte de Pernambuco, se viu ameaçado. O cantor da orquestra que animaria a folia do município passou mal depois de uma bebedeira e o maestro, desesperado, se viu com pouco tempo para arrumar um substituto. Logo alí ao lado, como quem não quisesse nada, um jovem rapaz de apenas 13 anos, Edilson Carlos. O garoto já era conhecido por tocar saxofone por aquelas bandas e foi chamado para salvar a festa. E salvou.

A partir dali, o menino que sonhava em ser artista começou a trilhar o seu caminho. Cantava forró ao lado de um padrinho sanfoneiro e frevo na orquestra da cidade. Os ritmos tradicionais de Pernambuco viraram o seu "feijão com arroz". O sonho de brilhar nos palcos foi trilhado a pé, em caminhões de banana que o levavam de carona à capital Recife, e nos ônibus 1002 que também faziam o caminho até a cidade grande. Edilson, hoje conhecido como Ed Carlos, se perdeu, literalmente, várias vezes nessas idas e vindas; mal sabia ele que estava se perdendo pelos caminhos certos e hoje, o cantor celebra seus 30 anos de carreira.

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Ed começou pra valer cantando forró no Cavalo Dourado, hoje o Baile Perfumado, localizado no bairro do Prado, no Recife. Ele conseguiu uma vaga por insistência da tia, que trabalhava no lugar mas, apesar de ter conquistado o público e o contratante, precisou suportar a desconfiança de outros artistas que diziam que o jovem não tinha o menor jeito de forrozeiro. Os longos cabelos negros do cantor lhe davam ares de roqueiro e até Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, lhe deu ordens para que os cortassem. Não o fez até hoje.

Em 1988, Ed conquistou o seu primeiro reconhecimento. Venceu o festival Frevança, como compositor, com a música Frevo Alegria. O que ele queria mesmo era cantar, mas foi impedido por não ser conhecido do público. Quem executou sua canção foi Bubuska Valença que o levou ao palco quando a canção chegou à final. Ed Carlos cantou observado por 'monstros' do frevo: Edson Rodrigues, Ademir Araújo, Jota Michiles e Getúlio Cavalcanti; e não fez feio. "Subi anônimo no palco, ao lado do meu intérprete, e fiquei em segundo lugar. Um menino com 18 anos de idade, entre os feras, aquela nata de compositores da época", relembra o artista.

No ano seguinte, ele voltou ao palco do Frevança e saiu de lá com o prêmio 'Sombrinha de Prata’, como cantor revelação. A partir daquela data - que ele estabeleceu como o começo oficial de sua carreira -, Ed cantou em vários outros palcos. Os compositores de frevo passaram a procurá-lo, um "indiozinho sem pedigree, sem costas quentes nem parentes importantes", como ele próprio diz, e  passou a cantar as composições de todos eles. Foi assim que ele acabou se tornando o intérprete que mais gravou frevos de um compositor só e ganhou uma posição no RankBrasil, livro dos recordes brasileiros. "Foi acontecendo, não fiz isso de propósito. Foi uma consequência mesmo", diz.

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Dos festivais, Ed Carlos partiu para as ruas. Cantou em inúmeros blocos de Carnaval pelas periferias da capital pernambucana e comandou a Frevioca do Galo da Madrugada por cinco anos. Uma conquista suada, o próprio cantor pediu o 'emprego' na Secretaria de Cultura, após vencer um festival, e , apesar da desconfiança inicial dos gestores, conseguiu. "Nunca tive moleza, não. Esse é o grande lance dessa conquista toda", diz. Ele virou o cantor oficial da Frevioca e se 'graduou' em Galo. “Em cinco anos a gente se forma, né? Eu me formei em Galo da Madrugada”, brinca.

Ed acredita ter corroborado para que o frevo, esse ritmo tão popular, se tornasse ainda mais "do povo". Ele passou a animar o Carnaval do Recife e, driblando vaidades e desconfianças, foi construindo seu nome. Até que cansou. Foi namorar com o maracatu de baque virado, tendo passado cinco anos ao lado do Nação Pernambuco, em Olinda; e cantou com Antúlio Madureira, quando surgiu o icônico Passo da Ema. Do namoro com o Nação vieram três temporadas na Europa. Na última delas, o  pernambucano resolveu ficar por lá, fazendo shows e cantando todos os ritmos de seu lugar de origem.

Na Europa, Ed passou pela França, Alemanha e Itália, entre outros países. Ele encantou os 'gringos' e, também, muitos brasileiros que conheceram lá no velho Continente as particularidade de sua própria cultura. "Vi um pernambucano pedindo desculpas porque saiu de Olinda sem conhecer sua cultura e conheceu comigo lá. Hoje eu sou reconhecido em casa, mas tudo isso aconteceu fora. Foi aí que eu vi que estava no caminho certo". O cantor é considerado um dos artistas que mais divulgou a cultura pernambucana mundo afora e ganhou até um prêmio, concedido pela Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo (Abrajet), por isso.

'A música nossa de cada dia'

A experiência de Ed Carlos foi adquirida, não só pela sua dedicação à música, mas, também, pelo seu convívio com grandes mestres da cultura pernambucana. Ele reconhece a importância de ter aprendido com os maiores e, de maneira respeitosa, cita seus professores: "Minha relação com os mestres foi muito forte. Com Mestre Salú, com Ademir Araújo, o pessoal de Badia, Dona Selma do Coco... Da minha geração, eu sou o único artista que tem amizade em todos os segmentos".

Mas, além da amizade, o cantor pode orgulhar-se de ser um dos poucos artistas gabaritados para trafegar entre as mais diversas manifestações tradicionais de Pernambuco. Para não deixar dúvidas, já gravou Luiz Gonzaga, excursionou com Dona Selma do Coco e com o maracatu, cantou para Ariano Suassuna e dividiu composições com Mestre Salú, por exemplo. "Virei um arquivo vivo da minha geração. Eu cantei o forró de véio, o frevo de desocupado e o maracatu de negro e macumbeiro", brinca.

Ed Carlos 'para baixinhos'

As três décadas de carreira de Ed Carlos parecem apenas um começo quando se observa sua relação com a criançada. O cantor tem o costume de chamar crianças ao palco em seus shows e tem sido o animador oficial do Calunguinha, prévia infantil do Homem da Meia-Noite. "Essa coisa com a criança tem muito a ver comigo, até pq eu sou criança 24 horas por dia, não tenho maldade com ninguém e criança também não tem, então elas percebem isso em mim".

Ele vê nessa relação uma verdadeira renovação de seu público. para os pequenos, uma oportunidade de conhecer mais sobre a cultura pernambucana e curtir com um artista consagrado da área. "Hoje eu tenho fãs dos sete aos 70 anos. Tanto as crianças lá do Calunguinha como as senhorinhas do Bloco da Saudade. Todo dia eu encontro uma criança de oito, 10 anos que vem me dar um abraço. Isso não tem preço, é realmente uma renovação".

'Eu sou o frevo'

Para celebrar as três décadas de carreira, Ed Carlos tem preparado algumas surpresas. Ainda este ano pretende lançar um álbum autoral e também pensa em fazer um DVD. Apesar da longa estrada, o cantor ainda trabalha com a energia e o fôlego de iniciante, pronto para todas as oportunidades que, assim como no começo, ele está disposto a agarrar: "São 30 anos de coisas bacanas que aconteceram e estão acontecendo. São 30 anos de verdade fazendo o que eu faço com amor. Pra mim, ainda faltam muitos anos, isso é só a continuidade de um sonho que se tornou realidade".

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Um dos maiores intérpretes da música pernambucana, o cantor e compositor Ed Carlos, recebeu nesta quarta-feira (20) março, em reunião solene na Assembleia Legislativa de Pernambuco uma homenagem pelos seus 30 anos de carreira. Em entrevista ao LeiaJá, Ed Carlos contou mais sobre a emoção em receber a homenagem e relembrou um pouco sobre sua carreira repleta de música, amor e prêmios.

“É sempre uma honra receber homenagens principalmente para mim que estou na casa dos 50 anos (risos), tudo é consequência do trabalho, faço tudo sempre com muita verdade, muito amor, mesmo na época quando as pessoas não acreditavam na música e na luta pelos ritmos pernambucanos. Uma homenagem dessa é muito gratificante”, disse o cantor.

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A homenagem atende um requerimento do deputado estadual Antônio Morais, “O convite da homenagem veio antes do Carnaval, mas devido as agendas, festividades, foi decido ficar para agora. A votação foi unanime, todos concordaram e apoiaram a minha homenagem”, revela Ed.

O artista não esconde suas origens e leva para o mundo suas influências. “A minha sorte é que eu vim de uma raiz bem construída, minha mãe sempre dizia para ouvir os mais velhos e eu escutei eles, mestres como Maestro Duda, Ademir Araújo, Salustiano, Claudionor Germano... eles foram a minha base, minha faculdade foi a da vida”, conta. “Gratidão pelas pessoas que passaram na minha vida”, relembra Ed. “Lutei, sonhei e acreditei e estou aqui”, ressalta.

A humildade é uma das características do consagrado intérprete pernambucano, “Eu ainda acho que tenho que aprender. Ainda hoje eu sinto o friozinho na barriga antes de subir no palco e começar um show, e isso é muito gostoso. Todo dia é um aprendizado, eu, com 30 anos de carreira sinto que ainda tenho que aprender mais", disse.

Ed Carlos deixa bem claro sua relação de amor com os ritmos que ele trabalha. “O frevo e o forró são meu feijão com arroz, sem eles eu não vivo. Quando eu faço um show eu me divirto muito e faço com que todo mundo se divirta também, meu show é uma festa", o intérprete ainda ressalta: “luta, verdade, amor pela arte, pela música e pelo povo", fala, emocionado.

O cantor e compositor já é consagrado um dos maiores intérpretes brasileiros, prova disso são seus prêmios, “Em 1989 eu fui premiado como cantor revelação no Frevança, onde eu tive destaque. Eu estou no RankinBrasil (Guinness Brasileiro) como o artista que mais interpretou frevos no país”, diz.

O currículo do artista ainda conta com o Canta Nordeste, Recifevoé e o prêmio Adoriran Barbosa, entre outros. Ed Carlos pretende lançar ainda este ano um álbum em comemoração aos seus 30 anos de carreira.

 

Ed Carlos foi um dos responsáveis por animar a garotada que lotou o largo do Bonsucesso, em Olinda, neste sábado (9), na prévia carnavalesca do Calunguinha. Acompanhado por uma orquestra com 30 músicos, o cantor botou a criançada para frevar e curtiu muito com elas. Antes de subir no palco, Ed falou, com exclusividade, ao LeiaJá sobre a emoção de fazer Carnaval para os pequenos. \"Para quem é uma eterna criança, como eu, é muito gostoso\", disse com um sorriso largo. Para o artista, é uma emoção fazer parte deste projeto que perpetua uma das mais importantes tradições da folia pernambucana. \"Ele já nasceu grande\", diz sobre o Calunguinha. Ed garante que as crianças tornam o Carnaval ainda mais feliz, pois brincam livres e sem medo de se jogar. Ele, claro, vai junto: \"Eu viro uma delas!\" Este é o segundo ano que o cantor anima a prévia do Calunguinha. O artista comemora 30 anos de carreira.

Será realizada no dia 20 de outubro, às 21h, na Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), no bairro das Graças, Zona Norte do Recife, a segunda edição do show beneficente "Para Ser Tão Sertânia". Com a cantora Cristina Amaral no papel de anfitriã, o evento contará com a presença de Erica Natuza, finalista da sétima temporada do "The Voice Brasil"

Sucesso no time formado por Carlinhos Brown, Erica Natuza se junta aos artistas que movimentam a cultura pernambucana, como Nena Queiroga, Ed Carlos, Almir Rouche e Maestro Spok, entre outros. Todos os cantores abriram mão do cachê para a realização dos projetos solidários.

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A ideia do show é arrecadar doações para o Projeto Sertânia sem Fome - que ajuda mais de 200 famílias em situação de vulnerabilidade social do Sertão do Estado, além do Lar Fraterno Vovó Cavendish, instituição que há três anos acolhe 40 crianças de Sertânia. 

Os ingressos custam R$ 200 (mesa para quatro pessoas) e estão à venda no local da apresentação ou pelos telefones (81) 3117-6090 / (81) 99639.6677.

Serviço 

Show beneficente "Para Ser tão Sertânia"

20 de outubro (sábado) | 21h

AABB (Avenida Doutor Malaquias, nº 204, Graças)

Ingressos por R$ 200 (mesa para quatro pessoas)

Informações: (81) 3117-6090 / (81) 99639.6677

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Em carta divulgada nesta sexta-feira (24), 15 artistas pernambucanos reivindicam melhorias na política cultural do Estado. Entre os pontos levantados, músicos e cantores da cena local pedem maior valorização da classe, definição de cachês e revisão da política com relação aos prazos para pagamento. Assinam a carta Almir Rouche, André Rio, Dudu Alves (Quinteto Violado), Ed Carlos, Gerlane Lops, Gustavo Travassos, Karyna Spinelli, Luciano Magno, Maestro Forró, Maestro Spok, Marrom Brasileiro, Nena Queiroga, Nonô Germano, Rominho (Som da Terra), Sérgio Andrade (Banda de Pau e Corda) e Valéria Moraes (Coral Edgard Moraes). Confira o comunicado:

COLETIVO PERNAMBUCO, UMA LUTA DE TODOS

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Artistas pernambucanos se reúnem para discutir melhorias e cobrar avanços na política cultural do estado.

Empenhados nos ensinamentos com base no legado deixado por ícones como: Capiba, Nélson Ferreira, Luiz Gonzaga, Dona Santa, Sr. Luís de França, Dona Juraci da Tribo Canindé, dentre tantos outros mestres que assim como eles fizeram com que sua arte se eternizasse com o passar do tempo, proporcionando que este legado pudesse chegar aos ouvidos e aos corações das novas gerações através das suas músicas, acreditamos que, como partícipes do atual contexto cultural pernambucano também poderão reproduzir o nosso momento para as futuras gerações. Para que isso aconteça, acreditamos que com a abertura de mais espaços para os artistas pernambucanos nas programações festivas oficiais do estado, poderemos, da mesma forma, transmitir o nosso legado e forjar cada vez mais uma maior platéia e atingir profundamente os ouvidos e os corações do grande público, que é o nosso maior propósito.

É muito evidente o sentimento de orgulho extremo que o povo pernambucano alimenta por suas raízes culturais. Qual o pernambucano que não se orgulha de bater no peito e dizer: eu sou da Terra do Frevo, do Maracatu, dos Caboclinhos, do Baião de Gonzaga e muito mais, onde se faz o maior e melhor Carnaval do Brasil? Dessa forma, estamos querendo através do nosso trabalho, que esse orgulho de sermos pernambucanos, esteja mais evidente e presente nos gestos de todos nós e que perdure, se perpetue.
Assim, imbuídos do nosso desejo de ver nossa cultura no ápice que ela merece, viveremos e lutaremos dia a dia trabalhando fortemente pelo empoderamento cultural da musica do nosso estado, carregando sempre conosco o espírito de Pernambucanidade que a todos nos orgulha e envaidece.
Isso posto, apresentamos o Coletivo Pernambuco, grupo formado por artistas pernambucanos, tem por objetivo agregar toda a classe artística pernambucana do segmento da música, na luta por demandas históricas já, há muito, reivindicadas pela classe, na busca de melhores oportunidades e condições de trabalho. Inerente ao seu objeto constitutivo, o grupo pretende expandir o espaço de integração, para que, cada vez mais, artistas possam discutir, refletir sobre propostas e elaborar estratégias para atingir os principais objetivos que interessam à classe musical de Pernambuco.

Atualmente, o grupo tem em sua formação uma significativa e representativa participação de artistas que muito tem contribuído com a Cultura de Pernambuco ao longo dos anos, como: Almir Rouche, André Rio, Dudu Alves (Quinteto Violado), Ed Carlos, Gerlane Lops, Gustavo Travassos, Karyna Spinelli, Luciano Magno, Maestro Forró, Maestro Spok, Marrom Brasileiro, Nena Queiroga, Nonô Germano, Rominho (Som da Terra), Sérgio Andrade (Banda de Pau e Corda) e Valéria Moraes (Coral Edgard Moraes). Apostando na máxima de que a união faz a força, o grupo pretende buscar caminhos concretos para verem atendidas suas pautas de reivindicações. Entre as principais demandas em questão, destacam-se:

1 - Maior valorização dos artistas que trabalham com a Cultura Musical Pernambucana, objetivando maior inserção dos mesmos nas grades oficiais de todos os eventos realizados nos ciclos festivos, por todo o ano.

2 – Definir critérios para atualização dos cachês praticados, tendo em vista que os mesmos encontram-se, há muito, defasados e sem qualquer atualização, por falta de mecanismos preestabelecidos.

3 - Revisão da política de prazos de pagamento dos cachês aos artistas. Hoje, os constantes atrasos no pagamento desses cachês estão não só impedindo os artistas de honrar com seus compromissos financeiros do dia a dia, como também inviabilizando os necessários e indispensáveis investimentos nas suas carreiras artísticas. Como salienta o grupo, esses atrasos, em muitos casos, estendem-se até por meses.

4 - Demora na divulgação da programação dos ciclos festivos.

5 - Melhoria na formatação das cláusulas contratuais. No modelo atual, só existem penalidades por descumprimento do termo de contrato para uma das partes, ou seja, para o contratado, o artista. De acordo com o grupo, fica desproporcional esta condição, visto que inexiste qualquer penalidade para o contratante, o órgão gestor do contrato, quer seja ele da esfera estadual ou municipal.

O Coletivo Pernambuco entende que, nos últimos anos, houve significativos avanços na política da gestão do Poder Público com a classe, mas ainda há muito a se fazer e progredir, para que, de fato, haja uma solidificação e maior valorização da nossa real e plural música pernambucana e dos seus verdadeiros representantes. Por tudo isso, o Coletivo Pernambuco acredita que um novo tempo para a classe artística pernambucana será construído a várias mãos e que todas as demandas serão definitivamente atendidas e resolvidas de forma satisfatória com a união de todos.

 

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No velório do percussionista Naná Vasconcelos, na tarde desta quarta-feira (9), na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), além dos familiares do artista, personalidades da cena musical também marcaram presença. Um deles foi o cantor Ed Carlos, que conversou com o Portal LeiaJá e deixou seu recado de reconhecimento por tudo que o falecido mestre representa para a cultura nacional.

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“Os gênios são muito simples. No caso de Naná, ele tinha em sua essência a simplicidade. O que vamos levar dele, além desse lado humano, é o alto astral que ele sempre transmitiu”, declarou Ed Carlos. E puxou em sua memória: “Lembro quando ele me ligou para agradecer pela música “Nanamaracatu”...passei uma semana chorando de alegria”.

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Além do Maracatu Nação Porto Rico, outro que compareceu para prestar sua homenagem ao percussionista, em nome de 15 aberturas de carnaval sob a mestria de Naná, foi o grupo Voz Nago. Na despedida, os integrantes da agremiação se apresentaram no salão da Alepe, sendo mais um conjunto de admiradores a cumprir o que o mestre queria: um velório com muita batucada. 

Integrante do Voz Nago, Luciane Loyce também deixou sua mensagem de despedida. "Nana deu a oportunidade e a abertura para algo que era marginalizado pela sociedade. Além disso, ele era totalmente envolvido com todos e tinha carinho entre todas nós", disse. E finalizou: "Sabemos que não se pode dizer q ele é insubstituível, mas ê muito precipitado falar como tudo vai ficar sem ele".

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Com informações de Roberta Patu

Olinda, cidade-irmã do Recife, também comemora mais um aniversário nesta quinta (12). A cidade que acumula os títulos de Patrimônio Cultural da Humanidade, 1ª Capital Brasileira da Cultura, Monumento Nacional e Cidade Ecológica, completa 480 anos com muita festa em diversos pontos da Marin dos Caetés. 

Logo pela manhã, às 10h, o prefeito Renildo Calheiros entregará ao Conselho de Preservação dos Sítios Históricos de Olinda o pedido de registro do Palácio de Iemanjá (Pai Edu) como Patrimônio Imaterial da cidade. A solenidade acontece na sede do próprio Palácio, localizado no Alto da Sé. Também do Alto da Sé, às 16h, sai o cortejo dos tradicionais bonecos gigantes, apresentando uma nova integrante, a boneca Olinda, que vestirá um figurino rico em detalhes que fazem alusão à cidade. Outros grupos artísticos também promovem cortejos por diversos pontos da cidade alta, como o Homem da Meia Noite, às 17h, saindo do Bonsucesso, a ACO - Encontro dos Estandartes, às 17h30 no Largo do Guadalupe e o Clube de Bonecos Nos Quatro Cantos Cheguei, às 17h, na Ladeira da Misericórdia.

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Às 18h, o corte do bolo será no palco montado em frente à Prefeitura. A festa prossegue com diversos shows. A cantora Ganga Barreto sobre ao palco 19h30, seguida da banda Zé Lamúria - apresentando um tributo ao músico Chico Science, que faria aniversário em 13 de março - e Rogério Rangel, Ed Carlos, Charles Teony e Banda Amarula. 

 

Serviço:

480 anos de Olinda

Quinta (12) | 10h

Sítio Histórico de Olinda

Gratuito

 

Para homenagear a memória do Mestre Salustiano, falecido há seis anos, artistas pernambucanos promovem um grande arraial na Casa da Rabeca, neste sábado (29) em tributo ao Mestre na comemoração ao aniversário de 69 anos do mestre (in memorian). Também haverá uma homenagem ao escritor e dramaturgo Ariano Suassuna, falecido em julho de 2014. Estarão presentes na Casa da Rabeca os músicos Petrúcio Amorim, Ed Carlos, Família Salustiano e Rabeca Encantada e o Cavalo Marinho Boi Matuto de Olinda. As apresentações começam às 20h.

Mestre Salustiano, mais conhecido como Mestre Salú, foi rabequeiro, mestre de maracatu e cavalo-marinho e ficou conhecido nacionalmente pelo seu trabalho cultural de preservação dos folguedos populares. Um ano antes de sua morte foi eleito partimônio vivo da cultura pernambucana. Hoje, seu legado é perpetuado pela família Salustiano que mantém viva as tradições populares de Pernambuco. 

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Serviço

Um tributo a Salú

Sábado (29)| 20h

Casa da Rabeca (Rua Curupira, 340 - Cidade Tabajara)

Gratuito

(81) 3371 8197

O 36º Baile dos Artistas, agendado para o dia 8 de fevereiro de 2014, no Clube Português, abre, nesta quinta-feira (26), as inscrições para o tradicional concurso de fantasias, que promete dar o tom multicolorido e irreverente à prévia. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas na sede do Sindicato dos Artistas (Sated), na Casa da Cultura.

Com o tema O carnaval dos deuses, o concurso é coordenado pelo ator, diretor  e poeta Vavá Schon-Paulino. A premiação é de R$ 3 mil (primeiro lugar), R$ 2 mil (segundo lugar) e R$ 1 mil (terceiro lugar), tendo como critério a criatividade. O corpo de jurados é composto exclusivamente pela classe artística pernambucana, entre atores, bailarinos, músicos e maquiadores.

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Participam da festa a cantora Daniela Mercury, Ed Carlos, Mocidade Independente e Orquestra Popular do Recife. A festa contará com pista, área vip exclusiva, incluindo espaço verde e serviços exclusivos, mesas para quatro pessoas e camarotes para 10 pessoas. Os valores dos ingressos custam de R$ 30 (pista meia entrada) a R$ 3 mil (camarote para 10 pessoas), à venda no Top Ingressos.

Serviço

36º Baile dos Artistas

8 de fevereiro | 20h

Clube Português – avenida Agamenon Magalhães, Espinheiro

Pista R$ 40 (inteira promocional) e R$ 30 (meia entrada); área vip R$ 80 (preço único); mesa para quatro pessoas:R$ 350; camarotes: R$ 3.000 (para 10 pessoas)  

(81) 3038 4473

Ao som do frevo, o tradicional Baile dos Artistas anunciou, nesta terça-feira (17), as novidades da 36ª edição da festa. Pela primeira vez o Baile vai acontecer num sábado. Com o tema O carnaval dos deuses, a prévia carnavalesca será no dia 8 de fevereiro de 2014 no Clube Português do Recife. As atrações são Daniela Mercury, Ed Carlos, a escola de samba Mocidade Independente e a Orquestra Popular do Recife.

Durante a coletiva, Zezo carnavalesco e a empresária Maria do Céu falaram sobre a 36ª edição do Baile dos Artistas. O objetivo é realizar um carnaval de clube mais organizado e com segurança. “Os deuses estão iluminando o baile. O povo pernambucano merece isso, merece nosso empenho” disse Zezo. Maria do Céu descreve o desafio de organizar uma festa como o Baile: “Este ano a gente chega com mais coragem, será um investimento alto”, destaca a empresária.

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Conectando o carnaval do Recife com o de Salvador, Daniela Mercury traz para a festa o repertório do seu novo CD, Sei Lá, e do seu DVD Canibália. Já Ed Carlos comemora os 25 anos de carreira e mostra toda sua versatilidade pernambucana. A orquestra Popular do Recife, sob a regência do Maestro Ademir Araújo, apresenta clássicos do frevo. A novidade fica pela inserção do samba na prévia, com a escola Mocidade Independente de São Miguel, trazendo 50 integrantes da bateria, tocando Pernambucópolis, enredo da escola em 2014.

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A edição também conta com a volta do tradicional concurso de garota e garoto do baile, que teve sua última edição realizada em 2008. Poderão participar homens e mulheres de 18 a 26 anos. As inscrições são gratuitas e começam na segunda quinzena de janeiro. No dia 31 do mesmo mês, ocorre a semifinal do concurso no Clube Metrópole. Na ocasião, serão escolhidos 4 casais finalistas que se apresentarão durante o Baile. O tradicional concurso de fantasias também integra a programação da prévia. As inscrições gratuitas têm início a partir do dia 26 de dezembro, na Sede do Sindicato dos Artistas, na Casa da Cultura.

O tradicional rei da 36ª edição do Baile dos Artistas já foi anunciado. Será o maestro Ademir Araújo, regente da Orquestra Popular do Recife.  A nomeação faz parte de um grupo de 6 personalidades de Pernambuco que se tornam embaixadores da folia. Os outros nomes serão divulgados no mês de janeiro. “O que mais posso pedir da vida a não ser participar do Baile dos Artistas!”, disse Ademir.

A estrutura do evento também apresenta novidades. Além dos tradicionais camarotes e mesas, o Baile conta com uma Área Vip de frente para o palco. Um espaço lounge também foi arquitetado com banheiros e bares exclusivos para quem adquirir mesa, camarote ou área vip.

A venda dos ingressos já começou no site Topingressos. Os preços variam de R$30 a R$ 3000 reais. A compra exclusiva no site dá direito a participar da promoção para visitar o camarim de Daniela Mercury no dia da festa. As mesas e camarotes poderão ser reservados a partir desta quarta (18) no Clube Português.

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Na sede do Galo da Madrugada, na última quinta-feira, aconteceu o concurso que elegeu as músicas finalistas que irão para voto popular para disputar a vaga de frevo cação do desfile do próximo ano.

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Homenageando o Rio São Francisco, as músicas vencedoras dessa etapa foram "Lá vai o Chico" de Rogério Rangel, Encontro de Titãs, interpretada por Josildo Sá e de autoria de Eriberto Sarmento e Nuca, e "A pororoca do século", de Ed Carlos. O resultado da escolha do público será divulgado em janeiro.

 

 

A Quinta do Galo dá início a mais uma temporada e para marcar este recomeço, a sede do bloco recebe, nesta quinta-feira (20), o cantor Ed Carlos e o maestro Israel de França para uma noite de frevo clássico.

O repertório da noite mistura os metais típicos do ritmo pernambucano ao violino da música erudita. O projeto faz parte da iniciativa Galo, Alegria o Ano Inteiro e até o carnaval de 2013 a Quinta do Galo recebe convidados para celebrar a música regional.

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Serviço
Quinta no Galo com Ed Carlos e Israel de França
Quinta-feira (20), 19h
Sede do Galo da Madrugada (Rua da Concórdia, 984 - Bairro de São José)
Ingressos: R$ 20 (Individual) R$ 100 (Mesa para quatro pessoas)
Informações e reservas: (81) 3224-2899

 

Nos próximos dias 1 e 2, o centro do Recife será palco de um grande arraial promovido pelo Galo da Madrugada, o Forrozão do Galo. A iniciativa  faz parte do investimento do Bloco na tradição junina, atuando além do Carnaval. A festa será aberta ao público e receberá a banda Calypso como atração principal, além de artistas locais como Santanna, Nádia Maia, Irah Caldeira, Cristina Amaral, Josildo Sá, Rogério Rangel, Terezinha do Acordeon, entre outros.

O palco principal será montado na Praça Sérgio Loreto, no bairro de São José. Três trios elétricos acompanhados de quadrilhas juninas integram a programação nos dois dias, além de um carro alegórico que irá homenagear o Rei do Baião Luiz Gonzaga e um palhoção onde haverá apresentações dos grupos Trio Três do Forró, Meninos do Coqueiro, Renascer do Coque (coco e ciranda) e a Quadrilhas Juninas.

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A novidade desta edição é unir integração social e trabalho cultural, dando oportunidade para grupos de comunidades como o Renascer do Coque. Uma cidade cinematográfica será montada na Praça Sérgio Loreto com barracas de comidas típicas, casas, igreja e fogueira artificial. Em coletiva na manha desta terça-feira (29), o cantor Santanna, que irá se apresentar no palco principal no próximo sábado (2), destacou a importância de unir vários ritmos pernambucanos em um mesmo evento. "A iniciativa do Galo de promover o seu são joão é importante para o turista. O artista precisa discernir o que é São João e o que é Carnaval, mas isso não impede de integrar ritmos como a marchinha junina e o frevo no mesmo evento, afirmou o artista.

O presidente do Galo da Madrugada, Rômulo Meneses, enfatizou a proposta de expandir o Forrozão do Galo a cada ano, gerando oportunidade para artistas e a cultura local. A festa também visa resgatar a riqueza da cultura interiorana na capital, atraindo a população para o centro da cidade, que se torna carente no período junino.

O Forrozão do Galo é uma parceria do Galo da Madrugada com a Prefeitura da Cidade  do Recife (PCR), O Governo do Estado de Pernambuco, a Sociedade dos Forrozeiros Pé  de Serra e Ai!, e a Federação das Quadrilhas Juninas de Pernambuco (Fequajupe). A  expectativa do público é acima de 60.000 pessoas em cada noite.

Durante os meses de maio, junho e julho, o Galo da Madrugada também promove o Arrasta-Pé Quinta no Galo, realizado todas as quintas-feiras desde 2009. Para  Rômulo Meneses, o evento é uma oportunidade para o público celebrar suas festas populares durantes todo o ano, como no Carnaval, nos festejos juninos e até no  Natal.

Na próxima quinta-feira (31), o Arrasta-Pé recebe o cantor Ed Carlos, na  sede do Galo, em noite de homenagem ao centenário de Luiz Gonzaga. Convidados como  Liv Moraes, João Lacerda e Terezinha de Acordeon também irão se apresentar.

Serviço:

Forrozão do Galo

Horário: A partir das 19h

Local: Praça Sérgio Loreto, bairro de São José - Recife (PE)

Programação:

Sexta-feira (1º de junho) - Palco Principal: Gustavo Travassos, Josildo Sá e Banda  Calypso. Benil, Roberto Cruz, Andreza Formiga e Banda Fabiana - A Pimentinha do  Nordeste nos trios elétricos. Trio Três do Forró, Meninos do Coqueiro, Renascer do  Coque e Quadrilha Renovart no Palhoção.

Sábado (2 de junho) - Rogério Rangel, Santanna, Nádia Maia, Cristina Amaral, Irah  Caldeira, Terezinha do Acordeon, Roberto Cruz, André Macambira, Paulinho Leite,  Andreza Formiga e Beto Hortis no palco principal. Benil, Ed Carlos e Fabiana nos  trios elétricos. Trio Três do Forró, Meninos do Coqueiro, Renascer do Coque e  Quadrilha Raio de Sol no Palhoção.

Arrasta-pé Quinta no Galo com Ed Carlos

Data: 31 de maio (quinta-feira)

Local: Sede do Galo da Madrugada (Rua da Concórdia, 984, bairro de São José, 

recife, PE)

Horário: 20h às 23h

Couvert: R$ 20,00 (individual)/ R$ 100,00 (mesa para quatro pessoas)

Informações e reservas: (81) 3224.2899

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